Bula do Dermazelaic para o Profissional

Bula do Dermazelaic produzido pelo laboratorio Germed Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Dermazelaic
Germed Farmaceutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO DERMAZELAIC PARA O PROFISSIONAL

Dermazelaic®

(ácido azelaíco)

Germed Farmacêutica Ltda.

Gel

150mg/g

ácido azelaico

APRESENTAÇÕES

Gel 150 mg/g: cartucho contendo bisnaga com 10 g, 15 g, 20 g ou 30 g de gel.

USO TÓPICO

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada g de Dermazelaic® gel contém 150 mg (15%) de ácido azelaico.

Excipientes: propilenoglicol, polissorbato 80, lecitina, carbômer 980, triglicérides de cadeia média,

hidróxido de sódio, edetato dissódico, ácido benzoico e água purificada.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Dermazelaic® gel é indicado para o tratamento da acne vulgar e da rosácea papulopustulosa.

2. RESULTADO DE EFICÁCIA

A eficácia terapêutica de Dermazelaic® (ácido azelaico) no tratamento da acne baseia-se em sua ação

antimicrobiana e na influência direta sobre a hiperqueratose folicular.

Clinicamente, observa-se uma redução significativa da concentração de colonização de

Propionibacterium acnes, assim como uma significante diminuição da fração de ácidos graxos livres na

superfície lipídica da pele.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

A eficácia terapêutica de Dermazelaic® (ácido azelaico) no tratamento da acne baseia-se em sua ação

antimicrobiana e na influência direta sobre a hiperqueratose folicular.

Clinicamente, observa-se uma redução significativa da concentração de colônização de

Propionibacterium acnes, assim como uma significante diminuição da fração de ácidos graxos livres na

superfície lipídica da pele.

O ácido azelaico, in vitro e in vivo, inibe a proliferação dos queratinócitos e normaliza o processo de

diferenciação epidérmica final anômala, presente na acne. Estudos realizados em orelhas de coelhos

demonstraram que o ácido azelaico acelera a lise dos comedões induzidos por tetradecanos.

O mecanismo pelo qual o ácido azelaico interfere nos eventos patogênicos da rosácea é desconhecido.

Diversas investigações in vitro e ex vivo indicam que o ácido azelaico pode exercer um efeito anti-

inflamatório através da redução da formação de espécies oxigênio-reativas pró-inflamatórias.

Farmacocinética

Estudos clínicos realizados em pacientes com acne indicaram taxas de absorção de ácido azelaico

similares para a forma farmacêutica gel de Dermazelaic® (ácido azelaico).

Uma parte do ácido azelaico absorvido através da pele é excretada em sua forma inalterada na urina. A

porção restante é quebrada por beta-oxidação, originando ácidos dicarboxílicos com cadeias menores (C7,

C5), os quais também foram encontrados na urina.

No estado de equilíbrio, níveis plasmáticos do ácido azelaico encontrados em pacientes com rosácea, após

8 semanas de tratamento com 2 aplicações diárias de Dermazelaic® gel (ácido azelaico), ficaram dentro

do intervalo observado também em voluntários e em pacientes com acne, submetidos a dietas normais.

Isto indica que a extensão da absorção percutânea do ácido azelaico, após 2 aplicações ao dia de

Dermazelaic® gel (ácido azelaico), não altera a concentração sistêmica do ácido azelaico derivado da

dieta e de fontes endógenas.

Dados de segurança pré-clínicos

Estudos sobre o prejuízo da fertilidade em animais não demonstraram nenhuma evidência para tal risco

durante o uso terapêutico de Dermazelaic® (ácido azelaico). Estudos de embriotoxicidade e

eratogenicidade, assim como estudo peri/pós natal em animais também não demonstraram nenhuma

evidência para tal risco.

Estudos in vivo e in vitro com ácido azelaico não demonstraram nenhuma evidência de efeitos

mutagênicos em células germinativas e somáticas.

Estudos carcinogênicos específicos usando ácido azelaico não foram realizados. Tais experimentos não

foram considerados necessários porque ácido azelaico ocorre no metabolismo normal dos mamíferos e,

no que diz respeito ao potencial carcinogênico, riscos não são previstos em função da natureza química do

composto e dos dados disponíveis dos estudos pré-clínicos que indicam a ausência de toxicidade em

órgãos alvo, a falta de efeitos proliferativos e a falta de mutagenicidade/genotoxicidade.

Investigações de experimentação animal realizados em pele de coelhos, para avaliar a tolerância local de

Dermazelaic® (ácido azelaico) resultaram em reações leves de intolerância.

Contato com os olhos deve ser evitado devido ao efeito irritativo moderado à severo identificado nos

estudos de tolerância local nos olhos de coelhos e macacos.

Sinais de que a substancia ativa tem propriedades sensibilizantes não foram encontrados no teste de

maximização realizado em cobaia (guinea-pig).

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade a substância ativa ou a qualquer um dos excipientes da formulação.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Dermazelaic® (ácido azelaico) destina-se apenas ao uso externo.

Durante o uso de Dermazelaic® (ácido azelaico) deve-se tomar cuidado para evitar contato com os

olhos, boca e outras membranas mucosas e os pacientes devem ser instruídos (veja “Dados de

segurança pré-clínicos”). No caso de contato acidental com os olhos, boca e outras membranas

mucosas, lavar a área afetada com bastante água. Se a irritação do olho persistir, o médico deve ser

consultado. Lavar as mãos após cada aplicação de Dermazelaic® (ácido azelaico).

O ácido benzóico é suavemente irritante a pele, olhos e membranas mucosas. O propilenoglicol

pode causar irritação da pele.

Quando Dermazelaic® (ácido azelaico) gel é usado para o tratamento da rosácea papulopustulosa é

aconselhável evitar o uso de agentes de limpeza alcoólicos, tinturas e adstringentes, abrasivos e

agentes de peeling.

Gravidez e lactação

Gravidez

Não existem estudos adequados e bem controlados da administração tópica de ácido azelaico em

mulheres grávidas. Estudos em animais não indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos à

gravidez, desenvolvimento embrional/fetal, ao parto ou desenvolvimento pós-natal (veja “Dados de

segurança pré-clínicos”).

Recomenda-se precaução ao prescrever ácido azelaico a mulheres grávidas.

Categoria B - "Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista".

Lactação

Dermazelaic® (ácido azelaico) gel:

Não se sabe se o ácido azelaico é excretado no leite humano in vivo. No entanto, um experimento in

vitro do equilíbrio de diálise demonstrou que a passagem do fármaco para o leite materno pode

ocorrer. Mas não se espera que a distribuição de ácido azelaico no leite materno provoque uma

mudança significativa dos níveis basais de ácido azelaico no leite uma vez que o ácido azelaico não é

concentrado no leite e a absorção sistêmica de uma aplicação tópica de ácido azelaico não aumenta

a exposição endógena de ácido azelaico acima dos níveis fisiológicos. No entanto, deve-se ter

cuidado quando Dermazelaic® (ácido azelaico) é administrado a mulheres em fase de

amamentação.

Efeitos na habilidade em dirigir ou operar máquinas

Dermazelaic® (ácido azelaico) não provoca influência na habilidade em dirigir ou operar

máquinas.

Uso em idosos

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Até o momento, nenhuma interação medicamentosa é conhecida.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).

O prazo de validade de Dermazelaic® gel é de 36 meses a partir da data de sua fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem”.

“Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original”.

Características organolépticas

Dermazelaic® gel apresenta-se como um gel branco a branco-amarelado opaco.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento”.

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças”.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Uso externo

A aplicação de Dermazelaic® (ácido azelaico) só deve ser feita após cuidadosa limpeza da pele com água

corrente ou, caso necessário, com um agente de limpeza suave. Secar a pele antes de aplicar o

medicamento.

É importante utilizar Dermazelaic® (ácido azelaico) regularmente durante todo o período de tratamento.

A duração do tratamento depende do grau de intensidade do distúrbio da pele, podendo variar de paciente

para paciente. Em geral, uma melhora distinta torna-se aparente após aproximadamente 4 semanas de

tratamento. Entretanto, para obtenção de melhores resultados, é necessário utilizar Dermazelaic® (ácido

azelaico) por vários meses.

Nos casos de reações cutâneas intensas (veja “Reações adversas”), deve-se diminuir a quantidade do

medicamento utilizada por aplicação ou reduzir a frequência do uso para uma vez ao dia, até que a

irritação desapareça. Se necessário, o tratamento poderá ser temporariamente interrompido por alguns

dias.

Dermazelaic® (ácido azelaico) gel

Tratamento da acne vulgar e rosácea papulopustulosa: deve ser aplicado 2 vezes ao dia (de manhã e à

noite) sobre as regiões afetadas, friccionando cuidadosamente (aproximadamente 2,5 cm de gel = 0,5 g é

suficiente para tratar toda a região facial).

A segurança e eficácia de Dermazelaic® (ácido azelaico) gel para o tratamento da acne vulgar em

crianças com idade abaixo de 12 anos não foi estabelecida.

A segurança e eficácia de Dermazelaic® (ácido azelaico) gel para o tratamento da rosácea

apulopustulosa em pacientes com idade abaixo de 18 anos não foi estabelecida.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Dermazelaic® (ácido azelaico) gel

Somente reações adversas cutâneas relacionadas ao tratamento foram relatadas em estudos clínicos.

Na grande maioria dos casos, os sintomas foram leves ou moderados; a frequência dos sintomas

irritativos diminuiu gradualmente ao longo do tratamento.

Em estudos clínicos, as reações adversas mais frequentemente observadas foram prurido no local da

aplicação, queimação no local da aplicação e dor no local da aplicação.

As frequências das reações adversas observadas em estudos clínicos, e apresentadas na tabela abaixo,

estão definidas de acordo com a convenção de frequência de MedDRA.

Muito comum (≥1/10),

Comum (≥1/100 a <1/10),

Incomum (≥1/1,000 a <1/100),

Rara (≥1/10,000 a <1/1,000),

Muito rara (<1/10,000),

Desconhecidas (não podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis)

Acne

Classificação por

sistema corpóreo

Muito comum Comum Incomum

Distúrbios cutâneos e

nos tecidos

subcutâneos

Dermatite de contato

Distúrbios gerais e

condições no local da

administração

Prurido no local da

aplicação, queimação

no local da aplicação,

dor no local da

aplicação

Ressecamento no local

da aplicação, rash no

local da aplicação,

parestesia no local da

Eritema no local da

aplicação, esfoliação no

local da aplicação, calor

descoloração no local

da aplicação

Rosácea

Acne, dermatite de

contato

Queimação no local da

aplicação, dor no local

da aplicação, prurido no

local da aplicação

Parestesia no local da

aplicação, ressecamento

rash no local da

aplicação, edema no

desconforto no local da

aplicação, eritema no

urticaria no local da

Hipersensibilidade foi raramente relatada na vigilância pós-comercialização.

O agravamento da asma em pacientes tratados com ácido azeláico foi raramente relatada durante a

vigilância pós-comercialização (a frequência não é conhecida).

Em 4 estudos clínicos de fase II e II/III envolvendo adolescentes com idade entre 12 e 17 anos (120/383;

31%), a incidência geral de reações adversas para Dermazelaic® (ácido azelaico) gel foi similar entre os

grupos de pacientes com idade entre 12 e 17 anos (40%), com idade maior que 18 anos (37%) e para a

população geral de pacientes (38%). Esta similaridade também se aplica ao grupo com idade entre 12 e

20 anos (40%).

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal”.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.