Bula do Lemtrada produzido pelo laboratorio Genzyme do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Lemtrada
Genzyme - A Sanofi Company
Solução injetável
10 mg/ml
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LEMTRADA®
alentuzumabe
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome do produto: LEMTRADA
Nome genérico: alentuzumabe
APRESENTAÇÕES
Solução para diluição para infusão de 12 mg de alentuzumabe em frasco-ampola de 1,2 mL.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL contém:
alentuzumabe ...................................................................................................... 10 mg
Excipientes: edetato dissódico di-hidratado, cloreto de potássio, fosfato de potássio monobásico, cloreto de
sódio, fosfato de sódio dibásico, polissorbato 80 e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
LEMTRADA é indicado para o tratamento de pacientes com formas reincidentes de esclerose múltipla (EM)
para diminuir ou reverter o acúmulo de incapacidade física e reduzir a frequência de exacerbações clínicas.
A segurança e a eficácia de LEMTRADA foram avaliadas em três estudos randomizados, avaliador-cego, com
comparador ativo, em pacientes com EM.
Os Estudos 1 e 2 (CAMMS32400507 e CAMMS323) recrutaram pacientes com EM que haviam experimentado
pelo menos dois episódios durante os dois anos anteriores. Exames neurológicos foram realizados a cada doze
semanas e em tempos de suspeita de recidiva. Avaliações por ressonância magnética foram realizadas
anualmente. Os pacientes foram acompanhados por dois anos. Em ambos estudos, os pacientes foram
randomizados para receber LEMTRADA 12 mg/dia por infusão intravenosa (IV) administrada uma vez ao dia
durante cinco dias no Mês 0 e por três dias no Mês 12 (grupo 12 mg) ou 44 mcg de IFNB-1a por injeção
subcutânea (SC) administrada três vezes por semana. O estudo 1 também incluiu um braço de dose exploratória
para LEMTRADA 24 mg/dia, administrada uma vez ao dia durante cinco dias no Mês 0 e por três dias no Mês
12 (grupo 24 mg/dia). As medidas do desfecho primário para os Estudos 1 e 2 eram a taxa de recidiva anualizada
(TRA) durante dois anos e o tempo para o início do “acúmulo sustentado de incapacidade” (ASI), definido como
um aumento de pelo menos um ponto na escala expandida do estado de incapacidade (EDSS), a partir de uma
pontuação de base 1,0 (aumento de 1,5 pontos para pacientes com a pontuação basal de EDSS igual a 0) que
foi mantido por seis meses.
O Estudo 1 (CAMMS32400507) incluiu pacientes com esclerose múltipla recorrente remitente (EMRR) com
EDSS de 0-5, com n = 426 no grupo LEMTRADA 12 mg e n = 202 no grupo IFNB-1a. A média de idade era 35
anos, a duração média da doença era de 4,5 anos e a pontuação média da EDSS era 2,7 no momento basal. Antes
do recrutamento, os pacientes experimentaram pelo menos uma recidiva durante o tratamento com
betainterferona ou acetato de glatirâmer, depois de terem sido tratados com estas drogas por pelo menos seis
meses. No momento basal, a duração média de exposição às terapias anteriores para EM ( 1 droga usada) era de
35 meses no grupo LEMTRADA 12 mg; 29% haviam recebido 2 terapias anteriores para EM.
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A TRA foi reduzida significantemente em 49% nos pacientes no grupo LEMTRADA 12 mg em comparação com
o IFNB-1a SC durante dois anos. Além disso, o tratamento com LEMTRADA reduziu significantemente em 42%
o risco de ASI em seis meses versus IFNB-1a SC durante dois anos. Os desfechos secundários principais
incluíram a variação no escore de base da EDSS e dos parâmetros da ressonância magnética. A pontuação média
da EDSS foi significantemente reduzida em dois anos em pacientes tratados com LEMTRADA, indicando uma
melhora na pontuação da incapacidade, enquanto que a pontuação média da EDSS para os pacientes tratados
com IFNB-1a aumentou significantemente em relação ao basal. Comparado com os pacientes tratados com
IFNB-1a, os pacientes tratados com LEMTRADA tinham 2,6 vezes mais probabilidade de atingir uma redução
sustentada na incapacidade. Os efeitos do tratamento nos resultados clínicos foram sustentados por efeitos
significantes nas medidas da inflamação e progressão da doença por ressonância magnética, incluindo o volume
do cérebro. Os resultados são mostrados na Tabela 1 e na Figura 1.
Tabela 1: Principais Resultados Clínicos e da Ressonância Magnética do Estudo 1
Resultado LEMTRADA
(N=426)
IFNB-1a SC
(N=202)
Resultados clínicos
Taxa de recidiva (desfecho co-primário)
TRA (95% IC)
Razão de taxas (95% IC)
valor-p
0,26 (0,21; 0,33)
0,51 (0,39; 0,65)
<0,0001
0,52 (0,41; 0,66)
Incapacidade (ASI ≥6 meses; desfecho co-primário)
Estimativa de pacientes com ASI em 6 meses (95% IC)
Razão de risco (95% IC)
12,71 (9,89; 16,27)
0,58 (0,38; 0,87)
0,0084
21,13 (15,95; 27,68)
Proporção de pacientes sem recidiva no Ano 2 (%)
Estimativa (95% IC)
Valor-p
65,38 (60,65; 69,70)
46,70 (39,53; 53,54)
Variação na EDSS de base no Ano 2
-0,17 (-0,29; -0,05)
0,24 (0,07, 0,41)
Redução sustentada na incapacidade (RSI)
Estimativa de pacientes com RSI aos 6 meses (95% IC)
28,82 (24,18; 34,13)
2,57 (1,57; 4,20)
0,0002
12,93 (8,34; 19,77)
Resultados da Ressonância Magnética
Variação no volume da lesão em T2-RM do basal para o Ano
2 (%)
-1,27
0,1371
-1,23
Pacientes com lesões novas ou aumentadas em T2 durante o Ano
46,2
67,9
Pacientes com lesões contrastadas com gadolinio durante o Ano
18,5
34,2
Pacientes com lesões novas pouco intensas em T1 durante o Ano
19,9
38,0
Alteração na Fração Parenquimatosa Cerebral basal para o
Ano 2 (%)
-0,615
0,0121
-0,810
Variação média é apresentada para a EDSS. Variação mediana é apresentada para o volume da lesão em T2-RM e
para a Fração Parenquimatosa Cerebral.
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Figura 1: Tempo para o Acúmulo Sustentado de Incapacidade aos 6 Meses no Estudo 1
O Estudo 2 (CAMMS323) incluiu pacientes com EMRR, EDSS de 0-3,0, com n=376 no grupo LEMTRADA 12
mg e n=187 no grupo IFNB-1a. A média de idade era de 33 anos, a duração média da doença era de dois anos e a
pontuação média da EDSS era de 2,0 no basal. Os pacientes não haviam recebido terapia anterior para EM na
entrada do estudo.
A TRA foi significantemente reduzida em 55% nos pacientes tratados com LEMTRADA comparado com o
IFNB-1a SC, em dois anos. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos de tratamento no
“acúmulo sustentado de incapacidade” em 6 meses; 8% dos pacientes tratados com LEMTRADA tinham
aumento sustentado na pontuação da EDSS comparados com 11% dos pacientes com IFNB-1a. Os efeitos do
tratamento nos resultados clínicos foram suportados por efeitos significantes nas medidas da inflamação e
progressão da doença por ressonância magnética, incluindo volume do cérebro. Os resultados são mostrados na
Tabela 2.
PorcentagemdepacientescomASI
Mës de retorno
Razão de azar: 0,58
Valor-p: 0,0084
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Tabela 2: Principais Resultados Clínicos e da Ressonância Magnética do Estudo 2
Resultados LEMTRADA
(N=376)
(N=187)
TRA (95% CI)
valor- p
0,18 (0,13; 0,23)
0,45 (0,32; 0,63)
0,39 (0,29; 0,53)
8,00 (5,66; 11,24)
0,70 (0,40; 1,23)
0,2173
11,12 (7,32; 16,71)
77,59 (72,87; 81,60)
58,69 (51,12; 65,50)
Variação na EDSS do basal para o Ano 2
-0,14 (-0,25; -0,02)
0,4188
-0,14 (-0,29; 0,01)
Variação no volume da lesão em T2-RM do basal para o Ano 2
(%)
-9,3 (-19,6; -0,2)
0,3080
-6.5 (-20,7; 2,5)
48,5
0,0352
57,6
15,4
0,0008
27,0
Pacientes com lesões novas pouco intensas em T1durante o Ano
24,0
0,0545
31,4
Variação na Fração Parenquimatosa Cerebral do basal para o
-0,867
-1,488
Variação média é apresentada para a EDSS. Variação mediana é apresentada para o volume da lesão em T2-RM
e para a Fração Parenquimatosa Cerebral.
O Estudo 3 (CAMMS223) avaliou a segurança e a eficácia de LEMTRADA em pacientes com EMRR durante o
curso de cinco anos. Os pacientes tinham um EDSS de 0-3,0, pelo menos dois episódios clínicos de EM nos dois
anos anteriores e 1 lesão contrastada por gadolínio na entrada no estudo. Os pacientes foram tratados com
LEMTRADA 12 mg/dia (n=108) ou 24 mg/dia (n=108), administrado uma vez por dia durante cinco dias no Mês
0 e durante três dias no Mês 12 ou 44 mcg de IFNB-1a SC, administrado três vezes por semana durante três anos.
Quarenta e seis pacientes receberam um terceiro ciclo planejado de tratamento com 12 mg/dia ou 24 mg/dia de
LEMTRADA durante três dias no Mês 24.
Em três anos, LEMTRADA 12 mg reduziu o risco de ASI em seis meses em 76% (razão de risco 0,24 [95% IC:
0,110; 0,545], p>0,0006) e reduziu a TRA em 67% (razão de risco 0,33 [95% IC: 0,196, 0,552], p<0,0001)
comparado com o IFNB-1a SC. Em cinco anos, LEMTRADA 12mg reduziu o risco de ASI em 69% (razão de
risco 0,31 [95% IC: 0,161, 0,598], p=0,0005) e reduziu a TRA em 66% (razão de taxas 0,34 [95% IC: 0,202;
0569], p<0,0001) comparado com o IFNB-1a SC.
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Mecanismo de ação
LEMTRADA liga-se ao CD52, um antígeno da superfície celular presente em níveis altos em linfócitos T e B e
em níveis menores em “células matadoras” (killer cells) naturais, monócitos e macrófagos. Há pouco ou nenhum
CD52 detectado em neutrófilos, células plasmáticas ou células-tronco da medula óssea. LEMTRADA atua
através da citólise celular dependente de anticorpo e lise mediada por complemento, depois da ligação à
superfície celular de linfócitos T e B.
O mecanismo pelo qual LEMTRADA exerce seu efeito terapêutico na esclerose múltipla é desconhecido, mas
pode envolver a imunomodulação através da depleção e repopulação de linfócitos. As pesquisas sugerem que os
efeitos imunomoduladores potenciais na EM podem incluir alterações no número, proporções e propriedades de
alguns subgrupos de linfócitos pós-tratamento.
Farmacodinâmica
LEMTRADA causa depleção de linfócitos T e B circulantes depois de cada ciclo de tratamento, com os menores
níveis observados um mês após um ciclo de tratamento. A repopulação de linfócitos ocorre com o tempo, com
recuperação completa das células B, geralmente dentro de seis meses. As contagens de linfócitos T aumentam
mais lentamente em direção ao normal, mas geralmente não retornam ao valor de base, até doze meses pós-
tratamento. Aproximadamente 40% dos pacientes tinham contagens totais de linfócitos atingindo o limite inferior
da normalidade em seis meses depois de cada ciclo de tratamento, e aproximadamente 80% dos pacientes
apresentavam contagem total de linfócitos atingindo o limite inferior da normalidade até doze meses depois de
cada ciclo de tratamento. Neutrófilos, monócitos, eosinófilos, basófilos e células matadoras naturais são afetados
apenas transitoriamente por LEMTRADA.
Farmacocinética
A farmacocinética de LEMTRADA foi avaliada em um total de duzentos e dezesseis pacientes com EMRR, que
receberam infusões IV de 12 mg/dia ou 24 mg/dia por cinco dias consecutivos, seguido por três dias
consecutivos, doze meses após o ciclo inicial de tratamento. As concentrações séricas aumentaram com cada
dose consecutiva dentro de um ciclo de tratamento, com as maiores concentrações ocorrendo depois da última
infusão do ciclo. A administração de 12 mg/dia resultou em uma Cmax de 3014 ng/mL no Dia 5 do ciclo inicial de
tratamento e 2276 ng/mL no Dia 3 do segundo ciclo de tratamento. A meia-vida alfa foi próxima de dois dias e
comparável entre os ciclos, levando à concentrações séricas baixas ou não detectáveis dentro de
aproximadamente trinta dias depois de cada ciclo de tratamento.
A farmacocinética da população de LEMTRADA foi melhor descrita por um modelo linear de dois
compartimentos. A depuração sistêmica diminuiu com a contagem de linfócitos devido à perda do antígeno
CD52 na periferia; entretanto, a diminuição do Ciclo 1 para o Ciclo 2 foi menos de 20%. O volume de
distribuição central foi proporcional ao peso corporal e estava próximo do volume do líquido extracelular (14,1
L), sugerindo que LEMTRADA está amplamente confinado ao sangue e ao espaço intersticial. Não foi
observado efeito da idade, raça ou gênero na farmacocinética de LEMTRADA.
LEMTRADA é contraindicado em:
Pacientes com hipersensibilidade tipo 1 conhecida ou reações anafiláticas à substância ativa ou a qualquer um
dos excipientes,
Pacientes portadores do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Antes do tratamento, pacientes devem receber informações educacionais e serem informados sobre os
riscos e os benefícios, bem como a necessidade de se comprometer com 48 meses de acompanhamento
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depois da última infusão de Lemtrada. Lembrar o paciente para permanecer vigilante com os sintomas
que podem ocorrer e procurar ajuda médica imediatamente se tiver qualquer preocupação.
Autoimunidade
O tratamento com LEMTRADA pode resultar na formação de autoanticorpos e aumento do risco de condições
mediadas por autoimunidade, incluindo púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), distúrbios da tireóide ou,
raramente, nefropatias (por exemplo, doença antimembrana basal glomerular).
- Púrpura Trombocitopênica Idiopática
Eventos adversos graves de PTI foram observados em aproximadamente 1% dos pacientes tratados com
LEMTRADA em estudos clínicos controlados em EM. Em um estudo clínico controlado em pacientes com EM,
um paciente desenvolveu PTI que permaneceu não reconhecida antes da implementação dos requisitos de
monitoramento mensal do sangue e morreu de hemorragia intracerebral. O início da PTI ocorreu, em geral, entre
catorze e trinta e seis meses depois da primeira exposição ao LEMTRADA.
Hemograma completo com contagem diferencial deve ser realizado antes do início do tratamento e em intervalos
mensais depois disso, até quarenta e oito meses após a última infusão. Se houver suspeita de PTI, um hemograma
completo deve ser obtido imediatamente. Se o início da PTI for confirmado, intervenção médica apropriada deve
ser iniciada prontamente, incluindo encaminhamento para um especialista. Os dados de estudos clínicos em EM
mostraram que a adesão aos requisitos de monitoramento do sangue e a educação em relação aos sinais e
sintomas de PTI levou à identificação precoce e ao tratamento da PTI, com a maioria dos casos respondendo à
terapia médica de primeira linha.
O risco potencial associado com o retratamento com LEMTRADA depois da ocorrência de PTI é desconhecido.
- Nefropatias
Nefropatias, incluindo doença antimembrana basal glomerular (anti-GBM) foi observada em 0,3% dos pacientes
em estudos clínicos em EM e ocorreu, em geral, dentro de trinta e nove meses depois da última administração de
LEMTRADA. Em estudos clínicos, houve dois casos de doença anti-GBM. Ambos os casos foram graves,
identificados no início através do monitoramento clínico e laboratorial e tiveram desfecho positivo depois do
tratamento.
As manifestações clínicas da nefropatia podem incluir elevação da creatinina sérica, hematúria e/ou proteinúria.
Embora não observada em estudos clínicos, hemorragia alveolar manifestada como hemoptise pode ocorrer como
um componente da doença anti-GBM.
Os níveis de creatinina sérica e exame de urina com contagem de células devem ser determinados antes do início
do tratamento e em intervalos mensais depois disso, até quarenta e oito meses depois da última infusão. A
observação de variações clinicamente significantes na creatinina sérica basal, hematúria inexplicada e/ou
proteinúria requerem avaliação mais aprofundada para nefropatias, incluindo encaminhamento para um
especialista. A detecção precoce e o tratamento das nefropatias podem diminuir o risco de desfechos ruins.
O risco potencial associado ao retratamento com LEMTRADA, após a ocorrência de nefropatias, é
desconhecido.
- Distúrbios da tireoide
Distúrbios autoimunes da tireóide foram observados com ocorrência estimada em 36% dos pacientes tratados
com LEMTRADA 12 mg, em estudos clínicos em EM durante quatro anos depois da primeira exposição ao
LEMTRADA.
Os distúrbios autoimunes da tireoide observados incluíram hipertireoidismo ou hipotireoidismo. A maioria dos
eventos foi de gravidade leve à moderada. Eventos graves ocorreram em <1% dos pacientes apenas com a
doença de Graves (também conhecida como doença de Basedow), hipertireoidismo e hipotireoidismo ocorrendo
em mais de um paciente. A maioria dos eventos da tireoide foi controlada com terapia médica convencional. No
entanto, alguns pacientes necessitaram de intervenção cirúrgica. Em estudos clínicos, pacientes que
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desenvolveram eventos adversos da tireoide foram autorizados a receber novamente tratamento com Lemtrada.
Aproximadamente, 6% dos pacientes do total da população estudada desenvolveram evento adverso da tireoide
durante o ano seguinte do ciclo tratamento inicial de alentuzumabe e foram tratados novamente. As maiorias
desses pacientes não experimentaram piora na gravidade dos distúrbios da tireoide.
Testes de função da tireoide, tais como, níveis do hormônio estimulante da tireóide (TSH), devem ser realizados
antes do início do tratamento e a cada três meses depois disso, até quarenta e oito meses após a última infusão.
As doenças da tireoide representam riscos especiais em gestantes.
- Citopenias
Suspeita de citopenias autoimunes, tais como neutropenia, anemia hemolítica e pancitopenia foram relatadas
raramente em estudos clínicos em EM. Os resultados do hemograma completo devem ser usados para monitorar
as citopenias. Se a citopenia for confirmada, intervenção médica apropriada deve ser prontamente iniciada,
incluindo encaminhamento para um especialista.
Reações associadas à infusão
Em estudos clínicos, as reações associadas à infusão foram definidas como qualquer evento adverso ocorrendo
durante ou dentro de vinte e quatro horas da infusão de LEMTRADA. A maioria dos pacientes tratados com
LEMTRADA, em estudos clínicos controlados em EM, experimentou reações associadas à infusão leves à
moderadas durante a administração de LEMTRADA 12 mg ou até vinte e quatro horas após a mesma, as quais
frequentemente incluíram, cefaleia, erupção cutânea, pirexia, náusea, urticária, prurido, insônia, calafrios,
ruborização, fadiga, dispnéia, disgeusia, desconforto no peito, erupção cutânea generalizada, taquicardia,
dispepsia, vertigem e dor. Reações graves ocorreram em 3% dos pacientes, incluindo casos de pirexia, urticária,
fibrilação atrial, náusea, desconforto no peito e hipotensão. Além disso, anafilaxia foi relatada raramente.
É recomendável que os pacientes sejam pré-medicados com corticosteroides imediatamente antes do início da
infusão de
LEMTRADA, durante os três primeiros dias de qualquer ciclo de tratamento para melhorar os efeitos das reações
da infusão. Em estudos clínicos, os pacientes foram pré-tratados com 1.000 mg de metilprednisolona durante os
três primeiros dias de cada ciclo de tratamento com LEMTRADA. O pré-tratamento com antihistamínicos e/ou
antipiréticos antes da administração de LEMTRADA, também pode ser considerado. A maioria dos pacientes em
estudos clínicos controlados recebeu antihistamínicos e/ou antipiréticos antes de pelo menos uma infusão de
LEMTRADA. As reações associadas à infusão podem ocorrer em pacientes, apesar do pré-tratamento. A
observação para reações de infusão é recomendada durante e por duas horas depois de cada infusão de
LEMTRADA. Os médicos devem estar cientes da história cardíaca do paciente como reações associadas à
infusão, que podem incluir sintomas cardíacos, como taquicardia. Se ocorrer uma reação associada à infusão,
fornecer tratamento sintomático apropriado, conforme necessário. Se a infusão não for bem tolerada, a sua
duração pode ser estendida. Se ocorrerem reações graves à infusão, descontinuação imediata da infusão IV deve
ser considerada. Recursos para gerenciar a anafilaxia ou reações graves devem estar disponíveis.
Infecções
Infecções ocorreram em 71% dos pacientes tratados com LEMTRADA 12 mg comparado com 53% dos
pacientes tratados com betainterferona 1a (IFNB-1a) em estudos clínicos controlados em EM de até dois anos de
duração e foram de gravidade predominantemente leve à moderada. As infecções que ocorreram mais
frequentemente nos pacientes tratados com LEMTRADA do que nos pacientes tratados com IFNB-1a incluíram
nasofaringite, infecção do trato urinário, infecção do trato respiratório superior, sinusite, herpes oral, influenza e
bronquite. Infecções graves ocorreram em 2,7% dos pacientes tratados com LEMTRADA, em comparação com
1,0% dos pacientes tratados com IFNB-1a em estudos clínicos controlados em EM. No grupo que utilizou
LEMTRADA, as infecções graves incluíram: apendicite, gastroenterite, pneumonia, herpes zoster e infecção
dentária. As infecções foram, em geral, de duração típica e se resolveram depois de tratamento médico
convencional.
Em estudos clínicos ocorreram infecções graves pelo vírus da varicela zoster, incluindo varicela primária e
reativação de varicela zoster, mais frequentemente em pacientes tratados com LEMTRADA 12 mg (0,4%)
comparado com o IFNB-1a (0%). Infecção pelo vírus do papiloma cervical humano (HPV), incluindo displasia
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cervical, também foi relatada em pacientes tratados com LEMTRADA 12 mg (2%). É recomendável realizar a
triagem para HPV anualmente em pacientes do sexo feminino.
Tuberculose foi relatada em pacientes tratados com LEMTRADA e IFNB-1a em estudos clínicos controlados.
Tuberculose latente e ativa foi relatada em 0,3% dos pacientes tratados com LEMTRADA, mais frequentemente
em regiões endêmicas. A triagem para tuberculose deve ser realizada antes do início de LEMTRADA, de acordo
com as diretrizes locais.
Em estudos clínicos controlados em EM, infecções fúngicas superficiais, especialmente candidíase oral e
vaginal, ocorreram mais comumente em pacientes tratados com LEMTRADA (12%) do que em pacientes
tratados com IFNB-1a (3%).
Os médicos devem considerar retardar o início da administração de LEMTRADA em pacientes com infecção
ativa, até a infecção estar totalmente controlada.
A profilaxia com agente oral antiherpes deve ser iniciada no primeiro dia de tratamento com LEMTRADA e
mantida por, no mínimo, um mês depois de cada ciclo de tratamento.
LEMTRADA não foi administrado para o tratamento de EM concomitantemente com terapia antineoplásica ou
imunossupressora. O uso concomitante de LEMTRADA com qualquer uma destas terapias pode aumentar o risco
de imunossupressão.
Não há dados disponíveis sobre a associação de LEMTRADA com a reativação do vírus da hepatite B (HBV) ou
da hepatite C (HCV), pois pacientes com evidência de infecções ativas ou crônicas foram excluídos dos estudos
clínicos. A triagem dos pacientes de alto risco para infecção por HBV e/ou HCV deve ser considerada antes do
início de LEMTRADA e cautela deve ser exercida ao prescrever LEMTRADA para pacientes identificados
como portadores de HBV e/ou HCV. Isto porque estes pacientes podem estar sob risco de dano hepático
irreversível relacionado com potencial reativação do vírus, como consequência de seu estado pré-existente.
Contracepção
Transferência placentária e atividade farmacológica potencial de LEMTRADA foram observadas em
camundongos durante a gestação e depois do parto. As pacientes em idade reprodutiva devem usar contracepção
adequada durante o tratamento e por quatro meses depois de um ciclo de tratamento com LEMTRADA
Vacinas
É recomendável que os pacientes tenham completado os requisitos locais de imunização pelo menos seis semanas
antes do tratamento com LEMTRADA. A capacidade de gerar uma resposta imunológica a qualquer vacina
depois do tratamento com LEMTRADA, não foi estudada.
A segurança da imunização com vacinas de vírus vivo, depois de um ciclo de tratamento com LEMTRADA, não
foi formalmente estudada em estudos clínicos controlados em EM. Vacinas de vírus vivo não devem ser
administradas em pacientes com EM, que receberam recentemente um ciclo de LEMTRADA.
- Teste para anticorpo contra o vírus da varicela zoster /vacinação
Como para muitas drogas imunomoduladoras, antes de iniciar um ciclo de tratamento com LEMTRADA, os
pacientes sem histórico de catapora ou sem vacinação contra o vírus da varicela zoster (VVZ) devem ser testados
para anticorpos para VVZ. A vacinação contra VVZ de pacientes com anticorpo negativo deve ser considerada
antes do início do tratamento com LEMTRADA. Para permitir o efeito completo da vacinação contra VVZ, o
tratamento com LEMTRADA deve ser adiado por seis semanas depois da vacinação.
Exames de laboratório úteis para monitorar os pacientes
Os exames de laboratório devem ser conduzidos em intervalos periódicos por quarenta e oito meses depois do
último ciclo de tratamento de LEMTRADA, a fim de monitorar os sinais iniciais de doença automimune:
Hemograma completo com diferencial (antes do início do tratamento e em intervalos mensais subsequentes)
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Níveis de creatinina sérica (antes do início do tratamento e em intervalos mensais subsequentes)
Exame de urina com contagem de células (antes do início do tratamento e depois em intervalos mensais)
Teste de função da tireoide, tal como nível de TSH (antes do início do tratamento e a cada três meses
subsequentemente)
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram conduzidos estudos sobre o efeito do alentuzumabe na capacidade de dirigir veículos e operar
máquinas.
Gravidez e Lactação
Categoria de Risco na Gravidez: C. ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR
MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA.
Não há estudos adequados e bem controlados de LEMTRADA em mulheres grávidas. LEMTRADA só deve ser
administrado durante a gravidez se o potencial benefício justificar o potencial risco para o feto.
A IgG humana é conhecida por cruzar a barreira placentária; o alentuzumabe também pode cruzar a barreira
placentária e, portanto, representa um risco potencial para o feto. Não se sabe se o alentuzumabe pode causar
dano fetal, quando administrado em gestantes ou se pode afetar a capacidade reprodutiva.
Mulheres em idade reprodutiva devem usar medidas contraceptivas efetivas quando estiverem recebendo um
ciclo de tratamento com LEMTRADA e por quatro meses depois desse ciclo de tratamento.
As doenças da tireoide (ver Distúrbios da tireoide) representam especial risco em gestantes. Sem tratamento do
hipotireoidismo durante a gestação, há um risco aumentado para aborto e efeitos no feto, tais como retardamento
mental e nanismo. Em mães com doença de Graves, os anticorpos antirreceptor de hormônio estimulante da
tireóide materna podem ser transferidos para um feto em desenvolvimento e podem causar doença de Graves
neonatal transitória.
Lactação
LEMTRADA foi detectado no leite e na prole de fêmeas de camundongo em lactação, tratadas com 10 mg/kg de
LEMTRADA por cinco dias consecutivos após o parto.
Não se sabe se LEMTRADA é excretado no leite humano. Como muitas drogas são excretadas no leite humano,
recomenda-se cautela quando LEMTRADA é administrado em lactante. O aleitamento deve ser descontinuado
durante cada ciclo de tratamento com LEMTRADA e por quatro meses depois da última infusão de cada ciclo de
Uso pediátrico
A segurança e a eficácia de LEMTRADA em pacientes pediátricos com EM e menores de 18 anos de idade, não
foram estabelecidas.
Uso geriátrico
Os estudos clínicos de LEMTRADA não incluíram número suficiente de pacientes com 65 anos de idade ou
acima disso, para determinar se eles respondem diferentemente dos pacientes mais jovens.
Comprometimento renal e hepático
LEMTRADA não foi estudado em pacientes com comprometimento renal ou hepático.
Abuso ou dependência da droga
Não há relatos de abuso ou dependência de LEMTRADA pelos pacientes.
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Até o momento, não há informações de que LEMTRADA (alentuzumabe) possa causar doping.
Dados Não Clínicos de Segurança
- Carcinogênese e mutagênese
Não há estudos para avaliar o potencial carcinogênico ou mutagênico do alentuzumabe.
Fertilidade e Reprodução
O tratamento com LEMTRADA IV em dose de até 10 mg/kg/dia, administradas durante cinco dias consecutivos
(ASC de 11,8 vezes a exposição humana na dose diária recomendada), não teve efeito sobre a fertilidade e o
desempenho reprodutivo em camundongos machos.
Em fêmeas de camundongo tratadas com LEMTRADA até 10 mg/kg/dia IV (ASC de 7,9 vezes a exposição
humana na dose diária recomendada) durante cinco dias consecutivos antes da coabitação com camundongos
machos do tipo selvagem, o número médio de corpos lúteos e de sítios de implantação por camundongo foi
reduzido significativamente em comparação com os animais tratados com o veículo. Ganho de peso gestacional
reduzido em relação aos controles que receberam o veículo foi observado em fêmeas grávidas de camundongo
tratadas com 10 mg/kg/dia. Nenhum outro parâmetro do acasalamento e da fertilidade foi afetado por doses de
LEMTRADA tão altas quanto 10 mg/kg/dia.
Um estudo de toxicidade reprodutiva em fêmeas grávidas de camundongo expostas às doses IV de LEMTRADA
de até 10 mg/kg/dia (ASC de 4,1 vezes a exposição humana na dose recomendada de 12 mg/dia), durante cinco
dias consecutivos durante a gestação, resultou em aumento significante no número de fêmeas com todos os
conceptos mortos ou reabsorvidos, junto com uma redução concomitante no número de fêmeas com fetos viáveis.
Não houve malformações externas, de tecido mole ou do esqueleto ou variações observadas em doses de até 10
mg/kg/dia.
camundongos durante a gestação e depois do parto. Em estudos em camundongos foram observadas alterações
nas contagem de linfócitos em filhotes expostos ao LEMTRADA durante a gestação, em doses de 3 mg/kg/dia
durante cinco dias consecutivos (ASC de 1,0 vezes a exposição humana na dose recomendada de 12 mg/dia). O
desenvolvimento cognitivo, físico e sexual dos filhotes expostos ao LEMTRADA durante a lactação, não foi
Interação medicamento-medicamento
Não foram conduzidos estudos formais de interação medicamentosa com LEMTRADA usando a dose
recomendada em pacientes com EM. Em um estudo clínico controlado em EM, foi solicitado que os pacientes
tratados recentemente com betainterferona e acetato de glatirâmer descontinuassem o tratamento 28 dias antes de
iniciar o tratamento com LEMTRADA.
Interação medicamento-alimento
LEMTRADA é administrado por via parenteral. Portanto, interações com alimentos e bebidas são improváveis.
Incompatibilidades farmacêuticas
Na ausência de estudos de compatibilidade, o alentuzumabe não deve ser misturado com outros medicamentos.
Não adicionar ou administrar simultaneamente outros medicamentos por infusão, através da mesma via
intravenosa.
Este medicamento não deve ser diluído com outros solventes além daqueles mencionados na seção “8. Posologia
e Modo de Usar”.
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Não há incompatibilidades conhecidas entre o alentuzumabe e bolsas de infusão de PVC (cloreto de polivinil),
equipos de PVC ou de PVC revestidos com polietileno ou filtros de baixa afinidade por proteína.
Interação com exames de laboratório
Não se sabe se o alentuzumabe interfere em algum exame de laboratório clínico de rotina.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAGEM
LEMTRADA deve ser conservado sob refrigeração (temperatura de 2ºC a 8ºC). Não congelar ou agitar. Proteger
da luz.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após a diluição, produto diluído pode ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 25ºC) ou sob
refrigeração (2ºC a 8ºC). O produto diluído deve ser usado dentro de oito horas depois da diluição.
Proteger da luz. Os frascos parcialmente usados, não usados ou danificados devem ser descartados de
acordo com as políticas institucionais.
LEMTRADA é uma solução estéril concentrada (pH 7,0-7,4) para infusão, límpida, incolor a levemente amarela.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose recomendada de LEMTRADA é 12 mg/dia, administrada por infusão intravenosa por dois ciclos de
tratamento.
Ciclo inicial de tratamento: 12 mg/dia, durante cinco dias consecutivos (dose total de 60 mg).
Segundo ciclo de tratamento: 12 mg/dia, durante três dias consecutivos (dose total de 36 mg), administrados
doze meses depois do ciclo inicial de tratamento.
LEMTRADA deve ser administrado por infusão IV durante um período de aproximadamente quatro horas.
Retirar 1,2 mL de LEMTRADA do frasco-ampola, utilizando técnica asséptica e injetar em 100 mL de solução
de cloreto de sódio 0,9% ou dextrose/glicose 5% em água. Inverter gentilmente a bolsa, para misturar a solução.
LEMTRADA não contém conservantes antimicrobianos e, portanto, deve-se tomar cuidado para garantir a
esterilidade da solução preparada. Cada frasco-ampola é para uso único. O produto diluído deve ser usado dentro
de oito horas após a diluição. A preparação deve ser feita utilizando técnica asséptica.
Medicações concomitantes recomendadas
Os pacientes devem ser pré-medicados com corticosteroides imediatamente antes da administração de
LEMTRADA durante os três primeiros dias de qualquer ciclo de tratamento. Nos estudos clínicos, os pacientes
foram pré-tratados com 1.000 mg de metilprednisolona durante os primeiros três dias de cada ciclo de tratamento
com LEMTRADA. O pré-tratamento com antihistamínicos e/ou antipiréticos também pode ser considerado antes
da administração de LEMTRADA.
Tratamento profilático por via oral para infecção por herpes deve ser administrado em todos os pacientes,
iniciando no primeiro dia de cada ciclo de tratamento e continuando por, no mínimo, um mês depois do
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tratamento com LEMTRADA. Nos estudos clínicos, os pacientes receberam 200 mg de aciclovir duas vezes ao
dia ou equivalente.
Cuidados especiais de manuseio
Os frascos de alentuzumabe devem ser inspecionados para a presença de material particulado e alteração da cor
antes da administração. Não usar a solução caso haja material particulado ou alteração de cor. Não congelar ou
agitar os frascos antes de usar. Proteger da luz.
Um total de 972 pacientes com EM recorrente remitente (EMRR) tratados com LEMTRADA (12 mg ou 24 mg)
constituiu a população de segurança, em uma análise agrupada dos estudos clínicos controlados, resultando em
1943 pacientes-anos de seguimento de segurança e uma mediana de seguimento de 24 meses. Os Estudos 1 e 2
eram estudos ativo-controlados, de dois anos de duração, em pacientes com EMRR tratados com 12 mg/dia de
LEMTRADA por cinco dias consecutivos na entrada do estudo, e por três dias consecutivos no Mês 12 do
estudo, ou 44 mcg de IFNB-1a por via subcutânea, três vezes por semana. As reações adversas que ocorreram em
5% dos pacientes tratados com LEMTRADA (12 mg/dia), em uma análise de dois anos por Classe de Sistema
Orgânico (SOC) e Termo Preferido (TP) do Dicionário Médico de Atividades Regulatórias (MedDRA), estão
descritas a seguir.
Reação muito comum (≥1/10): náusea, diarreia, vômito; pirexia, fadiga; nasofaringite, infecção do trato
urinário, infecção do trato respiratório superior, sinusite; contusão; dor nas costas, dor nas extremidades,
artralgia; cefaleia, recidiva da EM, parestesia, vertigem; insônia; dor na orofaringe; erupção cutânea, urticária e
prurido.
Reação comum (≥ 1/100 e <1/10): linfopenia; taquicardia; dispepsia, dor abdominal; calafrios, desconforto no
peito, dor, sintomas semelhantes aos da gripe, edema periférico; herpes oral, influenza, bronquite; linfócitos CD4
e CD8 diminuídos; fraqueza muscular, mialgia, espasmos musculares; disgeusia, hipoestesia; depressão,
ansiedade; tosse, dispnéia; erupção cutânea generalizada, eritema; e ruborização.
Imunogenicidade
Como para todas as proteínas terapêuticas, existe um potencial para imunogenicidade. Os dados refletem a
porcentagem de pacientes cujos resultados do teste foram considerados positivos para anticorpos
antialentuzumabe usando um ensaio de imunoabsorção ligado à enzima (ELISA) e confirmado por um ensaio de
ligação competitiva. As amostras positivas foram mais avaliadas para evidência de inibição in vitro, usando um
ensaio de citometria de fluxo. Em estudos clínicos controlados em EM, os pacientes tinham amostras do soro
coletadas em um, três e doze meses depois de cada ciclo de tratamento para determinação dos anticorpos
antialentuzumabe. Aproximadamente 85% dos pacientes recebendo LEMTRADA apresentaram resultado
positivo para anticorpos antialentuzumabe durante o estudo, com 92% destes pacientes com resultados positivos
também para anticorpos que inibiram a ligação de LEMTRADA in vitro. Os pacientes que desenvolveram
anticorpos antialentuzumabe, o fizeram em até 15 meses após a exposição inicial. Não houve associação aparente
da presença de anticorpos antialentuzumabe ou anticorpos inibitórios antialentuzumabe com redução da eficácia,
variação na farmacodinâmica ou ocorrência de reações adversas, incluído reações associadas à infusão.
A incidência de anticorpos é altamente dependente da sensibilidade e especificidade do ensaio. Adicionalmente,
a incidência de positividade para o anticorpo (incluindo o anticorpo inibitório) observada em um ensaio, pode ser
influenciada positivamente por diversos fatores incluindo a metodologia do ensaio, o manuseio da amostra, o
tempo de coleta da amostra, as medicações concomitantes e a doença subjacente. Por estas razões, a comparação
da incidência de anticorpos contra LEMTRADA, com a incidência de anticorpos contra outros produtos pode ser
enganosa.
EXPERIÊNCIA PÓS-COMERCIALIZAÇÃO
As apresentações de alentuzumabe que foram previamente comercializadas e que atualmente não estão mais
comercialmente disponíveis para uso em B-CLL, tiveram as seguintes reações adversas identificadas durante o
uso após a aprovação do alentuzumabe para o tratamento de B-CLL, assim como para o tratamento de outras
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desordens, geralmente em doses maiores e mais frequentes que a dose recomendada no tratamento de EM (>12
mg/dia). Como estas reações são relatadas voluntariamente de uma população de tamanho incerto, nem sempre é
possível estimar de forma confiável a sua frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao
alentuzumabe.
Doença autoimune
Eventos autoimunes relatados em pacientes tratados com o alentuzumabe incluíram neutropenia, anemia
hemolítica (incluindo um caso fatal), hemofilia adquirida, doença anti-GBM e doença da tireoide. Fenômenos
autoimunes graves e algumas vezes fatais, incluindo anemia hemolítica autoimune, trombocitopenia autoimune,
anemia aplástica, síndrome de Guillain-Barré e polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória foram
relatados em pacientes sem EM tratados com alentuzumabe. Um teste de Coombs positivo foi relatado em um
paciente oncológico tratado com alentuzumabe. Um evento fatal de doença do enxerto versus hospedeiro
associada à transfusão foi relatado em um paciente oncológico tratado com alentuzumabe.
Reações associadas à infusão
Reações graves associadas à infusão e algumas vezes fatais, incluindo broncoespasmo, hipóxia, síncope,
infiltrados pulmonares, síndrome de angústia respiratória aguda, parada respiratória, infarto do miocárdio,
arritmias, insuficiência cardíaca congestiva e parada cardíaca foram observadas em pacientes sem EM tratados
com alentuzumabe, em doses maiores e mais frequentes que as usadas em EM. Anafilaxia grave e outras reações
de hipersensibilidade, incluindo choque anafilático e angioedema, também foram relatadas.
Infecções e infestações
Infecções virais, bacterianas, por protozoários e fúngicas graves e algumas vezes fatais, incluindo aquelas devido
à reativação de infecções latentes, foram relatadas em pacientes sem EM tratados com o alentuzumabe, em doses
maiores e mais frequentes que as usadas em EM. Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) foi relatada
em pacientes com B-CLL sem ou com tratamento com alentuzumabe. A frequência da LMP em pacientes com B-
CLL tratados com o alentuzumabe não é maior que a frequência de fundo.
Distúrbios do sangue e do sistema linfático
Reações graves de sangramento foram relatadas em pacientes sem EM.
Distúrbios cardíacos
Insuficiência cardíaca congestiva, cardiomiopatia e fração de ejeção diminuída foram relatadas em pacientes sem
EM tratados com o alentuzumabe, previamente tratados com agentes potencialmente cardiotóxicos.
Distúrbios linfoproliferativos associados com o vírus Epstein-Barr
Distúrbios linfoproliferativos associados com o vírus Epstein-Barr foram observados na experiência pós-
comercialização.
Atenção: Este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos imprevisíveis
ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária– NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Dois pacientes com EM receberam, acidentalmente, até 60 mg de LEMTRADA (isto é, dose total para o ciclo
inicial de tratamento) em uma única infusão e experimentaram reações graves (cefaleia, erupção cutânea e ou
hipotensão ou taquicardia sinusal). Doses de LEMTRADA maiores que aquelas testadas em estudos clínicos
podem aumentar a intensidade ou a duração das reações adversas associadas à infusão ou seus efeitos
imunológicos.
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Não há antídoto conhecido para a superdose de alentuzumabe. O tratamento consiste de descontinuação da droga
e terapia de suporte.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.