Bula do Irenax para o Paciente

Bula do Irenax produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Irenax
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda - Paciente

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BULA COMPLETA DO IRENAX PARA O PACIENTE

Irenax (cloridrato de irinotecano)

Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.

Solução injetável

20 mg/mL

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Solução injetável para infusão intravenosa. Embalagem com 1 frasco-ampola de 5 mL.

Cada mL da solução injetável de Irenax (cloridrato de irinotecano) contém 20 mg de cloridrato de irinotecano

(sal tri-hidratado).

VIA INFUSÃO INTRAVENOSA

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola de 5mL contém:

Cloridrato de irinotecano tri-hidratado .............................................................................................. 100 mg

(equivalente a 92mg de cloridrato de irinotecano)

excipientes ............................................................................................................... q.s.p. 1 frasco-ampola

(ácido láctico, sorbitol e água para injeção).

II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE

USO RESTRITO A HOSPITAIS

Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados e deve ser manipulado apenas

por pessoal treinado.

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

Irenax (cloridrato de irinotecano) solução injetável é indicado como agente único ou combinado no

tratamento de pacientes com:

 Carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente;

 Carcinoma metastático do cólon ou reto que tenha recorrido voltado) ou progredido (piorado) após

terapia anterior com 5-fluoruracila;

 Neoplasia pulmonar de células pequenas e não pequenas;

 Neoplasia de colo de útero;

 Neoplasia de ovário;

 Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável.

Irenax (cloridrato de irinotecano) está indicado para tratamento como agente único de pacientes com:

 Neoplasia de mama inoperável ou recorrente;

 Carcinoma de células escamosas da pele;

 Linfoma maligno.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

Irenax (cloridrato de irinotecano) é um agente antineoplásico (medicamento usado no tratamento de

neoplasia) que age interagindo com a enzima topoisomerase I, uma enzima importante no processo de

multiplicação das células. O bloqueio desta enzima causa um erro no funcionamento das células tumorais,

levando-as a morte. As concentrações máximas do metabólito ativo (da substância ativa) de Irenax

(cloridrato de irinotecano) são atingidas, geralmente, dentro de 1 hora após o término de uma infusão de

90 minutos do produto.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Irenax (cloridrato de irinotecano) é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida

ao fármaco ou a qualquer componente da fórmula.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Administração: Irenax (cloridrato de irinotecano) deve ser administrado obrigatoriamente sob a supervisão

de um médico com experiência no uso de agentes quimioterápicos (medicamentos) para neoplasia.

O uso de Irenax (cloridrato de irinotecano) nas situações a seguir deve ser avaliado através da análise dos

benefícios e riscos esperados, e indicado quando os benefícios superarem os possíveis riscos:

 em pacientes que apresentam um fator de risco (particularmente os com performance status = 2 OMS)

(índice que reflete o estado geral do paciente).

 em raros casos, onde os pacientes apresentam recomendações relacionadas ao controle de eventos

adversos (necessidade de tratamento imediato e prolongado contra diarreia combinado a alto consumo de

líquido no início da diarreia tardia). Recomenda-se supervisão hospitalar a tais pacientes.

Sintomas colinérgicos: os pacientes podem apresentar sintomas colinérgicos (sintomas desencadeados

devido à liberação de substâncias chamadas neurotransmissores que controlam várias funções do organismo)

como rinite, salivação aumentada, miose (fechamento da pupila), lacrimejamento, diaforese (aumento da

produção de suor), rubor (vasodilatação), bradicardia (diminuição na frequência cardíaca) e aumento do

peristaltismo (movimento) intestinal que pode causar cólicas abdominais e diarreia em fase inicial da

administração (por ex.: diarreia ocorrendo geralmente durante ou até 8 horas da administração de Irenax

(cloridrato de irinotecano)). Esses sintomas podem ser observados durante, ou logo após, a infusão de Irenax

(cloridrato de irinotecano), devendo ocorrer mais frequentemente com doses mais altas. Em pacientes com

sintomas colinérgicos a administração terapêutica, ou profilática, de atropina 0,25 a 1 mg por via intravenosa

ou subcutânea deve ser considerada (a não ser que contraindicada clinicamente). A definição do uso dessa

medicação cabe ao médico que está acompanhando o paciente.

Extravasamento: embora Irenax (cloridrato de irinotecano) não seja, sabidamente, vesicante (irritante da

veia onde o produto está sendo infundido), deve-se tomar cuidado para evitar extravasamento (infusão da

medicação fora da veia) e observar o local da infusão quanto a sinais inflamatórios (aumento de calor local,

avermelhamento, dor). Caso ocorra extravasamento, recomenda-se infusão para “lavar” o local de acesso e

aplicação de gelo.

Hepático: em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) foram observadas, em menos

de 10% dos pacientes, anormalidades das enzimas hepáticas (testes que avaliam a função do fígado). Esses

eventos ocorrem tipicamente em pacientes com metástases hepáticas conhecidas e não estão claramente

relacionados ao Irenax (cloridrato de irinotecano).

Hematológico: o Irenax (cloridrato de irinotecano) frequentemente causa diminuição do número de células

do sistema de defesa do organismo e anemia, inclusive graves, devendo ser evitado em pacientes com

insuficiência aguda (mau funcionamento agudo) grave da medula óssea (órgão responsável pela produção das

células sanguíneas). A trombocitopenia (queda na contagem de plaquetas, (células sanguíneas responsáveis

pela coagulação)) grave é incomum. Nos estudos clínicos, a frequência de neutropenia (diminuição de um tipo

de células de defesa no sangue: neutrófilos) foi significativamente maior em pacientes que haviam recebido

previamente irradiação (radioterapia) pélvica/abdominal do que naqueles que não haviam recebido tal

irradiação.

Neutropenia febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos, que evoluíram com febre) ocorreu

em menos de 10% dos pacientes nos estudos clínicos. Mortes devido à sepse após neutropenia grave foram

relatadas em pacientes tratados com Irenax (cloridrato de irinotecano). A terapia com Irenax (cloridrato de

irinotecano) deve ser temporariamente descontinuada caso ocorra neutropenia febril ou se a contagem

absoluta de neutrófilos cair abaixo de 1000/mm3

. A dose do produto deve ser reduzida no caso de ocorrência

de neutropenia não febril clinicamente significativa.

Pacientes com atividade de UGT1A1 reduzida: dados de uma revisão de estudos indicaram que indivíduos

com síndrome Crigler-Najjar (tipos 1 e 2) ou aqueles considerados homozigóticos (que têm genes iguais para

uma certa característica) para o par de genes UGT1A1*28 (síndrome de Gilbert) correm um risco elevado de

toxicidade no sangue após a administração de doses moderada a altas de irinotecano. A relação entre o

genótipo (o que está definido nos genes de cada pessoa) UGT1A1 e a indução de diarreia pelo irinotecano não

foi estabelecida.

Em pacientes homozigóticos (que têm genes iguais para uma certa característica) para UGT1A1*28 deve ser

administrada a dose inicial normal indicada para irinotecano. Entretanto, estes pacientes devem ser

monitorados quanto à toxicidade no sangue. Uma dose inicial reduzida de irinotecano deve ser considerada

em pacientes que já tenham sofrido toxicidade no sangue com tratamento anterior. A redução exata da dose

inicial nesses pacientes não foi estabelecida e quaisquer modificações de dose subsequente, devem ser

baseadas na tolerância individual do paciente ao tratamento.

Reações de hipersensibilidade: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia), inclusive reações

anafilática/anafilactoide graves (reação alérgica grave).

Efeitos imunossupressores/ Aumento da suscetibilidade a infecções: a administração de vacinas com

micro-organismos vivos ou atenuados (mortos ou inativados) em pacientes imunocomprometidos por agentes

quimioterápicos, incluindo Irenax (cloridrato de irinotecano), pode resultar em infecções graves ou fatais. A

vacinação com vacinas contendo micro-organismos vivos deve ser evitada em pacientes recebendo Irenax

(cloridrato de irinotecano). As vacinas com micro-organismos mortos ou inativados podem ser administradas,

no entanto, a resposta a esta vacina pode ser diminuída.

Diarreia tardia: a diarreia tardia (aquela que ocorre mais de 8 horas após a administração do produto) pode

ser prolongada e pode levar à desidratação, desequilíbrio eletrolítico (dos eletrólitos – substâncias como sódio

e potássio - presentes no sangue) ou sepse (infecção grave com comprometimento de vários órgãos),

constituindo um risco de morte potencial. Nos estudos clínicos que testaram o esquema posológico a cada 3

semanas, a diarreia tardia surgiu, em média, após 5 dias da infusão de cloridrato de irinotecano. Nos estudos

que avaliaram a posologia semanal, este intervalo médio foi de 11 dias. Nos pacientes que começaram o

tratamento com a dose semanal de 125 mg/m2

, o tempo médio de duração de qualquer grau de diarreia tardia

foi de 3 dias. Nos pacientes tratados com a dose semanal de 125 mg/m2

que tiveram diarreia mais intensa, o

tempo médio de duração de todo o episódio de diarreia foi de 7 dias. Resultados de um estudo de um esquema

semanal de tratamento não demonstraram diferença na taxa de diarreia tardia em pacientes com 65 anos ou

mais em relação a pacientes com menos de 65 anos. Entretanto, pacientes com 65 anos ou mais, devem ser

monitorados de perto devido ao risco aumentado de diarreia precoce observada nesta população. Ulceração

(formação de feridas) do cólon (do intestino grosso), algumas vezes com sangramento, foi observada em

associação à diarreia induzida pelo irinotecano.

Se ocorrer diarreia, o médico responsável deve ser avisado e ele tomará as medidas necessárias. A diarreia

tardia deve ser tratada com loperamida imediatamente após observar-se o primeiro episódio de fezes

amolecidas, ou malformadas, ou ainda, na ocorrência de evacuações em frequência maior do que a esperada.

Em caso de desidratação, devem ser realizadas reposições hídrica (de água) e eletrolítica (de eletrólitos,

substâncias como sódio e potássio), através de soro caseiro ou preparações semelhantes. Se os pacientes

apresentarem íleo paralítico (parada dos movimentos intestinais), febre ou neutropenia (diminuição de um

tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) grave, tratamento de suporte com antibióticos deve ser

administrado. Além do tratamento antibiótico, a hospitalização é recomendada para o tratamento de diarreia,

nos seguintes casos:

- diarreia com febre;

- diarreia grave (requerendo hidratação intravenosa);

- pacientes com vômito associado à diarreia tardia;

- diarreia persistindo por cerca de 48 horas após o início da terapia com altas doses de loperamida.

Após o primeiro ciclo de tratamento, os ciclos quimioterápicos semanais subsequentes só devem ser iniciados

quando a função intestinal (número e quantidade de evacuações) do paciente retornar ao padrão pré-

tratamento por, pelo menos, 24 horas sem a necessidade de medicação antidiarreica. Se ocorrer diarreia grave

a administração de Irenax (cloridrato de irinotecano) deve ser descontinuada e retomada em dose reduzida

assim que o paciente se recuperar.

Doença inflamatória crônica e/ou obstrução intestinal: em caso de obstrução intestinal os pacientes não

devem ser tratados com Irenax (cloridrato de irinotecano).

Náuseas e vômitos: Irenax (cloridrato de irinotecano) é emetogênico (provoca vômito), como os quadros de

náuseas e vômitos podem ser intensos ocorrendo geralmente, durante ou logo após a infusão do Irenax

(cloridrato de irinotecano) recomenda-se que os pacientes recebam antieméticos (medicamentos que

combatem náusea e vômitos) pelo menos 30 minutos antes da infusão de Irenax (cloridrato de irinotecano). O

médico também deve considerar a utilização subsequente de esquema de tratamento antiemético se

necessário. Pacientes com vômito associado à diarreia tardia devem ser hospitalizados assim que possível para

tratamento.

Neurológico: tontura foi observada e pode, algumas vezes, representar evidência sintomática de hipotensão

ortostática (queda da pressão arterial relacionada a posição em pé) em pacientes com desidratação.

Renal: elevações dos níveis séricos (no sangue) de creatinina ou ureia (substâncias que indicam a função

renal) foram observadas. Ocorreram casos de insuficiência renal aguda (prejuízo na função dos rins). Esses

eventos foram atribuídos a complicações infecciosas ou à desidratação, relacionada à náusea, vômitos ou

diarreia. Há raros relatos de disfunção renal (mau funcionamento dos rins) decorrente de síndrome de lise

tumoral (série de alterações do organismo decorrentes da morte e destruição das células tumorais).

Respiratório: observou-se um tipo de dispneia (falta de ar); mas é desconhecido o quanto doenças

preexistentes e/ou envolvimento pulmonar maligno (presença de tumor no pulmão) contribuem para o quadro.

Em estudos iniciais no Japão, pequena porcentagem dos pacientes evoluiu com uma síndrome pulmonar, com

potencial de morte, que se apresenta através de dispneia, febre e de um padrão reticulonodular na radiografia

de tórax (padrão de radiografia de tórax). Porém, o quanto o Irenax (cloridrato de irinotecano) contribuiu

para estes eventos é desconhecido, pois os pacientes também apresentavam tumores pulmonares e, alguns,

doença pulmonar não maligna preexistente.

Doença pulmonar intersticial (tipo de comprometimento pulmonar), manifestada através de infiltrado

pulmonar, é incomum durante terapia com irinotecano. São fatores de risco para o desenvolvimento desta

complicação: doenças pulmonares pré-existentes, uso de medicamentos pneumotóxicos (tóxicos para os

pulmões), radioterapia e uso de fatores de estimulação de colônias (substâncias que agem na medula óssea

estimulando a produção de células sanguíneas). Na presença de um ou mais destes fatores o paciente deve ser

cuidadosamente monitorado quanto a sintomas respiratórios antes e durante a terapia com Irenax (cloridrato

de irinotecano).

Outros: uma vez que este produto contém sorbitol, não é recomendado o uso em pacientes com intolerância

hereditária à frutose.

Uso em Populações Especiais

Pediátrico: a eficácia do Irenax (cloridrato de irinotecano) em pacientes pediátricos não foi estabelecida.

Geriátrico: recomendações específicas de dosagem podem se aplicar a essa população e dependem do

esquema utilizado.

Insuficiência Hepática: em pacientes com hiperbilirrubinemia (aumento dos níveis de bilirrubina no sangue)

o risco de hematotoxicidade (toxicidade das células sanguíneas) é aumentado. A função hepática (do fígado)

basal deve ser obtida antes do início do tratamento e monitorada mensalmente, com novas coletas se

clinicamente indicado.

Radioterapia: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica/abdominal têm maior risco de

mielossupressão (diminuição da função da medula óssea, órgão responsável pela produção das células

sanguíneas) após a administração de Irenax (cloridrato de irinotecano). Estes casos exigem cautela e,

dependendo do esquema preconizado, doses específicas podem ser necessárias.

Performance Status (ECOG – Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de

“performance status” (estado geral do paciente) possuem risco aumentado de desenvolverem eventos

adversos relacionados ao irinotecano. Recomendações específicas de dosagem para pacientes com ECOG

performance status de 2 podem se aplicar a essa população, dependendo do esquema utilizado. Pacientes com

performance status de 3 ou 4 não devem receber Irenax (cloridrato de irinotecano). Em estudos clínicos

(estudos realizados para avaliar o medicamento) que compararam pacientes recebendo cloridrato de

irinotecano/5-fluoruracila/folinato de cálcio ou 5-fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas

maiores de hospitalização, neutropenia febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos, que

evoluíram com febre), tromboembolismo (formação de coagulo dentro de vaso sanguíneo), descontinuação do

tratamento no primeiro ciclo e óbitos precoces em pacientes com performance status basal de 2, quando

comparados a pacientes com performance status basal de 0 ou 1.

Neoplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão mais importante e

outras toxicidades quando o Irenax (cloridrato de irinotecano) é administrado. Uma dose inicial mais baixa

deve ser considerada nesses pacientes.

Uso durante a Gravidez

Irenax (cloridrato de irinotecano) pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas.

Estudos mostram que o cloridrato de irinotecano é teratogênico (causa malformação) em ratos e coelhos. Não

foram conduzidos estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. As mulheres em idade fértil

devem ser orientadas a evitar a gravidez enquanto estiverem sendo tratadas com este medicamento. Caso o

Irenax (cloridrato de irinotecano) seja utilizado durante a gravidez ou a paciente fique grávida enquanto

estiver recebendo esse medicamento, ela deve ser informada dos riscos potenciais ao feto.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Uso durante a Lactação

Cinco minutos após a administração IV de irinotecano marcado (medicamento marcado com radioatividade)

em ratas, detectou-se radioatividade no leite, com concentrações até 65 vezes maiores do que as obtidas no

plasma (no sangue) 4 horas após a administração. Assim, devido ao potencial para reações adversas graves

em lactentes, recomenda-se que a amamentação seja descontinuada durante o tratamento com o produto.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

O efeito de Irenax (cloridrato de irinotecano) sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi

avaliado. Entretanto, pacientes devem ser alertados sobre o potencial de tontura ou distúrbios visuais, que

podem ocorrer dentro de 24 horas após a administração de Irenax (cloridrato de irinotecano), e aconselhados

a não dirigir ou operar máquinas se estes sintomas ocorrerem.

Interações Medicamentosas

- bloqueadores neuromusculares: a interação entre Irenax (cloridrato de irinotecano) e bloqueadores

neuromusculares (uma classe de medicamentos que bloqueia a interação entre nervos e músculos) não pode

ser descartada, uma vez que ele pode prolongar o efeito neuromuscular do suxametônio (um tipo de

bloqueador neuromuscular) e antagonizar (bloquear o efeito) de outros bloqueadores neuromusculares.

- agentes antineoplásicos: eventos de Irenax (cloridrato de irinotecano), como a mielossupressão

(diminuição da função da medula óssea, órgão responsável pela produção das células sanguíneas) e a diarreia,

podem ser exacerbados (aumentados) pela associação com outros agentes antineoplásicos que causem eventos

adversos semelhantes.

- dexametasona: foi relatada linfocitopenia (redução do número de linfócitos, células sanguíneas de defesa)

em pacientes em tratamento com Irenax (cloridrato de irinotecano), sendo possível que a administração de

dexametasona como profilaxia (ação preventiva) antiemética possa aumentar a probabilidade de ocorrência

desse efeito. Contudo, não foram observadas infecções graves e nenhuma complicação foi especificamente

atribuída à linfocitopenia.

Foi também relatada hiperglicemia (concentração elevada de glicose no sangue) em pacientes com um

histórico de diabetes mellitus ou evidência de intolerância à glicose previamente à administração de Irenax

(cloridrato de irinotecano). É provável que a dexametasona, aplicada como profilaxia (prevenção)

antiemética, possa ter contribuído para o surgimento de hiperglicemia em alguns pacientes.

- proclorperazina: a incidência de acatisia (condição em que o paciente sente uma grande dificuldade em

permanecer parado, sentado ou imóvel) nos estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento),

em esquema de doses semanais, foi um pouco maior (8,5%, 4/47 pacientes) quando se administrou

proclorperazina no mesmo dia que Irenax (cloridrato de irinotecano), do que quando esses medicamentos

foram administrados em dias separados (1,3%, 1/80 pacientes). Todavia, a incidência de 8,5% de acatisia

encontra-se dentro da faixa relatada para o uso de proclorperazina, quando administrada como um pré-

medicamento para outras terapias quimioterápicas.

- laxantes: é esperado que laxantes usados durante a terapia com o irinotecano piorem a incidência ou

gravidade da diarreia.

- diuréticos: desidratação secundária a vômitos e/ou diarreia pode ser induzida pelo Irenax (cloridrato de

irinotecano). O médico pode considerar a suspensão do diurético durante o tratamento com o irinotecano e

durante períodos de vômitos e diarreia ativos.

- anticonvulsivantes: a coadministração (ao mesmo tempo) de medicamentos anticonvulsivantes

(medicamentos que previnem a ocorrência de convulsões) indutores do CYP3A (que induz a metabolização

de outras drogas pelo fígado) (por ex.: carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) reduzem a exposição ao

metabólito ativo SN-38.

Deve-se ter cautela ao iniciar ou substituir anticonvulsivantes não indutores enzimáticos pelo menos 1 semana

antes do inicio da terapia com Irenax (cloridrato de irinotecano).

- cetoconazol: o clearance (eliminação) do Irenax (cloridrato de irinotecano) é reduzido significativamente

em pacientes recebendo cetoconazol concomitantemente ao Irenax (cloridrato de irinotecano). O cetoconazol

deve ser descontinuado pelo menos 1 semana antes de iniciar o tratamento com Irenax (cloridrato de

irinotecano) e não deve ser administrado durante a terapia com Irenax (cloridrato de irinotecano).

- erva de São João (Hypericum perforatum): deve ser descontinuada pelo menos 1 semana antes do primeiro

ciclo de Irenax (cloridrato de irinotecano), e não deve ser administrada durante todo o tratamento com o

quimioterápico.

- sulfato de atazanavir: tem o potencial de aumentar o metabólito ativo (substância ativa) do Irenax

(cloridrato de irinotecano).

Médicos devem levar isto em consideração quando coadministrar estes medicamentos.

- bevacizumabe: resultados de um estudo específico de interação medicamentosa demonstraram nenhum

efeito significativo do bevacizumabe na farmacocinética de irinotecano e seu metabólito ativo SN-38.

- vacinas: a administração de vacinas vivas ou atenuadas (micro-organismos mortos ou inativados) em

pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo Irenax (cloridrato de irinotecano),

pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes

recebendo Irenax (cloridrato de irinotecano). As vacinas mortas ou inativadas podem ser administradas.

Entretanto, a resposta a tais vacinas pode ser diminuída.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Irenax (cloridrato de irinotecano) deve ser armazenado na embalagem original e em temperatura ambiente

(entre 15-30ºC), protegido da luz. Os frascos contendo o medicamento acabado devem ser protegidos da luz,

mantidos dentro do cartucho até a utilização.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o na embalagem original.

Características físicas

Irenax (cloridrato de irinotecano): solução transparente de cor amarela clara, sem partículas em suspensão.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe

alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

Precauções no Preparo e Administração

Irenax (cloridrato de irinotecano) deve ser preparado exclusivamente por um profissional habilitado.

Posologia

Todas as doses de Irenax (cloridrato de irinotecano) devem ser administradas em infusão intravenosa (dentro

da veia) ao longo de 30 a 90 minutos.

Irenax (cloridrato de irinotecano) é um medicamento de uso restrito a hospitais. O esquema posológico e o

plano de tratamento deverão ser determinados exclusivamente pelo médico responsável de acordo com o tipo

de neoplasia e a resposta ao tratamento. Para maiores informações sobre a posologia do medicamento,

consulte o seu médico ou a bula específica para o profissional de saúde.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Como esse é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo

médico que acompanha o caso. Se você faltar a uma sessão programada de quimioterapia com esse

medicamento, você deve procurar o seu médico para redefinição da programação de tratamento.

O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

As seguintes reações adversas foram observadas durante os estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o

medicamento) realizados com irinotecano, para as diversas indicações e posologias:

Estudos clínicos como agente único, 100 a 125 mg/m2

em esquema de dose semanal

Eventos Adversos Graus 1 a 4 NCI (National Cancer Institute - Instituto Nacional do Câncer)

Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:

Gastrintestinal diarreia tardia (que ocorre depois de mais de 8 horas após administração do

produto, náusea (enjoo), vômitos, diarreia precoce, dor/cólicas abdominais,

anorexia (falta de apetite), estomatite (inflamação da mucosa da boca)

Hematológico leucopenia (redução de células de defesa no sangue), anemia, neutropenia

(diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos)

Geral astenia (fraqueza), febre

Metabólico e Nutricional perda de peso, desidratação

Dermatológico alopecia (perda de cabelo)

Cardiovascular eventos tromboembólicos (formação de coágulos nos vasos sanguíneos)*

* Incluem angina pectoris (dor no peito por doença do coração), trombose arterial (trombo ou coágulo nas

artérias), infarto cerebral (interrupção do fornecimento de sangue para alguma região do cérebro), acidente

vascular cerebral (derrame), tromboflebite profunda (presença de coágulo com inflamação do vaso

sanguíneo), embolia de extremidade inferior (trombo ou coágulo proveniente dos membros inferiores),

parada cardíaca, infarto do miocárdio (interrupção do fornecimento de sangue para o coração), isquemia

miocárdica (infarto), distúrbio vascular periférico (dos vasos sanguíneos dos membros), embolia pulmonar

(presença de êmbolo – trombo, coágulo- no pulmão), morte súbita, tromboflebite, trombose (presença de

coágulo nos vasos sanguíneos), distúrbio vascular (do vaso).

Estudos clínicos como agente único, 300 a 350 mg/m2

em esquema de dose a cada 3 semanas

Estão listados nas Tabelas a seguir, em ordem decrescente de frequência, os eventos adversos graus 3 ou 4

NCI relatados nos estudos clínicos do esquema posológico semanal ou a cada 3 semanas (N=620).

Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos

Pacientes nos Estudos Clínicos:

Gastrintestinal

Hematológico

Dermatológico

diarreia tardia, náusea, dor/cólicas abdominais

leucopenia, neutropenia

alopecia

Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em 1% a 10% dos Pacientes

nos Estudos Clínicos:

Infecções e infestações

Geral

Metabólico e Nutricional

Infecção

vômitos, diarreia precoce, constipação (prisão de ventre), anorexia,

mucosite (úlceras na mucosa dor órgãos do aparelho digestivo)

anemia, trombocitopenia

astenia, febre, dor

desidratação, hipovolemia (desidratação)

Hepatobiliar

Respiratório

Laboratorial (investigativo)

bilirrubinemia (aumento das bilirrubinas no sangue)

dispneia (falta de ar)

aumento da creatinina

Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Menos de 1% dos

Nervoso

Cardiovascular

Urogenital

Reprodutivo

sepse (infecção generalizada)

distúrbio retal, monilíase GI (infecção causada pelo fungo Cândida)

calafrios, mal-estar, dor lombar

perda de peso, hipocalemia (diminuição de potássio no sangue),

hipomagnesemia (diminuição de magnésio no sangue)

eritema - rash (vermelhidão), sinais cutâneos

marcha anormal (alteração do andar), confusão, cefaleia (dor de cabeça)

hipotensão (queda da pressão), síncope (desmaio), distúrbios

cardiovasculares

infecção do trato urinário

dor nas mamas

aumento da fosfatase alcalina (enzima do fígado), aumento da gama-

-GT (enzima do fígado)

Os seguintes eventos adicionais relacionados ao medicamento foram relatados nos estudos clínicos com

cloridrato de irinotecano, mas não preencheram os critérios acima definidos (ocorrência > 10% de eventos

relacionados ao medicamento (NCI graus 1 - 4 ou de NCI graus 3 ou 4): rinite, salivação aumentada, miose

(pupila pequena), lacrimejamento, diaforese (suor excessivo), rubor facial (vermelhidão), bradicardia

(diminuição dos batimentos cardíacos), tonturas, extravasamento (escape acidental de medicamento para fora

do vaso sanguíneo), síndrome da lise tumoral (sintomas provocados pela destruição das células do câncer) e

ulceração do cólon (formação de feridas no intestino grosso).

Experiência Pós-Comercialização

Cardíaco: foram observados casos de isquemia miocárdica (infarto) após terapia com cloridrato de

irinotecano predominantemente em pacientes com doença cardíaca de base (prévia), outros fatores de risco

conhecidos para doença cardíaca ou quimioterapia citotóxica (que destrói as células do câncer).

Gastrintestinal: foram relatados casos infrequentes de obstrução intestinal (interrupção do trânsito

intestinal), íleo paralítico (diminuição dos movimentos do intestino), megacólon (alargamento do intestino

grosso) ou hemorragia (sangramento) gastrintestinal, e raros casos de colite (inflamação do intestino grosso,

cólon), incluindo tifilite (inflamação do ceco, uma região do intestino grosso) e colite isquêmica (inflamação

do intestino grosso devido a falta de irrigação sanguínea) ou ulcerativa (com formação de feridas). Em alguns

casos, a colite foi complicada por ulceração (formação de feridas), sangramento, íleo (parada da eliminação

de gazes e fezes) ou infecção. Casos de íleo sem colite anterior também foram relatados. Casos raros de

perfuração intestinal foram relatados

Foram observados raros casos de pancreatite (inflamação no pâncreas) sintomática ou elevação assintomática

das enzimas pancreáticas.

Hipovolemia: foram relatados casos raros de distúrbio renal e insuficiência renal aguda (diminuição

aguda da função dos rins), geralmente em pacientes que contraíram infecções ou evoluíram com

desidratação por toxicidade gastrintestinal grave (desidratação por diarreia).

Foram observados casos infrequentes de insuficiência renal (prejuízo na função dos rins), hipotensão

(queda de pressão) ou distúrbios circulatórios em pacientes que apresentaram episódios de desidratação

associadas a diarreia e/ou vômito, ou sepse (infecção generalizada).

Sistema Imune: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia), inclusive reações graves

anafiláticas ou anafilactoides (reações alérgicas graves).

Músculo-esquelético: efeitos precoces tais como contração muscular ou cãibra e parestesia (sensação de

formigamento) foram relatados.

Sistema nervoso: distúrbios de fala, geralmente transitórios, têm sido reportados em pacientes tratados com

cloridrato de irinotecano. Em alguns casos, são observados durante ou logo após a infusão de cloridrato de

irinotecano.

Respiratório, torácico e mediastinal: doença pulmonar intersticial (comprometimento pulmonar) presente

como infiltrados pulmonares são incomuns durante terapia com cloridrato de irinotecano. Efeitos precoces

tais como dispneia (falta de ar) foram relatados. Soluços também foram relatados.

Investigações: raros casos de hiponatremia (diminuição da quantidade de sódio no sangue) geralmente

relacionada com diarreia e vômito foram relatados. Aumentos dos níveis séricos das transaminases (por ex:

TGO e TGP, enzimas hepáticas – refletem a função do fígado) na ausência de metástase progressiva do fígado

foram muito raramente relatados.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo

uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Bula do Irenax
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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