Bula do Keflex produzido pelo laboratorio Laboratórios Bagó do Brasil S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
KEFLEX®
Laboratórios Bagó do Brasil S.A.
Drágeas
Cefalexina 500 mg e 1g
cefalexina
APRESENTAÇÕES
é apresentado na forma de drágeas para uso oral nas seguintes embalagens:
KEFLEX® drágea 500 mg - Embalagens com 8 e 40 drágeas.
KEFLEX® drágea 1 g - Embalagens com 8 e 40 drágeas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
KEFLEX® drágea 500 mg - Cada drágea 500 mg contém:
cefalexina monoidratada 530,2 mg, equivalente a 500 mg de cefalexina base.
Excipientes: estearato de magnésio, amidoglicolato de sódio, celulose microcristalina, dióxido de
titânio, amarelo FD&C nº 6 com laca de alumínio (amarelo crepúsculo), D&C Amarelo N°10 Laca
de Alumínio, álcool polivinílico, polietilenoglicol e talco.
KEFLEX® drágea 1 g - Cada drágea 1 g contém:
cefalexina monoidratada 1062,6 mg, equivalente a 1 g de cefalexina base.
titânio, amarelo FD&C nº 6 com laca de alumínio (amarelo crepúsculo), D&C Amarelo Nº10 Laca
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A cefalexina é indicada para o tratamento das infecções listadas abaixo, quando causadas por cepas
sensíveis dos seguintes microrganismos:
Sinusites bacterianas causadas por estreptococos, S. pneumoniae e Staphylococcus aureus (somente
os sensíveis à meticilina).
Infecções do trato respiratório causadas por S. pneumoniae e S. pyogenes (a penicilina é o
antibiótico de escolha no tratamento e prevenção de infecções estreptocócicas, incluindo a profilaxia
da febre reumática. A cefalexina é geralmente eficaz na erradicação de estreptococos da nasofaringe;
contudo, dados substanciais estabelecendo a eficácia da cefalexina na prevenção tanto da febre
reumática como da endocardite bacteriana não estão disponíveis até o momento).
Otite média causada por S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis, outros estafilococos e
estreptococos.
Infecções da pele e tecidos moles causadas por estafilococos e/ou estreptococos sensíveis à
cefalexina.
Infecções ósseas causadas por estafilococos e/ou P. mirabilis.
Infecções do trato geniturinário incluindo prostatite aguda, causadas por E. coli, P. mirabilis e
Klebsiella pneumoniae.
Infecções dentárias causadas por estafilococos e/ou estreptococos sensíveis à cefalexina.
Nota: Deverão ser realizados testes de sensibilidade à cefalexina e culturas apropriadas do
microrganismo causador. Estudos da função renal devem ser efetuados quando indicado pelo
médico.
2. RESULTADO DE EFICÁCIA
Infecções do Trato Respiratório Superior: Nos estudos clínicos, mais de 400 pacientes foram
tratados com cefalexina para tonsilite, faringite ou escarlatina causadas pelo estreptococo beta-
hemolítico grupo A. A dose habitual variou de 20 a 30 mg/kg/dia por 10 dias. Uma resposta
satisfatória, indicada como uma remissão clínica dos sintomas e culturas negativas no período de
acompanhamento atingiu 94% dos pacientes.
McLinn13
avaliou a segurança e eficácia da cefalexina administrada duas a quatro vezes ao dia no
tratamento de pacientes com faringite estreptocócica. A idade dos pacientes variou de menos de 1
ano até 20 anos. Uma resposta sintomática satisfatória ao tratamento (melhora significante ou
desaparecimento dos sinais e sintomas com nenhuma recidiva durante os 7 dias após o período de
pós-tratamento) foi observada em 92 dos 97 pacientes tratados duas vezes ao dia (95%) e em 85 dos
89 pacientes tratados quatro vezes ao dia (96%). O autor concluiu que no tratamento da faringite
estreptocócica, a cefalexina administrada duas vezes ao dia pareceu ser tão eficaz quanto a
administrada quatro vezes ao dia, desde que as doses totais diárias fossem equivalentes e o
tratamento continuado por 10 dias.
Browning1
comparou a eficácia da cefalexina, 500 mg administrada duas vezes ao dia com 1 g
administrada duas vezes ao dia, em pacientes com infecções do trato respiratório superior,
principalmente tonsilite, faringite, sinusite e otite média; do trato respiratório inferior, primeiramente
com bronquite aguda e exacerbações agudas da bronquite crônica. Oito por cento de todos os
pacientes ou mais foram tratados “com êxito” ou apresentaram “melhora considerável” após 6 dias
de tratamento com a cefalexina. Não houve diferença de eficácia entre as duas escalas de dose.
Marks e Garrett11
relataram uma taxa de sucesso de 88% em otite média. Disney3
revisou a literatura
da cefalexina no tratamento da otite média. As doses eficazes foram de 50 a 100 mg/kg/dia, exceto
para o Haemophilus influenzae, na qual houve uma taxa de falhas de 50%.
McLinn et al12
estudaram a cefalexina no tratamento de otite média em 97 crianças. A cefalexina foi
administrada a uma dose de 100 mg/kg/dia dividida em quatro vezes ao dia por 10 a 12 dias. Foi
notado um êxito do resultado clínico e bacteriológico em 90/97 (93%) das crianças no primeiro
período de acompanhamento (48 horas).
Infecções do trato respiratório inferior: Durante os estudos clínicos, 785 pacientes avaliáveis
foram tratados com cefalexina para infecções do trato respiratório inferior. Trezentos e vinte e um
desses pacientes foram diagnosticados com bronquite aguda ou com exacerbações agudas da
bronquite crônica. As doses mais frequentemente usadas foram de 25 a 50 mg/kg/dia para crianças e
de 1 a 2 gramas diários para adultos. O período habitual de tratamento foi de 1 semana.
O Streptococcus pneumoniae foi o patógeno mais comum, seguido pelo Haemophilus influenzae
como o segundo mais comum. Foi relatada uma resposta clínica satisfatória em 716 dos 785
pacientes (91%). Foi registrada uma resposta clínica satisfatória em 89% do subgrupo de bronquite.
Fass et al5
revisaram o experimento com cefalexina no tratamento da pneumonia nos pacientes
adultos. Os resultados nos casos de pneumonia em crianças foram relatados por Rosenthal et al15
.
Dois estudos adicionais publicados relataram o uso de cefalexina em pacientes com exacerbações
purulentas de bronquite crônica. A dose habitual foi de 2 g/dia por 10 dias e, em alguns casos, de 4
g/dia por 5 dias.
Infecções da pele e tecidos moles: A cefalexina foi eficaz no tratamento de infecções da pele e de
tecidos moles, assim como nas infecções traumáticas e do pós-operatório. Nos estudos clínicos, a
cura bacteriológica foi notada em 93% dos pacientes tratados com infecções da pele e de estruturas
da pele causadas por Staphylococcus aureus. As condições tratadas incluíram infecções de feridas,
furúnculos, impetigo, pioderma, úlcera da pele, abscesso subcutâneo, celulite e linfadenite.
DiMattia et al2
relataram resultados de um estudo multicêntrico, comparando a eficácia da cefalexina
em regimes de dose de duas vezes ao dia vs. quatro vezes ao dia no tratamento de 154 pacientes com
infecções dermatológicas. A idade da população variou de 1 mês a 70 anos. A dose total para o
adulto foi de 1 g/dia e a dose pediátrica foi de 20 a 30 mg/kg/dia. Ambas as escalas de dose exibiram
uma eficácia maior que 97%.
comparou doses de 1 g com 2 g de cefalexina administradas como 500 mg ou 1 g duas
vezes ao dia no tratamento de infecções da pele e de estruturas da pele. Uma resposta satisfatória foi
vista em 99%.
Infecções do trato urinário: Cento e oitenta e quatro pacientes foram admitidos em um estudo
multi-institucional, paralelo, duplo-cego comparando cefalexina 250 mg administrada quatro vezes
ao dia com cefalexina 500 mg administrada duas vezes ao dia em pacientes com infecções agudas do
trato urinário inferior. Uma resposta sintomática satisfatória, definida como o desaparecimento ou
melhora dos sinais e sintomas da infecção com nenhuma reincidência em 5 a 9 dias após o
tratamento, foi vista em 92% dos pacientes na escala de administração duas vezes ao dia e em 90%
dos pacientes na escala de administração quatro vezes ao dia. A cura bacteriológica foi atingida em
93% dos pacientes da escala de administração duas vezes ao dia e em 91% dos pacientes da escala de
administração quatro vezes ao dia.
Fennell et al6
avaliaram a eficácia da cefalexina no tratamento de bacteriúria em 93 crianças. A
cefalexina foi administrada como uma dose oral de 12,5 mg/kg quatro vezes ao dia por 2 semanas,
seguida da mesma dose administrada duas vezes ao dia por 4 semanas. O tratamento com cefalexina
erradicou os organismos sensíveis em 97% dos casos sem relação de reincidência, anomalia
estrutural ou estado da função renal.
Weinstein19
revisou vários estudos da cefalexina no tratamento de infecções do trato urinário. Mais
de 90% dos indivíduos com cistite, pielonefrite aguda (não sendo necessária a hospitalização) e
infecções agudas do trato urinário não diferenciada responderam satisfatoriamente ao tratamento
com cefalexina. O autor notou que concentrações significantes na urina são obtidas sempre após a
administração de doses relativamente baixas. Aproximadamente 800 mcg de cefalexina por ml de
urina estão presentes 2 horas após a administração de uma dose de 250 mg, e 50 mcg/ml estão
presentes após 8 horas. Com uma dose de 500 mg, a urina contém quase 2200 mcg/ml em 2 horas e,
após 8 horas, as concentrações são de 400 a 500 mcg/ml. Ele notou que a eficácia da cefalexina
contra os patógenos comuns do trato urinário foi bem estabelecida. O atributo de concentração na
urina da cefalexina permite a obtenção de concentrações urinárias além de um excesso daqueles que
necessitam inibir os microrganismos que poderiam ser considerados resistentes se eles fossem
responsáveis por infecções em outros locais.
Levinson et al10
observaram 23 pacientes que receberam uma dose de 500 mg de cefalexina
administrada quatro vezes ao dia por períodos de 2 a 3 semanas. A maioria dos pacientes teve
evidências de anomalias estruturais ou infecções crônicas do trato urinário. Todos os 23 pacientes
tornaram-se abacteriúricos dentro de 72 horas após o início do tratamento e 10 pacientes (43%)
permaneceram abacteriúricos por 2 ou mais meses após a descontinuação do tratamento. Fairley4
relatou êxito no tratamento de 82% das infecções recorrentes do trato urinário em mulheres. A dose
foi de 2 g/dia de cefalexina administrada por 1 a 2 semanas.
Infecções ósseas: Os resultados de um ensaio quantitativo de cefalexina presente no osso alveolar
mandibular foram relatados por Shuford16
. Dezesseis pacientes receberam doses múltiplas de
cefalexina (500 mg a cada 6 horas por no mínimo 48 horas) e amostras foram obtidas para o ensaio
aproximadamente 1 hora após a última dose. Concentrações mensuráveis no osso alveolar variaram
de 0,77 a 9,3 mcg/g, com uma média de 2,8 mcg/g.
Cinquenta espécimes de fluido articular foram obtidos de 16 crianças com artrite séptica. Após a
administração de uma dose de 25 mg/kg de cefalexina, amostras simultâneas do soro e do fluido
articular foram obtidas com concentrações médias de 17,1/11,3 mcg/ml em 2 horas, 3,1/6,2 mcg/ml
em 4 horas e 0,7/1,8 mcg/ml em 6 horas.
Jalava et al7
administraram cefalexina, 1 g por via oral a cada 6 horas em 13 pacientes com artrite
reumatóide e efusões crônicas do joelho sem artrite bacteriana. As concentrações encontradas no
líquido sinovial (3,8 a 15,5 mcg/ml), sinóvia (1,6 a 5,6 mcg/g), cartilagem (3,0 a 5,3 mcg/g) e osso
(1,3 a 3,1 mcg/g), após uma dose oral, foram altas o bastante para ter um efeito terapêutico na artrite
bacteriana devido aos organismos sensíveis à cefalexina.
Não é possível a correlação direta dos níveis ósseos e dos resultados clínicos. Entretanto, os estudos
clínicos demonstraram a eficácia da cefalexina no tratamento da osteomielite quando causada por
organismos sensíveis.
Tetzlaff et al18
avaliaram o uso da cefalexina após 5 a 9 dias do tratamento com antibiótico parenteral
em pacientes pediátricos com osteomielite e artrite supurativa. A cefalexina foi eficaz e bem tolerada
por pacientes que receberam a droga em doses de 100 a 150 mg/kg/dia por 3 semanas a 14 meses.
Hughes et al9
relataram a eficácia da cefalexina no tratamento da osteomielite crônica em 14
pacientes. Muitos dos pacientes no estudo apresentavam-se com infecções que estavam presentes
por, no mínimo, 1 ano; um paciente apresentava uma infecção por 15 anos. A dose de cefalexina foi
de 1 g administrada quatro vezes ao dia, seguida por 500 mg administrada quatro vezes ao dia por
um total de 6 semanas. O período de acompanhamento variou de 2 a 5 anos com uma média de 3,75
anos.
Infecções dentárias: Testes qualitativos in vitro indicam que a cefalexina tem atividade contra
vários organismos isolados da cavidade oral, incluindo Peptostreptococcus, Bacteroides, Veillonella,
Fusobacterium, Actinomyces e estreptococo alfa.
Johnson e Foord8
relataram a respeito de 19 pacientes com infecções dentárias que receberam
cefalexina, 1 ou 2 g por 7 dias. As respostas satisfatórias foram relatadas em 89% dos pacientes.
Stratford17
relatou a respeito de pacientes tratados de várias infecções, incluindo três com abscessos
apicais da raiz. Os organismos infectantes foram Streptococcus mitis, Staphylococcus aureus e
estreptococo beta-hemolítico (grupo C ou G). A dose de cefalexina foi de 4 g/dia por 5 dias. As
infecções melhoraram em cada instância.
Os resultados de um ensaio quantitativo da cefalexina presente no osso alveolar mandibular e no
sangue foram relatados por Shuford16
. O estudo consistiu de 16 pacientes submetidos a extrações
selecionadas e a alveoloplastia para o tratamento das condições dentárias. Todos os pacientes
receberam cefalexina, 500 mg a cada 6 horas por no mínimo 48 horas antes da obtenção das amostras
para o teste. Os níveis médios no sangue e no osso foram de 4,67 mcg/ml (variação de 1,1 a 12,6
mcg/ml) e 2,8 mcg/g (variação de 0,77 a 9,3 mcg/g), respectivamente. O autor notou que a média das
concentrações de cefalexina no sangue e no osso excedeu aos valores de concentração mínima
inibitória para os organismos comumente encontrados nas infecções dentárias e bacteremias.
Nord14
demonstrou a presença de cefalexina sob os dentes no osso da mandíbula após a
administração oral. Seis pacientes sem infecção na maxila receberam 500 mg de cefalexina após 12
horas de jejum. O pico dos níveis ósseos foi obtido após cerca de 2 horas e variou de 2,5 a 3,5
mcg/ml.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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cephalexin in dermatologic infections. J Fam Pract 1981;12:649-652.
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sixty-three patients. Am J Med Sci 1970;259:187.
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results in the treatment of 93 children. Clin Pediatr 1975;14:934-938.
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oral administration. Scand J Rheumatol 1977;6:250.
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Curr Med Res Opin 1972;1:37.
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20. T.M Speight, R.N Brogden, G.S Avery.Cephalexin: a review of its antibacterial, pharmacological
and therapeutic properties. Drugs 3.1972;9:78.
A cefalexina é um antibiótico semi-sintético do grupo das cefalosporinas para administração oral. É
o ácido 7-(D-amino-fenilacetamido)-3-metil-3-cefem-4-carboxílico monoidratado. Sua fórmula
molecular é C16H17N3O4S•H2O e peso molecular de 365,4. Possui o núcleo dos demais antibióticos
cefalosporínicos. O composto é um zwitterion, isto é, a molécula contém agrupamentos ácido e
básico. O ponto isoelétrico da cefalexina em água é de aproximadamente 4,5 a 5. A forma cristalina
da cefalexina é de monoidrato. É um pó cristalino branco, com sabor amargo. A solubilidade em
água é baixa à temperatura ambiente; 1 ou 2 mg/ml podem ser dissolvidos rapidamente; porém,
concentrações mais altas são obtidas com dificuldade. As cefalosporinas diferem das penicilinas na
estrutura do sistema bicíclico de anéis. A cefalexina tem um radical D-fenilglicílico como
substituinte na posição 7-amino e um radical metil na posição 3.
Propriedades Farmacocinéticas
A cefalexina é ácido estável, podendo ser administrada sem considerar as refeições. É rapidamente
absorvida após administração oral. Após doses de 250 mg, 500 mg e 1 g, níveis sanguíneos
máximos médios de aproximadamente 9, 18 e 32 mcg/ml, respectivamente, foram obtidos em uma
hora. Níveis mensuráveis estavam presentes por 6 horas após a administração. A cefalexina é
excretada na urina por filtração glomerular e secreção tubular. Os estudos demonstraram que mais de
90% da droga foi excretada inalterada na urina dentro de 8 horas. As concentrações máximas na
urina durante este período foram de aproximadamente 1.000 mcg, 2.200 mcg e 5.000 mcg/ml, após
doses de 250 mg, 500 mg e 1 g, respectivamente.
Propriedades Farmacodinâmicas
Testes in vitro demonstram que as cefalosporinas são bactericidas porque inibem a síntese da parede
celular. A cefalexina mostrou ser ativa tanto in vitro como em infecções clínicas contra a maioria dos
seguintes microrganismos, conforme relacionadas no item INDICAÇÕES:
Aeróbios gram-positivos: Estreptococos beta-hemolítico; Estafilococos (incluindo cepas coagulase
positivas, coagulase negativas e produtoras de penicilinase); Streptococcus pneumoniae (cepas
sensíveis à penicilina).
Aeróbios gram-negativos: Escherichia coli; Haemophilus influenzae; Klebsiella spp.; Moraxella
catarrhalis; Proteus mirabilis.
Nota: Os estafilococos meticilino-resistentes e a maioria das cepas de enterococos são resistentes à
cefalexina. Não é ativa contra a maioria das cepas de Enterobacter spp., Morganella morganii e
Proteus vulgaris. A cefalexina não tem atividade contra as espécies de Pseudomonas spp. ou
Acinetobacter calcoaceticus. Os Streptococcus pneumoniae penicilino-resistentes apresentam
usualmente resistência cruzada aos antibióticos beta-lactâmicos.
Testes de Sensibilidade - Técnicas de Difusão: Os métodos quantitativos que requerem medidas de
diâmetro de halos de inibição fornecem estimativas reproduzíveis da sensibilidade da bactéria às
substâncias antimicrobianas. Um desses métodos padronizados, que foi recomendado para uso, com
discos de papel para testar a sensibilidade dos microrganismos à cefalexina, utiliza discos com 30
mcg de cefalotina. A interpretação do método correlaciona os diâmetros dos halos de inibição
obtidos com os discos com a concentração inibitória mínima (CIM) para cefalexina. Os relatórios de
laboratório, dando resultados do teste de sensibilidade com disco único padrão, com um disco de
cefalotina de 30 mcg devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:
Diâmetro do halo (mm) Interpretação
≥ 18 (S) Sensível
15 - 17 (I) Intermediário
≤ 14 (R) Resistente
Um resultado "sensível" significa que o patógeno pode ser inibido pelas concentrações da substância
antimicrobiana geralmente alcançáveis no sangue. Um resultado "intermediário" indica que o
resultado deve ser considerado equivocado e, se o microrganismo não apresentar sensibilidade a
outras drogas clinicamente alternativas, o teste deve ser então repetido. Esta classificação sugere uma
possível indicação clínica nos locais do organismo onde a droga se concentra fisiologicamente ou em
situações onde altas doses da droga podem ser usadas. Esta classificação também abrange uma zona
tampão que previne contra fatores técnicos que possam causar discrepâncias maiores na
interpretação. Um resultado "resistente" indica que as concentrações alcançáveis da substância
antimicrobiana no sangue são insuficientes para serem inibitórias e que outra terapia deverá ser
escolhida.
As medidas de CIM e das concentrações alcançáveis das substâncias antimicrobianas podem ser
úteis para orientar a terapia em algumas infecções (ver Propriedades Farmacocinéticas -
informações sobre as concentrações alcançáveis nos locais da infecção e outras propriedades
farmacocinéticas desta droga antimicrobiana).
Os métodos padronizados requerem o uso de microrganismos controlados em laboratório. O disco de
cefalotina de 30 mcg deve dar os seguintes halos de inibição quando testados com estas cepas de
controle para testes de laboratório:
Microrganismo Diâmetro do halo (mm)
E. coli ATCC 25922 15-21
S. aureus ATCC 25923 29-37
Técnicas de Diluição: Os métodos quantitativos usados para determinar os valores de CIM fornecem
estimativas reproduzíveis da sensibilidade da bactéria às substâncias antimicrobianas. Um desses
métodos padronizados utiliza a diluição em caldo, ágar, microdiluição ou equivalente com cefalotina.
Os resultados da CIM devem ser interpretados de acordo com os seguintes critérios:
CIM (mcg/ml) Interpretação
≤ 8 (S) Sensível
16 (I) Intermediário
≥ 32 (R) Resistente
A interpretação deve ser como a estabelecida acima para resultados usando métodos de difusão.
Como com os métodos-padrão de difusão, os métodos de diluição requerem o uso de
microrganismos de controle em laboratório. A cefalotina padrão em pó deve fornecer os seguintes
valores de CIM:
Microrganismo
Variação do CIM
(mcg/ml)
E. coli ATCC 25922 4 - 16
E. faecalis ATCC 29212 8 - 32
S. aureus ATCC 29213 0,12 - 0,5
KEFLEX®
é contraindicado em pacientes alérgicos às cefalosporinas.
ATENÇÃO: este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar
reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas
alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
Gerais: Antes de ser instituída a terapêutica com a cefalexina, deve-se pesquisar cuidadosamente
reações prévias de hipersensibilidade às cefalosporinas e às penicilinas. Os derivados da
cefalosporina-C devem ser administrados cuidadosamente a pacientes alérgicos à penicilina.
Reações agudas graves de hipersensibilidade podem levar à necessidade do uso de adrenalina ou
outras medidas de emergência. Há alguma evidência clínica e laboratorial de imunogenicidade
cruzada parcial entre as penicilinas e as cefalosporinas. Foram relatados casos de pacientes que
apresentaram reações graves (incluindo anafilaxia) a ambas as drogas.
Qualquer paciente que tenha demonstrado alguma forma de alergia, particularmente a drogas, deve
receber antibióticos com cautela, não devendo haver exceção com a cefalexina.
Foi relatada colite pseudomembranosa com praticamente todos os antibióticos de amplo espectro
(incluindo os macrolídeos, penicilinas semi-sintéticas e cefalosporinas); portanto, é importante
considerar este diagnóstico em pacientes que apresentam diarreia em associação ao uso de
antibióticos. Essas colites podem variar de gravidade, de leve a intensa com risco de vida. Casos
leves de colite pseudomembranosa usualmente respondem somente com a interrupção do tratamento.
Em casos moderados a graves, medidas apropriadas devem ser tomadas.
Os pacientes devem ser seguidos cuidadosamente para que qualquer reação adversa ou manifestação
inusitada de idiossincrasia à droga possa ser detectada. Se ocorrer uma reação alérgica à cefalexina, a
droga deverá ser suspensa e o paciente tratado com drogas apropriadas (por ex.: Adrenalina ou outras
aminas pressoras, anti-histamínicos ou corticosteróides).
O uso prolongado e/ou inadequado da cefalexina poderá resultar na proliferação de bactérias
resistentes. A observação cuidadosa do paciente é essencial. Se uma superinfecção ocorrer durante a
terapia, devem-se tomar as medidas apropriadas.
Quando indicada uma intervenção cirúrgica, esta deverá ser feita junto com a terapia antibiótica.
Antibióticos de amplo espectro devem ser prescritos com cuidado a pacientes com história de doença
gastrintestinal, particularmente colite.
Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade: A administração oral diária de cefalexina a ratos
em doses de 250 ou 500 mg/Kg, antes e durante a gravidez, ou ratos e camundongos durante somente
o período de organogênese, não teve efeito adverso na fertilidade, viabilidade fetal, peso fetal ou
tamanho da ninhada, a cefalexina não mostrou aumento de toxicidade em ratos recém-nascidos e em
desmamados, comparados com ratos adultos.
Pacientes Idosos e outros grupos de risco: deve-se administrar com cautela KEFLEX®
nestes
indivíduos.
Gravidez: Categoria de risco na gravidez: B: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.
Uso durante a lactação: A excreção da cefalexina no leite aumentou até 4 horas após uma dose de
500 mg, alcançando o nível máximo de 4 mcg/ml, decrescendo gradualmente, até desaparecer 8
horas após a administração; portanto, a cefalexina deve ser administrada com cuidado a mulheres
que estão amamentando.
Pacientes Idosos: De um total de 701 indivíduos participantes de 3 estudos clínicos de cefalexina
publicados, 433 (62%) tinham 65 anos ou mais. Em geral, não foram observadas diferenças na
segurança e eficácia entre os pacientes idosos em comparação com indivíduos jovens, e em outra
experiência clínica realizada não foram identificadas diferenças nas respostas entre pacientes idosos
e jovens, mas a grande sensibilidade de alguns indivíduos idosos não pode ser descartada.
Este medicamento é conhecido por ser substancialmente excretado pela via renal, e o risco de
reações tóxicas devido ao medicamento pode ser grande em pacientes com insuficiência renal.
Devido aos pacientes idosos serem mais propensos a apresentarem função renal diminuída, a escolha
da dose deve ser feita com cautela e a função renal deve ser monitorada.
Insuficiência renal: A cefalexina deve ser administrada com cuidado na presença de insuficiência
renal grave, tal condição requer uma observação clínica cuidadosa, bem como exames de laboratório
frequentes, porque a dose segura poderá ser menor do que a usualmente recomendada.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
KEFLEX® é um medicamento classificado na categoria de risco B na gravidez.
ATENÇÃO: este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar
reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas
alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto deve ser usado com cautela em
Interações medicamento - medicamento
Em indivíduos saudáveis usando doses únicas de 500 mg de cefalexina e metformina, a CMAX
plasmática e a AUC da metformina aumentaram em média 34% e 24%, respectivamente. O clearance
renal dessa droga diminuiu em média 14%. Não há informações acerca da interação de cefalexina e
metformina em doses múltiplas.
Como ocorre com outros antibióticos beta-lactâmicos, a excreção renal da cefalexina é inibida pela
probenecida.
Interações medicamento - exame laboratorial
Testes de COOMBS direto positivos foram relatados durante o tratamento com antibióticos
cefalosporínicos. Em estudos hematológicos, nas provas de compatibilidade sanguínea para
transfusão, quando são realizados testes “MINOR” de antiglobulina, ou nos testes de COOMBS nos
recém-nascidos, cujas mães receberam antibióticos cefalosporínicos antes do parto, deve-se lembrar
que um resultado positivo poderá ser atribuído à droga.
Poderá ocorrer uma reação falso-positiva para glicose na urina com as soluções de Benedict ou
Fehling ou com os comprimidos de sulfato de cobre para teste.
Interações medicamento - alimento
KEFLEX®
pode ser usado independente das refeições.
Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (15 a 30ºC) e ao abrigo da luz.
Conservar os frascos bem tampados. O prazo de validade do produto é de 24 meses contados a partir
da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características organolépticas:
KEFLEX® líquido 500 mg / 5 ml é uma suspensão pronta para uso, aromatizada, de cor alaranjada
e sabor adocicado.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
KEFLEX®
deve ser administrado por via oral e independente das refeições.
Agitar bem o frasco de KEFLEX® líquido todas as vezes que for utilizar o produto.
Não há estudo de KEFLEX® administrado por vias não recomendadas. Portanto, por
segurança e eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Instruções de Uso para KEFLEX® 500 mg / 5 ml:
1. Agite bem o frasco todas as vezes que for utilizar o produto.
2. Retire a tampa do frasco de KEFLEX®
500 mg / 5 ml.
3. Encaixe o bico adaptador (fornecido com a seringa) na boca do frasco. Pressione até que fique
perfeitamente ajustado.
4. Encaixe a seringa dosadora no bico adaptador que foi colocado na boca do frasco.
5. Vire o frasco de cabeça para baixo e puxe o êmbolo da seringa até atingir a quantidade (dose)
receitada pelo médico.
6. Administre a dose contida na seringa diretamente na boca do paciente, empurrando o êmbolo até
o final.
Posologia
Adultos: As doses para adultos variam de 1 a 4 g diárias, em doses fracionadas. A dose usual para
adultos é de 250 mg a cada 6 horas. Para tratar faringites estreptocócicas, infecções da pele e
estruturas da pele e cistites não complicadas em pacientes acima de 15 anos de idade, uma dose de
500 mg ou 1 g pode ser administrada a cada 12 horas. O tratamento de cistites deve ser de 7 a 14
dias. Para infecções do trato respiratório, causadas por S. pneumoniae e S. pyogenes é necessário usar
uma dose de 500 mg a cada 6 horas. Infecções mais graves ou causadas por microrganismos menos
sensíveis requerem doses mais elevadas. Se houver necessidade de doses diárias de cefalexina acima
de 4 g, o médico deve considerar o uso de uma cefalosporina injetável, em doses adequadas.
Crianças: A dose diária recomendada para crianças é de 25 a 50 mg/kg em doses fracionadas. Para
faringites estreptocócicas em pacientes com mais de um ano de idade, infecções leves e não
complicadas do trato urinário e infecções da pele e estruturas da pele, a dose diária total poderá ser
fracionada e usada a cada 12 horas.
Nas infecções graves a dose pode ser dobrada.
No tratamento da otite média, os estudos clínicos demonstraram que são necessárias doses de 75 a
100 mg/kg/dia fracionadas em 4 doses.
No tratamento de infecções causadas por estreptococos beta-hemolíticos, a dose terapêutica deve ser
administrada por 10 dias, no mínimo.
Gastrintestinais: Sintomas de colite pseudomembranosa podem aparecer durante ou após o
tratamento com antibióticos, náuseas e vômitos tem sido relatados raramente. A reação adversa mais
frequente tem sido a diarreia, sendo raramente grave o bastante para determinar a cessação da
terapia. Tem também ocorrido dispepsia, dor abdominal e gastrite. Como acontece com algumas
penicilinas ou cefalosporinas, tem sido raramente relatada hepatite transitória e icterícia colestática.
Hipersensibilidade: Foram observadas reações alérgicas na forma de erupções cutâneas, urticária,
angioedema e raramente eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, ou necrólise tóxica
epidérmica. Essas reações geralmente desaparecem com a suspensão da droga. Terapia de suporte
pode ser necessária em alguns casos. Anafilaxia também foi relatada.
Outras reações têm incluído prurido anal e genital, monilíase genital, vaginite e corrimento vaginal,
tonturas, fadiga e dor de cabeça, agitação, confusão, alucinações, artralgia, artrite e doenças
articulares. Tem sido raramente relatada nefrite intersticial reversível. Eosinofilia, neutropenia,
trombocitopenia, anemia hemolítica e elevações moderadas da transaminase glutâmico-oxalacética
no soro (TGO) e transaminase glutâmico-pirúvica no soro (TGP) tem sido referidas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Os sintomas de uma superdose oral podem incluir náusea, vômito, dor epigástrica, diarreia e
hematúria. Se outros sintomas surgirem é provável que sejam secundários à doença concomitante, a
uma reação alérgica ou aos efeitos tóxicos de outra medicação.
Ao tratar uma superdose, considerar a possibilidade de intoxicação múltipla, interação entre drogas e
cinética inusitada da droga no paciente.
Não será necessária a descontaminação gastrintestinal, a menos que tenha sido ingerida uma dose 5 a
10 vezes maior que a dose habitualmente recomendada.
Proteger a passagem de ar para o paciente e manter ventilação e perfusão.
Monitorar e manter meticulosamente dentro de limites aceitáveis os sinais vitais do paciente, os
gases do sangue, eletrólitos séricos, etc. A absorção de drogas pelo trato gastrintestinal pode ser
diminuída administrando-se carvão ativado, que em muitos casos é mais eficaz do que a êmese ou a
lavagem; considerar o carvão ativado ao invés de ou em adição ao esvaziamento gástrico. Doses
repetidas de carvão ativado podem acelerar a eliminação de algumas drogas que foram absorvidas.
Proteger as vias aéreas do paciente quando empregar o esvaziamento gástrico ou carvão ativado.
Diurese forçada, diálise peritoneal, hemodiálise ou hemoperfusão com carvão ativado, não foram
estabelecidos como métodos benéficos nos casos de superdosagem com cefalexina; assim, seria
muito pouco provável que um desses procedimentos pudesse ser indicado.
A DL50 oral da cefalexina em ratos é de 5.000 mg/kg.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
VPS
Drágeas 500mg
e 1g
Gotas 100
mg/mL, frasco
com 15 mL
Suspensão
250mg/5mL