Bula do Magnoston produzido pelo laboratorio Blau Farmacêutica S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Blau Farmacêutica S/A.
MAGNOSTON®
Blau Farmacêutica S.A.
Solução Injetável
100 e 500 mg/mL
MODELO DE BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE RDC 47/09
Magnoston®
sulfato de magnésio
APRESENTAÇÕES
Solução injetável contendo sulfato de magnésio a 100 mg/mL ou 500 mg/mL em caixas com 50 ou 100 ampolas de 10 mL.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAMUSCULAR OU INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável de 100 mg/mL contém:
sulfato de magnésio heptaidratado (equivalente à 8,1 mEq de magnésio).......................................................................................................100 mg
água para injetáveis q.s.p. ...................................................................................................................................................................................... 1 mL
Cada mL da solução injetável de 500 mg/mL contém:
sulfato de magnésio heptaidratado (equivalente à 40,5 mEq de magnésio) ................................................................................................... 500 mg
I) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Magnoston® é indicado no tratamento e profilaxia da hipomagnesemia moderada e severa e para o controle imediato das crises convulsivas
causadas por eclampsia.
No controle das convulsões na eclampsia/pré-eclampsia
A eficácia e segurança do sulfato de magnésio parenteral no tratamento das convulsões por eclâmpsia/pré-eclâmpsia estão bem estabelecidas por
mais de seis décadas de uso. Durante todos esses anos, diversos outros agentes anticonvulsivantes foram empregados na busca do
anticonvulsivante ideal para o controle das convulsões eclâmpticas. Dados mais recentes na literatura confirmaram que o sulfato de magnésio é o
anticonvulsivante de escolha na pré-eclâmpsia/eclâmpsia.1,2
Embora o sulfato de magnésio parenteral como agente anticonvulsivante seja utilizado principalmente no controle das convulsões por eclâmpsia e
pré-eclâmpsia, este medicamento mostrou também ser benéfico em pacientes sem depleção de magnésio com síndromes coronarianas agudas,
arritmias, asma aguda e convulsões por hipomagnesemia nas doses terapêuticas recomendadas.3,4
Na terapia de estados de carência de magnésio
Estudos sobre o uso do sulfato de magnésio (IV/IM) demonstraram que as desordens cardiovasculares, neurológicas e metabólicas causadas pela
deficiência de magnésio estão associadas com um aumento na morbidade e mortalidade, porém podem ser rapidamente corrigidas com a terapia
com sulfato de magnésio.4,5
Referências:
1. Sibai BM: Magnesium sulfate is the ideal anticonvulsant in preeclampsia-eclampsia. Am J Obstet Gynecol 1990; 162(5):1141-5;
2. Magpie Trial Collaboration Group. Do women with pre-eclampsia, and their babies, benefit from magnesium sulphate? The Magpie Trial: a
randomized placebo-controlled trial. Lancet 2002; 359(9321):1877-90.
3. Stewart CE: Anticonvulsant medications. Emerg Med Serv 2001; 30(7):56-66
4. Connolly E, Worthley LI: Intravenous magnesium. Crit Care Resusc 1999; 1(2):162-72.
5. Berkelhammer C, Bear RA: A clinical approach to common electrolyte problems: 4. Hypomagnesemia. Can Med Assoc J 1985; 132:360-8.
O magnésio é o segundo cátion intracelular mais abundante, depois do potássio. É essencial para a atividade de muitos sistemas enzimáticos e
desempenha um importante papel na transmissão neuroquímica e na excitabilidade muscular.
A deficiência acentuada de magnésio causa principalmente sintomas neurológicos, tais como irritabilidade muscular e tremores. Embora existam
grandes estoques de magnésio no interior das células e nos ossos de adultos, estes estoques frequentemente não são mobilizados o suficiente para
manter adequadamente os níveis plasmáticos. A terapêutica de reposição com sulfato de magnésio por via parenteral repara o déficit plasmático
do eletrólito e cessa os sintomas de deficiência.
O magnésio previne ou controla as convulsões através do bloqueio da transmissão neuromuscular e pela diminuição da acetilcolina liberada pelo
nervo motor na placa motora terminal.
Os níveis plasmáticos normais de magnésio variam de 1,5 a 2,5 mEq/mL. Quando os níveis plasmáticos de magnésio passam de 4 mEq/mL, os
reflexos dos tendões são primeiramente diminuídos e desaparecem quando os níveis plasmáticos se aproximam de 10 mEq/mL; nesses níveis
plasmáticos mais elevados, pode ocorrer paralisia respiratória e bloqueio cardíaco.
O magnésio também age perifericamente produzindo vasodilatação. Com baixas doses apenas rubor e sudorese ocorrem, porém doses maiores
causam queda da pressão arterial. Os efeitos centrais e periféricos resultantes do envenenamento por magnésio são antagonizados em alguma
extensão pela administração IV de cálcio.
Farmacocinética
Com a administração IV o início da ação anticonvulsivante é imediato e dura cerca de 30 minutos. Seguinte à administração IM, o início de ação
ocorre dentro de cerca de 1 hora e dura de 3 a 4 horas. Níveis plasmáticos adequados para um efeito anticonvulsivante variam de 2,5 a 7,5
mEq/L. O magnésio é excretado somente pelos rins a uma taxa proporcional à concentração plasmática e à filtração glomerular.
O sulfato de magnésio é contraindicado em pacientes com bloqueio e/ou dano cardíaco, em estados de hipermagnesemia e na insuficiência
respiratória grave.
Advertências
O uso parenteral em presença de insuficiência renal pode levar à intoxicação com magnésio.
Blau Farmacêutica S/A.
Uso na gravidez e lactação
Como os estudos realizados em mulheres grávidas não excluem o risco de danos ao feto, o sulfato de magnésio parenteral deve ser utilizado na
gravidez somente se estritamente necessário.
Como o magnésio passa para o leite materno durante a administração parenteral de sulfato de magnésio, o medicamento deve ser utilizado com
precaução em mulheres lactantes.
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
O medicamento deve ser usado com precaução em idosos, gestantes e crianças.
Precauções
Devido à sua exclusiva excreção renal, o sulfato de magnésio deve ser administrado com extrema cautela em pacientes com insuficiência renal.
Níveis plasmáticos de magnésio anormalmente elevados podem causar rubor, sudorese, hipotensão, colapso circulatório e depressão do sistema
nervoso central.
A administração de magnésio pode causar hipermagnesemia fetal e neonatal.
Se houver o uso concomitante de barbitúricos, narcóticos ou outros hipnóticos (ou anestésicos sistêmicos), as doses desses medicamentos devem
ser ajustadas devido aos efeitos depressores aditivos do magnésio sobre o SNC.
Durante todo o período de terapêutica parenteral com sais de magnésio, o paciente deve ser cuidadosamente monitorado. Uma preparação de sais
de cálcio, como o gliconato, deve estar prontamente disponível para administração intravenosa como antídoto em caso de uma possível
Depressores do SNC – Quando barbitúricos, narcóticos ou outros hipnóticos (ou anestésicos sistêmicos), ou outros depressores do SNC são
administrados em conjunção com o magnésio, suas dosagens devem ser ajustadas devido aos efeitos depressores aditivos do magnésio sobre o
SNC.
Agentes de bloqueio neuromuscular – O sulfato de magnésio deve ser administrado com cautela, quando utilizado concomitantemente com
medicamentos bloqueadores musculares (d-tubocurarina, decametônio, succinilcolina), devido ao risco de potencialização da atividade
terapêutica desses medicamentos.
Glicosídeos cardíacos – A administração de sulfato de magnésio em pacientes digitalizados deve ser cautelosa, evitando-se os riscos de
intoxicação pelo magnésio, especialmente devido aos maiores riscos de tratamento da intoxicação de magnésio pelos sais de cálcio nesses
pacientes. Adicionalmente, o uso de sulfato de magnésio, por via parenteral, deve ser cuidadosamente monitorizado, devido ao risco de bloqueio
cardíaco total que pode ocorrer em níveis variáveis de concentrações plasmáticas de magnésio.
Antibióticos – Alguns antibióticos, como a estreptomicina e a tobramicina, podem causar um bloqueio neuromuscular; esse efeito pode ser
potencializado pelo uso concomitante de sulfato de magnésio.
Testes laboratoriais - O sulfato de magnésio, quando administrado por via parenteral, pode alterar a visualização do sistema reticuloendotelial
com enxofre coloidal marcado com “99 mTc”, pois produz um agrupamento das partículas coloidais com o comprometimento da circulação
pulmonar, resultando em imagens com menor resolução das células reticuloendoteliais no fígado, no baço e na medula óssea.
Conserve o medicamento na embalagem original em temperatura ambiente entre 15°C e 30°C.
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas/organolépticas
Magnoston® é uma solução incolor, inodora e isenta de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Magnoston®
é apresentado em ampolas contendo 10 mL de solução incolor, estéril e apirogênica de sulfato de magnésio heptaidratado a 10% ou
50%, para administração parenteral (IM/IV).
a 10% e 50% pode ser administrado através de injeção IV ou IM, diretamente ou diluído em solução apropriada. Para infusão IV,
a 50% deve ser diluído em solução apropriada antes da administração.
Este medicamento deve ser administrado, em ambiente hospitalar, por um profissional de saúde.
Posologia
Uso como anticonvulsivante na eclampsia/pré-eclampsia
Diversos esquemas terapêuticos têm sido adotados para o tratamento da pré-eclâmpsia/eclâmpsia com o sulfato de magnésio. Um deles indica
uma dose de ataque com 4 g de sulfato de magnésio (8 mL de sulfato de magnésio a 50% diluídos em 12 mL de água para injetáveis),
administrado por via intravenosa lenta, em 15 a 20 minutos, e, a seguir, uma dose de manutenção de 2 g de sulfato de magnésio por hora, em
infusão intravenosa (24 mL de sulfato de magnésio a 50% diluídos em 500 mL de soro glicosado a 5%, numa velocidade de 28 gotas/minuto ou
84 mL/hora, em bomba de infusão). A maioria dos estudos recomenda, como dose de manutenção, 1 a 3 gramas de sulfato de magnésio, em
infusão intravenosa.
Nota: 1 g de sulfato de magnésio contém 8 mEq de magnésio.
Outros esquemas terapêuticos são:
Uso Intramuscular: de 1 a 5 g de sulfato de magnésio, em solução de 10% a 50%, 6 vezes ao dia, em cada nádega de forma alternada.
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Infusão intravenosa: 4 g de sulfato de magnésio em 250 mL de glicose a 5% ou cloreto de sódio a 0,9% administrada a uma velocidade que não
ultrapasse 3-4 mL por minuto.
Uso como restaurador de eletrólitos
Deficiência leve
Intramuscular: 1 g de sulfato de magnésio, em solução a 50%, administrado a cada 6 horas em 4 doses diárias.
Deficiência severa
Intramuscular: 250 mg de sulfato de magnésio ou 2 mEq de magnésio por kg de peso corporal/dia.
Infusão intravenosa: 5 g de sulfato de magnésio ou 40 mEq de magnésio em 1 litro de glicose a 5% ou cloreto de sódio a 0,9%, administrados
lentamente por um período de 3 horas.
A prescrição máxima usual para adulto é de 40 g de sulfato de magnésio (320 mEq de magnésio) diários.
Cuidados especiais de manuseio
Deve-se inspecionar visualmente, antes da administração, o conteúdo da ampola quanto à forma física, presença de material particulado,
descoloração ou qualquer alteração no aspecto do medicamento. Não utilize o produto se houver mudança de coloração ou material particulado
presente, ou qualquer outra alteração que possa comprometer a eficácia e a segurança do medicamento.
Os efeitos adversos da administração parenteral de magnésio usualmente são resultantes da intoxicação por magnésio. Estes incluem rubor,
sudorese, hipotensão, bloqueio da transmissão neuromuscular com diminuição dos reflexos, hipotermia, hipotonia, colapso cardíaco, depressão
respiratória e depressão do SNC podendo levar à parada respiratória.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.