Bula do Mycamine produzido pelo laboratorio Astellas Farma Brasil Importação e Distribuição de Medicamentos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
MYCAMINE
®
(micafungina sódica)
Astellas Farma Brasil Importação e Distribuição de Medicamentos
Ltda.
Pó Liófilo Injetável para Infusão Intravenosa
50 mg e 100 mg
PROFISSIONAL
MYCAMINE Profissional
MYCAMINE - Bula Profissional
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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
MYCAMINE®
APRESENTAÇÕES
MYCAMINE é um pó liófilo injetável, para infusão intravenosa, e está disponível em:
MYCAMINE 50 mg: Cartuchos contendo 01 frasco-ampola de uso único com tampa azul.
MYCAMINE 100 mg: Cartuchos contendo 01 frasco-ampola de uso único com tampa vermelha.
SOMENTE PARA USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Ingrediente ativo: micafungina sódica.
Excipientes: lactose monoidratada, ácido cítrico e/ou hidróxido de sódio (usado para ajuste de pH).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
MYCAMINE é indicado para:
Adultos ≥ 16 anos de idade e idosos:
- Tratamento de candidíase invasiva.
- Tratamento de candidíase esofágica.
- Profilaxia de infecção por Candida em pacientes submetidos a transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas ou pacientes nos quais
neutropenia é esperada (contagem absoluta de neutrófilos < 500 células / µL) por dez ou mais dias.
Crianças e adolescentes < 16 anos de idade:
- Profilaxia de infecção por Candida em pacientes submetidos a transplante alogênico de células- tronco hematopoiéticas ou pacientes nos quais
Tratamento de Candidemia e Candidíase Invasiva
A micafungina (100 mg/dia ou 2 mg/kg/dia) foi tão eficaz quanto e melhor tolerada do que a anfotericina B lipossomal (3 mg/kg) como tratamento
de primeira linha da candidemia e candidíase invasiva em um estudo randomizado, duplo-cego, multinacional de não-inferioridade. A micafungina
e a anfotericina B lipossomal foram administradas durante um período mediano de 15 dias (intervalo, 4 a 42 dias em adultos; 12 a 42 dias em
crianças).
A não-inferioridade foi provada em pacientes adultos, e foram demonstrados resultados similares para as subpopulações pediátricas (incluindo
neonatos e bebês prematuros). Os achados de eficácia foram consistentes, independentemente da espécie de Candida causadora da infecção, do local
primário da infecção e do estado de neutropenia (ver Tabela 1). A micafungina demonstrou uma menor diminuição média no pico da taxa de filtração
glomerular estimada durante o tratamento (p < 0,001) e uma menor incidência de reações relacionadas com a infusão (p = 0,001) do que a
anfotericina B lipossomal.
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Tabela 1: Análise de Eficácia: Sucesso do Tratamento em Pacientes com Candidemia e outras Infecções por Candida no Estudo FG-463-21-
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Micafungina Anfotericina B Lipossomal % Diferença
[95% IC]
N n (%) N n (%)
Pacientes Adultos
Sucesso Global do Tratamento 202 181 (89,6) 190 170 (89,5) 0,1 [-5,9, 6,1] †
Sucesso Global do Tratamento por Estado Neutropênico
Neutropenia basal 24 18 (75,0) 15 12 (80,0) 0,7 [-5,3, 6,7] ‡
Sem neutropenia basal 178 163 (91,6) 175 158 (90,3)
Pacientes Pediátricos
Sucesso Global do Tratamento 48 35 (72,9) 50 38 (76,0) -2,7 [-17,3, 11,9] §
< 2 anos 26 21 (80,8) 31 24 (77,4)
Bebês prematuros 10 7 (70,0) 9 6 (66,7)
Neonatos (0 dias a < 4 semanas) 7 7 (100) 5 4 (80)
2 a 15 anos 22 14 (63,6) 19 14 (73,7)
Adultos e Crianças Combinados, Sucesso Global do Tratamento por Espécies de Candida
Candida albicans 102 91 (89,2) 98 89 (90,8)
Espécies não-albicans ¶
: todas 151 133 (88,1) 140 123 (87,9)
C. tropicalis 59 54 (91,5) 51 49 (96,1)
C. parapsilosis 48 41 (85,4) 44 35 (79,5)
C. glabrata 23 19 (82,6) 17 14 (82,4)
C. krusei 9 8 (88,9) 7 6 (85,7)
† Taxa de micafungina menos a taxa de anfotericina B lipossomal, intervalo de confiança bicaudal de 95 % para a diferença na taxa de sucesso
global, baseada na aproximação normal de grandes amostras.
‡ Ajustado para o estado de neutropenia; objetivo primário.
§ A população pediátrica não foi dimensionada de forma a testar a não-inferioridade.
¶
A eficácia cínica também foi observada (< 5 pacientes) nas seguintes espécies de Candida: C. guilliermondii, C. famata, C. lusitaniae, C. utilis, C.
inconspicua e C. dubliniensis.
Em um segundo grande estudo duplo-cego, fase 3, MYCAMINE foi avaliado versus caspofungina em pacientes com candidíase invasiva e
candidemia.
Neste estudo, 111/578 (19,2 %) dos pacientes tiveram pontuação APACHE II basal >20, e 50/578 (8,7%) apresentavam neutropenia na avaliação
basal (contagem absoluta de neutrófilos menor que 500 células/mm3
). Resultados, dados de recidiva e mortalidade são mostrados para a dose
recomendada de MYCAMINE (100 mg/dia) e caspofungina na Tabela 2.
3
Tabela 2: Análise de Eficácia: Sucesso do Tratamento em Pacientes no Estudo 03-0-192 com Candidemia e outras Infecções por Candida
MYCAMINE 100 mg/dia
n (%)
% diferença no tratamento
(95%IC)
Caspofungina 70/50 mg/dia1
Sucesso no Tratamento ao Final da Terapia
IV2
135/191 (70,7)
7,4
(-2,0, 16,3)
119/188 (63,3)
Sucesso em Pacientes com Neutropenia basal 14/22 (63,6) 5/11 (45,5)
Sucesso pelo Local da Infecção
Candidemia 116/163 (71,2) 103/161 (64)
Abscesso 4/5 (80) 5/9 (55,6)
Disseminada Aguda3
6/13 (46,2) 5/9 (55,6)
Endoftalmite 1/3 1/1
Coriorretinite 0/3 0
Pele 1/1 0
Rim 2/2 1/1
Pâncreas 1/1 0
Peritônio 1/1 0
Pulmão/Pele 0/1 0
Pulmão/Baço 0/1 0
Fígado 0 0/2
Abscesso Intra-abdominal 0 3/5
Disseminada Crônica 0/1 0
Peritonite 4/6 (66,7) 2/5 (40)
Sucesso por Organismo4
C. albicans 57/81 (70,4) 45/73 (61,6)
C. glabrata 16/23 (69,6) 19/31 (61,3)
C. tropicalis 17/27 (63) 22/29 (75,9)
C. parapsilosis 21/28 (75) 22/39 (56,4)
C. krusei 5/8 (62,5) 2/3 (66,7)
C. guilliermondii 1/2 0/1
C. lusitaniae 2/3 (66,7) 2/2
Recidiva em seis Semanas5
Geral 49/135 (36,3) 44/119 (37)
Recidiva confirmada por Cultura 5 4
Necessitaram terapia antifúngica sistêmica 11 5
Morreram durante acompanhamento 17 16
Não acessado 16 19
Mortalidade geral no estudo 58/200 (29) 51/193 (26,4)
Mortalidade durante a terapia IV 28/200 (14) 27/193 (14)
1
70 mg de dose de ataque no dia 1 seguido por 50 mg/dia daí em diante (caspofungina).
Todos os pacientes que receberam pelo menos uma dose da medicação do estudo e tiveram candidíase invasiva ou candidemia documentada.
Pacientes com endocardite por Candida foram excluídos das análises.
Um paciente pode ter tido >1 órgão de disseminação.
4
Um paciente pode ter tido >1 espécie de infecção no momento basal.
5
Todos os pacientes que tiveram recidiva confirmada por cultura ou terapia antifúngica sistêmica requerida no período pós-tratamento de uma
infecção por Candida suspeita ou provada. Também inclui pacientes que morreram ou não foram analisados no acompanhamento.
Tratamento de Candidíase Esofágica
Num estudo randomizado, duplo-cego, que comparou a micafungina com o fluconazol, como tratamento de primeira linha de candidíase esofágica,
518 pacientes receberam pelo menos uma dose do medicamento em estudo. A duração mediana do tratamento foi de 14 dias e a média da dose diária
mediana foi de 150 mg para a micafungina (N = 260) e 200 mg para o fluconazol (N = 258). No fim do tratamento foi observado um grau
endoscópico de 0 (cura endoscópica) em 87,7% (228/260) e 88,0% (227/258) dos pacientes nos grupos da micafungina e do fluconazol,
respectivamente (IC 95% para a diferença: [-5,9%; 5,3%]). O limite inferior do IC 95% foi acima da margem de não-inferioridade predefinida de -
10%, provando a não-inferioridade. A natureza e a incidência das reações adversas foram similares entre os grupos de tratamento.
Profilaxia de Infecções de Candida em Receptores de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas
A micafungina foi mais eficaz do que o fluconazol na prevenção de infecções fúngicas invasivas em uma população de pacientes com elevado risco
de desenvolver uma infecção fúngica sistêmica (pacientes submetidos a transplante hematopoiético de células-tronco [HSCT], em um estudo
randomizado, duplo-cego e multicêntrico). O sucesso do tratamento foi definido como a ausência de infecção fúngica sistêmica comprovada,
provável ou suspeita até o final do tratamento e ausência de uma infecção fúngica sistêmica comprovada ou provável até o fim do estudo. A maioria
dos pacientes (97%, N = 882) desenvolveu neutropenia (< 200 neutrófilos/μL) durante o tratamento. A neutropenia persistiu por um período
mediano de 13 dias. Foi utilizada uma dose diária fixa de 50 mg (1,0 mg/kg) para a micafungina e de 400 mg (8 mg/kg) para o fluconazol. A
duração média do tratamento foi de 19 dias para a micafungina e de 18 dias para o fluconazol na população adulta (N = 798), e de 23 dias para
ambos os grupos de tratamento na população pediátrica (N = 84).
A taxa de sucesso do tratamento foi estatisticamente significante e superior para micafungina comparada ao fluconazol (80,7% versus 73,7%
respectivamente). O surgimento de infecções por Aspergillus foi observado em um versus sete pacientes e o surgimento de infecções comprovadas
ou prováveis por Candida foi observado em quatro versus dois pacientes, nos grupos da micafungina e do fluconazol, respectivamente. As outras
infecções que surgiram foram causadas por Fusarium (um e dois pacientes, respectivamente) e Zygomycetes (um e zero pacientes, respectivamente).
A natureza e a incidência das reações adversas foram similares entre os dois grupos de tratamento.
Farmacocinética
Absorção
Micafungina é um medicamento administrado intravenosamente.
A farmacocinética foi linear em uma faixa de dose diária de 12,5 mg a 200 mg e 3 mg/kg a 8 mg/kg. Não há evidência de acumulação sistêmica
com administração repetida, e o estado de equilíbrio é geralmente atingido dentro de quatro a cinco dias.
Distribuição
Após administração intravenosa as concentrações de micafungina mostram um declínio biexponencial.
A droga é rapidamente distribuída para os tecidos.
Na circulação sistêmica, micafungina é altamente ligada às proteínas plasmáticas (> 99%), primariamente a albumina. A ligação à albumina é
independente da concentração de micafungina (10 - 100 µg/mL).
O volume de distribuição no estado de equilíbrio (Vss) foi de aproximadamente 18 - 19 litros.
Metabolismo
Micafungina não metabolizada é o principal composto encontrado na circulação sistêmica. Micafungina mostrou ser metabolizada em vários
compostos; destes M-1 (forma catecol), M-2 (forma metóxi do M-1) e M-5 (hidroxilação da cadeia lateral) da micafungina foram detectados na
circulação sistêmica. A exposição a esses metabólitos é baixa e os metabólitos não contribuem para a eficácia geral da micafungina.
Embora a micafungina seja um substrato para CYP3A in vitro, a hidroxilação pelo CYP3A não é uma via principal para o metabolismo da
micafungina in vivo.
Eliminação e excreção
A meia-vida terminal média é aproximadamente 10-17 horas e mantém consistência com doses de até 8 mg/kg, após dose única ou repetida. O
clearance total foi 0,15- 0,3 mL/min/kg em indivíduos sadios e pacientes adultos e é independente da dose após administração única ou repetida.
Após uma dose única intravenosa de 14
C-micafungina (25 mg) a voluntários sadios, 11,6% da radioatividade foi recuperada na urina e 71,0% nas
fezes após 28 dias. Esses dados indicam que a eliminação da micafungina é primariamente não-renal. No plasma, os metabólitos M-1 e M-2 foram
detectados somente em traços de concentração e o metabólito M-5, o metabólito mais abundante, respondeu por 6,5% do total relativo ao composto
de origem.
Populações Especiais
Pacientes pediátricos: Em pacientes pediátricos os valores de AUC foram proporcionais à dose em uma faixa de variação de 0,5 - 4 mg/kg. O
clearance foi influenciado pela idade, com valores médios de clearance em crianças mais jovens (2-11 anos) sendo aproximadamente 1,3 vezes
maior que aqueles em crianças mais velhas (12-17 anos). Crianças mais velhas tiveram valores médios de clearance similares àqueles determinados
em pacientes adultos. O clearance médio em crianças prematuras (idade gestacional aproximadamente de 26 semanas) foi aproximadamente cinco
vezes maior que em adultos.
Idosos: Quando administrado como uma infusão única de uma hora de 50 mg, a farmacocinética da micafungina em idosos (66-78 anos) foi similar
àquela de indivíduos jovens (20-24 anos). Nenhum ajuste de dose é necessário em idosos.
Pacientes com insuficiência hepática: Em um estudo realizado em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh escala 7 9), (n=8),
a farmacocinética da micafungina não diferiu significantemente daquela em indivíduos sadios (n=8). Portanto, nenhum ajuste de dose é necessário
para pacientes com insuficiência hepática leve a moderada.. A infusão única de uma hora de 100 mg de MYCAMINE foi aplicada a 8 pacientes com
insuficiência hepática grave (Child-Pugh 10-12) e 8 pacientes com idade, sexo, temas étnicos e peso equivalentes que tinham função hepática
normal. Os valores de Cmáx e AUC de micafungina foram menores em aproximadamente 30% em indivíduos com insuficiência hepática grave, em
comparação com indivíduos normais. Os valores de Cmáx e AUC do metabólito M5 foram de aproximadamente 2,3 vezes maior em indivíduos com
insuficiência hepática grave, em comparação com os indivíduos normais; no entanto, esta exposição (molécula original e metabólito) foi comparável
às de pacientes com infecção sistêmica por Candida. Portanto, nenhum ajuste da dose micafungina é necessário em pacientes com insuficiência
hepática grave.
Pacientes com insuficiência renal: Insuficiência renal grave (Taxa de Filtração Glomerular [GFR] < 30 mL/min) não afetou significantemente a
farmacocinética da micafungina. Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com insuficiência renal.
Sexo/Raça: Sexo e raça (Caucasiana, Negra e Oriental) não influenciaram significantemente os parâmetros farmacocinéticos da micafungina. Não é
necessário ajuste de dose da micafungina baseado no sexo ou raça.
Farmacodinâmica
Mecanismo de Ação
Micafungina inibe de forma não competitiva a biossíntese do 1,3-β-D-glucano, que é um componente essencial da parede celular dos fungos, que
não está presente nas células de mamíferos.
Micafungina exibe atividade fungicida contra a maioria das espécies de Candida e proeminentemente inibe ativamente o crescimento das hifas de
espécies de Aspergillus.
Relação Farmacocinética/Farmacodinâmica
Uma interação farmacodinâmica aditiva ou sinérgica da micafungina com anfotericina B foi encontrada em um modelo de aspergilose pulmonar no
camundongo (imunossupressão com hidrocortisona, infecção intranasal com Aspergillus fumigatus).
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Mecanismo(s) de resistência
Como para todos os agentes antimicrobianos, casos de suscetibilidade reduzida e resistência foram relatados e resistência cruzada com outras
equinocandinas não pode ser excluída. Suscetibilidade reduzida às equinocandinas foi associada com mutações na codificação do gene Fks1 para
uma subunidade principal da glucano sintase.
Pontos de corte
Testes de suscetibilidade foram realizados com modificações de acordo com os métodos M27 - A2 (espécies de Candida) e M38 - A (espécies de
Aspergillus), respectivamente, do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Até o momento, não foram estabelecidas técnicas
padronizadas para teste de susceptibilidade para inibidores da síntese do 1,3-β-D-glucano e os resultados do teste de susceptibilidade não
necessariamente se correlacionam com o resultado clínico.
Embora não tenham sido estabelecidos pontos de corte de CMI (concentração mínima inibitória) para equinocandinas, uma CMI de < 2 mg/L inclui >
99% de todos os isolados clínicos de Candida spp. sem bisseccionar nenhum grupo de espécies e representa uma concentração que é facilmente
mantida ao longo do intervalo de dose. Infecções devido a Candida spp. nessa faixa de CMI provavelmente responderão à terapia.
A prevalência de resistência pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas, e informação local sobre a resistência é
desejável, particularmente quando se estiver tratando infecções graves.
Espécies comumente suscetíveis [faixas de CMI na Europa, mg/L]
Candida albicans [0,007 – 0,25]
Candida glabrata [0,007 – 0,12]
Candida tropicalis [0,007 – 0,12]
Candida krusei [0,015 – 0,12]
Candida kefyr [0,03 – 0,06]
Candida parapsilosis [0,12 - 2]
Candida guilliermondii [0,5]
Candida lusitaniae [0,12 – 0,25]
Candida spp. [0,015 – 0,5]
(incluindo C. famata, C. dubliniensis, C. lipolytica, C. pelliculosa, C. rugosa, C. stellatoidea e C.
zeylanoides)
Aspergillus fumigatus
Aspergillus flavus
Aspergillus niger
Aspergillus terreus
Aspergillus nidulans
Aspergillus versicolor
A forma micelial de fungos dimórficos (p. ex. Histoplasma capsulatum, Blastomyces dermatitidis,
Coccidioides immitis)
Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema
Nenhuma
Organismos inerentemente resistentes
Cryptococcus spp.
Pseudallescheria spp.
Scedosporium spp.
Fusarium spp.
Trichosporon spp.
Zygomycetes spp.
MYCAMINE é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à micafungina, a qualquer componente deste produto, ou outra
substância do grupo das equinocandinas.
Geral
Reações de Hipersensibilidade
Casos isolados de reações de hipersensibilidade (anafilática e anafilactoide) grave (incluindo choque) foram relatados em pacientes recebendo
MYCAMINE. Se essas reações ocorrerem, a infusão de MYCAMINE deve ser descontinuada e tratamento apropriado deve ser administrado.
Efeitos Hematológicos
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Hemólise intravascular aguda e hemoglobinúria foram vistas em um voluntário sadio durante uma infusão de MYCAMINE (200 mg) e
prednisolona oral (20 mg). Esta reação foi transitória, e o indivíduo não desenvolveu anemia significativa. Casos isolados de hemólise significante e
anemia hemolítica também foram relatados em pacientes tratados com MYCAMINE. Pacientes que desenvolverem evidência clínica ou
laboratorial de hemólise ou anemia hemolítica durante a terapia com MYCAMINE devem ser monitorados de perto para evidência de piora dessas
condições e avaliado o risco/benefício de continuar a terapia com MYCAMINE.
Efeitos Hepáticos
Anormalidades laboratoriais de testes de função hepática foram vistas em voluntários sadios e pacientes tratados com MYCAMINE. Em alguns
pacientes com condições graves pré-existentes que estavam recebendo MYCAMINE junto com múltiplas medicações concomitantes, ocorreram
anormalidades hepáticas clínicas, e casos isolados de disfunção hepática significantes como hepatite e insuficiência hepática foram relatados.
Pacientes que desenvolvam testes de função hepática anormais durante a terapia com MYCAMINE devem ser monitorados para a evidência de
piora da função hepática e avaliado o risco/benefício de continuar a terapia com MYCAMINE. A função hepática deve ser monitorizada durante o
tratamento com MYCAMINE. Recomenda-se a descontinuação precoce no caso de uma subida significativa e persistente dos níveis de AST e
ALT.
Efeitos Renais
Elevações no BUN (nitrogênio ureico no sangue) e creatinina, e casos isolados de disfunção renal significante ou insuficiência renal aguda foram
relatados em pacientes que receberam MYCAMINE. Em estudos clínicos controlados com fluconazol, a incidência de eventos adversos renais
relacionados à droga foi de 0,4% para pacientes tratados com MYCAMINE e 0,5% para pacientes tratados com fluconazol. Pacientes que
desenvolvam testes de função renal anormais durante a terapia com MYCAMINE devem ser monitorados para a evidência de piora da função
renal.
Populações Especiais
Gravidez-Categoria C: Não há estudos adequados e bem-controlados de micafungina em mulheres grávidas. Estudos de reprodução animal em
coelhos mostraram anormalidades viscerais e aumento de abortos com quatro vezes a dose recomendada humana. Entretanto, estudos animais nem
sempre são preditivos da resposta humana. Micafungina deve ser usada durante a gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco
potencial para o feto.
Quando coelhas prenhes receberam quatro vezes a dose humana recomendada, houve aumento dos abortos e anormalidades viscerais incluindo
lobação anormal do pulmão, levocardia, ureter retrocavo, artéria subclávia direita anômala e dilatação do ureter.
Uso durante a gestação: Os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas. A
prescrição deste medicamento depende da avaliação do risco/benefício para a paciente.
Mães Amamentando: Não se sabe se a micafungina é excretada no leite humano. Deve-se ter cuidado quando MYCAMINE é administrado a
mulheres amamentando.
O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação do risco/benefício. Quando utilizado, pode ser necessária
monitorização clínica e/ou laboratorial do lactente.
Carcinogênese, Mutagênese, Danos à Fertilidade
Carcinomas hepáticos e adenomas foram observados em um estudo de toxicologia intravenosa de seis meses com um período de recuperação de 18
meses de micafungina sódica em ratos, planejado para avaliar a reversibilidade de lesões hepatocelulares.
Ratos que receberam micafungina sódica por três meses, a 32 mg/kg/dia (correspondendo a oito vezes a dose humana recomendada mais alta [150
mg/dia], baseado em comparações de AUC), exibiram zonas/regiões coloridas, hepatócitos multinucleados e focos hepatocelulares alterados após
períodos de recuperação de um ou três meses, e foram observados adenomas após um período de recuperação de 21 meses. Ratos que receberam
micafungina sódica na mesma dose por seis meses exibiram adenomas após um período de recuperação de 12 meses; após um período de
recuperação de 18 meses, uma incidência aumentada de adenomas foi observada, e adicionalmente, carcinomas foram detectados. Uma dose mais
baixa de micafungina sódica (equivalente a cinco vezes a AUC humana) em um estudo de seis meses em ratos resultou em uma incidência mais
baixa de adenomas e carcinomas após 18 meses de recuperação. A duração da dose de micafungina nestes estudos de ratos (três ou seis meses)
excede a duração usual da dose de MYCAMINE em pacientes, que é tipicamente menor que um mês para o tratamento da candidíase esofágica,
mas a dose pode exceder um mês para a profilaxia de Candida.
Embora o aumento de carcinomas no estudo de seis meses em ratos não tenha alcançado significância estatística, a persistência dos focos
hepatocelulares alterados subsequentes às doses de micafungina, e a presença de adenomas e carcinomas nos períodos de recuperação sugerem uma
relação causal entre a micafungina sódica, focos hepatocelulares alterados e neoplasmas hepáticos. Estudos de carcinogenicidade de vida-inteira de
MYCAMINE em animais não foram conduzidos, e não se sabe se os neoplasmas hepáticos observados em ratos tratados também ocorrem em
outras espécies, ou se existe um limite de dose para esse efeito.
Micafungina sódica não foi mutagênica ou clastogênica quando avaliada em uma bateria padrão de testes in vitro e in vivo (i.e., reversão bacteriana
- S. typhimurium, E. coli; aberração cromossômica; micronúcleo intravenoso de camundongo).
Ratos machos tratados intravenosamente com micafungina sódica por nove semanas mostraram vacuolização das células epiteliais do ducto
epididimal com 10 mg/kg ou mais (cerca de 0,6 vezes a dose clínica recomendada para candidíase esofágica, baseado em comparações de área de
superfície corporal). Doses mais altas (cerca de duas vezes a dose clínica recomendada, baseado em comparações de área de superfície corporal)
resultaram em aumento de peso do epidídimo e número reduzido de células espermáticas. Em um estudo intravenoso de 39 semanas em cães, foram
observados atrofia tubular seminífera e esperma diminuído no epidídimo a 10 e 32 mg/kg, doses iguais a cerca de duas e sete vezes a dose clínica
recomendada, baseado nas comparações de área de superfície corporal. Não houve dano à fertilidade em estudos animais com micafungina sódica.
Interações Droga-droga
Um total de 14 estudos clínicos de interação droga-droga foi conduzido em voluntários sadios para avaliar o potencial de interação entre
MYCAMINE e anfotericina B, micofenolato de mofetila, ciclosporina, tacrolimo, prednisolona, sirolimo, nifedipina, fluconazol, itraconazol,
voriconazol, ritonavir, e rifampicina. Nestes estudos, não foi observada nenhuma interação que alterasse a farmacocinética da micafungina.
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Não houve efeito de uma dose única ou múltipla de MYCAMINE na farmacocinética do micofenolato de mofetila, ciclosporina, tacrolimo,
prednisolona, fluconazol e voriconazol.
A AUC do sirolimo estava aumentada em 21% com nenhum efeito na Cmáx na presença de MYCAMINE no estado de equilíbrio, comparado ao
sirolimo sozinho. A AUC da nifedipina e Cmáx estavam aumentadas em 18% e 42%, respectivamente, na presença de MYCAMINE no estado de
equilíbrio comparado com nifedipina sozinha. A AUC e Cmáx do itraconazol estavam aumentadas em 22% e 11%, respectivamente.
Pacientes recebendo sirolimo, nifedipina e itraconazol em combinação com MYCAMINE devem ser monitorados para a toxicidade de sirolimo,
nifedipina ou itraconazol e a dose de sirolimo, nifedipina ou itraconazol deve ser reduzida, se necessário.
Micafungina não é substrato ou inibidor de P-glicoproteína e, portanto, não deve ser esperado que altere a atividade de transporte de droga mediada
pela P-glicoproteína.
Frascos fechados de material liofilizado devem ser armazenados abaixo de 25° C. A data de validade é de 36 meses após a data de fabricação.
O produto reconstituído pode ser mantido no frasco original por até 24 horas abaixo de 25°C.
A infusão diluída deve ser protegida da luz e pode ser armazenada por até 24 horas abaixo de 25°C.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
MYCAMINE é um pó branco, higroscópico, sensível à luz.
Os cartuchos de MYCAMINE 50 mg e 100mg contêm 01 frasco-ampola de vidro incolor, de uso único, embalados individualmente, cobertos com
um filme protetor de luz e selados com uma tampa do tipo flip-off.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Não misturar ou coinfundir MYCAMINE com outras medicações. MYCAMINE mostrou precipitar-se quando misturado diretamente com outras
medicações usadas comumente.
Instruções para Reconstituição e Diluição
Favor ler essa seção inteira cuidadosamente antes de iniciar a reconstituição.
O diluente a ser usado para reconstituição e diluição é Solução de Cloreto de Sódio 0,9% (sem agente bacteriostático). Alternativamente, Solução de
Dextrose a 5%, pode ser usada para reconstituição e diluição de MYCAMINE. Soluções para Infusão são preparadas como segue:
Reconstituição
MYCAMINE 50 mg/frasco
Adicionar assepticamente 5 mL de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% (sem agente bacteriostático) a cada frasco de 50 mg para obter uma
preparação contendo aproximadamente 10 mg de micafungina/mL.
MYCAMINE 100 mg/frasco
Adicionar assepticamente 5 mL de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% (sem agente bacteriostático) a cada frasco de 100 mg para obter uma
preparação contendo aproximadamente 20 mg de micafungina/mL.
Como com todos os produtos parenterais, MYCAMINE reconstituído deve ser inspecionado visualmente para material particulado e descoloração
antes da administração, sempre que a solução e o recipiente permitirem. Não usar o medicamento se houver qualquer evidência de turvação,
precipitação ou presença de material estranho após reconstituição. Técnica asséptica deve ser estritamente observada em toda a manipulação, pois
nenhum conservante ou agente bacteriostático está presente em MYCAMINE ou nos materiais especificados para reconstituição e diluição.
Dissolução
Para minimizar a formação de espuma excessiva, GENTILMENTE dissolver o pó de MYCAMINE girando o frasco. NÃO AGITAR
VIGOROSAMENTE O FRASCO. Inspecionar visualmente o frasco para material particulado.
Diluição
A solução diluída deve ser protegida da luz. Não é necessário cobrir a câmara de gotejamento de infusão ou os tubos. A bolsa para infusão deve ser
suavemente invertida para dispersar a solução diluída, mas NÃO agitada, a fim de evitar a formação de espuma.
Para tratamento de candidíase invasiva: adicionar 100 mg de MYCAMINE reconstituído em 100 mL de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% ou 100
mL de Solução de Dextrose a 5%.
Para tratamento de candidíase esofágica: adicionar 150 mg de MYCAMINE reconstituído em 100 mL de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% ou 100
Para profilaxia de infecções por Candida: adicionar 50 mg de MYCAMINE reconstituído em 100 mL de Solução de Cloreto de Sódio 0,9% ou 100
MYCAMINE é livre de conservantes. Descartar frascos usados parcialmente.
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Volume de Infusão e Duração
MYCAMINE deve ser administrado somente por infusão intravenosa. Infundir durante uma hora. Infusões mais rápidas podem resultar em reações
mediadas por histamina mais frequentes.
Qualquer linha intravenosa existente deve ser lavada com Solução de Cloreto de Sódio 0,9% antes da infusão de MYCAMINE.
Antes de iniciar o tratamento devem ser obtidos espécimes para cultura de fungos e outros estudos de laboratório relevantes (incluindo
histopatologia) para isolar e identificar o(s) organismo(s) causador(es). O tratamento pode ser instituído antes de serem conhecidos os resultados das
culturas e outros estudos de laboratório. Entretanto, uma vez que esses resultados estejam disponíveis, a terapia antifúngica deve ser ajustada de
acordo.
O regime de dose de MYCAMINE depende do peso corporal do paciente como fornecido nas seguintes tabelas:
Uso em adultos ≥ 16 anos de idade e idosos
Indicação Peso corporal > 40 kg Peso corporal ≤40 kg
Tratamento de candidíase invasiva 100 mg/dia* 2 mg/kg/dia*
Tratamento de candidíase esofágica 150 mg/dia 3 mg/kg/dia
Profilaxia de infecção por Candida 50 mg/dia 1 mg/kg/dia
*Se a resposta do paciente for inadequada, p. ex. persistência de culturas ou se a condição clínica não melhorar, a dose pode ser aumentada para 200
mg/dia em pacientes pesando > 40 kg ou 4 mg/kg/dia em pacientes ≤ 40 kg.
Duração do Tratamento:
Candidíase invasiva: A duração do tratamento da infecção por Candida deve ser no mínimo de 14 dias. O tratamento antifúngico deve continuar
por pelo menos uma semana após duas hemoculturas sequenciais negativas tiverem sido obtidas e após a resolução dos sinais e sintomas clínicos da
infecção.
Candidíase esofágica: Para o tratamento de candidíase esofágica, MYCAMINE deve ser administrado por pelo menos uma semana após a
resolução dos sinais e sintomas clínicos.
Profilaxia de infecções por Candida: Para profilaxia de infecções por Candida, MYCAMINE deve ser administrado por pelo menos uma semana
após a recuperação neutrofílica.
Uso em crianças e adolescentes < 16 anos de idade
* Se a resposta do paciente for inadequada, p. ex. persistência de culturas ou se a condição clínica não melhora, a dose pode ser aumentada para 200
infecção. A experiência com MYCAMINE em pacientes com menos de dois anos de idade é limitada.
após a recuperação neutrofílica. A experiência com MYCAMINE em pacientes com menos de dois anos de idade é limitada.
Não são requeridos ajustes de dose baseado em raça, sexo, ou em pacientes com disfunção renal grave ou insuficiência hepática leve, moderada ou
grave.
Nenhum ajuste de dose para MYCAMINE é requerido com o uso concomitante de micofenolato de mofetila ciclosporina, tacrolimo, prednisolona,
sirolimo, nifedipina, fluconazol, voriconazol, itraconazol, anfotericina B, ritonavir ou rifampicina.
Uso Geriátrico: Um total de 418 indivíduos em estudos clínicos com MYCAMINE tinha 65 anos ou mais de idade, e 124 indivíduos tinham 75
anos de idade ou mais. Nenhuma diferença, no geral, em segurança ou eficácia foi observada entre esses indivíduos e indivíduos mais jovens. Outra
experiência clínica relatada não identificou diferenças nas respostas entre os pacientes idosos e mais jovens, mas sensibilidade maior de alguns
indivíduos mais idosos não pode ser descartada.
A exposição e disposição de uma dose de 50 mg de MYCAMINE como uma infusão única de uma hora a dez indivíduos sadios com idade entre 66
e 78 anos não foram significantemente diferentes daquelas em dez indivíduos sadios com idade entre 20 e 24 anos. Nenhum ajuste de dose é
necessário para pacientes geriátricos.
Uso Pediátrico (2 a 16 anos de idade): Em 316 pacientes pediátricos que receberam doses de 1 mg/kg até mais de 4 mg/kg, a segurança geral foi
comparável àquela da população de pacientes adultos.
A experiência com MYCAMINE é limitada em pacientes com menos de dois anos de idade.
Uso em Pacientes com insuficiência Renal: MYCAMINE não requer ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Não deve ser
necessária uma dose suplementar após hemodiálise.
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática: Ajuste de dose de MYCAMINE não é necessário em pacientes com insuficiência hepática leve,
moderada ou grave.
Raça e Sexo: Nenhum ajuste de dose de MYCAMINE é necessário com base em raça e sexo. Após 14 doses diárias de 150 mg a indivíduos sadios,
a AUC da micafungina em mulheres foi maior em aproximadamente 23% quando comparada com homens, devido ao menor peso corporal.
Nenhuma diferença notável entre indivíduos brancos, negros e Hispânicos foi vista. A AUC da micafungina foi maior em 19% em indivíduos
japoneses comparados com negros, devido ao menor peso corporal.
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O perfil de segurança de micafungina está baseado em 3.028 pacientes tratados com micafungina em estudos clínicos: 2.002 pacientes com
infecções por Candida (incluindo candidemia, candidíase invasiva e candidíase esofágica), 375 com aspergilose invasiva (primariamente infecções
refratárias) e 651 para a profilaxia de infecções fúngicas sistêmicas.
Os pacientes tratados com micafungina nesses estudos clínicos representavam uma população com um estado de saúde crítico e que requeriam
múltiplos medicamentos, incluindo quimioterapia antineoplásica, potentes imunossupressores sistêmicos e antibióticos de amplo espectro. Estes
pacientes tinham uma grande variedade de patologias subjacentes complexas, tais como neoplasias hematológicas e infecção por HIV, ou eram
receptores de transplantes e/ou tratados em terapia intensiva. Os pacientes tratados profilaticamente com micafungina foram aqueles que, tendo sido
submetidos a transplante de células-tronco hematopoiéticas (HSCT), apresentavam alto risco de contraírem infecções fúngicas.
Um total de 32,2% dos pacientes apresentou reações adversas à medicação. As reações adversas mais frequentemente notificadas foram náuseas
(2,8%), elevação da fosfatase alcalina (2,7%), flebite (2,5%, primariamente em pacientes infectados com HIV e com cateteres periféricos), vômitos
(2,5%) e elevação da aspartato aminotransferase (2,3%). Não foram observadas diferenças clínicas significativas quando a informação de segurança
foi analisada por gênero ou raça.
Na tabela seguinte, as reações adversas encontram-se listadas pelo sistema de classificação de órgãos e pelo termo MedDRA preferido. Dentro de
cada grupo de frequência, os efeitos indesejáveis encontram-se apresentados por ordem de gravidade decrescente.
Tabela 3: Reações Adversas por sistema de classificação de órgãos
Sistema de classificação de
órgãos
Comum
≥1/100 a <1/10
Incomum
≥ 1/1000 a <1/100
Raro
≥ 1/10000 a
< 1/1000
Não conhecido
(frequência não pode ser
estimada a partir dos dados
disponíveis)
Transtornos dos sistemas
sanguíneo e linfático
Leucopenia, neutropenia,
anemia
Pancitopenia,
trombocitopenia,
eosinofilia,
hipoalbuminemia
Anemia hemolítica,
hemólise
Coagulação intravascular
disseminada
Transtornos do sistema
imunológico
Reação anafilática
/anafilactoide
Transtornos endócrinos Hiperidrose
Transtornos do
metabolismo e nutricionais
Hipopotassemia,
hipomagnesemia,
hipocalcemia
Hiponatremia,
hiperpotassemia,
hipofosfatemia, anorexia
Transtornos psiquiátricos Insônia, ansiedade,
confusão
nervoso
Dor de cabeça Sonolência, tremor,
tontura, disgeusia
Transtornos cardíacos Taquicardia, palpitações,
bradicardia
Transtornos vasculares Flebite Hipotensão, hipertensão,
rubor
Choque
Transtornos respiratório,
torácico e do mediastino
Dispneia
Transtornos
gastrointestinais
Náusea, vômito, diarreia,
dor abdominal
Dispepsia, constipação
Transtornos hepatobiliares Aumento da fosfatase
alcalina, aumento da
aspartato
aminotransferase,
aumento da alanina
aumento da bilirrubina no
sangue (incluindo
hiperbilirrubinemia), teste
anormal de função
hepática
Falência hepática,
aumento da gama-
glutamiltransferase,
icterícia, colestase,
hepatomegalia, hepatite
Dano hepatocelular incluindo
casos fatais
Transtornos da pele e tecido
subcutâneo
Exantema Urticária, prurido, eritema Eritema multiforme
Síndrome de Stevens-Johnson
Necrólise epidérmica tóxica
Transtornos renais e
urinários
Aumento da creatinina no
sangue, aumento da ureia
no sangue, insuficiência
renal agravada
Insuficiência renal, falência
renal aguda
Transtornos gerais e
condições do local de
administração
Pirexia, calafrios Trombose no local da
injeção, inflamação no
local da infusão, dor no
local da injeção, edema
periférico
Investigações Aumento da Lactato
desidrogenase no sangue
Sintomas do tipo alérgico possíveis
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Sintomas, como exantema e calafrios, foram relatados em estudos clínicos. A maioria foi de intensidade leve a moderada e não limitou o
tratamento. Reações graves (por exemplo, reação anafilactoide: 0,2%, 6/3.028) foram pouco frequentemente relatadas durante a terapêutica com
micafungina e apenas em pacientes com patologias subjacentes graves (por exemplo, AIDS em estado avançado, neoplasias) que requeriam
múltipla medicação concomitante.
Reações adversas hepáticas
A incidência total de reações adversas hepáticas em pacientes tratados com micafungina em ensaios clínicos foi de 8,6% (260/3.028). A maioria das
reações adversas hepáticas foi leve e moderada. As reações mais frequentes foram aumentos na fosfatase alcalina (FA) (2,7%), AST (2,3%), ALT
(2,0%), bilirrubina sanguínea (1,6%) e teste de função hepática anormal (1,5%). Poucos doentes (1,1%; 0,4% graves) descontinuaram o tratamento
devido a um evento hepático. Casos de disfunção hepática grave ocorreram pouco frequentemente.
Reações no local da administração
Nenhuma reação adversa no local da administração limitou o tratamento.
Pacientes pediátricos
A incidência de algumas reações adversas (listadas na Tabela 4) foi mais elevada em pacientes pediátricos do que em pacientes adultos.
Adicionalmente, os pacientes pediátricos < 1 ano de idade tiveram duas vezes mais frequentemente um aumento nas ALT, AST e FA do que os
pacientes pediátricos mais velhos. A razão mais provável para estas diferenças foram as diferentes condições subjacentes, comparativamente aos
pacientes adultos ou pediátricos mais velhos, observadas nos ensaios clínicos. No início do estudo, a proporção de pacientes pediátricos com
neutropenia era muito superior à de pacientes adultos (40,2% de crianças e 7,3% de adultos, respectivamente), assim como com HSCT alogênico
(29,4% e 13,4%, respectivamente) e neoplasia hematológica (29,1% e 8,7%, respectivamente).
Tabela 4: Reações Adversas Maiores em Pacientes Pediátricos que em Pacientes Adultos:
Transtornos dos sistemas sanguíneo e linfático
Comum (≥1/100 a <1/10)
Trombocitopenia
Transtornos cardíacos
Taquicardia
Transtornos vasculares
Hipertensão, hipotensão
Transtornos hepatobiliares
Hiperbilirrubinemia, hepatomegalia
Transtornos renais e urinários
Falência renal aguda, ureia no sangue aumentada
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado
e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo
Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
MYCAMINE liga-se em grande extensão às proteínas e, portanto, não é dialisável. Nenhum caso de superdose de MYCAMINE foi relatado. Doses
diárias repetidas até 8 mg/kg (dose máxima total de 896 mg) em pacientes adultos foram administradas em estudos clínicos sem relato de toxicidade
dose-limitante. A dose mínima letal de MYCAMINE é 125 mg/kg em ratos, equivalente a 8,1 vezes a dose humana clínica recomendada para
candidíase esofágica baseada em comparações de área de superfície corporal.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.