Bula do Firmagon para o Profissional

Bula do Firmagon produzido pelo laboratorio Laboratórios Ferring Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Firmagon
Laboratórios Ferring Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO FIRMAGON PARA O PROFISSIONAL

Firmagon®

Laboratórios Ferring Ltda.

Pó Liofilizado para Solução Injetável

80 mg e 120 mg

Laboratórios Ferring

acetato de degarelix

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

120 mg

Solução injetável de 120 mg de acetato de degarelix disponível em embalagens com 2 frascosampola

de pó liofilizado, 2 frascosampola de diluente de 6 ml, 2 seringas de 5 ml com uma linha de marcação

em 3,0 ml, 4 adaptadores de frascoampola e 2 agulhas de segurança para a injeção.

80 mg

Solução injetável de 80 mg de acetato de degarelix disponível em embalagens com 1 frascoampola de

pó liofilizado,1 frascoampola de diluente de 6 ml, 1 seringa de 5,0 ml com duas linhas de marcação,

sendo uma marcação em 4,0 ml e outra em 4,2 ml, 2 adaptadores de frascoampola e 1 agulha de

segurança para a injeção.

USO SUBCUTÂNEO

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada frascoampola com pó liofilizado contém:

degarelix (na forma de acetato de degarelix) ............................................. 128 mg

Excipiente: manitol

degarelix (na forma de acetato de degarelix) ............................................. 88,2 mg

Cada frascoampola com líquido diluente contém:

água para injetáveis

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Firmagon®

é um antagonista de hormônio que libera gonadotropina (GnRH) é destinado ao tratamento

de pacientes adultos do sexo masculino com câncer de próstata avançado dependente de hormônios.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia e a segurança de degarelix foram avaliadas em um estudo aberto, multicêntrico,

randomizado, controlado por comparador ativo, de grupo paralelo. O estudo investigou a eficácia e a

segurança de dois regimes diferentes de dosagem mensal de degarelix com uma dose inicial de 240 mg

(40 mg/ml) seguida de administração subcutânea de doses mensais de 160 mg (40 mg/ml) ou 80 mg

(20 mg/ml), em comparação com administração intramuscular de 7,5 mg de leuprorrelina em pacientes

com câncer de próstata que exige terapia de privação de androgênio. No total, 620 pacientes foram

randomizados a um dos três grupos de tratamento, dos quais 504 (81%) pacientes concluíram o estudo.

No grupo de tratamento de degarelix 240/80, 41 (20%) pacientes descontinuaram o estudo, em

comparação com 32 (16%) pacientes no grupo de leuprorrelina.

Dos 610 pacientes tratados,

• 31% tinham câncer de próstata localizado;

• 29% tinham câncer de próstata localmente avançado;

• 20% tinham câncer de próstata metastático;

• 7% tinham uma condição metastática desconhecida;

• 13% tinham cirurgia de intenção curativa ou radiação anterior e um aumento de PSA.

A demografia da linha basal foi semelhante entre os braços dos estudos. A média de idade foi de 74

anos (faixa de 47 a 98 anos). O objetivo principal foi demonstrar que degarelix é eficaz com relação a

alcançar e manter a supressão de testosterona até abaixo de 0,5 ng/ml, durante 12 meses de tratamento.

A menor dose de manutenção eficaz de 80 mg de degarelix foi escolhida.

Obtenção de testosterona sérica (T) ≤ 0,5 ng/ml

Firmagon®

é eficaz para alcançar uma rápida supressão de testosterona, vide a Tabela a seguir:

Porcentagem de pacientes que obtém T ≤ 0,5 ng/ml após o início do tratamento.

Tempo Degarelix 240/80

mg

Leuprorrelina 7,5 mg

Dia 1 52% 0%

Dia 3 96% 0%

Dia 7 99% 1%

Dia 14 100% 18%

Dia 28 100% 100%

Prevenção do aumento de testosterona

O aumento foi definido como testosterona que excede a visita basal em ≥15% dentro das primeiras 2

semanas.

Nenhum dos pacientes tratados com degarelix experimentou um aumento de testosterona; houve uma

redução média de 94% na testosterona no dia 3. A maior parte dos pacientes tratados com leuprorrelina

experimentou aumento da testosterona; houve um aumento médio de 65% na testosterona no dia 3.

Essa diferença foi estatisticamente significativa (p<0,001).

Porcentagem da mudança na testosterona do Dia 0 ao 28

Figura 1: Alteração na porcentagem de testosterona a partir da visita basal por grupo de

tratamento até o dia 28 (média com faixas entre quartis).

O objetivo primário do estudo foram as taxas de supressão de testosterona após um ano do tratamento

com degarelix ou leuprorrelina. O benefício clínico para degarelix em comparação com leuprorrelina

mais anti-androgênio na fase inicial do tratamento não foi demonstrado.

Efeito de longo prazo

A reação bem-sucedida no estudo foi definida como a obtenção de castração médica no dia 28 e

manutenção até o dia 364 em que nenhuma concentração de testosterona tenha sido maior do que 0,5

ng/ml.

Probabilidade cumulativa de testosterona ≤0,5 ng/ml do Dia 28 ao Dia 364.

degarelix 240/80

N=207

leuprorrelina 7,5 mg

N=201

No

de reagentes 202 194

Taxa de Reação 97,2% 96,4%

(intervalos de confiança)* (93,5; 98,8%) (92,5; 98,2%)

* Estimativas de Kaplan Meier dentro do grupo

Obtenção de redução de antígeno específico prostático (PSA)

O tamanho do tumor não foi medido diretamente durante o programa do estudo clínico, mas houve uma

reação do tumor benéfica indireta conforme demonstrado por uma redução de 95% após 12 meses em

PSA médio para degarelix.

A média de PSA no estudo na visita basal foi de:

• para o grupo de tratamento de degarelix 240/80 mg, 19,8 ng/ml (faixa entre quartis: P25 9,4

ng/ml, P75 46,4 ng/ml)

• para o grupo de tratamento de leuprorrelina 7,5 mg, 17,4 ng/ml (faixa entre quartis: P25 8,4

ng/ml, P75 56,5 ng/ml)

Grupo de tratamento Degarelix 240mg/ 40mg/ml /80mg/ 20mg/ml Leuprorrelina 7,5 mg

Mudança na

porcentagem

Tempo desde a primeira dose (dias)

Porcentagem da mudança na testosterona do Dia 0 ao 56

Figura 2: Alteração de porcentagem em PSA da visita basal por grupo de tratamento ao dia 56

(média com faixas entre quartis).

Essa diferença foi estatisticamente significativa (p<0,001) para a análise pré-especificada no dia 14 e

no dia 28).

Os níveis do antígeno específico prostático (PSA) são reduzidos em 64% duas semanas após a

administração de degarelix, 85% após um mês, 95% após três meses e permaneceram suprimidos

(aproximadamente 97%) ao longo de um ano de tratamento.

Do dia 56 ao dia 364, não houve diferenças significativas entre degarelix e o comparador na alteração

de porcentagem a partir da linha basal.

No estudo confirmatório que comparou Firmagon®

a leuprorelina, foram realizados eletrocardiogramas

periódicos. Ambas as terapias apresentaram intervalos de QT/QTc que excedia 450 mseg em

aproximadamente 20% dos pacientes. A partir da linha basal até o fim do estudo, a alteração média

para Firmagon®

foi de 12,0 mseg e para leuprorrelina, foi de 16,7 mseg.

O desenvolvimento de anticorpos anti-degarelix foi observado em 10% dos pacientes após o tratamento

com Firmagon®

por um ano. Não há indicação de que a eficácia ou segurança do tratamento com

é afetado por formação de anticorpos após um ano de tratamento. Os dados de eficácia e

segurança com relação ao desenvolvimento de anticorpos além de um ano não estão disponíveis.1

Referência bibliográfica

1

Klotz L. et al. The efficacy and safety of degarelix: a 12-month, comparative, randomized, open-label,

parallel-group phase III study in patients with prostate cancer. BJU International 2008 v.102,

págs.1531-1538.

3. CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Degarelix é um hormônio de liberação de gonadotropina (GnRH) seletivo que se liga competitivamente

e reversivelmente aos receptores de GnRH pituitários, reduzindo assim rapidamente a liberação de

gonadotropinas, hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH), reduzindo a

secreção de testosterona (T) pelos testículos. Sabe-se que o carcinoma prostático é sensível ao

androgênio e responde a tratamentos que removem a fonte do androgênio. Diferente dos agonistas de

GnRH (hormônio liberador de gonadotropina), os antagonistas de GnRH não induzem um aumento de

LH com subsequente aumento de testosterona/estímulo de tumor e dilatação sintomática potencial após

o início do tratamento.

Uma dose única de 240 mg de degarelix, seguida de uma dose de manutenção mensal de 80 mg, causa

rapidamente uma redução nas concentrações de LH, FSH e subsequentemente da testosterona. A

concentração de plasma de dehidrotestosterona (DHT) é reduzida de maneira semelhante à

testosterona.

O degarelix é eficaz na obtenção e manutenção de supressão de testosterona, muito abaixo do nível de

castração médica de 0,5 ng/ml. A dosagem mensal de manutenção de 80 mg resultou em uma

sustentação da supressão de testosterona em 97% dos pacientes por pelo menos um ano. Os níveis

médios de testosterona após um ano de tratamento foram de 0,087 ng/ml (faixa entre quartis de 0,06-

0,15) N=167.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção:

Após a administração subcutânea de 240 mg de degarelix em uma concentração de 40 mg/ml para

pacientes com câncer de próstata no estudo pivotal CS21, ASC0-28 dias foi de 635 (602-668) dia*ng/ml, a

Cmax foi de 66,0 (61,0-71,0) ng/ml e ocorreu um Tmax de 40 (37-42) horas. A média entre os valores foi

de aproximadamente 11-12 ng/ml após a dose inicial e 11-16 ng/ml após a dosagem de manutenção de

80 mg em uma concentração de 20 mg/ml. O degarelix é eliminado de forma bifásica, com meia-vida

terminal (t1/2) média de aproximadamente 43 dias para a dose inicial ou 28 dias para a dose de

manutenção, conforme estimado com base no modelo farmacocinético de população. A longa meia-

vida após administração subcutânea é uma consequência de uma liberação muito lenta de degarelix do

depósito (“depot”) formado no(s) local(is) de injeção. O comportamento farmacocinético do

medicamento é influenciado por sua concentração na solução para injeção. Assim, a Cmax e a

biodisponibilidade tendem a diminuir com o aumento da concentração da dose enquanto a meia-vida é

aumentada. Portanto, nenhuma outra concentração da dose, além da recomendada, deve ser usada.

Distribuição:

O volume de distribuição em homens idosos é aproximadamente 1 l/kg. A ligação de proteína

plasmática é estimada em aproximadamente 90%.

Metabolismo:

O degarelix está sujeito a degradação peptídica comum durante a passagem do sistema hepato-biliar e é

excretado principalmente como fragmentos peptídicos nas fezes. Nenhum metabólito significativo foi

detectado nas amostras de plasma após a administração subcutânea. Estudos in vitro demonstraram que

degarelix não é um substrato para o sistema CYP450 humano.

Excreção:

Em homens saudáveis, aproximadamente 20-30% de uma dose única administrada intravenosamente

são excretados na urina, sugerindo que 70-80% são excretados por meio do sistema hepato-biliar. O

“clearence” de degarelix quando administrado como doses intravenosas únicas (0,864-49,4 mcg/kg) em

homens idosos saudáveis foi determinada em 35-50 ml/h/kg.

Tempo médio estimado para o início da ação terapêutica do medicamento:

Estudos clínicos demonstraram que a supressão da testosterona (T) ocorre imediatamente após a

administração da dose inicial com 96% dos pacientes tendo os níveis plasmáticos de testosterona

correspondente a castração médica (T ≤ 0,5 ng/ml) após três dias e 100% após um mês.

Populações especiais:

Pacientes com comprometimento renal:

Nenhum estudo farmacocinético em pacientes com comprometimento renal foi conduzido. Apenas

cerca de 20-30% de determinada dose de degarelix são excretados inalterados pelos rins. Uma análise

de farmacocinética de população dos dados do estudo de Fase III confirmatório demonstrou que o

“clearence” de degarelix em pacientes com comprometimento renal leve a moderado é reduzida em

aproximadamente 23%; portanto, o ajuste da dose em pacientes com comprometimento renal leve a

moderado não é recomendado. Dados sobre pacientes com comprometimento renal grave são escassos,

sendo, portanto, aconselhável ter-se cuidado com essa população de pacientes ao utilizar o degarelix.

Pacientes com comprometimento hepático:

O degarelix foi investigado em um estudo farmacocinético em pacientes com comprometimento

hepático leve a moderado. Nenhum sinal de aumento da exposição nos indivíduos hepaticamente

comprometidos foi observado em comparação com indivíduos saudáveis. O ajuste da dose não é

necessário em pacientes com comprometimento hepático leve a moderado. Pacientes com disfunção

hepática grave não foram estudados, sendo, portanto, aconselhável ter-se cuidado com esse grupo.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Firmagon®

está contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um

dos excipientes da formulação.

Este medicamento é contraindicado para uso por crianças.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres.

Este medicamento está classificado na categoria X conforme “Categorias de risco de fármacos

destinados às mulheres grávidas”:

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Efeito no intervalo QT:

Terapias de supressão de andrógenos a longo prazo podem prolongar o intervalo QT. Em um estudo

confirmatório comparando Firmagon®

com leuprorrelina periódica (mensal), ECGs foram realizados;

ambas as terapias apresentaram intervalos QT/QTc excedendo 450 mseg em aproximadamente 20%

dos pacientes, e 500 mseg em 1% e 2% dos pacientes tratados com degarelix e leuprorrelina,

respectivamente.

Firmagon®

não foi estudado em pacientes com histórico corrigido de intervalo QT acima de 450 mseg,

em pacientes com histórico ou que apresentem fatores de risco de “torsades de pointes” e em pacientes

que estejam recebendo tratamentos com outros medicamentos que possam prolongar o intervalo QT.

Portanto, nesses pacientes deve-se avaliar a razão risco/benefício para o tratamento com Firmagon®

.

Comprometimento hepático:

Pacientes com distúrbio hepático suspeitado ou conhecido não foram incluídos nos estudos clínicos de

longo prazo com degarelix. Aumentos leves, transitórios em ALT e AST foram observados, não tendo

sido acompanhados por um aumento de bilirrubina ou dos sintomas clínicos. O monitoramento da

função hepática em pacientes com distúrbio hepático suspeitado ou conhecido é aconselhado durante o

tratamento. A farmacocinética de degarelix foi investigada após a administração intravenosa única em

indivíduos com comprometimento hepático leve a moderado.

Comprometimento renal:

Degarelix não foi estudado em pacientes com comprometimento renal grave, sendo, portanto,

aconselhável ter-se cuidado ao administrar degarelix nestes pacientes.

Hipersensibilidade:

Degarelix não foi estudado em pacientes com histórico de asma grave não tratada, reações anafiláticas

ou urticária ou angioedema grave.

Alterações na densidade óssea:

Redução na densidade óssea foi relatada na literatura médica em homens que tiveram orquiectomia ou

que foram tratados com um agonista de GnRH (hormônio liberador de gonadotropina). Pode-se prever

que longos períodos de supressão de testosterona em homens terão efeitos sobre a densidade óssea. A

densidade óssea não foi medida durante o tratamento com degarelix.

Devido à ausência de estudos, não é conhecido o risco de fraturas durante o tratamento com degarelix.

Tolerância a glicose:

Uma redução na tolerância a glicose foi observada em homens que tiveram orquiectomia ou que foram

tratados com um agonista de GnRH (hormônio liberador de gonadotropina). Desenvolvimento ou

agravamento da diabetes pode ocorrer; portanto, pacientes diabéticos podem exigir um monitoramento

mais frequente de glicose sanguínea quando receberem terapia de privação do androgênio. O efeito de

degarelix sobre os níveis de insulina e glicose não foi estudado.

Cuidados e advertências para populações especiais

Não há necessidade de se ajustar a dose para idosos ou pacientes com comprometimento leve ou

moderado da função hepática ou renal. Pacientes com comprometimento grave hepático ou renal não

foram estudados, sendo, portanto, aconselhável ter-se cuidado. Não há indicação relevante de uso de

em mulheres, crianças e adolescentes.

Efeito na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Nenhum estudo foi realizado com Firmagon®

para avaliar a se existe efeito na capacidade de dirigir

veículos ou operar máquinas. Entretanto, como a ocorrência de cansaço e tonturas são reações adversas

comuns associadas ao tratamento ou são resultantes da doença, estas podem influenciar a capacidade

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Nenhum estudo formal de interação medicamento-medicamento foi realizado.

Como o tratamento de terapia de privação do androgênio pode prolongar o intervalo de QTc, o uso

concomitante de degarelix com medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo de QTc ou

medicamentos capazes de induzir “torsades de pointes” como medicamentos antiarrítmicos de classe

IA (como quinidina, disopiramida) ou classe III (como amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida),

metadona, cisaprida, moxifloxacina, etc. deve ser cuidadosamente avaliado.

Degarelix não é um substrato para o sistema CYP450 humano e não demonstrou induzir ou inibir

CYP1A2. CYP2C8. CYP2C9. CYP2D6. CYP2E1 ou CYP3A4/5 em grandes extensões in vitro.

Portanto, interações farmacocinéticas clinicamente significativas medicamento-medicamento no

metabolismo com relação a essas isoenzimas são improváveis.

Alterações em exames laboratoriais

O tratamento com Firmagon®

resulta na supressão do sistema pituitário gonadal. Os resultados dos

testes das funções pituitárias e gonadais durante e após o tratamento com Firmagon®

podem ser

alterados.

As alterações nos valores laboratoriais observadas durante um ano de tratamento estiveram na mesma

faixa para degarelix e agonista de GnRH (leuprorrelina) usada como comparador. Valores

acentuadamente anormais de transaminase hepática (>3X do Limite Superior Normal) (ALT, AST e

GGT) foram observados em 2-6% dos pacientes com valores normais antes do tratamento, seguindo o

tratamento com ambos os produtos medicinais. Uma redução acentuada nos valores hematológicos,

hematócritos (≤0,37) e hemoglobina (≤115 g/l) foi observada em 40% e 13-15%, respectivamente, de

pacientes com valores normais antes do tratamento, após o tratamento com ambos os medicamentos.

Não se sabe até onde essa redução dos valores hematológicos foi causada pelo câncer de próstata

subjacente e até onde foi uma consequência da terapia de privação do androgênio. Valores

acentuadamente anormais de potássio (≥5,8 mmol/l), creatinina (≥177 mcmol/l) e ureia (≥180mg/dl)

em pacientes com valores normais antes do tratamento, foram observados em 6%, 2% e 15% dos

pacientes tratados com degarelix e 3%, 2% e 14% dos pacientes tratados com leuprorrelina,

respectivamente.

Alterações nas medições de ECG:

As alterações nas medições de ECG observadas durante um ano de tratamento estiveram na mesma

faixa para degarelix e um agonista de GnRH (leuprorrelina) usado como comparador. Três (<1%) de

409 pacientes no grupo de degarelix e quatro (2%) de 201 pacientes no grupo de leuprorrelina 7,5 mg

tiveram um QTcF ≥ 500 mseg. A partir da linha basal até o final do estudo, a alteração média no QTcF

para degarelix foi de 12,0 mseg e para leuprorelina de 16,7 mseg.

Efeito sobre intervalo de QT/QTc:

A terapia de privação do androgênio de longo prazo pode prolongar o intervalo de QT. No estudo

confirmatório que compara Firmagon®

com leuprorrelina periódica (mensal), foram realizados ECGs

(Eletrocardiogramas); ambas as terapias apresentaram intervalos de QT/QTc que excediam 450 mseg

em aproximadamente 20% dos pacientes e 500 mseg. em 1% e 2% dos pacientes de degarelix e

leuprorrelina, respectivamente.

Firmagon®

não foi estudado em pacientes com histórico de intervalo de QT corrigido em 450 mseg, em

pacientes com histórico de fatores de risco para “torsades de pointes” e em pacientes que recebiam

medicamentos concomitantes que poderiam prolongar o intervalo de QT. Portanto, nesses pacientes, a

proporção risco/benefício de Firmagon®

deve ser rigorosamente avaliada.

Interações com alimentos e álcool

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de Firmagon®

com alimentos e álcool.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Firmagon®

injetável deve ser conservado em local fresco (temperatura máxima de 30°C) ao abrigo da

luz. Seu prazo de validade é de 24 meses (dois anos) a partir da data de fabricação (marcado na

embalagem externa). Não usar medicamento com prazo de validade vencido, pois seu efeito não será o

desejado.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Pó liofilizado e diluente (solução injetável).

Características organolépticas

Pó liofilizado: pastilha, branca ou quase branca.

Solução injetável: líquido incolor e transparente.

A solução reconstituída deve ser transparente e livre de material não dissolvido.

Após a reconstituição, a solução deve ser utilizada imediatamente.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de Usar

Firmagon®

é administrado como injeção subcutânea na região abdominal. Assim como quaisquer

outros medicamentos administrados por injeção subcutânea, o local da injeção deve variar

periodicamente.

APENAS para uso subcutâneo, não deve ser administrado intravenosamente.

A administração intramuscular não é recomendada por não ter sido estudada.

Instruções de uso:

As instruções para reconstituição devem ser seguidas cuidadosamente.

A administração de outras concentrações não é recomendada uma vez que a formação de depósito

(“depot”) de gel é influenciada pela concentração. A solução reconstituída deve ser um líquido

transparente, isento de material não dissolvido.

Após a reconstituição, a solução deve ser utilizada imediatamente.

OBSERVAÇÃO:

• OS FRASCOS NÃO DEVEM SER AGITADOS

A embalagem da concentração de 120 mg contém 2 conjuntos de pó e diluente que devem ser

preparados para injeção subcutânea. Portanto, as instruções abaixo devem ser repetidas uma segunda

vez.

Diluente Pó

1. Remova a embalagem do adaptador de frascoampola.

Insira os adaptadores no frascoampola do diluente e no

frascoampola do pó pressionando o adaptador para baixo até

que o tampão de borracha seja rompido e o adaptador fique

preso.

2. Remova a embalagem da seringa.

Conectar e girar a seringa no adaptador do frascoampola do

diluente.

3. Vire o frascoampola de cabeça para baixo.

Para Firmagon 80 mg: Retire 4,2 ml do diluente com a

seringa.

Para Firmagon 120 mg: Retire 3,0 ml do diluente com a

Certifique-se que a quantidade exata do diluente foi

retirada, pois a quantidade de diluente afeta a

reconstituição do produto.

Retirar a seringa do adaptador e descartar o frascoampola

com a quantidade remanescente do diluente.

4. Conectar a seringa ao adaptador do frascoampola do pó

liofilizado. Transferir o diluente para o frascoampola do pó.

Com a seringa conectada ao adaptador girar gentilmente até

que o líquido fique transparente e sem pó ou partículas não

dissolvidas. Caso o pó se prenda ao frasco sobre a superfície

líquida, o frasco pode ser levemente inclinado. EVITE

AGITAR PARA PREVENIR A FORMAÇÃO DE

ESPUMA.

Um anel de pequenas bolhas de ar sobre a superfície do

líquido é aceitável. O procedimento de reconstituição pode

demorar, em alguns casos, até 15 minutos, mas normalmente

demora poucos minutos.

5. Virar o frasco de cabeça para baixo e segurar na vertical.

Para Firmagon 80 mg: Retire 4,0 ml da solução com a

Para Firmagon 120 mg: Retire 3,0 ml da solução com a

Tenha sempre certeza de que o volume exato foi retirado.

Pode ser necessário que o frasco seja levemente inclinado.

6. Desconectar a seringa do adaptador do frascoampola e conectar a agulha de segurança para

administração subcutânea profunda. Cuidadosamente remova quaisquer bolhas de ar.

Realizar a administração do produto imediatamente após a reconstituição.

7. Aperte a pele do abdômen, eleve o tecido subcutâneo.

Realize uma injeção subcutânea profunda. Para isso, insira a

agulha profundamente em um ângulo de até 45 graus.

8. Firmagon 120 mg Repita o procedimento de reconstituição para a segunda dose. Escolha um local

diferente para a injeção e injete 3,0 ml.

A reconstituição deve ser feita utilizando o líquido diluente que acompanha a embalagem.

O volume final da solução reconstituída que será administrada de Firmagon®

120 mg é de 3,0 ml e após

a reconstituição, cada ml possui 40 mg de degarelix.

80 mg é de 4,0 ml e após

a reconstituição, cada ml possui 20 mg de degarelix.

• Nenhuma injeção deve ser aplicada em áreas do paciente que serão expostas a pressão,

como por exemplo na cintura ou perto das costelas.

Posologia

deve ser administrado pela via subcutânea.

Dose inicial Dose de manutenção – administração mensal

240 mg administrados com duas injeções

subcutâneas de 120 mg cada

80 mg administrados com uma injeção

subcutânea

A primeira dose de manutenção deve ser dada um mês após a dose inicial.

O efeito terapêutico de degarelix deve ser monitorado por parâmetros clínicos e níveis séricos de

antígeno específico de próstata (PSA). Estudos clínicos demonstraram que a supressão da testosterona

(T) ocorre imediatamente após a administração da dose inicial com 96% dos pacientes com níveis de

testosterona correspondentes a castração médica (T≤0,5 ng/ml) após três dias e 100% após um mês. O

tratamento de longo prazo com a dose de manutenção de até 1 ano demonstra que 97% dos pacientes

têm níveis de testosterona suprimidos mantidos (T≤0,5 ng/ml).

Caso a resposta clínica do paciente pareça abaixo do ideal, deve-se confirmar se os níveis séricos de

testosterona permanecem suficientemente suprimidos.

Como degarelix não induz a um aumento de testosterona, não é necessário adicionar um antiandrógeno

como proteção contra aumento no início da terapia.

A Organização Mundial de Saúde definiu que a dose diária de degarelix é de 2,7 mg, no entanto tal

dado não é aplicável visto que Firmagon®

deve ser utilizado com administração mensal.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas mais comumente observadas durante a terapia de degarelix no estudo de fase III

confirmatório (N=409) foram devidas aos efeitos fisiológicos esperados da supressão de testosterona,

incluindo rubores e aumento do peso (relatados em 25% e 7%, respectivamente, dos pacientes que

receberam tratamento por um ano), ou eventos adversos no local da injeção. Calafrios, febre ou

sintomas “flu-like” transitórios foram relatados como tendo ocorrido horas após a dose (em 3%, 2% e

1% dos pacientes, respectivamente).

Os eventos adversos no local da injeção relatados foram principalmente dor e eritema, relatados em

28% e 17% dos pacientes, respectivamente, menos frequentemente relatados foram inchaço (6%),

enrijecimento (4%) e nódulo (3%). Esses eventos ocorreram principalmente com a dose inicial,

enquanto durante a terapia de manutenção com dose de 80 mg a incidência desses eventos por 100

injeções foi de: 3 para dor e <1 para eritema, inchaço, nódulo e enrijecimento. Os eventos relatados

foram, em sua maioria, transitórios, de intensidade leve a moderada, e levaram a poucas

descontinuações (<1%).

A frequência de efeitos indesejáveis listada abaixo se encontra definida usando-se a seguinte

convenção: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 para <1/10); não-comuns (≥1/1.000 para < 1/100).

Dentro de cada grupo de frequência, os efeitos indesejáveis são apresentados em ordem de gravidade

decrescente.

Reação muito comum (> 1/10): Rubor* e; eventos adversos no local da injeção

Reação comum (> 1/100 e < 1/10): Anemia*; aumento do peso*; insônia; tontura; enxaqueca; diarreia;

náusea; aumento das transaminases hepaticas; hiperidrose (inclusive suor noturno)*; erupção; dor

músculo-esquelética e desconforto; ginecomastia*, atrofia testicular*, disfunção erétil*; calafrios;

pirexia; astenia; fadiga* e; sintomas “flu-like”.

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): Hipersensibilidade; hiperglicemia/Diabetes mellitus; aumento

do colesterol; diminuição do peso; redução do apetite; alterações no cálcio sanguíneo; diminuição da

libido*; depressão; transtornos mentais; hipoestesia; visão turva; arritmia cardíaca (incluindo fibrilação

atrial); palpitações; prolongação de QT*; hipertensão; reação vasovagal (incluindo hipotensão);

dipnéia; constipação; vômito; dor abdominal; desconforto abdominal; boca seca; aumento da

bilirrubina; aumento da fosfatase alcalina; urticária; nódulo na pele; alopecia; prurido; eritema;

osteoporose/osteopenia; artralgia; fraqueza muscular; espasmos musculares; inchaço e enrijecimento

nas articulações; polaquiúria; urgência de micturição; disúria; noctúria; comprometimento renal;

incontinência; dor testicular; dor no peito; dor pélvica; irritação genital; falência da ejaculação; mal-

estar e; edema localizado.

* Consequência fisiológica conhecida da supressão de testosterona

Os seguintes eventos foram relatados, pois estão relacionados ao tratamento de um único paciente:

neutropenia febril, infarto do miocárdio e falência cardíaca congestiva.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e

segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos

adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema

de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

10. SUPERDOSE

Não há experiência clínica com os efeitos de uma superdose aguda com degarelix. A maioria dos

eventos está relacionada aos efeitos da falta do andrógeno, portanto não estão relacionadas às doses.

Nenhum estudo clínico demonstrou que após a administração subcutânea de degarelix algum órgão seja

alvo de toxicidade sistêmica. Altas doses de degarelix foram investigadas em estudos clínicos, no

entanto não houve a indicação de efeito das doses quanto à segurança (a não ser para as reações locais).

Em caso de uma superdose, o paciente deve ser monitorado e tratamento de suporte apropriado deve

ser dado, caso seja considerado necessário.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.