Bula do Levozine produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Levozine®
maleato de levomepromazina
comprimidos revestidos de 25mg e 100mg
Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.
MODELO DE BULA PARA O
PROFISSIONAL DE SAÚDE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos de 25mg ou 100mg: embalagens com 200 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de 25mg contém:
maleato de levomepromazina..........................................................................................................................................25mg
excipiente q.s.p. ..............................................................................................................................................................1 comp.
(Excipientes: amido de milho, estearato de magnésio, povidona, lactose, talco, celulose microcristalina, dióxido de silício,
polietilenoglicol 6000, opadry branco).
Cada comprimido revestido de 100mg contém:
maleato de levomepromazina..........................................................................................................................................100mg
amidoglicolato de sódio, polietilenoglicol 6000, opadry branco).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Levozine®
apresenta um vasto campo de aplicação terapêutica. Está indicado nos casos em que haja necessidade de uma
ação neuroléptica e sedativa em pacientes psicóticos e na terapia adjuvante para o alívio do delírio, agitação, inquietação,
confusão, associados coma dor em pacientes terminais.
Ansiedade
Um estudo duplo-cego efetuado por Blind et al em 1996 teve como objetivo avaliar as propriedades antipsicóticas e
ansiolíticas da risperidona versus haloperidol e levomepromazina.
Foram avaliados 62 pacientes hospitalizados com exacerbação aguda de esquizofrenia que foram designados
randomizadamente a receber risperidona (dose média de 7,4 mg/dia), haloperidol (7,6 mg/dia), ou levomepromazina (100
mg/dia) por 4 semanas.
A melhora clínica, definida como uma redução de 20% no resultado total da Escala das Síndromes Negativa e Positiva
(PANSS) no desfecho foi atingida por 81% dos pacientes tratados com risperidona, 60% dos pacientes tratados com
haloperidol e 52% dos pacientes tratados com levomepromazina (p<0,05). A redução no resultado total de severidade da
PANSS e Escala de Impressão Clínica Global do baseline ao desfecho foi significantemente maior no grupo de pacientes
tratados comrisperidona que nos outros dois grupos.
Reduções nos resultados da Escala de Ansiedade Psicótica foram significantemente maiores nos pacientes tratados com
risperidona do que nos pacientes tratados com levomepromazina; a diferença entre o haloperidol e a levomepromazina não
foi significante. Sintomas extrapiramidais (resultado na Escala de Avaliação de Sintomas Extrapiramidais) foram mais
severos nos pacientes tratados comhaloperidol do que nos outros dois grupos, mas poucas diferenças foramevidentes entre
os pacientes tratados comrisperidona e levomepromazina.
Tratamento adjuvante da dor em pacientes terminais
- Oliver DJ 1985
Neste levantamento retrospectivo, os dados de 675 pacientes comdoença maligna avançada, admitidos no St Christopher’s
Hospice (Sydenham, London, UK) em 1981 foram revisados e demonstraram que 80 (12%) receberam levomepromazina.
As principais indicações foram confusão, agitação, vômito e controle da dor. As doses utilizadas foram de 12,5 a 50 mg, a
cada 4 a 8 horas para a maioria dos pacientes. A duração da administração variou de 1 a 240 dias, com uma mediana de 4
dias. A levomepromazina foi efetiva no controle destes sintomas, com uma efetividade geral reportada como “boa” em
76% dos casos (67% para confusão e agitação, 94% para dor, e 86% para vômito). Sedação foi o mais proeminente evento
adverso e foi reportada por 56% dos pacientes.
Farmacodinâmica
Antipsicótico neuroléptico, fenotiazínico.
Os antipsicóticos neurolépticos possuempropriedades antidopaminérgicas que são responsáveis:
- pelo efeito antipsicótico desejado no tratamento;
- pelos efeitos secundários (síndrome extrapiramidal, discinesias e hiperprolactinemia).
No caso da levomepromazina, sua atividade antidopaminérgica é de importância mediana: a atividade antipsicótica é fraca
e os efeitos extrapiramidais são muito moderados. A molécula possui propriedades anti-histamínicas uniformes (de origem
sedativa, em geral desejada na clínica), adrenolíticas e anticolinérgicas marcantes.
Farmacocinética
As concentrações plasmáticas máximas são atingidas, em média, de 1 a 3 horas após uma administração oral, e de 30 a 90
minutos após administração intramuscular. A biodisponibilidade é de 50%. A meia-vida da levomepromazina é variável de
indivíduo para indivíduo (15 a 80 horas). Os metabólitos da levomepromazina são derivados sulfóxidos e um derivado
dimetil ativo. A eliminação se dá pela urina e fezes.
Absolutas:
- hipersensibilidade à levomepromazina e aos demais componentes do produto;
- histórico de hipersensibilidade às fenotiazinas;
- risco de glaucoma de ângulo-fechado;
- risco de retenção urinária ligada a distúrbios uretroprostáticos;
- antecedentes de agranulocitose;
- agonistas dopaminérgicos (amantadina, apomorfina, bromocriptina, cabergolina, entacapone, lisurida, pramipexol,
ropinirol, pergolida, piribedil, quinagolida), com exceção no caso de pacientes parkinsonianos; medicamentos que podem
induzir torsades de pointes (sultoprida): vide Interações Medicamentosas;
Relativas:
- amamentação (vide Lactação);
- álcool; levodopa; agonistas dopaminérgicos em parkinsonianos; outros medicamentos que podem induzir torsades de
pointes: vide Interações Medicamentosas.
Este medicamento é contraindicado para uso em pacientes grávidas nos três primeiros meses da gravidez e durante
a amamentação.
Atenção diabéticos: contém lactose.
Precauções
A monitorização do tratamento da levomepromazina deve ser reforçada:
- em caso de pacientes epilépticos devido à possibilidade de diminuição do limiar epileptógeno. O aparecimento inesperado
de crises convulsivas requer a interrupção do tratamento.
- em caso de pacientes idosos:
- grande sensibilidade à hipotensão ortostática, sedação e outros efeitos extrapiramidais;
- constipação crônica (risco de íleo paralítico);
- eventual hipertrofia prostática.
- em caso de pacientes portadores de certas afecções cardiovasculares, devido aos efeitos quinidínicos, taquicardizantes e
hipotensores desta classe de medicamentos.
- em caso de insuficiência hepática e/ou renal graves, devido ao risco de acúmulo.
A absorção de álcool, assim como a administração de medicamentos contendo álcool em sua formulação, são fortemente
desaconselhadas durante o tratamento.
Levomepromazina pode diminuir o limiar epileptógeno e deve ser usado comcautela em pacientes epilépticos.
Advertências
Acidente vascular cerebral: em estudos clínicos randomizados versus placebo realizados em uma população de pacientes
idosos com demência e tratados com certos fármacos antipsicóticos atípicos, foi observado um aumento de três vezes no
risco de eventos cerebrovasculares. O mecanismo pelo qual ocorre este aumento de risco não é conhecido. O aumento do
risco com outros fármacos antipsicóticos ou com outra população de pacientes não pode ser excluído. Levomepromazina
deve ser usada comcautela em pacientes comfatores de risco para acidentes vasculares cerebrais.
Pacientes idosos com demência: Pacientes idosos com psicose relacionada à demência tratados com medicamentos
antipsicóticos estão sob risco de morte aumentado. A análise de 17 estudos placebo-controlados (duração modal de 10
semanas), principalmente em pacientes utilizando medicamentos antipsicóticos atípicos, revelou um risco de morte entre
1,6 a 1,7 vezes maior em pacientes tratados com o medicamento do que em pacientes tratados com placebo. Durante o
curso de um estudo controlado típico por 10 semanas, a taxa de óbito em pacientes tratados com o medicamento foi de
aproximadamente 4,5%, comparado com a taxa de aproximadamente 2,6% no grupo placebo. Embora os casos de óbito em
estudos clínicos com antipsicóticos atípicos sejam variados, a maioria dos óbitos parece ser de natureza cardiovascular
(exemplo: insuficiência cardíaca, morte súbita) ou infecciosa (exemplo: pneumonia). Estudos observacionais sugerem que,
similarmente aos medicamentos antipsicóticos atípicos, o tratamento com medicamentos antipsicóticos convencionais pode
aumentar a mortalidade. Não está clara a dimensão dos achados de mortalidade aumentada em estudos observacionais
quando o medicamento antipsicótico é comparado a algumas características dos pacientes.
Casos de tromboembolismo venoso, algumas vezes fatal, foram reportados com medicamentos antipsicóticos. Portanto,
Levozine®
deve ser utilizado com cautela em pacientes com fatores de riscos para tromboembolismo (vide Reações
Adversas).
Todo paciente deve ser informado que o aparecimento de febre, angina e infecção requer que o médico seja informado
imediatamente e que o controle do hemograma seja feito rapidamente.
Em caso de modificação espontânea do último resultado (hiperleucocitose, granulopenia), a administração do tratamento
deverá ser interrompida.
Síndrome maligna: em caso de hipertermia inexplicável ou caso ocorra algum dos sinais de síndrome maligna descrita com
os neurolépticos (palidez, hipertermia, problemas vegetativos, alteração da consciência e rigidez muscular), é imperativa a
interrupção do tratamento. Os sinais de disfunção vegetativa como sudorese e instabilidade arterial, podem preceder o
aparecimento de hipertermia e constituem, por consequência, os sinais de alerta. Entretanto, alguns dos efeitos dos
neurolépticos têm origem idiossincrásica, e certos fatores de risco, tais como a desidratação ou danos cerebrais orgânicos,
parecem ser predisponentes.
Neurolépticos fenotiazínicos podem potencializar o prolongamento do intervalo QT, o que aumenta o risco de ataque de
arritmias ventriculares graves do tipo torsades de pointes, que é potencialmente fatal (morte súbita). O prolongamento QT é
exacerbado, em particular, na presença de bradicardia, hipopotassemia e prolongamento QT congênito ou adquirido
(exemplo: fármacos indutores). Se a situação clínica permitir, avaliações médicas e laboratoriais devem ser realizadas para
descartar possíveis fatores de risco antes do início do tratamento com um agente neuroléptico e conforme necessidade
durante o tratamento (vide também Reações Adversas).
Exceto nas situações de emergência, é recomendado realizar um eletrocardiograma na avaliação inicial dos pacientes que
serão tratados comneurolépticos.
O aparecimento inesperado de íleo paralítico caracterizado por distensão e dores abdominais requer medidas emcaráter de
urgência.
Populações especiais:
Hiperglicemia ou intolerância à glicose foram relatadas em pacientes tratados com levomepromazina. Os pacientes com
diagnóstico estabelecido de diabetes mellitus ou com fatores de risco para desenvolvimento de diabetes que iniciaram o
tratamento com Levozine®
devem realizar monitoramento glicêmico apropriado durante o tratamento (vide Reações
deve ser utilizado com prudência em pacientes idosos, exigindo certas precauções, tais como a verificação da
pressão arterial e, às vezes, exames eletroencefalográficos, em razão da grande sensibilidade à sedação e à hipotensão
ortostática, neste grupo de pacientes.
Gravidez
Os estudos em animais não evidenciaram efeitos teratogênicos. O risco teratogênico da levomepromazina ainda não foi
avaliado em seres humanos. Para as outras fenotiazinas, os resultados de diferentes estudos epidemiológicos prospectivos
são contraditórios no que concerne ao risco de malformação. Ainda são inexistentes os dados que constatem repercussões
cerebrais fetais nos tratamentos comneurolépticos prescritos durante a gravidez.
Consequentemente, o risco teratogênico, se existe, parece pequeno. Recomenda-se, portanto, limitar a duração da
prescrição de Levozine®
durante a gestação.
Se possível, é recomendável diminuir a dose, no final da gravidez, simultaneamente de neurolépticos e antiparkinsonianos
que potencializam os efeitos atropínicos dos neurolépticos.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica.
Os seguintes efeitos foram relatados (em experiência pós-comercialização) em recém-nascidos que foram expostos a
fenotiazínicos durante o terceiro trimestre de gravidez:
- diversos graus de distúrbios respiratórios variando de taquipneia a angústia respiratória, bradicardia e hipotonia, sendo
estes mais comuns quando outros medicamentos psicotrópicos ou antimuscarínicos foremcoadministrados;
- sinais relacionados a propriedades atropínicas dos fenotiazínicos tais como íleo meconial, retardo da eliminação do
mecônio, dificuldades iniciais de alimentação, distensão abdominal, taquicardia;
- distúrbios neurológicos tais como sintomas extrapiramidais incluindo tremor e hipertonia, sonolência, agitação.
Recomenda-se que o médico realize o monitoramento e o tratamento adequado dos recém-nascidos de mães tratadas com
levomepromazina.
As evidências disponíveis não são conclusivas ou são inadequadas para determinar o risco fetal quando a levomepromazina
é utilizada em mulheres grávidas ou com potencial para engravidar. A relevância dos potenciais benefícios do tratamento
com este medicamento frente aos potenciais riscos durante a gravidez deve ser considerada.
Lactação
Na ausência de estudos sobre a passagem de levomepromazina para o leite materno, a amamentação é desaconselhada
durante o tratamento.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:
A atenção é requerida, particularmente para os condutores de veículos e operadores de máquinas, por causa do risco de
sonolência ligado ao medicamento, sobretudo no início do tratamento.
Durante o tratamento com levomepromazina, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua
habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Associações contraindicadas:
- agonistas dopaminérgicos (amantadina, apomorfina, bromocriptina, cabergolina, entacapone, lisurida, pergolida, piribedil,
pramipexol, quinagolida, ropinirol) com a exceção para paciente parkinsoniano: antagonismo recíproco do agonista
dopaminérgico e dos neurolépticos. Em caso de síndrome extrapiramidal induzida por neuroléptico, não deve ser tratado
com agonista dopaminérgico, porém utilizar um anticolinérgico.
- medicamentos que podem induzir torsades de pointes: antiarrítmicos da classe Ia (quinidina, hidroquinidina,
disopiramida); antiarrítmicos da classe III (amiodarona, dofetilide, ibutilida, sotalol), certos neurolépticos: fenotiazínicos
(clorpromazina, ciamemazina, tioridazina), benzamidas (amisulprida, sulpirida, tiaprida), butirofenonas (droperidol,
aloperidol), outros neurolépticos (pimozida) e outros semelhantes: bepridil, cisaprida, difemanil, eritromicina IV,
mizolastina, vincamina IV: risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular, particularmente torsades de pointes.
Associações desaconselhadas:
- álcool: os efeitos sedativos dos neurolépticos são acentuados pelo álcool. A alteração da vigilância pode se tornar perigosa
na condução de veículos e operação de máquinas. Evitar o uso de bebidas alcoólicas e de medicamentos contendo álcool
em sua composição.
- levodopa: antagonismo recíproco da levodopa e neurolépticos. Nos pacientes parkinsonianos, deve-se utilizar doses
mínimas eficazes de qualquer dos dois medicamentos.
- agonistas dopaminérgicos em parkinsonianos: antagonismo recíproco do agonista dopaminérgico e neurolépticos. O
agonista dopaminérgico pode provocar ou agravar os distúrbios psicóticos. Em caso de necessidade de tratamento com
neuroléptico entre os parkinsonianos tratados com agonistas dopaminérgicos, os últimos devem ser diminuídos
progressivamente até a interrupção (a interrupção abrupta dos dopaminérgicos expõe ao risco da “síndrome maligna dos
neurolépticos”).
- outros medicamentos que podem induzir torsades de pointes (halofantrina, moxifloxacina, pentamidina e esparfloxacina):
risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular, particularmente torsades de pointes. Caso seja possível, deve ser
interrompido o medicamento torsadogênico não anti-infectivo. Caso a associação não possa serevitada, deve ser controlado
previamente o intervalo QT e deve ser monitorizado o eletrocardiograma.
Associações que necessitam de cuidados:
- protetores gastrintestinais de ação tópica (sais, óxidos e hidróxidos de magnésio, de alumínio e de cálcio): diminuição da
absorção gastrintestinal dos neurolépticos fenotiazínicos.
Administrar os medicamentos gastrintestinais de ação tópica e os neurolépticos fenotiazínicos com intervalo (maior de 2
horas, se possível) entre eles.
- medicamentos bradicardizantes (antagonistas de cálcio bradicardizantes: diltiazem, verapamil; betabloqueadores (exceto o
sotalol); clonidina, guanfacina, digitálicos): risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular, particularmente torsades
de pointes. É necessária observação clínica e eletrocardiográfica.
- medicamentos hipopotassemiantes (diuréticos hipopotassemiantes, laxantes estimulantes, anfotericina B pela via IV,
glicocorticoide tetracosactide): risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular, particularmente torsades de pointes. A
observação deve ser clínica, eletrolítica e eletrocardiográfica.
Associações a serem consideradas:
- anti-hipertensivos: aumento do efeito anti-hipertensivo e do risco de hipotensão ortostática (efeito aditivo); pela
guanetidina.
- atropina e outras substâncias atropínicas: antidepressivos imipramínicos, anti-histamínicos H1 anticolinérgicos,
antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida: adição dos efeitos indesejáveis
atropínicos, como retenção urinária, constipação e secura na boca.
- guanetidina: inibição do efeito anti-hipertensivo da guanetidina (inibição da penetração da guanetidina no seu local de
ação, a fibra simpática).
- outros depressores do sistema nervoso central: derivados morfínicos (analgésicos, antitussígenos e tratamentos de
substituição); barbitúricos, benzodiazepínicos; ansiolíticos outros como benzodiazepínicos (carbamatos, captodiame,
etifoxina); hipnóticos; antidepressivos sedativos; anti-histamínicos H1 sedativos; anti-hipertensivos centrais, baclofeno;
talidomida: aumento da depressão central. A alteração do estado de vigília pode se tornar perigosa na condução de veículos
e operação de máquinas.
- metabolismo do citocromo P450 2D6: a levomepromazina e seus metabólitos não hidroxilados são relatados como sendo
inibidores do citocromo P450 2D6. A coadministração de levomepromazina e fármacos que são principalmente
metabolizados pelo sistema enzimático do citocromo P450 2D6 podem resultar no aumento das concentrações plasmáticas
destes fármacos.
Conserve a embalagem fechada, em temperatura ambiente, entre 15º e 30ºC, protegido da luz e umidade.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas:
Comprimidos Revestidos de 25mg: comprimido biconvexo, sem sulco e na cor branca.
Comprimidos Revestidos de 100mg: comprimido biconvexo, sem sulco, com logotipo e na cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos devem ser administrados com líquido, por via oral.
Uso adulto:
Psiquiatria: iniciar com 25 a 50 mg divididos em 2 a 4 administrações nas primeiras 24 horas; nos dias subsequentes,
aumentar a dose de maneira lenta e progressiva até se atingir a dose diária útil (150 a 250 mg); no início do tratamento, o
paciente deverá permanecer deitado por uma hora após a administração de cada dose.
Terapia adjuvante da dor em pacientes terminais: administrar 50 mg, 2 a 5 vezes por dia; aumentar progressivamente a
dose, se necessário, até 300 ou 500 mg; em seguida reduzir progressivamente até uma dose de, em média, 50 a 75 mg por
dia.
Uso em crianças:
Como as doses pediátricas dificilmente podem ser obtidas com a apresentação comprimidos, deve ser utilizada a
apresentação solução oral a 4% para estes pacientes. Não se recomenda o uso de levomepromazina em crianças
menores de 2 (dois) anos de idade.
Não há estudos dos efeitos de levomepromazina administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para
garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Reação muito comum (> 1/10).
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10).
Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100).
Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000).
Reação muito rara (≤ 1/10.000).
Com doses mais baixas:
Distúrbios neurovegetativos:
- Hipotensão ortostática;
- Efeitos anticolinérgicos como secura da boca, constipação e até íleo paralítico (vide Advertências e Precauções),
distúrbios de acomodação visuais e risco de retenção urinária.
Alterações neuropsíquicas:
- Sedação ou sonolência, mais marcante no início do tratamento;
- Indiferença, reações de ansiedade e variação de estado de humor.
Com doses mais elevadas:
- Discinesias precoces (torcicolos espasmódicos, crises oculógiras, trismo);
- Síndrome extrapiramidal:
- acinética, com ou sem hipertonia, e que cedemparcialmente com antiparkinsonianos anticolinérgicos;
- hipercinético-hipertônica, excito-motora;
- acatisia.
- Discinesias tardias, que sobrevêm de tratamentos prolongados. As discinesias tardias às vezes surgemapós a interrupção
do neuroléptico e desaparecem quando da reintrodução ou do aumento da posologia. Os antiparkinsonianos
anticolinérgicos ficam sem ação ou podem provocar piora do quadro.
- Alterações endócrinas e metabólicas:
- hiperprolactinemia: amenorreia, galactorreia, ginecomastia, impotência, frigidez;
- irregularidade no controle térmico;
- ganho de peso;
- hiperglicemia, alteração de tolerância à glicose.
Raramente e dose-dependente:
Distúrbios cardíacos:
- Prolongamento do intervalo QT;
- Casos muito raros de torsades de pointes relatados;
- Houve relatos isolados de morte súbita, compossíveis causas de origemcardíaca (vide Advertências e Precauções), assim
como casos inexplicáveis de morte súbita, em pacientes recebendo neurolépticos fenotiazínicos.
Mais raramente e não dose-dependente:
Alterações cutâneas:
- Reações cutâneas alérgicas;
- Fotossensibilização.
Alterações hematológicas:
- Agranulocitose excepcional: recomenda-se a realização de hemogramas regularmente;
- Leucopenia.
Alterações oftalmológicas:
- Depósitos acastanhados no segmento anterior do olho devido ao acúmulo do medicamento, emgeral semalterar a visão.
Outros problemas observados:
- Positivação dos anticorpos antinucleares semlúpus eritematoso clínico;
- Possibilidade de icterícia colestática;
- Síndrome maligna dos neurolépticos (vide Advertências e Precauções).
- Foram relatados casos muito raros de enterocolite necrosante, a qual pode ser fatal, em pacientes tratados com
levomepromazina. Priapismo também foi relatado muito raramente.
- Casos de tromboembolismo venoso, incluindo casos de embolismo pulmonar, algumas vezes fatal, e casos de trombose
venose profunda foramreportados commedicamentos antipsicóticos (vide Advertências e Precauções).
- Intolerância à glicose, hiperglicemia (vide Populações Especiais).
Distúrbios do sistema nervoso: estado de confusão, delírio e convulsão.
Distúrbios hepatobiliares: lesões hepáticas mistas hepatocelulares e colestáticas.
Distúrbios do metabolismo e da nutrição: Hiponatremia e Síndrome da Secreção Inapropriada do Hormônio Antidiurético
(SIADH).
Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Síndrome parkinsoniana gravíssima, convulsão e coma.
O tratamento sintomático, sob vigilância respiratória e cardíaca contínua (risco de prolongamento do intervalo QT), deverá
ser mantido até a recuperação do paciente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.