Bula do Diabinese produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
DIABINESE
Comprimido
250 mg
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Diabinese®
clorpropamida
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Diabinese®
Nome genérico: clorpropamida
APRESENTAÇÕES
Diabinese® comprimidos de 250 mg em embalagens contendo 30 ou 100 comprimidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de Diabinese® contém 250 mg de clorpropamida.
Excipientes: amido de milho, carbonato de cálcio, amidoglicolato de sódio, corante azul brilhante laca, hietelose,
estearato de magnésio e laurilsulfato de sódio.
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II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Diabinese® (clorpropamida) comprimidos está indicado para uso em associação com uma dieta e exercícios para
melhorar o controle da glicemia (taxa de açúcar no sangue) em adultos com diabetes tipo 2 (doença caracterizada
pelo aumento da glicemia, antes conhecida como diabetes não dependente de insulina ou diabetes do adulto).
Acredita-se que o mecanismo de ação do Diabinese® se dê através do estímulo da síntese e liberação da insulina
(hormônio regulador da taxa de glicose do sangue) endógena (fabricada pelo organismo), efeito dependente do
funcionamento das células beta no pâncreas (células secretoras de insulina). O efeito extrapancreático (fora do
pâncreas) pode ser parte do mecanismo de ação das sulfonilureias orais (família de medicamentos fármacos que
promovem a liberação de insulina a partir das células beta do pâncreas, dentre eles, o Diabinese®). Há
evidências de que uma melhora na função das células beta-pancreáticas, com consequente melhora na tolerância
à glicose (tipo de açúcar), pode ocorrer durante o tratamento prolongado com clorpropamida. Assim, em
indivíduos com diabetes mellitus assintomática (sem sintomas), manifestada principalmente por uma tolerância
anormal à glicose, o uso continuado de Diabinese® pode resultar na “normalização” da tolerância à glicose.
Diabinese® não deve ser usado por pacientes com diabetes tipo 1 (diabetes dependente de insulina), indivíduos
com conhecida hipersensibilidade (alergia) a qualquer componente da fórmula e a pacientes portadores de
cetoacidose diabética com ou sem coma (complicação grave do diabetes, principalmente do tipo I, que causa
perda de consciência, o que pode acontecer se o organismo não tiver insulina suficiente).
Diabinese® é capaz de produzir hipoglicemia grave, que pode resultar em coma e necessidade de hospitalização.
Pacientes com hipoglicemia devem ser tratados com terapia adequada com glicose e serem monitorados por, no
mínimo, 24 a 48 horas (vide item 9. O que fazer se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste
medicamento?). Uma ingestão regular de carboidratos (tipos de alimentos que são fontes de açúcar) é importante
para evitar que eventos de hipoglicemia ocorram quando uma refeição é atrasada ou quando for ingerida uma
quantidade insuficiente de comida ou, ainda, quando a ingestão de carboidratos não for balanceada. Insuficiência
renal ou hepática pode aumentar ainda o risco de ocorrer reações hipoglicemiantes graves. Pacientes idosos,
debilitados ou desnutridos, e aqueles com insuficiência suprarrenal (glândula localizada sobre os rins que produz
hormônios) ou pituitária (hipófise, glândula localizada no cérebro que produz hormônios), são particularmente
suscetíveis à ação hipoglicemiante dos fármacos redutores de glicose. A hipoglicemia comumente ocorre quando
há deficiência de ingestão calórica, após exercícios intensos ou prolongados, durante ingestão alcoólica ou
quando mais de um fármaco redutor de glicose é utilizado.
Deve-se ter cuidado ao usar Diabinese® em pacientes com deficiência de G6PD (um tipo de enzima que torna a
membrana dos glóbulos vermelhos mais estável).
A segurança e a eficácia do uso de Diabinese® em crianças ainda não foram estabelecidas.
Os pacientes devem ficar atentos para os sintomas de hipoglicemia e tomar cuidado ao dirigir e operar máquinas.
Recomenda-se não ingerir álcool durante o tratamento com Diabinese®.
Diabinese® não deve ser administrado a mulheres grávidas e lactantes (mulheres amamentando) sem
orientação médica. Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu
término. Informe ao seu médico se está amamentando.
Sempre avise o seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova.
O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama
interação medicamentosa.
Diabinese® pode interagir com vários medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (drogas que
bloqueiam a inflamação e que não são derivadas de hormônios), salicilatos (como o AAS), sulfonamidas (como a
sulfanilamida, a sulfadiazina, a sulfasalazina e o sulfametoxazol), cloranfenicol, probenecida, cumarínicos,
inibidores da monoaminoxidase (antidepressivos como a isocarboxazida, iproniazida, clorgilina e moclobemida),
agentes bloqueadores beta-adrenérgicos (como o carvedilol, propranolol e atenolol), voriconazol, miconazol,
tiazidas (como hidroclorotiazida e clortalidona, e outros diuréticos, como a furosemida), corticosteroides (como a
prednisona), fenotiazinas (como a clorpromazina) e agentes derivados da tiroide, estrogênios, contraceptivos
orais (pílulas para evitar a gravidez), fenitoína, ácido nicotínico, simpatomiméticos (como o salbutamol e o
formoterol), agentes bloqueadores dos canais de cálcio (como nifedipina, diltiazem e verapamil) e isoniazida.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
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Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Diabinese® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz e umidade e pode
ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características do produto: comprimido azul sulcado em forma de D, gravados DIABINESE de um lado e 250 do
outro.
Para o controle eficaz do diabetes, é importante que você siga corretamente a administração do medicamento, a
dieta e exercícios físicos regulares, orientados pelo seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a
duração do tratamento.
Não existe um regime posológico fixo para o tratamento de diabetes tipo 2 com Diabinese® ou outros agentes
hipoglicêmicos (que diminuem a glicemia). A glicose (açúcar) sanguínea do paciente deverá ser monitorada
periodicamente para determinar a sua dose mínima eficaz, para detectar falha primária, isto é, resposta
hipoglicemiante inadequada à máxima dose recomendada, e falha secundária, isto é, perda da resposta
hipoglicemiante adequada após um período inicial de eficácia. O nível de hemoglobina glicada (exame realizado
para acompanhamento do diabetes) deverá ser também avaliado ao se analisar a resposta do paciente ao
tratamento. A dose total diária é geralmente tomada uma única vez, junto com café da manhã. Ocasionalmente,
casos de intolerância gastrintestinal (do estômago e intestino) poderão ser reduzidos ao se dividir a dose diária.
Ao se iniciar o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2, deve-se enfatizar o uso de dieta como primeira forma
de tratamento. O uso de Diabinese® deve ser visto como um tratamento adicional à dieta. Alguns pacientes
demonstraram resposta inicial inadequada (falha primária) ou perda gradativa da resposta às sulfonilureias (falha
secundária), incluindo Diabinese®. Pacientes que necessitem doses elevadas ou uso frequente de outros
hipoglicemiantes orais podem ter controle facilitado com o uso de Diabinese®.
Tratamento inicial: O paciente diabético estável de meia idade, com diabetes tipo 2 de grau leve a
moderadamente grave, deve iniciar com a dose diária de 250 mg (um comprimido). Não é necessário um período
de transição ao transferir pacientes em uso de outros hipoglicemiantes orais para Diabinese®. O medicamento
anterior pode ser descontinuado em qualquer ocasião, e Diabinese® iniciado imediatamente.
A grande maioria dos pacientes de meia idade com diabetes tipo 2, estável, de grau leve ou moderadamente
grave, em tratamento com insulina, pode passar a usar diretamente o medicamento oral, com descontinuação
imediata da insulina. Nos pacientes que necessitam de mais de 40 unidades diárias de insulina, o tratamento com
Diabinese® pode ser iniciado com uma redução de 50% de insulina durante os primeiros dias, e com reduções
subsequentes dependendo da resposta. Durante o período de retirada da insulina, o paciente deve fazer o
automonitoramento para avaliar os níveis de glicose, pelo menos três vezes ao dia. No caso de resultados
anormais, o médico deve ser avisado imediatamente.
Cinco a sete dias após o início do tratamento, a dosagem de Diabinese® pode ser ajustada para aumento ou
redução, sendo que os aumentos não deverão ser superiores a 50-125 mg em intervalos de 3 a 5 dias para
alcançar o controle ideal.
Terapia de manutenção: A maioria dos pacientes de meia idade com diabetes tipo 2, estável, moderadamente
grave é controlada com aproximadamente 250 mg diários (1 comprimido). Alguns pacientes com diabetes de
menor intensidade são bem controlados com doses diárias de 125 mg (1/2 comprimido) ou menos. Muitos dos
pacientes diabéticos mais graves podem requerer 500 mg diários (2 comprimidos) para um controle adequado.
OS PACIENTES QUE NÃO RESPONDEM ADEQUADAMENTE À DOSE DE 500 mg DIÁRIOS
GERALMENTE NÃO RESPONDERÃO A DOSES MAIS ELEVADAS.
Doses de manutenção superiores a 750 mg diários (3 comprimidos) devem ser evitadas.
Uso em pacientes idosos e pacientes com alto risco: Devido ao fato do paciente diabético geriátrico (idoso)
parecer ser mais sensível ao efeito hipoglicêmico das sulfonilureias, seu tratamento deve ser iniciado com doses
menores de Diabinese®: 125 mg diários.
Diabinese® em pacientes com Diabetes Insipidus (doença caracterizada pela sede pronunciada e pela
excreção de grandes quantidades de urina muito diluída): a dose diária normalmente utilizada é de 125 a 500
mg. Devido ao risco de desenvolvimento de hipoglicemia nestes pacientes, é aconselhável iniciar o tratamento
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com a dose mais baixa, ajustando-a gradativamente conforme necessário. Os pacientes sob tratamento devem ser
orientados quanto à possibilidade e tratamento de reações hipoglicemiantes, especialmente durante infecções
intercorrentes ou outros períodos de redução da ingestão de alimentos. Em tais circunstâncias a terapia com
Diabinese® deve ser imediatamente descontinuada e o médico comunicado.
A terapêutica adequada será indicada exclusivamente pelo seu médico. Portanto, o tratamento não deve ser
alterado ou interrompido sem o conhecimento do mesmo.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Caso você esqueça de tomar Diabinese® no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima,
continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome o
medicamento 2 vezes para compensar doses esquecidas. Se você esquecer uma dose você pode comprometer a
eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
A maioria das reações adversas está associada à dose, é transitória e responde bem à redução da dose ou a
descontinuação do medicamento. As reações adversas observadas foram: leucopenia (redução de células de
defesa no sangue), agranulocitose (redução de um tipo de célula de defesa no sangue), trombocitopenia
(diminuição das células de coagulação do sangue: plaquetas), anemia hemolítica (diminuição do número de
glóbulos vermelhos por destruição dos mesmos), anemia aplática (diminuição da produção de glóbulos
vermelhos do sangue), pancitopenia (diminuição de todas as células do sangue), secreção inapropriada do
hormônio antidiurético, hiponatremia (diminuição de sódio no sangue), hipoglicemia (diminuição da taxa de
açúcar no sangue), intolerância ao álcool, redução do apetite, tontura, dor de cabeça, diarreia, vômito, náusea
(enjoo), distúrbios gastrintestinais, icterícia colestática (coloração amarelada da pele e mucosas por acúmulo de
pigmentos biliares, devido a obstrução), urticária (alergia da pele), rash maculopapular (manchas e elevações na
pele), reações de fotossenssibilidade (hipersensibilidade da pele a luz), eritema multiforme (manchas vermelhas,
bolhas e ulcerações em todo o corpo), dermatite esfoliativa (descamação da pele), prurido (coceira), dermatite
alérgica, rash, porfiria (distúrbios em enzimas que levam a manifestações de pele) não aguda, fome, teste
laboratorial anormal, redução da osmolaridade sanguínea, aumento da osmolaridade urinária.
Distúrbios gastrintestinais tendem a ser relacionados à dose e desaparecem quando a dose é reduzida.
Reações dermatológicas podem ser transitórias e podem desaparecer apesar do uso contínuo de Diabinese®. Se
as reações persistirem, o medicamento deve ser descontinuado.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo
uso do medicamento.
Informe também a empresa através do serviço de atendimento.