Bula do Gabapentina (Port. 344/98 - Lista C1) para o Profissional

Bula do Gabapentina (Port. 344/98 - Lista C1) produzido pelo laboratorio Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Limitada
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Gabapentina (Port. 344/98 - Lista C1)
Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Limitada - Profissional

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BULA COMPLETA DO GABAPENTINA (PORT. 344/98 - LISTA C1) PARA O PROFISSIONAL

Modelo de Bula para Profissionais de Saúde

gabapentina

Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.

Cápsulas

300mg / 400mg

2

Medicamento Genérico Lei n° 9.787, de 1999.

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS DE IDADE (APENAS PARA TRATAMENTO DE EPILEPSIA)

APRESENTAÇÕES:

gabapentina 300 mg em embalagens contendo 10 ou 30 cápsulas.

gabapentina 400 mg em embalagens contendo 10 ou 30 cápsulas.

COMPOSIÇÃO:

Cada cápsula de gabapentina contém:

gabapentina.......................................................300mg

Excipientes q.s.p ......................................... 1 cápsula

Excipientes: amido de milho e talco.

gabapentina.......................................................400mg

Excipientes q.s.p ..........................................1 cápsula

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Epilepsia

Gabapentina é indicada como monoterapia no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária, em adultos e em

crianças a partir de 12 anos de idade. A segurança e eficácia da monoterapia em crianças com menos de 12 anos de idade não foram

estabelecidas (vide item 8 - Posologia e Modo de Usar – Pacientes Adultos e Pediátricos a partir de 12 Anos de Idade).

Gabapentina também é indicada como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária

em adultos e em crianças a partir de 12 anos de idade.

Dor Neuropática

Gabapentina é indicada para o tratamento da dor neuropática em adultos a partir de 18 anos de idade. A segurança e eficácia em

pacientes com menos de 18 anos não foi estabelecida.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Neuralgia Pós-herpética

Gabapentina foi avaliada para o controle da neuralgia pós-herpética (NPH) em 2 estudos multicêntricos, randomizados, duplo-cegos,

controlados por placebo, com N=563 pacientes na população de intenção de tratamento (ITT) (Tabela 2). Os pacientes eram

admitidos no estudo se continuassem sentindo dor por mais de 3 meses após a cura da erupção cutânea por herpes zoster.

TABELA 2

Estudos Controlados de NPH: Duração, Doses e Número de Pacientes.

Estudo Duração do

Estudo

gabapentina

(mg/dia)a

Dose-Alvo

Pacientes

Tratados com

placebo

1 8 semanas 3.600 113 116

2 7 semanas 1.800, 2.400 223 111

Total 336 227

a

Dividido em 3 doses (3x/dia)

3

Cada estudo incluiu uma fase inicial de 1 semana, durante a qual os pacientes foram selecionados quanto à elegibilidade e uma fase

duplo-cega de 7 ou 8 semanas de duração (3 ou 4 semanas de titulação e 4 semanas de dose fixa). Os pacientes iniciaram o

tratamento com titulação até o máximo de 900 mg/dia de gabapentina durante 3 dias. As doses foram então tituladas em incrementos

de 600 a 1.200 mg/dia, a intervalos de 3 a 7 dias até a dose-alvo, por 3 a 4 semanas. No Estudo 1, os pacientes continuariam

recebendo as doses mais baixas se não conseguissem atingir a dose-alvo. Durante a fase inicial e o tratamento, os pacientes

registraram a dor em um diário por meio de uma escala numérica de gradação da dor de 11 pontos, variando de 0 (sem dor) a 10

(pior dor possível). Foi exigida para randomização uma pontuação média de dor durante a fase inicial de no mínimo 4 (o valor

médio de dor na fase inicial para os Estudos 1 e 2 combinados foi de 6,4). As análises foram conduzidas utilizando-se a população

de intenção de tratamento (todos os pacientes randomizados que receberam pelo menos uma dose do medicamento em estudo).

Os dois estudos apresentaram diferenças significativas em comparação ao placebo em todas as doses testadas.

Foi observada uma redução significativa nas pontuações médias semanais de dor durante a Semana 1 nos dois estudos e as

diferenças significativas foram mantidas até o final do tratamento. Foram observados efeitos comparáveis em todos os braços ativos

de tratamento. O modelo farmacocinético/ farmacodinâmico forneceu evidências confirmatórias da eficácia em todas as doses.

A proporção de pacientes que responderam ao tratamento (pacientes que relataram melhora de pelo menos 50% no desfecho da

pontuação da dor em comparação com a fase inicial) foi calculada para cada estudo.

Epilepsia

A eficácia de gabapentina como terapia adjuvante (adicionada a outros antiepiléticos) foi estabelecida em estudos multicêntricos,

controlados por placebo, duplo-cegos, de grupos paralelos conduzidos em pacientes adultos e pediátricos (a partir de 3 anos de

idade) com crises parciais refratárias.

Evidências da eficácia foram obtidas em três estudos conduzidos em 705 pacientes (a partir de 12 anos de idade). Os pacientes

admitidos nos estudos apresentavam história de pelo menos 4 crises parciais por mês apesar de receberem um ou mais fármacos

anticonvulsivantes em níveis terapêuticos e foram avaliados com seus respectivos esquemas terapêuticos antiepiléticos estabelecidos

durante um período inicial de 12 semanas (6 semanas no estudo de pacientes pediátricos). Nos pacientes que continuaram a

apresentar pelo menos 2 (ou 4 em alguns estudos) crises por mês, gabapentina ou placebo foram então adicionados à terapia

existente durante um período de tratamento de 12 semanas. A eficácia foi avaliada principalmente com base na porcentagem de

pacientes com redução igual ou superior a 50% na frequência de crises com o tratamento em relação ao basal (“taxa de pacientes

responsivos”) e uma medida derivada denominada razão de resposta, uma medida da alteração definida como (T - B) / (T + B), em

que B é a frequência de crises do paciente na fase inicial e T é a frequência de crises do paciente durante o tratamento. A razão de

resposta distribui-se no intervalo de -1 a +1. O valor zero indica que não ocorreu alteração, ao passo que a eliminação completa das

crises receberia um valor de -1 e, o aumento das taxas de crises receberia valores positivos. A razão de resposta de -0,33

corresponde a uma redução de 50% na frequência de crises. Os resultados apresentados a seguir são para todas as crises parciais na

população de intenção de tratamento (todos os pacientes que receberam qualquer dose de tratamento) em cada estudo, a menos que

indicado de outra forma.

Um estudo comparou gabapentina 1.200 mg/dia divididos em 3 doses ao dia com o placebo. A taxa de pacientes responsivos foi de

23% (14/61) no grupo que recebeu gabapentina e de 9% (6/66) no grupo que recebeu placebo.

A diferença entre os grupos foi estatisticamente significativa. A razão de resposta também foi melhor no grupo gabapentina (-0,199)

do que no grupo placebo (-0,044),uma diferença que também atingiu significância estatística.

Um segundo estudo comparou 1.200 mg/dia de gabapentina (N=101) divididos em 3 doses ao dia com o placebo (N=98). Grupos

menores de doses adicionais de gabentina (600 mg/dia, N=53; 1.800 mg/dia, N=54) também foram estudados para obter

informações sobre a resposta à dose. A taxa de pacientes responsivos foi mais alta no grupo gabapentina 1.200 mg/dia (16%) do que

no grupo placebo (8%), porém a diferença não foi estatisticamente significativa. A taxa de pacientes responsivos com 600 mg (17%)

também não foi significativamente maior do que a do placebo, porém a taxa do grupo responsivo de 1.800 mg (26%) foi

significativamente superior em relação ao grupo placebo. A razão de resposta foi melhor para o grupo gabapentina de 1.200 mg/dia

(-0,103) do que para o placebo (-0,022); porém esta diferença também não foi significativa (p = 0,224). Foi observada resposta

melhor nos grupos que recebiam gabapentina 600 mg/dia (-0,105) e 1.800 mg/dia (-0,222) do que no que recebia 1.200 mg/dia, com

o grupo de 1.800 mg/dia atingindo significância estatística em comparação ao placebo.

Um terceiro estudo comparou gabapentina 900 mg/dia divididos em 3 doses ao dia (N=111) e placebo (N=109).

Um grupo adicional de gabapentina 1.200 mg/dia (N=52) forneceu dados de dose-resposta. Foi observada diferença estatisticamente

significativa na taxa de pacientes responsivos para o grupo gabapentina de 900 mg/dia (22%) em comparação ao grupo placebo

(10%). A razão de resposta também foi significativamente superior para o grupo gabapentina 900 mg/dia (-0,119) em comparação

ao placebo (-0,027), assim como ocorreu no grupo gabapentina de 1.200 mg/dia (-0,184) em comparação ao placebo.

Também foram realizadas análises em cada estudo para examinar o efeito de gabapentina sobre a prevenção das crises tônico-

clônicas secundárias generalizadas. Os pacientes que experimentaram tais crises na fase inicial ou no período de tratamento nos três

estudos controlados por placebo foram incluídos nestas análises. Houve várias comparações de razões de resposta que apresentaram

vantagem estatisticamente significativa para a gabapentina em comparação ao placebo e tendências favoráveis para quase todas as

comparações.

4

A análise da taxa de pacientes responsivos utilizando dados combinados dos três estudos e de todas as doses (N=162, gabapentina;

N=89, placebo) também demonstrou uma vantagem significativa para gabapentina sobre o placebo na redução da frequência de

crises tônico-clônicas secundárias generalizadas.

Em dois dos três estudos controlados, foi utilizada mais do que uma dose de gabapentina. Dentro de cada estudo, os resultados não

apresentaram uma resposta consistentemente elevada em relação à dose. No entanto, observando os estudos, fica evidente uma

tendência para o aumento da eficácia com o aumento da dose (ver Figura 1).

Figura 1. Taxa de Pacientes Responsivos Recebendo gabapentina, Expressa como uma Diferença em Relação ao Placebo por Dose e

Estudo: Estudos de Terapia Adjuvante em Pacientes ≥12 anos Apresentando Crises Parciais.

Na figura 1, está traçada a magnitude do efeito do tratamento, medida no eixo Y como a diferença na proporção de pacientes

designados a receber gabapentina e placebo que atingiram redução igual ou superior a 50% na frequência de crises em relação à

frequência inicial e à dose diária administrada de gabapentina (eixo X).

Embora não tenha sido realizada análise formal por sexo, as estimativas de resposta (razão de resposta) dos estudos clínicos (398

homens, 307 mulheres) indicam que não existem diferenças importantes relativas ao sexo dos pacientes. Não houve padrão

consistente indicativo de que a idade apresentasse qualquer efeito sobre a resposta à gabapentina. Não houve número suficiente de

pacientes de outras raças além da Caucasiana que possibilitasse uma comparação de eficácia entre os grupos étnicos.

Referência Bibliográfica

Physicians’ Desk Reference®. Medical Economics Company 2004; 58: 2559 – 2564.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

A gabapentina penetra rapidamente no cérebro e previne convulsões em uma série de modelos animais de epilepsia. A gabapentina

não possui afinidade pelos receptores GABAA ou GABAB nem altera o metabolismo de GABA. Não se liga a outros receptores

neurotransmissores do cérebro e não interage com os canais de sódio.

A gabapentina liga-se com alta afinidade à subunidade α2δ (alfa-2-delta) dos canais de cálcio voltagem-dependentes e é proposto

que a ligação à subunidade α2δ esteja envolvida nos efeitos anticonvulsivos da gabapentina em animais. A triagem alargada não

sugere outro alvo do fármaco além de α2δ.

Evidências de vários modelos pré-clínicos atestam que a atividade farmacológica da gabapentina pode ser mediada pela ligação à

α2δ através da redução da liberação de neurotransmissores excitatórios em regiões do sistema nervoso central. Tal atividade pode

sustentar a atividade anticonvulsivante da gabapentina. A relevância dessas ações da gabapentina sobre os efeitos anticonvulsivantes

em humanos ainda não foi estabelecida.

A gabapentina também apresenta eficácia em vários modelos pré-clínicos animais de dor. Propõe-se que a ligação específica da

gabapentina à subunidade α2δ resulta em várias ações diferentes que podem ser responsáveis pela ação analgésica em modelos

animais. Os efeitos analgésicos da gabapentina podem ocorrer na medula espinhal, bem como em centros cerebrais superiores por

meio de interações com as vias descendentes inibitórias da dor. A relevância dessas propriedades pré-clínicas para a ação terapêutica

em humanos é desconhecida.

Propriedades Farmacocinéticas

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A biodisponibilidade da gabapentina não é proporcional à dose. Isto é, quando a dose aumenta, a biodisponibilidade diminui. Os

picos de concentração plasmática de gabapentina são observados de 2 a 3 horas após a administração oral. A biodisponibilidade

absoluta de gabapentina cápsula é de aproximadamente 60%. A alimentação, incluindo dietas ricas em gorduras, não tem efeito

sobre a farmacocinética da gabapentina.

A eliminação da gabapentina plasmática é melhor descrita pela farmacocinética linear. A meia-vida de eliminação da gabapentina

independe da dose e é, em média, de 5 a 7 horas.

A farmacocinética da gabapentina não é afetada por administrações múltiplas e as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio

são previsíveis a partir dos dados de dose única. Embora as concentrações plasmáticas da gabapentina nos ensaios clínicos tenham

estado geralmente entre 2 µg/mL e 20 µg/mL, tais concentrações não permitem prever a segurança ou a eficácia. As concentrações

plasmáticas de gabapentina são proporcionais às doses de 300 mg ou de 400 mg, administradas a cada 8 horas. Os parâmetros

farmacocinéticos estão descritos na Tabela 1.

TABELA 1

Resumo dos parâmetros farmacocinéticos médios (% DP) da gabapentina, no estado de equilíbrio, após administração a

cada 8 horas

Parâmetro Farmacocinético 300 mg

(N = 7)

400 mg

(N = 11)

Cmáx(µg/mL) 4,02 (24) 5,50 (21)

tmáx (h) 2,7 . (18) 2,1 (47)

t1/2(h) 5,2 (12) 6,1 ND

AUC (0-∞) (µg.h/mL) 24,8 (24) 33,3 . (20)

Ae% NA NA 63,6 (14)

% DP = Desvio padrão;

ND = Não determinado;

NA = Não disponível;

Ae% = porcentagem de gabapentina inalterada que é excretada pela urina.

A gabapentina não se liga às proteínas plasmáticas e possui um volume de distribuição equivalente a 57,7 L. Em pacientes com

epilepsia, as concentrações de gabapentina no líquido cefalorraquidiano (LCR) são correspondentes a aproximadamente 20% da

concentração plasmática no estado de equilíbrio. A gabapentina é eliminada exclusivamente por excreção renal. Não há evidência da

ocorrência de metabolismo em seres humanos. A gabapentina não induz as enzimas oxidases hepáticas de função mista,

responsáveis pelo metabolismo dos fármacos.

Em pacientes idosos e em pacientes com insuficiência renal, o clearance plasmático da gabapentina é reduzido. A constante da taxa

de eliminação, o clearance plasmático e o clearance renal da gabapentina são diretamente proporcionais ao clearance da creatinina.

A gabapentina é removida do plasma por hemodiálise. Recomenda-se um ajuste da dose em pacientes com função renal

comprometida ou sob hemodiálise (vide item 8 - Posologia e Modo de Usar - Ajuste de Dose na Insuficiência Renal em Pacientes

com Dor Neuropática ou Epilepsia e Ajuste de Dose em Pacientes sob Hemodiálise).

Em um estudo farmacocinético com 24 lactentes e crianças saudáveis, pacientes entre 1 e 48 meses de idade, alcançou exposição de

aproximadamente 30% menor (AUC) do que a observada em pacientes pediátricos com mais de 5 anos de idade. O Cmax foi menor

e o clearance por peso corporal foi maior em lactentes e em crianças.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Carcinogênese

A gabapentina foi administrada na dieta de camundongos, nas doses de 200, 600 e 2000 mg/kg/dia e de ratos, nas doses de 250,

1000 e 2000 mg/kg/dia, durante 2 anos. Um aumento estatisticamente significativo na incidência de tumores de células acinares

pancreáticas foi observado somente em ratos machos que receberam a dose mais elevada. Os picos das concentrações plasmáticas

do fármaco em ratos, com a dose de 2000 mg/kg/dia, foram 10 vezes maiores que as concentrações plasmáticas em humanos que

receberam a dose de 3600 mg/dia. Os tumores de células acinares pancreáticas em ratos machos foram neoplasias de baixo grau, que

não afetaram a sobrevida, não originaram metástases ou invadiram os tecidos vizinhos e foram semelhantes aos observados nos

animais controles. Não está clara a relevância destes tumores de células acinares pancreáticas de ratos machos ao risco

carcinogênico em humanos.

Mutagênese

A gabapentina não demonstrou potencial genotóxico. Não se mostrou mutagênica in vitro, em testes padrões empregando células de

mamíferos ou bacterianas. Também não induziu aberrações estruturais dos cromossomos em células de mamíferos in vitro ou in

vivo e não induziu a formação de micronúcleos na medula óssea de hamsters.

Alterações da Fertilidade

6

Não foram observados efeitos adversos sobre a fertilidade ou sobre a reprodução em ratos, em doses de até 2000 mg/kg

(aproximadamente 5 vezes a dose humana diária máxima na base de mg/m2

).

Teratogênese

Comparando-se aos controles, a gabapentina não aumentou a incidência de malformações na prole de camundongos, ratos ou

coelhos em doses de até 50, 30 e 25 vezes, respectivamente, a dose humana diária de 3600 mg (4, 5 ou 8 vezes, respectivamente, a

dose diária humana na base de mg/m2

A gabapentina induziu ossificação tardia do crânio, das vértebras e das patas dianteiras e traseiras de roedores, indicando um atraso

do crescimento fetal. Estes efeitos ocorreram quando fêmeas prenhas de camundongo receberam doses orais de 1000 ou de 3000

mg/kg/dia durante a organogênese e em ratas nas quais foram administradas doses de 500, 1000, ou 2000 mg/kg/dia antes e durante

o acasalamento e durante toda a gestação.

Estas doses são de aproximadamente 1 a 5 vezes a dose recomendada de 3600 mg para humanos na base de mg/m2

.

Não foram observados efeitos em fêmeas prenhas de camundongo que receberam 500 mg/kg/dia (aproximadamente metade da dose

diária humana na base de mg/m2

Foi observado um aumento na incidência de hidroureter e/ou hidronefrose em ratas que receberam 2000 mg/kg/dia em um estudo de

reprodução geral e de fertilidade; 1500 mg/kg/dia em um estudo de teratogênese; e 500, 1000 e 2000 mg/kg/dia em um estudo peri e

pós-natal. A significância destes resultados é desconhecida, mas foi associada ao retardo no desenvolvimento. Estas doses também

são aproximadamente 1 a 5 vezes a dose humana de 3600 mg na base de mg/m2

Em um estudo de teratogênese em coelhos, observou-se um aumento na incidência de perda fetal pós-implantação, em doses de 60,

300 e 1500 mg/kg/dia durante a organogênese. Estas doses são aproximadamente ¼ a 8 vezes a dose diária humana de 3600 mg na

base de mg/m2

4. CONTRAINDICAÇÕES

Gabapentina é contraindicada a pacientes com hipersensibilidade à gabapentina ou a outros componentes da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Gerais

Embora não haja evidência de crises de rebote com a gabapentina, a suspensão abrupta de anticonvulsivantes em pacientes

epilépticos pode precipitar o estado de mal epiléptico (vide item 8 – Posologia e Modo de Usar). Quando por julgamento clínico

houver a necessidade de redução de dose, descontinuação ou substituição por um fármaco anticonvulsivante alternativo, isto deve

ser feito gradualmente, durante no mínimo uma semana.

Geralmente, gabapentina não é considerada eficaz no tratamento de crises de ausência.

O tratamento com gabapentina tem sido associado com tonturas e sonolência, que podem aumentar a ocorrência de lesões acidentais

(quedas). Há também relatos, na pós-comercialização, de confusão, perda de consciência e comprometimento mental. Assim, os

pacientes devem ser avisados para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os potenciais efeitos da medicação.

Pacientes que necessitem de tratamento concomitante com opióides podem apresentar aumentos das concentrações de gabapentina.

Os pacientes devem ser observados cuidadosamente sobre sinais de depressão do sistema nervoso central (SNC), como sonolência,

sedação e depressão respiratória e as doses de gabapentina ou opioides devem ser reduzidas apropriadamente (vide item 6 -

Interações Medicamentosas).

Não se deve ultrapassar o intervalo de 12 horas entre as doses de gabapentina para prevenir a reincidência de convulsões.

Casos de abuso e dependência foram relatados no banco de dados pós-comercialização. Como acontece com qualquer medicamento

ativo do sistema nervoso central (SNC), avalie cuidadosamente os pacientes quanto a um histórico de abuso de medicamentos e

observe-os quanto a possíveis sinais de abuso de gabapentina. Reações de hipersensibilidade sistêmica fatal grave, como rash com

eosinofilia e sintomas sistêmicos, tem sido relatados em pacientes tomando antiepiléticos incluindo gabapentina.

É importante notar que manifestações precoces de hipersensibilidade, tais como febre ou linfadenopatia, podem estar presentes

mesmo que o rash não esteja. Caso esses sinais ou sintomas estejam presentes, o paciente deve ser avaliado imediatamente. A

gabapentina deve ser descontinuada se uma etiologia alternativa para os sinais ou sintomas não puder ser estabelecida.

Fertilidade

Não há efeito sobre a fertilidade em estudos com animais (vide item 3. Características farmacológicas – Dados de segurança pré-

clínicos).

Uso Durante a Gravidez e Lactação

Uso Durante a Gravidez

Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Devido aos estudos de reprodução em animais nem sempre

serem um indicativo da resposta em humanos, gabapentina deve ser utilizada durante a gravidez apenas se o potencial benefício para

a paciente justificar o possível risco para o feto (vide item 3 – Características Farmacológicas - Dados de Segurança Pré-Clínicos –

Teratogênese).

Uso Durante a Lactação

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A gabapentina é excretada no leite materno. Devido ao efeito no lactente ser desconhecido, deve-se ter cuidado ao administrar

gabapentina em lactantes. Gabapentina deve ser utilizada em lactantes apenas se os benefícios superarem os riscos para o bebê.

Gabapentina é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser

utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar

prejudicadas.

O paciente só poderá executar estas atividades caso se saiba que o medicamento não afeta as suas habilidades.

Uso em Pacientes Pediátricos

Epilepsia

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia da monoterapia em crianças menores de 12 anos (vide item 8 - Posologia e Modo

de Usar).

Dor Neuropática

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em pacientes menores de 18 anos.

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO

Uso em idosos: vide item 8 - Posologia e Modo de Usar.

Uso em crianças: vide item 5 - Advertências e Precauções.

Uso durante a gravidez e lactação: gabapentina deve ser utilizada em lactantes e/ou grávidas apenas se os benefícios superarem os

riscos (vide item 5 - Advertências e Precauções).

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Existem relatos espontâneos e casos na literatura sobre depressão respiratória e/ou sedação associados ao uso de gabapentina e de

opioides. Em alguns desses relatos, os autores consideraram essa como sendo uma preocupação particular com a combinação de

gabapentina e opioides, especialmente em pacientes idosos.

Morfina

Em estudos envolvendo voluntários sadios (N=12), quando uma cápsula de liberação controlada de 60 mg de morfina foi

administrada 2 horas antes de uma cápsula de 600 mg de gabapentina, a AUC média da gabapentina aumentou em 44% comparada a

gabapentina administrada sem morfina. Isto foi associado a um aumento no limiar de dor (cold-pressor test). O significado clínico

destas alterações não foi definido. Os valores dos parâmetros farmacocinéticos não foram afetados pela administração da

gabapentina 2 horas após a de morfina. Os efeitos colaterais observados, mediados por opioides associados à administração da

gabapentina e da morfina não foram significativamente diferentes dos associados à morfina e ao placebo. A magnitude da interação

em outras doses não é conhecida (vide item 5 - Advertências e Precauções – Geral).

Não foram observadas interações entre a gabapentina e o fenobarbital, a fenitoína, o ácido valproico ou a carbamazepina. Os perfis

farmacocinéticos da gabapentina no estado de equilíbrio são similares para indivíduos sadios e para pacientes epiléticos recebendo

estes medicamentos anticonvulsivantes.

A coadministração de gabapentina com contraceptivos orais contendo noretindrona e/ou etinilestradiol não influencia a

farmacocinética no estado de equilíbrio de qualquer dos componentes.

A coadministração de gabapentina com antiácidos contendo alumínio e magnésio reduz a biodisponibilidade da gabapentina em

cerca de 20%. Recomenda-se que a gabapentina seja administrada 2 horas após a administração de antiácidos.

A excreção renal da gabapentina não é alterada pela probenecida.

Uma leve redução na excreção renal de gabapentina, que é observada quando este fármaco é coadministrado com cimetidina, parece

não ter importância clínica.

Exames Laboratoriais

Foram relatados resultados falso-positivos no teste Ames N-Multistix SG® quando a gabapentina foi associada a outros fármacos

anticonvulsivantes. Para se determinar a proteinúria, recomenda-se o procedimento mais específico de precipitação do ácido

sulfossalicílico.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Gabapentina cápsulas deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegida da luz e umidade, e pode ser

utilizada por 18 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças

Características físicas e organolépticas do produto:

Gabapentina 300 mg apresenta-se na forma de cápsulas de gelatina dura amarelas, contendo um pó branco.

Gabapentina 400 mg apresenta-se na forma de cápsulas de gelatina dura laranjas, contendo um pó branco.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Gabapentina é administrada por via oral, com quantidade suficiente de líquido para deglutição, podendo ser ingerida com ou sem

alimentos.

Cada cápsula de gabapentina 300 mg ou 400 mg contém o equivalente a 300 mg ou 400 mg de gabapentina, respectivamente.

Geral

Quando por julgamento clínico houver a necessidade de redução de dose, descontinuação ou substituição por um fármaco

alternativo, isto deve ser feito gradualmente durante no mínimo 1 semana.

Epilepsia

Adultos e Pacientes Pediátricos Acima de 12 anos de idade

Em estudos clínicos, a faixa de dose eficaz variou de 900 mg/dia a 3600 mg/dia. O tratamento pode ser iniciado com a

administração de 300 mg, 3 vezes ao dia no 1º dia, ou ajustando-se a dose conforme descrito na (Tabela 3). Então, a dose pode ser

aumentada em 3 doses igualmente divididas até um máximo de 3600 mg/dia. Doses de até 4800 mg/dia foram bem toleradas em

estudos clínicos abertos, a longo prazo. O intervalo máximo entre as doses no esquema de 3 vezes ao dia não deve ultrapassar 12

horas, para prevenir a reincidência de convulsões.

TABELA 3

Esquema de Dosagem - Titulação Inicial

Dose Dia 1 Dia 2 Dia 3

MANHÃ

------ 300 mg 300 mg

TARDE

------ ------ 300 mg

NOITE

300 mg 300 mg 300 mg

Dor Neuropática

Adultos

A dose inicial é de 900 mg/dia, administrada em três doses igualmente divididas e aumentada se necessário com base na resposta ao

tratamento até uma dose máxima de 3600 mg/dia. O tratamento deve ser iniciado titulando-se a dose (Tabela 3).

Ajuste de Dose na Insuficiência Renal em Pacientes com Dor Neuropática ou Epilepsia

O ajuste da dose é recomendado à pacientes com comprometimento de função renal (Tabela 4) e/ou em pacientes sob hemodiálise.

TABELA 4

Doses de gabapentina baseadas na função renal de adultos

Clearance da creatinina (mL/min) Dose Diária Total a

(mg/dia)

≥80 900 – 3600

50 – 79 600 – 1800

30 – 49 300 – 900

15 – 29 150b

–600

< 15 150b

– 300

a

a dose diária total deve ser administrada conforme a posologia de três vezes ao dia. As doses usadas para tratar os pacientes com

função renal normal (clearance da creatinina ≥ 80 mL/min) variam de 900 a 3600 mg/dia. As doses devem ser reduzidas em

pacientes com insuficiência renal (clearance da creatinina < 79 mL/min).

b

deve ser administrado 300 mg, em dias alternados.

Ajuste de Dose em Pacientes Idosos

9

As mesmas doses recomendadas para adultos, tanto para epilepsia como para dor neuropática, podem ser administradas em

pacientes idosos. Para pacientes com função renal comprometida, a dose deve ser ajustada conforme a Tabela 4.

Ajuste de Dose em Pacientes sob Hemodiálise

Para os pacientes submetidos à hemodiálise que nunca receberam gabapentina, é recomendada uma dose de ataque de 300 mg a 400

mg e, posteriormente doses de 200 mg a 300 mg de gabapentina após cada 4 horas de hemodiálise.

Dose Omitida

Caso o paciente esqueça de administrar gabapentina no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.

Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima.

Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.

O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS
10. SUPERDOSE

Não foi observada toxicidade aguda com risco de vida nos casos de superdoses de gabapentina de até 49 g.

Os sintomas da superdose incluíram tontura, visão dupla, fala empastada, sonolência, perda de consciência, letargia e diarreia leve.

Todos os pacientes se recuperaram totalmente com terapêutica de suporte. A redução da absorção de gabapentina em doses maiores

pode limitar a absorção do fármaco quando superdoses são ingeridas e, consequentemente, minimizar a toxicidade.

Embora a gabapentina possa ser removida por hemodiálise, baseado em experiência prévia, este procedimento geralmente não é

necessário. Entretanto, em pacientes com insuficiência renal grave, a hemodiálise pode ser indicada.

Não foi identificada uma dose letal oral de gabapentina em camundongos e ratos que receberam doses de até 8000 mg/kg. Nos

animais, os sinais de toxicidade aguda incluíram ataxia, dificuldade respiratória, ptose, hipoatividade ou excitação.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

MS: 1.5167.0042

Farmacêutico Responsável: Paulo Fernando Bertachini - CRF-GO nº 3.506

Fabricado por:

Aurobindo Pharma Limited

Hyderabad, Andhra Pradesh – Índia

Importado por:

Aurobindo Pharma Indústria Farmacêutica Ltda.

Via Principal 06E, Qd. 09, Md. 12-15, DAIA

Anápolis-Goiás

CNPJ: 04.301.884/0001-75

Indústria Brasileira

13

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA

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Histórico de alteração para a bula

Dados da Submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

N° expediente Assunto Data do

N° Do

Assunto Data de

aprovação

Itens de Bula Versões

(VP/VPS)

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relacionadas

16/06/2014 0478026144

(10459) –

GENÉRICO –

Inclusão Inicial

de Texto de

Bula

Inclusão Inicial de

Texto de Bula

16/06/2014

Atualização de texto de bula conforme

bula padrão publicada no bulário.

Submissão eletrônica para

disponibilização do texto de bula no

Bulário eletrônico da ANVISA.

VPS

Cápsulas

300mg e 400mg

17/10/14

(10452) -

GENÉRICO

Notificação

de

Alteração de

Texto de

Bula – RDC

60/12

– Notificação

– RDC 60/12

Atualização de texto de bula para

adequação à Bula Padrão.

II)Informações ao paciente

1. PARA QUE ESTE

MEDICAMENTO É

INDICADO?

4. O QUE DEVO SABER

ANTES DE USAR ESTE

MEDICAMENTO?

5. ONDE, COMO E POR

QUANTO TEMPO POSSO

GUARDAR ESTE

6. COMO DEVO USAR ESTE

MEDICAMENTO? 8. QUAIS

OS MALES QUE ESTE

MEDICAMENTO PODE ME

CAUSAR? e

9. O QUE FAZER SE

ALGUÉM USAR UMA

300mg e

400mg

15

QUANTIDADE MAIOR DO

QUE A INDICADA DESTE

II) Informações técnicas aos

profissionais de saúde

1. INDICAÇÕES;

2. RESULTADOS E EFICÁCIA;

3. CARACTERÍSTICAS

FARMACOLÓGICAS;

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.