Bula do Formyn para o Profissional

Bula do Formyn produzido pelo laboratorio Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Formyn
Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO FORMYN PARA O PROFISSIONAL

Formyn®

Comprimido revestido de 500mg, 850mg e 1g

cloridrato de metformina

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES

Comprimido revestido de 500mg – Embalagem contendo 30 ou 500 comprimidos.

Comprimido revestido de 850mg – Embalagem contendo 30 ou 600 comprimidos.

Comprimido revestido de 1g – Embalagem contendo 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 10 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

Comprimido de 500mg:

cloridrato de metformina .................................................... 500mg

(equivalente a 390mg de metformina)

excipiente ….........................q.s.p............................ 1 comprimido

(hipromelose, povidona, estearato de magnésio, álcool etílico, macrogol, polissorbato 80, dióxido

de titânio e água purificada)

Comprimido de 850mg:

cloridrato de metformina ................................................... 850mg

(equivalente a 663mg de metformina)

excipiente …........................q.s.p............................ 1 comprimido

Comprimido de 1g:

cloridrato de metformina .........................,............................... 1g

(equivalente a 780mg de metformina)

excipiente ….......................q.s.p............................ 1 comprimido

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Como agente antidiabético, associado ao regime alimentar, para o tratamento de:

- Diabetes tipo 2, não dependente de insulina (diabetes da maturidade, diabetes do obeso, diabetes

em adultos de peso normal), isoladamente ou complementando a ação de outros antidiabéticos

(como as sulfonilureias): em adultos e crianças acima de 10 anos; - Diabetes tipo 1, dependente de

insulina, como complemento da insulinoterapia em casos de diabetes instável ou insulino-resistente

(ver Advertências e precauções).

Também indicado na Síndrome dos Ovários Policísticos (Síndrome de Stein-Leventhal).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O estudo prospectivo randomizado “United Kingdom Prospective Diabetes Study” (UKPDS)

estabeleceu os benefícios a longo prazo de um controle intensivo da glicemia em pacientes adultos

com diabetes tipo 2. A análise dos resultados para pacientes com excesso de peso tratados com

metformina após insucesso de uma dieta isolada revelou:

- redução significativa do risco absoluto de qualquer complicação relacionada ao diabetes no grupo

tratado com metformina (29,8 eventos / 1.000 pacientes-ano) em comparação com o grupo em dieta

isolada (43.3 eventos / 1.000 pacientes-ano), p = 0,0023, e em comparação aos grupos de

sulfonilureia combinada e de monoterapia com insulina (40,1 eventos / 1.000 pacientes-ano), p =

0,0034.

- redução significativa do risco absoluto de mortalidade relacionada ao diabetes: metformina 7,5

eventos / 1.000 pacientes-ano, dieta isolada 12,7 eventos / 1.000 pacientes-ano, p = 0,017;

- redução significativa do risco absoluto de mortalidade global: metformina 13,5 eventos / 1000

pacientes-ano em comparação com dieta isolada 20,6 eventos / 1.000 pacientes-ano (p = 0,011), e

em comparação com grupos recebendo sulfonilureia combinada e monoterapia de insulina 18,9

eventos / 1.000 pacientes-ano (p = 0,021);

- redução significativa do risco absoluto de infarto do miocárdio: metformina 11 eventos / 1000

pacientes-ano, dieta isolada 18 eventos / 1.000 pacientes-ano (p = 0,.01).

Para metformina utilizada como terapia de segunda linha em combinação com sulfonilureia, os

benefícios relacionados aos resultados clínicos não foram demonstrados. Em diabetes tipo 1, a

combinação de metformina e insulina foi utilizada em um grupo selecionado de pacientes, mas o

benefício clínico desta combinação não foi formalmente estabelecido.

Referência: UK Prospective diabetes study (UKPDS) group. Effect of intensive blood-glucose

control with metformin on complications in overweight patient with type 2 diabetes mellitus

(UKPDS 34). Lancet 1998; 52:854-865.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas:

A metformina é um fármaco antidiabético da família das biguanidas com efeitos

antihiperglicêmicos, reduzindo a glicose plasmática pós-prandial e basal. A metformina não

estimula a secreção de insulina, não tendo, por isso, ação hipoglicemiante em pessoas

nãodiabéticas.

Em diabéticos, a metformina reduz a hiperglicemia, sem o risco de causar hipoglicemia, exceto em

caso de jejum ou de associação com insulina ou sulfonilureias. A metformina pode agir através de

três mecanismos:

1. na redução da produção da glicose hepática através da inibição da gliconeogênese e

glicogenólise;

2. no músculo, através do aumento da sensibilidade à insulina, melhorando a captação e utilização

da glicose periférica;

3. no retardo da absorção intestinal da glicose.

A metformina estimula a síntese de glicogênio intracelular atuando na síntese de glicogênio e

aumenta a capacidade de transporte de todos os tipos de transportadores de glicose de membrana

(GLUTs) conhecidos até hoje. Em humanos, independentemente de sua ação na glicemia, a

metformina exerce efeito favorável sobre o metabolismo lipídico. Tal efeito tem sido demonstrado

com doses terapêuticas em estudos clínicos controlados de média a longa duração, com a

metformina reduzindo os níveis de colesterol total, LDL e triglicerídeos.

De acordo com o United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS), estudo multicêntrico,

randomizado, que acompanhou per cerca de 10 anos mais de 7.000 pacientes submetidos a diversos

tratamentos para controle do diabetes tipo 2, a metformina reduziu, de maneira significativa, as

complicações e mortalidade associadas com a doença.

Estudos clínicos controlados realizados numa população pediátrica limitada, com faixa etária de 10-

16 anos, tratada durante um ano, evidenciaram uma resposta idêntica no controle da glicemia àquela

observada em adultos.

Tem sido demonstrada uma redução de complicações diabéticas em pacientes adultos com diabetes

tipo 2, tratados com cloridrato de metformina como terapia de primeira linha após a dietoterapia.

Em estudos clínicos, o uso de metformina está associado à estabilização do peso corporal ou a uma

modesta perda de peso.

Propriedades farmacocinéticas:

Absorção: após uma dose administrada por via oral o Cmax é atingido em 2,5 horas (Tmax).

A biodisponibilidade absoluta de um comprimido de metformina 500mg ou 850mg é de

aproximadamente 50-60% em indivíduos saudáveis. Após uma dose oral, a fração não absorvida

recuperada nas fezes foi de 20-30%. Após administração oral, a absorção de metformina é saturável

e incompleta. É assumido que a farmacocinética da absorção de metformina é não-linear. Nas doses

e esquemas posológicos recomendados, as concentrações plasmáticas de metformina em estado

estacionário são atingidas no prazo de 24 a 48 horas, sendo geralmente inferiores a 1

micrograma/ml. Em estudos clínicos controlados, os níveis plasmáticos máximos de metformina

(Cmax) não excederam 4 microgramas/mL, inclusive nas doses mais elevadas. A ingestão de

alimentos reduz a quantidade de metformina absorvida e retardam ligeiramente sua absorção. Após

administração de uma dose de 850mg observou-se concentração plasmática máxima 40% menor,

redução de 25% na AUC (área sob a curva) e um prolongamento de 35 minutos no tempo para

atingir a concentração plasmática máxima.

Desconhece-se a importância clínica destas reduções.

Distribuição: a ligação às proteínas plasmáticas é negligenciável. A metformina é distribuída pelos

eritrócitos. A concentração máxima sanguínea é mais baixa do que a concentração máxima

plasmática, ocorrendo aproximadamente ao mesmo tempo. Os glóbulos vermelhos representam,

provavelmente, um compartimento secundário de distribuição. O volume de distribuição médio

(Vd) encontra-se na faixa 63-276 l.

Metabolismo: a metformina é excretada na urina sob forma inalterada. Não foram identificados

metabolitos em humanos.

Eliminação: a depuração renal (clearance) da metformina é superior a 400mL/min, o que indica

que a eliminação se dá por filtração glomerular e secreção tubular. Após uma dose oral, a meia-vida

de eliminação terminal aparente é de aproximadamente 6,5 horas. Quando a função renal estiver

prejudicada, a depuração renal diminui proporcionalmente à depuração da creatinina e, assim, a

meia-vida de eliminação é prolongada, levando ao aumento dos níveis plasmáticos de metformina.

Crianças e adolescentes: estudo de dose única: após doses únicas de 500mg de metformina,

pacientes pediátricos mostraram perfil farmacocinético idêntico ao observado em adultos saudáveis.

Estudo de dose múltipla: os dados referem-se a um só estudo. Após doses repetidas de 500mg duas

vezes por dia durante 7 dias em pacientes pediátricos, a concentração plasmática máxima (Cmax) e

a exposição sistêmica (AUC0-t) foram reduzidas em aproximadamente 33% e 40%

respectivamente, quando comparado com adultos diabéticos tratados com doses repetidas de 500mg

duas vezes por dia durante 14 dias. Considerando-se que a dose é titulada individualmente e

baseada no controle da glicemia, a relevância clínica é limitada.

Dados de segurança pré-clínica:

Dados pré-clínicos não evidenciaram nenhum risco especial em humanos, com base em estudos

convencionais de segurança, farmacologia, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial

carcinogênico e toxicidade na reprodução.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade à metformina ou a qualquer dos excipientes. Cetoacidose diabética, pré-coma

diabético. Insuficiência ou disfunção renal (depuração da creatinina inferior a 60mL/min). Situações

agudas com potencial para alterar a função renal, tais como: desidratação, febre, infecção grave,

choque, administração intravascular de contrastes iodados. Doenças agudas ou crônicas, capazes de

provocar hipóxia tecidular, tais como insuficiência cardíaca ou respiratória, infarto recente de

miocárdio, choque. Insuficiência hepática, intoxicação alcoólica aguda, alcoolismo. Cirurgia eletiva

de grande porte.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Acidose lática: A acidose lática é uma complicação metabólica rara, porém grave (com elevada

mortalidade caso não se proceda a um tratamento imediato), que pode ocorrer devido à acumulação

de metformina. Foram descritos casos de acidose lática em pacientes submetidos a tratamento com

metformina, principalmente em diabéticos com insuficiência renal significativa. É possível e

recomendável que a incidência de acidose lática seja reduzida determinando-se outros fatores de

risco associados, tais como diabetes mal controlada, cetose, jejum prolongado, consumo excessivo

de álcool, insuficiência hepática e qualquer condição associada com hipóxia. Diagnóstico: o risco

de acidose lática deve ser considerado no caso de aparecimento de sinais inespecíficos como cãibras

musculares com perturbações digestivas, tais como dores abdominais e astenia grave. Pode ser

seguida de dispneia acidótica, hipotermia e coma. Os resultados das análises laboratoriais revelam

uma queda no pH sanguíneo, níveis de lactato no plasma acima de 5mmol/L, e um aumento do gap

aniônico e da relação lactato/piruvato. Caso se suspeite de acidose metabólica, a administração do

metformina deverá ser suspensa e o paciente imediatamente hospitalizado.

Função renal: Uma vez que a metformina é excretada pelo rim, recomenda-se que sejam

determinados os níveis de creatinina sérica e a depuração de creatinina antes de se dar início ao

tratamento e, posteriormente, de forma regular (pelo menos anualmente, em pacientes com função

renal normal; pelo menos duas a quatro vezes por ano, em pacientes com depuração de creatinina

no limite inferior da normalidade e em idosos). Diminuição da função renal em idosos é frequente e

assintomática. Deve-se ter especial cuidado em situações nas quais a função renal possa ser afetada,

tais como início de tratamento com anti-hipertensivos, diuréticos ou anti-inflamatórios não

esteroidais.

Administração de contrastes iodados: Considerar que a administração intravascular de contrastes

iodados em exames radiológicos pode ocasionar insuficiência renal, podendo induzir o acúmulo de

metformina, que pode expor a acidose lática, dependendo da função renal. O uso de metformina tem

que ser interrompido 48 horas antes ou na ocasião do exame, somente podendo ser reiniciado após

48 horas da realização do mesmo, e apenas depois da função renal ter sido reavaliada e se

apresentar normalizada.

Cirurgia: O uso de metformina terá que ser interrompido 48 horas antes de cirurgias eletivas

maiores, podendo ser reiniciado não antes de 48 horas após a cirurgia, e somente após a função

renal ter sido reavaliada como normal.

Gravidez e lactação: Categoria de risco B. O diabetes sem controle durante a gravidez (gestacional

ou permanente) é associado com aumento do risco de anomalias congênitas e mortalidade perinatal.

Uma quantidade limitada de dados sobre a utilização de metformina em mulheres grávidas não

indica um risco aumentado de anomalias congênitas. Estudos em animais não indicam efeitos

prejudiciais à gestação, desenvolvimento embrionário ou fetal, parturição ou desenvolvimento pós-

natal. Entretanto, ao planejar uma gravidez e durante o período gestacional, o diabetes não deve ser

tratado com metformina, devendo-se utilizar insulina para manter os níveis glicêmicos o mais

próximo dos valores normais, de forma a reduzir o risco de malformações fetais associadas a níveis

anormais da glicemia. Foi observado que a metformina é excretada no leite humano. Nenhum efeito

adverso foi observado em recém-nascidos amamentados. No entanto, como os dados disponíveis

são limitados, a amamentação não é recomendada durante o tratamento com metformina. Deve-se

decidir entre interromper a lactação ou descontinuar o tratamento com metformina, levando-se em

conta os benefícios do aleitamento materno, a importância do medicamento para a mãe e o risco

potencial de efeitos adversos no lactente.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Efeito na habilidade de dirigir e operar máquinas: A metformina como monoterapia não causa

hipoglicemia e, portanto, não tem efeito na habilidade de dirigir ou operar máquinas. Entretanto,

pacientes devem ser alertados para o risco de hipoglicemia quando a metformina é utilizada em

combinação com outro agente antidiabético (sulfonilureia, insulina, meglitinida).

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco:

Idosos: uma vez que o envelhecimento está associado com redução da função renal e a metformina

é eliminada, fundamentalmente pelos rins, o produto deve ser usado com cautela em pacientes

idosos. A dose de metformina deve ser ajustada com base na função renal. Em geral, pacientes

idosos não devem receber a dose máxima do produto.

Crianças e adolescentes: o diagnóstico da diabetes mellitus tipo 2 deve ser confirmado antes de se

iniciar o tratamento com metformina. Durante estudos clínicos controlados com a duração de um

ano, não foram observados efeitos sobre o crescimento e puberdade, não havendo, contudo,

informação disponível a longo prazo nestes pontos específicos. Por isso, recomenda-se

acompanhamento cuidadoso destes parâmetros em crianças tratadas com metformina, especialmente

na pré-puberdade.

Crianças com idades compreendidas entre 10 e 12 anos: Somente 15 crianças com idade

compreendida entre 10 e 12 anos foram incluídas nos estudos clínicos controlados conduzidos em

crianças e adolescentes. Embora a eficácia e segurança da metformina nestas crianças não difiram

daquelas em crianças mais velhas e adolescentes, recomenda-se um cuidado especial na prescrição a

crianças com idades compreendidas entre 10 e 12 anos.

Este medicamento não é indicado para crianças abaixo de 10 anos.

Outras precauções:

Todos os pacientes devem prosseguir em sua dieta, com distribuição regular de consumo de

carboidratos ao longo do dia. Pacientes com excesso de peso devem continuar com dieta de

restrição calórica. As análises laboratoriais habituais para controle do diabetes devem ser realizadas

regularmente. A metformina, utilizada isoladamente, não causa hipoglicemia, embora se recomende

precaução ao utilizá-la em associação com insulina ou outros antidiabéticos orais (ex. sulfonilureias

ou meglitinidas). A metformina, em associação com a insulina, tem sido utilizada no tratamento do

diabetes Tipo 1, em pacientes selecionados; os benefícios clínicos desta combinação, porém, não

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Associações contraindicadas: Meios de contraste iodados: dependendo da função renal, a

metformina tem que ser interrompida 48 horas antes do exame, ou na ocasião do exame, não

devendo ser reiniciada antes de 48 horas.

Associações não recomendadas: Álcool: aumento do risco de acidose lática no caso de intoxicação

alcoólica aguda, especialmente em situações de: jejum ou má-nutrição, insuficiência hepática.

Deve-se evitar o consumo de álcool e a utilização de medicamentos contendo álcool.

Associações a serem empregadas com cautela: Medicamentos com atividade hiperglicêmica

intrínseca, como glicocorticoides, tetracosactida (vias sistêmica e local), agonistas beta-2, danazol,

clorpromazina em altas doses de 100mg ao dia, diuréticos: pode ser necessário um controle mais

frequente da glicose sanguínea, notadamente no início do tratamento. Caso necessário, ajustar a

dose de metformina durante tratamento com o outro medicamento e após sua interrupção.

Diuréticos, especialmente os de alça: podem aumentar o risco de acidose lática devido ao seu

potencial para diminuir a função renal.

Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (inibidores da ECA): podem provocar uma

redução nos níveis de glicose no sangue. Desta forma, o ajuste da dose de metformina poderá ser

necessário durante e após a adição ou interrupção destes medicamentos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características do medicamento:

500mg: Comprimido revestido, circular, biconvexo, de cor branca.

850mg e 1g: Comprimido revestido, oblongo, de cor branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Não existe regime posológico fixo para o tratamento da hiperglicemia no diabetes mellitus com a

metformina ou qualquer outro agente farmacológico. A posologia da metformina deve ser

individualizada, tomando como bases a eficácia e a tolerância ao produto. Não deve ser excedida a

dose máxima recomendada que é de 2.550mg. Em crianças acima de 10 anos a dose máxima diária

de metformina não deve exceder 2.000mg. O produto deve ser administrado de forma fracionada,

junto com as refeições, iniciando-se o tratamento com doses pequenas, gradualmente aumentadas.

Isto permite reduzir a ocorrência de efeitos colaterais gastrointestinais e identificar a dose mínima

necessária ao controle adequado da glicemia do paciente. No início do tratamento devem-se medir

os níveis plasmáticos de glicose, em jejum, para avaliar a resposta terapêutica à metformina e

determinar a dose mínima eficaz para o paciente. Posteriormente, deve-se medir a hemoglobina

glicosilada a cada três meses. As metas terapêuticas devem ser a redução dos níveis de glicose

plasmática em jejum e de hemoglobina glicosilada, para níveis normais, ou próximos dos normais,

utilizando a menor dose eficaz de metformina, isoladamente ou em combinação com outros agentes.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Posologia:

Comprimidos de 500mg: A dose inicial é de um comprimido duas vezes ao dia (no café da manhã

e no jantar), em adultos. Se necessário a dose será aumentada, semanalmente, de um comprimido

até chegar ao máximo de cinco comprimidos diários, equivalentes a 2.500mg de metformina (dois

no café da manhã, um no almoço e dois no jantar). Em crianças acima de 10 anos a dose inicial é de

um comprimido ao dia e a dose máxima diária de metformina não deve exceder 2.000mg.

Comprimidos de 850mg: A dose terapêutica inicial é de um comprimido no café da manhã, em

adultos e crianças acima de 10 anos. Conforme a necessidade, a dose será aumentada, a cada duas

semanas, de um comprimido, até chegar ao máximo de três comprimidos, equivalentes a 2.550mg

de metformina (um no café da manhã, um no almoço e um no jantar). Em crianças acima de 10 anos

a dose máxima diária de metformina não deve exceder 2.000mg.

Comprimidos de 1g: Em pacientes fazendo uso de doses altas de metformina, é possível substituir

dois comprimidos de 500mg por um comprimido de 1g. Em crianças acima de 10 anos a dose

máxima diária de metformina não deve exceder 2.000mg.

Pacientes diabéticos tipo 2 (não-dependentes de insulina): A metformina pode ser usada

isoladamente ou em combinação com outros agentes antidiabéticos, como as sulfonilureias. Se a

metformina for usada em substituição ao tratamento com outros hipoglicemiantes orais (exceto a

clorpropamida), a troca pode ser feita imediatamente. Não há necessidade de redução prévia das

doses do hipoglicemiante oral, nem de intervalo de tempo entre o fim do tratamento com o

hipoglicemiante oral e o início do tratamento com a metformina. Se o agente hipoglicemiante usado

for a clorpropamida, na passagem para a metformina, durante duas semanas, deve-se estar atento à

possibilidade de reações hipoglicêmicas, devido à retenção prolongada da clorpropamida no

organismo.

Metformina e insulina podem ser usadas em combinação para que seja alcançado um melhor

controle da glicemia. A metformina é administrada na dose inicial usual de um comprimido de

500mg duas a três vezes ao dia, ou um comprimido de 850mg ao dia, enquanto que a dose de

insulina é ajustada com base nas determinações da glicemia.

Pacientes diabéticos tipo 1 (dependentes de insulina): A metformina e a insulina podem ser

utilizadas em associação, no sentido de se obter um melhor controle da glicemia. A metformina é

administrada na dose inicial usual de 500mg ou 850mg 2 a 3 vezes por dia, enquanto que a dose de

insulina deve ser ajustada com base nos valores da glicemia.

Síndrome dos Ovários Policísticos (Síndrome de Stein-Leventhal): A posologia é de,

usualmente, 1.000 a 1.500mg por dia (2 ou 3 comprimidos de 500mg) divididos em 2 ou 3 tomadas.

Aconselha-se iniciar o tratamento com dose baixa (1 comprimido de 500mg/dia) e aumentar

gradualmente a dose (1 comprimido de 500mg a cada semana) até atingir a posologia desejada. Em

alguns casos, pode ser necessário o uso de 1 comprimido de 850mg 2 a 3 vezes ao dia (1.700 a

2.250mg/dia). Para a apresentação de 1g, recomenda-se o uso de 1 a 2 comprimidos ao dia.

Doses perdidas: Não se deve dobrar a dose seguinte caso haja esquecimento de uma das doses.

Deve-se tomar a próxima dose normalmente.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Podem ocorrer as reações indesejáveis descritas a seguir (as frequências são definidas em muito

comuns (> 1/10); comuns (1/100 e < 1/10); incomuns (> 1/1.000 e < 1/100); raras (> 1/10.000 e <

1/1.000); muito raras (< 1/10.000).

Metabolismo e nutrição: Muito raras: acidose láctica (ver Advertências e precauções). Diminuição

da absorção de vitamina B12, com redução dos níveis séricos durante tratamento a longo prazo com

metformina. Recomenda-se levar em consideração tal etiologia caso o paciente apresente-se com

anemia megaloblástica.

Sistema nervoso central: Comuns: distúrbios do paladar.

Distúrbios gastrointestinais: Muito comuns: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e

inapetência. Estas reações ocorrem mais frequentemente durante o início do tratamento e regridem

espontaneamente na maioria das vezes. Para prevení-las, recomenda-se que o produto seja

administrado em 2 ou 3 tomadas diárias, durante ou após as refeições. Um aumento gradual da dose

também pode melhorar a tolerabilidade gastrointestinal.

Pele e tecido subcutâneo: Muito raras: reações cutâneas como eritema, prurido e urticária.

Distúrbios hepatobiliares: Muito raros: casos isolados de alterações nos testes da função hepática

ou hepatite, que regridem com descontinuação do tratamento.

Nos dados provenientes da literatura, da farmacovigilância e de estudos clínicos controlados com

população pediátrica limitada (com idade entre 10 e 16 anos e tratada durante um ano), as reações

adversas relatadas foram similares, em natureza e gravidade, àquelas reportadas em adultos.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.