Bula do Dilacoron produzido pelo laboratorio Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
São Paulo - SP
CEP: 04566-905
Tel: 55 11 5536 7000
Fax: 55 11 5536 7126
DILACORON®
cloridrato de verapamil
ABBOTT LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA.
comprimidos revestidos
80 mg
Dilacoron_Bula_Paciente 1
MODELO DE BULA PARA O PACIENTE
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nº N041
DILACORON
APRESENTAÇÕES
DILACORON
(cloridrato de verapamil) comprimido revestido de 80 mg: embalagem com 30
comprimidos revestidos.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de DILACORON
(cloridrato de verapamil) 80 mg contém:
cloridrato de verapamil......................................................................... 80 mg
Excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de
magnésio, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, hipromelose, laurilsulfato de sódio, macrogol,
talco, dióxido de titânio.
II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE
DILACORON
(cloridrato de verapamil) é destinado ao tratamento de:
1.Falta de oxigênio (isquemia) para o músculo do coração: sem angina (dor no peito); com angina
após esforço; angina em repouso.
2.Hipertensão arterial (pressão alta) leve e moderada: DILACORON
(cloridrato de verapamil) tem
a vantagem de poder ser usado em pacientes com pressão alta e que também tenham asma
(bronquite), diabetes, depressão, impotência sexual, doença em vasos cerebrais, varizes, doença
coronárias, colesterol alto, ácido úrico alto e também pode ser usado por idosos. Diminui a
pressão nas crises de pressão alta.
3.Previne as arritmias com batimento cardíaco rápido (taquicardias supraventriculares; "flutter" ou
fibrilação atrial).
DILACORON
(cloridrato de verapamil) contém como substância ativa o cloridrato de verapamil,
que bloqueia o fluxo de cálcio para dentro da célula do músculo do coração e das artérias
(bloqueador do canal lento ou antagonista de íons cálcio).
O bloqueio dos canais de cálcio para as células musculares cardíacas e vasculares melhora a
quantidade de oxigênio oferecida ao músculo do coração. Com mais oxigênio, o músculo do
coração consegue relaxar mais e trabalhar melhor. Esse relaxamento muscular também acontece
nos músculos das paredes dos vasos sanguíneos, onde o sangue vai poder circular mais facilmente
(diminui a resistência vascular), diminuindo, assim, a pressão alta.
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(cloridrato de verapamil) também atua na normalização da frequência cardíaca
(número de vezes que o coração bate por minuto). O tempo médio estimado para o início da ação
farmacológica no organismo é de quatro a cinco horas após a administração oral.
DILACORON
(cloridrato de verapamil) é contraindicado para o uso por pessoas com
hipersensibilidade ao cloridrato de verapamil ou a outros componentes da fórmula do
medicamento.
(cloridrato de verapamil) é também contraindicado em casos de:
choque cardiogênico;
bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro graus (exceto em pacientes com marca-
passo ventricular artificial em funcionamento);
síndrome do nódulo sinusal (exceto em pacientes com marca-passo artificial em
funcionamento);
insuficiência cardíaca congestiva;
flutter ou fibrilação atrial na presença de feixe de condução acessório (por exemplo:
síndrome de Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine). Estes pacientes correm
risco de desenvolver taquicardia, incluindo fibrilação ventricular se cloridrato de
verapamil for administrado.
Advertências e Precauções
Infarto Agudo do Miocárdio
Usar com cautela nos casos de infarto agudo do miocárdio complicados por bradicardia (batimentos
cardíacos lentos), hipotensão acentuada (pressão baixa) ou disfunção ventricular esquerda.
Bloqueio AV/ Bloqueio AV de primeiro grau/ Bradicardia/ Assistolia
DILACORON®
(cloridrato de verapamil) age sobre os nódulos de AV (atrioventricular) e SA (sino
atrial) e prolonga o tempo de condução átrio ventricular. Utilizar com cautela no desenvolvimento
de bloqueio AV de segundo ou terceiro grau. Nos casos de bloqueio do ramo unifascicular,
bifascicular ou trifascicular há a necessidade de descontinuação do tratamento com cloridrato de
verapamil e, se necessário, implementar um tratamento adequado.
(cloridrato de verapamil) age sobre os nódulos AV e SA e raramente permite a
evolução de bloqueio AV para segundo ou terceiro grau, bradicardia e em casos extremos,
assistolia. Isso é mais provável de ocorrer em pacientes com doença do nó sinusal, que é mais
comum em pacientes idosos.
Em pacientes que não possuem essa doença, assistolia, é geralmente de curta duração (alguns
segundos ou menos) com retorno expontâneo do ritmo normal. Se o retorno não ocorrer
rapidamente, deve ser iniciado tratamento adequado.
Insuficiência cardíaca:
Pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção maior que 35 % devem ser compensados
antes do início do tratamento com cloridrato de verapamil.
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Antiarrítmicos, betabloqueadores
Potencialização mútua de efeitos cardiovasculares (grau superior bloqueio AV, grau superior de
frequência cardíaca, indução de insuficiência cardíaca e hipotensão potencializada).
Bradicardia assintomática (36 batidas/minuto) com uso de marcapasso atrial (wandering atrial
pacemaker) foram observados em um paciente recebendo concomitantemente colírio de timolol
(bloqueador beta adrenérgico) e cloridrato de verapamil oral.
Digoxina
Se verapamil for administrado concomitantemente com digoxina, a dose de digoxina deve ser
reduzida. Ver item Interações Medicamentosas.
Doença nas quais a transmissão neuromuscular é afetada
DILACORON
(cloridrato de verapamil) deve ser utilizado com cautela em pacientes com doenças
nas quais a transmissão neuromuscular é afetada (miastenia grave, Síndrome de Eaton-Lambert,
distrofia muscular de Duchenne avançada).
Inibidores da HMG-CoA Redutase (estatinas)
Vide item Interações Medicamentosas
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
Devido ao seu efeito anti-hipertensivo e dependendo da resposta individual, o cloridrato do
verapamil pode afetar a habilidade de reação a ponto de prejudicar a habilidade de dirigir um
veículo, de operar máquinas ou de trabalhar sob circunstâncias perigosas. Isso se aplica,
principalmente, quando se inicia o tratamento, quando a dose é aumentada, quando há migração de
outra terapia medicamentosa ou quando álcool é consumido concomitantemente. Verapamil pode
aumentar o nível de álcool no sangue e retardar sua eliminação, com isso, os efeitos do álcool
podem ser exarcebados.
Cuidados e advertências para populações especiais
Uso em idosos: as doses de DILACORON
(cloridrato de verapamil) devem ser estudadas caso a
caso pelo médico, pois pacientes idosos apresentam uma resposta maior ao verapamil.
Uso pediátrico: deve-se ter bastante cautela ao administrar cloridrato de verapamil a este grupo de
pacientes.
Uso em pacientes com insuficiência hepática: o verapamil deve ser usado com cuidado em
pacientes com função do fígado alterada. Nestes casos deve-se ajustar muito cuidadosamente a dose
e começar com doses menores.
Uso em pacientes com comprometimento da função renal (dos rins): estudos robustos
comparativos demonstraram que o comprometimento da função renal não tem efeito sobre a
farmacocinética do cloridrato de verapamil em pacientes no estágio final da insuficiência renal.
Entretanto, alguns casos reportados sugerem que o cloridrato de verapamil deve ser usado com
cautela e com acompanhamento cuidadoso em pacientes com comprometimento da função renal. O
cloridrato de verapamil não pode ser removido por hemodiálise.
Uso na gravidez: não há dados adequados do uso de cloridrato de verapamil em mulheres durante a
gravidez. Estudos em animais não indicaram efeitos danosos direta ou indiretamente com respeito à
toxicidade reprodutiva. Como estudos de reprodução feitos com animais não preveem sempre a
resposta em humanos, só se deve usar cloridrato de verapamil na gravidez quando for
absolutamente necessário e se indicado pelo médico. O cloridrato de verapamil pode atravessar a
placenta, podendo ser medido no cordão umbilical.
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Lactante: o cloridrato de verapamil é excretado no leite humano. Dados limitados para
administração oral têm mostrado que a dose relativa do verapamil no lactante é baixa (0,1 – 1% da
dose oral da mãe) e que o uso de verapamil pode ser compatível com a amamentação. Devido ao
potencial de sérias reações adversas em lactentes, o verapamil deve ser usado durante a lactação
somente se for essencial para o bem-estar da mãe e se indicado pelo médico.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação
durante o uso deste medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Interações medicamentosas e testes laboratoriais
Caso você esteja usando alguma das substâncias a seguir, informe seu médico antes de iniciar o
tratamento com DILACORON®
(cloridrato de verapamil). Ele lhe dará a melhor orientação sobre
como proceder.
As substâncias que interagem potencialmente com o cloridrato de verapamil são:
prazosina, terazosina, flecainida, quinidina, teofilina, carbamazepina, imipramina, glibenclamida,
claritromicina, eritromicina, rifampicina, telitromicina, doxorrubicina, fenobarbital, buspirona,
midazolan, metoprolol, propanolol, digitoxina, digoxina, cimetidina, ciclosporina, everolimus,
sirolimus, tacrolimus, atorvastatina, lovastatina, sinvastatina, almotriptana, sulfinpirazona, suco de
grapefruit (toranja e pomelo), erva de São João (Hypericum perforatum).
Informe seu médico quanto ao uso de antiarrítmicos (quinidina, procainamida), betabloqueadores
(metoprolol, propanolol), anti-hipertensivos (furosemida, hidroclorotiazida, nifedipino), diuréticos,
vasodilatadores (hidralazina, cinarizina, flunarizina), agentes antivirais anti-HIV (ritonavir,
lopinavir), lítio, bloqueadores neuromusculares (gentamicina, tobramicina), ácido acetilsalicílico,
álcool, estatinas. Estas substâncias, quando utilizadas com DILACORON®
(cloridrato de verapamil)
podem causar algumas alterações.
Foram observados nos testes laboratoriais a elevação das enzimas hepáticas (enzimas que
demonstram a função do fígado) e elevação dos níveis de prolactina (hormônio que estimula
produção de leite e aumento das mamas).
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
DILACORON
(cloridrato de verapamil) deve ser mantido em sua embalagem original e
conservado em temperatura ambiente (temperatura entre 15ºC e 30°C), protegido da luz e da
umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
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Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
São Paulo - SP
CEP: 04566-905
Tel: 55 11 5536 7000
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Características físicas do produto
DILACORON®
(cloridrato de verapamil) comprimido revestido retard 120 mg: comprimido
branco, redondo e achatado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você
observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
As doses de DILACORON
(cloridrato de verapamil) devem ser estudadas caso a caso pelo médico
de acordo com a gravidade da doença, e tomadas, de preferência, com a alimentação ou logo após.
Os comprimidos devem ser engolidos com um pouco de água, sem serem mastigados.
A experiência clínica mostra que a dose média do medicamento varia de 240 mg a 360 mg por dia,
conforme orientação médica.
A dose máxima diária não deve passar de 480 mg para tratamentos longos, apesar de que uma dose
maior que esta pode ser usada para tratamentos curtos.
Adultos e adolescentes com peso maior que 50 kg
Isquemia miocárdica, taquicardias supraventriculares paroxísticas, “flutter” e fibrilação atrial: 120
mg a 480 mg divididos em 1 ou 2 vezes ao dia (a cada 24 ou 12 horas) de acordo com a prescrição
médica.
Hipertensão: 120 mg a 480 mg divididos em 1 ou 2 vezes ao dia (a cada 24 ou 12 horas) de acordo
com a prescrição médica.
Não existe limitação para a duração do tratamento.
O cloridrato de verapamil alcança o pico de concentração plasmática após 4 a 5 horas da
administração do medicamento.
A estimativa da dose liberada do medicamento, DILACORON
(cloridrato de verapamil) 120 mg
comprimido revestido retard, no organismo por unidade de tempo segue na tabela abaixo:
Tempo de liberação
do medicamento
Dose liberada do
medicamento (%)
após administração
1 hora 7,5% a 20%
2 horas 21% a 35%
4 horas 36% a 56%
8 horas Mínimo 70%
10 horas Mínimo 80%
DILACORON
(cloridrato de verapamil) não deve ser interrompido subitamente após tratamentos
longos, sendo recomendada uma diminuição gradual de dose.
Em pacientes com problemas no fígado, o médico deverá fazer um ajuste da dose, com doses
menores no início do tratamento.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento.
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Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
São Paulo - SP
CEP: 04566-905
Tel: 55 11 5536 7000
Fax: 55 11 5536 7126
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este comprimido não deve ser partido, aberto ou mastigado.
MEDICAMENTO?
Se você se esqueceu de tomar o medicamento, tome uma dose assim que se lembrar. Se estiver
perto da hora de tomar a próxima dose, você deve simplesmente tomar o próximo comprimido no
horário usual. Não dobre a próxima dose para repor o comprimido que se esqueceu de tomar no
horário certo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-
dentista.
Reações adversas foram relatadas espontaneamente durante o período de pós-comercialização e
durante estudos clínicos do produto. As frequências de reações adversas são definidas como:
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
Sistemas Comum Incomum Rara Desconhecida
Sistema imunológico --- --- --- Hipersensibilidade
(alergia)
Sistema nervoso Cefaleia (dor
de cabeça) e
tontura
--- Parestesia
(sensação de
formigamento)
e tremor
Reação extrapiramidal;
paralisia1
(tetraparesia)
e convulsões.
Alterações
psiquiatricas
--- --- Sonolência ---
Alterações do
ouvido e do labirinto
--- --- Zumbido Vertigem,
Sistema vascular Hipotensão,
rubor.
--- --- ---
Alterações cardíacas Bradicardia
(batimentos
muito lentos)
Palpitações
taquicardia
--- Bloqueio
atrioventricular
(primeiro, segundo e
terceiro grau),
bradicardia sinusal,
falência cardíaca,
assistolia.
Respiratório --- --- --- Broncoespasmo
Sistema
gastrintestinal
Constipação
(intestino
preso) e náusea.
Dor abdominal Vômitos Desconforto
abdominal, hiperplasia
gengival (inchaço da
gengiva), íleo
(paralisia intestinal).
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Abbott Laboratórios do Brasil Ltda Rua Michigan 735, Brooklin
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Alterações na pele e
tecidos subcutâneos
--- --- Hiperhidrose
(suor
execessivo)
Angioedema, síndrome
de Stevens-Johnson,
eritema multiforme,
erupção cutânea
maculopapular,
alopecia (queda de
cabelo), urticária
(coceira), púrpura e
prurido.
musculoesquelético
--- --- --- Fraqueza muscular,
mialgia (dores
musculares em
qualquer parte do
corpo) e artralgia
(dores nas
articulações).
Sistema reprodutor
e mama
--- --- --- Disfunção erétil
(impotência),
ginecomastia
(crescimento das
mamas nos homens) e
galactorréia (produção
de leite fora do
período pós-parto ou
de lactação).
Condições gerais Edema
periférico
Fadiga --- ---
Em Investigação --- --- --- Aumento de
prolactina plasmática
e aumento de enzimas
hepáticas.
1
Houve um único relato pós-comercialização de paralisia (tetraparesia) associada ao uso
concomitante de verapamil e colchicina. O uso concomitante de verapamil e colchicina não é
recomendado.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista, ou farmacêutico o aparecimento de reações
indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de
atendimento.