Bula do Hypomagne produzido pelo laboratorio Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
HYPOMAGNE®
sulfato de magnésio
Solução Injetável
________________________________________________________________
Forma farmacêutica e apresentação
Solução Injetável a 10%. Caixa contendo 200
ampolas plásticas de 10 mL.
Solução Injetável a 50%. Caixa contendo 200
ampolas plásticas d e 10 mL.
Solução Injetável a 50%. Caixa contendo 100
ampolas de vidro de 10 mL.
USO INTRAVENOSO LENTO OU
INTRAMUSCULAR, MEDIANTE
PRÉVIA DILUIÇÃO, CONFORME
ORIENTAÇÃO MÉDICA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Composição
Solução injetável de Hypomagne®
10%
Cada ml de solução injetável contém:
sulfato de magnésio.............................. 100 mg
água para injetáveis q.s.p............................ 1ml
50%
sulfato de magnésio.............................. 500 mg
água para injetáveis q.s.p ........................... 1ml
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
INDICAÇÕES
É indicado como fonte de reposição de
magnésio, principalmente na ocorrência de
hipomagnesia severa, acompanhada de sinais de
tetania semelhantes aos apresentados na
hipocalcemia.
É indicado também para tratar crises
convulsivas e toxemias severas (pré-eclâmpsia e
eclâmpsia gravídica).
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Como objeto de estudo, a eficiência
terapêutica do produto se faz consagrada e
registrada no meio científico pelo uso e
aplicação na prática da área farmacêutica,
estando suas características inscritas e
comprovadas pelo compêndio oficial de renome
United States Pharmacopeia.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O magnésio (Mg++
) apresenta as seguintes
características farmacológicas:
- é um importante cofator para reações
enzimáticas e desempenha um importante papel
na transmissão neuroquímica e na excitabilidade
muscular;
- previne ou controla convulsões causadas pelo
bloqueio da transmissão neuromuscular e a
decrescente quantia de acetilcolina liberada no
final da placa motora pelo impulso nervoso;
- tem um efeito depressor sobre o Sistema
Nervoso Central (SNC), mas não é prejudicial
à mãe, ao feto ou ao neonato quando o uso é
direcionado na eclâmpsia ou pré-eclâmpsia
gravídica (risco/benefício);
- atua perifericamente para produzir
vasodilatação. Em pequenas doses pode ocorrer
rubor e transpiração, mas em grandes doses
podem causar queda da pressão sanguínea.
O nível plasmático normal de magnésio é de 1,5 a
2,5 mEq/L.
Os primeiros sintomas de hipomagnesemia
(menos de 1,5 mEq/litro) podem ser
desenvolvidos cedo, em um prazo de três a
quatro dias ou em semanas. Os efeitos
predominantes da deficiência são neurológicos,
tais como: irritabilidade muscular, espasmos
musculares e tremores.
Hipocalcemia e hipocalemia sempre diminuem os
níveis séricos de magnésio. Embora o estoque de
magnésio intracelular seja abundante, nem
sempre é suficientemente disponível para manter
os níveis plasmáticos. Por isso, é importante
realizar terapia parenteral de magnésio, pois
repara o déficit plasmático e cessa os sinais e
sintomas causados por ele. Os reflexos dos
tendões diminuem quando o nível plasmático
sobe para cerca de 4 mEq/L, mas desaparecem
quando se aproxima de 10 mEq/L. Chegando a
este nível plasmático de magnésio (10 mEq/L),
pode ocorrer parada respiratória; abaixo deste,
pode apresentar bloqueio cardíaco.
A concentração sérica de magnésio maior que
12 mEq/L pode ser fatal. Os efeitos tóxicos
centrais e periféricos do magnésio são
antagonizados, até certo ponto, pela
administração intravenosa de cálcio. O
magnésio é excretado pelos rins numa razão
proporcional a concentração plasmática e
filtração glomerular.
CONTRAINDICAÇÕES
Hypomagne®
10% e 50% é contraindicado em
casos de insuficiência renal, bloqueio cardíaco
ou dano no miocárdio e depressão respiratória.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Antes de administrar este medicamento, é
indispensável:
- verificar o prazo de validade;
- não administrá-lo, se houver turvação,
depósito ou violação do recipiente;
- evitar extravasamentos.
Após observar essas precauções, administrar
este medicamento cuidadosamente na ocorrência
de vermelhidão e transpiração. Em pacientes
que recebem sulfato de magnésio via parenteral,
tem ocorrido bloqueio neuromuscular excessivo.
Em pacientes digitalizados, administrar este
produto com extremo cuidado, pois o sulfato de
magnésio pode causar sérias mudanças na
condução cardíaca, podendo resultar em
bloqueio cardíaco, caso o tratamento com cálcio
seja requerido para reparar a toxicidade do
magnésio.
Em pacientes com problemas renais, administrar
cautelosamente Hypomagne®
10% e 50%.
Nesse caso, manter a urina liberada no nível de
100 mL (ou acima), durante quatro horas que
precedem cada dose. O monitoramento do nível
de magnésio sérico e o estado clínico do
paciente são essenciais para invalidar as
consequências da overdose em toxemia.
Indicações clínicas de uma dosagem segura
incluem o controle da presença do reflexo
patelar e ausência de depressão respiratória
(aproximadamente 16 respirações por minuto ou
mais).
Quando repetidas doses forem administradas por
via parenteral, testar o reflexo patelar antes de
cada dose. Na ausência do reflexo patelar,
administrar o magnésio somente quando houver a
presença do mesmo.
O nível usual de magnésio sérico é numa faixa
entre 3 e 6 mg/100 mL (2,5 a 5 mEq/Litro).
Quando o nível de magnésio excede a 4 mEq/L,
os reflexos começam a diminuir. Em 10 mEq/L
de magnésio, os reflexos podem ficar ausentes e
a paralisia respiratória é um risco potencial.
Administrar imediatamente um injetável de sal
de cálcio para neutralizar o risco potencial de
intoxicação por magnésio em eclâmpsia.
Sulfato de magnésio injetável não deve ser
administrado até que haja a confirmação da
hipomagnesia e a concentração sérica de
magnésio seja monitorada. O nível normal de
magnésio sérico é de 1,5 a 2,5 mEq/L.
Uso durante a gravidez
Estudos em mulheres grávidas não têm
demonstrado que sulfato de magnésio injetável
aumenta os riscos de anormalidades fetais se
administrado durante todos os trimestres da
gravidez. Se esta droga for utilizada durante a
gravidez, a possibilidade de um prejuízo
aparecer é remota. No entanto, os estudos não
podem descartar a possibilidade de um dano.
Sulfato de magnésio injetável só deverá ser
utilizado na gravidez se realmente for necessário.
Não administrar sulfato de magnésio na gestante
nas 2 h que precedem o parto, a menos que seja a
única terapia para evitar convulsões da eclâmpsia,
pode produzir hipotonia, hiporreflexia,
hipotensão e depressão respiratória fetal. Neste
caso, administra-se de forma contínua, gota a
gota, intravenosa, na velocidade de 1 a 2 g por
hora, monitorando a concentração sérica de
magnésio, pressão arterial, frequência respiratória
e reflexos tendinosos profundos.
Categoria C: Este medicamento não deve ser
utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a amamentação
Como o magnésio é excretado para o leite
materno, administrar este medicamento com
cautela em mães que amamentam, durante a
administração parenteral.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A administração simultânea de Hypomagne®
10% e 50% com soluções contendo:
- álcool em altas concentrações, álcalis
hidróxidos, arsenatos, bário, cálcio, fosfato de
clindamicina, metais pesados, hidrocortisona
sódica, succinato, fosfato, sulfato de
polimixina b, salicilatos, estrôncio, tartaratos,
carbonatos álcalis e bicarbonato: pode
resultar na formação de precipitado;
- estreptomicina, tetraciclina e tobramicina:
pode reduzir a atividade antibiótica dessas
substâncias;
- barbitúricos, narcóticos ou outros hipnóticos
(ou anestésicos sistêmicos), ou outros
depressores do Sistema Nervoso Central
(SNC): devem ser ajustadas cuidadosamente as
dosagens em função do efeito depressor do
magnésio no SNC. A depressão do SNC e os
defeitos da transmissão periférica produzidos
pelo magnésio devem ser antagonizados pela
administração de cálcio.
- Com cardiotônicos digitálicos pode causar
bloqueio cardíaco.
- A incompatibilidade potencial sempre será
influenciada por mudanças na concentração de
reagentes e pH da solução.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO
MEDICAMENTO
10% e 50% deve ser
conservado em temperatura ambiente (entre
15°C e 30°C).
Este medicamento tem validade de 24 meses a
partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e
validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade
vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Solução límpida, incolor e isenta de partículas
em suspensão.
Antes de usar, observe o aspecto do
medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do
alcance das crianças.
POSOLOGIA E MODO DE USO
A dosagem de Hypomagne®
10% e 50%
deve ser ajustada cuidadosamente, de acordo
com as necessidades e respostas individuais de
cada paciente.
Descontinuar a administração deste medicamento
quando o efeito desejado for obtido. Administrar
este medicamento seguindo as instruções
específicas para cada via de administração:
Administrar este medicamento seguindo as
instruções específicas para cada via de
administração:
Infusão intravenosa
Antes de sua administração, diluir a uma
concentração de até 20%. Os diluentes mais
utilizados são soluções injetáveis de glicose à 5%
e solução injetável de cloreto de sódio à 0,9%. A
faixa para injeção intravenosa não deve exceder a
150 mg/minuto (1,5 mL à concentração de 10%
ou equivalente), exceto em eclâmpsia severa com
convulsões. A terapêutica plasmática obtida a
nível plasmático ocorre imediatamente.
Via intramuscular
A administração em uma solução diluída à 50%
resulta em uma terapêutica plasmática em 60
minutos. Na solução de 50% não diluída, a
injeção intramuscular profunda é apropriada para
adultos. Para administração em crianças, diluir
esta solução a uma concentração de até 20%.
Além dessas instruções relativas às vias de
administração, o uso de Hypomagne®
10% -
50% deve ser realizado da seguinte forma,
quando ocorrer:
Deficiência de magnésio
A dose usual do adulto é de 1g, equivalente a
8,12 mEq de magnésio (2 mL da solução de
50%), injetado por via intramuscular, de 6 em 6
horas para quatro doses (equivalente ao total de
32,5 mEq de magnésio por 24 horas).
Para hipomagnesia severa, a dose de 250 mg é o
suficiente (aproximadamente 2 mEq) por quilo de
peso corporal (0,5 mL da solução de 50%),
podendo ser administrada por via intramuscular,
por um período de quatro horas, se necessário.
Como alternativa, pode ser adicionado 5 g
(aproximadamente 40 mEq) para um litro de
solução injetável de glicose à 5% ou de cloreto de
sódio à 0,9%, por infusão lenta, por um período
de três horas.
Eclâmpsia
Na infusão intravenosa, utilizar uma dose de 4 a 5
g, em 250 mL de glicose à 5% ou de cloreto de
sódio à 0,9%. Na administração simultânea, a
dose máxima é de 10 g (5 g ou 10 mL da
solução à 50% não diluída para cada nádega).
Como alternativa, pode ser administrada uma
dose intravenosa inicial de 4 g, diluindo a
solução à 50% para uma concentração de 10% à
20%. Em seguida, injetar por via intravenosa o
fluido diluído (40 mL da solução à 10% ou 20
mL da solução à 20%), por um período de 3 a 4
minutos. Após, injetar por via intramuscular,
em nádegas alternadas, 4 a 5 g (8 a 10 mL de
solução à 50%), a cada quatro horas,
dependendo da contínua presença do reflexo
patelar e função respiratória adequada. Após a
dose inicial intravenosa, alguns clínicos
administram 1 a 2 g/hora, via infusão
intravenosa contínua. A terapia deve ser
contínua até cessar as convulsões. O nível de
magnésio sérico de 6 mg/100 mL é considerado
ótimo para controlar convulsões. A dose diária
total (24 h) de 30 a 40 g não deve ser excedida.
Na presença de insuficiência renal severa, a
dosagem máxima de sulfato de magnésio é de
20 g em 48 horas, e a concentração sérica deve
ser alcançada.
Outros usos
Na infusão intravenosa, em oposição aos efeitos
da estimulação muscular da intoxicação por
bário, a dose usual do magnésio é de 1 a 2 g.
Para controle de convulsões associadas com a
epilepsia, glomerulonefrite ou hipotireoidismo,
a dose adulta usual é de 1g administrado por via
intravenosa ou intramuscular.
Em taquicardia atrial paroxística, administrar
magnésio somente se as medidas básicas tenham
sido tomadas e que não haja dano do miocárdio.
Nesse caso, a dose usual é de 3 a 4 g (30 ou 40
mL da solução à 10%), administrada
cautelosamente por via intravenosa, durante 30
segundos. Para redução do edema cerebral,
administrar uma dose de 2,5 g (25 mL de uma
solução à 10%) por via intravenosa.
Uso em crianças, idosos e outros grupos de
risco
Crianças
Na hipomagnesia, a dosagem de Hypomagne®
10% e 50% deve ser ajustada cuidadosamente,
de acordo com as necessidades e respostas
individuais. Além disso, monitorar o magnésio
sérico nesses pacientes. A administração deste
medicamento deve ser descontinuada, assim
que o efeito desejado for obtido. Em
convulsões nefríticas, diluir à concentração de
50% a uma solução de 20%, para injeção
intramuscular. Para controlar as crises, a dose é
de 20 a 40 mg (0,1 a 0,2 mL de uma solução à
20%) por kg de peso corporal, administrada por
via intramuscular.
Idosos
As doses devem ser reduzidas devido à função
renal geralmente se apresentar enfraquecida ou
prejudicada.
Em pacientes com prejuízo severo da função
renal, as dosagens não devem exceder a 20 g
em 48 horas. Monitorar o magnésio sérico
nesses pacientes.
MODO DE USO
Instruções para a abertura da ampola plástica
de Hypomagne®
Segure a ampola na posição
vertical e dê leves batidas na parte superior da
ampola. Dessa forma, você irá remover a porção
de líquido localizada em seu colo. Caso fique
retida uma pequena quantidade de líquido, isto
não prejudicará o volume a ser utilizado (figura
1).
Com a ampola na
posição vertical, dobre o gargalo para frente (45º)
(figura 2) e para trás (45º) (figura3).
Segure
firmemente o twist-off (aletas laterais) (figura
4) e gire-o no sentido anti-horário (figura 5),
até abrir completamente a ampola plástica.
Insira a seringa a ser utilizada
na abertura da ampola plástica (figura 6).
Inverta a ampola plástica e
retire o seu conteúdo, puxando o êmbolo da
seringa adequadamente (figura 7). É comum
permanecer um discreto volume de líquido no
interior da ampola.
Quando esvaziada, remova a
ampola da seringa, mantendo o seu êmbolo
puxado (figura 8).
Instruções para a abertura da ampola de
vidro de Hypomagne®
50%.
1. Fazer o líquido eventualmente contido na
parte superior da ampola passar para a parte
inferior por meio de movimentos circulares ou
pequenos golpes de dedo.
2. Segurando firmemente o corpo da ampola
numa mão, aplicar com a outra uma força sobre
a parte superior, em direção contrária ao ponto
(ou seja, para baixo),
até o rompimento do gargalo da ampola.
3. Após aberta a ampola, proceda da mesma
forma como na ampola plástica para retirar a
solução da mesma (figura 6 a 8).
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas de Hypomagne®
10% e
50% geralmente resultam da intoxicação por
magnésio, ocasionando rubor, transpiração,
hipotensão temporária, depressão dos reflexos,
paralisia flácida, hipotermia, colapso
circulatório, depressão do sistema cardíaco e
nervoso seguidos de parada respiratória.
Hipocalcemia, com sinais de tetania secundária da
terapia do sulfato de magnésio para eclâmpsia,
tem sido reportada.
Sinais de hipermagnesemia:
- 5 a 10 mEq/l: prolongamento de PQ e
alargamento do intervalo QRS no ECG;
- 10 mEq/l: perda de reflexos tendinosos;
- 12 a 15 mEq/l: bloqueio cardíaco e paralisia
respiratória;
- 25 mEq/l: parada cardíaca.
Em casos de eventos adversos, notifique ao
Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.h
tm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual
www.saude.mg.gov.br, ou Municipal.
SUPERDOSE
A infusão de grandes volumes pode provocar
intoxicação por magnésio, manifestada por uma
queda brusca da pressão sanguínea e parada
respiratória. O desaparecimento do reflexo patelar
é um sinal clínico da detecção do nível maior de
intoxicação por magnésio. Nesse caso, a
ventilação artificial deve ser providenciada, até
que sais de cálcio sejam injetados, por via
intravenosa, para antagonizar os efeitos do
Tratamento da superdosagem
É necessário realizar frequentemente respiração
artificial. Para conter os efeitos de hipermagnesia,
administrar lentamente, por infusão intravenosa,
10 a 20 mL de solução de cálcio, à concentração
de 5% (diluído, se possível, em solução isotônica
de cloreto de sódio 0,9% injetável). Fisostigmina
subcutânea, 0,5 mg a 1 mg pode ser útil.
Hipermagnesia em recém-nascidos pode
requerer ressucitação e ventilação assistida, via
intubação endotraqueal, ou ventilação por
pressão positiva intermitente, assim como cálcio
intravenoso.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722
6001, se você precisar de mais orientações.
USO RESTRITO A HOSPITAIS