Bula do Indapen sr para o Profissional

Bula do Indapen sr produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Indapen sr
Torrent do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO INDAPEN SR PARA O PROFISSIONAL

Indapen®

SR

indapamida

Comprimido revestido de liberação prolongada – 1,5

mg

Baddi

BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

INDAPEN®

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE

REFERÊNCIA

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos de liberação prolongada 1,5 mg: embalagens com 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de liberação prolongada de INDAPEN®

SR contém:

indapamida................................................................................................................... 1,5 mg

Excipientes: lactose monoidratada, amido, hipromelose, dióxido de silício (coloidal), estearato

de magnésio, macrogol e dióxido de titânio.

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao tratamento de hipertensão arterial essencial.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os benefícios clínicos da indapamida no tratamento da hipertensão arterial foram demonstrados

através de vários estudos clínicos, desde o lançamento do produto no mercado.

Em estudo multicêntrico com 562 pacientes com hipertensão leve a moderada sem tratamento

ou não controlados no tratamento anterior, foi realizado monitoramento da pressão arterial

durante 32 horas através de MAPA (monitoramento ambulatorial da pressão arterial) durante 15

dias nos quais os pacientes receberam placebo ou combinação com anti-hipertensivo não

diurético. Após dois meses de tratamento ativo com indapamida 1,5 mg, um segundo

monitoramento por MAPA foi realizado por 32 horas após a última administração de

indapamida 1,5 mg em pacientes que se mostraram responsivos ou normalizados pela avaliação

da pressão arterial convencional. A pressão arterial sistólica e diastólica ambulatorial na linha de

base (M0) e após tratamento (M2) foi comparada. A completa eficácia anti-hipertensiva por 24

horas de indapamida e sua segurança de uso após 2 meses foi confirmada neste estudo, além da

confirmação de um efeito anti-hipertensivo contínuo por até 32 horas.

Em meta-análise de um total de 72 estudos (envolvendo 9094 pacientes) para avaliação da

redução de pressão arterial sistólica com diferentes anti-hipertensivos, exceto furosemida ou

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espironolactona. De todas as alternativas terapêuticas avaliadas, indapamida teve a maior

redução de pressão arterial sistólica. As classes terapêuticas avaliadas apresentaram um efeito

de magnitude similar na pressão arterial diastólica.

A indapamida mostrou-se como o medicamento mais efetivo para redução mais significativa da

pressão arterial sistólica entre 2 e 3 meses de tratamento, o que é um elemento essencial na

otimização da prevenção cardiovascular em pacientes hipertensos.

Estudo randomizado, com 3845 pacientes com 80 anos ou mais e com uma pressão arterial

sistólica sustentada em 160 mmHg ou mais, avaliou a administração de tratamento com

indapamida ou placebo.

Após dois anos de tratamento, a pressão arterial na posição sentado foi 15,0/6,1mmHg menor no

grupo de tratamento ativo do que no grupo placebo. Em uma análise ITT (Intention to Treat) o

grupo tratado com indapamida apresentou uma redução de 30% da taxa de IAM (infarto agudo

do miocárdio) (95% de intervalo de confiança [CI], -1 a 51; P = 0,06); uma redução de 39% da

mortalidade por IAM (95 % CI, 1 a 62; P = 0,05); uma redução de 20% da mortalidade por

qualquer causa (95% CI, 4-35; P = 0,02); uma redução de 23% da mortalidade por causa

cardiovascular (95% CI, -1 a 40; P-=,06); e uma redução de 64% na incidência de falência

cardíaca (95% CI, 42- 8; P< 0,001). No grupo de tratamento com indapamida foram relatados

menos efeitos adversos (358,vs.448 no grupo placebo; P = 0,001).

Jaillon, P.; Asmar, R.: Thirty-two hour ambulatory blood pressure monitoring for assessment of blood pressure

evolution in case of missed dose of Indapamide SR 1,5 mg. J Hypertens 2001; 19 (suppl.2): P3.177/ pg S234

Baguet, J.P, ET AL: A meta-analytical approach of the efficacy of antihypertensive drugs in reducing blood pressure.

Am J Cardiovascular Drugs 2005: 5 (2); 131-140 pp. 1175-3277

Beckett, et al: Treatment of Hypertension in patients 80 years of age or older. N. Engl. J. Med. 2008, 358.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

A indapamida é uma sulfonamida com um anel indólico, farmacologicamente relacionada aos

diuréticos tiazídicos, que age inibindo a reabsorção do sódio ao nível do segmento de diluição

cortical. A indapamida aumenta a excreção urinária de sódio e cloretos e, em menor escala, a

excreção de potássio e magnésio, aumentando assim a diurese. Sua ação anti-hipertensiva ocorre

em doses onde suas propriedades diuréticas são mínimas. Além disso, esse efeito anti-

hipertensivo tem sido demonstrado em pacientes hipertensos sem função renal.

Os estudos de Fases II e III demonstraram, em monoterapia, um efeito anti-hipertensivo que se

prolonga por 24 horas em doses onde suas propriedades diuréticas são mínimas. Esta atividade

anti-hipertensiva é demonstrada por uma melhora do tônus arterial e uma diminuição das

resistências periféricas totais e arteriolares.

O mecanismo de ação vascular da indapamida está relacionado à:

- Redução na contratilidade do músculo liso vascular em associação com uma modificação nos

mecanismos de troca iônica transmembrana, especialmente em relação ao cálcio;

- Estímulo da síntese de prostaglandina PGE2 e de prostaciclina PGI2, vasodilatador e

antiplaquetário.

A indapamida reduz a hipertrofia do ventrículo esquerdo.

Por outro lado, foi demonstrado a curto, médio e longo prazo no paciente hipertenso, que

indapamida:

- não altera o metabolismo lipídico: triglicerídeos, colesterol LDL e colesterol HDL;

- não altera o metabolismo glicídico, mesmo no paciente diabético hipertenso.

Os diuréticos tiazídicos possuem um efeito terapêutico em platô acima de uma determinada

dose, enquanto que os efeitos adversos continuam a aumentar. Assim sendo, se o tratamento não

apresentar os resultados esperados, não se deve aumentar a dose.

Propriedades farmacocinéticas

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A indapamida é apresentada sob a forma de liberação sustentada, baseada em um sistema

matricial com dispersão da substância ativa no meio de um suporte que permite uma liberação

sustentada da indapamida.

Absorção

A fração liberada da indapamida é rápida e totalmente absorvida pelo trato gastrointestinal. A

tomada do produto em conjunto com as refeições aumenta ligeiramente a velocidade de

absorção, mas não há influência sobre a quantidade de produto absorvido. O pico sérico, após a

administração única, é atingido aproximadamente 12 horas após a tomada. A continuidade na

administração do produto reduz a variação das concentrações sanguíneas entre duas tomadas.

Existe variabilidade intraindividual.

Distribuição

A taxa de ligação às proteínas plasmáticas é superior a 79%.

A meia-vida de eliminação está compreendida entre 14 e 24 horas (média de 18 horas). O estado

de equilíbrio é atingido após 7 dias.

A administração repetida da indapamida aumenta as concentrações plasmáticas no estado

estável (platô) se comparada com uma administração única; no entanto, o platô permanece

estável com o passar do tempo, indicando que não ocorre acúmulo.

Eliminação

A eliminação é essencialmente urinária (70% da dose) e fecal (22% da dose) sob a forma de

metabólitos inativos.

Insuficiência renal

Os parâmetros farmacocinéticos permanecem inalterados nos pacientes com insuficiência renal.

Dados pré-clínicos de segurança

As mais altas doses administradas por via oral em diferentes espécies animais (40 a 8000 vezes

a dose terapêutica) demonstraram uma exacerbação das propriedades diuréticas da indapamida.

Os principais sintomas dos estudos de toxicidade aguda com uma administração intravenosa ou

intraperitonial de indapamida são relacionados com a atividade farmacológica da indapamida

(bradipneia e vasodilatação periférica). Os testes de mutagenicidade e carcinogenicidade da

indapamida foram negativos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

INDAPEN®

SR não deve ser utilizado nos casos de:

- Hipersensibilidade a indapamida, outras sulfonamidas ou a qualquer outro componente da

fórmula;

- Insuficiência renal grave;

- Encefalopatia hepática ou insuficiência hepática grave;

- Hipocalemia (níveis baixos de potássio no sangue).

Em geral, este medicamento não deve ser prescrito em associação com lítio e fármacos

antiarrítmicos causadores de “torsades de pointes” (vide item INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS).

Este medicamento é contraindicado para o uso por crianças.

Devido a presença da lactose, este medicamento não deve ser utilizado em casos de

galactosemia, síndrome de má absorção de glicose e galactose ou deficiência de lactase

(doenças metabólicas raras).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

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Advertências

Em caso de insuficiência hepática, os diuréticos tiazídicos relacionados podem causar

encefalopatia hepática, particularmente em eventos de desequilíbrio eletrolítico. Neste caso, a

administração do diurético deve ser suspensa imediatamente.

Pacientes idosos

A ampla experiência clínica desde 1977, quando a indapamida foi lançada no mercado,

confirmam que este produto, é muito bem tolerado clínica e metabolicamente. Esta excelente

segurança é o maior critério de escolha para pacientes idosos, caracterizados por sua maior

suscetibilidade a efeitos adversos. A melhor tolerabilidade com relação a parâmetros

hidroeletrolíticos é resultado da redução do princípio ativo no INDAPEN®

SR.

Mas como qualquer outro tratamento com diuréticos utilizados neste tipo de paciente, é

essencial adaptar o monitoramento ao estado clínico inicial e a doenças intercorrentes.

A natremia deve ser avaliada antes de iniciar o tratamento e depois, em intervalos regulares.

Todo tratamento diurético pode provocar uma hiponatremia, com consequências graves. A

baixa da natremia pode apresentar-se assintomática, no início. Assim sendo, um controle regular

é indispensável e deverá ser feito, mais frequentemente, nos grupos de risco, representados

pelos idosos e pelos pacientes cirróticos.

Fotossensibilidade

Casos de reações de fotossensibilidade foram reportados com tiazídicos e diuréticos tiazídicos

relacionados (vide item REAÇÕES ADVERSAS). Se reações de fotossensibilidade ocorrerem

durante o tratamento, é recomendado suspender o tratamento. Se a readministração do diurético

for considerada necessária, é recomendado proteger as áreas expostas ao sol ou a raios UVA

artificiais.

Condução de veículos e operação de máquinas:

INDAPEN®

SR não afeta a vigilância, mas podem ocorrer em determinados pacientes reações

individuais relacionadas à diminuição da pressão arterial, especialmente no início do tratamento

ou no caso de associação com outro medicamento anti-hipertensivo. Consequentemente a

capacidade de dirigir veículos e utilização de máquinas podem estar diminuídas.

Devido à presença da lactose, este medicamento é contraindicado em casos de

galactosemia, síndrome de má absorção de glicose e galactose ou deficiência de lactase.

Precauções de uso

Equilíbrio hidroeletrolítico:

- Natremia: deve ser avaliada antes de iniciar o tratamento e depois em intervalos regulares.

Todo tratamento diurético pode provocar uma hiponatremia e algumas vezes com

consequências graves. A baixa da natremia pode apresentar-se assintomática no início. Assim

sendo, um controle regular é indispensável e deverá ser feito, mais frequentemente, nos grupos

de risco, representados pelos idosos e pelos pacientes cirróticos (vide itens REAÇÕES

ADVERSAS e SUPERDOSE).

- Calemia: a depleção de potássio com hipocalemia constitui-se no maior risco dos tiazídicos e

diuréticos relacionados. O risco de surgimento de uma hipocalemia (< 3,4 mmol/L) deve ser

prevenido em certos grupos de risco, como idosos, pessoas desnutridas e/ou polimedicadas,

pacientes cirróticos portadores de edemas e ascite, pacientes com Doença Arterial Coronariana e

portadores de insuficiência cardíaca. Nestes casos, a hipocalemia aumenta a toxicidade cardíaca

dos digitálicos e o risco de arritmias.

Os pacientes que apresentam um intervalo QT prolongado são considerados igualmente como

grupo de risco, seja de origem congênita ou iatrogênica. A hipocalemia, assim como a

bradicardia, age como um fator favorável ao surgimento de arritmias graves, em particular as

“torsades de pointes”, potencialmente fatais.

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Em todos estes casos, um monitoramento mais frequente da calemia torna-se necessário. A

primeira avaliação do potássio plasmático deve ser realizada no decorrer da primeira semana de

tratamento. A constatação de uma hipocalemia requer a sua correção.

- Calcemia: os tiazídicos e diuréticos relacionados podem reduzir a excreção urinária do cálcio e

ocasionar um aumento pequeno e transitório da calcemia. Uma hipercalcemia verdadeira pode

ser causada por um hiperparatireoidismo não diagnosticado previamente. O tratamento deve ser

interrompido antes da investigação funcional da paratireoide.

- Glicemia: o monitoramento da glicemia é importante para os pacientes diabéticos,

principalmente na ocorrência de uma hipocalemia.

- Ácido úrico: nos pacientes hiperuricêmicos, pode haver aumento na ocorrência de crises de

gota e a dose deve ser ajustada de acordo com os níveis plasmáticos de ácido úrico.

Função renal e diuréticos:

Os tiazídicos e diuréticos relacionados somente possuem eficácia total quando a função renal

está normal ou pouco alterada (creatinemia < 25 mg/L, isto é, 220 μmol/L para um adulto). No

idoso, a creatininemia deve ser ajustada em função da idade, do peso e do sexo do paciente.

A hipovolemia, secundária à perda de água e de sódio induzida pelo diurético no início do

tratamento, causa uma redução da filtração glomerular, resultando num aumento das

concentrações plasmáticas de ureia e creatinina. Esta insuficiência renal funcional e transitória

não traz consequências para os pacientes com função renal normal, mas pode agravar uma

insuficiência renal pré-existente.

- Associações com anti-hipertensivos: a dose deve ser reduzida nos casos de associação com

outro agente anti-hipertensivo, ao menos no início.

Gravidez:

Como regra geral, a administração de tiazídicos e diuréticos relacionados deve ser evitada

durante a gravidez e, nunca devem ser utilizados para o tratamento dos edemas fisiológicos da

gravidez. Os diuréticos podem causar uma isquemia fetoplacentária, com risco de hipotrofia

fetal.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou

do cirurgião-dentista.

Lactação:

A amamentação é desaconselhada durante o tratamento com INDAPEN®

SR tendo em vista a

passagem da indapamida para o leite materno.

Desportistas:

Deve-se atentar para o fato de que INDAPEN®

SR contém indapamida um princípio ativo que

pode induzir uma reação positiva nos testes realizados durante o controle antidoping.

Este medicamento pode causar doping.

Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto deve ser usado com cautela

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Associação não recomendada

• Lítio:

Aumento dos níveis sanguíneos de lítio acompanhado de sinais de superdosagem, como ocorre

durante uma dieta hipossódica (redução na excreção urinária do lítio). No entanto, se o uso de

diuréticos for necessário, os níveis sanguíneos de lítio devem ser monitorados com atenção e a

dosagem deve ser ajustada.

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Associações que exigem precauções de uso

• Medicamentos causadores de “torsades de pointes”:

- Antiarrítmicos da Classe Ia (quinidina, hidroquinidina, disopiramida);

- Antiarrítmicos da Classe III (amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida);

- Alguns antipsicóticos: Fenotiazinas (clorpromazina, ciamemazina, levomepromazina,

tioridazina, trifluoperazina), Benzamidas (amisulpirida, sulpirida, sultopirida, tiapirida),

Butirofenonas (droperidol, haloperidol), outros (bepridil, cisaprida, difemanil, eritromicina IV,

halofantrina, mizolastina, pentamidina, sparfloxacina, moxifloxacina, vincamina IV).

Risco aumentado de arritmia ventricular, em particular “torsades de pointes” (a hipocalemia é

um fator de risco).

A hipocalemia deve ser monitorada e corrigida, se necessário, antes de iniciar a associação com

esta combinação. Deve-se monitorar os sinais clínicos, os eletrólitos plasmáticos e o ECG. Em

casos de hipocalemia, utilizar medicamentos sem a desvantagem de causar “torsades de

pointes”.

• Medicamentos do tipo AINEs (via sistêmica), incluindo inibidores seletivos da COX-2 e

salicilatos em doses elevadas (> 3 g/dia).

Possível redução do efeito anti-hipertensivo da indapamida.

Risco de insuficiência renal aguda no paciente desidratado (diminuição da filtração glomerular).

Hidratar o paciente; Monitorar a função renal no início do tratamento.

• Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA)

Risco de hipotensão súbita e/ou insuficiência renal aguda quando se inicia um tratamento com

um inibidor da ECA nos pacientes com depleção sódica pré-existente (particularmente nos

pacientes portadores de estenose da artéria renal).

Na hipertensão arterial essencial, quando uma terapia prévia com diuréticos pode ter

ocasionado depleção sódica, é necessário

- Interromper o diurético 3 dias antes de iniciar o tratamento com um inibidor da ECA e

reintroduzir um diurético hipocalemiante, se necessário;

- Ou iniciar o tratamento com o inibidor da ECA em doses iniciais baixas e aumentar

gradativamente.

Na insuficiência cardíaca congestiva, iniciar o tratamento com uma dose muito baixa do inibidor

da ECA, se possível, após redução da dose do diurético hipocalemiante associado.

Em todos os casos, monitorar a função renal (creatinina plasmática) nas primeiras semanas do

tratamento com um inibidor da ECA.

• Outros agentes hipocalemiantes: anfotericina B (via IV), glico e mineralocorticóides (via oral),

tetracosactídeo, laxativos estimulantes:

Risco aumentado de hipocalemia (efeito aditivo).

Monitorar a calemia e, se necessário, proceder à sua correção. Este controle deve ser feito,

principalmente, nos casos de tratamento concomitante com digitálicos. Utilizar laxativos não

estimulantes.

• Baclofeno:

Aumento do efeito anti-hipertensivo.

Monitorar a pressão arterial, hidratar o paciente, monitorar a função renal no início do

tratamento e ajustar a posologia do anti-hipertensivo, se necessário.

• Digitálicos:

Hipocalemia que favorece os efeitos tóxicos dos digitálicos.

Monitorar a calemia, o ECG e, se necessário, reavaliar o tratamento.

Associações que devem ser avaliadas cuidadosamente

• Diuréticos hipercalemiantes (amilorida, espironolactona, triantereno):

A associação racional, útil para determinados pacientes, não exclui a possibilidade do

surgimento de uma hipocalemia ou de uma hipercalemia (particularmente no paciente com

insuficiência renal e no diabético).

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• Metformina:

Risco aumentado de ocorrência de acidose láctica devido à metformina, desencadeada por uma

eventual insuficiência renal funcional ligada aos diuréticos e, mais especificamente, aos

diuréticos de alça.

Não utilizar a metformina quando os níveis sanguíneos de creatinina ultrapassarem 15 mg/L

(135 μmol/L) no homem e 12 mg/L (110 μmol/L) na mulher.

• Produtos de contraste iodados:

Em caso de desidratação provocada pelos diuréticos, há um risco aumentado de insuficiência

renal aguda, particularmente quando da utilização de doses elevadas de produtos de contraste

iodados.

Reidratar o paciente antes da administração do produto iodado.

• Antidepressivos imipramínicos (tricíclicos), neurolépticos:

Efeito anti-hipertensivo e risco de hipotensão ortostática aumentados (efeito aditivo).

• Sais de cálcio:

Risco de hipercalcemia pela redução da eliminação urinária do cálcio.

• Ciclosporina, Tacrolimus:

Risco de aumento dos níveis plasmáticos de creatinina sem modificação das taxas circulantes de

ciclosporina, mesmo na ausência de depleção hidrossódica.

• Corticosteroides, tetracosactídeo:

Diminuição do efeito anti-hipertensivo (retenção hidrossódica dos corticosteróides).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Desde que respeitados os cuidados de

armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua

fabricação.

INDAPEN®

SR 1,5 mg: comprimido revestido, branco a quase branco, redondo, biconvexo e

liso em ambos os lados.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Os comprimidos devem ser ingeridos com copo de água, preferencialmente pela manhã e não

devem ser mastigados.

INDAPEN®

SR é administrado sempre em uma dose única diária.

O aumento da dose não aumenta a ação anti-hipertensiva da indapamida enquanto aumenta seu

efeito diurético.

Insuficiência Renal (vide itens CONTRAINDICAÇÕES e ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES)

Em casos de insuficiência renal severa (o clearance creatinina abaixo 30 mL/min) o tratamento

é contraindicado.

Tiazídico e diuréticos relacionados são totalmente eficazes apenas quando a função renal é

normal ou está minimamente debilitada.

Idosos (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES)

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Em idosos, a creatinina plasmática deve ser ajustada em relação à idade, peso e sexo. Pacientes

idosos podem ser tratados com INDAPEN®

SR quando a função renal é normal ou está

minimamente debilitada.

Pacientes com debilidade hepática (vide itens CONTRAINDICAÇÕES e

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES)

Em casos de debilidade hepática severa o tratamento é contraindicado.

Crianças e adolescentes:

SR não é recomendado para o uso em crianças e adolescentes devido à falta de

dados em segurança e eficácia.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A maior parte dos efeitos adversos relacionados aos parâmetros clínicos e laboratoriais é dose-

dependentes.

Os diuréticos tiazídicos, incluindo a indapamida, podem causar:

Reações comuns (>1/100 e <1/10):

Afecções cutâneas (reações de hipersensibilidade, essencialmente dermatológicas (erupções

cutâneas), nos pacientes predispostos às manifestações alérgicas e asmáticas: exantema

maculopapular.

Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100):

-Afecções cutâneas (reações de hipersensibilidade, essencialmente dermatológicas, nos

pacientes predispostos às manifestações alérgicas e asmáticas): púrpura

-Alterações gastrointestinais: vômito

Reações raras (>1/10.000 e < 1/1.000):

- Alterações no sistema nervoso: vertigem, fadiga, dor de cabeça e parestesia;

- Alterações gastrointestinais: náusea, constipação e secura na boca.

Reações muito raras (<1/10.000):

- Alterações no sistema sanguíneo e linfático: trombocitopenia, leucopenia, agranulocitose,

anemia aplástica e anemia hemolítica;

- Alterações cardíacas: arritmia e hipotensão;

- Alterações gastrointestinais: pancreatite;

- Alterações hepato-biliares: alteração na função hepática;

- Alteração renal: insuficiência renal;

- Alterações cutâneas (reações de hipersensibilidade, essencialmente dermatológicas (erupções

cutâneas), nos pacientes predispostos às manifestações alérgicas e asmáticas): edema

angioneurótico e/ou urticária, necrólise epidérmica tóxica, Síndrome de Stevens Johnson.

Reações desconhecidas (não podem ser estimadas com os dados disponíveis)

- Alterações no sistema nervoso: síncope;

- Alterações hepato-biliares: hepatite, possibilidade de surgimento de encefalopatia hepática em

casos de insuficiência hepática (vide itens CONTRAINDICAÇÕES e ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES);

- Afecções cutâneas (Reações de hipersensibilidade, essencialmente dermatológicas (erupções

cutâneas), nos pacientes predispostos às manifestações alérgicas e asmáticas: possibilidade de

agravamento de um lúpus eritematoso preexistente;

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- Alterações hepato-biliares: no caso de insuficiência hepática, pode ocorrer encefalopatia

hepática;

- Alterações cardíacas: “torsades de pointes” (potencialmente fatal) (vide itens

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Casos de reações de fotossensibilidade foram reportados (vide item 5).

Investigações:

Reações desconhecidas:

- Intervalo QT prolongado (vide itens ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS);

- Aumento da glicose e aumento de ácido úrico no sangue durante o tratamento; a prescrição

destes diuréticos deve ser cuidadosamente avaliada em pacientes com gota ou diabetes;

- Elevação das enzimas hepáticas.

Efeitos nos parâmetros laboratoriais:

- Alterações no metabolismo e nutrição

- Durante os estudos clínicos, foi observada uma redução da calemia após 4 a 6 semanas de

tratamento correspondendo a 10 % dos pacientes para uma calemia < 3,4 mmol/L e 4 % dos

pacientes para uma calemia < 3,2 mmol/L;

Após 12 semanas de tratamento, a redução média da calemia foi de 0,23 mmol/L.

- Muito raramente– Hipercalemia.

- Desconhecido:

Depleção de potássio com hipocalemia, particularmente grave em determinados grupos de risco

(vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES)

- Hiponatremia com hipovolemia podendo causar desidratação e hipotensão ortostática. A perda

concomitante de íons cloreto pode causar, secundariamente, uma alcalose metabólica

compensatória: a incidência e o grau desse efeito são fracos.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais informações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.