Bula do Fosfato de Clindamicina para o Profissional

Bula do Fosfato de Clindamicina produzido pelo laboratorio Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda
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Bula do Fosfato de Clindamicina
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BULA COMPLETA DO FOSFATO DE CLINDAMICINA PARA O PROFISSIONAL

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fosfato de clindamicina

Novafarma Indústria

Farmacêutica Ltda.

Solução injetável

300mg/2mL

600mg/4mL

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Medicamento Genérico, Lei nº9.787, de 1999.

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome genérico: fosfato de clindamicina

APRESENTAÇÕES

fosfato de clindamicina 300mg/2mL: caixa com 50 ampolas de vidro âmbar com 2mL.

fosfato de clindamicina 600mg/4mL: caixa com 50 ampolas de vidro âmbar com 4mL.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAMUSCULAR / INTRAVENOSA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 MÊS DE IDADE

COMPOSIÇÃO

fosfato de clindamicina 300mg/2mL

Cada ampola com 2mL da solução injetável contém 356,46mg de fosfato de clindamicina equivalente a 300mg de

clindamicina base.

fosfato de clindamicina 600mg/4mL

Cada ampola com 4mL da solução injetável contém 712,92mg de fosfato de clindamicina equivalente a 600mg de

Cada mL da solução contém:

178,23mg de fosfato de clindamicina equivalente a 150mg de clindamicina base.

Demais componentes: edetato dissódico di-hidratado, álcool benzílico, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para

injetáveis.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O fosfato de clindamicina solução injetável é indicado para o tratamento de infecções causadas por variedades susceptíveis

dos seguintes micro-organismos sensíveis à clindamicina: estreptococos e estafilococos: infecções da pele e dos tecidos

moles, septicemia; pneumococos: infecções do trato respiratório superior e inferior; bactérias anaeróbicas: infecções do

trato respiratório inferior, tais como empiema, pneumonite anaeróbica e abscessos pulmonares; infecções da pele e dos

tecidos moles; septicemia; infecções intra-abdominais, tais como peritonite e abscesso intra-abdominal (tipicamente

resultantes de micro-organismos anaeróbicos residentes no trato gastrintestinal normal); infecções da pelve e do trato

genital feminino, tais como endometrite, abscessos tubo-ovarianos não gonocócicos, celulite pélvica, infecção vaginal pós-

cirúrgica e doença inflamatória pélvica (DIP), quando associado a um antibiótico apropriado de espectro Gram-negativo

aeróbico. O fosfato de clindamicina é indicado no tratamento em infecções dentárias causadas por micro-organismos

susceptíveis.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Infecções de trato respiratório superior: No tratamento de tonsilites a clindamicina (150mg por via oral, a cada 6 horas,

por 10 dias) é mais eficaz que a penicilina V (250mg por via oral, a cada 6 horas, por 10 dias) e que a eritromicina (250mg

por via oral, a cada 6 horas, por 10 dias)1

.

Infecções de trato respiratório inferior: A clindamicina é superior ao metronidazol no tratamento de infecções

pulmonares (incluindo abscessos e pneumonias necrosantes) causadas por agentes anaeróbios2,3

No tratamento de abscessos pulmonares trabalhos demonstram superioridade da clindamicina quando comparada à

penicilina G. O primeiro trabalho randomizado compara os tratamentos intravenosos com clindamicina (600mg, a cada 8

horas) com penicilina G (1 milhão UI, a cada 4 horas) em 38 pacientes mostrando que a primeira leva a remissão mais

precoce da febre (4,7 vs 7,7 dias) e menor tempo de expectoração fétida (4,1 vs 7,8 dias). Após dez dias nenhum paciente

que usou clindamicina, e 24% dos que usaram penicilina, apresentou piora clínica4

. O segundo trabalho randomizado foi

feito com 39 pacientes com abscesso pulmonar comparando clindamicina (600mg, a cada 8 horas) com penicilina G (1

milhão UI, a cada 4 horas) durante 10 dias, por via intravenosa e 3 a 6 semanas por via oral. Este trabalho mostrou eficácia

de 100% da clindamicina contra 47% da penicilina5

Infecções de pele e partes moles: No tratamento de infecção de partes moles a combinação intravenosa de clindamicina

(5mg/kg, a cada 6 horas) e gentamicina (1,5mg/kg, a cada 8 horas) mostrou-se tão eficaz quanto cefotaxima (20mg/kg, a

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cada 6 horas). Os tratamentos duraram de 5 a 10 dias e as taxas de cura foram de 73% para a combinação clindamicina e

gentamicina vs 71% para o tratamento cefotaxima6

A clindamicina (300mg por via oral, a cada 8 horas, por 7 dias) foi tão efetiva quanto cloxacilina (500mg por via oral, a

cada 8 horas, por 7 dias) no tratamento de 61 pacientes com infecção de pele e tecido subcutâneo7

Infecções dentárias: A clindamicina (150mg, a cada 6 horas) tem eficácia comparável a da ampicilina (250mg, a cada 6

horas) no tratamento de abscessos odontogênico8

Infecções ginecológicas: No tratamento de vaginoses bacterianas a clindamicina alcança eficácia similar a do

metronidazol, tanto oral como topicamente. A taxa de cura de ambos fica entre 80 e 90%9,10,11,12

A clindamicina (900mg por via intravenosa, a cada 8 horas) é tão efetiva quanto ampicilina + sulbactam (2g + 1g por via

intravenosa, a cada 6 horas) no tratamento da endometrite pós-parto. As taxas de cura foram de 88% e 83%,

respectivamente13

. Resultados similares foram observados comparando clindamicina e gentamicina (900mg/1,5mg/kg, a

cada 8 horas) com ampicilina + sulbactam (2g + 1g por via intravenosa, a cada 6 horas)14

Outro trabalho sobre endometrite pós-parto mostrou que a clindamicina (600mg, a cada 6 horas) combinada com

gentamicina (dose definida através do nível sérico, a cada 8 horas) é tão efetiva quanto a cefoxitina (2g, a cada 6 horas, por

via intravenosa) e a mezlocilina (4g, a cada 6 horas, por via intravenosa). A taxa de cura foi de 92%, 82% e 87%,

respectivamente. Os tratamentos duraram de 4 a 10 dias15

. Resultados similares foram obtidos por Herman comparando a

combinação clindamicina e gentamicina (taxa de cura clínica 76%) com cefoxitina (75%)16

Em comparação com cefoperazona (2g, a cada 12 horas, via intravenosa) a combinação clindamicina (600mg por via

intravenosa, a cada 6 horas) e gentamicina (1 a 1,5mg/kg por via intravenosa, a cada 6 horas) mostrou eficácia similar em

um estudo randomizado no tratamento de infecção pélvica realizado com 102 mulheres17

Em pacientes com doença inflamatória pélvica o tratamento intravenoso combinado de clindamicina (900mg, a cada 8

horas) e gentamicina (dose de ataque de 120mg e manutenção de 80mg, a cada 8 horas) é tão eficaz quanto cefotaxima

intravenoso (2g, a cada 8 horas)18

. Também nestes casos quando comparamos a clindamicina combinada com um

aminoglicosídeo (amicacina ou gentamicina) com a combinação cefoxitina e doxiciclina observamos que ambas as opções

têm eficácia semelhante19,20

Infecções intra-abdominais: A combinação clindamicina e gentamicina foi tão eficaz quanto ampicilina + sulbactam para

o tratamento de infecções intra-abdominais. Em estudo cego e randomizado feito com 123 pacientes as duas opções foram

avaliadas e a taxa de cura clínica foi de 78% com ampicilina + sulbactam e 89% com clindamicina e gentamicina21

No tratamento de peritonite polimicrobiana a combinação intravenosa de clindamicina (5mg/kg, a cada 6 horas) e

gentamicina (1,5mg/kg, a cada 8 horas) mostrou-se tão eficaz quanto cefotaxima (20mg/kg, a cada 6 horas)22

A combinação de clindamicina e gentamicina foi tão eficaz quanto a combinação entre metronidazol e gentamicina para o

tratamento de infecções intra-abdominais em adultos23,24

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

O fosfato de clindamicina é um antibiótico semissintético, produzido pela substituição do grupo 7(R)-hidroxi de um

derivado da lincomicina, pelo grupo 7(S)-cloro. O fosfato de clindamicina é o éster hidrossolúvel da clindamicina e do

ácido fosfórico.

Propriedades farmacodinâmicas

O fosfato de clindamicina é um antibiótico inibidor da síntese proteica bacteriana.

Embora o fosfato de clindamicina seja inativo in vitro, in vivo é rapidamente hidrolisado a clindamicina ativa. A

clindamicina demonstrou ter atividade in vitro contra os seguintes micro-organismos isolados:

Cocos aeróbicos gram-positivos: Staphylococcus aureus; Staphylococcus epidermidis (cepas produtoras de penicilinase e

não penicilinase).

Em testes in vitro algumas cepas de estafilococos resistentes à eritromicina, rapidamente desenvolveram resistência à

clindamicina; estreptococo (exceto Streptococcus faecalis) e pneumococo.

Bacilos anaeróbicos gram-negativos: Bacteroides spp. (incluindo os grupos Bacteroides fragilis e Bacteroides

melaninogenicus); Fusobacterium spp.

Bacilos anaeróbicos gram-positivos não formadores de esporos: Propionibacterium, Eubacterium, Actinomyces spp.

Cocos anaeróbicos e microaerófilos gram-positivo: Peptococcus spp.; Peptostreptococcus spp. e Microaerophilic

streptococci.

Clostridia: É mais resistente que os outros micro-organismos anaeróbicos à clindamicina. Muitos Clostridium perfringens

são susceptíveis, mas outras espécies como Clostridium sporogenes e Clostridium tertium são frequentemente resistentes à

clindamicina.

Devem ser feitos testes de susceptibilidade. Foi demonstrada resistência cruzada entre clindamicina e lincomicina. Foi

demonstrado antagonismo entre clindamicina e eritromicina.

Propriedades farmacocinéticas

Estudos de níveis séricos conduzidos com uma dose oral de 150mg de cloridrato de clindamicina em 24 voluntários

adultos normais mostraram que a clindamicina foi rapidamente absorvida após administração oral. Foi atingido nível

sérico médio de 2,50µg/mL em 45minutos; os níveis séricos foram em média de 1,51µg/mL em 3 horas e de 0,70µg/mL

em 6 horas. A absorção de uma dose oral é quase completa (90%) e a administração concomitante de alimentos não

modifica, de forma considerável, as concentrações séricas; os níveis séricos foram uniformes e previsíveis de pessoa para

pessoa e entre as doses. Estudos de níveis séricos conduzidos após doses múltiplas de cloridrato de clindamicina por até 14

dias, não apresentaram evidências de acúmulo ou de alteração do metabolismo do medicamento. A meia-vida sérica da

clindamicina aumentou discretamente em pacientes com função renal acentuadamente reduzida. A hemodiálise e a diálise

peritoneal não são eficazes na remoção da clindamicina do soro. As concentrações séricas da clindamicina aumentaram de

forma linear com o aumento da dose. Os níveis séricos excederam a CIM (concentração inibitória mínima) para a maioria

dos micro-organismos indicados por, pelo menos, seis horas após a administração de doses usualmente recomendadas. A

clindamicina é amplamente distribuída nos fluidos e tecidos corpóreos (incluindo ossos). A meia-vida biológica média é de

2,4 horas. Aproximadamente 10% do ativo é excretado na urina e 3,6% nas fezes; o restante é excretado na forma de

metabólitos inativos. Doses de até 2 gramas de clindamicina por dia, durante 14 dias, foram bem toleradas por voluntários

sadios, com exceção da incidência de efeitos colaterais gastrintestinais ser maior com doses mais altas. Nenhum nível

significativo de clindamicina é atingido no líquido cerebrospinal, mesmo na presença de meninges inflamadas. Estudos

farmacocinéticos em voluntários idosos (61-79 anos) e adultos jovens (18-39 anos) indicam que apenas a idade não altera a

farmacocinética da clindamicina (clearance, meia-vida de eliminação, volume de distribuição e área sob a curva) após

administração IV do fosfato de clindamicina. Após administração oral de cloridrato de clindamicina, a meia-vida de

eliminação aumentou para aproximadamente 4,0 horas (variação de 3,4 – 5,1 h) em idosos, em comparação com 3,2 horas

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(variação de 2,1 – 4,2 h) em adultos jovens. O grau de absorção, no entanto, não é diferente entre as faixas etárias e não é

necessária alteração posológica para idosos com função hepática normal e função renal normal (ajustada para a idade).

Dados de segurança pré-clínicos

Carcinogênese: estudos de longa duração não foram realizados em animais para avaliar o potencial carcinogênico.

Mutagenicidade: Testes de genotoxicidade realizados incluíram o teste do micronúcleo em ratos e um teste de Ames

Salmonella invertido. Ambos foram negativos.

Alterações na fertilidade: Estudos de fertilidade em ratos tratados com até 300mg/kg/dia (aproximadamente 1,1 vezes a

maior dose recomendada em adultos humanos; dose calculada em mg/m2

), por via oral, não revelaram efeitos na fertilidade

ou no acasalamento.

Em estudos de desenvolvimento embrio-fetal em ratos com clindamicina oral e em ratos e coelhos com clindamicina

subcutânea, não foram observados desenvolvimento de toxicidade, exceto em doses que produziram toxicidade materna.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O fosfato de clindamicina é contraindicado a pacientes que já apresentaram hipersensibilidade à clindamicina, à

lincomicina ou a qualquer componente da fórmula.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Colite pseudomembranosa foi relatada em associação a quase todos os agentes antibióticos, inclusive clindamicina,

podendo variar em gravidade, de leve até risco de morte. Portanto, é importante considerar esse diagnóstico em pacientes

que apresentam diarreia subsequente à administração de agentes antibacterianos.

O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon e pode permitir o supercrescimento de clostridia.

Os estudos indicam que a toxina produzida pelo Clostridium difficile é a principal causa de “colite associada a antibiótico”.

Após se estabelecer diagnóstico de colite pseudomembranosa, as medidas terapêuticas devem ser iniciadas. Casos leves de

colite pseudomembranosa geralmente respondem à interrupção do fármaco isoladamente. Em casos moderados a graves,

deve-se considerar o tratamento hidroeletrolítico, suplementação proteica e tratamento com um fármaco antibacteriano

clinicamente eficaz contra colite por Clostridium difficile.

A clindamicina não deve ser usada no tratamento da meningite, pois não penetra adequadamente no líquido

cefalorraquidiano.

Durante terapia prolongada, devem ser realizados testes periódicos da função hepática e renal. O uso de fosfato de

clindamicina pode resultar em proliferação de micro-organismos não susceptíveis, particularmente leveduras. Diarreia

associada à Clostridium difficile (CDAD) foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos, inclusive

clindamicina, podendo variar em gravidade de diarreia leve a colite fatal. O tratamento com antibacterianos altera a flora

normal do cólon resultando em um crescimento excessivo de cepas de C. difficile. As toxinas A e B produzidas por C.

difficile contribuem para o desenvolvimento de CDAD. Hipertoxina produzida por cepas de C. difficile resultam em

aumento da morbidade e mortalidade, uma vez que estas infecções podem ser refratárias a antimicrobianos e podem

requerer colectomia. CDAD deve ser considerado para todos os pacientes que apresentam diarreia durante o uso de

antibióticos. Há relatos que CDAD pode ocorrer em até dois meses após a administração de antibacterianos, portanto, é

necessário cuidado na tomada do histórico médico e acompanhamento.

O fosfato de clindamicina não deve ser injetado em bolus por via intravenosa sem ser diluído, mas sim posto em infusão

por, pelo menos, 10 - 60 minutos, conforme indicado no item "POSOLOGIA E MODO DE USAR".

O fosfato de clindamicina contém álcool benzílico. O álcool benzílico tem sido associado à síndrome de Gasping fatal em

prematuros.

Uso durante a gravidez – Categoria de risco B

Estudos de toxicidade reprodutiva em ratos e coelhos com clindamicina oral e subcutânea não revelaram qualquer

evidência de diminuição da fertilidade ou dano ao feto, exceto em doses que causaram toxicidade materna. Estudos de

reprodução em animais nem sempre reproduzem a resposta em humanos.

A clindamicina atravessa a placenta em humanos. Após doses múltiplas, as concentrações no líquido amniótico foram de,

aproximadamente, 30% das concentrações sanguíneas maternas.

Em estudos clínicos com mulheres grávidas, a administração sistêmica de clindamicina durante o segundo e terceiro

trimestre de gravidez não tem sido associada a um aumento da frequência de anomalias congênitas. Não existem estudos

adequados e bem controlados em mulheres grávidas durante o primeiro trimestre de gravidez.

A clindamicina deve ser utilizada na gravidez apenas se claramente necessária.

“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.”

Uso durante a lactação: A clindamicina foi detectada no leite materno em concentrações de 0,7 a 3,8µg/mL. Devido aos

potenciais efeitos adversos da clindamicina em neonatos, clindamicina não deve ser utilizada em mulheres que estão

amamentando.

Efeito na habilidade de dirigir ou operar máquinas: O efeito de fosfato de clindamicina na habilidade de dirigir ou

operar máquinas ainda não foi sistematicamente avaliado.

Uso em pacientes idosos: O ajuste da dose não é necessário em pacientes idosos com a função hepática normal e função

renal normal (vide item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”).

Uso em pacientes pediátricos: Vide item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”.

Uso em pacientes com insuficiência renal e hepática: Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência

renal e hepática (vide item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”).

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Foi demonstrado antagonismo in vitro entre a clindamicina e a eritromicina. Devido ao possível significado clínico, os dois

fármacos não devem ser administrados concomitantemente.

Estudos demonstraram que a clindamicina apresenta propriedades de bloqueio neuromuscular que podem intensificar a

ação de outros fármacos com atividade semelhante. Portanto, fosfato de clindamicina deve ser usado com cautela em

pacientes sob terapia com tais agentes.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Fosfato de clindamicina deve ser armazenado na sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo ser

conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C). O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da

data de fabricação (vide ampola e rótulo externo).

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”

Fosfato de clindamicina, solução injetável, é um medicamento estéril, quase incolor (levemente amarelado) e destina-se a

administração em dose única.

Atenção: Medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração, para se detectar

alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução assim o permitirem.

Se a solução não for usada imediatamente após a abertura da ampola, o tempo e as condições de armazenagem antes da

administração serão de responsabilidade do usuário. As soluções não utilizadas deverão ser descartadas.

O fosfato de clindamicina em infusão, é incompatível (ou seja, não deve ser infundido junto com) com: ampicilina sódica,

fenitoína sódica, barbitúricos, aminofilina, gluconato de cálcio, sulfato de magnésio, ceftriaxona sódica e ciprofloxacino.

Não foi demonstrada incompatibilidade com os antibióticos cefalotina, canamicina, gentamicina, penicilina ou

carbenicilina.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O fosfato de clindamicina administração intramuscular deve ser utilizado sem diluição.

O fosfato de clindamicina administração intravenosa deve ser diluído (Ver subitem “Índices de Diluição e Infusão para uso

intravenoso”).

Uso em adultos: Via parenteral (administração IM ou IV): para infecções intra-abdominais, infecções da pelve feminina e

outras complicações ou infecções graves, a dose usual diária de fosfato de clindamicina é 2.400 – 2.700mg em 2, 3 ou 4

doses iguais. Infecções mais moderadas causadas por micro-organismos susceptíveis podem responder com 1.200 –

1.800mg/dia, em 3 ou 4 doses iguais. Doses maiores que 4.800mg/dia foram usadas com sucesso. Doses únicas IM

maiores que 600mg não são recomendadas.

Uso em crianças (com mais de 1 mês de idade): Via parenteral (administração IM ou IV): 20 - 40mg/kg/dia em 3 ou 4

doses iguais.

Uso em pacientes idosos: Estudos farmacocinéticos com clindamicina mostraram que não há diferenças importantes entre

pacientes jovens e idosos com a função hepática e renal normal (ajustado pela idade), após administração oral ou

intravenosa (vide item “CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades Farmacocinéticas”).

Uso em pacientes com insuficiência renal e hepática: Não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência

renal e hepática.

Doses em indicações específicas

Tratamento de infecções por estreptococo beta-hemolítico: Consulte as recomendações de dosagens acima, nos

subitens “Uso em adultos” e “Uso em crianças (com mais de 1 mês de idade)”. Em infecções por estreptococos beta-

hemolíticos, o tratamento deve ser mantido por pelo menos 10 dias.

Tratamento intra-hospitalar de doença inflamatória pélvica: Em doença inflamatória pélvica (DIP), o tratamento deve

ser iniciado com 900mg de fosfato de clindamicina, por via intravenosa a cada 8 horas, concomitantemente a um

antibiótico de espectro aeróbio Gram-negativo apropriado, como gentamicina 2,0mg/kg, administrado via IV, seguido de

1,5mg/kg, a cada 8 horas em pacientes com função renal normal. O tratamento IV deve ser continuado por pelo menos 4

dias e por pelo menos 48 horas após a recuperação da paciente.

Continua-se então o tratamento com cloridrato de clindamicina, por via oral, administrando-se 450 - 600mg, a cada 6 horas

até completar 10 - 14 dias de tratamento total.

Dose omitida: caso haja o esquecimento da utilização de fosfato de clindamicina no horário estabelecido, deve administrá-

lo assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve-se desconsiderar a

dose esquecida e administrar apenas a próxima dose. Neste caso, o paciente não deve receber dose duplicada. O

esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Índices de diluição e infusão para uso intravenoso

A concentração de clindamicina com diluente não deve exceder 18mg/mL e a taxa de infusão não deve exceder 30mg/min.

As taxas de infusão usuais são as seguintes:

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Dose Diluente Tempo

300mg 50mL 10 min

600mg 50mL 20 min

900mg 50 – 100mL 30 min

1.200mg 100mL 40 min

Não é recomendada a administração de mais de 1.200mg em uma infusão única de 1 hora.

Diluição e compatibilidade

Estudos de compatibilidade física e biológica, monitorados durante 24 horas, à temperatura ambiente, não demonstraram

qualquer inativação ou incompatibilidade com o uso de fosfato de clindamicina em soluções intravenosas contendo

solução de cloreto de sódio 0,9%, solução de glicose, solução de cálcio, solução de potássio e soluções contendo vitaminas

do complexo B, em concentrações clinicamente utilizadas.

A compatibilidade e a duração da estabilidade de misturas de fármacos dependem, sempre, das concentrações e de outras

condições associadas.

Estabilidade físico-química de soluções diluídas de fosfato de clindamicina

Diluentes

Concentração da

solução de

clindamicina1

após

diluição

Conservação em

temperatura

ambiente (entre

15ºC e 30ºC)

Conservação sob

refrigeração (entre

2ºC e 8ºC)

Solução de Dextrose

5% 2

6mg/mL Pelo menos 16 dias Pelo menos 32 dias

9mg/mL Pelo menos 16 dias Pelo menos 32 dias

12mg/mL Pelo menos 16 dias Pelo menos 32 dias

18mg/mL Pelo menos 16 dias --

Solução de cloreto

de sódio 0,9% 3

Solução de Ringer

Lactato 3

1. Equivalente a clindamicina base.

2. As soluções de dextrose que diluem a clindamicina nas concentrações de 6, 9 e 12mg/mL são apresentadas em frascos

de vidro ou bolsas enquanto que aquela que dilui a clindamicina em 18mg/mL, é apresentada em bolsas.

3. As soluções de cloreto de sódio 0,9% e Ringer lactato são apresentadas em frascos de vidro ou bolsas.

As boas práticas de manipulação sugerem que misturas medicamentosas (diluições) devem ser utilizadas logo após a

preparação.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Todos os efeitos indesejados relacionados no rótulo são apresentados na MedDRA SOC. Dentro de cada categoria de

frequência, os efeitos indesejáveis são apresentados na ordem de frequência e, depois, de importância clínica.

Tabela de Reações Adversas

Sistema de

classe de órgãos

Comum > 1/100 a

< 1/10

Incomum > 1/1.000

a < 1/100

Rara >

1/10.000 a <

1/1.000

Muito rara

< 1/10.000

Frequência

desconhecida (não pode

ser estimada a partir

dos dados disponíveis)

Infecções e

infestações

Colite

pseudomembranosa

- - - -

Distúrbios

sanguíneos e do

sistema linfático

- Eosinofilia - -

Agranulocitose,

leucopenia, neutropenia,

trombocitopenia

Distúrbios do

sistema

imunológico

Reações anafiláticas,

Reações com eosinofilia

e sintomas sistêmicos

(DRESS)

sistema nervoso

- Disgeusia - - -

cardíacos

-

Parada

cardiorrespiratória,

hipotensão

- - -

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vasculares

Tromboflebite - - -

gastrintestinais

Diarreia, dor

abdominal

Náusea, vômito - - -

hepatobiliares

Exame de função

hepática anormal

- - - Icterícia

Distúrbios na

pele e no tecido

subcutâneo

Rash

maculopapular

Urticária

Eritema

multiforme,

pruridos

Necrólise epidérmica

tóxica, Síndrome de

Steven-Johnson,

dermatite esfoliativa,

dermatite bolhosa, rash

morbiliforme, infecção

vaginal, pustulose

exantemática

generalizada aguda

gerais e

condições do

local da

aplicação

- Dor, abcesso - -

Irritação no local da

injeção

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.”

10. SUPERDOSE

Em casos de superdose, hemodiálise e diálise peritoneal não são meios eficazes para a eliminação da clindamicina do

sangue.

Em caso de superdose, empregar tratamento sintomático e de suporte.

“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações”.

Registro MS 1.1402.0053

Farmacêutico Responsável: Walter F. da Silva Junior

CRF-GO: 5497

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

ME - 003471

Página 9 de 9

Anexo B

Histórico de Alteração para Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

Assunto

Data de

aprovação

Itens de bula

Versões

(VP/VPS)

Apresentações

relacionadas

10/12/2014 --

10452 - Genérico –

Notificação de

Alteração de Texto de

bula - RDC 60/12.

NA NA NA NA

RESULTADOS DE EFICÁCIA

CARACTERÍSTICAS

FARMACOLÓGICAS

ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES

INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS

POSOLOGIA E MODO DE

USAR

REAÇÕES ADVERSAS

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.