Bula do Epileptil produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Epileptil®
Solução oral 2,5mg/mL
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
clonazepam
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 1, 25 e 50 frascos com 10 e 20mL.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL (25 gotas) da solução oral contém:
clonazepam......................................................................................................................2,5mg
Veículo q.s.p......................................................................................................................1mL
Excipientes: sacarina sódica, ácido acético, aroma de pêssego, propilenoglicol e água de
osmose reversa.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Distúrbio epiléptico
Epileptil®
está indicado isoladamente ou como adjuvante no tratamento das crises
epilépticas mioclônicas, acinéticas, ausências típicas (pequeno mal), ausências atípicas
(síndrome de Lennox-Gastaut). Epileptil®
está indicado como medicação de segunda linha
em espasmos infantis (Síndrome de West).
Em crises epilépticas clônicas (grande mal), parciais simples, parciais complexas e tônico-
clônico generalizadas secundárias, Epileptil®
está indicado como tratamento de terceira
linha.
Transtornos de ansiedade
-Como ansiolítico em geral.
-Distúrbio do pânico com ou sem agorafobia.
-Fobia social.
Transtornos do humor
-Transtorno afetivo bipolar: tratamento da mania.
-Depressão maior: como adjuvante de antidepressivos (depressão ansiosa e na fase inicial
de tratamento).
Emprego em síndromes psicóticas
-Tratamento da acatisia.
Tratamento da síndrome das pernas inquietas
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio: como
náuseas, vômitos, pré-síncopes ou síncopes, quedas, zumbidos, hipoacusia,
hipersensibilidade a sons, hiperacusia, plenitude aural, distúrbio da atenção auditiva,
diplacusia.
Tratamento da síndrome da boca ardente
Distúrbio epiléptico
Clonazepam é eficaz no tratamento de crises epilépticas do tipo ausência em pacientes
refratários à terapia convencional.
É também efetivo no controle da epilepsia precipitada por estímulo sensorial, como a
epilepsia fotomioclônica ou epilepsia de “leitura”.1, 2
Crises parciais complexas e focais respondem melhor ao clonazepam, em comparação a
outros fármacos. Embora clonazepam seja tão eficaz quanto diazepam no tratamento de
status epilepticus, seu uso é limitado, por causa do efeito depressor no sistema
cardiorrespiratório.
Estudos demonstraram que a terapêutica com clonazepam permite a redução ou interrupção
de outro anticonvulsivante já em uso.3, 4, 5
Clonazepam não é efetivo no tratamento de mioclonia pós-anóxica, porém é eficaz na
epilepsia mioclônica e no controle de movimentos mioclônicos com disartria.6, 7
Em crianças, clonazepam é eficaz no tratamento de convulsões motoras menores e crises
tipo “pequeno mal” refratárias nas doses de 0,05 a 0,3mg/kg/dia, divididas em doses,
reduzindo as crises em até 70% dos pacientes.8, 9
Transtornos de ansiedade
A terapêutica com clonazepam é eficaz para o tratamento de transtorno do pânico a curto
prazo com ou sem agorafobia.10
O uso de clonazepam por mais de nove semanas não foi
avaliado. A eficácia em crianças abaixo de 18 anos não foi estabelecida.11
O tratamento da fobia com o uso de clonazepam é eficaz.12
Transtornos do humor
Estudos demonstraram que o uso de clonazepam reduz os sintomas de mania em pacientes
em surto.13
A terapêutica com clonazepam na dose de 1,5 a 6mg/dia foi eficaz no tratamento da
depressão em 81% dos casos, com início do efeito ocorrendo a partir da primeira semana de
tratamento.14
Quando adicionado à fluoxetina, o uso de clonazepam na dose de 0,5 a 1mg,
ao deitar-se, mostrou-se superior ao uso de fluoxetina como monoterapia. Esse efeito foi
observado nas primeiras semanas de tratamento.15
Emprego em síndromes psicóticas
A eficácia de clonazepam no tratamento de acatisia tem sido demonstrada em relato de
casos.16
Tratamento da síndrome das pernas inquietas
O uso de clonazepam na dose de 0,5 a 2mg, ao deitar-se, mostrou-se efetivo na síndrome
das pernas inquietas, reduzindo de modo significativo os movimentos das pernas,
melhorando assim o padrão de sono analisado por polissonografia.17
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio
Clonazepam é efetivo no tratamento de vertigem e distúrbios de equilíbrio.18
Tratamento da síndrome da boca ardente
O uso de clonazepam no tratamento da síndrome da boca ardente de etiologia desconhecida
resultou em melhora dos sintomas em 70% dos pacientes.19
Referências bibliográficas:
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reappraisal. Arch Neurol 1975; 32:304-307.
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(clonazepam) in the treatment of psychomotor epilepsy. Acta Neurol Scand 1973; 49(suppl
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8) Mikkelsen B & Birket-Smith E: A clinical study of the benzodiazepine RO5-4023
(clonazepam) in the treatment of epilepsy. Acta Neurol Scand 1973; 49(suppl 53):91-96.
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clonazepam in panic disorder: a placebo-controlled, multicenter study using optimized
dosages. J Clin Psychiatry 1999; 60:604-612.
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panic disorder (letter). J Clin Psychopharmacol 1988; 8:299-301.
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treatment of social phobia. J Clin Psychopharmacol 1998; 18:373-378.
13) Chouinard G, Young SN & Annable L: Antimanic effect of clonazepam. Biologic
Psychiatry 1983; 4:451-466.
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clonazepam in the treatment of depression: a double-blind study. Am J Psychiatry 1998;
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16) Lima AR, Soares-Weiser K, Bacaltchuk J, Barnes TR. Benzodiazepines for
neuroleptic-induced acute akathisia. Cochrane Database Syst Rev. 2002;(1): CD001950.
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17) Peled R & Lavie P: Double-blind evaluation of clonazepam on periodic leg movements
in sleep. J Neurol Neurosurg Psychiatry 1987; 50:1679-1681.
18) Ganança MM, Caovilla HH, Ganança FF, Ganança CF, Munhoz MSL,Garcia da Silva
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19) Grushka M, Epstein J, Mott A et al: An open-label, dose escalation pilot study of the
effect of clonazepam in burning mouth syndrome. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral
Radiol 1998; 86:557-561.
Farmacodinâmica
Clonazepam apresenta propriedades farmacológicas comuns aos benzodiazepínicos, que
incluem efeitos anticonvulsivantes, sedativos, relaxantes musculares e ansiolíticos. Assim
como acontece com outros benzodiazepínicos, acredita-se que esses efeitos podem ser
mediados principalmente pela inibição pós-sináptica mediada pelo GABA, embora os
dados em animais tenham mostrado adicionalmente um efeito de clonazepam sobre a
serotonina. Os dados em animais e as pesquisas eletroencefalográficas em humanos
mostraram que clonazepam suprime rapidamente muitos tipos de atividade paroxística,
incluindo o aparecimento de ondas pontiagudas e descarga de ondas na ausência de
convulsões (pequeno mal), ondas lentas pontiagudas, ondas pontiagudas generalizadas,
espículas temporais ou de outra localização, bem como espículas e ondas irregulares.
As anormalidades generalizadas do eletroencefalograma são suprimidas mais regularmente
que as anormalidades focais. De acordo com esses achados, clonazepam apresenta efeitos
benéficos em epilepsias generalizadas e focais.
Farmacocinética
Absorção
As concentrações plasmáticas máximas de clonazepam são alcançadas dentro de 1 – 4
horas. A meia-vida de absorção é de, aproximadamente, 25 minutos. A biodisponibilidade
absoluta é 90%. Os comprimidos de clonazepam são bioequivalentes à solução oral com
relação à extensão de absorção do clonazepam, enquanto a taxa de absorção é ligeiramente
mais lenta para os comprimidos.
As concentrações de clonazepam no estado de equilíbrio, para um esquema de
administração de uma dose/dia, são três vezes maiores que aquelas obtidas com uma única
dose oral. As taxas previstas de acúmulo para regimes diários de duas vezes e três vezes são
5 e 7, respectivamente. Após doses orais múltiplas de 2mg, três vezes ao dia, as
concentrações do estado de equilíbrio pré-dose de clonazepam atingiram uma média de
55ng/mL. A relação entre a concentração plasmática e dose administrada de clonazepam é
linear. As concentrações plasmáticas anticonvulsivantes alvo de clonazepam variam de 20 a
70ng/mL. A concentração plasmática limiar de clonazepam, em pacientes com doença do
pânico, é de, aproximadamente, 17ng/mL.
Distribuição
Clonazepam distribui-se rapidamente a vários órgãos e tecidos corporais, com captação
preferencial pelas estruturas cerebrais.
O volume médio de distribuição de clonazepam é estimado em cerca de 3L/kg. A meia-vida
de distribuição é aproximadamente 0,5 – 1 hora. A ligação às proteínas plasmáticas de
clonazepam é entre 82% e 86%.
Metabolismo
Clonazepam é eliminado por biotransformação, com a eliminação subsequente de
metabólitos na urina e bile. A biotransformação ocorre, principalmente, pela redução do
grupo 7-nitro para o derivado 4-amino. O principal metabólito é o 7-amino-clonazepam,
que tem apresentado apenas discreta atividade anticonvulsivante. Foram também
identificados quatro outros metabólitos que estão presentes em proporção muito pequena: o
produto pode ser acetilado para formar 7-acetamido-clonazepam ou glucuronizado. O 7-
acetamido-clonazepam e o 7-amino-clonazepam podem ser adicionalmente oxidados e
conjugados.
Os citocromos P-450 da família 3A desempenham importante papel no metabolismo de
clonazepam, particularmente na nitroredução de clonazepam em metabólitos
farmacologicamente inativos.
Os metabólitos estão presentes na urina sob a forma livre e como componentes conjugados
(glucuronídeo e sulfato).
Eliminação
A meia-vida de eliminação é de 30 a 40 horas. A depuração é 55mL/min.
Cinquenta por cento a 70% da dose oral de clonazepam é excretada na urina e 10% a 30%
nas fezes, quase exclusivamente sob a forma livre ou de metabólitos conjugados. Menos de
2% de clonazepam inalterado aparece na urina.
Os dados disponíveis indicam que a farmacocinética de clonazepam é dose independente.
Em voluntários participantes de estudos com dose múltipla, as concentrações plasmáticas
de clonazepam são proporcionais à dose. A farmacocinética de clonazepam após a
administração repetida é previsível por estudos de dose única. Isso não representa evidência
de que clonazepam induz seu próprio metabolismo ou o metabolismo de outros
medicamentos em humanos.
As cinéticas de eliminação em crianças são similares àquelas observadas em adultos.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Não foram realizados estudos controlados para examinar a influência do sexo e idade sobre
a farmacocinética de clonazepam. Não foi estudado o efeito das doenças renais e hepáticas
sobre a farmacocinética de clonazepam. Entretanto, com base nos critérios
farmacocinéticos, não há necessidade de ajustes de dose em pacientes com insuficiência
renal.
A meia-vida de eliminação e os valores de depuração em recém-nascidos estão na mesma
ordem de magnitude daqueles relatados em adultos.
A farmacocinética de clonazepam em pacientes idosos não foi estabelecida.
Estudos pré-clínicos
Carcinogenicidade, mutagenicidade, infertilidade: não foram realizados estudos de
carcinogenicidade com clonazepam, porém um estudo com o medicamento oral
administrado cronicamente por 18 meses em ratos não revelou nenhum tipo de tumor
relacionado ao clonazepam em doses testadas até 300mg/kg/dia. Adicionalmente, não há
evidência de potencial mutagênico, conforme confirmado pelos três testes de reparo (rec.
Pol, Uvr.) e testes de reversão (Ames) ambos in vitro ou em ratos (in vitro / in vivo). Em
estudo de fertilidade de duas gerações com clonazepam administrado oralmente para ratos
em doses de 10 ou 100mg/kg/dia, foi constatada diminuição do número de gravidez e
diminuição da sobrevivência de crias até desmamar. Esses efeitos não foram observados em
nível de dose de 5mg/kg/dia.
Teratogenicidade: não foram observados efeitos adversos maternos ou embriofetais em
ratos e camundongos, após administração de clonazepam oral, durante a organogênese, em
doses de até 20 ou 40mg/kg/dia, respectivamente. Em vários estudos em coelhos, após
administração de doses de clonazepam de até 20mg/kg/dia, foi observada baixa incidência,
não relacionada à dose, de um padrão de malformações similares [palato fendido, pálpebra
aberta, alterações no osso esterno (estérnebra) e imperfeições dos membros].
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com:
-história de hipersensibilidade aos benzodiazepínicos ou a qualquer dos componentes
da fórmula;
-insuficiência respiratória grave;
-insuficiência hepática grave;
-glaucoma agudo de ângulo fechado.
Epileptil®
pode ser usado por pacientes com glaucoma de ângulo aberto, desde que
estejam recebendo terapia apropriada.
Considerando que Epileptil®
causa depressão do sistema nervoso central (SNC), os
pacientes que estejam recebendo este medicamento devem ser advertidos quanto a realizar
ocupações perigosas que exijam agilidade mental, como operar máquinas ou dirigir
veículos. Também devem ser advertidos sobre o uso concomitante de álcool ou outros
medicamentos depressores do SNC durante a terapia com Epileptil®
(vide item “Interações
Medicamentosas”).
Em alguns estudos, até 30% dos pacientes apresentaram perda da atividade
anticonvulsivante, frequentemente dentro de três meses iniciais da administração. Em
alguns casos, o ajuste de dose pode restabelecer a eficácia.
Quando usado em pacientes nos quais coexistem vários tipos de distúrbios epilépticos,
Epileptil®
pode aumentar a incidência ou precipitar o aparecimento de crises tônico-
clônicas generalizadas (grande mal).
Isso pode requerer a adição de anticonvulsivantes adequados ou aumento de suas dosagens.
O uso concomitante de ácido valproico e Epileptil®
pode causar estado epiléptico de
pequeno mal.
Recomenda-se realizar exames de sangue periódicos e testes da função hepática durante a
terapia a longo prazo com Epileptil®
.
deve ser usado com especial cautela em pacientes com ataxia cerebelar ou
espinal, na eventualidade de intoxicação aguda com álcool ou drogas e em pacientes com
hepatopatias graves (por exemplo, cirrose hepática). Epileptil®
deve ser utilizado com
extrema cautela em pacientes com antecedentes de alcoolismo ou abuso de drogas.
Uso concomitante de álcool / depressores do SNC: o uso concomitante de Epileptil®
com
álcool e/ou depressores do SNC deve ser evitado. Essa utilização concomitante tem
potencial para aumentar os efeitos clínicos de Epileptil®
, incluindo possivelmente sedação
grave, depressão cardiovascular e/ou respiratória clinicamente relevante (vide item
“Interações Medicamentosas”).
A interrupção abrupta de Epileptil®
, particularmente naqueles pacientes que recebem
terapia a longo prazo e em doses altas, pode precipitar o estado de mal epiléptico. Portanto,
ao descontinuar Epileptil®
, é essencial a descontinuação gradual. Enquanto Epileptil®
está
sendo descontinuado gradualmente, a substituição concomitante por outro
anticonvulsivante deve ser indicada.
Os metabólitos de Epileptil®
são excretados pelos rins. Para evitar seu acúmulo excessivo,
cuidados especiais devem ser tomados na administração do medicamento a pacientes com
insuficiência renal.
pode causar aumento da salivação e das secreções brônquicas em lactentes e
crianças pequenas. Por isso, recomenda-se especial atenção para manter as vias aéreas
livres. Isso deve ser considerado antes da administração do medicamento a pacientes que
têm dificuldade para manipular as secreções. Por essa razão e pela possibilidade de
depressão respiratória, Epileptil®
deve ser usado com precaução em pacientes com doenças
respiratórias crônicas.
A dose de Epileptil®
deve ser cuidadosamente ajustada às necessidades individuais em
pacientes com doenças preexistentes do sistema respiratório (por exemplo, doença
pulmonar obstrutiva crônica) ou hepáticas e em pacientes submetidos a tratamento com
outros medicamentos de ação central ou agentes anticonvulsivantes (antiepilépticos) (vide
item “Interações Medicamentosas”).
Intolerância à lactose: pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, de deficiência de Lapp lactase ou de má absorção da glicose/galactose não
devem tomar este medicamento.
Porfiria: em pacientes com porfiria, clonazepam tem que ser usado com cuidado porque
pode ter um efeito porfirogênico.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas, quando for o caso
Mesmo quando administrado do modo recomendado, clonazepam pode causar lentidão de
reações, de tal modo que a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas seja alterada.
Esse efeito é agravado pelo consumo de álcool. Portanto, deve-se evitar dirigir, operar
máquinas e exercer outras atividades que exigem atenção, pelo menos nos primeiros dias do
tratamento. A decisão sobre essa questão depende do médico e deve ser baseada na resposta
do paciente ao tratamento e na dose recomendada ao paciente.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois
sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Uso em pacientes deprimidos: Epileptil®
deve ser administrado com precaução para
pacientes que apresentam sinais ou sintomas de depressão, de maneira similar a outros
benzodiazepínicos. Pacientes com histórico de depressão e/ou tentativa de suicídio devem
ser mantidos sob rigorosa supervisão.
Uso em crianças
Por causa da possibilidade de ocorrência de efeitos adversos no desenvolvimento físico e
mental tornarem-se aparentes somente depois de muitos anos, uma avaliação de risco /
benefício do uso a longo prazo de Epileptil®
é importante em pacientes pediátricos que são
tratados por distúrbios epilépticos.
crianças pequenas. Portanto, recomenda-se especial atenção para manter as vias aéreas
livres.
Não há experiência de estudos clínicos com clonazepam em pacientes com distúrbio do
pânico com idade inferior a 18 anos.
Ocorreram sintomas de descontinuação do tipo barbiturato após a descontinuação de
benzodiazepínicos (vide item “Abuso e dependência do medicamento”).
Gestação e lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
somente pode ser administrado durante a gestação se houver indicação absoluta.
Em diversos estudos, foi sugerida malformação congênita associada ao uso de
medicamentos benzodiazepínicos (diazepam e clordiazepóxido). Epileptil®
só deve ser
administrado a gestantes se os benefícios potenciais superarem os riscos potenciais para o
feto. Deve ser considerada a possibilidade de que uma mulher em idade fértil pode estar
grávida por ocasião do início da terapia. Caso este medicamento seja usado durante a
gravidez, a paciente deve ser avisada do perigo potencial ao feto. As pacientes também
devem ser avisadas que, se engravidarem ou pretenderem engravidar durante a terapia,
devem consultar seu médico sobre a possibilidade de descontinuar o medicamento.
Distúrbio epiléptico
Trabalhos recentes sugerem uma associação entre o uso de medicamentos
anticonvulsivantes por mulheres com epilepsia e a incidência elevada de deficiência
congênita nas crianças nascidas dessas mulheres. Os dados são mais abrangentes em
relação à difenil-hidantoína e ao fenobarbital, mas esses também são os anticonvulsivantes
prescritos mais comumente. Relatórios menos sistemáticos ou históricos sugerem uma
possível associação similar com o uso de todos os medicamentos anticonvulsivantes
conhecidos.
Os estudos que sugerem uma elevada incidência de deficiências congênitas em crianças
nascidas de mulheres epilépticas tratadas com medicamentos anticonvulsivantes não podem
ser considerados adequados para provar uma relação causa / efeito definitiva. Existem
problemas metodológicos intrínsecos para a obtenção de dados adequados sobre
teratogenicidade em humanos. Também existe a possibilidade de outros fatores, por
exemplo, fatores genéticos ou a própria condição epiléptica, que podem ser mais
importantes que a terapia com medicamentos, em relação à causa de defeitos congênitos. A
grande maioria das gestantes em uso de medicação anticonvulsivante gera crianças
normais. É importante notar que os medicamentos anticonvulsivantes não devem ser
descontinuados em pacientes para os quais o medicamento é administrado para prevenir
ataques epilépticos, por causa da forte possibilidade de precipitar estados epilépticos, com
hipóxia e risco de morte. Em casos individuais, em que a gravidade e frequência da
disfunção epiléptica permitem a interrupção do medicamento, sem que isso represente sério
risco para a paciente, a descontinuação do medicamento pode ser considerada antes e
durante a gravidez, embora não se possa dizer com confiança que mesmo ataques
epilépticos moderados não possam representar perigo para o desenvolvimento do embrião
ou feto. Essas informações devem ser consideradas no tratamento ou aconselhamento de
mulheres epilépticas com potencial para engravidar.
A administração de doses elevadas no último trimestre da gestação ou durante o trabalho de
parto pode causar irregularidade nos batimentos cardíacos do feto, hipotermia, hipotonia,
depressão respiratória moderada e dificuldade de sucção no recém-nascido. Deve-se levar
em consideração que tanto a gestação quanto a descontinuação do medicamento podem
causar exacerbação da epilepsia.
Lactação
Embora tenha sido mostrado que clonazepam é excretado pelo leite materno apenas em
pequenas quantidades, as mães submetidas ao tratamento com Epileptil®
não devem
amamentar. Se houver absoluta indicação para o uso do medicamento, o aleitamento deve
ser descontinuado.
Mães que recebem Epileptil®
não devem amamentar seus bebês.
Recomendações gerais
O uso de Epileptil®
em mulheres em idade fértil deve ser considerado somente quando a
situação clínica permita o risco.
Até o momento, não há informações de que clonazepam possa causar doping.
Abuso e dependência do medicamento
O uso de benzodiazepínicos pode levar ao desenvolvimento de dependência física e
psíquica (vide item “Reações adversas”). O risco de dependência aumenta de acordo com a
dose e com a duração do tratamento e também é maior em pacientes com antecedentes
médicos de álcool e/ou abuso de drogas.
Uma vez que a dependência se desenvolve, a descontinuação brusca do tratamento será
acompanhada pelos sintomas de abstinência. Durante tratamentos prolongados, os sintomas
de abstinência podem se desenvolver, especialmente com doses elevadas, quando a dose
diária for reduzida rapidamente ou descontinuada bruscamente. Os sintomas incluem
psicoses, distúrbio comportamental, tremor, sudorese, agitação, distúrbios do sono e
ansiedade, cefaleia, dores musculares, câimbras, extrema ansiedade, tensão, cansaço,
confusão, irritabilidade e convulsões, que podem ser associadas à doença de base. Em casos
graves, podem ocorrer os seguintes sintomas: desrealização, despersonalização,
hiperacusia, parestesias, hipersensibilidade à luz, ruídos ou ao contato físico ou
alucinações. Uma vez que o risco dos sintomas de abstinência é maior após descontinuação
brusca do tratamento, a retirada brusca do medicamento deve ser evitada, e o tratamento –
mesmo de curta duração – deve ser interrompido pela redução gradativa da dose diária.
Os sintomas de descontinuação mais graves normalmente foram limitados àqueles
pacientes que receberam doses excessivas durante um período de tempo prolongado.
Sintomas de descontinuação geralmente moderados (por exemplo, disforia e insônia) foram
relatados após a descontinuação abrupta de benzodiazepínicos administrados
continuamente em níveis terapêuticos durante vários meses. Consequentemente, após a
terapia prolongada, a interrupção abrupta deve ser geralmente evitada, e deve ser realizada
diminuição gradual e programada (vide item “Posologia e Modo de Usar”). Os indivíduos
predispostos a adquirir dependência (como os viciados em drogas ou álcool) devem ser
vigiados com cuidado, quando recebem clonazepam ou outros agentes psicotrópicos, por
Epileptil®
pode ser administrado concomitantemente com um ou mais agentes
antiepilépticos. Entretanto, a inclusão de mais um medicamento ao esquema de tratamento
do paciente requer cuidadosa avaliação da resposta ao tratamento, porque há maior
possibilidade de ocorrerem eventos adversos, tais como sedação e apatia. Nesses casos, a
dose de cada medicamento deve ser ajustada, para atingir os efeitos ideais desejados.
Interações farmacocinéticas fármaco / fármaco (IFF): fenitoína, fenobarbital,
carbamazepina, ácido valproico e divalproato podem aumentar a depuração de clonazepam,
reduzindo assim as concentrações plasmáticas de clonazepam durante o tratamento
concomitante.
Clonazepam por si só não induz as enzimas responsáveis pelo seu próprio metabolismo.
Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, sertralina e fluoxetina não afetam a
farmacocinética de clonazepam, quando administrados concomitantemente.
A literatura sugere que a ranitidina, um agente que diminui a acidez estomacal, não altera
de forma significativa a farmacocinética de clonazepam.
Interações farmacodinâmicas fármaco / fármaco (IFF): a combinação de clonazepam
com ácido valproico pode causar crises epilépticas do tipo pequeno mal.
Efeitos aumentados sobre a sedação, respiração e hemodinâmica podem ocorrer quando
é coadministrado com qualquer agente depressor de ação central, incluindo
álcool. O álcool deve ser evitado por pacientes que recebem Epileptil®
(vide item
“Advertências e Precauções”).
No tratamento combinado de medicamentos de ação central, a dose de cada medicamento
deve ser ajustada, para obter efeito ótimo.
Interações fármaco / alimento: interações com alimentos não foram estabelecidas. Sob
condições de sono laboratorial, cafeína e clonazepam têm efeitos mutuamente antagônicos,
não tendo sido encontradas alterações sobre parâmetros relacionados ao sono (estágio de
adormecimento e tempo total do sono), quando esses dois medicamentos são administrados
simultaneamente. O suco de toranja diminui a atividade do citocromo P-450 3A4, que está
envolvido no metabolismo de clonazepam, e pode contribuir para o aumento das
concentrações plasmáticas do fármaco.
Interações fármaco / laboratório: interações com testes laboratoriais não foram
estabelecidas.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas: solução límpida incolor a levemente amarelada
com aroma de pêssego.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Epileptil®
solução oral: administrar por via oral. Para usar, deve-se gotejar com o frasco na
vertical e bater levemente no fundo para iniciar o gotejamento. As gotas devem ser
dissolvidas em um pouco de líquido não alcoólico. Nunca administrar as gotas diretamente
na boca.
A tampa possui lacre inviolável. Caso o lacre esteja rompido, não receba o frasco ou
retorne ao local da compra.
1- Coloque o
frasco na
posição
vertical com
a tampa para
o lado de
cima, gire-a
até romper o
lacre.
2- Virar o
frasco.
3- Com o conta-
gotas para o lado
de baixo, bata
levemente com o
dedo no fundo do
frasco para
iniciar o
gotejamento.
Posologia padrão
A posologia depende da indicação e deve ser individualizada, de acordo com a resposta
clínica, tolerabilidade e idade do paciente.
Para garantir um ajuste ideal das doses, lactentes devem ser tratados com a forma
farmacêutica em gotas. Recomenda-se, de modo geral, que o tratamento seja iniciado com
doses mais baixas, que poderão ser aumentadas conforme necessário. As doses
insuficientes não produzem o efeito desejado, e, entretanto, doses muito elevadas ou
excessivas acentuam os efeitos adversos de clonazepam. Por isso, o ajuste apropriado da
dose deve sempre ser realizado individualmente, de acordo com a indicação.
Uma dose oral única de clonazepam começa a ter efeito dentro de 30 a 60 minutos e
continua eficaz por 6 a 8 horas em crianças e 8 a 12 horas em adultos.
Caso o paciente se esqueça de tomar uma dose, nunca se deve dobrar a dose na próxima
tomada. Em vez disso, deve-se apenas continuar com a próxima dose no tempo
determinado.
Distúrbios epilépticos
Adultos
A dose inicial para adultos com crises epilépticas não deve exceder 1,5mg/dia, dividida em
três doses. A dose pode ser aumentada com acréscimos de 0,5 a 1mg, a cada três dias, até
que as crises epilépticas estejam adequadamente controladas ou até que os efeitos colaterais
tornem qualquer incremento adicional intolerável. A dose de manutenção deve ser
individualizada para cada paciente, dependendo da resposta. A dose diária máxima
recomendada é de 20mg e não deve ser excedida. O uso de múltiplos anticonvulsivantes
pode resultar no aumento dos efeitos adversos depressores. Isso deve ser considerado antes
de adicionar Epileptil®
ao regime anticonvulsivante existente.
Recém-nascidos e crianças (até 10 anos de idade ou 30kg de peso corpóreo)
é administrado por via oral. Para minimizar a sonolência, a dose inicial média
para recém-nascidos e crianças deve estar entre 0,01 e 0,03mg/kg/dia, porém não deve
exceder 0,05mg/kg/dia, dividido em duas ou três doses diárias.
A dose não deve ser aumentada em mais que 0,25 a 0,5mg, a cada três dias, até que seja
alcançada a dose diária de manutenção de 0,1 a 0,2mg/kg, a não ser que as crises
epilépticas estejam controladas ou os efeitos colaterais sejam intoleráveis.
Crianças com idade entre 10 e 16 anos
Com base nas doses estabelecidas para crianças até 10 anos de idade (ver acima) e para os
adultos (ver acima), recomenda-se para essa faixa etária o seguinte esquema: dose inicial de
1 a 1,5mg/dia, dividida em 2 a 3 doses. A dose pode ser aumentada em 0,25 a 0,5mg, a
cada três dias, até que seja atingida a dose de manutenção individual (usualmente 3 a
6mg/dia).
Sempre que possível, a dose diária deve ser dividida em três doses iguais. Caso as doses
não sejam divididas de forma equitativa, a maior dose deve ser administrada antes de o
paciente se deitar. O nível da dose de manutenção é atingido após 1 a 3 semanas de
tratamento. Quando o nível da dose de manutenção for atingido, a quantidade diária pode
ser administrada em esquema de dose única à noite.
Antes de adicionar Epileptil®
a um esquema anticonvulsivante preexistente, deve-se
considerar que o uso de múltiplos anticonvulsivantes pode resultar em aumento dos eventos
adversos.
Tratamento dos transtornos de ansiedade
-Distúrbio do pânico: a dose inicial para adultos com distúrbio do pânico é de 0,5mg/dia,
dividida em duas doses. A dose pode ser aumentada com acréscimos de 0,25 a 0,5mg/dia, a
cada três dias, até que o distúrbio do pânico esteja controlado ou até que os efeitos
colaterais tornem qualquer acréscimo adicional intolerável. A dose de manutenção deve ser
individualizada para cada paciente, de acordo com a resposta. A maioria dos pacientes pode
esperar o equilíbrio desejado entre a eficácia e os efeitos colaterais com doses de 1 a
2mg/dia, mas alguns poderão necessitar de doses de até 4mg/dia. A administração de uma
dose, antes de o paciente se deitar, além de reduzir a inconveniência da sonolência, pode ser
desejável especialmente durante o início do tratamento. O tratamento deve ser
descontinuado gradativamente, com a diminuição de 0,25mg/dia, a cada três dias, até que o
medicamento seja totalmente descontinuado.
-Como ansiolítico em geral: 0,25mg a 4,0mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve
variar entre 0,5 a 1,5mg/dia (dividida em 3 vezes ao dia).
-Tratamento da fobia social: 0,25mg/dia até 6,0mg/dia (2,0mg, 3 vezes ao dia). Em geral,
a dose recomendada deve variar entre 1,0 e 2,5mg/dia.
Tratamento dos transtornos do humor
-Transtorno afetivo bipolar (tratamento da mania): 1,5mg a 8mg/dia. Em geral, a dose
recomendada deve variar entre 2,0 e 4,0mg/dia.
-Depressão maior (como adjuvante de antidepressivos): 0,5 a 6,0mg/dia. Em geral, a
dose recomendada deve variar entre 2,0 e 4,0mg/dia.
Para o emprego em síndromes psicóticas
-Tratamento da acatisia: 0,5mg a 4,5mg/dia. Em geral, a dose recomendada deve variar
entre 0,5 e 3,0mg/dia.
Tratamento da síndrome das pernas inquietas: 0,5mg a 2,0mg ao dia.
Tratamento dos movimentos periódicos das pernas durante o sono: 0,5mg a 2,0mg ao
dia.
Tratamento da vertigem e sintomas relacionados à perturbação do equilíbrio, como
náuseas, vômitos, pré-síncopes ou síncopes, quedas, zumbidos, hipoacusia,
hipersensibilidade a sons, hiperacusia, plenitude aural, distúrbio da atenção auditiva,
diplacusia e outros: 0,5mg a 1,0mg ao dia (duas vezes ao dia). O aumento da dose não
aumenta o efeito antivertiginoso, e doses diárias superiores a 1,0mg não são
recomendáveis, pois podem exercer efeito contrário, ou seja, piorar a vertigem. O aumento
da dose pode ser útil no tratamento de hipersensibilidade a sons intensos, pressão nos
ouvidos e zumbido.
Tratamento da síndrome da boca ardente: 0,25 a 6,0mg/dia. Em geral, a dose
recomendada deve variar entre 1,0 e 2,0mg/dia.
Uso em idosos
O uso em pacientes idosos não requer adaptação da posologia, recomendando-se as mesmas
doses de um adulto, a menos que outras doenças estejam presentes concomitantemente, e,
nesses casos, as precauções e advertências gerais do uso de clonazepam devem ser
respeitadas.
Uso pediátrico
Com relação ao uso pediátrico do produto, considerando a documentação clínica existente,
pode-se concluir que este medicamento pode ser utilizado, com segurança, em pediatria.
Tem sido recomendado utilizar doses iniciais de 0,01 e 0,03mg/kg/dia, porém sem exceder
0,05mg/kg/dia, administrado em duas ou três doses.
Instruções especiais de administração
pode ser administrado concomitantemente com um ou mais agentes
antiepilépticos, mas, nesse caso, a dose de cada medicamento deve ser ajustada para atingir
o efeito ideal.
Assim como para todos os agentes antiepilépticos, o tratamento com Epileptil®
não deve
ser interrompido bruscamente. Desse modo, a dose deve ser reduzida gradativamente (vide
item “Reações adversas”).
Os efeitos colaterais que ocorreram com maior frequência com Epileptil®
são referentes à
depressão do SNC. Algumas das reações são transitórias e desaparecem espontaneamente
no decorrer do tratamento ou com a redução da dose. Elas podem ser prevenidas
parcialmente pelo aumento lento da dose no início do tratamento.
Dados de três estudos clínicos sobre distúrbio do pânico, controlados por placebo, que
incluíram 477 pacientes sob tratamento ativo, estão apresentados na tabela a seguir (Tabela
1). Os eventos adversos que ocorreram em ≥ 5% dos pacientes, em, pelo menos, um dos
grupos de tratamento ativo, foram incluídos.
Tabela 1 – Eventos adversos ocorridos em ≥ 5% dos pacientes em, pelo menos, um dos
grupos de tratamento ativo
Evento adverso
Placebo
(%)
(n = 294)
1 a < 2mg/dia
(n = 129)
2 a < 3mg/dia
(n = 113)
> 3mg/dia
(n = 235)
Sonolência 15,6 42,6 58,4 54,9
Cefaleia 24,8 13,2 15,9 21,3
Infecção de vias aéreas
superiores
9,5 11,6 12,4 11,9
Fadiga 5,8 10,1 8,8 9,8
Gripe 7,1 4,7 7,1 9,4
Depressão 2,7 10,1 8,8 9,4
Vertigem 5,4 5,4 12,4 8,9
Irritabilidade 2,7 7,8 5,3 8,5
Insônia 5,1 3,9 8,8 8,1
Ataxia 0,3 0,8 4,4 8,1
Perda do equilíbrio 0,7 0,8 4,4 7,2
Náusea 5,8 10,1 9,7 6,8
Coordenação anormal 0,3 3,1 4,4 6,0
Sensação de cabeça leve 1,0 1,6 6,2 4,7
Sinusite 3,7 3,1 8,0 4,3
Concentração prejudicada 0,3 2,3 5,3 3,8
Pós-comercialização:
Distúrbios do sistema imunológico: foram relatadas reações alérgicas e muito poucos
casos de anafilaxia, com o uso de benzodiazepínicos.
Distúrbios endócrinos: em crianças, foram relatados casos isolados, reversíveis, de
desenvolvimento de características sexuais secundárias prematuramente (puberdade
precoce incompleta).
Distúrbios psiquiátricos: foram observados amnésia, alucinações, histeria, libido
aumentada ou diminuída, insônia, psicose, tentativa de suicídio (os efeitos sobre o
comportamento podem ocorrer com maior probabilidade em pacientes com história de
distúrbios psiquiátricos), ataque de ansiedade, despersonalização, disforia, labilidade
emocional, distúrbio de memória, desinibição orgânica, ideias suicidas, lamentações,
diminuição da concentração, inquietação, estado confusional e desorientação. Pode ocorrer
depressão em pacientes tratados com Epileptil®
, a qual também pode estar associada à
doença de base. Foram observadas as seguintes reações paradoxais: excitabilidade,
irritabilidade, agressividade, agitação, nervosismo, hostilidade, ansiedade, distúrbios do
sono, pesadelos e sonhos anormais. Em casos raros, pode ocorrer perda da libido.
Dependência e retirada, vide item “Abuso e dependência do medicamento”.
Distúrbios do sistema nervoso: sonolência, lentidão de reações, hipotonia muscular,
tonturas, ataxia. Esses efeitos adversos são relativamente frequentes e geralmente são
transitórios, desaparecendo espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução da
dose. Eles podem ser parcialmente evitados, aumentando-se a dose lentamente no início do
tratamento. Em casos raros, observou-se cefaleia. Particularmente no tratamento em longo
prazo ou de alta dose, podem ocorrer distúrbios reversíveis como disartria, diminuição de
coordenação de movimentos (disdiadococinesia), desordem de marcha (ataxia) e nistagmo.
A amnésia anterógrada pode ocorrer durante o uso de benzodiazepinas em doses
terapêuticas, e, com as doses mais elevadas, o risco aumenta. Os efeitos amnésicos podem
estar associados com comportamento inadequado. É possível aumento da frequência de
crises convulsivas durante o tratamento de longo prazo com determinadas formas de
epilepsia. Também foram relatados: afonia, movimentos coreiformes, coma, tremor,
hemiparesia, sensação de cabeça leve, letargia e parestesia.
Distúrbios oculares: distúrbios reversíveis da visão (diplopia) podem ocorrer,
particularmente, no tratamento a longo prazo ou de alta dose. Também foi relatado
aparência de “olho vítreo”.
Distúrbios cardiovasculares: palpitações, dor torácica. Foi relatada insuficiência cardíaca,
incluindo parada cardíaca.
Distúrbios do sistema respiratório: congestão pulmonar, rinorreia, respiração ofegante,
hipersecreção nas vias aéreas superiores, infecções das vias aéreas superiores, tosse,
bronquite, dispneia, rinite, congestão nasal, faringite. Pode ocorrer depressão respiratória.
Esse efeito pode ser agravado pela obstrução preexistente das vias aéreas, danos cerebrais
ou outras medicações administradas que deprimam a respiração. Como regra geral, esse
efeito pode ser evitado com um cuidadoso ajuste da dose às necessidades individuais.
Epileptil®
pode causar aumento da produção de saliva ou de secreção brônquica em
lactentes e crianças. Recomenda-se particular atenção à manutenção das vias aéreas livres
nesses pacientes.
Distúrbios gastrintestinais: anorexia, língua saburrosa, obstipação, diarreia, boca seca,
encoprese, gastrite, hepatomegalia, apetite aumentado, gengivas doloridas, desconforto ou
dor abdominal, inflamação gastrintestinal, odontalgia. Em casos raros, foram relatados
náuseas e sintomas epigástricos.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: urticária, prurido, erupção cutânea, perda de
cabelo transitória, hirsutismo, edema facial e do tornozelo e alterações da pigmentação
podem ocorrer em casos raros.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivo: fraqueza muscular. Esse efeito
adverso ocorre relativamente de forma frequente e geralmente é transitório, desaparecendo
espontaneamente no decorrer do tratamento ou após redução da dose. Pode ser
parcialmente evitado, aumentando-se a dose lentamente no início do tratamento. Podem
ocorrer dores, lombalgia, fratura traumática, mialgia, nucalgia, deslocamentos e tensões.
Distúrbios renais e urinários: disúria, enurese, noctúria, retenção urinária, cistite, infecção
do trato urinário. Em casos raros, pode ocorrer incontinência urinária.
Distúrbios do sistema reprodutivo: dismenorreia, diminuição de interesse sexual
(diminuição de libido). Em casos raros, pode ocorrer disfunção erétil.
Perturbações gerais: fadiga (cansaço, estafa). Esse efeito adverso ocorre relativamente de
forma frequente e geralmente é transitório, desaparecendo espontaneamente no decorrer do
tratamento ou após redução da dose. Pode ser parcialmente evitado, aumentado-se a dose
lentamente no início do tratamento. Reações paradoxais, incluindo irritabilidade, foram
observadas (vide item “Distúrbios psiquiátricos”).
Lesões, envenenamento: existem relatos de quedas e fraturas em pacientes sob uso de
benzodiazepínicos. O risco é maior em pacientes que recebem, concomitantemente,
sedativos (incluindo bebidas alcoólicas) e em pacientes idosos.
Exames complementares: pode ocorrer plaquetopenia, em casos raros. Foram observadas
anemia, leucopenia, eosinofilia, elevações temporárias das transaminases séricas e da
fosfatase alcalina.
Distúrbios do ouvido: otite, vertigem.
Diversos: desidratação, deterioração geral, febre, linfadenopatia, ganho ou perda de peso,
infecção viral.
A experiência no tratamento de crises epilépticas demonstrou a ocorrência de sonolência
em, aproximadamente, 50% dos pacientes e ataxia em, aproximadamente, 30%. Em alguns
casos, esses sintomas e sinais podem diminuir com o tempo. Foram observados problemas
comportamentais em, aproximadamente, 25% dos pacientes.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Sintomas
Os benzodiazepínicos geralmente causam sonolência, ataxia, disartria e nistagmo. A
superdose deste medicamento está raramente associada com risco de morte, caso o
medicamento tenha sido tomado isoladamente, mas pode levar à arreflexia, apneia,
hipotensão arterial, depressão cardiorrespiratória e coma. Se ocorrer coma, normalmente
tem duração de poucas horas; porém, pode ser prolongado e cíclico, particularmente em
pacientes idosos. Os efeitos de depressão respiratória por benzodiazepínicos são mais sérios
em pacientes com doença respiratória.
Os benzodiazepínicos aumentam os efeitos de outros depressores do sistema nervoso
central, incluindo o álcool.
Tratamento
Monitoramento dos sinais vitais e medidas de suporte devem ser instituídos, conforme o
estado clínico do paciente. Em particular, os pacientes podem necessitar de tratamento
sintomático dos efeitos cardiorrespiratórios ou dos efeitos do sistema nervoso central.
Uma absorção posterior deve ser evitada, utilizando um método apropriado, por exemplo,
tratamento em 1 a 2 horas com carvão ativado. Se for utilizado carvão ativado, é imperativo
proteger as vias aéreas de pacientes sonolentos. Em caso de ingestão mista, deve-se
considerar a lavagem gástrica. Entretanto, esse procedimento não deve ser considerado
como uma medida de rotina.
Se a depressão do sistema nervoso central for grave, deve-se levar em consideração o uso
de flumazenil, um antagonista específico do receptor benzodiazepínico. Flumazenil deve
ser administrado apenas sob rigorosas condições de monitoramento. Flumazenil possui
meia-vida curta (cerca de uma hora). Portanto, os pacientes que receberam flumazenil
precisarão de monitoramento após a diminuição dos seus efeitos. Flumazenil deve ser
usado com extrema precaução na presença de medicamentos que reduzem o limiar de
convulsões (por exemplo, antidepressivos tricíclicos). Consulte a bula de flumazenil para
mais informações sobre o uso correto desse medicamento.
Advertência
O antagonista do benzodiazepínico, flumazenil, não é indicado a pacientes com epilepsia
que foram tratados com benzodiazepínicos. O antagonismo dos efeitos benzodiazepínicos
em tais pacientes pode provocar convulsões.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.