Bula do Flucovil produzido pelo laboratorio Medquimica Indústria Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
FLUCOVIL®
fluconazol
MEDQUÍMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S.A.
Cápsulas
150 mg
“MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA”
cápsula
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome Genérico:
Forma Farmacêutica e Apresentações:
Cápsulas de 150 mg em embalagens com 1 cápsula ou 2 cápsulas.
Cápsulas de 150 mg em embalagem hospitalar com 100 cápsulas
USO ADULTO
VIA ORAL
Composição:
Cada cápsula de Flucovil®
contém o equivalente a 150 mg de fluconazol.
Excipientes: estearato de magnésio, celulose microcristalina, lactose mono-hidratada, dióxido de silício,
laurilsulfato de sódio.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O tratamento pode ser iniciado antes que os resultados dos testes de cultura ou outros testes laboratoriais
sejam conhecidos. Entretanto, assim que estes resultados forem disponíveis, o tratamento anti-infeccioso
deve ser ajustado adequadamente.
Flucovil®
150 mg (fluconazol) está indicado para o tratamento das seguintes condições:
- Candidíase vaginal aguda e recorrente, e balanites por Candida, bem como profilaxia para reduzir a
incidência de candidíase vaginal recorrente (3 ou mais episódios por ano).
- Dermatomicoses, incluindo Tinea pedis, Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea unguium (onicomicoses) e
infecções por Candida.
Candidíase Vaginal
O fluconazol (150 mg, dose única oral) é tão efetivo quanto o clotrimazol (200 mg, intravaginal, por 3
dias) para o tratamento de candidíase vaginal, segundo estudo randomizado que envolveu 369 mulheres.
Após 16 dias a taxa de cura clínica foi de 99% e 97% e de cura microbiológica de 85% e 81%,
respectivamente. Após 27 a 62 dias a taxa de cura microbiológica também se manteve significantemente
maior no grupo que usou o fluconazol (72% vs 62%).1
Em outro trabalho, a eficácia do fluconazol (150 mg, dose única oral) em comparação ao clotrimazol (500
mg, intravaginal, dose única) também foi comprovada. Quarenta e três pacientes com candidíase vaginal
foram avaliadas e após 8 dias do tratamento houve erradicação completa da Candida albicans em 87%
das que usaram fluconazol contra 75% das que usaram clotrimazol. A reavaliação após 32 dias
demonstrou a manutenção da erradicação do fungo em 87% e 60%, respectivamente. As pacientes
tratadas com fluconazol apresentaram alívio mais rápido dos sintomas.2
Resultado similar foi observado em um estudo que avaliou 471 mulheres com a posologia de fluconazol e
clotrimazol igual a do trabalho anterior. Após sete dias do final do tratamento a taxa de cura foi de 82%
com fluconazol e 76% com clotrimazol. A reavaliação após 28 dias mostrou taxas de 75% e 72%,
respectivamente.3
Um estudo envolvendo 229 mulheres observou taxa de cura micológica similar entre fluconazol (150 mg
oral, dose única), itraconazol (200 mg, dose única oral) e clotrimazol (creme vaginal a 1% ou supositório
vaginal 500 mg). Estas taxas foram de 83%, 96% e 95%, respectivamente.4
Em comparação ao cetoconazol (200 mg/dia, 2 vezes ao dia, durante 5 dias) a dose única de fluconazol
(150 mg) por via oral mostrou mesma efetividade em um estudo duplo-cego que envolveu 183 pacientes.5
Nenhuma diferença significativa de eficácia e segurança foi identificada na comparação entre fluconazol
(150 mg via oral, dose única) com miconazol (1200 mg intravaginal) em estudo duplo-cego,
randomizado, controlado por placebo realizado em 99 pacientes com vaginite por Candida.6
Em 556 mulheres com vaginite por Candida recorrente ou severa, o fluconazol 300 mg por 3 dias é
significativamente mais eficaz do que 150 mg pelo mesmo período.7
Dermatomicoses
O fluconazol oral (150 mg, dose única) mostrou-se tão eficaz e seguro quanto o clotrimazol tópico (creme
a 1%, 2 vezes ao dia por 2 a 4 semanas, ou 6 se Tinea pedis) em infecções fúngicas superficiais (incluindo
Tinea corporis, Tinea cruris, Tinea pedis e candidíase cutânea) segundo estudo realizado com 391
pacientes. A taxa de cura foi de 85% e 82%, respectivamente para Tinea corporis, 90% e 88% para Tinea
cruris, 81% e 72% para Tinea pedis e de 100% nos dois grupos para candidíase cutânea. Após 1 mês da
última dose as taxas de cura mantidas foram de 75% no grupo com fluconazol e 80% no grupo com
clotrimazol para Tinea corporis, 90% e 100% para Tinea cruris, 79% e 91% para Tinea pedis e de 100%
e 71% para candidíase cutânea.8
Em comparação com a griseofulvina (500 mg/dia por 4 a 6 semanas) o fluconazol (150 mg dose única
diária, semanal) mostrou eficácia similar para o tratamento de 230 pacientes com dermatomicoses. Após
6 semanas de tratamento de pacientes com Tinea corporis e Tinea cruris a taxa de cura foi de 74% nos
usuários de fluconazol e 62% nos de griseofulvina9
.
Em um estudo randomizado, duplo-cego, 128 pacientes com tinea versicolor receberam fluconazol (300
mg, dose única oral, 2 vezes com intervalo de 15 dias entre as doses) ou cetoconazol (400 mg, dose única
oral, 2 vezes com intervalo de 15 dias entre as doses). A taxa de cura máxima foi de 90% e 88% para
fluconazol e cetoconazol, respectivamente, e foram alcançadas em 8 semanas após o início do
tratamento.10
Referências Bibliográficas
1. Anonymous. A comparison of single-dose oral fluconazole with 3-day intravaginal clotrimazole in the
treatment of vaginal candidiasis. Br J Obstet Gynaecol (96): 226-232, 1989.
2. Adetoro OO. Comparative trial of a single oral dose of fluconazole (150mg) and a single intravaginal
tablet of clotrimazole (500mg) in the treatment of vaginal candidiasis. Curr Therapeut Res (48): 275-281,
1990.
3. Van Heusden AM et al. A randomized, comparative study of a single dose of fluconazole versus a
single topical dose of clotrimazole in the treatment of vaginal candidosis among general practitioners and
gynaecologists. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol (55): 123-127, 1994.
4. Woolley PD et al. Comparison of clotrimazole, fluconazole and itraconcazole in vaginal candidiasis. Br
J Clin Pract (49): 65–66, 1995.
5. Brammer KW, Feczko JM. Single-dose oral fluconazole in the treatment of vaginal candidosis. Ann N
Y Acad Sci (544):561-563, 1988.
6. van Heusden AM, Merkus HM, Corbeij RS, et al. Single-dose oral fluconazole versus single-dose
topical miconazole for the treatment of acute vulvovaginal candidosis. Acta Obstet Gynecol Scand.
1990;69(5):417-22.
7. Sobel JD et al. Treatment of complicated Candida vaginitis: comparison of single and sequential doses
of fluconazole. Am J Obstet Gynecol 185(2): 363-9, 2001.
8. Crevits B et al. Comparison of efficacy and safety of oral fluconazole and topical clotrimazole in the
treatment of tinea corporis, tinea cruris, tinea pedis, and cutaneous candidiasis. Curr Ther Res Clin Exp
(59): 503-510, 1998.
9. Faergemann J et al. A multicentre (double-blind) comparative study to assess the safety and efficacy of
fluconazole and griseofulvin in the treatment of tinea corporis and tinea cruris. Br J Dermatol (136): 575-
577, 1997.
10. Farshchian M et al. Fluconazole versus ketoconazole in the treatment of tinea versicolor. J
dermatolog Treat (13): 73-76, 2002.
Propriedades Farmacodinâmicas
O fluconazol, um membro da classe dos agentes antifúngicos triazólicos, é um inibidor potente e
específico da síntese fúngica de esteroides.
O tempo médio para início do alívio dos sintomas após a administração de dose única oral de Flucovil®
150 mg para o tratamento da candidíase vaginal é de 1 dia. A variação do tempo para início do alívio dos
sintomas é de 1 hora a 9 dias.
Foram relatados casos de superinfecção por outras espécies de Candida que não C. albicans, as quais
muitas vezes não são suscetíveis ao fluconazol (por exemplo, Candida krusei). Esses casos podem
requerer terapia antifúngica alternativa.
O fluconazol é altamente específico para as enzimas dependentes do citocromo fúngico P450.
Propriedades Farmacocinéticas
As propriedades farmacocinéticas do fluconazol são similares após administração por via intravenosa e
oral. Após administração oral, o fluconazol é bem absorvido e os níveis plasmáticos e de
biodisponibilidade sistêmica estão acima de 90% dos níveis obtidos após administração intravenosa. A
absorção oral não é afetada pela ingestão concomitante de alimentos. Em jejum, os picos de concentração
plasmática ocorrem entre 0,5 e 1,5 horas após a dose, com meia-vida de eliminação plasmática de
aproximadamente 30 horas. As concentrações plasmáticas são proporcionais à dose. Após 4-5 dias com
doses diárias, são alcançadas 90% dos níveis de equilíbrio (steady state).
A administração de uma dose de ataque (no primeiro dia), equivalente ao dobro da dose diária usual,
atinge níveis plasmáticos de aproximadamente 90% dos níveis de equilíbrio (steady state) no segundo dia.
O volume aparente de distribuição aproxima-se do volume total corpóreo de água. A ligação às proteínas
plasmáticas é baixa (11-12%).
O fluconazol apresenta boa penetração em todos os fluidos corpóreos estudados. Os níveis de fluconazol
na saliva e escarro são semelhantes aos níveis plasmáticos. Em pacientes com meningite fúngica, os
níveis de fluconazol no líquor são aproximadamente 80% dos níveis plasmáticos correspondentes.
Altas concentrações de fluconazol na pele, acima das concentrações séricas, foram obtidas no extrato
córneo, derme, epiderme e suor écrino. O fluconazol acumula no extrato córneo. Durante o tratamento
com dose única diária de 50 mg, a concentração de fluconazol após 12 dias foi de 73 mcg/g e 7 dias
depois do término do tratamento a concentração foi de 5,8 mcg/g. Em tratamento com dose única semanal
de 150 mg, a concentração de fluconazol no extrato córneo no 7º dia foi de 23,4 mcg/g e 7 dias após a
segunda dose, a concentração ainda era de 7,1 mcg/g.
A concentração de fluconazol nas unhas após 4 meses de dose única semanal de 150 mg foi de 4,05
mcg/g em unhas saudáveis e de 1,8 mcg/g em unhas infectadas e o fluconazol ainda era detectável em
amostras de unhas 6 meses após o término do tratamento.
A principal via de excreção é a renal, com aproximadamente 80% da dose administrada encontrada como
fármaco inalterado na urina. O clearance do fluconazol é proporcional ao clearance da creatinina. Não há
evidência de metabólitos circulantes.
A meia-vida longa de eliminação plasmática serve de suporte para a terapia de dose única para candidíase
vaginal e dose única diária ou semanal para outras indicações.
Farmacocinética em Idosos
Um estudo farmacocinético foi conduzido em 22 indivíduos com 65 anos de idade ou mais, recebendo
dose única oral de 50 mg de fluconazol. Dez desses indivíduos receberam diuréticos concomitantemente.
A Cmáx foi de 1,54 mcg/mL e ocorreu 1,3 horas após a administração. A AUC média foi de 76,4 ± 20,3
mcg.h/mL e a meia vida terminal média foi de 46,2 horas. Esses valores dos parâmetros farmacocinéticos
são maiores do que os valores análogos relatados em voluntários jovens, normais e do sexo masculino. A
coadministração de diuréticos não alterou significativamente a AUC ou a Cmáx. Além disso, o clearance
de creatinina (74 mL/min), a porcentagem de fármaco inalterado recuperado na urina (0-24 hs, 22%) e o
clearance renal de fluconazol estimado (0,124 mL/min/kg) para os indivíduos idosos geralmente foram
menores do que aqueles encontrados nos voluntários jovens. Assim, a alteração da disposição de
fluconazol em indivíduos idosos parece estar relacionada à redução da função renal característica deste
grupo. Um comparativo da meia-vida de eliminação terminal versus o clearance de creatinina de cada
indivíduo comparado com a curva prevista de meia-vida – clearance de creatinina derivado de indivíduos
normais e indivíduos com variação no grau de insuficiência renal indicaram que 21 de 22 indivíduos
caíram dentro da curva prevista de meia-vida – clearance de creatinina(limite de confiança de 95%).
Esses resultados são consistentes com a hipótese de que valores maiores para os parâmetros
farmacocinéticos observados em pacientes idosos comparados com voluntários jovens normais do sexo
masculino são devido à redução da função renal que é esperada nos pacientes idosos.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Toxicidade reprodutiva
Eventos adversos fetais foram observados em animais somente com níveis altos de doses associados com
toxicidade maternal. Não houve efeitos nos fetos com doses de 5 ou 10 mg/kg. Aumentos de variantes
anatômicas (costelas supranumerárias, dilatação da pelve renal) e retardo de ossificação no feto foram
observados com doses de 25 e 50 mg/kg ou doses maiores. Com doses variando de 80 mg/kg
(aproximadamente 20 a 60 vezes a dose recomendada para humanos) a 320 mg/kg, a embrioletalidade em
ratos foi aumentada e anormalidades fetais incluíram ondulação de costelas, fissura palatina e ossificação
cranio-facial anormal. Esses efeitos são consistentes com a inibição da síntese de estrógeno em ratos e
podem ser resultado dos conhecidos efeitos de queda de estrógeno durante a gravidez, organogênese e
durante o parto.
Carcinogênese
O fluconazol não apresentou qualquer evidência de potencial carcinogênico em camundongos e ratos
tratados por 24 meses com doses orais de 2,5; 5 ou 10 mg/kg/dia (aproximadamente 2-7 vezes maiores
que a dose recomendada para humanos). Ratos machos tratados com 5 e 10 mg/kg/dia apresentaram um
aumento na incidência de adenomas hepatocelulares.
Mutagênese
O fluconazol, com ou sem ativação metabólica, apresentou resultado negativo em testes para
mutagenicidade em 4 cepas de Salmonella. typhimurium e na linhagem de linfoma L5178Y de
camundongos. Estudos citogenéticos in vivo (células da medula óssea de murinos, seguido de
administração oral de fluconazol) e in vitro (linfócitos humanos expostos a 1.000 µg/mL de fluconazol)
não demonstraram evidências de mutações cromossômicas.
Alterações na Fertilidade
O fluconazol não afetou a fertilidade de ratos machos ou fêmeas tratados oralmente com doses diárias de
5, 10 ou 20 mg/kg ou doses parenterais de 5, 25 ou 75 mg/kg, embora o início do trabalho de parto tenha
sido levemente retardado com doses orais de 20 mg/kg. Em um estudo perinatal intravenoso com ratos e
doses de 5, 20 e 40 mg/kg, foram observados distocia e prolongamento do parto em algumas fêmeas com
dose de 20 mg/kg (aproximadamente 5-15 vezes maior que a dose recomendada para humanos) e 40
mg/kg, mas não com 5 mg/kg. Os distúrbios no parto foram refletidos por um leve aumento no número de
filhotes natimortos e redução da sobrevivência neonatal nestes níveis de dose. Os efeitos no parto em
ratos se mostraram consistentes com a propriedade espécie-específica de diminuir o estrógeno, produzida
por altas doses de fluconazol. Esta modificação hormonal não foi observada em mulheres tratadas com
fluconazol.
Flucovil®
150 mg é contraindicado a pacientes com conhecida sensibilidade ao fármaco, a compostos
azólicos ou a qualquer componente da fórmula. A coadministração com terfenadina é contraindicada a
pacientes recebendo Flucovil®
150 mg (vide item “6. Interações Medicamentosas”).
A coadministração de outros fármacos que conhecidamente prolongam o intervalo QT e que são
metabolizados através das enzimas da CYP3A4, como cisaprida, astemizol, eritromicina, pimozida e
quinidina, é contraindicada em pacientes que recebem fluconazol (vide itens “5. Advertências e
Precauções” e “6. Interações Medicamentosas”).
Flucovil®
150 mg deve ser administrado com cautela a pacientes com disfunção hepática.
O fluconazol tem sido associado a raros casos de toxicidade hepática grave incluindo fatalidades,
principalmente em pacientes com enfermidade de base grave. Em casos de hepatotoxicidade associada ao
fluconazol, não foi observada qualquer relação com a dose total diária, duração do tratamento, sexo ou
idade do paciente. A hepatotoxicidade causada pelo fluconazol geralmente tem sido reversível com a
descontinuação do tratamento. Pacientes que apresentam testes de função hepática anormais durante o
tratamento com Flucovil®
150 mg devem ser monitorados para verificar o desenvolvimento de danos
hepáticos mais graves. Flucovil®
150 mg deve ser descontinuado se houver o aparecimento de sinais
clínicos ou sintomas relacionados ao desenvolvimento de danos hepáticos que possam ser atribuídos ao
fluconazol.
Alguns pacientes têm desenvolvido raramente reações cutâneas esfoliativas durante o tratamento com
fluconazol, tais como Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. Pacientes portadores
do vírus HIV são mais predispostos a desenvolver reações cutâneas graves a diversos fármacos. Caso os
pacientes sob tratamento de infecções fúngicas superficiais desenvolvam rash que seja considerado
atribuível ao fluconazol, o medicamento deve ser descontinuado e terapia posterior com este agente deve
ser desconsiderada. Pacientes com infecções fúngicas sistêmicas/invasivas que desenvolveram rash
devem ser monitorados, sendo que o fluconazol deve ser descontinuado se ocorrerem lesões bolhosas ou
eritemas multiformes.
Em raros casos, assim como ocorre com outros azólicos, tem sido relatada anafilaxia com o uso de
Alguns azólicos, incluindo o fluconazol, foram associados ao prolongamento do intervalo QT no
eletrocardiograma. Durante o período pós-comercialização, ocorreram casos muito raros de
prolongamento do intervalo QT e torsade de pointes em pacientes recebendo fluconazol. Estes relatos
incluíram pacientes gravemente doentes com vários fatores de riscos concomitantes que podem ter
contribuído para a ocorrência destes eventos, tais como doença estrutural do coração, anormalidades de
eletrólitos e uso de medicamentos concomitantes.
150 mg deve ser administrado com cuidado a pacientes com essas condições potencialmente
pró-arrítmicas.
150 mg deve ser administrado com cautela a pacientes com disfunção renal (vide item “8.
Posologia e Modo de Usar”).
O fluconazol é um inibidor potente da CYP2C9 e CYP2C19 e um inibidor moderado da CYP3A4.
Pacientes tratados com Flucovil®
150 mg que são tratados com fármacos com uma janela terapêutica
estreita que são metabolizados pela CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4devem ser monitorados (vide item “6.
Interações medicamentosas”).
Pacientes com disfunções renais, cardíacas e hepáticas devem consultar seu médico antes de iniciar o
tratamento com fluconazol.
Os pacientes devem ser informados que a melhoria dos sintomas geralmente começa após 24 horas.
Entretanto, pode demorar diversos dias para que os sintomas desapareçam completamente. Se após alguns
dias não ocorrer nenhuma mudança nos sintomas, os pacientes devem consultar seu médico.
Uso durante a Gravidez
Dados de várias centenas de mulheres grávidas tratadas com doses menores que 200 mg/dia de
fluconazol, administrados como dose única ou doses repetidas, no primeiro trimestre, não mostram efeitos
adversos no feto.
Existem relatos de anormalidades múltiplas congênitas em crianças cujas mães foram tratadas para
coccidioidomicose, com altas doses (400-800 mg/dia) de Flucovil® 150 mg por 3 meses ou mais. A
relação entre o uso de Flucovil® 150 mg e esses eventos não está definida (vide item “3. Características
Farmacológicas – Dados de Segurança Pré-Clínicos”). Efeitos adversos fetais foram observados em
animais apenas com altos níveis de dose associados à toxicidade materna. Não houve efeitos nos fetos
com doses de 5 ou 10 mg/kg. Aumentos de variantes anatômicas (costelas supranumerárias, dilatação da
pelve renal) e retardo de ossificação no feto foram observados com doses de 25 e 50 mg/kg ou doses
maiores. Com doses variando de 80 mg/kg (aproximadamente 20 a 60 vezes a dose recomendada para
humanos) a 320 mg/kg, a embrioletalidade em ratos foi aumentada e anormalidades fetais incluíram
ondulação de costelas, fissura palatina e ossificação cranio-facial anormal. Esses efeitos são consistentes
com a inibição da síntese de estrógeno em ratos e podem ser resultado dos efeitos conhecidos de queda de
estrógeno durante a gravidez, organogênese e durante o parto.
Alguns relatos publicados descrevem um padrão característico e raro de malformações congênitas entre as
crianças cujas mães receberam doses elevadas (400-800 mg / dia) de fluconazol durante maior parte ou
todo o primeiro trimestre de gravidez. As características observadas nessas crianças incluem:
braquicefalia, fácies anormal, desenvolvimento anormal calvária, fenda palatina, fêmur curvando, costelas
e ossos longos finos, artrogripose, e doença cardíaca congênita.
Fluconazol não deve ser usado por mulheres que estão grávidas ou por mulheres que tenham potencial de
engravidar, a menos que seja empregado um método contraceptivo adequado.
O uso durante a gravidez deve ser evitado, exceto em pacientes com infecções fúngicas graves ou com
potencial de risco de vida e nos quais os potenciais benefícios possam superar os possíveis riscos ao feto.
150 mg está classificado na categoria C de risco na gravidez. Portanto, este medicamento
não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação
150 mg é encontrado no leite materno em concentrações semelhantes às do plasma. Desta
maneira seu uso em mulheres lactantes não é recomendado.
Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas
A experiência tem mostrado que é improvável o comprometimento da habilidade para dirigir ou operar
máquinas com o uso do Flucovil®
150 mg.
Uso em Idosos, Crianças e Outros Grupos de Risco
- Um em idosos: a dose deverá ser ajustada no caso de insuficiência renal (vide item “8. Posologia e
Modo de Usar”).
- Uso em crianças: dose única de Flucovil®
150 mg não é recomendada para crianças menores de 18 anos
de idade, exceto sob supervisão médica (vide item “8. Posologia e Modo de Usar”).
As seguintes interações medicamentosas relacionam-se ao uso de doses múltiplas de fluconazol e a
relevância para dose única de fluconazol é desconhecida.
O uso concomitante com os fármacos a seguir é contraindicado:
- cisaprida: foram relatados eventos cardíacos incluindo torsade de pointes, em pacientes recebendo
fluconazol concomitantemente com cisaprida. Um estudo controlado mostrou que a administração
concomitante de dose única de 200 mg de fluconazol e 20 mg quatro vezes por dia de cisaprida produziu
um aumento significante nos níveis plasmáticos de cisaprida e no prolongamento do intervalo QTc. A
coadministração de cisaprida é contraindicada em pacientes recebendo fluconazol. (vide item “4.
Contraindicações”)
- terfenadina: foram realizados estudos de interação por causa da ocorrência de disritmias cardíacas
sérias decorrentes do prolongamento do intervalo QTc em pacientes recebendo antifúngicos azólicos
juntamente com terfenadina. Um estudo na dose diária de 200 mg de fluconazol não conseguiu
demonstrar um prolongamento do intervalo QTc. Um outro estudo na dose diária de 400 mg e 800 mg de
fluconazol demonstrou que fluconazol tomado em doses de 400 mg por dia ou mais aumenta
significativamente os níveis plasmáticos de terfenadina quando tomada concomitantemente. O uso
combinado de fluconazol em doses de 400 mg ou mais com terfenadina é contraindicado (vide item “4.
Contraindicações”). A coadministração de fluconazol em doses menores que 400 mg por dia com
terfenadina deve ser monitorada cuidadosamente.
- astemizol: a administração concomitante de fluconazol com astemizol pode reduzir o clearance de
astemizol.
As concentrações plasmáticas aumentadas de astemizol resultantes podem levar ao prolongamento do
intervalo QT e raras ocorrências de torsade de pointes. A coadministração de fluconazol e astemizol é
contraindicada (vide item “4. Contraindicações”).
- pimozida: apesar de não estudada in vitro ou in vivo, a administração concomitante de fluconazol com
pimozida pode resultar em inibição do metabolismo de pimozida. Concentrações plasmáticas aumentadas
de pimozida podem levar a um prolongamento do intervalo QT e a raras ocorrências de torsade de
pointes. A coadministração de fluconazol e pimozida é contraindicada (vide item “4. Contraindicações”).
- quinidina: embora não estudada in vitro ou in vivo, a administração concomitante de fluconazol com a
quinidina pode resultar na inibição do metabolismo da quinidina. O uso de quinidina tem sido associado
com prolongamento do intervalo QT e a ocorrências raras de torsade de pointes. A administração
concomitante de fluconazol e quinidina é contraindicada (vide item “4. Contraindicações”).
- eritromicina: o uso concomitante de fluconazol e eritromicina tem o potencial de aumentar o risco de
cardiotoxicidade (intervalo QT prolongado, torsade de pointes) e, consequentemente, morte cardíaca
súbita.
Esta combinação deve ser evitada (vide item “4. Contraindicações”).
O uso concomitante com os fármacos a seguir requer precauções e ajustes de dose:
Efeito de outros fármacos sobre o fluconazol:
- hidroclorotiazida: em um estudo de interação farmacocinética, a coadministração de doses múltiplas de
hidroclorotiazida em voluntários sadios que estavam recebendo fluconazol aumentou a concentração
plasmática deste último fármaco em 40%. Esta alteração não deverá requerer mudança do regime de
dosagem de fluconazol em pacientes que estejam recebendo também diuréticos, porém o prescritor deve
ter em mente essas considerações.
- rifampicina: a administração de fluconazol concomitantemente com a rifampicina resultou em uma
redução de 25% na AUC (área sob a curva) e de 20% na meia-vida de fluconazol. Em pacientes que
estejam recebendo terapia concomitante à rifampicina deve ser considerado um aumento da dose de
fluconazol.
Efeito de fluconazol sobre outros fármacos:
O fluconazol é um potente inibidor da isoenzima 2C9 e 2C19 do citocromo P450 (CYP) e um inibidor
moderado da CYP3A4. Além das interações observadas/documentadas mencionadas abaixo, existe um
risco de aumento das concentrações plasmáticas de outros compostos metabolizados pela CYP2C9, pela
CYP2C19 e pela CYP3A4 que sejam coadministrados com o fluconazol. Por isto deve-se ter cautela ao
usar estas combinações e o paciente deve ser monitorado com cuidado. O efeito inibidor enzimático do
fluconazol persiste por 4-5 dias após a descontinuação do tratamento de fluconazol por causa da meia-
vida longa do fluconazol (vide item “4. Contraindicações”).
- alfentanila: um estudo observou uma redução do clearance e do volume de distribuição, bem como um
prolongamento do T1/2 da alfentanila após tratamento concomitante com fluconazol. Um possível
mecanismo de ação é a inibição da CYP3A4 pelo fluconazol. Pode ser necessário um ajuste da dose de
alfentanila.
- amitriptilina, nortriptilina: o fluconazol aumenta o efeito da amitriptilina e da nortriptilina. 5-
nortriptilina e/ou S-amitriptilina podem ser determinadas no início do tratamento combinado e após uma
semana. A dose da amitriptilina/nortriptilina deve ser ajustada, se necessário.
- anfotericina B: a administração concomitante de fluconazol e anfotericina B em camundongos
infectados normais e em camundongos imunodeprimidos apresentou os seguintes resultados: um pequeno
efeito antifúngico aditivo na infecção sistêmica por C. albicans, nenhuma interação na infecção
intracraniana com Cryptococcus neoformans e antagonismo dos dois fármacos na infecção sistêmica com
Aspergillus fumigates. O significado clínico dos resultados obtidos nestes estudos é desconhecido.
- anticoagulantes: em um estudo de interação, o fluconazol aumentou o tempo de protrombina (12%)
após a administração de varfarina em voluntários sadios do sexo masculino. Durante o período pós-
comercialização, assim como outros antifúngicos azólicos, foram relatados eventos hemorrágicos
(hematoma, epistaxe, sangramento gastrintestinal, hematúria e melena) em associação ao aumento no
tempo de protrombina em pacientes recebendo fluconazol concomitantemente com a varfarina. O tempo
de protrombina em pacientes recebendo anticoagulantes do tipo cumarínicos deve ser cuidadosamente
monitorado. Pode ser necessário ajuste de dose da varfarina.
- azitromicina: um estudo com três braços do tipo crossover, aberto, randomizado em 18 voluntários
saudáveis avaliou os efeitos da azitromicina, 1200 mg em dose única oral, sobre a farmacocinética de
fluconazol, 800 mg em dose única oral, assim como os efeitos de fluconazol sobre a farmacocinética de
azitromicina. Não houve interações significativas entre a farmacocinética de fluconazol e azitromicina.
- benzodiazepínicos (ação curta): logo após a administração oral de midazolam, o fluconazol resultou
em um aumento substancial na concentração e nos efeitos psicomotores do midazolam. Esse efeito sobre
o midazolam parece ser mais pronunciado após administração oral de fluconazol quando comparado à
administração intravenosa. Se pacientes tratados com fluconazol necessitarem de uma terapia
concomitante com um benzodiazepínico, deve ser considerada uma diminuição na dose do
benzodiazepínico e os pacientes devem ser apropriadamente monitorados.
O fluconazol aumenta a AUC de triazolam (dose única) em aproximadamente 50%, a Cmáx em 20-32% e
aumenta a T1/2 em 25-50% devido à inibição do metabolismo de triazolam. Podem ser necessários
ajustes da dose de triazolam.
- carbamazepina: o fluconazol inibe o metabolismo da carbamazepina e foi observado um aumento de
30% na carbamazepina sérica. Existe o risco de desenvolvimento de toxicidade da carbamazepina. Podem
ser necessários ajustes da dose da carbamazepina dependendo de determinações da concentração/efeito.
- bloqueadores do canal de cálcio: determinados antagonistas de canal de cálcio di-hidropiridínicos
(nifedipino, isradipino, anlodipino e felodipino) são metabolizados pela CYP3A4. Fluconazol possui o
potencial de aumentar a exposição sistêmica dos antagonistas do canal de cálcio. É recomendado o
monitoramento frequente de eventos adversos.
- celecoxibe: durante o tratamento concomitante com fluconazol (200 mg diários) e celecoxibe (200 mg)
a Cmáx e a AUC de celecoxibe aumentaram em 68% e 134%, respectivamente. Pode ser necessária a
metade da dose de celecoxibe quando combinado com fluconazol.
- ciclosporina: o fluconazol aumenta significativamente a concentração e a AUC da ciclosporina. Esta
combinação pode ser usada reduzindo a dose da ciclosporina, dependendo da concentração da
ciclosporina.
- ciclofosfamida: o tratamento combinado de ciclofosfamida e fluconazol resulta em um aumento da
bilirrubina sérica e da creatinina sérica. A combinação pode ser usada tendo consideração maior para o
risco de bilirrubina sérica e creatinina sérica aumentadas.
- fentanila: foi relatado um caso fatal de possível interação entre fentanila e fluconazol. O autor
considerou que o paciente faleceu de intoxicação por fentanila. Além disto, em um estudo cruzado
randomizado com doze voluntários saudáveis foi mostrado que o fluconazol retardou significativamente a
eliminação da fentanila. A concentração elevada de fentanila pode levar à depressão respiratória.
- halofantrina: o fluconazol pode aumentar a concentração plasmática de halofantrina devido a um efeito
inibitório sobre a CYP3A4.
- inibidores da HMG-CoA redutase: o risco de miopatia e rabdomiólise aumenta quando fluconazol é
coadministrado com inibidores da HMG-CoA redutase metabolizados pela CYP3A4, como a
atorvastatina e a sinvastatina ou pela CYP2C9, como a fluvastatina. Se o tratamento concomitante for
necessário, o paciente deve ser observado em relação a sintomas de miopatia e rabdomiólise e a creatina
quinase deve ser monitorada.
Inibidores da HMG-CoA redutase devem ser descontinuados se for observado um aumento marcante da
creatina quinase ou houver diagnóstico ou suspeita de miopatia/rabdomiólise.
- losartana: fluconazol inibe o metabolismo de losartana a seu metabólito ativo (E-31 74), que é
responsável pela maior parte do antagonismo do receptor de angiotensina II, que ocorre durante o
tratamento com losartana.
Os pacientes devem ter a sua pressão arterial monitorada continuamente.
- metadona: fluconazol pode aumentar a concentração sérica da metadona. Pode ser necessário ajuste da
dose de metadona.
- fármacos anti-inflamatórios não esteroides: a Cmáx e a AUC de flurbiprofeno foram aumentadas em
23% e 81%, respectivamente, quando coadministrado com fluconazol comparado com a administração de
flurbiprofeno sozinho. Do mesmo modo, a Cmáx e a AUC do isômero farmacologicamente ativo [S-(+)-
ibuprofeno] foram aumentadas em 15% e 82%, respectivamente, quando fluconazol foi coadministrado
com ibuprofeno racêmico (400 mg) comparado com a administração de ibuprofeno racêmico sozinho.
Apesar de não estudado especificamente, o fluconazol possui o potencial de aumentar a exposição
sistêmica de outros AINEs que são metabolizados pela CYP2C9 (p.ex., naproxeno, lomoxicam,
meloxicam, diclofenaco).
Recomenda-se monitoramento frequente de eventos adversos e da toxicidade relacionada a AINEs. Pode
ser necessário ajuste da dose dos AINEs.
- contraceptivos orais: três estudos de farmacocinética com um contraceptivo oral combinado foram
realizados utilizando doses múltiplas de fluconazol. Não foram observados efeitos relevantes nos níveis
de hormônio no estudo com doses diárias de 50 mg de fluconazol, enquanto que em doses diárias de 200
mg as AUCs (área sob a curva) de etinilestradiol e levonorgestrel foram aumentadas em 40% e 24%,
respectivamente. Em um estudo de fluconazol em dose única semanal de 300 mg, a AUC de
etinilestradiol e noretindrona aumentou em 24% e 13%, respectivamente. Assim, é improvável que o uso
de doses múltiplas de fluconazol nestas doses possa ter efeito na eficácia do contraceptivo oral
combinado.
- fenitoína: o fluconazol inibe o metabolismo hepático da fenitoína. Na coadministração, os níveis da
concentração sérica da fenitoína devem ser monitorados para evitar a toxicidade pela fenitoína.
- prednisona: houve um relato de caso que um paciente com fígado transplantado tratado com prednisona
desenvolveu insuficiência adrenocortical aguda quando um tratamento de três meses com fluconazol foi
descontinuado. A descontinuação de fluconazol presumidamente causou uma atividade aumentada da
CYP3A4 que levou a um metabolismo aumentado da prednisona. Pacientes em tratamento de longo prazo
com fluconazol e prednisona devem ser monitorados cuidadosamente para insuficiência adrenocortical
quando fluconazol é descontinuado.
- rifabutina: existem relatos de que há uma interação quando o fluconazol é administrado
concomitantemente com a rifabutina, levando a um aumento nos níveis séricos da rifabutina. Existem
relatos de uveíte em pacientes nos quais a rifabutina e o fluconazol estavam sendo coadministrados.
Pacientes recebendo rifabutina e fluconazol concomitantemente devem ser cuidadosamente monitorados.
- saquinavir: fluconazol aumenta a AUC de saquinavir em aproximadamente 50%, a Cmáx em
aproximadamente 55% e diminui o clearance de saquinavir em aproximadamente 50% por causa da
inibição do metabolismo hepático de saquinavir pela CYP3A4 e a inibição da P-glicoproteína. Podem ser
necessários ajustes da dose de saquinavir.
- sirolimo: fluconazol aumenta as concentrações plasmáticas de sirolimo presumivelmente por inibição
do metabolismo de sirolimo pela CYP3A4 e pela P-glicoproteína. Esta combinação pode ser usada com
um ajuste da dose de sirolimo dependendo das determinações de efeito/concentração.
- sulfonilureias: foi mostrado que o fluconazol prolonga a meia-vida sérica de sulfonilureias orais
administradas concomitantemente (p.ex. clorpropamida, glibenclamida, glipizida, tolbutamida) em
voluntários saudáveis. Recomenda-se monitoramento frequente da glicemia e redução adequada da dose
de sulfonilureia durante a coadministração.
- tacrolimo: o fluconazol pode aumentar as concentrações séricas de tacrolimo administrado por via oral
em até 5 vezes por causa da inibição do metabolismo do tacrolimo pela CYP3A4 no intestino. Não foram
observadas alterações farmacocinéticas significativas quando tacrolimo é administrado por via
intravenosa. Níveis aumentados de tacrolimo foram associados com nefrotoxicidade. A dose de tacrolimo
administrado por via oral deve ser reduzida dependendo da concentração de tacrolimo.
- teofilina: em um estudo de interação placebo-controlado, a administração de 200 mg diários de
fluconazol durante 14 dias resultou numa redução de 18% na média da taxa do clearance plasmático de
teofilina. Pacientes que estejam recebendo altas doses de teofilina, ou que estejam sob risco elevado de
toxicidade à teofilina, deverão ser observados quanto aos sinais de toxicidade à mesma enquanto
estiverem recebendo fluconazol e se houver o desenvolvimento de sinais de toxicidade, deve ser feita uma
alteração apropriada da terapia.
- tofacitinibe: a exposição do tofacitinibe é aumentada quando o tofacitinibe é coadministrado com
medicamentos que resultam em inibição moderada do CYP3A4 e inibição potente de CYP2C19 (por
exemplo, o fluconazol). Pode ser necessário um ajuste da dose de tofacitinibe.
- alcaloides da vinca: apesar de não estudado, o fluconazol pode aumentar os níveis plasmáticos dos
alcaloides da vinca (p.ex., vincristina e vimblastina) e levar à neurotoxicidade, possivelmente por causa
de um efeito inibitório na CYP3A4.
- vitamina A: baseado em um relato de caso em um paciente recebendo tratamento combinado com ácido
retinoico todo-trans (uma forma ácida da vitamina A) e fluconazol, efeitos adversos relacionados ao SNC
se desenvolveram na forma de um pseudotumor cerebral que desapareceu após a descontinuação do
tratamento com fluconazol. Esta combinação pode ser usada, mas a incidência de efeitos indesejados
relacionados ao SNC deve ser mantida em mente.
- voriconazol (inibidor da CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4): a administração concomitante de
voriconazol oral (400 mg a cada 12 horas durante 1 dia, seguida de 200 mg a cada 12 horas, durante 2,5
dias) e fluconazol oral (400 mg no dia 1, seguida de 200 mg a cada 24 horas por 4 dias) a 6 homens
saudáveis resultou em um aumento na Cmáx, e AUC, de voriconazol em uma média de 57% (90% C1:
20%, 107%) e 79% (90% CI: 40%, 128%), respectivamente. Em um estudo clínico follow-on que
envolveu oito homens saudáveis, a redução da dose e / ou frequência de voriconazol e fluconazol não
eliminou ou diminuiu este efeito. A administração concomitante de voriconazol e fluconazol em qualquer
dose não é recomendado.
- zidovudina: o fluconazol aumenta a Cmáx e a AUC da zidovudina em 84% e 74%, respectivamente, por
causa , de uma redução de cerca de 45% no clearance da zidovudina oral. Da mesma forma a meia-vida
da zidovudina foi prolongada em aproximadamente 128% após tratamento combinado com fluconazol.
Pacientes recebendo esta combinação devem ser monitorados em relação ao desenvolvimento de reações
adversas relacionadas à zidovudina. Pode ser considerada redução da dose de zidovudina.
O uso de fluconazol em pacientes recebendo concomitantemente astemizol, ou outros fármacos
metabolizados pelo sistema do citocromo P450, pode ser associado com elevações nos níveis séricos
dessas drogas. Na ausência de uma informação definitiva, deve-se ter cuidado quando o fluconazol for
coadministrado. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados.
Estudos de interação demonstraram que quando fluconazol é administrado por via oral
concomitantemente com alimentos, cimetidina, antiácidos ou após irradiação corporal total devido a
transplante de medula óssea, não ocorre alteração clinicamente significativa na absorção deste agente.
Deve-se considerar que, embora estudos de interações medicamentosas com outros fármacos não tenham
sido realizados, tais interações podem ocorrer.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico
Cápsula na cor branca/azul claro contendo pó branco e isento de material estranho.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Cada cápsula de Flucovil®
contém o equivalente a 150 mg de fluconazol.
Para dermatomicoses, incluindo tinha do corpo, do pé, crural e infecções por Candida, deve ser
administrada 1 dose oral única semanal de Flucovil®
150 mg. A duração do tratamento geralmente é de 2 a
4 semanas, mas nos casos de Tinea pedis poderá ser necessário um tratamento de até 6 semanas.
Para tinha ungueal (onicomicoses), é recomendada 1 dose única semanal de Flucovil®
150 mg. O
tratamento deve ser continuado até que a unha infectada seja totalmente substituída pelo crescimento. A
substituição das unhas das mãos pode levar de 3 a 6 meses e a dos pés de 6 a 12 meses. Entretanto, a
velocidade de crescimento das unhas está sujeita a uma grande variação individual e de acordo com a
idade. Após um tratamento eficaz de longa duração de infecções crônicas, as unhas podem,
ocasionalmente, permanecer deformadas.
Para o tratamento de candidíase vaginal, deve ser administrada 1 dose única oral de Flucovil® 150 mg.
Para reduzir a incidência de candidíase vaginal recorrente, deve-se utilizar dose única mensal de
Flucovil®
150mg. A duração do tratamento deve ser individualizada, mas varia de 4 a 12 meses. Algumas
pacientes podem necessitar de um regime de dose mais frequente.
Para balanite por Candida, deve ser administrada 1 dose única oral de Flucovil® 150 mg.
Uso em Crianças
Dose única de Flucovil®
150 mg não é recomendado para crianças menores de 18 anos de idade, exceto
sob supervisão médica.
Uso em Idosos
150 mg não é recomendado para pacientes acima de 60 anos de idade, exceto sob
supervisão médica.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal
150 mg é excretado predominantemente de forma inalterada na urina. Não são necessários
ajustes na terapia com dose única ou com dose única semanal em pacientes com insuficiência renal leve a
moderada. Em pacientes com insuficiência renal que utilizarão doses múltiplas de fluconazol, uma dose
inicial de 50 mg a 400 mg pode ser adotada. Após a dose inicial, a dose diária (de acordo com a
indicação) deve estar baseada na tabela a seguir:
Clearance de creatinina (mL/min) Porcentagem de dose recomendada
Maior que 50 100%
Menor ou igual a50 (sem diálise) 50%
pacientes submetidos à diálise regularmente 100% da dose após diálise
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de utilizar Flucovil® 150 mg no horário estabelecido, ele deve fazê-lo assim que
lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, o paciente deve
desconsiderar a dose esquecida e administrar apenas a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a
dose duplicada para compensar a dose esquecida.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Flucovil®
geralmente é bem tolerado.
Em alguns pacientes, especialmente naqueles com doenças subjacentes sérias, como portadores do vírus
HIV e câncer, foram observadas alterações na função renal e hematológica e anormalidades hepáticas
(vide item “5.Advertências e Precauções”) durante o tratamento com fluconazol e agentes comparativos,
mas a significância clínica e a relação com o tratamento são incertas.
Os seguintes efeitos indesejáveis foram observados e relatados durante o tratamento com fluconazol com
as seguintes frequencias: muito comum (≥1/10); comum (≥1/100 a <1/10); incomum (≥1/1.000 a <1/100);
rara (≥1/10.000 a <1/1.000); muito rara (<1/10.000); desconhecida (não pode ser estimada a partir dos
dados disponíveis).
Distúrbios do sangue e sistema linfático: Rara: agranulocitose, leucopenia, neutropenia,
trombocitopenia.
Distúrbios do sistema imunológico: Rara: anafilaxia, angioedema.
Distúrbios metabólicos e nutricionais: Rara: hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, hipocalemia.
Distúrbios psiquiátricos: Incomum: insônia, sonolência.
Distúrbios do sistema nervoso: Comum: cefaleia. Incomum: convulsões, tontura, parestesia, alteração
do sabor. Rara: tremores.
Distúrbios auditivos e do labirinto: Incomum: vertigem.
Distúrbios cardíacos: Rara: torsade de pointes, prolongamento QT.
Distúrbios gastrintestinais: Comum: dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos. Incomum: dispepsia,
flatulência, boca seca.
Distúrbios hepatobiliares: Comum: aumento da alanina aminotransferase, aumento da aspartato
aminotransferase, aumento da fosfatase alcalina sanguínea. Incomum: colestase, icterícia, aumento da
bilirrubina. Rara: toxicidade hepática, incluindo casos raros de fatalidades, insuficiência hepática, necrose
hepatocelular, hepatite, danos hepatocelulares.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: Comum: rash. Incomum: prurido, urticária, aumento da
sudorese, erupção medicamentosa. Rara: necrólise epidérmica tóxica, síndrome de Stevens-Johnson,
pustulose exantematosa generalizada aguda, dermatite esfoliativa, edema facial, alopecia.
Distúrbios musculoesqueléticos, do tecido conjuntivo e dos ossos: Incomum: mialgia.
Distúrbios gerais e condições no local de admnistração: Incomum: fadiga, mal-estar, astenia, febre.
População Pediátrica
O padrão e a incidência de eventos adversos e anormalidades laboratoriais registrados durante ensaios
clínicospediátricos são comparáveis aos observados em adultos.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
10. SUPERDOSAGEM
Foram relatados casos de superdose com fluconazol. Em um dos casos, um paciente de 42 anos infectado
com o vírus da imunodeficiência humana apresentou alucinações e exibiu um comportamento paranoico
após a ingestão relatada de 8.200 mg de fluconazol. O paciente foi hospitalizado e sua condição foi
resolvida em 48 horas.
Há relatos de superdose com fluconazol acompanhados por alucinações e comportamento paranoide.
Quando ocorrer superdose, o tratamento sintomático poderá ser adotado, incluindo, se necessário,
medidas de suporte e lavagem gástrica. O fluconazol é amplamente excretado na urina; a diurese forçada
deverá aumentar a taxa de eliminação. Uma sessão de hemodiálise de 3 horas diminui os níveis
plasmáticos em aproximadamente 50%.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
III - DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
MS nº 1.0917.0055
Farm. Resp.: Dr. Jadir Vieira Junior CRF-MG 10.681
Registrado por:
MEDQUÍMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S.A.
Rua Otacílio Esteves da Silva, 40 - Granjas Betânia
CEP 36.047-400 - Juiz de Fora - MG
CNPJ 17.875.154/0001-20 - Indústria Brasileira
Fabricado por:
MEDQUIMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S.A.
Rua Fernando Lamarca, 255 – Distrito Industrial
CEP: 36.092-030 – Juiz de Fora – MG
CNPJ: 17.875.154/0003-91 – Indústria Brasileira
SAC: 0800 032 4087
www.medquimica.com
sac@medquimica.com
Histórico de alteração para a bula
Número do expediente Nome do assunto Data da
notificação/petição
Data de aprovação
da petição
Itens alterados
0577136/13-6 (10457)
Medicamento
Similar - Inclusão
Inicial de Texto de
Bula – RDC 60/12
17/07/2013 17/07/2013 Atualização de texto conforme
bula padrão.
Submissão eletrônica apenas
para disponibilização do texto de
bula no
Bulário eletrônico da ANVISA.
0130433/14-0 (10450)
Similar -
Notificação de
Alteração de Texto
de Bula– RDC
60/12
19/02/2014 19/02/2014 II - INFORMAÇÕES AO
PACIENTE
8. Quais os males que este
medicamento pode me causar?
II - INFORMAÇÕES
TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
2. Resultados de eficácia
6. Interações medicamentosas
9. Reações adversas
0946377/14-1 (10450)
0157626/15-7 (10756) –
SIMILAR –
Notificação de
Alteração de texto
de bula para
adequação à
intercambialidade.
20/02/2015 20/02/2015 I- IDENTIFICAÇÃO DO
MEDICAMENTO
Versão Atual (10450)
Medicamento
Similar -
Alteração de Texto
de Bula– RDC
60/12