Bula do Fluxocor produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Fluxocor
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Comprimido revestido
20mg e 40mg
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FLUXOCOR
olmesartana medoxomila
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de 20 mg: embalagens com 10 ou 30 comprimidos
Comprimidos revestidos de 40 mg: embalagem com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
olmesartana medoxomila..............................20 mg........................................................ 40 mg
excipientes q.s.p.....................................1 comprimido.............................................1 comprimido
(celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio, hiprolose, hiprolose de
baixa substituição, lactose monoidratada, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio)
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
FLUXOCOR é indicado para o tratamento da hipertensão essencial (primária). Pode ser usado
como monoterapia ou em combinação com outros agentes anti-hipertensivos.
Os efeitos anti-hipertensivos de olmesartana medoxomila foram demonstrados em sete estudos
clínicos randomizados, duplos-cegos e paralelos, controlados com placebo nas fases 2 e 3. Esses
estudos envolveram pacientes com hipertensão, que receberam doses crescentes de 2,5 a 80 mg
por 6 a 12 semanas, e mostraram reduções estatisticamente significativas da pressão arterial.
Foram analisados 2.693 pacientes com hipertensão, sendo 2.145 no grupo tratado com
olmesartana medoxomila e 548 no grupo tratado com placebo. A administração de olmesartana
medoxomila uma vez ao dia provocou redução da PA (pressão arterial) de maneira dose-
dependente e superior àquela obtida com placebo. Para a dose de 20 mg ao dia, a redução de PA
sistólica (PAS) e diastólica (PAD), além do efeito do placebo, foi de 10/6 mm Hg,
respectivamente (em valores absolutos -15,1 mm Hg e -12,2 mm Hg). Para a dose de 40 mg, a
redução da PA sistólica e diastólica, além do efeito do placebo, foi de 12/7 mm Hg,
respectivamente (-17,6 mm Hg e -13,1 mm Hg).
O percentual de pacientes com PAD controlada no grupo olmesartana medoxomila (variando de
38% a 51%) foi significativamente maior (p < 0,001) do que o observado com placebo (23%). O
controle da PAS também foi significativamente maior (p < 0,001) para a olmesartana
medoxomila (35% a 42%) em comparação com o placebo (16%). Os índices de resposta nos
grupos olmesartana medoxomila para a PAD casual (56% a 72%) e para a PAS casual (56% a
68%) foram significativamente maiores (p < 0,001) do que os observados nos grupos tratados
com placebo (37% e 30%). O efeito anti-hipertensivo se manteve por um período de 24 horas,
com picos de resposta entre 57% e 70%. Doses de olmesartana superiores a 40 mg não
apresentaram resultados adicionais significativos.
O início do efeito anti-hipertensivo ocorreu dentro de uma semana e se manifestou amplamente
depois de duas semanas de tratamento.
Em pacientes tratados durante um ano ou mais, o efeito redutor da pressão arterial provocado
pela olmesartana medoxomila, associada ou não à hidroclorotiazida, se manteve. Não houve
evidência de taquifilaxia durante o período de tratamento nem de efeito rebote com a retirada
abrupta do medicamento após esse mesmo período.
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O efeito anti-hipertensivo foi similar em ambos os sexos e em idosos acima de 65 anos. Em
pacientes negros, o efeito foi menor, assim como já foi observado para outros agentes anti-
hipertensivos, tais como inibidores da ECA, bloqueadores de receptor de angiotensina e
betabloqueadores.
Este medicamento apresenta efeito adicional na redução da pressão arterial quando associado à
hidroclorotiazida.
Num estudo duplo-cego, controlado com placebo de olmesartana medoxomila (20 mg/dia) em
199 pacientes constatou-se redução significativa dos marcadores de inflamação após seis
semanas de tratamento no grupo tratado com olmesartana medoxomila, independente de seu
efeito anti-hipertensivo. As reduções foram: proteína C reativa ultrassensível 15,1% (p < 0,05),
fator de necrose tumoral-alfa 8,9% (p < 0,02), interleucina-6 14% (p < 0,05) e proteína
quimiotática do monócito-1 6,5% (p < 0,01). O acréscimo de pravastatina (20 mg/dia) aos dois
grupos de tratamento não alterou o resultado dos marcadores de inflamação no grupo placebo
apesar de baixar significativamente o colesterol em todos os pacientes.
Num estudo duplo-cego, comparativo de olmesartana medoxomila (40 mg/dia) com atenolol
(100 mg/dia) em 100 pacientes não diabéticos constatou-se, após um ano de tratamento, redução
significativa da razão parede/luz de artérias da gordura subcutânea da região glútea (p < 0,001)
apenas no grupo tratado com olmesartana medoxomila, independente de seu efeito anti-
hipertensivo.
O estudo conduzido para avaliar a segurança e eficácia clínica da olmesartana medoxomila em
população pediátrica foi um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego, de grupos paralelos
e prospectivo. O estudo randomizou 302 pacientes entre 6 a 16 anos de idade com hipertensão
primária ou secundária. Os pacientes poderiam completar 17 anos durante o período de estudo.
Os participantes foram divididos no grupo A de etnia mista com aproximadamente 15% de
negros e o grupo B em que todos eram negros.
O estudo foi dividido em 4 períodos. No período 1, os indivíduos selecionados passavam por
um período de wash-out de no máximo 14 dias. No período 2 ocorreu a randomização, os
pacientes dentro de cada grupo (A ou B) foram randomizados conforme o peso corporal para
doses baixas (2,5 ou 5 mg) e altas de olmesartana medoxomila (20 ou 40 mg), com tratamento
ativo de 3 semanas de duração. No período 3, os pacientes foram novamente randomizados,
para receber placebo ou manter com a dose de olmesartana medoxomila do período anterior por
no máximo 2 semanas. O período 4 foi um período de extensão em regime aberto de 46
semanas de duração em que os pacientes poderiam receber olmesartana medoxomila 20 ou 40
mg.
As principais mudanças na PAS e PAD casual, considerando a administração de olmesartana
medoxomila 20 e 40 mg foram: no grupo A -12,6 mm Hg e -9,5 mm Hg e no grupo B - 10,7
mm Hg e -7,6 mm Hg, respectivamente, demonstrando reduções de PA semelhantes às
observadas na população adulta. No período 3, o controle da pressão arterial diminui nos
pacientes que receberam placebo, mas foi mantido nos pacientes tratados com olmesartana. Ao
analisarmos os grupos A + B, a análise de covariância demonstrou uma variação de -3,16
mmHg na PAS entre olmesartana e placebo. No período 4, no geral, as duas doses (altas e
baixas) de olmesartana promoveram uma redução na PAS/PAS de -9,7/-6,6 mmHg ao fim do
estudo em comparação aos valores basais.
Estudos clínicos comparativos
A eficácia da olmesartana medoxomila foi avaliada em estudos comparativos competitivos
diretos com outros anti-hipertensivos: bloqueadores de receptores de angiotensina II, inibidores
da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores de canais de cálcio e betabloqueadores, nos
quais se observou uma eficácia favorável para a olmesartana medoxomila.
Em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego com duração de 8 semanas, comparou-
se a eficácia anti-hipertensiva em 578 pacientes com hipertensão leve a moderada. Esses
pacientes receberam a dose inicial de olmesartana medoxomila 20 mg/dia (n = 145), ou
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losartana potássica 50 mg/dia (n = 146), ou valsartana 80 mg/dia (n = 142), ou irbesartana 150
mg/dia (n = 145). A redução da PAD casual obtida com olmesartana medoxomila (-11,5 mm
Hg) foi significativamente superior à obtida com losartana potássica (-8,2 mm Hg), valsartana (-
7,9 mm Hg) ou irbesartana (-9,9 mm Hg). As reduções da PAS casual com olmesartana
medoxomila (-11,3 mm Hg), losartana potássica (-9,5 mm Hg), valsartana (-8,4 mm Hg) ou
irbesartana (-11,0 mm Hg) não foram significativamente diferentes. Na avaliação feita pela
MAPA, a redução na PAD com olmesartana (-8,5 mm Hg) foi significativamente maior do que
as reduções obtidas com losartana potássica (-6,2 mm Hg) e valsartana (-5,6 mm Hg),
apresentando uma tendência à significância em comparação com a irbesartana (-7,4 mm Hg; p =
0,087). A redução da PAS na MAPA obtida com olmesartana (-12,5 mm Hg) foi
significativamente maior do que as reduções com losartana potássica e valsartana (-9,0 e -8,1
mm Hg, respectivamente) e equivalente à redução obtida com irbesartana (-11,3 mm Hg). Uma
revisão de eficácia com base no alcance das metas de PA revelou que 32,4% dos pacientes do
grupo da olmesartana medoxomila alcançou a meta de PA < 140/90 mm Hg e 12,5% alcançou a
meta mais rigorosa de PA < 130/85 mm Hg. Esses resultados são, respectivamente, de duas a
quatro vezes maiores do que os obtidos com a losartana potássica e valsartana.
Em outro estudo, pacientes com hipertensão leve a moderada foram distribuídos para receber a
dose inicial de olmesartana medoxomila 20 mg/dia (n = 293) ou de candesartana cilexetila 8
mg/dia (n = 311). Na oitava semana de tratamento, as reduções da PA média pela MAPA em 24
horas com a olmesartana medoxomila [-9,1 mm Hg (PAD) e -12,7 mm Hg (PAS)] foram
superiores às da candesartana [-7,7 mm Hg (PAD) e -11,0 mm Hg (PAS)]. Houve significância
estatística na redução da PAD média em 24 horas em favor da olmesartana medoxomila (p =
0,0143).
Em outra comparação entre olmesartana medoxomila 40 mg, losartana potássica 100 mg,
valsartana 160 mg e placebo (8 semanas de tratamento), o decréscimo na PAD casual foi
significativamente maior com olmesartana medoxomila comparado à losartana potássica e à
valsartana. A eficácia da olmesartana medoxomila na redução da PAS foi estatisticamente
superior à da valsartana (reduções de -16,2 mm Hg e -13,2 mm Hg, respectivamente).
Na comparação com besilato de anlodipino e placebo (oito semanas de tratamento, n = 397), a
redução na PAD casual além do efeito do placebo foi de 7,2 mm Hg para olmesartana
medoxomila (20 mg) e 6,5 mm Hg para besilato de anlodipino (5 mg/dia). A porcentagem de
pacientes que alcançou as metas mais exigentes (PA < 130/85 mm Hg na MAPA) foi
significativamente superior no grupo tratado com olmesartana medoxomila (PAD = 48% e PAS
= 33,9%) em comparação àqueles tratados com o besilato de anlodipino [PAD = 34,3% (p =
0,01) e PAS = 17,4% (p < 0,001)].
A olmesartana medoxomila, substância ativa de FLUXOCOR, é descrita quimicamente como
2,3-diidroxi-2-butenil-4-(1-hidroxi-1-metiletil)-2-propil-1-[p-(o-1H-tetrazol-5-il-fenil)benzil]
imidazol-5-carboxilato, 2,3-carbonato cíclico. Sua fórmula empírica é C29H30N606.
Trata-se de um pró-fármaco que, durante a absorção pelo trato gastrintestinal, é hidrolisado para
olmesartana, o composto biologicamente ativo. É um antagonista seletivo do receptor de
angiotensina II subtipo AT1.
A angiotensina II é formada a partir da angiotensina I em uma reação catalisada pela enzima
conversora da angiotensina (ECA, cininase II). A angiotensina II é o principal agente pressórico
do sistema renina-angiotensina, com efeitos que incluem vasoconstrição, estimulação da síntese
e liberação de aldosterona, estimulação cardíaca e reabsorção renal de sódio. A olmesartana
liga-se de forma competitiva e seletiva ao receptor AT1 e impede os efeitos vasoconstritores da
angiotensina II, bloqueando seletivamente sua ligação ao receptor AT1 no músculo liso
vascular. Sua ação é independente da via de síntese da angiotensina II.
O bloqueio do receptor AT1 de angiotensina II inibe o feedback negativo regulador sobre a
secreção de renina, entretanto, o aumento resultante na atividade de renina plasmática e nos
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níveis de angiotensina II circulante não suprime o efeito da olmesartana sobre a pressão arterial.
Não é esperado o aparecimento de tosse devido à alteração da resposta à bradicinina pelo fato da
olmesartana medoxomila não inibir a ECA.
Receptores AT2 também são encontrados em outros tecidos, mas se desconhece a sua
associação com a homeostasia cardiovascular. A olmesartana tem uma afinidade 12.500 vezes
superior ao receptor AT1 quando comparada ao receptor AT2.
Farmacocinética
Absorção, distribuição, metabolismo e excreção: a olmesartana medoxomila é rápida e
completamente bioativada por hidrólise do éster para a olmesartana durante a absorção pelo
trato gastrintestinal. Parece ser eliminada de maneira bifásica, com uma meia-vida de
eliminação de 6 a 15 horas. A farmacocinética da olmesartana é linear após doses orais únicas e
doses orais múltiplas maiores do que as doses terapêuticas. Os níveis no estado de equilíbrio são
atingidos após as primeiras doses, e não ocorre nenhum acúmulo no plasma com a
administração única diária.
Após a administração, a biodisponibilidade absoluta da olmesartana é de aproximadamente
26%. A concentração plasmática máxima (Cmax) após a administração oral é atingida depois de
aproximadamente 2 horas. Os alimentos não afetam a biodisponibilidade da olmesartana.
Após a rápida e completa conversão da olmesartana medoxomila em olmesartana durante a
absorção, não há, virtualmente nenhum metabolismo adicional. O clearance plasmático total é
de 1,3 L/h, com um clearance renal de 0,5-0,7 L/h. Aproximadamente de 30% a 50% da dose
absorvida é recuperada na urina, enquanto o restante é eliminado nas fezes; por intermédio da
bile.
O volume de distribuição é de 16-29 litros. Possui alta ligação a proteínas plasmáticas (99%) e
não penetra nos glóbulos vermelhos. A ligação proteica é constante mesmo com concentrações
plasmáticas de olmesartana muito acima da faixa atingida com as doses recomendadas.
Estudos em ratos mostraram que a olmesartana atravessa a barreira hematoencefálica em
quantidade mínima e pela barreira placentária, alcança o feto. É detectada no leite materno em
níveis baixos.
Populações especiais
Pediatria: a farmacocinética da olmesartana foi estudada em pacientes pediátricos hipertensos
de 1 a 17 anos de idade. O clearance da olmesartana em pacientes pediátricos foi similar ao de
pacientes adultos quando ajustado pelo peso corporal.
Geriatria: a farmacocinética da olmesartana foi estudada em idosos com 65 anos ou mais. Em
geral, as concentrações plasmáticas máximas foram similares entre os adultos jovens e os
idosos. Em idosos foi observado um pequeno acúmulo com a administração de doses repetidas
(a ASCss-τ foi 33% maior em pacientes idosos, correspondendo a aproximadamente 30% de
redução no clearance renal).
Sexo: foram observadas diferenças mínimas na farmacocinética de olmesartana nas mulheres
em comparação aos homens. A ASC e Cmax foram de 10 a 15% maiores nas mulheres do que
nos homens avaliados.
Insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal, as concentrações séricas de
olmesartana foram elevadas, quando comparadas a indivíduos com função renal normal. Em
pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 20 mL/min), a ASC foi
aproximadamente triplicada após doses repetidas. A farmacocinética de olmesartana em
pacientes sob hemodiálise ainda não foi estudada.
Insuficiência hepática: em comparação a voluntários sadios, observou-se um aumento de
aproximadamente 48% em ASC0-∞ em pacientes com insuficiência hepática moderada e, em
comparação aos controles equivalentes, observou-se aumento na ASC0-∞ de cerca de 60%.
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Pacientes utilizando sequestradores de ácidos biliares: a administração concomitante de 40
mg de olmesartana medoxomila e 3750 mg de colesevelam em pacientes saudáveis resultou em
28% de redução do Cmax e 39% de redução da AUC da olmesartana. Efeitos mais brandos, 4% e
15% de redução em Cmax e AUC respectivamente, foram observados quando a olmesartana é
administrada 4 horas antes do colesevelam.
Farmacodinâmica
Doses de 2,5 a 40 mg de olmesartana medoxomila inibem o efeito pressórico da infusão de
angiotensina I. A duração do efeito inibitório está relacionada com a dose. Com doses maiores
que 40 mg obtêm-se mais de 90% de inibição em 24 horas. As concentrações plasmáticas de
angiotensina I, angiotensina II e a atividade de renina plasmática aumentaram após a
administração única e repetida de olmesartana medoxomila a indivíduos sadios e pacientes
hipertensos. A administração repetida de até 80 mg teve influência mínima sobre os níveis de
aldosterona e nenhum efeito sobre o potássio sérico.
FLUXOCOR é contraindicado a pacientes hipersensíveis aos componentes da fórmula e durante
a gravidez.
A coadministração de FLUXOCOR e alisquireno é contraindicada em pacientes com diabetes
(vide “Interações Medicamentosas”).
O uso de drogas que agem diretamente no sistema renina-angiotensina durante o segundo e
terceiro trimestres de gravidez foi associado com dano fetal e até morte.
Pacientes do sexo feminino em idade fértil devem ser informadas sobre as consequências da
exposição a esses fármacos durante esses trimestres de gravidez e devem ser orientadas a relatar
a ocorrência de gravidez imediatamente. Quando for diagnosticada a gravidez, FLUXOCOR
deve ser descontinuado o mais breve possível, e a medicação para a gestante deve ser
substituída.
Não há experiência clínica de olmesartana medoxomila em mulheres grávidas.
Categoria de risco na gravidez: C (primeiro trimestre)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Categoria de risco na gravidez: D (segundo e terceiro trimestres)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Gerais
Função renal: em pacientes cuja função renal possa depender da atividade do sistema renina-
angiotensina-aldosterona (por exemplo, pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave),
o tratamento com drogas que afetam esse sistema (inibidores da enzima conversora da
angiotensina e antagonistas dos receptores de angiotensina) é associado com oligúria e/ou
azotemia e (raramente) insuficiência renal aguda. Resultados similares podem ocorrer em
pacientes tratados com olmesartana medoxomila.
Quando pacientes com estenose unilateral ou bilateral de artéria renal são tratados com drogas
que afetam o sistema renina-angiotensina-aldosterona há risco aumentado do desenvolvimento
de insuficiência renal. Apesar de não haver estudos relacionados ao uso prolongado de
olmesartana medoxomila nesse grupo de pacientes, resultados semelhantes podem ser
esperados.
Hipotensão em pacientes com depleção de volume ou sal: em pacientes cujo sistema renina-
angiotensina esteja ativado, como aqueles com depleção de volume e/ou sal (por exemplo,
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pacientes em tratamento com doses altas de diuréticos), pode ocorrer hipotensão sintomática
após o início do tratamento com FLUXOCOR.
Enteropatia semelhante à doença celíaca: foi reportada diarreia crônica severa em pacientes
tomando olmesartana medoxomila meses ou anos após o início do tratamento. Biopsias
intestinais de pacientes frequentemente revelaram atrofia das vilosidades. Se o paciente
apresentar esses sintomas durante o tratamento com olmesartana medoxomila considere
descontinuar o tratamento em casos em que nenhuma outra etiologia é identificada.
Estudos Clínicos
Dados de um estudo clínico controlado – ROADMAP (Randomised Olmesartan And Diabetes
Microalbuminuria Prevention) - e de um estudo epidemiológico conduzido nos EUA sugeriram
que altas doses de olmesartana podem aumentar o risco cardiovascular em pacientes diabéticos,
mas os dados gerais não são conclusivos.
O estudo clínico ROADMAP incluiu 4447 pacientes com diabetes tipo 2, normoalbuminúricos e
com pelo menos um risco cardiovascular adicional. Os pacientes foram randomizados com
olmesartana 40 mg, uma vez ao dia, ou placebo.
O estudo alcançou seu desfecho primário, o aumento no tempo para o início de
microalbuminúria. Para os desfechos secundários, os quais o estudo não foi desenhado para
avaliar formalmente, eventos cardiovasculares ocorreram em 96 pacientes (4,3%) com
olmesartana e em 94 pacientes (4,2%) com placebo. A incidência de mortalidade cardiovascular
foi maior com olmesartana comparada com o tratamento utilizando placebo (15 pacientes
[0,67%] vs. 3 pacientes [0,14%] [HR=4,94, IC 95% = 1,43-17,06]), mas o risco para infarto do
miocárdio não fatal foi menor com olmesartana (HR 0,64, IC 95% =0,35, 1,18).
O estudo epidemiológico incluiu pacientes com 65 anos ou mais, com exposição geral de
>300.000 pacientes por ano. No subgrupo de pacientes diabéticos recebendo altas doses de
olmesartana (40 mg/dia) por 6 meses ou mais, houve um aumento no risco de morte (HR 2,0, IC
95% = 1,1, 3,8) em comparação aos pacientes que receberam outros bloqueadores do receptor
de angiotensina. Por outro lado, o uso de altas doses de olmesartana em pacientes não diabéticos
está associado a um menor risco de morte (HR 0,46, IC 95% = 0,24, 0,86) comparado a
pacientes em condições semelhantes tomando outros bloqueadores do receptor de angiotensina.
Não foi observada diferença entre os grupos que receberam doses inferiores de olmesartana em
comparação com outros bloqueadores do receptor de angiotensina ou entre os grupos que
receberam a terapia por menos de 6 meses
Carcinogênese, mutagênese, comprometimento da fertilidade
Estudos em animais demonstraram que a olmesartana medoxomila não é um agente
carcinogênico.
A olmesartana medoxomila não se mostrou clastogênica nem mutagênica in vivo (teste de
micronúcleo em camundongos e teste de reparo de DNA não programado em ratos). A
avaliação dos estudos in vitro com olmesartana e olmesartana medoxomila não revelou nenhum
risco clinicamente significativo de mutagenicidade.
A fertilidade em ratos não foi afetada pela administração de olmesartana medoxomila.
Uso durante a lactação
A olmesartana é secretada em concentração baixa no leite de ratas lactantes, mas não se sabe se
é excretada no leite humano. Devido ao potencial para eventos adversos sobre o lactente, cabe
ao médico decidir entre interromper a amamentação ou o uso da olmesartana medoxomila,
levando em conta a importância do medicamento para a mãe.
Uso pediátrico: os efeitos anti-hipertensivos da olmesartana medoxomila foram avaliados em
um estudo clínico randomizado, duplo-cego em pacientes pediátricos de 1 a 17 anos de idade. A
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olmesartana medoxomila foi geralmente bem tolerada em pacientes pediátricos e o perfil de
segurança foi similar ao descrito em adultos.
FLUXOCOR não deve ser utilizado em pacientes com menos de 35 kg.
Uso geriátrico: do número total de pacientes hipertensos tratados com olmesartana medoxomila
em estudos clínicos, mais de 20% tinham 65 anos de idade ou mais, enquanto que mais de 5%
tinham 75 anos de idade ou mais. Nenhuma diferença geral na eficácia ou na segurança foi
observada entre pacientes idosos e os mais jovens. Outras experiências clínicas relatadas não
identificaram diferenças nas respostas entre os idosos e os pacientes mais jovens, porém uma
Nenhuma interação medicamentosa significativa foi relatada em estudos nos quais a
olmesartana medoxomila foi coadministrada com digoxina ou varfarina em voluntários sadios.
A biodisponibilidade da olmesartana não foi significativamente alterada pela coadministração
de antiácidos (hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio). A olmesartana medoxomila não
é metabolizada pelo sistema do citocromo P450 e não tem nenhum efeito sobre as enzimas
P450. Assim, não são esperadas interações com fármacos que inibem, induzem ou são
metabolizados por essas enzimas.
- Lítio: foi relatado aumento nas concentrações de lítio sérico e toxicidade ocasionada por lítio
durante o uso concomitante com bloqueadores dos receptores de angiotensina II, incluindo
olmesartana. Aconselha-se o monitoramento do lítio sérico durante o uso concomitante.
- Bloqueio duplo do sistema renina angiotensina (SRA): o bloqueio duplo do sistema renina
angiotensina com o uso de bloqueadores dos receptores de angiotensina II, inibidores da ECA e
alisquireno está associado a maior risco de hipotensão, hiperpotassemia e alterações na função
renal (incluindo insuficiência renal aguda) comparado à monoterapia. Aconselha-se o
monitoramento da pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes sendo tratados com
olmesartana ou outros medicamentos que afetam o sistema renina angiotensina.
- Alisquireno: não coadministrar o alisquireno com olmesartana medoxomila em pacientes
diabéticos. O uso concomitante foi associado a um aumento no risco de hipotensão,
hipercalemia, e alterações na função renal (incluindo insuficiência renal aguda).
- Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES): bloqueadores do receptor de angiotensina
II(BRA) podem agir sinergicamente com AINES e reduzir a filtração glomerular. O uso
concomitante desses medicamentos pode levar a um maior risco de piora da função renal.
Adicionalmente, o efeito anti-hipertensivo dos BRAs, incluindo a olmesartana, pode ser
atenuado pelos AINES, inclusive inibidores seletivos da COX-2.
- Colesevelam: uso concomitante com o sequestrador do ácidos biliares, colesevelam reduz a
exposição sistêmica e concentração de pico plasmático da olmesartana.
A administração de olmesartana por no mínimo 4 horas antes do colesevelam reduz a interação
medicamentosa.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger
da umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
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Características físicas e organolépticas
Este medicamento se apresenta na forma de:
- FLUXOCOR 20 mg: comprimido revestido, circular, de branco a quase branco, convexo e liso
nas duas faces.
- FLUXOCOR 40 mg: comprimido revestido, circular, de branco a quase branco, convexo, liso
em uma das faces e sulcado na outra.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS DE IDADE
Normalmente, a dose inicial recomendada de FLUXOCOR é de 20 mg uma vez ao dia para
pacientes com mais de 6 anos de idade e que possuem mais que 35 kg. Para pacientes que
precisam de redução adicional da pressão arterial depois de 2 semanas de tratamento, a dose
pode ser aumentada para até 40 mg por dia.
USO ADULTO
Normalmente, a dose inicial recomendada de FLUXOCOR é de 20 mg uma vez ao dia, quando
usado como monoterapia. Para pacientes que necessitam de redução adicional da pressão
arterial, a dose pode ser aumentada para até 40 mg uma vez ao dia. Doses acima de 40 mg não
aparentaram ter efeito superior.
Os pacientes devem engolir o comprimido inteiro com um pouco de água potável.
O início do efeito anti-hipertensivo usualmente se manifesta dentro de uma semana e a redução
máxima da pressão arterial em geral é obtida com duas a quatro semanas de tratamento
FLUXOCOR.
Nenhum ajuste da dose inicial é necessário para idosos, pacientes com insuficiência renal leve a
moderada ou com disfunção hepática leve a moderada. Para pacientes com possível depleção de
volume intravascular (por exemplo: pacientes tratados com diuréticos, particularmente aqueles
com função renal diminuída), insuficiência renal grave (CLCR < 40 mL/min) ou insuficiência
hepática grave, o tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa supervisão e uma dose inicial
inferior deve ser considerada.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Nos diversos estudos realizados, o tratamento com olmesartana medoxomila foi bem tolerado,
com uma incidência de eventos adversos similar à do placebo. Os eventos geralmente foram
leves, transitórios e não tinham nenhuma relação com a dose de olmesartana medoxomila. A
frequência geral de eventos adversos não teve nenhuma relação com a dose administrada.
Seguem as reações adversas observadas nos estudos clínicos de acordo com a sua frequência:
Reação comum (>1/100 e < 1/10) foi tontura.
Nenhuma diferença relevante foi identificada entre o perfil de segurança em pacientes
pediátricos de 1 a 17 anos de idade e o que foi reportado anteriormente em pacientes adultos.
Seguem as reações adversas observadas após a comercialização de acordo com a sua frequência:
Reação muito rara (incidência < 1/10000):
Aparelho digestório: dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, enteropatia semelhante à doença
celíaca e aumento das enzimas hepáticas;
Sistema respiratório: tosse;
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Sistema urinário: insuficiência renal aguda, aumento dos níveis de creatinina sérica;
Pele e apêndices: rash cutâneo, prurido, edema angioneurótico e edema periférico;
Inespecífico: cefaleia, mialgia, astenia, fadiga, letargia, indisposição e reação anafilática;
Metabólico/nutricional: hiperpotassemia.
Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária
– NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Os dados disponíveis com relação à superdose em seres humanos são limitados. A manifestação
mais provável de superdose é a hipotensão. Se ocorrer hipotensão sintomática, o tratamento de
suporte deve ser iniciado. Não se sabe ainda se a olmesartana medoxomila é passível de
remoção por diálise.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.