Bula do Motilium produzido pelo laboratorio Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
MOTILIUM®
(domperidona)
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
suspensão oral 1 mg/mL
10 mg/comprimido
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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Motilium®
domperidona comprimidos/suspensão oral
Antiemético e Gastrocinético
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 10 mg de domperidona em embalagem contendo 20, 30, 60 e 90 comprimidos.
Suspensão oral de 1 mg/mL de domperidona em frascos contendo 60, 100 e 200 mL.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém 10 mg de domperidona.
Excipientes: amido, amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina, estearato de magnésio, lactose
monoidratada, laurilsulfato de sódio, óleo vegetal hidrogenado e povidona.
Cada mL de suspensão oral contém 1 mg de domperidona.
Excipientes: água purificada, carmelose sódica, celulose microcristalina, metilparabeno, polissorbato
20, propilparabeno, sacarina sódica di-hidratada e sorbitol solução.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
INDICAÇÕES
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
Síndromes dispépticas frequentemente associadas a um retardo de esvaziamento gástrico, refluxo
gastroesofágico e esofagite:
- sensação de empachamento epigástrico, saciedade precoce, distensão abdominal, dor
abdominal alta;
- eructação, flatulência;
- náuseas e vômitos;
- azia, queimação epigástrica com ou sem regurgitação de conteúdo gástrico.
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Náuseas e vômitos de origem funcional, orgânica, infecciosa ou alimentar ou induzidas por
radioterapia ou tratamento medicamentoso (anti-inflamatórios, antineoplásicos). Uma
indicação específica são as náuseas e vômitos induzidos pelos agonistas dopaminérgicos
usados no tratamento da Doença de Parkinson como a L-dopa e bromocriptina.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
De Loose realizou um estudo cruzado duplo-cego, controlado por placebo e comparativo, em 67
pacientes adultos com dispepsia crônica. Os pacientes receberam 10 mg de domperidona em modo
cego, 10 mg de metoclopramida ou de placebo 4 vezes ao dia durante períodos consecutivos de 2
semanas. A domperidona (91% com resultados bons ou excelentes) foi estatística e significativamente
superior à metoclopramida (74% com resultados bons ou excelentes, p < 0,02) e ao placebo (31% com
resultados bons ou excelentes, p < 0,001) na melhora global dos sintomas. Além disso, a domperidona
foi estatística e significativamente superior ao placebo (p ≤ 0,001) para todos os 9 sintomas (eructação,
plenitude após uma refeição pesada, incapacidade de terminar uma refeição normal, distensão
abdominal, queimação epigástrica, azia, regurgitações, náuseas e vômitos) e estatística e
significativamente superior à metoclopramida (0,001 ≤ p ≤ 0,05) para 7 de 9 sintomas, excluindo
eructação e distensão abdominal.
Van de Mierop e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo, em 32
pacientes adultos com dispepsia pós-prandial crônica. Os pacientes foram randomizados para receber
20 mg de domperidona (n = 17) ou placebo (n = 15) 3 vezes ao dia antes das refeições por 4 semanas.
Na avaliação global de eficácia, a domperidona (71% com resultados bons ou excelentes) foi estatística
e significativamente superior ao placebo (13% com resposta boa ou excelente, p < 0,001).
Englert e Schlich conduziram um estudo cruzado de 8 semanas, duplo-cego, controlado por placebo,
em pacientes adultos com dispepsia pós-prandial crônica. Os pacientes (n = 48) receberam 10 mg de
domperidona ou placebo 3 vezes ao dia antes das refeições por 4 semanas, antes de serem transferidos
à outra medicação em estudo por 4 semanas. A domperidona foi estatística e significativamente
superior ao placebo (0,001 < p = 0,026) para o alívio de todos os sintomas (eructação, sensação de
plenitude após as refeições, distensão abdominal, queimação na parte superior do abdômen, azia,
regurgitação ácida, náuseas e vômitos).
De Loore e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo e ativo, em
crianças e lactentes que tiveram vômitos e regurgitação crônicos. Um total de 47 pacientes (3 semanas
a 8 anos de idade) foram randomizados para receber 1 gota/kg de peso corporal 3 vezes por dia antes
das refeições de 0,3 mg/gota de domperidona, 0,3 mg/gota de metoclopramida ou placebo por 2
semanas. A domperidona foi estatística e significativamente superior ao placebo (p < 0,001) e à
metoclopramida (p < 0,05) no controle da náusea e vômitos, após 2 semanas de tratamento.
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Clara realizou um estudo duplo-cego, controlado por placebo em crianças que tiveram regurgitação
excessiva crônica ou vômito verdadeiro. Um total de 32 pacientes (2,5 meses a 10 anos de idade) foram
randomizados para receber 0,3 mg/gota de domperidona ou placebo por 4 semanas. Durante as
primeiras 2 semanas de tratamento, os pacientes receberam 1 gota/kg de peso corporal 3 vezes por dia
antes das refeições; durante as últimas 2 semanas de tratamento, os pacientes receberam 2 gotas/kg de
peso corporal 3 vezes por dia antes das refeições. No final do tratamento, a domperidona foi
estatisticamente superior ao placebo (p < 0,05) em relação ao desaparecimento de náuseas ou ânsia de
vômito, vômitos e regurgitação.
Esseboom e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo e ativo, para
avaliar as náuseas e vômitos tardios em pacientes adultos com câncer de mama metastático ou
carcinoma ovariano avançado que estavam recebendo quimioterapia para câncer altamente
emetogênica. Um total de 60 pacientes (20/grupo) que apresentavam êmese totalmente suprimida no
dia da quimioterapia foram randomizados para receber tratamento em modo cego com 20 mg de
domperidona, 8 mg de ondansetrona, ou placebo 3 vezes por dia durante 5 dias consecutivos após a
quimioterapia. A domperidona (2/20 pacientes sintomáticos) foi estatisticamente superior à
ondansetrona (9/20 pacientes sintomáticos, p < 0,05) e ao placebo (18/20 pacientes sintomáticos, p <
0,001) no alívio de náuseas e vômitos tardios em pacientes que estavam recebendo quimioterapia para
câncer altamente emetogênica.
Quinn e colaboradores realizaram um estudo cruzado, cego, controlado por placebo, em 20 pacientes
com parkinsonismo tratados com bromocriptina. Os pacientes receberam 50 mg de domperidona, ou
placebo 3 vezes por dia antes de cada dose de bromocriptina. Os pacientes foram divididos em dois
grupos: 1) Grupo A (n = 10) recebeu placebo, domperidona, placebo, domperidona, na Fase I, II, III e
IV, respectivamente, e 2) Grupo B (n = 10) recebeu domperidona, placebo, domperidona na Fase I
(sem Fase II), III e IV, respectivamente. Os resultados para os pacientes do Grupo A são os seguintes:
durante a Fase I (placebo), 9 de 10 pacientes apresentaram náuseas ou náuseas e vômitos; durante a
Fase II (domperidona), 7 de 9 pacientes foram protegidos destes eventos gastrintestinais; durante a
Fase III (placebo), 6 de 10 pacientes tiveram náusea; e durante a Fase IV (domperidona), náusea não
foi apresentada pelos pacientes que tiveram este evento durante a Fase III. Os resultados para os
pacientes do Grupo B são os seguintes: durante a Fase I (domperidona), nenhum paciente apresentou
náuseas, e 1 de 10 pacientes apresentou vômitos; durante a Fase III (placebo), 7 de 10 pacientes
tiveram náuseas; durante a Fase IV (domperidona), náusea não foi apresentada pelos pacientes que
tiveram este evento durante a Fase III.
Referências
1. Clara R. Chronic regurgitation and vomiting treated with Domperidone (R 33 812). A
multicenter evaluation. Acta Pediatr Belg. 1979; 32:203-207.
4
2. De Loore I, Van Ravensteyn H, Ameryckx L. Domperidone drops in the symptomatic
treatment of chronic paediatric vomiting and regurgitation. A comparison with
metoclopramide. Postgrad Med J. 1979; 55 (Suppl. 1):40-42.
3. De Loose F. Domperidone in chronic dyspepsia: a pilot open study and a multicentre general
practice crossover comparison with metoclopramide and placebo. Pharmatherapeutica 1979;
2:140-146.
4. Englert W, Schlich D. A double-blind crossover trial of domperidone in chronic postprandial
dyspepsia. Postgrad Med J 1979; 55 (Suppl. 1):28-29.
5. Esseboom EU, Rojer RA, Borm JJJ, Statius van Eps LW. Prophylaxis of delayed nausea and
vomiting after cancer chemotherapy. Netherlands J Med. 1995; 47:12-17.
6. Quinn N, Illas A, Lhermitte F, Agid Y. Bromocriptine and domperidone in the treatment of
Parkinson disease. Neurology. 1981; 31:662-667.
7. Van de Mierop L, Rutgeerts B, Van den Langenbergh, Staessen A. Oral domperidone in
chronic postprandial dyspepsia: A double-blind placebo-controlled evaluation. Digestion 1979;
19:244-250.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Os distúrbios digestivos provocados por uma discinesia esôfago-gastro-duodenal pós-prandial,
correspondem hoje a uma das síndromes mais frequentes que se apresentam na prática clínica. Pelas
suas manifestações funcionais - distensão gástrica, azia, pirose ou mesmo dores epigástricas - esta
síndrome traduz, frequentemente, uma desarmonia motora do esfíncter inferior do esôfago, das
contrações antrais e do ritmo de abertura e fechamento do esfíncter pilórico. Consequentemente à sua
ação antidopaminérgica, Motilium
restaura a harmonia rítmica motora do esôfago, estômago e
duodeno, possibilitando a reorganização da sequência das etapas digestivas. Além disso, a
domperidona possui potente ação antiemética.
Propriedades farmacodinâmicas
Motilium
contém domperidona, um antagonista da dopamina com propriedades antieméticas. A
domperidona não atravessa imediatamente a barreira hematoencefálica. Nos usuários de domperidona,
especialmente em adultos, os efeitos extrapiramidais são muito raros, mas a domperidona estimula a
liberação de prolactina a partir da hipófise. Os seus efeitos antieméticos podem ser devidos a uma
combinação de um efeito periférico (gastrocinético) com o antagonismo dos receptores dopaminérgicos
na zona quimioreceptora de gatilho, que fica fora da barreira hematoencefálica na área postrema.
Estudos em animais e as baixas concentrações encontradas no cérebro indicam um efeito periférico
predominante da domperidona nos receptores dopaminérgicos.
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Estudos em humanos mostram que a domperidona aumenta a pressão esofágica inferior, melhora a
motilidade antroduodenal e acelera o esvaziamento gástrico. Não há qualquer efeito sobre a secreção
gástrica.
Efeito no intervalo QT/QTc e na eletrofisiologia cardíaca
Conforme estabelecido em guias do ICH-E14, foi realizado um estudo completo de intervalo QT em
pacientes saudáveis. Este estudo foi conduzido utilizando as doses supraterapêuticas recomendadas (10
e 20 mg, administrado 4 vezes ao dia) e incluiu um placebo, um comparador ativo e um controle
positivo. Neste estudo observou-se uma diferença máxima do intervalo QTc entre a domperidona e o
placebo em médias dos mínimos quadrados na alteração em relação ao basal de 3,4 mseg para 20 mg
de domperidona administrada 4 vezes ao dia, no Dia 4 e o intervalo de confiança de 90% em
distribuição normal (1,0; 5,9 mseg) não excedeu 10 mseg. O prolongamento no intervalo QT observado
neste estudo quando a domperidona foi administrada de acordo com o esquema posológico
recomendado, não é clinicamente relevante.
Esta falta de relevância clínica é corroborada pela farmacocinética e pelos dados de intervalo QTc a
partir de dois estudos anteriores, os quais envolveram o tratamento de 5 dias com 20 mg e 40 mg de
domperidona, administrada 4 vezes ao dia. Os eletrocardiogramas foram gravados antes do estudo, 1
hora após a dose da manhã (aproximadamente no tmáx) no Dia 5 e 3 dias após.Em ambos estudos, não
foi observada diferença no intervalo QTc entre o tratamento ativo e o placebo. Portanto, foi concluído
que a administração de doses diárias de 80 e 160 mg de domperidona não teve efeito clinicamente
significativo no intervalo QTc de pacientes saudáveis.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Em pacientes em jejum, a domperidona é rapidamente absorvida após administração oral, com
concentrações plasmáticas máximas ocorrendo 60 minutos após administração. Os principais
parâmetros farmacocinéticos após administração de doses únicas ou múltiplas (administradas 4 vezes
ao dia) de comprimidos de 10 mg de domperidona a pacientes saudáveis aumentou proporcionalmente
à dose no intervalo de dose de 10 mg a 20 mg.
Principais parâmetros farmacocinéticos de domperidona após a administração de doses únicas e
múltiplas (administradas 4 vezes ao dia) de comprimidos de 10 mg de domperidona a pacientes
saúdáveis
Parâmetro farmacocinético Doses de 10 mg de domperidona administradas quatro vezes ao
dia
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Média Dia 1 Dia 4
n 40 40
Cmín, ng/mL NA 5,26 (CV: 31,1%)
Cmáx, ng/mL 11,6 (CV: 50,8%) 17,3 (CV: 35,4%)
Tmáx, ha
1,02 (intervalo: 0,52 – 5,02) 1,02 (intervalo: 0,50 – 4,03)
AUC5h, ng.h/mL 20,4 (CV: 34,4%) 47,8 (CV: 30,5%)
a
mediana (intervalo)
AUC: área sob a curva
NA: não aplicável
CV: coeficiente de variação
Fonte: Estudo DOM-DYP-1001
A baixa biodisponibilidade absoluta da domperidona oral (aproximadamente 15%) é devida a um
extensivo metabolismo na primeira passagem pela parede intestinal e fígado. Apesar da
biodisponibilidade da domperidona ser aumentada nos indivíduos normais quando tomada após as
refeições, pacientes com queixas gastrintestinais devem tomar a domperidona 15-30 minutos antes das
refeições. A redução da acidez gástrica perturba a absorção da domperidona. A biodisponibilidade oral
de domperidona é diminuída pela administração prévia e concomitante de cimetidina e bicarbonato de
sódio. O tempo do pico de absorção é ligeiramente retardado e a AUC levemente aumentada quando o
medicamento é tomado por via oral após as refeições.
Distribuição
A ligação a proteínas plasmáticas da domperidona é de 91-93%. Os estudos de distribuição com o
fármaco radiomarcado em animais mostrou uma ampla distribuição tecidual, mas baixas concentrações
no cérebro. Pequenas quantidades do medicamento atravessam a placenta em ratas.
Metabolismo
A domperidona sofre um rápido e extenso metabolismo hepático pela hidroxilação e N-dealquilação.
Experimentos do metabolismo “in vitro” com inibidores diagnósticos revelaram que o CYP3A4 é a
principal forma do citocromo P-450 envolvida na N-dealquilação da domperidona, enquanto que o
CYP3A4, o CYP1A2 e o CYP3E1 estão envolvidos na hidroxilação aromática da domperidona.
Excreção
As excreções urinária e fecal são respectivamente de 31 e 66% da dose oral. A proporção de
medicamento excretado inalterado é pequena (10% da excreção fecal e aproximadamente 1% da
excreção urinária). A meia-vida plasmática após a dose oral única é 7-9 horas em indivíduos saudáveis,
mas é prolongada em pacientes com insuficiência renal severa.
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Insuficiência hepática
Em indivíduos com insuficiência hepática moderada (escore de Pugh 7 a 9 e Child-Pugh B), a AUC e a
Cmáx de domperidona é 2,9 e 1,5 vezes maiores, respectivamente, quando comparadas a indivíduos
saudáveis. A fração não ligada é aumentada em 25% e a meia-vida de eliminação terminal é
prolongada de 15 para 23 horas. Indivíduos com insuficiência hepática leve tem menor exposição
sistêmica do que indivíduos saudáveis, baseando na Cmáx e AUC, sem alteração na ligação às proteínas
plasmáticas ou na meia-vida terminal. Indivíduos com insuficiência hepática severa não foram
estudados.
Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal severa (creatinina sérica > 6 mg/100 mL ou >0,6 mmol/L) a
meia-vida de domperidona aumenta de 7,4 para 20,8 horas, mas os níveis plasmáticos do medicamento
foram inferiores aos de voluntários sadios. Uma pequena quantidade inalterada é excretada pela via
renal (aproximadamente 1%).
Pacientes pediátricos
Com base em dados limitados de farmacocinética, as concentrações plasmáticas de domperidona em
recém-nascidos prematuros foram consistentes com aquelas relatadas em adultos.
Dados pré-clínicos
Em dose alta e tóxica para as ratas mães de 200 mg/kg/dia, foram observados efeitos teratogênicos nos
ratos (anormalidades dos órgãos, tais como anoftalmia, microftalmia e deslocamento da artéria
subclávia). A significância clínica desses achados é desconhecida. Não foi observada teratogenicidade
em camundongos e coelhos.
Estudos eletrofisiológicos “in vitro” e “in vivo” mostraram que a domperidona, em concentrações altas,
pode prolongar o intervalo QTc.
Em ratos juvenis, um nível sem eventos adversos observados de 10 mg/kg foi observado após a
administração de 30 dias de doses intraperitoniais repetidas, uma vez ao dia. Doses únicas
intraperitoniais ou intravenosas mostraram valores de DL50 similares (intervalo médio 53-76 mg/kg)
tanto em ratos juvenis como em adultos.
CONTRAINDICAÇÕES
é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida à domperidona ou a
qualquer um dos excipientes.
não deve ser utilizado sempre que a estimulação da motilidade gástrica possa ser perigosa,
por exemplo, na presença de hemorragia gastrintestinal, obstrução mecânica ou perfuração.
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também é contraindicado em pacientes com tumor hipofisário secretor de prolactina
(prolactinoma).
A administração concomitante de Motilium®
com inibidores potentes do CYP3A4 que demonstraram
causar um prolongamento do intervalo QT, tais como claritromicina, eritromicina, itraconazol,
cetoconazol oral, posaconazol, ritonavir, saquinavir, telitromicina, telaprevir e voriconazol, é
contraindicada.
é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática moderada ou severa.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Efeitos cardíacos
Estudos epidemiológicos mostraram que a domperidona pode estar associada a um risco aumentado de
arritmias ventriculares graves ou morte cardíaca súbita. Esses estudos sugerem que este risco
aumentado pode ser maior em pacientes com mais de 60 anos de idade ou em pacientes tomando doses
orais maiores que 30 mg por dia. Portanto, Motilium
deve ser usado com cautela em pacientes idosos.
Devido ao aumento do risco de arritmia intraventricular, não é recomendado o uso de Motilium
em
pacientes apresentando prolongamento conhecido dos intervalos de condução cardíaca, particularmente
do intervalo QTc, em pacientes com distúrbios eletrolíticos significativos (hipocalemia, hipercalemia,
hipomagnesemia), ou bradicardia, ou em pacientes com doenças cardíacas subjacentes, tais como
insuficiência cardíaca congestiva).
Distúrbios eletrolíticos (hipocalemia, hipercalemia, hipomagnesemia) e bradicardia são condições
conhecidas por aumentarem o risco pró-arrítmico.
O tratamento com Motilium
deve ser interrompido se sinais ou sintomas que podem estar associados
à arritmia cardíaca ocorrerem e os pacientes devem contatar o médico imediatamente.
Potencial para interação medicamentosa
A principal via metabólica da domperidona é através da CYP3A4. Os dados em humanos e “in vitro”
mostram que o uso concomitante de medicamentos que inibem significativamente esta enzima pode
resultar em aumento dos níveis plasmáticos de domperidona. A coadministração de domperidona com
inibidores potentes da CYP3A4, que demonstraram causar prolongamento do intervalo QT, é
contraindicado.
Deve-se ter cautela quando domperidona é coadministrada com inibidores potentes da CYP3A4 que
não demonstraram causar prolongamento do intervalo QT, tais como indinavir, e os pacientes devem
ser monitorados de perto para sinais e sintomas de reações adversas.
Deve-se ter cautela quando domperidona é coadministrada com medicamentos que demonstraram
causar prolongamento do intervalo QT, e os pacientes devem ser monitorados de perto para sinais e
sintomas de reações adversas cardiovasculares. Exemplos incluem:
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Antiarrítmicos classe IA (exemplos: disopiramida, quinidina)
Antiarrítmicos classe III (exemplos: amiodarona, dofetilida, dronedarona, ibutilida, sotalol)
Certos antipsicóticos (exemplos: haloperidol, pimozida, sertindol)
Certos antidepressivos (exemplos: citalopram, escitalopram)
Certos antibióticos (exemplos: levofloxacino, moxifloxacino)
Certos agentes antifúngicos (exemplo: pentamidina)
Certos agentes antimaláricos (exemplo: halofantrina)
Certos medicamentos gastrintestinais (exemplo: dolasetrona)
Certos medicamentos contra câncer (exemplos: toremifeno, vandetanibe)
Outros medicamentos (exemplos: bepridil, metadona)
A listagem anterior é representativa e não exaustiva.
Antiácidos ou agentes antissecretores não devem ser tomados simultaneamente com Motilium
, uma
vez que eles reduzem a biodisponibilidade oral da domperidona. Quando usados concomitantemente,
deve ser tomado antes das refeições e antiácidos ou agentes antissecretores, após as
refeições.
Excipientes
Os comprimidos contêm lactose e podem ser inadequados para pacientes com intolerância à lactose,
galactosemia ou má absorção da glicose e da galactose.
A suspensão oral contém sorbitol e pode ser inadequada para pacientes com intolerância ao sorbitol.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Foram observadas tontura e sonolência com o uso de domperidona. Portanto, pacientes devem ser
aconselhados a não dirigir veículos ou operar máquinas ou se envolver em outras atividades que
necessitam de estado de alerta mental ou coordenação, até que seja estabelecido como Motilium
afeta
esses pacientes.
Gravidez (Categoria C) e lactação
Gravidez
Existem dados pós-comercialização limitados quanto ao uso de domperidona em gestantes. Um estudo
em ratas mostrou toxicidade reprodutiva em uma dose alta, tóxica para a mãe.
O risco potencial em humanos é desconhecido. Portanto, Motilium®
deve ser usado durante a gravidez
apenas quando justificado pelo benefício terapêutico antecipado.
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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Lactação
A quantidade de domperidona que poderia ser ingerida por um lactente através do leite materno é
baixa. A dose máxima relativa para o lactente (em %) é estimada como 0,1% do peso materno ajustado
à dose. Não se sabe se isto é nocivo ao recém-nascido. Por essa razão a amamentação não é
recomendável às mulheres que estão tomando Motilium
.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A principal via metabólica da domperidona é através do CYP3A4. Dados “in vitro” e em humanos
demonstram que o uso concomitante de fármacos que inibem esta enzima de forma significativa pode
resultar em níveis plasmáticos elevados de domperidona.
Quando a domperidona foi coadministrada com inibidores potentes da CYP3A4 que demonstraram
causar prolongamento do intervalo QT, foram observadas alterações clinicamente significativas nos
intervalos QT. Portanto, a coadministração de domperidona com certos medicamentos é
não demonstraram causar prolongamento do intervalo QT ou medicamentos que demonstraram causar
prolongamento do intervalo QT.
A administração concomitante de medicamentos anticolinérgicos (exemplos: dextrometorfano,
difenidramina) pode antagonizar o efeito antidispéptico de Motilium
Teoricamente, como o Motilium
tem um efeito gastrocinético, ele pode influenciar na absorção de
fármacos administrados concomitantemente por via oral, particularmente aqueles com liberação
prolongada ou formulações com comprimidos de liberação entérica. Contudo, em pacientes já
estabilizados num tratamento com digoxina ou paracetamol, o uso simultâneo da domperidona não
influencia os níveis sanguíneos destes medicamentos.
pode também ser administrado com:
- neurolépticos, pois a ação deles não é potencializada.
- agonistas dopaminérgicos (bromocriptina, L-dopa), cujos efeitos periféricos indesejáveis,
como distúrbios digestivos, náuseas e vômitos, são suprimidos sem neutralização das suas
propriedades centrais.
Interação com alimentos
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É recomendado o uso de Motilium
antes das refeições. Se ele for tomado após as refeições, a
absorção do medicamento será retardada.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
comprimidos deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido
da luz e umidade.
suspensão deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido da
luz.
comprimidos tem validade de 60 meses a partir da data de sua fabricação.
suspensão tem validade de 36 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico
comprimidos são de cor branca ou levemente bege, circulares, de faces planas e bordas
chanfradas, separadas por vinco diametral em uma das faces e a outra face lisa.
suspensão é um líquido branco e homogêneo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
- Síndromes dispépticas
Adultos e adolescentes ≥ 12 anos de idade e com peso a ≥ 35 kg, e crianças com peso ≥ 35 kg:
A dose de Motilium
deve ser a menor dose eficaz para a situação individual (tipicamente 30
mg/dia) e pode ser aumentada, se necessário, a uma dose diária oral máxima de 40 mg.
Geralmente, a duração máxima de tratamento não deve exceder uma semana para o tratamento de
náusea aguda e vômito. Se a náusea ou o vômito persistirem por mais de uma semana, o paciente
deverá consultar seu médico.
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Para as outras indicações, a duração inicial do tratamento é de até quatro semanas. Se o tratamento
exceder quatro semanas, os pacientes e a necessidade de continuação do tratamento devem ser
reavaliados.
10 mg (1 comprimido ou 10 mL da suspensão) 3 vezes ao dia, 15 a 30 minutos antes das
refeições e, se necessário, 10 mg ao deitar, respeitando a dose diária máxima de 40 mg (4
comprimidos de 10 mg ou 40 mL de suspensão oral).
Lactentes e crianças < 12 anos de idade com peso < 35 kg, e adultos e adolescentes com peso <
35 kg:
deve ser a menor dose eficaz. A dose diária total é dependente do peso
corpóreo. Como as funções metabólicas e a barreira hematoencefálica não são completamente
desenvolvidas nos primeiros meses de vida, o risco de efeitos colaterais neurológicos é maior em
crianças pequenas. A superdose pode causar distúrbios do sistema nervoso em crianças. A dose deve
ser determinada com precisão com base no peso corpóreo e não deve exceder a dose máxima diária
individual recomendada em recém-nascidos, lactentes e crianças.
náusea aguda e vômito. Para as outras indicações, a duração inicial do tratamento é de até quatro
semanas. Se o tratamento exceder quatro semanas, os pacientes e a necessidade de continuação do
tratamento devem ser reavaliados.
Os comprimidos de Motilium®
são inadequados para o uso em crianças, adultos e adolescentes com
menos de 35 kg.
2,5 mL da suspensão oral para cada 10 quilos de peso corporal (0,25 mL/kg), administrados 3
vezes ao dia, cerca de 15 a 30 minutos antes das refeições e, se necessário, uma dose ao deitar,
respeitando a dose diária máxima de 1,0 mg/kg [não exceder a dose diária máxima de 35 mg
(35 mL)].
- Náuseas e vômitos
Adultos e adolescentes ≥ 12 anos e com peso ≥ 35 kg e crianças com peso ≥ 35 kg:
deve ser a menor dose eficaz para a situação individual (tipicamente 30mg/dia)
e pode ser aumentada, se necessário, até uma dose diária oral máxima de 40mg. A duração inicial do
tratamento é de até quatro semanas. Se o tratamento exceder quatro semanas, os pacientes e a
necessidade de continuação do tratamento devem ser reavaliados.
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deve ser a menor dose eficaz. A dose diária total é dependente do peso. Como
as funções metabólicas e a barreira hematoencefálica não são completamente desenvolvidas nos
primeiros meses de vida, o risco de efeitos colaterais neurológicos é maior em crianças. A
superdosagem pode causar distúrbios do sistema nervoso em crianças. A dose deve ser determinada
com precisão e não exceder a dose máxima diária individual recomendada em recém-nascidos,
lactentes e crianças pequenas. A duração inicial do tratamento é de até quatro semanas. Se o
tratamento exceder quatro semanas, os pacientes e a necessidade de continuação do tratamento
devem ser reavaliados.
Observações:
- É recomendado o uso de Motilium
- Os comprimidos não devem ser administrados em crianças com peso inferior a 35 kg.
Como a meia-vida de eliminação de domperidona é prolongada nos pacientes com insuficiência renal
grave (creatinina sérica > 6 mg/100 mL, ou seja, > 0,6 mmol/L), a frequência da administração de
deve ser reduzida para 1 ou 2 vezes ao dia, dependendo da severidade do distúrbio, e pode
ser necessário reduzir a dose. Pacientes com insuficiência renal grave devem ser avaliados
regularmente.
é contraindicado para pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh 7 a 9) ou
grave (Child-Pugh > 9). Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática leve
(Child-Pugh 5 a 6).
REAÇÕES ADVERSAS
Reações adversas são eventos adversos que são considerados como razoavelmente associados ao uso
de domperidona, com base na avaliação abrangente das informações disponíveis sobre eventos
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adversos. A relação causal com domperidona não pode ser estabelecida de forma confiável a partir de
casos individuais. Adicionalmente, como os estudos clínicos são conduzidos sob condições
amplamente variáveis, taxas de reações adversas observadas em estudos clínicos do medicamento não
podem ser diretamente comparadas às taxas em estudos clínicos de outros medicamentos e podem não
refletir as taxas observadas na prática clínica.
Dados de estudos clínicos
A segurança de Motilium®
foi avaliada em 1.221 pacientes com gastroparesia, dispepsia, doença do
refluxo gatroesofágico (DRGE), ou outra condição relacionada em 45 estudos clínicos incluídos na
base de dados de segurança. Todos os pacientes tinham 15 anos ou mais e receberam ao menos uma
dose oral de domperidona. Um pouco menos da metade dos pacientes (553/1.221) eram diabéticos. A
dose mediana diária total foi de 80 mg (faixa de 10 a 160 mg), sendo que 230 pacientes receberam uma
dose maior que a de 80 mg. A mediana da duração de exposição foi de 56 dias (faixa de 1 a 2.248
dias).
As reações adversas relatadas por 1% ou mais dos pacientes tratados com domperidona nesses 45
estudos clínicos são apresentadas na Tabela 1 a seguir.
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Tabela 1. Reações adversas relatadas por ≥ 1% de pacientes
tratados com domperidona em 45 estudos clínicos.
Sistema/Classe de Órgão
Reação Adversa
domperidona
(n=1221)
%
Distúrbios psiquiátricos
Depressão 2,5
Ansiedade 1,6
Diminuição da libido/perda da libido 1,5
Distúrbios do sistema nervoso
Cefaleia 5,6
Sonolência 2,5
Acatisia 1,0
Distúrbios gastrintestinais
Diarreia 5,2
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Erupção cutânea 2,8
Prurido 1,7
Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas
Aumento das mamas/ginecomastia 5,3
Sensibilidade das mamas ao toque 4,4
Galactorreia 3,3
Amenorreia 2,9
Dor nas mamas 2,3
Menstruação irregular 2,0
Distúrbios da lactação 1,6
Distúrbios gerais e condições no local da
administração
Astenia 1,9
As reações adversas ocorridas em <1% de pacientes tratados com domperidona em 45 estudos clínicos
(n=1.221) estão listadas a seguir na Tabela 2.
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Tabela 2. Reações adversas relatadas por < 1% de pacientes tratados
com domperidona em 45 estudos clínicos.
Distúrbios do sistema imunológico
Hipersensibilidade 0,2
Urticária 0,7
Descarga mamilar
Inchaço das mamas
0,8
0,5
Experiência pós-comercialização
Adicionalmente às reações adversas relatadas durante os estudos clínicos e listadas previamente, as
seguintes reações adversas também foram relatadas durante a experiência de pós-comercialização
(frequência baseada nas taxas de relatos espontâneos).
Reação muito rara (< 1/10.000):
- Distúrbios do sistema imunológico: reação anafilática (incluindo choque anafilático);
- Distúrbios psiquiátricos: agitação, nervosismo;
- Distúrbios do sistema nervoso: tontura, distúrbios extrapiramidais, convulsão;
- Distúrbios cardíacos: morte cardíaca súbita*, arritmia ventricular grave*;
- Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: angioedema;
- Distúrbios renal e urinário: retenção urinária;
- Investigação: testes da função hepatica anormais, aumento da prolactina no sangue.
*Baseado em dados epidemiológicos.
População pediátrica
Durante a experiência de pós-comercialização, não houve diferenças entre o perfil de segurança de
adultos e crianças, com exceção de distúrbios extrapiramidais que ocorrem principalmente em neonatos
e lactentes (até um ano de idade) e outros eventos adversos relacionados ao sistema nervoso central,
como convulsão e agitação, que foram relatados principalmente em lactentes e crianças.
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Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Superdose tem sido relatada principalmente em lactentes e crianças.
Sinais e sintomas
Os sintomas da superdose podem incluir agitação, alteração da consciência, convulsão, desorientação,
sonolência e reações extrapiramidais.
Tratamento
Não existe nenhum antídoto específico contra a domperidona, mas no caso de uma grande
superdosagem, uma lavagem gástrica dentro de uma hora de ingestão, assim como a administração de
carvão ativado, podem ser úteis.
Supervisão médica e medidas de suporte são recomendadas. Medicamentos anticolinérgicos ou
antiparkinsonianos podem ser úteis no controle das reações extrapiramidais.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.