Bula do Glucovance produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
GLUCOVANCE®
cloridrato de metformina / glibenclamida
Merck S/A
Comprimidos revestidos
250 mg / 1,25 mg
500 mg / 2,5 mg
500 mg / 5 mg
1.000 mg / 5mg
Glucovance®
cloridrato de metformina, glibenclamida
APRESENTAÇÕES
250 mg/1,25 mg
500 mg/2,5 mg
500 mg/5 mg
1.000 mg/5 mg
250 mg/1,25 mg, 500 mg/2,5 mg, e 1.000 mg/5 mg: embalagens contendo 30
comprimidos revestidos.
500 mg/5 mg: embalagens contendo 10 e 30 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
cloridrato de metformina ............................................................................................. 250 mg
glibenclamida .............................................................................................................. 1,25 mg
Excipientes: povidona, croscarmelose sódica, celulose microcristalina, estearato de magnésio,
hipromelose, lactose monoidratada, macrogol, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo e
talco.
cloridrato de metformina ............................................................................................. 500 mg
glibenclamida ............................................................................................................... 2,5 mg
hipromelose, lactose monoidratada, macrogol, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo,
óxido férrico e óxido de ferro negro.
cloridrato de metformina .............................................................................................. 500 mg
glibenclamida ............................................................................................................... 5 mg
óxido férrico e laca de amarelo quinolina.
cloridrato de metformina .............................................................................................. 1.000 mg
glibenclamida ................................................................................................................ 5 mg
hipromelose, lactose monoidratada, macrogol, e dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Glucovance®
250mg/1,25mg é indicado como terapia inicial em adultos, juntamente com
dieta e exercícios, para melhorar o controle glicêmico em pacientes portadores de diabetes
mellitus não insulino-dependente (NIDDM ou diabetes do tipo 2), cuja hiperglicemia não é
satisfatoriamente controlada somente com dieta e exercícios.
500 mg/2,5 mg, Glucovance®
500 mg/5 mg e Glucovance®
1.000 mg/5 mg são
indicados como terapia de segunda linha, em adultos portadores de diabetes mellitus não
insulino-dependente (NIDDM ou diabetes tipo 2), quando não se obtém um controle
glicêmico adequado com dieta, exercícios e tratamento inicial com uma sulfonilureia ou
metformina.
Em substituição ao tratamento anterior com metformina e glibenclamida em adultos cuja
glicemia é estável e bem controlada.
A eficácia, segurança e tolerabilidade da associação fixa de glibenclamida e metformina foi
comparada ao tratamento com glibenclamida ou metformina em monoterapia durante 16
semanas, demonstrando redução dos níveis de HbA1c 1,7% superior no grupo em uso da
associação fixa versus o grupo em uso de glibenclamida em monoterapia e 1,9% superior no
grupo em uso da associação fixa versus o grupo em uso de metformina em monoterapia (1)
.
Um estudo multicêntrico, duplo-cego analisou pacientes com diabetes tipo 2 com controle
glicêmico inadequado (HbA1c>7% e <12%) com apenas dieta e exercício e comparou os
benefícios de uma terapia inicial com associação fixa de glibenclamida e metformina versus
monoterapia de glibenclamida e metformina durante 16 semanas. A associação fixa de
glibenclamida e metformina ocasionou uma redução da HbA1c na linha de base (-2,27%)
versus metformina (-1,53%) e glibenclamida (-1,90%). A associação fixa reduziu
significativamente a glicemia de jejum e pós-prandial de 2 horas comparado com a
monoterapia. (2)
Um estudo retrospectivo que comparou as alterações na HbA1c de pacientes diabéticos tipo 2
novos à associação fixa de metformina e glibenclamida versus glibenclamida coadministrada
com metformina (associação livre), demonstrou que o grupo tratado com associação fixa de
metformina e glibenclamida obteve uma redução média na HbA1c 0,5% superior ao grupo
em uso da metformina e glibenclamida em associação livre. A associação fixa de
glibenclamida e metformina melhora significativamente o controle glicêmico em comparação
à associação livre da glibenclamida e metformina em pacientes diabéticos tipo 2 novos à
terapia combinada. (3)
Um estudo avaliou a eficácia e segurança de duas dosagens da associação fixa de
glibenclamida e metformina, comparada às suas respectivas monoterapias em pacientes com
diabetes tipo 2 inadequadamente controlados com o tratamento com metformina em
monoterapia. O estudo demonstrou maiores reduções da HbA1c e da glicemia de jejum em
pacientes que fizeram uso da associação fixa em comparação à monoterapia. (4)
Referências:
(1) Blonde L et al - Glyburide/metformin combination product is safe and efficacious in
patients with type 2 diabetes failing sulphonylurea therapy. Diabetes, Obesity and
Metabolism, 4, 2002, 368-375
(2) Garber et al - Efficacy of glyburide/metformin tablets compared with initial monotherapy
in type 2 diabetes - J Clin Endocrinol Metab 2003; 88: 3598-3604
(3) Blonde L et al - Greater reductions in A1C in type 2 diabetic patients new to therapy with
glyburise/metfromin tablets as compared to glyburide/metformin tablets as compared to
glyburide co-administered wit metformin - Diabetes, Obesitu and Metabolism 2003; 5: 424-
431.
(4) Marre M et al - Improved glycaemic control with metformin-glibenclamide combined
tablet therapy (Glucovance®) in type 2 diabetic patients inadequately controlled on
metformin – Diabetic Medicine, 2002; 19: 673-680.
Glucovance®
contém em sua formulação glibenclamida e cloridrato de metformina, dois
agentes com mecanismos de ação diferentes e complementares, usados no controle glicêmico
em pacientes com diabetes do tipo 2.
Mecanismo de ação
A metformina é uma biguanida com efeito anti-hiperglicémico que permite reduzir a glicose
plasmática basal e pós-prandial. Não estimula a secreção de insulina e, por isso, não produz
hipoglicemia.
A metformina pode atuar através de 3 mecanismos:
1. redução da produção de glicose hepática, por inibição da gliconeogênese e da
glicogenólise;
2. no músculo, aumentando a sensibilidade à insulina, melhorando a captação e utilização de
glicose periférica;
3. e retardando a absorção de glicose no intestino.
A metformina estimula a síntese de glicogênio intracelular atuando ao nível da glicogênio-
sintetase. A metformina aumenta a capacidade de transporte de todos os tipos de
transportadores de glicose de membrana (GLUT).
No ser humano, independentemente da sua ação sobre a glicemia, a metformina exerce efeitos
favoráveis sobre o metabolismo lipídico. Tal efeito foi demonstrado com doses terapêuticas
em ensaios clínicos controlados, a médio e a longo prazo: a metformina reduz o colesterol
total, o colesterol LDL e os níveis de triglicerídeos. Até o momento, estes efeitos favoráveis
no metabolismo lipídico ainda não foram demonstrados em ensaios clínicos conduzidos com a
associação da metformina e glibenclamida.
A glibenclamida é uma sulfonilureia de segunda geração com uma meia-vida mediana: causa
uma queda acentuada da glicemia por estimulação da liberação de insulina pelo pâncreas,
sendo este efeito dependente da presença de células beta funcionais nas ilhotas de
Langerhans. A estimulação da secreção de insulina pela glibenclamida, em resposta à ingestão
de uma refeição, tem grande importância.
A administração de glibenclamida em diabéticos induz um aumento da resposta pós-prandial
estimulada pela insulina. Este aumento das respostas pós-prandiais à secreção de insulina e de
peptídeo-C persistem após pelo menos 6 meses de tratamento.
A metformina e a glibenclamida têm mecanismos e locais de atuação diferentes, porém suas
ações são complementares. A glibenclamida estimula o pâncreas a secretar insulina, enquanto
que a metformina reduz a resistência das células à insulina atuando a nível periférico
(músculo esquelético) e na sensibilidade hepática à insulina.
De acordo com o United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS), estudo
multicêntrico randomizado que acompanhou por cerca de 10 anos mais de 7000 pacientes
submetidos a diversos tratamentos para controle do diabetes Tipo 2, a metformina reduziu, de
maneira significativa, as complicações e mortalidade associadas com a doença.
Estudos clínicos duplo-cegos e randomizados com Glucovance®
250 mg/1,25 mg, 500 mg/2,5
mg e 500 mg/5 mg, envolvendo pacientes portadores de diabetes tipo 2 [(a) não
satisfatoriamente controlados somente com dieta e exercícios, (b) não satisfatoriamente
controlados com dieta, exercícios e dose máxima de uma sulfonilureia, e (c) não
satisfatoriamente controlados com dieta, exercícios e dose próxima da máxima de
metformina], evidenciaram o efeito aditivo sinérgico da glibenclamida e da metformina
quando administradas conjuntamente, numa formulação em dose-fixa como Glucovance®
:
este tratamento proporcionou maiores reduções na HbA1c (hemoglobina glicosilada) FPG
(glicemia de jejum) e PPG (glicemia pós-prandial), quando comparado com a administração
isolada de glibenclamida e metformina .
Farmacocinética
A glibenclamida é rapidamente absorvida do trato gastrointestinal, com concentrações
plasmáticas de pico sendo alcançadas dentro de 2 a 4 horas e observando-se níveis baixos,
porém detectáveis, em 24 horas. Liga-se extensivamente às proteínas plasmáticas. A absorção
pode ser mais lenta em pacientes hiperglicêmicos. É metabolizada, quase que completamente,
no fígado e seu principal metabólito é muito pouco ativo. Aproximadamente 50% de uma
dose oral são excretados na urina e 50%, por via biliar, nas fezes.
O cloridrato de metformina é lenta e incompletamente absorvido no trato gastrointestinal; a
biodisponibilidade de uma dose única de 500 mg é reportada como sendo de 50 a 60%,
observando-se alguma redução se ingerida com alimentos. Liga-se pouco às proteínas
plasmáticas, sendo excretado na urina, de forma inalterada. Sua meia-vida de eliminação
plasmática é de 2 a 6 horas, após administração oral.
Em estudos de biodisponibilidade de Glucovance®
500 mg/2,5 mg e 500 mg/5 mg, as AUCs
(curvas de concentração plasmática versus tempo) médias da glibenclamida foram 18% e 7%,
respectivamente, maiores que aquela da glibenclamida coadministrada com metformina em
formulações isoladas. Considerando-se o mesmo parâmetro farmacocinético (AUC), a
metformina de Glucovance®
foi bioequivalente à metformina coadministrada com
glibenclamida em formulações isoladas. Após administração de um único comprimido de
500 mg/5 mg com uma solução de glicose a 20%, ou com uma de solução de
glicose a 20% e alimento, não se observou efeito do alimento sobre a Cmáx (nível plasmático
máximo alcançado) mas sim um efeito relativamente pequeno, para maior, do alimento sobre
a AUC da glibenclamida. O Tmáx (tempo para o pico de concentração plasmática) para a
glibenclamida foi reduzido de 7,5 horas para 2,75 horas, com alimento, quando comparado
aquele, do mesmo componente, quando o comprimido de Glucovance®
foi administrado em
jejum com uma solução de glicose a 20%. Não se observou efeito do alimento sobre a
farmacocinética da metformina do Glucovance®
.
Glucovance®
é contraindicado em pacientes hipersensíveis ao cloridrato de metformina, à
glibenclamida ou à outra sulfonilureia e sulfonamidas, ou ainda a qualquer outro componente
de sua formulação; em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (insulino-depentes), ou se
ocorrer perda grave do controle do diabetes chegando à pré-coma ou cetose; em pacientes
com insuficiência renal (clearance de creatinina < 60 ml/min) ou hepática; em pacientes com
condições agudas com potencial para alterar a função renal, tais como: desidratação, febre,
infecção grave, choque; em pacientes com doenças agudas ou crônicas susceptíveis de causar
hipóxia tissular, como insuficiência cardíaca ou respiratória, infarto do miocárdio recente e
choque. É contraindicado também na porfiria; em cirurgia eletiva de grande porte (ver
Advertências e precauções); exames radiológicos envolvendo o uso de contrastes iodados
intravasculares (ver Advertências e precauções); em caso de uso de miconazol (inclusive por
via tópica); caso haja ingestão excessiva de álcool (diária ou eventual) e durante a lactação.
Acidose lática
A acidose láctica é uma complicação metabólica rara, porém grave (com elevada mortalidade
caso não se proceda a um tratamento imediato), que pode ocorrer devido à acumulação de
metformina. Foram descritos casos de acidose láctica em pacientes submetidos a tratamento
com metformina, principalmente em diabéticos com insuficiência renal significativa. A
incidência de acidose láctica pode e deve ser reduzida, determinando-se outros fatores de
risco associados, tais como diabetes mal controlada, cetose, jejum prolongado, consumo
excessivo de álcool, insuficiência hepática e qualquer condição associada com hipóxia.
Diagnóstico: o risco de acidose láctica deve ser considerado no caso de aparecimento de
sinais inespecíficos como cãibras musculares com perturbações digestivas, tais como dores
abdominais e astenia grave. A acidose láctica é caracterizada por dispneia acidótica, dor
abdominal e hipotermia, seguida de coma. Os resultados das análises laboratoriais revelam
uma queda no pH sanguíneo, níveis de lactato no plasma acima de 5 mmol/l, e um aumento
do gap aniônico e da relação lactato/piruvato. Caso se suspeite de acidose metabólica, a
administração do metformina deverá ser suspensa e o paciente imediatamente hospitalizado.
Hipoglicemia
Por conter uma sulfonilureia, Glucovance®
pode expor o paciente ao risco de hipoglicemia.
Após o início do tratamento, uma titulação progressiva das doses pode prevenir o
aparecimento de hipoglicemia. Este tratamento deve somente ser prescrito se o paciente
cumprir um horário regular das refeições (incluindo desjejum). É importante que a ingestão de
carboidratos seja regular, uma vez que o risco de hipoglicemia é aumentado por atraso nos
horários das refeições e ingestão insuficiente ou desequilibrada de carboidratos. Hipoglicemia
é mais provável de ocorrer em dietas com restrição calórica, após exercícios físicos intensos
ou prolongados, ingestão de álcool ou durante administração de agentes hipoglicêmicos
associados.
Diagnóstico: Glucovance®
é capaz de produzir hipoglicemia ou sintomas hipoglicêmicos
como cefaleia, fome, náuseas, vômitos, cansaço extremo, distúrbios do sono, inquietação,
agressividade, falta de concentração e de reação, depressão, confusão, dificuldade de discurso,
distúrbios visuais, tremores, paralisia e parestesia, tonturas, delírios, convulsões, sonolência,
perda da consciência, respiração superficial e bradicardia. Devido à contrarregulação causada
pela hipoglicemia, podem ocorrer sudorese, medo, taquicardia, hipertensão, palpitações,
angina e arritmia. Esses últimos sintomas podem estar ausentes quando a hipoglicemia se
desenvolver lentamente, em caso de neuropatia autonômica ou quando os pacientes fazem uso
de betabloqueadores, clonidina, reserpina, guanetidina ou outros simpaticomiméticos. O risco
de hipoglicemia apresenta-se aumentado quando a ingestão calórica é deficiente, quando
exercícios intensos não são compensados com adequada suplementação calórica, ou durante
uso concomitante com outros agentes hipoglicemiantes ou álcool. Insuficiência renal ou
hepática podem causar elevação dos níveis dos fármacos, tanto da glibenclamida quanto do
cloridrato de metformina e a insuficiência hepática pode também diminuir a capacidade
gliconeogênica, fatos que aumentam o risco de reações hipoglicêmicas. Pacientes idosos,
debilitados ou mal-nutridos e aqueles com insuficiência suprarrenal ou hipofisária, ou
intoxicação alcoólica, são particularmente suscetíveis a efeitos hipoglicêmicos. Pode-se ter
dificuldade de reconhecer a hipoglicemia no paciente idoso e naqueles que estejam usando
bloqueadores beta-adrenérgicos. A seleção adequada de pacientes e dosagem e instruções
adequadas ao paciente são importantes para reduzir o risco de episódios hipoglicêmicos. Caso
o paciente vivencie repetidos episódios de hipoglicemia, que sejam severos ou associados à
situação, tratamentos antidiabéticos opcionais diferentes de Glucovance®
devem ser levados
em consideração.
Controle da hipoglicemia: sintomas moderados de hipoglicemia sem perda de consciência ou
manifestações neurológicas devem ser corrigidos com a ingestão imediata de açúcar. Deve-se
assegurar um ajuste da dose e/ou alterações no padrão das refeições. Reações graves de
hipoglicemia com coma, convulsões ou outros sinais neurológicos são também possíveis e
constituem uma emergência médica que exige tratamento imediato com administração de
glicose intravenosa, quando a causa é diagnosticada ou suspeita, antes da hospitalização do
paciente. A cuidadosa seleção dos pacientes e das doses, bem como instruções adequadas para
o paciente são importantes para reduzir o risco de episódios de hipoglicemia. Se o paciente
apresentar episódios repetidos de hipoglicemia, que podem ser graves ou associados ao
desconhecimento da situação, outras opções de tratamento antidiabético que não o
Glucovance®
devem ser levados em consideração.
Fatores que favorecem a hipoglicemia:
Administração concomitante de álcool, especialmente em jejum;
Recusa ou incapacidade (mais particularmente em idosos) do paciente em cooperar;
Desnutrição, refeições irregulares, falta de refeições, jejum ou alterações da dieta;
Equilíbrio inadequado entre exercício físico e ingestão de carboidratos;
Insuficiência renal, insuficiência hepática grave;
Superdose com Glucovance®
;
Alguns distúrbios endócrinos: insuficiência da tireoide, da hipófise e das glândulas
suprarrenais;
Administração concomitante de certos medicamentos (ver Interações medicamentosas).
Insuficiência renal e hepática:
A farmacocinética e/ou farmacodinâmica da Glucovance®
pode ser modificada em pacientes
com insuficiência hepática ou renal grave. Caso hipoglicemia ocorra nesses pacientes, ela
pode ser prolongada, devendo ser iniciado tratamento adequado.
Função renal
Uma vez que a metformina é excretada pelo rim, recomenda-se que sejam determinados os
níveis de creatinina sérica e a depuração de creatinina antes de se dar início ao tratamento e,
posteriormente, de forma regular (pelo menos anualmente, em pacientes com função renal
normal; pelo menos duas a quatro vezes por ano, em pacientes com níveis de creatinina sérica
no limite superior da normalidade e em idosos). Diminuição da função renal em idosos é
frequente e assintomática. Deve-se ter especial cuidado em situações nas quais a função renal
possa ser afetada, tais como início de tratamento com anti-hipertensivos, diuréticos ou anti-
inflamatórios não-esteroidais.
Desequilíbrio da glicemia
Em caso de cirurgia ou qualquer outra causa de descompensação do diabetes, deve ser
instaurada terapia temporária com insulina em substituição ao tratamento com Glucovance®
.
Os sintomas de hiperglicemia são aumento da frequência urinária, sede excessiva e pele seca.
Administração de contrastes iodados
A administração intravascular de meios de contraste iodados pode conduzir à insuficiência
renal, induzindo acúmulo de metformina e risco de acidose lática. Desta forma, dependendo
da função renal, o uso de Glucovance®
tem que ser interrompido 48 horas antes do exame, ou
na sua ocasião, não devendo ser reiniciado senão 48 horas após a realização do mesmo, e
apenas quando a função renal tiver sido reavaliada e considerada normal.
Cirurgia
O uso de Glucovance®
terá que ser interrompido 48 horas antes de cirurgias eletivas maiores,
podendo ser reiniciado não antes de 48 horas após a cirurgia, e somente após a função renal
ter sido reavaliada como normal.
Ingestão de álcool
Álcool é conhecido por potencializar o efeito da metformina sobre o metabolismo dos
lactatos. Os pacientes, portanto, devem ser prevenidos contra o consumo de álcool, agudo ou
crônico, enquanto tratados com Glucovance®
. O álcool pode também aumentar o risco de
hipoglicemia, devido a seu efeito sobre a atividade gliconeogênica do fígado.
Testes laboratoriais
Determinações periódicas da glicemia em jejum e da hemoglobina glicada (HbA1c) devem ser
realizadas para monitorar a resposta terapêutica. Deve-se realizar o monitoramento inicial e
periódico (pelo menos uma vez ao ano) dos parâmetros hematológicos
(hemoglobina/hematócrito e contagem de células) e da função renal (creatinina sérica). Ainda
que anemia megaloblástica seja observada raramente nos pacientes tratados com metformina,
em caso de ser suspeitada deve-se excluir deficiência de vit. B12.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas
Os pacientes devem ser alertados para os sintomas de hipoglicemia e aconselhados a ter
cuidado ao dirigir ou utilizar máquinas.
Outras precauções
contém lactose; portanto, seu uso não é recomendado em pacientes com
problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má
absorção de glicose-galactose. Em pacientes com deficiência da G6PD (Glicose-6-Fosfato-
Desidrogenase) o tratamento com sulfonilureias pode levar a ocorrência de anemia
hemolítica. Por conter glibenclamida, que pertence à classe das sulfonilureias, Glucovance®
deve ser utilizado com cautela nestes pacientes e uma alternativa sem sulfonilureia deve ser
considerada.
Gravidez e lactação
Gravidez
Categoria de risco B. Os estudos em animais não demonstraram risco fetal, mas também não
há estudos controlados em mulheres grávidas. Uma vez que estudos de reprodução em
animais não são sempre preditivos da resposta humana, Glucovance®
não deve ser utilizado
durante a gravidez, a menos que seja absolutamente necessário.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
ou do cirurgião-dentista
Efeitos teratogênicos
Informações recentes sugerem fortemente que níveis de glicemia anormais durante a gravidez
estão associados com uma alta incidência de anormalidades congênitas. Os especialistas
recomendam que, durante a gravidez, deve ser usada a insulina para manter a glicemia tão
próxima do normal quanto possível. Não existem estudos adequados e bem controlados em
mulheres grávidas com Glucovance®
ou com seus constituintes (metformina e glibenclamida),
considerados isoladamente. Igualmente, não foram realizados estudos em animais com
. Os dados referidos em seguida são baseados em estudos realizados com a
metformina e a glibenclamida isoladamente.
Glibenclamida: Foram realizados estudos sobre a reprodução em ratos e coelhos com doses
até quinhentas vezes a dose humana diária máxima recomendada de 20 mg de glibenclamida,
com base em comparações das áreas das superfícies corporais, que não revelaram evidências
de prejuízos à fertilidade ou danos ao feto devidos à glibenclamida.
Cloridrato de metformina: a metformina não foi teratogênica em ratos ou coelhos em doses
até 600 mg/kg/dia. Esta dose corresponde a uma exposição de cerca de seis e duas vezes a
dose humana diária máxima recomendada de 2.550 mg de metformina, respectivamente, com
base em comparações das áreas das superfícies corporais. A determinação das concentrações
fetais demonstrou que a placenta se constituiu numa barreira parcial à metformina.
Efeitos não-teratogênicos
Têm sido observados casos de hipoglicemia severa prolongada (4 a 10 dias) em recém-
nascidos de mães em tratamento com sulfonilureias. Este fato tem ocorrido mais
frequentemente com o uso de agentes com meias-vidas prolongadas. Conforme dito
anteriormente, não se recomenda o uso de Glucovance®
durante a gravidez. Entretanto, se
usado, deve ser descontinuado pelo menos duas semanas antes da data provável do parto.
Lactação
Embora não se conheça se a glibenclamida é excretada no leite humano, algumas
sulfonilureias são conhecidas por serem excretadas por esta via. Estudos em ratas lactantes
mostraram que a metformina é excretada no leite e alcança níveis comparados àqueles do
plasma. Estudos similares não foram conduzidos em mulheres lactantes. Glucovance®
é
contraindicado durante a lactação. Uma vez que existe o risco potencial de hipoglicemia no
lactente, uma decisão deve ser tomada, de descontinuação da amamentação ou da
administração de Glucovance®
, levando em consideração a importância do medicamento para
a mãe. Caso Glucovance®
seja descontinuado e somente dieta seja insuficiente para controlar
a glicose sanguínea, deve ser considerada a terapia insulínica.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Uso pediátrico
Não foi estabelecida a segurança e eficácia de Glucovance®
em pacientes pediátricos.
Pacientes idosos
Nos estudos clínicos realizados não se observaram diferenças, considerando-se eficácia e
segurança, entre pacientes idosos e jovens, mas não se deve descartar uma possível maior
sensibilidade de alguns pacientes idosos. O cloridrato de metformina é conhecido por ser
substancialmente excretado pelo rim e como o risco de reações adversas sérias ao fármaco é
maior em pacientes com insuficiência da função renal, Glucovance®
somente deve ser usado
em pacientes com função renal normal (ver Advertências e precauções). Uma vez que o
envelhecimento associa-se à redução da função renal, Glucovance®
deve ser usado com
cautela em pacientes idosos. Deve-se ter cuidado na determinação da dose, o que deve ser
feito com base em monitoramento cuidadoso e regular da função renal. De uma maneira geral,
Associações contraindicadas
Relacionadas com a glibenclamida
Miconazol (via sistêmica ou tópica): aumento do efeito hipoglicemiante com possível
aparecimento de manifestações hipoglicêmicas, ou mesmo coma (ver Contraindicações).
Relacionadas com a metformina
Meios de contraste iodados: dependendo da função renal, Glucovance®
tem que ser
interrompido 48 horas antes do exame, ou na ocasião do exame, senão 48 horas após a
realização do mesmo, e apenas quando a função renal tiver sido reavaliada e considerada
normal.
Associações não recomendadas
Relacionadas com sulfonilureias
Álcool: Síndrome antabuse (intolerância ao álcool) tem ocorrido muito raramente após o
uso concomitante de álcool e glibenclamida. A ingestão de álcool pode aumentar a ação
hipoglicemiante (via inibição de reações de compensação ou retardando sua inativação
metabólica), o que pode facilitar o aparecimento de coma hipoglicêmico. Evitar o
consumo de álcool e medicamentos contendo álcool.
Fenilbutazona (via sistêmica): aumento do efeito hipoglicemiante das sulfonilureias
(deslocamento da sulfonilureias dos locais de ligação às proteínas e/ou diminuição da sua
eliminação). Recomenda-se o uso de outro agente anti-inflamatório com menos
interações, ou então advertir o paciente e aumentar o automonitoramento; se necessário, a
dose poderá ser ajustada durante o tratamento com o anti-inflamatório e após sua
interrupção.
Bosentana: risco aumentado de hepatotoxicidade caso a bosentana seja administrada com
a glibenclamida, recomendando-se que seu uso seja evitado; o efeito hipoglicêmico da
glibenclamida também pode ser reduzido
Álcool: aumento do risco de acidose lática no caso de intoxicação alcoólica aguda,
especialmente em situações de jejum (ver Advertências e precauções) ou má nutrição e
falência hepatocelular. Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de medicamentos
contendo álcool.
Associações a serem empregadas com cautela
Relacionadas com todos os agentes antidiabéticos
Medicamentos com atividade hiperglicêmica intrínseca, como glicocorticoides,
tetracosactida (vias sistêmica e local), agonistas beta-2, danazol, clorpromazina em altas
doses de 100 mg ao dia, diuréticos: pode ser necessário um controle mais frequente da
glicose sanguínea, notadamente no início do tratamento. Caso necessário, ajustar a dose de
Glucovance®
durante tratamento com o outro medicamento e após sua interrupção.
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (como captopril e enalapril): inibidores
da ECA podem reduzir os níveis de glicose sanguínea Caso necessário, ajustar a dose de
durante tratamento com inibidor da ECA e após sua interrupção.
Diuréticos, especialmente os de alça, podem aumentar o risco de: acidose lática devido ao
seu potencial para diminuir a função renal (além do seu efeito hiperglicêmico intrínseco,
conforme descrito acima).
Betabloqueadores: todos os betabloqueadores mascaram alguns dos sintomas da
hipoglicemia: palpitações e taquicardia. A maioria dos betabloqueadores não
cardiosseletivos aumenta a incidência e gravidade da hipoglicemia. Advertir o paciente e
aumentar o automonitoramento da glicemia, principalmente no início do tratamento.
Clonidina, reserpina, guanetidina ou agentes simpaticomiméticos: podem mascarar os
sintomas de advertência de uma crise hipoglicêmica. Advertir o paciente e aumentar o
automonitoramento da glicemia, principalmente no início do tratamento
Fluconazol: aumento do tempo de meia-vida da sulfonilureia com possível início de
manifestações hipoglicêmicas. Advertir o paciente e aumentar o automonitoramento da
glicemia, e se necessário ajustar a dose do antidiabético durante o tratamento com
fluconazol e após sua interrupção.
Desmopressina: redução da atividade antidiurética.
Colesevelam: quando coadministrado simultaneamente, a concentração plasmática de
glibenclamida é reduzida, o que pode levar a uma diminuição do efeito hipoglicemiante.
Este efeito não foi observado quando a administração da glibenclamida respeitar certo
intervalo de tempo. É recomendado que Glucovance®
seja administrado pelo menos 4
horas antes de colesevelam, a fim de minimizar o risco de absorção reduzida.
Outras interações que devem ser levadas em consideração
Ciprofloxacino: uma possível interação entre glibenclamida e ciprofloxacino, um
antibiótico do grupo das fluoroquinolonas, tem sido reportada, resultando em uma
potencialização da ação hipoglicêmica da glibenclamida. O mecanismo desta interação
não é conhecido.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da umidade.
Prazo de validade: 36 meses (Glucovance®
250 mg/1,25 mg, Glucovance®
500 mg/2,5 mg e
Glucovance®
500 mg/5 mg) e 24 meses (Glucovance®
1.000 mg/5 mg) a partir da data de
fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use
medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento:
250 mg/1,25 mg: comprimidos de cor amarela clara, na forma de cápsula,
biconvexos, revestidos, com a inscrição “250” em um lado e“1,25” do outro.
500 mg/2,5 mg: comprimidos de cor alaranjada, na forma de cápsula,
biconvexos, revestidos, com a inscrição “2,5” em um dos lados.
500 mg/5 mg: comprimidos de cor amarela escura, na forma de cápsula,
biconvexos, revestidos, com a inscrição “5” em um dos lados.
1.000 mg/5 mg: comprimidos brancos ou quase brancos, na forma de cápsula,
biconvexos, revestidos, com a inscrição “1000” em um lado e“5” do outro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Glucovance®
deve ser administrado junto às refeições e iniciado com uma dose baixa, que
deve ser aumentada gradualmente, objetivando-se evitar a ocorrência de hipoglicemia
(principalmente devida à glibenclamida), reduzir os efeitos colaterais gastrointestinais
(principalmente devidos à metformina) e permitir a determinação da dose mínima efetiva para
o controle adequado da glicemia, considerando-se a individualidade de cada paciente. Ao
início do tratamento e durante o ajuste da dose, recomenda-se monitoramento apropriado da
glicemia com vistas à determinação da resposta terapêutica a Glucovance®
e identificação da
dose mínima eficaz para o paciente. Em seguida, para acessar a efetividade do tratamento, a
HbA1c (hemoglobina glicada) deve ser medida a intervalos de 3 meses, aproximadamente
(este parâmetro é um melhor indicador do controle glicêmico a longo prazo que a glicemia).
O objetivo terapêutico em todos os pacientes com diabetes tipo 2 é reduzir a FPG (glicemia
plasmática de jejum), PPG (glicemia plasmática pós-prandial) e a HbA1c a níveis normais ou
tão próximos do normal quanto possível.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Terapia inicial
Em pacientes com diabetes tipo 2, nos quais a hiperglicemia não foi controlada
satisfatoriamente somente com dieta e exercícios, recomenda-se a dose inicial de um
comprimido ao dia de Glucovance®
250 mg/1,25 mg, junto com uma refeição. Como terapia
inicial em pacientes com valores de HbA1c > 9% ou FPG > 200 mg/dl, pode administrar-se a
dose de um comprimido de Glucovance®
250 mg/1,25 mg duas vezes ao dia, junto ao café da
manhã e ao jantar. Os aumentos de dose devem ser feitos a intervalos de duas semanas,
acrescentando-se um comprimido de Glucovance®
250 mg/ 1,25 mg ao dia, até o alcance da
dose mínima efetiva para um controle adequado da glicemia.
500 mg/5 mg e Glucovance®
1.000 mg/5mg não devem ser usados como terapia
inicial devido a um aumento do risco de hipoglicemia.
Uso em pacientes previamente tratados (terapia de segunda linha)
Em pacientes não adequadamente controlados com glibenclamida (ou outra sulfonilureia) ou
metformina, administradas isoladamente, a dose inicial recomendada é de um comprimido de
500 mg/2,5 mg ou de Glucovance®
500 mg/5 mg uma vez ao dia, junto ao café
da manhã. Para evitar hipoglicemia, deve-se observar que a dose inicial de Glucovance®
não
contenha quantidade superior de glibenclamida (ou dose equivalente de outra sulfonilureia) ou
metformina àquela previamente em uso pelo paciente. Os aumentos da dose diária não devem
exceder ao equivalente a 500 mg de cloridrato de metformina e 5 mg de glibenclamida por dia
a cada 2 semanas, até o alcance da dose mínima efetiva para um controle adequado da
glicemia, ou até a dose máxima diária de 2.000 mg de cloridrato de metformina/ 20 mg de
glibenclamida.
Nos pacientes previamente tratados com terapia combinada de glibenclamida (ou outra
sulfonilureia) e metformina, se trocada para Glucovance®, a dose inicial não deve exceder a
dose diária de glibenclamida (ou a dose equivalente de outra sulfonilureia) e de metformina
previamente em uso pelo paciente. Em seguida a esta troca, os pacientes devem ser
monitorados cuidadosamente para sinais e sintomas de hipoglicemia e, para os aumentos de
dose com vistas ao alcance do controle adequado da glicemia, deve-se proceder como descrito
imediatamente acima. O aumento da dosagem não deve exceder ao equivalente a 500 mg de
cloridrato de metformina e 5 mg de glibenclamida por dia a cada 2 semanas até o alcance da
dose mínima efetiva para um controle adequado da glicemia. Pacientes devem ser
monitorados cuidadosamente para sinais e sintomas de hipoglicemia.
Para pacientes já em tratamento com uma associação de metformina e glibenclamida, dois
comprimidos de Glucovance®
500 mg/2,5 mg podem ser substituídos por um comprimido de
1.000 mg/5 mg.
Dose máxima
A dose máxima é de 2.000 mg de cloridrato de metformina /20mg de glibenclamida por dia.
Idosos
A dosagem inicial é de um comprimido de Glucovance®
250mg/1,25mg por dia. A dosagem
deve ser ajustada dependendo dos parâmetros da função renal (ver Advertências e
precauções).
Administração
Os comprimidos devem ser administrados com uma refeição. O regime de dosagem deve ser
ajustado de acordo com os hábitos alimentares de cada indivíduo. No entanto, qualquer
administração deverá ser seguida por uma refeição com níveis de carboidratos suficientes para
prevenir a hipoglicemia. Pacientes devem evitar álcool quando fizerem uso de Glucovance®
.
Ingestão de comprimidos:
uma vez ao dia, pela manhã (café da manhã) se for administrado 1 comprimido por dia;
duas vezes ao dia, pela manhã (café da manhã) e à noite (jantar) se forem administrados 2
ou 4 comprimidos por dia;
três vezes ao dia, pela manhã (café da manhã), tarde (almoço) e noite (jantar), se forem
administrados 3 comprimidos ao dia.
Quando Glucovance®
tiver que ser coadministrado com colesevelam, recomenda-se que a
tomada de Glucovance®
seja feita pelo menos 4 horas antes do colesevelam, a fim de
minimizar o risco de redução da absorção (ver Interações medicamentosas).
Doses perdidas:
Não se deve dobrar a dose seguinte caso haja esquecimento de uma das doses. Deve-se tomar
a próxima dose normalmente.
Podem ocorrer as reações indesejáveis descritas a seguir (as frequências são definidas em
muito comuns (> 1/10); comuns (> 1/100 e < 1/10); incomuns (> 1/1.000 e < 1/100); raras
(> 1/10.000 e < 1/1.000); muito raras (< 1/10.000).
Sistema sanguíneo e linfático (reversíveis com a descontinuação do tratamento)
Raras: leucopenia, trombocitopenia.
Muito raras: agranulocitose, anemia hemolítica, aplasia da medula óssea e pancitopenia.
Metabolismo e nutrição
Hipoglicemia (ver Advertências e precauções).
Incomuns: crises de porfiria hepática e porfiria cutânea.
Muito raras: acidose lática (ver Advertências e precauções). Diminuição da absorção de
vitamina B12, com redução dos níveis séricos durante tratamento a longo prazo com
metformina. Recomenda-se consideração da etiologia se o paciente apresentar anemia
megaloblástica. Reações do tipo dissulfiram com a ingestão de bebidas alcoólicas.
Sistema nervoso central
Comuns: distúrbios do paladar.
Visão
Distúrbios visuais transitórios podem ocorrer no início do tratamento em função da redução
da glicemia.
Distúrbios gastrointestinais
Muito comuns: náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e perda do apetite. Estas reações
ocorrem mais frequentemente durante o início do tratamento e regridem espontaneamente na
maioria das vezes. Para preveni-las, recomenda-se que o produto seja administrado em 2 ou 3
tomadas diárias. Um lento aumento da dose também pode melhorar a tolerabilidade
gastrointestinal.
Distúrbios hepatobiliares
Muito raras: anormalidades em testes da função hepática ou hepatite requerendo
descontinuação do tratamento.
Pele e tecido subcutâneo
Raras: reações cutâneas como prurido, urticária, erupção máculopapular.
Muito raras: angiíte alérgica cutânea ou visceral, eritema multiforme, dermatite exfoliativa,
fotossensibilização, urticária evoluindo para choque. Pode ocorrer reação cruzada com
sulfonamidas e seus derivados.
Exames laboratoriais
Incomuns: elevações medianas a moderadas nas concentrações séricas de uréia e creatinina.
Muito raras: hiponatremia.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova concentração no país (1.000
mg/5 mg) e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis,
mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema
de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Glibenclamida
A superdose com sulfonilureias, incluindo-se a glibenclamida, pode produzir hipoglicemia.
Sintomas hipoglicêmicos leves, sem perda da consciência ou sinais neurológicos, devem ser
tratados agressivamente com glicose oral e ajuste na dose do fármaco e/ou padronização da
alimentação. Deve-se instituir um monitoramento rigoroso, até que o médico se assegure de
que o paciente está fora de perigo. Reações hipoglicêmicas graves, com coma, convulsão ou
outro sinal/sintoma neurológico, ocorrem infrequentemente, mas são emergências médicas
que requerem hospitalização imediata. A depuração plasmática da glibenclamida pode
apresentar-se prolongada em pacientes com insuficiência hepática. A glibenclamida não é
dialisável. Em caso de suspeita ou diagnóstico de coma hipoglicêmico, deve ser administrada
ao paciente uma injeção intravenosa rápida de solução de glicose concentrada (a 50%); este
procedimento deve ser seguido por uma infusão contínua de uma solução de glicose mais
diluída (a 10%), a uma velocidade que mantenha a glicose sangüínea acima de 100 mg/dl. Os
pacientes devem ser cuidadosamente monitorados durante, minimamente, 24 a 48 horas, uma
vez que a hipoglicemia pode reaparecer após aparente recuperação clínica.
Cloridrato de metformina
Superdose elevada ou a existência de fatores de risco concomitantes podem originar acidose
lática devido à presença de metformina. A acidose lática é uma emergência médica que deve
ser tratada no hospital. Não se tem observado hipoglicemia mesmo com a ingestão de altas
doses de metformina, embora seja possível, em tais circunstâncias, a ocorrência de acidose
lática (ver Advertências e precauções). A metformina é dialisável com um clearance de até
170 ml/min, sob boas condições hemodinâmicas. Portanto, a hemodiálise pode ser útil para
remover a droga acumulada em pacientes nos quais se suspeita de superdose de metformina.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.