Bula do Neozine produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
NEOZINE®
(maleato de levomepromazina)
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos
25 mg e 100 mg
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Esta bula sofreu aumento de tamanho para adequação a legislação vigente da ANVISA.
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
cloridrato de levomepromazina
APRESENTAÇÃO
Solução oral 40 mg/mL (gotas): frasco com 20 mL.
USO ORAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 02 ANOS.
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução oral (gotas) de NEOZINE contém 44,80 mg de cloridrato de levomepromazina
equivalente a 40 mg de levomepromazina.
Excipientes: álcool etílico 96°GL, sacarose líquida, glicerol, ácido ascórbico, caramelo, essência de
hortelã e água purificada.
Cada gota contém 1 mg de levomepromazina.
Cada 1 mL de NEOZINE 4% solução oral equivale a 40 gotas.
NEOZINE apresenta um vasto campo de aplicação terapêutica. Está indicado nos casos em que haja
necessidade de uma ação neuroléptica, sedativa em pacientes psicóticos e na terapia adjuvante para o
alívio do delírio, agitação, inquietação, confusão, associados com a dor em pacientes terminais.
Ansiedade
Um estudo duplo-cego efetuado por Blind et al em 1996 teve como objetivo avaliar as propriedades
antipsicóticas e ansiolíticas da risperidona versus haloperidol e levomepromazina.
Foram avaliados 62 pacientes hospitalizados com exacerbação aguda de esquizofrenia que foram
designados randomizadamente a receber risperidona (dose média de 7,4 mg/dia), haloperidol (7,6
mg/dia), ou levomepromazina (100 mg/dia) por 4 semanas.
A melhora clínica, definida como uma redução de 20% no resultado total da Escala das Síndromes
Negativa e Positiva (PANSS) no desfecho, foi atingida por 81% dos pacientes tratados com
risperidona, 60% dos pacientes tratados com haloperidol e 52% dos pacientes tratados com
levomepromazina (p<0,05). A redução no resultado total de severidade da PANSS e Escala de
Impressão Clínica Global do baseline ao desfecho foi significantemente maior no grupo de pacientes
tratados com risperidona que nos outros dois grupos.
Reduções nos resultados da Escala de Ansiedade Psicótica foram significantemente maiores nos
pacientes tratados com risperidona do que nos pacientes tratados com levomepromazina; a diferença
entre o haloperidol e a levomepromazina não foi significante. Sintomas extrapiramidais (resultado na
Escala de Avaliação de Sintomas Extrapiramidais) foram mais severos nos pacientes tratados com
haloperidol do que nos outros dois grupos, mas poucas diferenças foram evidentes entre os pacientes
tratados com risperidona e levomepromazina.
Tratamento adjuvante da dor em pacientes terminais
- Oliver DJ 1985
Neste levantamento retrospectivo, os dados de 675 pacientes com doença maligna avançada, admitidos
no St Christopher’s Hospice (Sydenham, London, UK) em 1981 foram revisados e demonstraram que
80 (12%) receberam levomepromazina. As principais indicações foram confusão, agitação, vômito e
controle da dor. As doses utilizadas foram de 12,5 a 50 mg, a cada 4 a 8 horas para a maioria dos
pacientes. A duração da administração variou de 1 a 240 dias, com uma mediana de 4 dias. A
levomepromazina foi efetiva no controle destes sintomas, com uma efetividade geral reportada como
“boa” em 76% dos casos (67% para confusão e agitação, 94% para dor, e 86% para vômito). Sedação
foi o mais proeminente evento adverso e foi reportada por 56% dos pacientes.
Farmacodinâmica
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Antipsicótico neuroléptico, fenotiazínico.
Os antipsicóticos neurolépticos possuem propriedades antidopaminérgicas que são responsáveis:
- pelo efeito antipsicótico desejado no tratamento,
-pelos efeitos secundários (síndrome extrapiramidal, discinesias e hiperprolactinemia).
No caso da levomepromazina, sua atividade antidopaminérgica é de importância mediana: a atividade
antipsicótica é fraca e os efeitos extrapiramidais são muito moderados. A molécula possui propriedades
anti-histamínicas uniformes (de origem sedativa, em geral desejada na clínica), adrenolíticas e
anticolinérgicas marcantes.
Farmacocinética
As concentrações plasmáticas máximas são atingidas, em média, de 1 a 3 horas após uma
administração oral, e de 30 a 90 minutos após administração intramuscular. A biodisponibilidade é de
50%. A meia-vida da levomepromazina é variável de indivíduo para indivíduo (15 a 80 horas). Os
metabólitos da levomepromazina são derivados sulfóxidos e um derivado dimetil ativo. A eliminação
se dá pela urina e fezes.
Absolutas:
- hipersensibilidade à levomepromazina e aos demais componentes do produto;
- histórico de hipersensibilidade às fenotiazinas;
- risco de glaucoma de ângulo-fechado;
- risco de retenção urinária ligada a distúrbios uretroprostáticos;
- antecedentes de agranulocitose;
- agonistas dopaminérgicos (amantadina, apomorfina, bromocriptina, cabergolina, entacapone,
lisurida, pramipexol, ropinirol, pergolida, piribedil, quinagolida), com exceção no caso de
pacientes parkinsonianos; medicamentos que podem induzir torsades de pointes (sultoprida): vide
Interações Medicamentosas.
Relativas:
- amamentação (vide Lactação);
- álcool; levodopa; agonistas dopaminérgicos: vide Interações Medicamentosas.
Este medicamento é contraindicado para uso em pacientes grávidas nos três primeiros meses da
gravidez e durante a amamentação.
Precauções
A monitorização do tratamento da levomepromazina deve ser reforçada:
- em caso de pacientes epilépticos devido à possibilidade de diminuição do limiar epileptógeno. O
aparecimento inesperado de crises convulsivas requer a interrupção do tratamento.
- em caso de pacientes idosos:
- grande sensibilidade à hipotensão ortostática, sedação e outros efeitos extrapiramidais;
- constipação crônica (risco de íleo paralítico);
- eventual hipertrofia prostática.
- em caso de pacientes portadores de certas afecções cardiovasculares, devido aos efeitos
quinidínicos, taquicardisantes e hipotensores desta classe de medicamentos.
- em caso de insuficiência hepática e/ou renal graves, devido ao risco de acúmulo.
A absorção de álcool, assim como a administração de medicamentos contendo álcool em sua
formulação, são fortemente desaconselhadas durante o tratamento.
Levomepromazina pode diminuir o limiar epileptógeno e deve ser usado com cautela em pacientes
epiléticos.
Não se recomenda o uso de NEOZINE em crianças com menos de 2 (dois) anos de idade.
Advertências
Acidente vascular cerebral: em estudos clínicos randomizados versus placebo realizados em uma
população de pacientes idosos com demência e tratados com certos fármacos antipsicóticos atípicos, foi
observado um aumento de três vezes no risco de eventos cerebrovasculares. O mecanismo pelo qual
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ocorre este aumento de risco, não é conhecido. O aumento do risco com outros fármacos antipsicóticos
ou com outra população de pacientes não pode ser excluído. NEOZINE deve ser usado com cautela em
pacientes com fatores de risco para acidentes vasculares cerebrais.
Pacientes idosos com demência: Pacientes idosos com psicose relacionada à demência tratados com
medicamentos antipsicóticos estão sob risco de morte aumentado. A análise de 17 estudos placebo-
controlados (duração modal de 10 semanas), principalmente em pacientes utilizando medicamentos
antipsicóticos atípicos, revelou um risco de morte entre 1,6 a 1,7 vezes maior em pacientes tratados
com o medicamento do que em pacientes tratados com placebo. Durante o curso de um estudo
controlado típico por 10 semanas, a taxa de óbito em pacientes tratados com o medicamento foi de
aproximadamente 4,5%, comparado com a taxa de aproximadamente 2,6% no grupo placebo. Embora
os casos de óbito em estudos clínicos com antipsicóticos atípicos sejam variados, a maioria dos óbtidos
parece ser de natureza cardiovascular (exemplo: insuficiência cardíaca, morte súbita) ou infecciosa
(exemplo: pneumonia). Estudos observacionais sugerem que, similarmente aos medicamentos
antipsicóticos atípicos, o tratamento com medicamentos antipsicóticos convencionais pode aumentar a
mortalidade. Não está clara a dimensão dos achados de mortalidade aumentada em estudos
observacionais quando o medicamento antipsicótico é comparado a algumas características dos
pacientes.
Casos de tromboembolismo venoso, algumas vezes fatal, foram reportados com medicamentos
antipsicóticos. Portanto, NEOZINE deve ser utilizado com cautela em pacientes com fatores de riscos
para tromboembolismo (vide Reações Adversas).
Todo paciente deve ser informado que o aparecimento de febre, angina e infecção requer que o médico
seja informado imediatamente e que o controle do hemograma seja feito rapidamente.
Em caso de modificação espontânea do último resultado (hiperleucocitose, granulopenia), a
administração do tratamento deverá ser interrompida.
Síndrome maligna: em caso de hipertermia inexplicável ou caso ocorra algum dos sinais de síndrome
maligna descrita com os neurolépticos (palidez, hipertermia, problemas vegetativos, alteração da
consciência e rigidez muscular), é imperativa a interrupção do tratamento. Os sinais de disfunção
vegetativa como sudorese e instabilidade arterial, podem preceder o aparecimento de hipertermia e
constituem, por consequência, os sinais de alerta. Entretanto, alguns dos efeitos dos neurolépticos têm
origem idiossincrásica, e certos fatores de risco, tais como a desidratação ou danos cerebrais orgânicos,
parecem ser predisponentes.
Neurolépticos fenotiazínicos podem potencializar o prolongamento do intervalo QT, o que aumenta o
risco de ataque de arritmias ventriculares graves do tipo torsades de pointes, que é potencialmente fatal
(morte súbita). O prolongamento QT é exacerbado, em particular, na presença de bradicardia,
hipopotassemia e prolongamento QT congênito ou adquirido (exemplo: fármacos indutores). Se a
situação clínica permitir, avaliações médicas e laboratoriais devem ser realizadas para descartar
possíveis fatores de risco antes do início do tratamento com um agente neuroléptico e conforme
necessidade durante o tratamento (vide também Reações Adversas).
Exceto nas situações de emergência, é recomendado realizar um eletrocardiograma na avaliação inicial
dos pacientes que serão tratados com neurolépticos.
O aparecimento inesperado de íleo paralítico caracterizado por distensão e dores abdominais requer
medidas em caráter de urgência.
Populações especiais:
Em crianças, devido às aquisições cognitivas, é recomendado um exame clínico anual avaliando a
capacidade de aprendizagem. A posologia será regularmente adaptada em função do estado clínico da
criança. A administração do medicamento em crianças com menos de 6 anos de idade deve ser
realizada somente em situações excepcionais. Devido à presença de sacarose no medicamento, este é
contraindicado em caso de intolerância à frutose, síndrome de mal-absorção da glicose e galactose e de
déficit na sucrase-isomaltase. Deve-se levar em consideração a presença de álcool na formulação do
produto (vide Composição).
Hiperglicemia ou intolerância à glicose foram relatadas em pacientes tratados com NEOZINE. Os
pacientes com diagnóstico estabelecido de diabetes mellitus ou com fatores de risco para
desenvolvimento de diabetes que iniciaram o tratamento com NEOZINE devem realizar
monitoramento glicêmico apropriado durante o tratamento (vide Reações Adversas).
NEOZINE deve ser utilizado com prudência em pacientes idosos, exigindo certas precauções, tais
como a verificação da pressão arterial e, às vezes, exames eletroencefalográficos, em razão da grande
sensibilidade à sedação e à hipotensão ortostática neste grupo de pacientes.
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Gravidez
Os estudos em animais não evidenciaram efeitos teratogênicos. O risco teratogênico da
levomepromazina ainda não foi avaliado em seres humanos. Para as outras fenotiazinas, os resultados
de diferentes estudos epidemiológicos prospectivos são contraditórios no que concerne ao risco de
malformação. Ainda são inexistentes os dados que constatem repercussões cerebrais fetais nos
tratamentos com neurolépticos prescritos durante a gravidez.
Consequentemente, o risco teratogênico, se existe, parece pequeno. Recomenda-se, portanto, limitar a
duração da prescrição de NEOZINE durante a gestação.
Se possível, é recomendável diminuir a dose, no final da gravidez, simultaneamente de neurolépticos e
antiparkinsonianos, que potencializam os efeitos atropínicos dos neurolépticos.
Os estudos em animais relacionados à toxicidade reprodutiva são insuficientes.
Nos seres humanos, não foi avaliado o risco teratogênico de levomepromazina. Diferentes estudos
epidemiológicos prospectivos conduzidos com outras fenotiazinas têm apresentado resultados
contraditórios quanto ao risco teratogênico.
NEOZINE não é recomendado durante a gravidez e em mulheres em idade fértil que não utilizam
métodos contraceptivos.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas sem orientação médica.
Os seguintes efeitos foram relatados (em experiência pós-comercialização) em recém-nascidos que
foram expostos a fenotiazínicos durante o terceiro trimestre de gravidez:
- diversos graus de distúrbios respiratórios variando de taquipneia a angústia respiratória, bradicardia e
hipotonia, sendo estes mais comuns quando outros medicamentos psicotrópicos ou antimuscarínicos
forem coadministrados;
- sinais relacionados a propriedades atropínicas dos fenotiazínicos tais como íleo meconial, retardo da
eliminação do mecônio, dificuldades iniciais de alimentação, distensão abdominal, taquicardia;
- distúrbios neurológicos tais como sintomas extrapiramidais incluindo tremor e hipertonia, sonolência
e agitação.
Recomenda-se que o médico realize o monitoramento e o tratamento adequado dos recém-nascidos de
mães tratadas com NEOZINE.
As evidências disponíveis não são conclusivas ou são inadequadas para determinar o risco fetal quando
a levomepromazina é utilizada em mulheres grávidas ou com potencial para engravidar. A relevância
dos potenciais benefícios do tratamento com este medicamento frente aos potenciais riscos durante a
gravidez deve ser considerada.
Lactação
A levomepromazina é excretada no leite materno em pequenas quantidades.
Um risco para a criança que é amamentada não pode ser excluído.
A decisão de se interromper a amamentação ou a descontinuação/interrupção do tratamento com
NEOZINE, deve ser feita considerando o benefício da amamentação para a criança e o benefício do
tratamento para a mulher.
Fertilidade
Não existem dados de fertilidade em animais.
Nos seres humanos, devido à interação com os receptores de dopamina, a levomepromazina pode
causar hiperprolactinemia (aumento nos níveis do hormônio prolactina), que pode estar associada com
problemas de fertilidade em mulheres. Alguns dados sugerem que o tratamento com levomepromazina
está associado com problemas de fertilidade em homens.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
A atenção é requerida, particularmente para os condutores de veículos e operadores de máquinas, por
causa do risco de sonolência ligado ao medicamento, sobretudo no início do tratamento.
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Durante o tratamento com NEOZINE, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas,
pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Atenção diabéticos: contém açúcar. (Neozine 4% contém sacarose líquida 409,5 mg/mL e
caramelo 7 mg/mL).
Associações contraindicadas:
- Agonistas dopaminérgicos (amantadina, apomorfina, bromocriptina, cabergolina, entacapone,
lisurida, pergolida, piribedil, pramipexol, quinagolida, ropinirol) com a exceção para paciente
parkinsoniano: antagonismo recíproco do agonista dopaminérgico e dos neurolépticos. Em caso de
síndrome extrapiramidal induzida por neuroléptico, não deve ser tratado com agonista dopaminérgico,
porém utilizar um anticolinérgico.
- Medicamentos que podem induzir torsades de pointes: antiarrítmicos da classe Ia (quinidina,
hidroquinidina, disopiramida); antiarrítmicos da classe III (amiodarona, dofetilide, ibutilida, sotalol),
certos neurolépticos: fenotiazínicos (clorpromazina, ciamemazina, tioridazina), benzamidas
(amisulprida, sulpirida, tiaprida), butirofenonas (droperidol, aloperidol), outros neurolépticos
(pimozida) e outros semelhantes: bepridil, cisaprida, difemanil, eritromicina IV, mizolastina, vincamina
IV: risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular, particularmente torsades de pointes.
Associações desaconselhadas:
- álcool: os efeitos sedativos dos neurolépticos são acentuados pelo álcool. A alteração da vigilância
pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de máquinas. Evitar o uso de bebidas
alcoólicas e de medicamentos contendo álcool em sua composição.
- levodopa: antagonismo recíproco da levodopa e neurolépticos. Nos pacientes parkinsonianos, deve-se
utilizar doses mínimas eficazes de qualquer dos dois medicamentos.
- agonistas dopaminérgicos em parkinsonianos: antagonismo recíproco do agonista dopaminérgico e
neurolépticos. O agonista dopaminérgico pode provocar ou agravar os distúrbios psicóticos. Em caso
de necessidade de tratamento com neuroléptico entre os parkinsonianos tratados com agonistas
dopaminérgicos, os últimos devem ser diminuídos progressivamente até a interrupção (a interrupção
abrupta dos dopaminérgicos expõe ao risco da “síndrome maligna dos neurolépticos”).
- outros medicamentos que podem induzir torsades de pointes (halofantrina, moxifloxacina,
pentamidina e esparfloxacina): risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular, particularmente
torsades de pointes. Caso seja possível, deve ser interrompido o medicamento torsadogênico não anti-
infectivo. Caso a associação não possa ser evitada, deve ser controlado previamente o intervalo QT e
deve ser monitorizado o eletrocardiograma.
Associações que necessitam de cuidados:
- protetores gastrintestinais de ação tópica (sais, óxidos e hidróxidos de magnésio, de alumínio e de
cálcio): diminuição da absorção gastrintestinal dos neurolépticos fenotiazínicos. Administrar os
medicamentos gastrintestinais de ação tópica e os neurolépticos fenotiazínicos com intervalo (maior de
2 horas, se possível) entre eles.
- medicamentos bradicardisantes (antagonistas de cálcio bradicardisantes: diltiazem, verapamil;
betabloqueadores (exceto o sotalol); clonidina, guanfacina, digitálicos): risco aumentado dos distúrbios
de ritmo ventricular, particularmente torsades de pointes. É necessária observação clínica e
eletrocardiográfica.
- medicamentos hipopotassemiantes (diuréticos hipopotassemiantes, laxantes estimulantes, anfotericina
B pela via IV, glicocorticoide tetracosactide): risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular,
particularmente torsades de pointes. A observação deve ser clínica, eletrolítica e eletrocardiográfica.
Associações a serem consideradas:
- anti-hipertensivos: aumento do efeito anti-hipertensivo e do risco de hipotensão ortostática (efeito
aditivo); pela guanetidina.
- atropina e outras substâncias atropínicas: antidepressivos imipramínicos, anti-histamínicos H1
anticolinérgicos, antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida:
adição dos efeitos indesejáveis atropínicos, como retenção urinária, constipação e secura na boca.
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- guanetidina: inibição do efeito anti-hipertensivo da guanetidina (inibição da penetração da
guanetidina no seu local de ação, a fibra simpática).
- outros depressores do sistema nervoso central: derivados morfínicos (analgésicos, antitussígenos e
tratamentos de substituição); barbitúricos; benzodiazepínicos; ansiolíticos outros como
benzodiazepínicos (carbamatos, captodiame, etifoxina); hipnóticos; antidepressivos sedativos; anti-
histamínicos H1 sedativos; anti-hipertensivos centrais; baclofeno; talidomida: aumento da depressão
central. A alteração do estado de vigília pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de
máquinas.
- metabolismo do citocromo P450 2D6: a levomepromazina e seus metabólitos não-hidroxilados são
relatados como sendo inibidores do citocromo P450 2D6. A coadministração de levomepromazina e
fármacos que são principalmente metabolizados pelo sistema enzimático do citocromo P450 2D6
podem resultar no aumento das concentrações plasmáticas destes fármacos.
NEOZINE deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), proteger da luz.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas: Líquido límpido de cor fortemente marrom e com odor de
menta.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A posologia de NEOZINE é essencialmente individual e deve ser fixada pelo médico.
NEOZINE deve ser diluído em água açucarada e nunca administrado diretamente sobre a língua.
Modo de usar (gotas):
1- Coloque o produto na posição vertical com a tampa para o lado de cima, gire-a até romper o
lacre.
2- Vire o frasco com o conta-gotas para o lado de baixo e bata levemente com o dedo no fundo
do frasco, para iniciar o gotejamento. NEOZINE deve ser diluído em água açucarada e nunca
administrado diretamente sobre a língua.
Cada 1 mL = 40 gotas (1 gota = 1 mg de levomepromazina).
Uso em crianças:
De 2 a 15 anos de idade: 0,1 a 0,2 mg/kg em 24 horas.
As gotas devem ser diluídas em água açucarada e nunca instiladas diretamente na língua.
Deve-se observar atentamente que as doses de NEOZINE para crianças são diferentes das doses para
adultos.
Uso adulto:
Psiquiatria: Iniciar com 25 a 50 mg divididos em 2 a 4 administrações nas primeiras 24 horas; nos dias
subsequentes, aumentar a dose de maneira lenta e progressiva até se atingir a dose diária útil (150 a 250
mg); no início do tratamento, o paciente deverá permanecer deitado por uma hora após a administração
de cada dose.
Terapia adjuvante da dor em pacientes terminais: Administrar 50 mg, 2 a 5 vezes por dia; aumentar
progressivamente a dose, se necessário, até 300 ou 500 mg; em seguida reduzir progressivamente até
uma dose de, em média, 50 a 75 mg por dia.
Não há estudos dos efeitos de NEOZINE administrado por vias não recomendadas. Portanto, por
segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral,
conforme recomendado pelo médico.
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Reação muito comum (> 1/10).
Reação comum (> 1/100 e ≤ 1/10).
Reação incomum (> 1/1.000 e ≤ 1/100).
Reação rara (> 1/10.000 e ≤ 1/1.000).
Reação muito rara (≤ 1/10.000).
Com doses mais baixas:
Distúrbios neurovegetativos:
- Hipotensão ortostática;
- Efeitos anticolinérgicos como secura da boca, constipação e até íleo paralítico (vide Advertências e
Precauções), distúrbios de acomodação visuais e risco de retenção urinária.
Alterações neuropsíquicas:
- Sedação ou sonolência, mais marcante no início do tratamento;
- Indiferença, reações de ansiedade e variação do estado de humor.
Com doses mais elevadas:
Discinesias precoces (torcicolos espasmódicos, crises oculógiras, trismo);
Síndrome extrapiramidal:
- acinética, com ou sem hipertonia, e que cedem parcialmente com antiparkinsonianos
anticolinérgicos;
- hipercinético-hipertônica, excito-motora;
- acatisia.
Discinesias tardias, que sobrevêm de tratamentos prolongados. As discinesias tardias às vezes surgem
após a interrupção do neuroléptico e desaparecem quando da reintrodução ou do aumento da posologia.
Os antiparkinsonianos anticolinérgicos ficam sem ação ou podem provocar piora do quadro.
Alterações endócrinas e metabólicas:
- Hiperprolactinemia: amenorreia, galactorreia, ginecomastia, impotência, frigidez;
- Irregularidade no controle térmico;
- Ganho de peso;
- Hiperglicemia, alteração de tolerância à glicose.
Raramente e dose-dependente:
Distúrbios cardíacos:
- Prolongamento do intervalo QT;
- Casos muito raros de torsades de pointes relatados.
- Houve relatos isolados de morte súbita, com possíveis causas de origem cardíaca (vide
Advertências e Precauções), assim como casos inexplicáveis de morte súbita, em pacientes recebendo
neurolépticos fenotiazínicos.
Mais raramente e não dose-dependente:
Alterações cutâneas:
- Reações cutâneas alérgicas;
- Fotossensibilização.
Alterações hematológicas:
- Agranulocitose excepcional: recomenda-se a realização de hemogramas regularmente;
- Leucopenia.
Alterações oftalmológicas:
- Depósitos acastanhados no segmento anterior do olho devido ao acúmulo do medicamento, em
geral sem alterar a visão.
Outros problemas observados:
- Positivação dos anticorpos antinucleares sem lúpus eritematoso clínico;
- Possibilidade de icterícia colestática;
- Síndrome maligna dos neurolépticos (vide Advertências e Precauções).
- Foram relatados casos muito raros de enterocolite necrosante, a qual pode ser fatal, em pacientes
tratados com levomepromazina. Priapismo também foi relatado muito raramente.
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- Casos de tromboembolismo venoso, incluindo casos de embolismo pulmonar, algumas vezes fatal,
e casos de trombose venosa profunda, foram reportados com medicamentos antipsicóticos (vide
Advertências e Precauções).
- Intolerância à glicose, hiperglicemia (vide Advertências e Precauções).
Distúrbios do sistema nervoso:
- Estado de confusão, delírio e convulsão.
Distúrbios hepatobiliares:
- Lesões hepáticas mistas hepatocelulares e colestáticas.
Distúrbios do metabolismo e da nutrição:
- Hiponatremia e Síndrome da Secreção Inapropriada do Hormônio Antidiurético (SIADH).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
VP/VPS 40 MG/ML SOL OR
CT FR VD AMB
CGT X 20 ML
09/09/2013 0757818/13-1 10451 -
MEDICAMENT
O NOVO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula
– RDC 60/12
09/09/2013 APRESENTAÇÃO VP/VPS 40 MG/ML SOL OR
09/12/2013 1035785/13-8 10451 -
17/02/2012 0156459/12-5 Inclusão de
local de
fabricação do
fármaco
25/11/2013 7. CUIDADOS DE
ARMAZENAMENT
O DO
MEDICAMENTO
VPS 40 MG/ML SOL OR
25/06/2014 0496730/14-5 10451 -
25/06/2014 0496730/14-5 (10451) -
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM A RETENÇÃO DA
RECEITA.
MS 1.1300.0301
Farm. Resp.: Silvia Regina Brollo
CRF-SP nº 9.815
Registrado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57
Fabricado por:
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23
Indústria Brasileira
® Marca Registrada
IB191214
Anexo B
Histórico de Alteração para a Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
No.
Assunto Data do
Assunto Data da
aprovação
Itens de bula Versões
(VP/VPS)
Apresentaçõ
es
relacionadas
26/07/2013 0610450/13-9 10458 -
MEDICAMENT
O NOVO -
Inclusão Inicial
de Texto de
Bula – RDC
60/12
26/07/2013 4. O QUE DEVO
SABER ANTES DE
USAR ESTE
MEDICAMENTO?/
5. ADVERTÊNCIAS
E PRECAUÇÕES
8. QUAIS OS
MALES QUE ESTE
MEDICAMENTO
PODE ME
CAUSAR?/ 9.
REAÇÕES
ADVERSAS/ 9. O
QUE FAZER SE
ALGUÉM USAR
UMA
QUANTIDADE
MAIOR DO QUE A
INDICADA DESTE
CT BL AL PLAS
INC X 20
100 MG COM
REV CT BL AL AL
X 20
27/02/2015 10451 -
MEDICAMENT
O NOVO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula
– RDC 60/12
27/02/2015 (10451) -
27/02/2015 3. QUANDO NÃO
DEVO USAR ESTE
MEDICAMENTO?/ 4.
CONTRAINDICAÇÕE
S
4. O QUE DEVO
SABER ANTES DE
USAR ESTE
MEDICAMENTO?/ 5.
ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES
VP/VPS 25 MG COM REV
NEOZINE®
(cloridrato de levomepromazina)
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Solução oral
40 mg/mL
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Esta bula sofreu aumento de tamanho para adequação a legislação vigente da ANVISA.
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
cloridrato de levomepromazina
APRESENTAÇÃO
Solução oral 40 mg/mL (gotas): frasco com 20 mL.
USO ORAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 02 ANOS.
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução oral (gotas) de NEOZINE contém 44,80 mg de cloridrato de levomepromazina
equivalente a 40 mg de levomepromazina.
Excipientes: álcool etílico 96°GL, sacarose líquida, glicerol, ácido ascórbico, caramelo, essência de
hortelã e água purificada.
Cada gota contém 1 mg de levomepromazina.
Cada 1 mL de NEOZINE 4% solução oral equivale a 40 gotas.