Bula do Keftron produzido pelo laboratorio Antibióticos do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Keftron®
(ceftriaxona dissódica hemieptaidratada)
Pó para solução injetável
1 g
1
KEFTRON®
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome do produto: KEFTRON®
Nome genérico: ceftriaxona dissódica hemieptaidratada
APRESENTAÇÕES
1 g: cada frasco-ampola contém ceftriaxona dissódica hemieptaidratada equivalente a 1 g de ceftriaxona. Embalagens com 50
frascos-ampola ou 50 frascos-ampola + 50 ampolas de diluente com 10 mL de água para injetáveis.
VIA INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém 1,193 g de ceftriaxona dissódica hemieptaidratada equivalente a 1 g de ceftriaxona.
Cada frasco-ampola contém aproximadamente 83 mg de sódio.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções causadas por microrganismos suscetíveis à ceftriaxona:
- Sepse;
- Meningite;
- Borreliose de Lyme disseminada (estágios iniciais e tardios da doença) (doença de Lyme);
- Infecções intra-abdominais (peritonites, infecções do trato gastrintestinal e biliar);
- Infecções ósseas, articulares, tecidos moles, pele e feridas;
- Infecções em pacientes imunocomprometidos;
- Infecções renais e do trato urinário;
- Infecções do trato respiratório, particularmente pneumonia e infecções otorrinolaringológicas;
- Infecções genitais;
- Profilaxia perioperatória de infecções.
O tratamento com ceftriaxona é eficaz em infecções de gravidade variável, incluindo a sepse neonatal e em adultos, causadas por
microrganismos suscetíveis. 36, 11, 39
É indicada no tratamento empírico da meningite em crianças acima de 1 ano associada à ampicilina 9
. Sua eficácia em adultos é comparável à da
associação ampicilina e cloranfenicol 12
e, em crianças, aos seguintes antibióticos: cloranfenicol, ampicilina (isolados ou em associação),
cefepima e cefotaxima, com a vantagem de posologia apenas uma vez ao dia. 9, 33, 30
No tratamento das infecções respiratórias agudas ou crônicas agudizadas, sua eficácia é observada em crianças, adultos e idosos, na pneumonia
comunitária e hospitalar, de gravidade variável, e em casos graves. 31, 15, 10, 19, 4, 23
Seu uso em dose única no tratamento da otite média aguda em crianças tem eficácia similar à do tratamento com amoxicilina durante 7 a 10 dias,
associação amoxicilina e ácido clavulânico e sulfametoxazol e trimetoprima, e tem sua indicação como alternativa quando a aderência ao
tratamento for questionável. 38, 5, 3
A ceftriaxona mostrou-se eficaz no tratamento das infecções renais e do trato urinário não complicadas e complicadas. 4, 18
Sua eficácia e
segurança também foram demonstradas em mulheres grávidas 40
, crianças e adolescentes. 21
No tratamento da peritonite bacteriana espontânea em pacientes cirróticos, ocorre cura bacteriológica de até 100% em 48 horas. 14
Na febre
tifoide seu uso é seguro e eficaz, em adultos e crianças, comparável ao cloranfenicol. 27
Nas diarreias causadas por Shigella, Salmonella, E. coli e
Campylobacter, em crianças, tem eficácia similar quando comparado ao ciprofloxacino 22
.
Sua eficácia também é observada no tratamento empírico de infecções bacterianas em crianças e adultos imunocomprometidos com neutropenia
febril e câncer. 17, 25, 1
Nesses pacientes, o uso de ceftriaxona diária, uma vez ao dia, é mais custo efetivo do que a ceftazidima, três doses ao dia,
ambos em associação à amicacina. 32, 1
Na profilaxia perioperatória de infecções, sua administração em dose única no pré-operatório tem eficácia superior ou igual a outros antibióticos
administrados em múltiplas doses. É superior à associação de gentamicina e metronidazol em cirurgias intestinais 28
e a cefoxitina, em cirurgias
2
abdominais 29
. Em relação à cefepima (esta também em dose única), a eficácia nas cirurgias colorretais é semelhante 41
. Nas cirurgias
ginecológicas, biliares e cardiovasculares, a eficácia de sua administração em dose única é similar a cefazolina em múltiplas doses. 16, 20, 35
Nas
cirurgias mamárias, observou-se menor incidência de infecção pós-operatória, quando comparado a ceftazidima.37
Nas cirurgias ortopédicas sua eficácia é semelhante à da cefuroxima. 26
Na profilaxia de infecção após trauma penetrante, a administração precoce (dentro de 2 horas) de ceftriaxona 2 g em dose única tem eficácia
semelhante ao uso de cefoxitina na dose de 2 g, 3 vezes ao dia por 3 dias, associado a um menor custo de tratamento. 34
A eficácia da ceftriaxona em dose única no tratamento do cancroide é similar à azitromicina. 24
Sua associação com doxicilina é tão eficaz
quanto a associação clindamicina e ciprofloxacino no tratamento da doença inflamatória pélvica. 2
No tratamento da doença de Lyme, mostra-se superior à penicilina e pode ser considerada droga de escolha. 6, 7, 8
No tratamento das celulites, sua eficácia é comparável a cefazolina. 13
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Farmacodinâmica
Microbiologia
A atividade bactericida da ceftriaxona deve-se à inibição da síntese da parede celular. A ceftriaxona, in vitro, é ativa contra um amplo espectro
de microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, sendo altamente estável à maioria das betalactamases, tanto cefalosporinases quanto
penicilinases desses microrganismos. A ceftriaxona é normalmente ativa in vitro contra os seguintes microrganismos e suas respectivas
infecções:
Aeróbicos Gram-positivos: Staphylococcus aureus (suscetíveis à meticilina), Staphylococci coagulase-negativo, Streptococcus
pyogenes (Beta-hemolítico grupo A), Streptococcus agalactiae (Beta-hemolítico grupo B), Streptococci beta-hemolítico (grupo não-A
ou B), Streptococcus viridans, Streptococcus pneumoniae.
Obs: os estafilococos resistentes à meticilina são resistentes às cefalosporinas, inclusive à ceftriaxona. Em geral, Enterococos faecalis,
Enterococos faecium e Listeria monocytogenes são também resistentes.
Aeróbicos Gram-negativos: Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter anitratus (principalmente Acinetobacter baumanii)*, Aeromonas hydrophila,
Alcaligenes faecalis, Alcaligenes odorans, Bactéria Alcaligenes-like, Borrelia burgdorferi, Capnocytophaga spp., Citrobacter diversus
(incluindo C. amalonaticus), Citrobacter freundii*, Escherichia coli, Enterobacter aerogenes*, Enterobacter cloacae*, Enterobacter spp.
(outros)*, Haemophilus ducreyi, Haemophilus influenzae, Haemophilus parainfluenzae, Hafnia alvei, Klebsiella oxytoca, Klebsiella
pneumoniae**, Moraxella catarrhalis (antiga Branhamella catarrhalis), Moraxella osloensis, Moraxella spp. (outras), Morganella morganii,
Neisseria gonorrhoeae, Neisseria meningitidis, Pasteurella multocida, Plesiomonas shigelloides, Proteus mirabilis, Proteus penneri*, Proteus
vulgaris*, Pseudomonas fluorescens*, Pseudomonas spp. (outras)*, Providentia rettgeri*, Providentia spp. (outras), Salmonella typhi,
Salmonella spp. (não tifoide), Serratia marcescens*, Serratia spp. (outras)*, Shigella spp., Vibrio spp., Yersinia enterocolitica, Yersinia spp.
(outras).
*Alguns isolados dessas espécies são resistentes à ceftriaxona, principalmente por causa da produção de betalactamase codificada
cromossomicamente.
** Alguns isolados destas espécies são resistentes por causa da produção de betalactamase de espectro ampliado mediada por plasmídio.
Obs: muitas cepas de microrganismos anteriormente mencionados que apresentam resistência a outros antibióticos, como amino e
ureidopenicilina, cefalosporinas mais antigas e aminoglicosídeos, são suscetíveis à ceftriaxona. Treponema pallidum é suscetível à ceftriaxona in
vitro e em experimentação animal. Trabalhos clínicos indicam que tanto a sífilis primária como a secundária respondem bem ao tratamento com
ceftriaxona. Com poucas exceções clínicas, isolados de P. aeruginosa são resistentes à ceftriaxona.
Microrganismos anaeróbicos: Bacteroides spp. (sensíveis à bile)*, Clostridium spp.(exceto C. difficile), Fusobacterium nucleatum,
Fusobacterium spp. (outros), Gaffkia anaerobica (anteriormente Peptococcus), Peptostreptococcus spp.
* Alguns isolados dessa espécie são resistentes por causa da produção de betalactamase.
Obs: muitas cepas de Bacteroides spp. produtoras de betalactamases (especialmente B. fragillis) são resistentes. Clostridium difficile é resistente.
A suscetibilidade à ceftriaxona pode ser determinada por meio do teste de difusão com disco ou do teste de diluição com ágar ou caldo que
utiliza técnicas padronizadas para testes de suscetibilidade como as recomendadas pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). O
CLSI fornece os seguintes parâmetros para a ceftriaxona:
Teste de suscetibilidade por diluição (concentrações inibitórias em mg/L): suscetível = 8 mg/L; moderadamente suscetível 16 - 32 mg/L;
resistentes = 64 mg/L.
Teste de suscetibilidade por difusão que utilizam disco com 30 mcg de ceftriaxona (diâmetro da zona de inibição em mm): suscetível = 21 mm,
moderadamente suscetível = 20 - 14 mm, resistentes = 13 mm.
Os microrganismos devem ser testados com os discos de ceftriaxona, uma vez que ficou demonstrado in vitro, que a ceftriaxona é ativa contra
certas cepas que se mostraram resistentes em discos da classe cefalosporina.
5
Quando as normas recomendadas pelo CLSI não estão disponíveis, pode-se utilizar outras normas bem padronizadas de suscetibilidade e
interpretação dos testes.
Farmacocinética
A farmacocinética da ceftriaxona não é linear, e todos os parâmetros farmacocinéticos básicos, exceto a meia vida de eliminação, são
dependentes da dose se baseados nas concentrações totais da droga.
Absorção
A concentração plasmática máxima depois de dose única de 1 g é de cerca de 81 mg/L e é alcançada em 2 - 3 horas após administração. As áreas
sob as curvas de concentração plasmática x tempo, após administração IM e IV, são equivalentes. Isso significa que a biodisponibilidade da
ceftriaxona após administração IM é de 100%.
Distribuição
O volume de distribuição da ceftriaxona é de 7 a 12 litros. Ceftriaxona mostrou excelente penetração tissular e nos líquidos orgânicos após dose
de 1 – 2 g. Alcança concentrações bem acima da concentração inibitória mínima contra a maioria dos patógenos responsáveis pela infecção e é
detectável por mais de 24 horas em mais de 60 tecidos ou líquidos orgânicos, incluindo pulmões, coração, fígado e vias biliares, amígdalas,
ouvido médio, mucosa nasal, ossos e fluidos cérebro-espinhal, pleural, prostático e sinovial.
Na administração intravenosa, a ceftriaxona difunde-se rapidamente para o líquido intersticial, onde a concentração bactericida contra
organismos suscetíveis é mantida por 24 horas.
Ligação proteica
A ceftriaxona liga-se de modo reversível à albumina, diminuindo a ligação com o aumento da concentração. Assim, para uma concentração
plasmática <100 mcg/mL, a ligação proteica é de 95%, enquanto para uma concentração de 300 mcg/mL, a ligação é de 85%. Por causa do
conteúdo mais baixo de albumina, a proporção de ceftriaxona livre no líquido intersticial é proporcionalmente mais alta do que no plasma.
Passagem para o líquido cefalorraquidiano
A ceftriaxona atravessa as meninges inflamadas de recém-nascidos, lactentes e crianças maiores. Concentrações da ceftriaxona >1,4 mg/L têm
sido encontradas no LCR, 24 horas após administração de 50 - 100 mg/kg de ceftriaxona por via intravenosa (recém-nascido e lactentes,
respectivamente). A concentração de pico no líquor é atingida cerca de 4 horas após injeção IV e resulta em um valor médio de 18 mg/L. O grau
de difusão médio no líquido cefalorraquidiano (LCR) corresponde a 17% da concentração plasmática nos pacientes com meningite bacteriana e
4% em pacientes com meningite asséptica.
Em pacientes adultos com meningite, a administração de 50 mg/kg produz, em 2 a 24 horas, concentrações no LCR muitas vezes superiores às
concentrações inibitórias mínimas necessárias para a grande maioria dos microrganismos causadores de meningite.
Passagem placentária e excreção pelo leite
A ceftriaxona atravessa a placenta e é excretada pelo leite em baixas concentrações.
Metabolização
A ceftriaxona não é metabolizada sistemicamente, mas convertida a metabólitos microbiologicamente inativos pela flora intestinal.
Eliminação
A depuração total do plasma é 10 - 22 mL/min. A depuração renal é 5 - 12 mL/min.
Em adultos, cerca de 50% - 60% de ceftriaxona é excretada sob a forma inalterada na urina, enquanto 40% – 50% são excretados sob a forma
inalterada na bile. A meia-vida de eliminação em adultos sadios é de, aproximadamente, 8 horas.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Nos recém-nascidos, a eliminação urinária representa cerca de 70% da dose administrada. Em crianças com menos de 8 dias de vida e em
indivíduos idosos, com mais de 75 anos, a média da meia-vida de eliminação é cerca de 2 a 3 vezes mais longa.
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, a farmacocinética da ceftriaxona é minimamente alterada, sendo a meia-vida de eliminação
apenas discretamente aumentada. Se apenas a função renal está prejudicada, há um aumento da eliminação biliar da ceftriaxona; se apenas a
função hepática está prejudicada, há um aumento da eliminação renal dessa substância.
Hipersensibilidade: KEFTRON®
é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade à ceftriaxona, a qualquer um dos excipientes
da formulação ou a qualquer outro cefalosporínico. Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade à penicilina e outros agentes
betalactâmicos podem apresentar maior risco de hipersensibilidade à ceftriaxona (vide item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES –
Hipersensibilidade”).
Lidocaína: contraindicações à lidocaína devem ser excluídas antes da administração de injeções intramusculares de ceftriaxona, nas quais a
solução de lidocaína deve ser utilizada como solvente. Favor consultar as contraindicações descritas na bula da lidocaína. Soluções de
ceftriaxona que contêm lidocaína nunca devem ser administradas por via intravenosa.
6
Neonatos prematuros: KEFTRON®
é contraindicado a neonatos prematuros com idade pós-menstrual (idade corrigida) de até 41 semanas
(idade gestacional + idade cronológica).
Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia: recém-nascidos com hiperbilirrubinemia não devem ser tratados com ceftriaxona. Estudos in vitro
mostraram que a ceftriaxona pode deslocar a bilirrubina de sua ligação com a albumina sérica, levando a um possível risco de encefalopatia
bilirrubínica nesses pacientes.
Neonatos e soluções intravenosas que contém cálcio: KEFTRON®
é contraindicado a neonatos (≤ 28 dias) caso eles requeiram (ou possam
requerer) tratamento com soluções IV que contêm cálcio, incluindo infusão contínua de cálcio como a nutrição parenteral, por causa do risco de
precipitação de ceftriaxona cálcica (vide itens “POSOLOGIA E MODO DE USAR”, “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS” e
“REAÇÕES ADVERSAS – Interação com cálcio”).
Hipersensibilidade: assim como para todos os agentes antibacterianos betalactâmicos, reações de hipersensibilidade sérias e, ocasionalmente,
fatais foram reportadas em pacientes tratados com ceftriaxona (vide item “REAÇÕES ADVERSAS”). No caso de reações de hipersensibilidade
graves, o tratamento com KEFTRON®
deve ser descontinuado imediatamente e medidas de emergência adequadas devem ser iniciadas. Antes
do início do tratamento, seu médico deve concluir se você apresenta histórico de reações de hipersensibilidade à ceftriaxona, outros
cefalosporínicos ou qualquer outro tipo de medicamento betalactâmico. Deve-se tomar precauções, caso KEFTRON®
seja administrado em
pacientes com histórico de hipersensibilidade a outros agentes betalactâmicos.
Anemia hemolítica: anemia hemolítica imune mediada foi observada em pacientes que receberam antibacterianos da classe das cefalosporinas,
incluindo a ceftriaxona. Casos graves de anemia hemolítica, incluindo óbitos, foram relatados durante o tratamento em adultos e crianças. Caso
um paciente desenvolva anemia durante o uso de ceftriaxona, o diagnóstico de uma anemia associada à cefalosporina deve ser considerado e o
uso da cefriaxona interrompido até que a etiologia seja determinada.
Diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD): CDAD já foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos, incluindo a
ceftriaxona, e pode variar na gravidade, de diarreia leve à colite fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon,
levando a um crescimento exacerbado do C. difficile. C. difficile produz toxinas A e B, as quais contribuem para o desenvolvimento de CDAD.
Cepas de C. difficile hiperprodutoras de toxina causam aumento da morbidade e mortalidade, pois essas infecções podem ser refratárias à terapia
antimicrobiana, podendo requerer colectomia. CDAD deve ser considerada em todos os pacientes que apresentem diarreia após o uso de
antibióticos. É necessário histórico médico cuidadoso porque já foi relatada a ocorrência de CDAD mais de dois meses após a administração de
agentes antibacterianos.
Caso haja suspeita de CDAD ou o diagnóstico seja confirmado, o antibiótico não específico contra C. difficile talvez necessite ser descontinuado.
O manejo adequado de líquidos e eletrólitos, suplementação proteica, tratamento antibiótico para C. difficile e a avaliação cirúrgica devem ser
instituídos.
Superinfecções: superinfecções com os microrganismos não suscetíveis podem ocorrer como com outros agentes antibacterianos.
Precipitados de ceftriaxona cálcica: precipitados de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar foram observados durante exames ultrassonográficos
em pacientes que, particularmente, estavam recebendo doses de ceftriaxona iguais ou superiores a 1g/dia. A probabilidade de surgimento desses
precipitados, aparentemente, é maior em pacientes pediátricos. Os precipitados desaparecem após descontinuação do tratamento com ceftriaxona
e são raramente sintomáticos.
Em casos sintomáticos, o gerenciamento não cirúrgico conservador é recomendado e a descontinuação do tratamento com KEFTRON®
deve ser
considerada pelo médico com base na avaliação individual do risco-benefício.
À luz da evidência científica atual, não foram observados casos de precipitações intravasculares em pacientes, exceto em recém-nascidos
tratados com ceftriaxona e soluções ou produtos que contenham cálcio. No entanto, KEFTRON®
não deve ser misturado ou administrado
simultaneamente com soluções ou produtos que contenham cálcio, a qualquer paciente, mesmo por diferentes cateteres ou acessos venosos para
infusão (vide itens “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS” e “REAÇÕES ADVERSAS”).
Pancreatite: casos de pancreatite, possivelmente de etiologia biliar obstrutiva, foram raramente relatados em pacientes tratados com ceftriaxona.
A maior parte desses pacientes apresentava fatores de risco para estase / aglutinação biliar, como tratamento prévio intenso, doença grave e
nutrição parenteral total. O papel de fator desencadeante ou de cofator de ceftriaxona relacionado à precipitação biliar não pode ser descartado.
Monitoramento hematológico: durante tratamentos prolongados, hemograma completo deve ser feito regularmente.
KEFTRON®
reconstituído com solução de lidocaína deve ser administrado somente por via intramuscular. Nunca administre KEFTRON®
reconstituído com solução de lidocaína por via intravenosa.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
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Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.
Apesar dos estudos não demonstrarem defeitos físicos no feto ou indução de mutação genética, é necessário cautela nos três primeiros meses de
gestação, a não ser em casos absolutamente necessários.
Ceftriaxona atravessa a barreira placentária. A segurança durante a gravidez não foi estabelecida em seres humanos.
Estudos de reprodução em animais não evidenciaram embrio ou fetotoxicidade nem teratogenicidade, ou eventos adversos sobre a fertilidade
(tanto masculina quanto feminina), o nascimento ou o desenvolvimento peri ou pós-natal. Em primatas, não foi observada embriotoxicidade ou
teratogenicidade.
Como a ceftriaxona é excretada no leite humano em baixas concentrações, é recomendada cautela em mulheres que amamentam.
Uso em idosos
As doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes geriátricos.
Uso em pacientes pediátricos
A segurança e eficácia da ceftriaxona em recém-nascidos, lactentes e crianças foram estabelecidas para as doses descritas no item
“POSOLOGIA E MODO DE USAR”. Estudos mostraram que a ceftriaxona, assim como outras cefalosporinas, pode deslocar a bilirrubina da
albumina sérica. KEFTRON®
não é recomendado para neonatos, especialmente prematuros que apresentem risco de desenvolver encefalopatia
por causa de hiperbilirrubinemia (vide item “CONTRAINDICAÇÕES”).
Insuficiência hepática e renal
Vide item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento com KEFTRON®
, efeitos indesejados podem ocorrer (por exemplo, tontura), os quais podem influenciar a habilidade de
dirigir e operar máquinas (vide item “REAÇÕES ADVERSAS”). Os pacientes devem ser cautelosos ao dirigir ou operar máquinas.
Até o momento, não se observaram alterações da função renal após administração simultânea de doses elevadas de ceftriaxona e potentes
diuréticos, como a furosemida.
Há evidências conflitantes sobre o potencial aumento na toxicidade renal dos aminoglicosídeos, quando administrados com cefalosporinas. O
monitoramento dos níveis de aminoglicosídeos e da função renal descritos na prática clínica devem ser rigorosamente cumpridos, quando houver
administração em combinação com KEFTRON®
.
A ceftriaxona não apresentou efeito similar ao provocado pelo dissulfiram após administração de álcool.
Ceftriaxona não contém o radical N-metiltiotetrazol, que está associado a uma possível intolerância ao álcool e a sangramentos observados com
outras cefalosporinas.
A probenecida não tem influência sobre a eliminação de ceftriaxona.
Em estudos in vitro, efeitos antagônicos foram observados com o uso combinado de cloranfenicol e ceftriaxona.
Diluentes que contêm cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a reconstituição de KEFTRON®
ou para
diluições posteriores de soluções reconstituídas para administração IV, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A precipitação de
ceftriaxona cálcica também é possível quando KEFTRON®
é misturado com soluções que contêm cálcio no mesmo acesso de administração IV.
KEFTRON®
não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV que contêm cálcio, inclusive infusões contínuas que contêm cálcio
tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em Y. No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, KEFTRON®
e
soluções que contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, se as linhas de infusão forem bem lavadas com um líquido
compatível. Em estudos in vitro que utilizaram plasma adulto e neonatal do sangue do cordão umbilical, foi demonstrado que recém-nascidos
apresentam um risco aumentado de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide itens “POSOLOGIA E MODO DE USAR” e
“CONTRAINDICAÇÕES”).
O uso concomitante de ceftriaxona com antagonistas da vitamina K pode aumentar o risco de sangramentos. Os parâmetros de coagulação
devem ser monitorados frequentemente e a dose do anticoagulante deve ser ajustada adequadamente durante e após o tratamento com
(vide item “REAÇÕES ADVERSAS”).
Interações com exames laboratoriais
Em pacientes tratados com KEFTRON®
, o teste de Coombs pode se tornar falso-positivo. Assim como com outros antibióticos, pode ocorrer
teste falso positivo para galactosemia. Os métodos não enzimáticos para a determinação de glicose na urina podem fornecer resultados falsos
positivos. Por esse motivo, a determinação de glicose na urina durante o tratamento com KEFTRON®
deve ser feita por métodos enzimáticos. A
presença de ceftriaxona pode falsamente reduzir os valores estimados de glicose no sangue, quando obtidos a partir de alguns sistemas de
monitoramento da glicose sanguínea. Favor consultar as informações de uso para cada sistema utilizado. Métodos de análise alternativos devem
ser utilizados, se necessário.
Condições de conservação
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KEFTRON®
deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Manter o frasco-ampola dentro do cartucho.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As soluções reconstituídas permanecem estáveis física e quimicamente por 6 horas à temperatura ambiente (15°C a 30ºC) ou por 24
horas no refrigerador (2°C a 8C). Entretanto, como regra geral, as soluções devem ser usadas imediatamente após a preparação.
Após diluição com Glicose 5% em Cloreto de Sódio 0,45%, manter em temperatura ambiente (15°C a 30ºC) por até 6 horas (não
armazenar sob refrigeração). Após diluição com demais diluentes compatíveis, manter no refrigerador, entre 2ºC e 8C, por até 24
horas ou manter em temperatura ambiente por até 6 horas (ver item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”).
Características físicas e organolépticas:
é constituído de pó cristalino branco a amarelo alaranjado e não possui características organolépticas marcantes que permitam sua
diferenciação em relação a outros pós e soluções.
Depois de reconstituída, a solução apresenta coloração que varia de incolor a amarelo, podendo tornar-se amarelo escuro quando armazenada,
dependendo da concentração e do tempo de armazenamento; esta particularidade da ceftriaxona não tem qualquer significado quanto à
tolerabilidade e eficácia do medicamento.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Descarte de seringas / materiais perfurocortantes
Os seguintes pontos devem ser rigorosamente respeitados quanto ao uso e descarte de seringas e outros materiais perfurocortantes:
As agulhas e seringas nunca devem ser reaproveitadas.
Todas as agulhas e seringas utilizadas devem ser colocadas em um recipiente de descarte apropriado, à prova de perfurações.
Manter o recipiente de descarte fora do alcance das crianças.
A colocação do recipiente de descarte no lixo doméstico deve ser evitada.
O descarte do recipiente deve ser realizado de acordo com as exigências locais ou conforme indicado pelo prestador de cuidados de saúde.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados no esgoto e o descarte em
lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se disponível.
Adultos e crianças acima de 12 anos: a dose usual é de 1 - 2 g de KEFTRON®
em dose única diária (cada 24 horas). Em casos graves ou em
infecções causadas por patógenos moderadamente suscetíveis, a dose pode ser elevada para 4 g, uma vez ao dia.
Recém-nascidos (abaixo de 14 dias): dose única diária de 20 - 50 mg/kg. Não ultrapassar 50 mg/kg. KEFTRON®
é contraindicado a neonatos
prematuros com idade pós-menstrual (idade gestacional + idade cronológica) de até 41 semanas (vide item “CONTRAINDICAÇÕES”).
KEFTRON®
também é contraindicado a recém-nascidos (≤ 28 dias), caso eles requeiram (ou possam requerer) tratamento com soluções IV que
contêm cálcio, incluindo infusão de cálcio contínua como a nutrição parenteral, devido ao risco de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide item
“CONTRAINDICAÇÕES”).
Recém-nascidos, lactentes e crianças (15 dias até 12 anos): dose única diária de 20 - 80 mg/kg.
Para crianças de 50 kg ou mais, deve ser utilizada a posologia de adultos. Doses intravenosas maiores ou iguais a 50 mg/kg de peso corpóreo
devem ser administradas por períodos de infusão iguais ou superiores a 30 minutos.
Pacientes idosos: as doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes idosos, desde que o paciente não apresente insuficiência renal
e hepática graves.
Duração do tratamento: o tempo de tratamento varia de acordo com a evolução da doença. Como se recomenda na antibioticoterapia em geral,
a administração de KEFTRON®
deve ser mantida durante um período mínimo de 48 a 72 horas após o desaparecimento da febre ou após
obterem-se evidências de erradicação da bactéria.
Terapêutica associada: tem sido demonstrado, em condições experimentais, um sinergismo entre ceftriaxona e aminoglicosídeos, para muitos
bacilos Gram-negativos. Embora não se possa prever sempre um aumento de atividade com essa associação, esse sinergismo deve ser
considerado nas infecções graves com risco de morte causadas por microrganismos como, por exemplo, Pseudomonas aeruginosa. Por causa da
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incompatibilidade química entre ceftriaxona e aminoglicosídeos, esses medicamentos devem ser administrados separadamente, nas doses
recomendadas. A incompatibilidade química também foi observada na administração intravenosa da ansacrina, vancomicina e fluconazol com
ceftriaxona.
Instruções posológicas especiais
Meningite: na meningite bacteriana de lactentes e crianças, deve-se iniciar o tratamento com 100 mg/kg em dose única diária (dose máxima de 4
g). Logo que o germe responsável tenha sido identificado e sua suscetibilidade determinada, pode-se reduzir a posologia. Os melhores resultados
foram obtidos com os seguintes tempos de tratamento:
Neisseria meningitides 4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae 7 dias
Borreliose de Lyme (doença de Lyme): a dose preconizada é de 50 mg/kg até o total de 2 g em crianças e adultos, durante 14 dias, em dose
única diária.
Profilaxia no perioperatório: para prevenir infecção pós-operatória em cirurgia contaminada ou potencialmente contaminada, recomenda-se
dose única de 1 a 2 g de KEFTRON®
30 a 90 minutos antes da cirurgia. Em cirurgia colorretal, a administração de ceftriaxona com ou sem um
derivado 5-nitroimidazólico (por exemplo, ornidazol) mostrou-se eficaz.
Insuficiência hepática e renal: não é necessário diminuir a dose de KEFTRON®
em pacientes com insuficiência hepática, desde que a função
renal não esteja prejudicada. Somente nos casos de insuficiência renal pré-terminal (depuração de creatinina < 10 mL/min), a dose de
não deve ser superior a 2 g/dia. Não é necessário diminuir a dose nos pacientes com insuficiência renal, desde que a função
hepática não esteja prejudicada.
No caso de insuficiências hepática e renal graves e concomitantes, deve-se determinar a concentração plasmática de KEFTRON®
a intervalos
regulares e se necessário, fazer o ajuste da dose.
Em pacientes sob diálise não há necessidade de doses suplementares após a diálise. Entretanto, as concentrações séricas devem ser
acompanhadas, a fim de avaliar a necessidade de ajustes na posologia, pois a taxa de eliminação nesses pacientes pode ser alterada.
Modo de usar
ATENÇÃO: frequentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulhas 40x12, que aumentam a incidência de pequenos
fragmentos de rolha serem levados para dentro do frasco durante o procedimento. Agulhas 30x8 ou 25x8, embora dificultem o processo de
reconstituição, têm menor probabilidade de carregarem partículas de rolhas para dentro dos frascos. Deve-se, no entanto, sempre inspecionar
visualmente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas. Devem ser observados os cuidados e instruções
específicas indicados pelo fabricante do diluente durante o acoplamento da bolsa para infusão intravenosa realizado com diluente que não
acompanha o produto.
O produto preparado em capela de fluxo unidirecional (laminar) qualificado pode ser armazenado pelos tempos descritos a seguir. Para produtos
preparados fora desta condição, recomenda-se o uso imediato.
1 g – VIA INTRAMUSCULAR
Reconstituição
Diluente: água para injetáveis ou lidocaína 1%. Volume: 3,5 mL.
Aspecto da solução reconstituída: incolor a amarelo. Quando armazenada, a solução pode tornar-se amarelo escuro. A potência do
medicamento não é alterada, desde que os parâmetros de estabilidade sejam respeitados.
Estabilidade após reconstituição: a solução reconstituída permanece estável física e quimicamente por 6 horas à temperatura ambiente (15°C a
30°C) ou por 24 horas no refrigerador (2ºC a 8°C). Entretanto, como regra geral, a solução deve ser usada imediatamente após a preparação.
Administração: injetar profundamente na região glútea ou em outro músculo relativamente grande. Recomenda-se não injetar mais do que 1 g
em cada músculo.
ATENÇÃO: a solução de lidocaína nunca deve ser administrada por via intravenosa.
1 g – VIA INTRAVENOSA DIRETA
Diluente: água para injetáveis. Volume: 10 mL.
Tempo de injeção: 2 a 4 minutos
1 g – INFUSÃO INTRAVENOSA
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Diluição
Diluente: ver os diluentes compatíveis, volume utilizado e estabilidade da solução após diluição na Tabela 1:
Tabela 1: KEFTRON®
diluentes compatíveis
Diluente Volume
Estabilidade após diluição
Temperatura ambiente
(15ºC – 30°C)
Sob refrigeração
(2ºC – 8°C)
Cloreto de Sódio 0,9% 50 – 100 mL 6 horas 24 horas
Glicose 5% 50 – 100 mL 6 horas 24 horas
Glicose 10% 50 – 100 mL 6 horas 24 horas
Glicose 5% em Cloreto de
Sódio 0,45%
50 – 100 mL 6 horas Não armazenar sob refrigeração
Aspecto da solução diluída: incolor a amarelo. Quando armazenada, a solução pode tornar-se amarelo escuro. A potência do medicamento não
é alterada, desde que os parâmetros de estabilidade sejam respeitados.
Tempo de infusão: 30 minutos.
O volume final do medicamento reconstituído, segue abaixo:
1 g
Volume adicionado Volume final
3,5 mL (administração IM) 4,2 mL
10 mL (administração IV) 11 mL
A equivalência sal-base segue abaixo:
Concentração de ceftriaxona (base)
Concentração de ceftriaxona dissódica hemieptaidratada
(sal)
1 g 1,193 g
ATENÇÃO: as doses e a concentração do produto são dadas em termos de ceftriaxona (base).
Incompatibilidades
Diluentes que contêm cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a reconstituição de KEFTRON®
ou para
diluições posteriores de soluções reconstituídas para administração IV, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A precipitação de
ceftriaxona cálcica também pode ocorrer quando KEFTRON®
é misturado com soluções que contêm cálcio no mesmo equipo de administração
IV. KEFTRON®
não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV que contêm cálcio, inclusive infusões contínuas que contêm
cálcio tais como as de nutrição parenteral, através de equipo em Y. No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, KEFTRON®
e
soluções que contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, entre as infusões, se linhas de infusão forem bem lavadas com um
líquido compatível.
Até o momento não houve relatos de interação entre ceftriaxona e produtos orais contendo cálcio ou interação entre ceftriaxona intramuscular e
produtos que contêm cálcio (IV ou oral).
Baseado em artigos da literatura, ceftriaxona não deve ser diluída em frasco com outros antimicrobianos tais como, ansacrina, vancomicina,
fluconazol e aminoglicosídeos.
Estudos clínicos
As reações adversas mais frequentemente reportadas para ceftriaxona são eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, erupção cutânea e
aumento das enzimas hepáticas. Os dados para determinar a frequência das reações adversas de ceftriaxona foram obtidos de estudos clínicos.
Reação comum (>1/100 e <1/10): eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, fezes amolecidas, aumento das enzimas hepáticas e
erupção cutânea.
Reação incomum (>1/1.000 e <1/100): infecção fúngica no trato genital, granulocitopenia, anemia, coagulopatia, cefaleia, tontura, náusea,
vômito, prurido, flebite, dor no local da administração, febre e aumento de creatinina sérica.
Reação rara (>1/10.000 e <1/1.000): colite pseudomembranosa, broncoespasmo, urticária, hematúria, glicosúria, edema e calafrios.
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Pós-comercialização
As reações adversas a seguir foram identificadas durante o período de pós-comercialização de ceftriaxona. Essas reações foram reportadas por
uma população de tamanho incerto, portanto, não é possível estimar com segurança sua frequência e/ou estabelecer uma relação causal com a
exposição ao fármaco.
Problemas gastrintestinais: pancreatite, estomatite e glossite.
Alterações hematológicas: casos isolados de agranulocitose (< 500/m3
) foram relatados, a maior parte deles após 10 dias de tratamento e doses
totais de 20 g ou mais.
Reações cutâneas: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA) e casos isolados de graves reações cutâneas, como eritema multiforme,
síndrome de Stevens Johnson ou síndrome de Lyell / necrólise epidérmica tóxica.
Alteração no sistema nervoso: convulsão.
Infecções e infestações: superinfecção.
Outros efeitos colaterais raros: sedimento sintomático de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar (litíase biliar), icterícia, kernicterus, oligúria,
reações anafiláticas e anafilactoides.
Interação com cálcio: dois estudos in vitro, um utilizando plasma de adultos e outro plasma neonatal do sangue do cordão umbilical, foram
realizados para avaliar a interação de ceftriaxona e cálcio. Concentrações de ceftriaxona de até 1 mM (em excesso de concentrações obtidas in
vivo, após administração de 2 g de ceftriaxona em perfusão durante 30 minutos) foram usadas em combinação com concentrações de cálcio de
até 12 mM (48 mg/dL). A recuperação de ceftriaxona do plasma foi reduzida com concentrações de cálcio de 6 mM (24 mg/dL) ou superior no
plasma de adultos ou 4 mM (16 mg/dL) ou superior no plasma neonatal. Isso pode ser reflexo da precipitação de ceftriaxona cálcica.
Em recém-nascidos que receberam ceftriaxona e soluções que continham cálcio, foi relatado um pequeno número de casos fatais, nos quais um
material cristalino foi observado nos pulmões e rins durante a autópsia. Em alguns desses casos, a mesma linha de infusão intravenosa foi usada
para ceftriaxona e para as soluções contendo cálcio, e em algumas dessas vias de infusão foi observado um precipitado. Pelo menos uma
fatalidade foi relatada com um recém-nascido no qual a ceftriaxona e soluções que continham cálcio foram administrados em diferentes
momentos, em vias de infusão diferentes; e nenhum material cristalino foi observado na autópsia desse neonato. Não houve relatos semelhantes
em pacientes não neonatos.
Foram relatados casos de precipitação de ceftriaxona no trato urinário, principalmente em crianças que foram tratadas com altas doses (por
exemplo, dose maiores ou iguais a 80 mg/kg/dia ou com dose total excedendo 10 g) e que apresentavam outros fatores de risco (por exemplo,
desidratação, confinamento à cama). Esse evento pode ser assintomático ou sintomático e, pode levar à obstrução da uretra e insuficiência renal
aguda, mas é geralmente reversível com a descontinuação de ceftriaxona.
Efeitos colaterais locais: em raros casos, reações de flebite ocorrem após administração intravenosa. Estas podem ser minimizadas pela prática
de injeção lenta (2 – 4 min).
Investigações: resultados falso positivos para os testes de Coombs, galactosemia e métodos não enzimáticos para determinação da glicose.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.