Bula do Frontal para o Profissional

Bula do Frontal produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Frontal
Laboratorios Pfizer Ltda. - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO FRONTAL PARA O PROFISSIONAL

FRONTAL®

Comprimidos

0,25 mg, 0,5 mg, 1,0 mg ou 2,0 mg

LLD_FROCOM_05_VPS 1

29/Abr/2015

Frontal®

alprazolam

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Frontal®

Nome genérico: alprazolam

APRESENTAÇÕES

Frontal® 0,25 mg, 0,5 mg ou 1,0 mg em embalagens contendo 30 comprimidos.

Frontal® 2,0 mg em embalagem contendo 30 comprimidos + 1 porta-comprimidos.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL

USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de 0,25 mg, 0,5 mg, 1,0 mg ou 2,0 mg de Frontal® contem o equivalente a 0,25 mg, 0,5 mg,

1,0 mg e 2,0 mg de alprazolam, respectivamente.

Excipientes de Frontal® comprimido de 0,25 mg e de 2,0 mg: lactose monoidratada, celulose microcristalina,

docusato de sódio, benzoato de sódio, dióxido de silício coloidal, amido de milho e estearato de magnésio.

Excipientes de Frontal® comprimido de 0,5 mg: lactose monoidratada, celulose microcristalina, docusato de

sódio, benzoato de sódio, dióxido de silício coloidal, amido de milho, estearato de magnésio e corante amarelo

crepúsculo.

Excipientes de Frontal® comprimido de 1,0 mg: lactose monoidratada, celulose microcristalina, docusato de

sódio, benzoato de sódio, dióxido de silício coloidal, amido de milho, estearato de magnésio, corante vermelho

eritrosina e corante azul índigo carmin.

LLD_FROCOM_05_VPS 2

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Ataques de pânico com ou sem agorafobia. A presença de um transtorno de pânico é frequente no curso de

episódios atuais ou anteriores de agorafobia. Entre as características associadas, encontram-se frequentemente

sintomas depressivos ou obsessivos, assim como fobias sociais. As condutas de evitação comumente são

proeminentes na sintomatologia e certos agorafóbicos manifestam pouca ansiedade dado que chegam a evitar as

situações geradoras de fobia.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em um ensaio clínico realizado no ano de 2003 (aprovado pelo Comitê de Docência e Investigação, Comitê de

Ética e ANMAT) se comparou a eficácia e tolerabilidade em curto prazo do alprazolam versus placebo,

administrados em comprimidos sublinguais de 0,5 mg, como favorecedor do sono em curto prazo e insônia

primária ou associado a estados de ansiedade. Foi um ensaio comparativo, multicêntrico, cruzado com concessão

aleatória, controle com placebo e duplo cego. Os pacientes efetuaram tratamento com alprazolam sublingual

(ALP-SL) durante 8 dias ou com placebo, intermediando 4 dias de lavado entre ambos. A ordem dos tratamentos

foi aleatória. Foi avaliada eficácia com: Impressão Geral do Paciente (PGI), Escala Visual Análoga (EVA) e

Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI).

Foram avaliados 61 pacientes com idade entre 48 anos e 13 anos, sendo 17 homens e 44 mulheres.

Segundo PGI houve uma melhora de 91,9% com ALP-SL e 36,1% com placebo (p < 0,01).

EVA (Basal: 2,72 ± 1,44 – ALP-SL: 7,82 ± 2,0 – Placebo: 3,86 ± 2,09) p < 0,01.

PSQI Basal: 13,80 ± 3,02 – ALP-SL: 4,26 ± 2,84 – Placebo: 11,41 ± 4,37) p < 0,01. Não houve diferença

estatisticamente significativa entre ambos os tratamentos com relação à tolerabilidade. Como favorecedor do

sono ou ansiolítico em curto prazo o alprazolam administrado em comprimidos sublinguais demonstrou ser mais

eficaz que o placebo com diferenças estatisticamente significativas.

Em um outro estudo realizado em 2001, foram avaliados 248 pacientes com transtornos de ansiedade, dos quais

65,3% eram do sexo feminino e 34,7% do sexo masculino. Destes 248 pacientes, 78 ingressaram com o

diagnóstico de transtorno do pânico com e sem agorafobia. A idade média foi de 37 anos.

A quantidade utilizada de comprimidos sublinguais contendo 0,5 mg de alprazolam foi de 2,93 ± 0,14 (1,5 mg ±

0,05) por dia por paciente. O tratamento completo foi realizado durante 30 dias.

Foi avaliada a eficácia com: Impressão Clínica Global (CGI), Impressão Geral do Paciente (PGI) e Evolução da

escala de Hamilton para ansiedade.

A conclusão do estudo foi que o alprazolam administrado por via sublingual mostrou ser eficaz no controle a

curto prazo dos sintomas de ansiedade. A evolução global de tolerabilidade evidenciou que se trata de uma nova

forma farmacêutica segura.

Em um outro estudo realizado em 2001 com 12 voluntários sadios, foi administrado 1 mg de alprazolam ou

placebo em três ocasiões: (a) alprazolam por via oral e placebo por via sublingual; (b) placebo por via oral e

alprazolam por via sublingual; (c) placebo por ambas as vias.

Como conclusão, as medidas da farmacodinâmica demonstraram que alprazolam sublingual e oral produzem

sedação, fadiga e redução da velocidade do tempo de reação. Estas modificações foram inicialmente observadas

em 30 minutos após a dosagem e duraram até 8 horas.

Em geral as duas vias (sublingual e oral) foram significativamente diferentes do placebo, mas não entre ambas.

A eficácia de alprazolam, para uso prolongado excedendo seis meses, não foi estabelecida por ensaios clínicos

sistemáticos. O médico deve periodicamente reavaliar a utilidade do medicamento para o paciente individual.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Os agentes da classe 1,4-benzodiazepinas exercem, presumivelmente, seus efeitos se unindo a receptores

estereoespecíficos em locais distintos no Sistema Nervoso Central (SNC). O mecanismo exato de ação ainda é

desconhecido. Todos os benzodiazepínicos provocam clinicamente diversos graus de inibição dose-dependente

das atividades do SNC, variando de uma leve diminuição da performance até hipnose.

Propriedades Farmacocinéticas

Após a administração oral, o alprazolam é facilmente absorvido e as concentrações plasmáticas de pico são

obtidas em 1 a 2 horas. Os níveis plasmáticos são proporcionais à dose administrada; com doses de 0,5 a 3 mg,

obtiveram-se picos de 8 a 37 mg/ ml. Quando administrada por via sublingual, uma dose de 0,5 mg de

alprazolam atinge níveis plasmáticos mais precoces que por via oral. Os metabólitos predominantes são o α-

LLD_FSLCSL_02 3

27/mai/2014

hidroxi-alprazolam e uma benzofenona derivada do alprazolam. A atividade biológica do α-hidroxi-alprazolam

é, aproximadamente, a metade do Alprazolam. O metabólito benzofenona é, essencialmente, inativo. Os níveis

plasmáticos destes metabólitos são extremamente baixos; contudo, suas vidas médias parecem ser da mesma

magnitude que a do alprazolam. O alprazolam e seus metabólitos são eliminados, predominantemente, na urina.

Ainda não foi determinada a capacidade do alprazolam para induzir os sistemas enzimáticos hepáticos humanos.

Entretanto, isto não é uma propriedade dos benzodiazepínicos em geral. Além disso, o alprazolam não afetou os

níveis plasmáticos de varfarina ou protrombina em voluntários do sexo masculino, aos quais foi administrado

varfarina sódica por via oral. In vitro, o alprazolam se une em 80% às proteínas plasmáticas, principalmente às

albuminas. O álcool, a insuficiência hepática e a insuficiência renal modificam a farmacocinética do alprazolam.

Foram também registradas mudanças em pacientes idosos, obesos, alcoólicos, com insuficiência hepática e renal,

nas mulheres sadias tratadas com contraceptivos orais e naqueles tratados com cimetidina, nos quais se registrou

um aumento da vida média do alprazolam. Foi observada uma vida média de 16,3 horas em idosos sadios (9 -

26,9 horas, n = 16). Em pacientes com distúrbios hepáticos por alcoolismo, a vida média do alprazolam oscilou

entre 5,8 e 65,3 horas (média: 19,7 horas, n = 17). Em um grupo de indivíduos obesos, a vida média do

medicamento oscilou entre 9,9 e 40,4 horas (média = 21,8 horas, n = 12).

Da mesma forma que com outros benzodiazepínicos, o alprazolam atravessa a barreira placentária, sendo

excretado no leite materno.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Frontal® SL (alprazolam) é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade ao alprazolam ou

outros benzodiazepínicos. Frontal® SL pode ser utilizado em pacientes com glaucoma de ângulo aberto que

recebem tratamento adequado, porém está contraindicado no glaucoma de ângulo fechado, na miastenia gravis e

em pacientes com insuficiência respiratória descompensada. Síndrome de apneia do sono. É contraindicada a

administração conjunta de Frontal® SL com cetoconazol ou itraconazol, visto que estes fármacos afetam

significativamente o metabolismo mediado pelo citocromo P450 3A (CYP 3A).

Frontal® SL é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve

informar imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos de idade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Gerais:

Se Frontal® SL for administrado com outros psicotrópicos ou anticonvulsivantes, deverá ser considerada

cuidadosamente a farmacologia dos agentes a serem utilizados, particularmente com aqueles compostos que

possam potencializar a ação dos benzodiazepínicos. Como ocorre com outros medicamentos psicotrópicos, as

precauções comuns com relação à administração do medicamento e à magnitude da prescrição serão indicadas

para pacientes extremamente deprimidos ou naqueles com planos ou ideias suicidas. Recomenda-se que a dose

seja limitada à mínima efetiva para evitar o desenvolvimento de ataxia ou sedação que pode constituir problema

significativo em pacientes idosos ou debilitados. Devem ser tomadas as precauções habituais em pacientes com

dano severo da função renal, hepática ou pulmonar. O índice de depuração do alprazolam é diminuído nos

pacientes com doença hepática alcoólica e nos obesos. Foram relatados episódios de hipomania e mania

associada à administração de alprazolam em pacientes com depressão. O alprazolam tem um fraco efeito

uricosúrico. Apesar de existirem relatos que outros fármacos com efeitos uricosúricos fracos possam provocar

insuficiência renal aguda, não foram observados casos atribuíveis ao tratamento com Frontal® SL. A

administração de benzodiazepínicos agrava os sintomas da miastenia. Recomenda-se sua administração

excepcionalmente e sob estrita vigilância.

Recomenda-se acompanhamento no tratamento de pacientes com problemas renais ou hepáticos.

Não foram estabelecidas a segurança e eficácia em crianças nem em menores de 18 anos.

Carcinogênese, mutagênese e alteração da fertilidade: não foi observada evidência de potencial carcinogênico

em ratos durante um estudo de 24 meses com alprazolam em doses 375 vezes superiores à dose humana. O

alprazolam não produziu deterioração da fertilidade em ratos com doses de até 62,5 vezes a dose humana. O

alprazolam não se mostrou mutagênico no teste de micronúcleo em ratos, em doses de até 1.200 vezes a dose

humana.

Uso durante a Gravidez e Lactação: os benzodiazepínicos podem causar dano potencial ao feto; assim, deve-

se advertir à paciente deste possível risco. As pacientes devem ser informadas de que, em caso de gravidez ou de

intenção de engravidar durante o tratamento, o médico deve ser comunicado para suspender o tratamento. Efeitos

teratogênicos: evidência positiva de risco - estudos em humanos, informação investigativa ou pós-marketing

demonstraram risco fetal. Ainda assim, os benefícios potenciais do uso do medicamento podem superar o risco

LLD_FSLCSL_02 4

27/mai/2014

potencial. Por exemplo, o uso do medicamento pode ser aceitável em uma situação com risco de vida ou em uma

doença grave, para as quais não possam ser usados ou que sejam ineficazes medicamentos mais seguros. Efeitos

não teratogênicos: deve ser considerado que um recém-nascido de mãe recebendo benzodiazepínicos pode ter

risco de apresentar sintomas de supressão do medicamento durante o período pós-natal. Também foram relatados

problemas respiratórios em crianças nascidas de mães que receberam benzodiazepínicos. Os benzodiazepínicos

são excretados no leite materno. Foi relatado que a administração crônica de diazepam em mães em período de

lactação provoca apatia e perda de peso do bebê. Via de regra, mulheres amamentando não devem ser tratadas

com Frontal® SL. Não foi estabelecida a utilidade de Frontal® SL no trabalho de parto ou no parto.

Frontal® SL é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve

informar imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Dependência e reações decorrentes da interrupção do medicamento: existe certo risco de dependência após a

administração, em curto prazo, da dose recomendada para o tratamento da ansiedade transitória e dos distúrbios

de ansiedade (por exemplo, 0,75 a 4 mg por dia). Certos eventos adversos, alguns dos quais podendo ocasionar

risco à vida, são uma conseqüência direta da dependência física ao alprazolam. Tais eventos incluem um

espectro de sintomas de suspensão do medicamento; sendo o mais importante a crise convulsiva. O risco de

dependência ao alprazolam, incluindo o complexo de sintomas de abstinência, é mais severo em pacientes

tratados com doses altas (mais de 4 mg diários) e por períodos prolongados (8 a 12 semanas) do que após

tratamentos de curta duração.

Importância da dose e os riscos no tratamento dos ataques de pânico: uma vez que o tratamento de ataques

de pânico geralmente requer o uso de uma dose diária média superior a 4 mg, o risco de dependência nestes

pacientes pode ser maior do que naqueles tratados para ansiedade menos grave. O ataque de pânico foi

relacionado com as síndromes depressivas maiores primária e secundária e com uma proporção crescente de

suicídios entre pacientes não tratados. Quando se tratar de pacientes deprimidos ou quando existir motivo para

suspeita de ideias ou planos suicidas encobertos, deverão ser tomadas as mesmas precauções inerentes ao uso de

qualquer outro agente psicotrópico.

Estado epiléptico e seu tratamento: foram observadas crises convulsivas associadas com a interrupção do

alprazolam. Na maioria dos casos relatou-se uma crise única; contudo, também foram observadas crises

múltiplas e estado epiléptico. Em geral, o tratamento do estado epiléptico de qualquer etiologia envolve a

administração de benzodiazepínicos, geralmente por via endovenosa, mais fenitoína ou barbitúricos, manutenção

das vias aéreas livres e uma hidratação adequada.

Sintomas entre administrações: nos pacientes com ataques de pânico que recebem doses de manutenção pode

surgir ansiedade entre as administrações e ansiedade matutina, circunstância que indica o desenvolvimento de

tolerância ou a existência de um intervalo prolongado entre as tomadas. Em ambos os casos acredita-se a dose

prescrita não seja suficiente para manter concentrações plasmáticas acima do nível necessário para prevenir

sintomas de abstinência, recaídas ou rebote. Nestas situações recomenda-se encurtar o intervalo entre as

administrações.

Riscos por redução de dose: os sintomas provocados pela interrupção do medicamento podem ocorrer quando

se reduz a dose por qualquer motivo. Isto inclui tanto uma redução planejada, como também a inadvertida (por

exemplo, por esquecimento do paciente, quando se é admitido em um hospital, etc.). Portanto, a dose de

Frontal® SL deve ser reduzida ou interrompida gradativamente. Frontal® SL não é eficaz no tratamento de

pacientes psicóticos e não deve ser utilizado como substituto do tratamento adequado. Devido a seus efeitos

depressores sobre o SNC, pacientes tratados com alprazolam devem ser alertados para evitar tarefas de risco ou

atividades que requeiram um grau especial de atenção, como operar máquinas ou dirigir veículos. Pela mesma

razão, os pacientes devem ser advertidos sobre a ingestão simultânea de álcool e outros medicamentos

depressores do SNC durante o tratamento com Frontal® SL. Podem ocorrer, rara e inesperadamente, certas

reações paradoxais como irritabilidade, agressividade, excitação, síndrome confusonírica e alucinações.

Não há estudos de Frontal® SL administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e

eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via sublingual.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e

atenção podem estar prejudicadas.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Psicotrópicos, anticonvulsivantes, anti-histamínicos, álcool, analgésicos opioides ou outros medicamentos

depressores do SNC: os efeitos depressores se potencializam.

Imipramina e desipramina: foram relatados aumentos das concentrações plasmáticas destes medicamentos de

31 e 20%, respectivamente, quando administrados com alprazolam em doses de até 4 mg diários.

LLD_FSLCSL_02 5

27/mai/2014

Fluoxetina: aumenta a concentração plasmática máxima do alprazolam em 46%, diminui a depuração em 21% e

aumenta a vida média em 17%.

Propoxifeno: diminui a concentração plasmática máxima do alprazolam em 6% e a depuração em 38%,

aumentando a vida média em 58%.

Contraceptivos orais: aumentam a concentração plasmática máxima do alprazolam em 18%, diminuem a

depuração em 22% e aumentam a vida média em 29%.

Medicamentos que podem influir sobre o metabolismo hepático dos benzodiazepínicos, incrementando

seus níveis plasmáticos (vide Contraindicações): a inibição do metabolismo oxidante mediado pelo citocromo

P450 pode associar-se a um aumento ou prolongação do efeito sedativo. Dados obtidos de estudos clínicos com

benzodiazepínicos sugerem uma possível interação do alprazolam com: diltiazem, isoniazida, antibióticos

macrolídeos (como a eritromicina e a claritromicina), disulfiram, cimetidina e o suco de toranja. Dados de

estudos in vitro com alprazolam sugerem uma possível interação com sertralina e paroxetina. Dados de estudos

in vitro com outros benzodiazepínicos sugerem uma possível interação com os seguintes medicamentos:

ergotamina, ciclosporina, amiodarona, nicardipina e nifedipina.

Carbamazepina e rifampicina: benzodiazepínicos metabolizados pelo citocromo P450 (como o alprazolam)

podem ter a concentração plasmática e a vida média de eliminação diminuídas devido à indução do metabolismo

hepático provocada por estes fármacos.

Zidovudina (AZT): benzodiazepínicos podem, em teoria, competir com a zidovudina na glicuronidação

hepática, diminuindo assim a depuração desta última, com conseqüente aumento de sua toxicidade. Apesar das

interações entre os benzodiazepínicos nos testes laboratoriais clínicos terem sido relatadas ocasionalmente, não

existe um padrão consistente para um fármaco ou um teste específico. As benzodiazepinas podem interferir com

as provas de captação tireoidiana, diminuindo a recaptação e I131-123.

Álcool: Bebidas alcoólicas devem ser evitadas durante o tratamento com o produto.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Frontal® SL deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da umidade e pode ser

utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas: comprimido redondo, biconvexo, liso de coloração branca.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Para se obter em forma ótima as vantagens de rapidez de ação da via sublingual recomenda-se:

 Colocar o comprimido de Frontal® SL dentro da cavidade bucal, debaixo da língua.

 Mantê-lo debaixo da língua durante pelo menos 5 (cinco) minutos.

 Evitar a ingestão antes de transcorrer o tempo especificado.

A dose deve ser adaptada, a critério médico, ao quadro clínico do paciente.

Uso em adultos: Como posologia média, recomenda-se iniciar o tratamento com um comprimido de Frontal®

SL 2 ou 3 vezes ao dia, posologia que poderá ser ajustada conforme a evolução do paciente, sem ultrapassar a

dosagem de 4 mg diários, em administrações separadas. Caso ocorram efeitos secundários com a dose inicial,

esta pode ser diminuída.

Uso em idosos ou debilitados: recomenda-se iniciar o tratamento com um comprimido de Frontal® SL 2 vezes

ao dia, aumentando-se a posologia quando o quadro clínico necessitar e a tolerância do paciente permitir. Apesar

das doses diárias usuais serem adequadas para a maioria dos pacientes, alguns podem necessitar de doses

superiores. Nestes casos, as doses devem ser aumentadas cuidadosamente para evitar efeitos adversos. Tanto a

diminuição da dose quanto a supressão do tratamento devem ser feitas gradativamente. Sugere-se não diminuir a

dose diária em mais de 0,5 mg a cada três dias. Como ansiolítico a dose recomendada é de 0,5 mg a 1 mg antes

de dormir.

A via sublingual pode ser complementar à via oral, ou seja, um paciente pode fazer um tratamento de base com

Frontal® comprimidos simples e simultaneamente usar comprimidos de Frontal® SL, se desejar um rápido

alívio de sua ansiedade ou sofrer de ataque do pânico.

Uso em pacientes com insuficiência renal e hepática: O álcool, a insuficiência hepática e a insuficiência renal

modificam a farmacocinética do alprazolam.

LLD_FSLCSL_02 6

27/mai/2014

Em pacientes com transtornos hepáticos por alcoolismo, a vida média do alprazolam variou entre 5,8 e 65,3

horas (média: 19,7 horas, n=17). Em um grupo de sujeitos obesos, a vida média do fármaco variou entre 9,9 e

40,4 horas (média: 21,8 horas, n=12).

Em pacientes com insuficiência hepática avançada, insuficiência renal, debilitados ou idosos, se sugere iniciar o

tratamento com 0,25 mg de Frontal® (comprimidos simples), 2 ou 3 vezes ao dia. Uma vez que o paciente

demonstrou tolerância, pode-se começar a administrar o comprimido de Frontal® SL (0,5mg).

Uso em pacientes com insuficiência renal: considerando que o produto é eliminado em sua maior parte por via

renal, a dose deve ser ajustada ao grau de incapacidade funcional renal.

Equivalência em peso entre o composto químico da apresentação farmacêutica com a substância

terapeuticamente ativa: alprazolam 0.5 mg, excipientes q.s.p. 35 mg.

Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os efeitos colaterais de Frontal® SL são normalmente observados no início do tratamento e, em geral,

desaparecem durante seu transcurso. No paciente tratado habitualmente, os efeitos secundários mais comuns

devem-se a uma extensão da atividade farmacológica do alprazolam, tais como sonolência e sensação de “cabeça

vazia”.

Reações adversas de alprazolam segundo a incidência estimada, com base em estudos clínicos empregando

doses de até 4 mg por dia em distúrbios de ansiedade.

Reações Muito comuns (> 10%):

SNC: sonolência, depressão, cefaleia.

Gastrointestinais: boca seca, constipação e diarreia.

Reações Comuns (> 1/100 e <1/10):

SNC: confusão, insônia, nervosismo, síncope, vertigem, acatisia, sensação de “cabeça vazia”.

Gastrointestinais: náuseas, vômitos, aumento da salivação.

Cardiovasculares: taquicardia, palpitações, hipotensão.

Órgãos dos sentidos: visão turva.

Musculo-esqueléticas: rigidez, tremores.

Cutâneas: dermatite, alergia.

Outras: congestão nasal, aumento ou diminuição do peso.

Reações observadas no tratamento de ataques de pânico com doses de até 10 mg diários de alprazolam:

Fadiga ou cansaço, coordenação alterada, irritabilidade, alteração da memória, insônia, alterações cognitivas,

disartria, ansiedade, movimentos involuntários anormais, diminuição da libido, estados confusionais, diminuição

da salivação, constipação, náuseas/vômitos, diarreia, dor abdominal; congestão nasal, taquicardia, dor torácica;

visão turva; sudorese, erupção cutânea (rash); tanto aumento quanto diminuição do apetite e do peso corporal,

disúria, distúrbios menstruais.

Contrações musculares, aumento da libido e outras alterações não especificadas, fraqueza, alteração do tônus

muscular, síncope, acatisia, agitação, desinibição, parestesias, loquacidade, distúrbios vasomotores, perda da

sensação de realidade, anormalidades do sono, medo, sensação de calor; aumento da salivação; hiperventilação,

infecção das vias aéreas superiores; acúfenos, cãibras ou rigidez muscular; disfunção sexual, edema,

incontinência, infecções não especificadas.

Incomuns (abaixo de 1%):

Descritas com o uso de benzodiazepínicos em geral: distonia, irritabilidade, dificuldade na concentração,

anorexia, amnésia transitória ou alterações da memória, perda da coordenação, fadiga, convulsões, sedação,

linguagem confusa, icterícia, debilidade muscular, prurido, diplopia, disartria, mudanças na libido,

irregularidades menstruais, incontinência e retenção urinária. Associadas ao uso de alprazolam: convulsões,

alucinações, despersonalização, alteração do paladar, diplopia, aumento de bilirrubina e enzimas hepáticas,

icterícia.

Durante o tratamento com alprazolam podem ocorrer reações paradoxais como irritabilidade, espasticidade

muscular, distúrbios do sono, alucinações e outros efeitos adversos da conduta; nestes casos, o uso do produto

LLD_FSLCSL_02 7

27/mai/2014

deve ser interrompido. Algumas pessoas com distúrbios limítrofes da personalidade e com antecedentes pessoais

de conduta agressiva, abuso de álcool ou de outras substâncias, registram maior risco de apresentar estes eventos.

A incidência de anormalidades hematológicas, bioquímicas e urinárias não aparenta ser de importância

fisiológica (hemograma, hematócrito, albumina, creatinina, bilirrubina, fosfatase alcalina, etc.). Em tratamentos

prolongados, recomenda-se realizar controles sanguíneos e urinários periodicamente. Em alguns pacientes

tratados com alprazolam foram observadas mudanças menores no eletroencefalograma, comumente atividade

rápida de baixa voltagem de significado desconhecido.

Dependência: têm sido observados sintomas de abstinência (similares àqueles manifestados com barbitúricos

e/ou álcool) após a interrupção abrupta dos benzodiazepínicos. Estes sintomas podem variar desde uma leve

disforia e insônia até uma síndrome maior, que pode incluir cólicas abdominais e musculares, vômitos, suor,

tremores e convulsões. Além disso, foram observadas crises diante da diminuição rápida ou abandono abrupto do

tratamento com Frontal® SL. Recomenda-se uma cuidadosa supervisão da dose. Pacientes com antecedentes de

crise convulsivas ou epilepsia, apesar de seus tratamentos contra estes episódios, não devem abandonar

abruptamente nenhum agente depressor do SNC, incluindo o Frontal® SL. Se os benzodiazepínicos são

utilizados em doses elevadas e/ou por períodos prolongados, podem produzir dependência física e psíquica.

Indivíduos dependentes (a medicamentos e/ou álcool) devem estar sob cuidadosa vigilância quando receberem

alprazolam ou outros agentes psicotrópicos, devido à predisposição desses pacientes ao hábito e à dependência.

Atenção: este produto é um medicamento que possui uma nova forma farmacêutica no país e, embora as

pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente,

podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos

pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal."

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.