Bula do Dolamin Flex produzido pelo laboratorio Farmoquímica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Dolamin Flex_AR030514_Bula Profissional de Saúde
DOLAMIN FLEX®
Farmoquímica S/A
Comprimido Revestido
125 mg + 5 mg
BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE
clonixinato de lisina + cloridrato de ciclobenzaprina
APRESENTAÇÃO:
Comprimidos revestidos – clonixinato de lisina 125 mg + cloridrato de ciclobenzaprina 5 mg -
embalagem contendo blíster com 15 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 15 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido contém:
clonixinato de lisina..............................................................125 mg
cloridrato de ciclobenzaprina................................................ 5 mg
Excipientes: celulose microcristalina, amido, estearato de magnésio, corante azul patente V laca de
alumínio, hipromelose, dióxido de titânio, triacetina e água.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Dolamin Flex® é indicado para o tratamento da dor de origem musculoesquelética, principalmente
quando acompanhada de contratura muscular, como ocorre nos quadros associados ao período pós-
operatório, lombalgia, cervicobraquialgia, fibromialgia e torcicolo.
Em um estudo duplo-cego, randomizado, cinquenta e cinco pacientes ambulatoriais (maiores de 20 anos
de idade), com síndromes dolorosas cervicobraquiais, com predominância de espasmo muscular, foram
avaliados durante um período de quatro dias. Vinte e oito pacientes foram tratados com clonixinato de
lisina 125 mg, e vinte e sete com uma associação de doses fixas de clonixinato de lisina 125 mg mais
ciclobenzaprina 5 mg, ambos num esquema de um comprimido a cada oito horas. A sintomatologia de
comprometimento músculo-articular foi avaliada antes e dentro de dois a quatro dias. Em cada controle,
as taxas de tumefação, dor à palpação e dor relacionada à movimentação ativa e passiva, limitação
funcional articular ao exercício e contratura foram medidas segundo um escore de 0 a 3.
Dolamin Flex_AR030514_Bula Profissional de Saúde
A associação clonixinato de lisina mais ciclobenzaprina mostrou-se mais eficaz do que o clonixinato de
lisina isolado na redução do grau tanto de tumefação quanto de limitação da excursão articular, após dois
dias de controle. Os escores das demais variáveis permaneceram similares em ambos os grupos.
Nenhum paciente abandonou o estudo devido à intolerância. Os eventos adversos foram de escassa
intensidade ao início do estudo, desaparecendo, espontaneamente, com a continuação do mesmo. (1)
Cento e setenta e três pacientes com síndrome dolorosa vertebral, com predominância de espasmo
muscular, participaram de um estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo, numa avaliação
da eficácia e segurança da associação de doses fixas de clonixinato de lisina 125 mg e ciclobenzaprina,5
mg (CL+CB) para tratamento da síndrome dolorosa com espasmo da musculatura paravertebral. Todos os
pacientes (tanto do grupo placebo quanto do CL+CB) receberam termoterapia durante todo o período do
estudo, três vezes ao dia. Os sinais e sintomas (espasmo muscular, dor relacionada à movimentação ativa
e passiva) foram avaliados de acordo com uma escala de quatro níveis (0 = nulo, 1 = leve, 2 = moderado e
3 = severa), antes do tratamento e no segundo e sétimo dias após o mesmo. Também foi avaliado o grau
da flexão anteroposterior e rotação com uma escala de três níveis (1 = normal, 2 = pouco limitada, 3 =
altamente limitada). Os pacientes foram tratados com uma dose fixa oral a cada seis horas, durante sete
dias. No grupo tratado com a associação CL+CB, foi observado que a taxa de pacientes com espasmos foi
menor (p<0,05), enquanto que a excursão (flexo-extensão) anteroposterior foi melhor (p<0,001). Também
foi observado que no grupo tratado com a associação, a taxa de pacientes sem dor à movimentação
passiva (p<0,05) e a taxa de flexão anteroposterior normal (p<0,0001) foram significativamente mais
altas do que no grupo placebo. Não foi encontrada diferença significativa entre os dois grupos em relação
às reações adversas. Concluiu-se que a associação clonixinato de lisina com ciclobenzaprina mais
fisioterapia, foi muito mais eficaz do que a termoterapia isolada no tratamento da sintomatologia
provocada pelo espasmo muscular. (2)
1 – Nasswetter G, Dos Santos AR, Marti LM, Di Girolamo G. Asociacion de clonixinato de lisina com
ciclobenzaprina em afecciones dolorosas del raquis com contractura muscular. Pren Méd. Argent. 1998; 85:507-514.
2 – Espagnol R, Pallet AC, Nasswetter G. Eficacia analgésica del clonixinato de lisina Asociado a ciclobenzaprina en
los trastornos dolorosos con espasmo de musculos espinales. Pre Méd Argent. 1998;85:102-109.
Farmacodinâmica
O clonixinato de lisina, um dos componentes ativos do Dolamin Flex®, é um anti-inflamatório não
esteroide, com ação predominantemente analgésica e ações anti-inflamatória e antipirética moderadas.
O fármaco age, perifericamente, bloqueando a síntese de prostaglandinas mediante a inibição da atividade
da ciclooxigenase, atuando predominantemente sobre a enzima catalizadora de prostaglandinas
mediadoras da inflamação (ciclooxigenase 2 ou COX-2), com menor atividade sobre a enzima
Dolamin Flex_AR030514_Bula Profissional de Saúde
catalizadora da síntese de prostaglandinas da mucosa gastrintestinal e dos rins (ciclooxigenase 1 ou COX-
1), onde as prostaglandinas exercem uma função protetora. Também foi demonstrada ação inibitória da
síntese de leucotrienos por inibição da lipooxigenase, e da síntese de óxido nítrico por inibição da ON-
sintetase.
O outro componente do Dolamin Flex®, a ciclobenzaprina, é um relaxante muscular esquelético de ação
central. Suprime o espasmo do músculo esquelético de origem local, sem interferir com a função
muscular. Sua ação se faz ao nível da formação reticular, reduzindo o tônus aumentado do músculo
esquelético, influenciando no sistema motor gama e alfa, sem afetar o Sistema Nervoso Central nem a
consciência.
Farmacocinética
Quando administrado por via oral, o clonixinato de lisina apresenta uma biodisponibilidade em torno de
75%, sendo a sua concentração plasmática máxima atingida entre quarenta a sessenta minutos após a sua
administração. Apresenta uma meia-vida de eliminação de cento e quatro minutos. Seu metabolismo
ocorre, principalmente, no fígado e é eliminado predominantemente através do rim como catabólitos
oxidados e conjugados, 63% nas primeiras vinte e quatro horas. Sua ação analgésica apresenta uma
latência de quinze minutos, durando em torno de seis horas.
A ciclobenzaprina é bem absorvida após administração oral. Seu metabolismo é gastrointestinal ou
hepático e a sua ligação às proteínas plasmáticas é elevada. A sua meia-vida é de um a três dias. Sua ação
tem início em, aproximadamente, uma hora após a administração oral. Sua concentração máxima no
plasma é atingida três a oito horas após, sendo de 15 a 25 ng (nanogramas)/ml, após uma dose de 10 mg,
e está sujeita a grandes variações individuais. A duração da ação é de doze a vinte quatro horas. Sua
eliminação é renal, sob a forma de metabólitos conjugados. Certa quantidade de ciclobenzaprina
inalterada é eliminada também por via biliar e fecal.
Estudo realizado em voluntários sadios para determinar se o comportamento farmacocinético da
ciclobenzaprina ou do clonixinato de lisina era alterado, ao serem ambos os princípios ativos
administrados associados num mesmo comprimido, não demonstrou diferenças significativas na
concentração plasmática máxima, tempo para a concentração máxima, meia-vida e área sob as curvas
concentração plasmática/tempo, quando comparados aos dos fármacos administrados separadamente.
Estes resultados mostram que é aceitável a utilização de ambos os fármacos combinados no mesmo
produto farmacêutico para pacientes que possam se beneficiar do efeito relaxante muscular da
ciclobenzaprina e do efeito analgésico do clonixinato de lisina.
Dolamin Flex® é contraindicado nas seguintes situações:
Dolamin Flex_AR030514_Bula Profissional de Saúde
pacientes em tratamento com medicamentos antidepressivos inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
e até duas semanas depois de sua suspensão;
doença cardíaca;
hipertireoidismo;
antecedentes de asma ou broncoespasmo, pólipos nasais, reações alérgicas e/ou induzidas pela
administração de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs);
úlcera péptica ativa;
pacientes com tendência a ter hemorragias digestivas;
lactação;
hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.
Este medicamento é contraindicado para menores de 15 anos.
Devido à presença de ciclobenzaprina, pode ocorrer aumento dos efeitos do álcool, barbitúricos ou
outros depressores do SNC.
Em pacientes com função renal diminuída, cirrose hepática e síndrome nefrótica, a administração de
Dolamin Flex® pode causar agravamento do problema, mas com a interrupção do tratamento, o
agravamento é, geralmente, reversível. São particularmente suscetíveis a esta complicação pacientes
desidratados, em uso de diuréticos ou submetidos a intervenções cirúrgicas de grande porte, com
perda de grande volume de sangue. Nestes casos, o volume urinário e a função renal devem ser
controlados ao se iniciar o tratamento.
O medicamento deve ser administrado com cautela em pacientes com antecedentes de úlcera péptica,
gastrite ou em tratamento com anticoagulantes.
Caso ocorram reações alérgicas na pele e/ou mucosas ou sintomas de úlcera péptica ou de hemorragia
gastrointestinal, o tratamento com Dolamin Flex® deverá ser suspenso.
Devido à presença de ciclobenzaprina, deve-se ter cautela nos casos de retenção urinária e glaucoma.
Idosos
Não se dispõe de informações sobre o uso de Dolamin Flex® em pacientes idosos. Como estes pacientes,
em relação aos adultos jovens, costumam manifestar sensibilidade aumentada aos antidepressivos
tricíclicos e a ciclobenzaprina é estruturalmente relacionada a estes agentes, é provável que idosos sejam
também mais sensíveis a este medicamento.
Dolamin Flex_AR030514_Bula Profissional de Saúde
Gravidez
Estudos sobre a reprodução, realizados com a ciclobenzaprina, em ratos, camundongos e coelhos, com
doses de até vinte vezes a dose para humanos, não evidenciam a existência de alteração sobre a fertilidade
ou de danos ao feto, devidos à droga. Entretanto, não há estudos adequados e bem controlados sobre a
segurança do uso de ciclobenzaprina ou clonixinato de lisina, ou da associação dessas drogas, em
mulheres grávidas. Como os estudos em animais nem sempre reproduzem a resposta em humanos, não se
recomenda a administração de Dolamin Flex® durante a gravidez.
Categoria B de risco na gravidez: Os estudos em animais não demonstraram risco fetal, mas também não
há estudos controlados em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram riscos, mas que
não foram confirmados em estudos controlados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Capacidade de dirigir e operar máquinas
A ciclobenzaprina pode diminuir a capacidade mental ou física necessária para realizar tarefas arriscadas
(operar máquinas, dirigir veículos etc.). Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou
Interação medicamento-medicamento
O uso concomitante de Dolamin Flex® com anti-inflamatórios não esteroides, por ex., diclofenaco e
ibuprofeno, incluindo o ácido acetilsalicílico em doses altas, pode aumentar o risco de úlcera péptica e
hemorragias.
O uso concomitante com anticoagulantes orais (por ex., varfarina), ticlopidina, heparina e
trombolíticos aumenta o risco de hemorragia.
O tratamento simultâneo com metotrexato e Dolamin Flex® pode aumentar a toxicidade do
metotrexato.
Em pacientes desidratados, o tratamento com anti-inflamatórios não esteroides aumenta o risco
potencial de insuficiência renal aguda. Em caso de tratamento concomitante com diuréticos (por ex.,
furosemida e hidroclorotiazida), os pacientes devem ser adequadamente hidratados, devendo a sua
função renal ser controlada antes do início do tratamento.
Dolamin Flex® diminui a ação dos agentes anti-hipertensivos (betabloqueadores, como o atenolol e o
propanolol, inibidores da ECA, como o captopril e o enalapril, vasodilatadores, como hidralazina, e
diuréticos, como hidroclorotiazida e furosemida).
Dolamin Flex_AR030514_Bula Profissional de Saúde
O efeito anti-hipertensivo da guanetidina e de seus congêneres pode ser bloqueado quando
administrados concomitantemente com Dolamin Flex®.
Pacientes em tratamento com medicamentos antidepressivos inibidores da monoaminoxidase (IMAO),
por ex., fenelzina, e até duas semanas depois de sua suspensão, devido à presença de ciclobenzaprina
na formulação do Dolamin Flex®, a interação pode ocasionar elevação da temperatura corporal,
convulsões e evolução fatal.
Dolamin Flex® pode aumentar os níveis plasmáticos de lítio. Em caso de uso concomitante, monitorar
os níveis plasmáticos de lítio.
Interação medicamento-substância
Pode haver aumento dos efeitos do álcool sobre o sistema nervoso central. O uso de bebidas alcoólicas
deve ser evitado durante o tratamento.
Cuidados de conservação
Dolamin Flex® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C), em sua embalagem
original. Proteger da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimidos redondos e convexos, de cor azul celeste, com gravação FQM em uma das faces. Livre de
partículas estranhas. Odor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Tomar um comprimido três vezes ao dia, em intervalos regulares, sendo as doses ajustadas de acordo com
a intensidade da dor.
Ingerir os comprimidos inteiros, sem mastigar e com líquidos.
A dose máxima diária é de seis comprimidos.
Não é recomendada a administração continuada por mais de duas ou três semanas.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Dolamin Flex_AR030514_Bula Profissional de Saúde
Nas doses terapêuticas, Dolamin Flex® é um medicamento bem tolerado.
A seguir são listadas as reações adversas já relatadas durante o uso deste medicamento.
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): astenia, náuseas, indigestão, constipação intestinal, disgeusia,
visão turva, cefaleia e nervosismo.
Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): fraqueza, taquicardia ou bradicardia, hipotensão arterial,
palpitações, distúrbio alimentar, vômito, diarreia, dor abdominal, gastrite, sensação de sede,
flatulência e aumento das transaminases.
Reações muito raras (< 1/10.000): hepatite, obstrução dos ductos biliares, anafilaxia, diminuição da
força muscular, tontura, alterações da fala, tremor, rigidez muscular, contração involuntária dos
músculos, convulsões, desorientação, insônia, depressão, ansiedade, agitação, confusão mental,
alucinações, excitação, dormência, visão dupla, sudorese, ageusia, zumbidos, aumento do volume
urinário ou retenção urinária.
Devido à associação com ciclobenzaprina, pode ocorrer sonolência, boca seca ou náuseas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.