Bula do Enfluran produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Enfluran®
(enflurano)
Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.
Solução inalante
100% (1 mL/mL) - 100 e 240mL
MODELO DE BULA PARA O PACIENTE
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
ENFLURAN®
FORMA FARMACÊUTICA:
Solução Inalante
APRESENTAÇÃO:
100% (1 mL/mL)
Frascos com 100 mL e 240 mL.
USO INALATÓRIO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL contém:
enflurano .....................................................................................1 mL
O enflurano é acondicionado em frascos de vidro de cor âmbar.
II – INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
ENFLURAN®
(enflurano) é indicado na indução e manutenção de anestesia geral e para promover analgesia em partos normais.
Baixas concentrações de enflurano também podem ser usadas para complementar a ação de outros agentes anestésicos gerais
durante partos cesarianos.
ENFLURAN®
(enflurano) é um anestésico geral que proporciona indução e recuperação rápida e suave; determina um estímulo
moderado das secreções salivares e traqueobrônquicas. Os reflexos faríngeos e laríngeos são prontamente abolidos, permitindo
fácil entubação traqueal. A intensidade da anestesia varia conforme a quantidade de enflurano inalado. Como ocorre com outros
agentes inalatórios, o volume respiratório diminui à medida que se aprofunda a anestesia. Altos níveis de PaCO2 podem ser obtidos
com o aprofundamento da anestesia caso não haja suporte de ventilação.
Enflurano favorece a reação remanescente de suspiro, semelhante à observada com éter dietílico. Durante a indução ocorre ligeiro
declínio da pressão sanguínea, a qual retorna a valores próximos da normalidade sob o estímulo cirúrgico. O aprofundamento da
anestesia produz diminuição correspondente da pressão arterial. A frequência cardíaca mantém-se constante, sem evidência
significativa da bradicardia. O controle eletrocardiográfico demonstra que o ritmo cardíaco permanece estável. A elevação do nível
do dióxido de carbono no sangue arterial não altera o ritmo cardíaco.
ENFLURAN®
(enflurano) é contraindicado para pacientes com conhecida sensibilidade ao enflurano, a outros anestésicos
halogenados, ou com distúrbios convulsivos.
(enflurano) é contraindicado para pacientes com conhecida ou suspeita de suscetibilidade genética a hipertermia
maligna.
Enflurano, assim como outros agentes anestésicos, pode causar leve diminuição da função intelectual durante 2 a 3 dias após a
anestesia. Assim como com outros tipos de anestésicos, pequenas alterações no humor e sintomas podem persistir por alguns dias
após a sua administração.
Somente deverá ser empregado por anestesiologista qualificado.
ADVERTÊNCIAS:
Quando a anestesia com ENFLURAN®
(enflurano) é aprofundada, podem surgir alterações nos traçados eletroencefalográficos,
caracterizadas por ondas de alta voltagem e alta frequência, com progressão para complexos de espículaonda, intercalados com
períodos de ausência de atividade elétrica ou franca atividade epiléptica. Esta pode estar associada ou não a movimentos motores.
A atividade motora, quando presente, consiste em contrações súbitas de diversos grupos musculares, que costumam desaparecer
espontaneamente ou pela redução da concentração do anestésico. Esse registro eletroencefalográfico, observado em níveis
profundos de anestesia, intensifica-se com hiperventilação e consequente diminuição da tensão parcial de CO2 . A redução da
ventilação e das concentrações do anestésico geralmente é suficiente para eliminar a atividade motora. Estudos da irrigação
sanguínea e do metabolismo cerebral, efetuados em voluntários normais, logo após as alterações eletroencefalográficas, não
apresentaram evidência de hipóxia cerebral. Testes de atividade mental não mostram piora após anestesia prolongada com
enflurano e podem ou não estar associados à atividade epiléptica.
Como os níveis de anestesia frequentemente se alteram com rapidez e facilidade, recomenda-se o uso de vaporizadores que
proporcionem concentrações precisas.
Hipotensão e alterações na frequência respiratória podem indicar a profundidade da anestesia. Níveis profundos de anestesia
podem provocar hipotensão e depressão respiratória.
Disfunção hepática icterícia e necrose hepática fatal foram relatadas após anestesia com anestésicos halogenados. Tais reações
parecem representar reação de sensibilidade aos anestésicos. Cirrose ou outras anormalidades envolvendo disfunção hepática,
incluindo história de hepatite viral ou alteração hepática prévia após o uso de halogenados, podem justificar a seleção de outro
anestésico que não o enflurano.
Quando administrado durante partos cesarianos, altas concentrações de enflurano podem produzir relaxamento uterino e aumento
da perda sanguínea.
Casos isolados de aumento de carboxihemoglobina foram relatados com uso de agentes anestésicos inalados halogenados que
apresentam o radical –cf2h (ex: desflurano, enflurano e isoflurano). Não foram produzidas concentrações significantes de
monóxido de carbono na presença e agentes absorvedores hidratados. Precauções devem ser tomadas conforme instruções dos
fabricantes de absorvedores de CO2.
Casos raros de aumento extremo de temperatura, fumaça e/ou fogo espontâneos na máquina de anestesia foram relatados durante
realização de anestesia geral com fármacos dessa classe quando utilizados em conjunto com absorvedores de CO2, especificamente
aqueles que contêm o hidróxido de potássio. Quando o médico ou equipe clinica suspeitar que o absorvedor de CO2 está
dessecado, este deverá ser substituído antes da administração do enflurano. Na maioria dos absorvedores de CO 2 a cor não
necessariamente muda em consequência da dessecação. Consequentemente, a ausência de mudança de cor não deve ser tomada
como garantia de hidratação adequada. Absorvedores de CO2 devem ser substituídos rotineiramente independente do estado do
indicador da cor.
PRECAUÇÕES:
Geral: Como outros anestésicos gerais potentes, enflurano somente deve ser administrado em centros apropriados e equipados para
realização de anestesia geral, por profissionais que estejam familiarizados com a farmacologia do agente e devidamente
qualificados por treinamento e experiência no controle e monitorização de pacientes anestesiados. Os níveis de anestesia podem ser
alterados rápida e facilmente com enflurano, portanto, devem-se empregar somente vaporizadores calibrados ou técnicas com as
quais seja possível monitorar as concentrações inspiradas ou expiradas. Os graus de hipotensão e depressão respiratória podem
indicar a intensidade da ação anestésica.
ENFLURAN®
(enflurano) deve ser usado com precaução em pacientes que, por história clínica ou de uso de medicamentos,
demonstrem ser sensíveis à estimulação cortical produzida por essa droga.
Carcinogênese e Mutagênese: Foram realizados estudos com ratos suíços ICR para determinar se a exposição ao enflurano
poderia induzir neoplasia. Realizaram-se 4 exposições in útero e 24 em filhotes durante as 9 primeiras semanas de vida, com doses
de 1/2, 1/8 e 1/32 Cam de enflurano. Os ratos foram mortos com 15 meses de idade. A incidência de tumores foi semelhante à de
ratos controles não tratados que receberam a mesma concentração de gases, exceto o anestésico.
A exposição dos ratos durante 20 horas ao enflurano 1,2% produziu um pequeno, mas significante aumento de anormalidades no
esperma. Todavia, estudos in vitro (teste de ames, teste de alteração na cromátide irmã e sistema 8-azaguanina) não revelaram
efeito mutagênico.
Gravidez: Estudos de reprodução foram realizados em ratos e coelhos com doses de enflurano até 4 vezes superiores às
recomendadas a humanos e não revelaram prejuízo à fertilidade ou dano ao feto. No entanto, não há estudos adequados e bem
controlados em mulheres grávidas. Devido ao fato de que estudos realizados em animais nem sempre correspondem à resposta
humana, enflurano não deve ser usado durante a gestação, a menos que estritamente necessário.
Amamentação: Não se sabe se enflurano é excretado no leite materno. Uma vez que muitas substâncias são excretadas no leite
materno, precauções devem ser tomadas quando da administração de enflurano em mulheres que estejam amamentando.
Hipertermia maligna: Em pacientes suscetíveis, a anestesia com enflurano pode deflagrar um estado hipermetabólico da
musculatura esquelética, ocasionando um aumento da necessidade de oxigênio e uma síndrome clínica conhecida como hipertermia
maligna. A síndrome inclui sintomas não específicos como rigidez uscular, taquicardia, taquipneia, cianose, arritmia e instabilidade
da pressão sanguínea (deve-se notar que muitos desses sintomas não específicos podem aparecer com anestesia leve, hipóxia
aguda, etc; a síndrome de hipertermia maligna relacionada ao enflurano raramente ocorre. Por volta de 1980, 35 casos haviam sido
relatados na América do Norte, com uma incidência aproximada de 1:725.000 pacientes anestesiados com enflurano). Aumento no
metabolismo pode ser verificado pela elevação da temperatura (que pode elevar-se de forma rápida inicialmente ou posteriormente,
mas geralmente não é o primeiro sinal de aumento do metabolismo) e aumento no uso do sistema de absorção de CO2 (aumento da
temperatura do canister).
A PAO2 e o pH podem diminuir e hipercalemia e acidose metabólica podem ocorrer. O tratamento inclui descontinuação dos
agentes deflagradores (ex: enflurano), administração intravenosa de dantroleno sódico e implementação de terapia de suporte. Esta
inclui esforços para restaurar a temperatura corporal normal, suporte respiratório e circulatório e monitoração dos eletrólitos e
equilíbrio ácido-básico (consultar informações sobre dantroleno sódico intravenosos para melhor manutenção do paciente).
Insuficiência renal pode ocorrer posteriormente e o fluxo urinário deve ser mantido, se possível.
O uso de agentes anestésicos inalatórios foi associado a raros aumentos nos níveis de potássio sérico que resultaram em arritmias
cardíacas e morte de pacientes pediátricos durante o período pós-operatório.
Pacientes com doenças neurológicas latentes ou manifestas, particularmente com distrofia muscular de Duchenne, parecem ser
mais vulneráveis. O uso concomitante de succinilcolina foi associado à maioria desses casos. Esses pacientes também mostraram
elevações significantes dos níveis de creatinaquinase e, em alguns casos, alterações na urina consistentes com mioglobinúria.
Apesar da similaridade deste quadro à hipertemia maligna, nenhum destes pacientes exibiu sinais ou sintomas de rigidez muscular
ou estado hipermetabólico. Intervenção precoce e agressiva para o tratamento da hipercalemia e arritmias resistentes é
recomendável, assim como subsequente avaliação de doenças neuromusculares latentes.
Interações Medicamentosas: A ação de relaxantes não despolarizantes é potencializada por enflurano, portanto, doses menores do
que as usuais dessas substâncias devem ser utilizadas. Caso sejam administradas doses habituais de relaxantes musculares, o tempo
para recuperação do bloqueio neuromuscular será maior na presença de enflurano do que quando usados halotano ou óxido nitroso.
Testes Laboratoriais: A retenção de bromosulfaleína (BSP) é, em alguns casos, levemente acentuada no pós-operatório. Isto pode
estar relacionado à cirurgia, visto que a anestesia prolongada (5 a 7 horas) em voluntários humanos não produziu aumento de BSP.
Pode ocorrer aumento da glicose e leucócitos durante o processo cirúrgico. Precauções devem ser tomadas em pacientes diabéticos
em virtude da elevação da glicose durante a cirurgia.
“Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento”.
“Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde”.
Conservar em temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC, e proteger da luz.
Seu prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação, sendo que após este prazo o produto pode não ter mais efeito
terapêutico.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem”.
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original”.
Características físicas e organolépticas: ENFLURAN® (enflurano) é um anestésico líquido não inflamável, quimicamente
conhecido como: éter-2-cloro-1,1,2-trifluoretil difluormetílico. Enflurano é uma base forte que não se decompõe em contato com
Na2CO3 e não reage com alumínio, estanho, latão, ferro ou cobre.
Constantes físicas:
Peso molecular ......................................................................... 184,5
Ponto de ebulição a 760 mmHg .................................................56,5ºC
Índice de refração a nD
20
............................................................1,3020-1,3038
Gravidade específica a 25º/25ºC .............................................. 1,517
Pressão de vapores em mmHg (*) 20ºC .................................... 175
25ºC .................................... 218
36ºC .................................... 345
ENFLURAN®
(enflurano) é um líquido incolor, anestésico inalatório, transparente, não inflamável, estável e não explosivo e usado
em dose baixa para proporcionar analgesia que não necessite de perda de consciência do paciente.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento”.
“Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se
poderá utilizá-lo”.
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças”.
ENFLURAN®
(enflurano) deve ser administrado através de vaporizador calibrado especialmente para seu uso, ou através de outros
vaporizadores, desde que se possa calcular a concentração de enflurano oferecida, de forma fácil e rápida.
Pré-medicação: o pré-anestésico deve ser escolhido de acordo com as necessidades de cada paciente, levando-se em consideração
que as secreções são fracamente estimuladas e que ENFLURAN®
(enflurano) não altera a frequência cardíaca. O emprego de
anticolinérgicos fica à critério do anestesiologista.
Anestesia cirúrgica: indução pode ser obtida com a administração de enflurano com oxigênio ou em combinação com uma mistura
de oxigênio-óxido nitroso. Sob estas condições pode ser verificado um estado de excitabilidade. Para evitar essa excitabilidade,
deve ser administrada uma dose de arbitúrico de curta ação para induzir estado de inconsciência, seguida pela mistura. Geralmente,
concentrações inaladas de 2,0 a 4,5% de enflurano produzem efeito em 7 a 10 minutos.
Manutenção: os níveis cirúrgicos de anestesia podem ser mantidos com concentrações de 0,5 a 3,0% de ENFLURAN®
(enflurano).
Doses de manutenção não devem exceder 3%. Caso haja necessidade de um efeito mais acentuado de relaxamento muscular do que
o oferecido pelo enflurano, podem-se administrar doses suplementares de miorrelaxantes. É preferível ventilar o paciente o
suficiente para manter a tensão de CO2 arterial em torno de 35 a 45 mmHg.
Hiperventilação deve ser evitada para minimizar a possibilidade de uma eventual excitação do SNC. Salvo em caso de
complicações, a pressão arterial durante a manutenção é inversamente proporcional à concentração de ENFLURAN®
Por conseguinte, uma queda acentuada da pressão arterial pode ser devida a um aprofundamento excessivo do nível de anestesia, a
menos que seja atribuível à hipovolemia. Em tais casos, é prudente reduzir a concentração de anestésico.
Analgesia: concentrações de 0,25% a 1,0% de enflurano produzem efeito analgésico para realização de partos normais,
semelhantes ao verificado com concentrações que variam entre 30 e 60% de óxido nitroso. Essas concentrações normalmente não
produzem amnésia (ver informação sobre os efeitos de enflurano sobre a contração uterina em Farmacologia clínica).
Parto cesariano: enflurano deve ser administrado em concentrações de 0,5 a 1,0% como suplemento a outros anestésicos (ver
informação sobre os efeitos de enflurano sobre a contração uterina em Farmacologia clínica).
“Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento”.
“Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico”.
“Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou do seu médico, ou cirurgião-dentista”.
- Hipertermia maligna (ver precauções).
- Atividade motora exemplificada por movimentos de vários grupos musculares e/ou convulsões podem ser observadas com
aprofundamento da ação anestésica de enflurano ou leves níveis de hipocapnia.
- Hipotensão, depressão respiratória e hipóxia foram relatadas.
- Arritmia, calafrios, náuseas e vômitos. Elevação dos nívies de leucócitos.
- Raramente, dano hepático não explicado leve, moderado ou grave após anestesia com enflurano. Há relatos raros pós-
comercialização de falência hepática e necrose hepática associados ao uso de potentes agentes anestésicos voláteis, incluindo
sevoflurano. As transaminases séricas podem aumentar, e evidência histológica de dano pode ser detectada. Somente alterações
histológicas não são suficientes para confirmar tal fato.
Em muitos casos não foi possível a exclusão de enflurano como causa ou contribuinte no dano hepático. A incidência de
hepatotoxicidade não explicada após administração de enflurano não é conhecida, mas parece ser rara e não dose-relacionada.
“Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento”.
“Informe a empresa sobre o aparecimento de reações indesejáveis e problemas com este medicamento, entrando em contato
através do Sistema de Atendimento ao Consumidor (SAC)”.