Bula do Neurontin produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
NEURONTIN®
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA
Cápsulas
300 e 400 mg
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12/jul/2014
Neurontin®
gabapentina
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Neurontin®
Nome genérico: gabapentina
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS DE IDADE (APENAS PARA TRATAMENTO
DE EPILEPSIA)
APRESENTAÇÕES:
Neurontin® 300 mg em embalagens contendo 10 ou 30 cápsulas.
Neurontin® 400 mg em embalagem contendo 30 cápsulas.
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula de Neurontin® 300 mg ou 400 mg contem o equivalente a 300 mg ou 400 mg de gabapentina,
respectivamente.
Excipientes: lactose monoidratada, amido de milho e talco.
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Epilepsia
Neurontin® (gabapentina) é indicado como monoterapia no tratamento de crises parciais com ou sem
generalização secundária, em adultos e em crianças a partir de 12 anos de idade. A segurança e eficácia da
monoterapia em crianças com menos de 12 anos de idade não foram estabelecidas (vide item 8 – Posologia e
Modo de Usar – Pacientes Adultos e Pediátricos a partir de 12 anos de idade).
Neurontin® também é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem
generalização secundária em adultos e em crianças a partir de 12 anos de idade.
Dor Neuropática
Neurontin® é indicado para o tratamento da dor neuropática em adultos a partir de 18 anos de idade. A
segurança e eficácia em pacientes com menos de 18 anos não foi estabelecida.
Neuralgia pós-herpética
Neurontin® foi avaliado para o controle da neuralgia pós-herpética (NPH) em 2 estudos multicêntricos,
randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo, com N=563 pacientes na população de intenção de
tratamento (ITT) (Tabela 2). Os pacientes eram admitidos no estudo se continuassem sentindo dor por mais de 3
meses após a cura da erupção cutânea por herpes zoster.
TABELA 2
Estudos Controlados de NPH: Duração, Doses e Número de Pacientes.
Estudo Duração do
Estudo
gabapentina
(mg/dia)a
Dose-Alvo
Pacientes tratados
com gabapentina
Pacientes
tratados com
placebo
1 8 semanas 3.600 113 116
2 7 semanas 1.800, 2.400 223 111
Total 336 227
a
Dividido em 3 doses (3 vezes/dia)
Cada estudo incluiu uma fase inicial de 1 semana, durante a qual os pacientes foram selecionados quanto à
elegibilidade e uma fase duplo-cega de 7 ou 8 semanas de duração (3 ou 4 semanas de titulação e 4 semanas de
dose fixa). Os pacientes iniciaram o tratamento com titulação até o máximo de 900 mg/dia de gabapentina
durante 3 dias. As doses foram então tituladas em incrementos de 600 a 1.200 mg/dia, a intervalos de 3 a 7 dias
até a dose-alvo, por 3 a 4 semanas. No Estudo 1, os pacientes continuariam recebendo as doses mais baixas se
não conseguissem atingir a dose-alvo. Durante a fase inicial e o tratamento, os pacientes registraram a dor em
um diário por meio de uma escala numérica de gradação da dor de 11 pontos, variando de 0 (sem dor) a 10 (pior
dor possível). Foi exigida para randomização uma pontuação média de dor durante a fase inicial de no mínimo 4
(o valor médio de dor na fase inicial para os Estudos 1 e 2 combinados foi de 6,4). As análises foram conduzidas
utilizando-se a população de intenção de tratamento (todos os pacientes randomizados que receberam pelo
menos uma dose do medicamento em estudo).
Os dois estudos apresentaram diferenças significativas em comparação ao placebo em todas as doses testadas.
Foi observada uma redução significativa nas pontuações médias semanais de dor durante a Semana 1 nos dois
estudos e as diferenças significativas foram mantidas até o final do tratamento. Foram observados efeitos
comparáveis em todos os braços ativos de tratamento. O modelo farmacocinético/ farmacodinâmico forneceu
evidências confirmatórias da eficácia em todas as doses.
A proporção de pacientes que responderam ao tratamento (pacientes que relataram melhora de pelo menos 50%
no desfecho da pontuação da dor em comparação com a fase inicial) foi calculada para cada estudo.
Epilepsia
A eficácia de Neurontin® como terapia adjuvante (adicionado a outros antiepilépticos) foi estabelecida em
estudos multicêntricos, controlados por placebo, duplo-cegos, de grupos paralelos conduzidos em pacientes
adultos e pediátricos (a partir de 3 anos de idade) com crises parciais refratárias.
Evidências da eficácia foram obtidas em três estudos conduzidos em 705 pacientes (a partir de 12 anos de idade).
Os pacientes admitidos nos estudos apresentavam história de pelo menos 4 crises parciais por mês apesar de
receberem um ou mais fármacos anticonvulsivantes em níveis terapêuticos e foram avaliados com seus
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respectivos esquemas terapêuticos antiepilépticos estabelecidos durante um período inicial de 12 semanas (6
semanas no estudo de pacientes pediátricos). Nos pacientes que continuaram a apresentar pelo menos 2 (ou 4 em
alguns estudos) crises por mês, Neurontin® ou placebo foram então adicionados à terapia existente durante um
período de tratamento de 12 semanas. A eficácia foi avaliada principalmente com base na porcentagem de
pacientes com redução igual ou superior a 50% na frequência de crises com o tratamento em relação ao basal
(“taxa de pacientes responsivos”) e uma medida derivada denominada razão de resposta, uma medida da
alteração definida como (T - B) / (T + B), em que B é a frequência de crises do paciente na fase inicial e T é a
frequência de crises do paciente durante o tratamento. A razão de resposta distribui-se no intervalo de -1 a +1. O
valor zero indica que não ocorreu alteração, ao passo que a eliminação completa das crises receberia um valor de
-1 e o aumento das taxas de crises receberia valores positivos. A razão de resposta de -0,33 corresponde a uma
redução de 50% na frequência de crises. Os resultados apresentados a seguir são para todas as crises parciais na
população de intenção de tratamento (todos os pacientes que receberam qualquer dose de tratamento) em cada
estudo, a menos que indicado de outra forma.
Um estudo comparou Neurontin® 1.200 mg/dia divididos em 3 doses ao dia com o placebo. A taxa de pacientes
responsivos foi de 23% (14/61) no grupo que recebeu Neurontin® e de 9% (6/66) no grupo que recebeu placebo.
A diferença entre os grupos foi estatisticamente significativa. A razão de resposta também foi melhor no grupo
Neurontin® (-0,199) do que no grupo placebo (-0,044), uma diferença que também atingiu significância
estatística.
Um segundo estudo comparou 1.200 mg/dia de Neurontin® (N=101) divididos em 3 doses ao dia com o placebo
(N=98). Grupos menores de doses adicionais de Neurontin® (600 mg/dia, N=53; 1.800 mg/dia, N=54) também
foram estudados para obter informações sobre a resposta à dose. A taxa de pacientes responsivos foi mais alta no
grupo Neurontin® 1.200 mg/dia (16%) do que no grupo placebo (8%), porém a diferença não foi
estatisticamente significativa. A taxa de pacientes responsivos com 600 mg (17%) também não foi
significativamente maior do que a do placebo, porém a taxa do grupo responsivo de 1.800 mg (26%) foi
significativamente superior em relação ao grupo placebo. A razão de resposta foi melhor para o grupo
Neurontin® de 1.200 mg/dia (-0,103) do que para o placebo (-0,022); porém esta diferença também não foi
significativa (p = 0,224). Foi observada resposta melhor nos grupos que recebiam Neurontin® 600 mg/dia (-
0,105) e 1.800 mg/dia (-0,222) do que no que recebia 1.200 mg/dia, com o grupo de 1.800 mg/dia atingindo
significância estatística em comparação ao placebo.
Um terceiro estudo comparou Neurontin® 900 mg/dia divididos em 3 doses ao dia (N=111) e placebo (N=109).
Um grupo adicional de Neurontin® 1.200 mg/dia (N=52) forneceu dados de dose-resposta. Foi observada
diferença estatisticamente significativa na taxa de pacientes responsivos para o grupo Neurontin® de 900 mg/dia
(22%) em comparação ao grupo placebo (10%). A razão de resposta também foi significativamente superior para
o grupo Neurontin® 900 mg/dia (-0,119) em comparação ao placebo (-0,027), assim como ocorreu no grupo
Neurontin® de 1.200 mg/dia (-0,184) em comparação ao placebo.
Também foram realizadas análises em cada estudo para examinar o efeito de Neurontin® sobre a prevenção das
crises tônico-clônicas secundárias generalizadas. Os pacientes que experimentaram tais crises na fase inicial ou
no período de tratamento nos três estudos controlados por placebo foram incluídos nestas análises. Houve várias
comparações de razões de resposta que apresentaram vantagem estatisticamente significativa para o Neurontin®
em comparação ao placebo e tendências favoráveis para quase todas as comparações.
A análise da taxa de pacientes responsivos utilizando dados combinados dos três estudos e de todas as doses
(N=162, Neurontin®; N=89, placebo) também demonstrou uma vantagem significativa para Neurontin® sobre o
placebo na redução da frequência de crises tônico-clônicas secundárias generalizadas.
Em dois dos três estudos controlados, foi utilizada mais do que uma dose de Neurontin®. Dentro de cada estudo,
os resultados não apresentaram uma resposta consistentemente elevada em relação à dose. No entanto,
observando os estudos, fica evidente uma tendência para o aumento da eficácia com o aumento da dose (ver
Figura 1).
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Figura 1. Taxa de Pacientes Responsivos Recebendo Neurontin®, Expressa como uma Diferença em Relação ao
Placebo por Dose e Estudo: Estudos de Terapia Adjuvante em Pacientes t 12 anos Apresentando Crises Parciais.
Na figura 1, está traçada a magnitude do efeito do tratamento, medida no eixo Y como a diferença na proporção
de pacientes designados a receber gabapentina e placebo que atingiram redução igual ou superior a 50% na
frequência de crises em relação à frequência inicial e à dose diária administrada de gabapentina (eixo X).
Embora não tenha sido realizada análise formal por sexo, as estimativas de resposta (razão de resposta) dos
estudos clínicos (398 homens, 307 mulheres) indicam que não existem diferenças importantes relativas ao sexo
dos pacientes. Não houve padrão consistente indicativo de que a idade apresentasse qualquer efeito sobre a
resposta ao Neurontin®. Não houve número suficiente de pacientes de outras raças além da Caucasiana que
possibilitasse uma comparação de eficácia entre os grupos étnicos.
Referência Bibliográfica
Physicians’ Desk Reference®. Medical Economics Company 2004; 58: 2559 – 2564.
Propriedades Farmacodinâmicas
A gabapentina penetra rapidamente no cérebro e previne convulsões em uma série de modelos animais de
epilepsia. A gabapentina não possui afinidade pelos receptores GABA A ou GABA B nem altera o metabolismo
de GABA. Não se liga a outros receptores de neurotransmissores cerebrais e não interage com os canais de
sódio. A gabapentina liga-se com alta afinidade à subunidade Į2į (alfa-2-delta) dos canais de cálcio voltagem-
dependentes e é proposto que a ligação à subunidade Į2į esteja envolvida nos efeitos anticonvulsivantes da
gabapentina em animais. A extensa triagem não sugere outro alvo do fármaco além de Į2į.
Evidências de vários modelos pré-clínicos atestam que a atividade farmacológica da gabapentina pode ser
mediada pela ligação à Į2į através da redução da liberação de neurotransmissores excitatórios em regiões do
sistema nervoso central. Tal atividade pode sustentar a atividade anticonvulsivante da gabapentina. A relevância
dessas ações da gabapentina sobre os efeitos anticonvulsivantes em humanos ainda não foi estabelecida.
A gabapentina também apresenta eficácia em vários modelos pré-clínicos animais de dor. Propõe-se que a
ligação específica da gabapentina à subunidade Į2į resulta em várias ações diferentes que podem ser
responsáveis pela ação analgésica em modelos animais. Os efeitos analgésicos da gabapentina podem ocorrer na
medula espinhal, bem como em centros cerebrais superiores por meio de interações com as vias descendentes
inibitórias da dor. A relevância dessas propriedades pré-clínicas para a ação terapêutica em humanos é
desconhecida.
Propriedades Farmacocinéticas
A biodisponibilidade da gabapentina não é proporcional à dose. Isto é, quando a dose aumenta, a
biodisponibilidade diminui. Os picos de concentração plasmática de gabapentina são observados de 2 a 3 horas
após a administração oral. A alimentação, incluindo dietas ricas em gorduras, não tem efeito sobre a
farmacocinética da gabapentina.
A eliminação da gabapentina plasmática é melhor descrita pela farmacocinética linear. A meia-vida de
eliminação da gabapentina independe da dose e é, em média, de 5 a 7 horas.
A farmacocinética da gabapentina não é afetada por administrações múltiplas e as concentrações plasmáticas no
estado de equilíbrio são previsíveis a partir dos dados de dose única. Embora as concentrações plasmáticas da
gabapentina nos ensaios clínicos tenham estado geralmente entre 2 Pg/mL e 20 Pg/mL, tais concentrações não
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permitem prever a segurança ou a eficácia. As concentrações plasmáticas de gabapentina são proporcionais às
doses de 300 mg ou de 400 mg, administradas a cada 8 horas. Os parâmetros farmacocinéticos estão descritos na
Tabela 1.
TABELA 1
Resumo dos parâmetros farmacocinéticos médios (% DP) da gabapentina, no estado de equilíbrio,
após administração a cada 8 horas
Parâmetro Farmacocinético
300 mg
(n = 7)
400 mg
(n = 11)
Cmáx (Pg/mL) 4,02 (24) 5,50 (21)
tmáx (h) 2,7 (18) 2,1 (47)
t1/2
(h) 5,2 (12) 6,1 ND
AUC (0-f) / (Pg.h/mL) 24,8 (24) 33,3 (20)
Ae% NA NA 63,6 (14)
% DP = Desvio padrão;
ND = Não determinado;
NA = Não disponível;
Ae% = porcentagem de gabapentina inalterada que é excretada pela urina.
A gabapentina não se liga às proteínas plasmáticas e possui um volume de distribuição equivalente a 57,7 L. Em
pacientes com epilepsia, as concentrações de gabapentina no líquido cefalorraquidiano (LCR) são
correspondentes a aproximadamente 20% da concentração plasmática no estado de equilíbrio. A gabapentina é
eliminada exclusivamente por excreção renal. Não há evidência da ocorrência de metabolismo em seres
humanos. A gabapentina não induz as enzimas oxidases hepáticas de função mista, responsáveis pelo
metabolismo dos fármacos.
Em pacientes idosos e em pacientes com insuficiência renal, o clearance plasmático da gabapentina é reduzido.
A constante da taxa de eliminação, o clearance plasmático e o clearance renal da gabapentina são diretamente
proporcionais ao clearance da creatinina.
A gabapentina é removida do plasma por hemodiálise. Recomenda-se um ajuste da dose em pacientes com
função renal comprometida ou sob hemodiálise (vide item 8 – Posologia e Modo de Usar - Ajuste de Dose na
Insuficiência Renal em Pacientes com Dor Neuropática ou Epilepsia e Ajuste de Dose em Pacientes sob
Hemodiálise).
Em um estudo farmacocinético com 24 lactentes e crianças saudáveis, pacientes entre 1 e 48 meses de idade,
alcançou exposição de aproximadamente 30% menor (AUC) do que a observada em pacientes pediátricos com
mais de 5 anos de idade. O Cmax foi menor e o clearance por peso corporal foi maior em lactentes e em
crianças.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Carcinogênese
A gabapentina foi administrada na dieta de camundongos, nas doses de 200, 600 e 2000 mg/kg/dia e de ratos,
nas doses de 250, 1000 e 2000 mg/kg/dia, durante 2 anos. Um aumento estatisticamente significativo na
incidência de tumores de células acinares pancreáticas foi observado somente em ratos machos que receberam a
dose mais elevada. Os picos das concentrações plasmáticas do fármaco em ratos, com a dose de 2000 mg/kg/dia,
foram 10 vezes maiores que as concentrações plasmáticas em humanos que receberam a dose de 3600 mg/dia.
Os tumores de células acinares pancreáticas em ratos machos foram neoplasias de baixo grau que não afetaram a
sobrevida, não originaram metástases ou invadiram os tecidos vizinhos e foram semelhantes aos observados nos
animais controles. Não está clara a relevância destes tumores de células acinares pancreáticas de ratos machos ao
risco carcinogênico em humanos.
Mutagênese
A gabapentina não demonstrou potencial genotóxico. Não se mostrou mutagênica in vitro, em testes padrões
empregando células de mamíferos ou bacterianas. Também não induziu aberrações estruturais dos cromossomos
em células de mamíferos in vitro ou in vivo e não induziu a formação de micronúcleos na medula óssea de
hamsters.
Alterações da Fertilidade
Não foram observados efeitos adversos sobre a fertilidade ou sobre a reprodução em ratos, em doses de até 2000
mg/kg (aproximadamente 5 vezes a dose humana diária máxima na base de mg/m2
).
Teratogênese
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Comparando-se aos controles, a gabapentina não aumentou a incidência de malformações na prole de
camundongos, ratos ou coelhos em doses de até 50, 30 e 25 vezes, respectivamente, a dose humana diária de
3600 mg (4, 5 ou 8 vezes, respectivamente, a dose diária humana na base de mg/m2
A gabapentina induziu ossificação tardia do crânio, das vértebras e das patas dianteiras e traseiras de roedores,
indicando um atraso do crescimento fetal. Estes efeitos ocorreram quando fêmeas prenhas de camundongo
receberam doses orais de 1000 ou de 3000 mg/kg/dia durante a organogênese e em ratas nas quais foram
administradas doses de 500, 1000, ou 2000 mg/kg/dia antes e durante o acasalamento e durante toda a gestação.
Estas doses são de aproximadamente 1 a 5 vezes a dose recomendada de 3600 mg para humanos na base de
mg/m2
.
Não foram observados efeitos em fêmeas prenhas de camundongo que receberam 500 mg/kg/dia
(aproximadamente metade da dose diária humana na base de mg/m2
Foi observado um aumento na incidência de hidroureter e/ou hidronefrose em ratas que receberam 2000
mg/kg/dia em um estudo de reprodução geral e de fertilidade; 1500 mg/kg/dia em um estudo de teratogênese; e
500, 1000 e 2000 mg/kg/dia em um estudo peri e pós-natal. A significância destes resultados é desconhecida,
mas foi associada ao retardo no desenvolvimento. Estas doses também são aproximadamente 1 a 5 vezes a dose
humana de 3600 mg na base de mg/m2
Em um estudo de teratogênese em coelhos, observou-se um aumento na incidência de perda fetal pós-
-implantação, em doses de 60, 300 e 1500 mg/kg/dia durante a organogênese. Estas doses são aproximadamente
¼ a 8 vezes a dose diária humana de 3600 mg na base de mg/m2
Neurontin® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade à gabapentina ou a outros componentes da
fórmula.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Gerais
Embora não haja evidência de crises de rebote com a gabapentina, a suspensão abrupta de anticonvulsivantes em
pacientes epilépticos pode precipitar o estado de mal epiléptico (vide item 8 - Posologia e Modo de Usar).
Quando por julgamento clínico houver a necessidade de redução de dose, descontinuação ou substituição por um
fármaco anticonvulsivante alternativo, isto deve ser feito gradualmente, durante no mínimo uma semana.
Geralmente, Neurontin® não é considerado eficaz no tratamento de crises de ausência.
O tratamento com gabapentina tem sido associado com tonturas e sonolência, que podem aumentar a ocorrência
de lesões acidentais (quedas). Há também relatos na pós-comercialização de confusão, perda de consciência e
comprometimento mental. Assim, os pacientes devem ser avisados para tomarem precauções até que estejam
familiarizados com os potenciais efeitos da medicação.
Pacientes que necessitem de tratamento concomitante com opioides podem apresentar aumentos das
concentrações de gabapentina. Os pacientes devem ser cuidadosamente observados sobre sinais de depressão do
sistema nervoso central (SNC), como sonolência, sedação e depressão respiratória e as doses de Neurontin® ou
de opioides devem ser reduzidas apropriadamente (vide item 6 - Interações Medicamentosas).
Não se deve ultrapassar o intervalo de 12 horas entre as doses de Neurontin® para prevenir a reincidência de
convulsões.
Casos de abuso e dependência foram relatados no banco de dados pós-comercialização. Como acontece com
qualquer medicamento ativo no sistema nervoso central (SNC), avalie cuidadosamente os pacientes quanto a um
histórico de abuso de medicamentos e observe-os quanto a possíveis sinais de abuso de gabapentina.
Reações de hipersensibilidade sistêmica, fatal, grave como rash com eosinofilia e sintomas sistêmicos tem sido
relatados em pacientes tomando antiepiléticos incluindo gabapentina.
É importante notar que manifestações precoces de hipersensibilidade, tais como febre ou linfadenopatia, podem
estar presentes mesmo que o rash não esteja. Caso esses sinais ou sintomas estejam presentes, o paciente deve
ser avaliado imediatamente. A gabapentina deve ser descontinuada se uma etiologia alternativa para os sinais ou
sintomas não puder ser estabelecida.
Fertilidade
Não há efeito sobre a fertilidade em estudos com animais (vide item 3. Características farmacológicas – Dados
de segurança pré-clínicos)
Uso Durante a Gravidez e Lactação
Uso Durante a Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Devido aos estudos de reprodução em
animais nem sempre serem um indicativo da resposta em humanos, Neurontin® deve ser utilizado durante a
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gravidez apenas se o potencial benefício para a paciente justificar o possível risco para o feto (vide item 3 -
Características Farmacológicas - Dados de Segurança Pré-Clínicos – Teratogênese).
Uso Durante a Lactação
A gabapentina é excretada no leite materno. Devido ao efeito no lactente ser desconhecido, deve-se ter cuidado
ao administrar Neurontin® em lactantes. Neurontin® deve ser utilizado em lactantes apenas se os benefícios
superarem os riscos para o bebê.
Neurontin® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião--
dentista.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e
atenção podem estar prejudicadas.
O paciente só poderá executar estas atividades caso se saiba que o medicamento não afeta as suas habilidades.
Uso em Pacientes Pediátricos
Epilepsia
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia da monoterapia em crianças menores de 12 anos (vide item 8 -
Posologia e Modo de Usar).
Dor Neuropática
Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em pacientes menores de 18 anos.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso em idosos: vide item 8 - Posologia e Modo de Usar.
Uso em crianças: vide item 5 - Advertências e Precauções.
Uso durante a gravidez e lactação: Neurontin® deve ser utilizado em lactantes e/ou grávidas apenas se os
benefícios superarem os riscos (vide item 5 – Advertências e Precauções).
Existem relatos espontâneos e casos na literatura sobre depressão respiratória e/ou sedação associados ao uso de
gabapentina e de opioides. Em alguns desses relatos, os autores consideraram essa como sendo uma preocupação
particular com a combinação de gabapentina e opioides, especialmente em pacientes idosos.
Morfina
Em estudos envolvendo voluntários sadios (N=12), quando uma cápsula de liberação controlada de 60 mg de
morfina foi administrada 2 horas antes de uma cápsula de 600 mg de gabapentina, a AUC média da gabapentina
aumentou em 44% comparada a gabapentina administrada sem morfina. Isto foi associado a um aumento no
limiar de dor (cold-pressor test). O significado clínico destas alterações não foi definido. Os valores dos
parâmetros farmacocinéticos não foram afetados pela administração da gabapentina 2 horas após a de morfina.
Os efeitos colaterais observados, mediados por opioides associados à administração da gabapentina e da morfina
não foram significativamente diferentes dos associados à morfina e ao placebo. A magnitude da interação em
outras doses não é conhecida (vide item 5 Advertências e Precauções– Geral).
Não foram observadas interações entre a gabapentina e o fenobarbital, a fenitoína, o ácido valproico ou a
carbamazepina. Os perfis farmacocinéticos da gabapentina no estado de equilíbrio são similares para indivíduos
sadios e para pacientes epilépticos recebendo estes medicamentos anticonvulsivantes.
A coadministração de Neurontin® com contraceptivos orais contendo noretindrona e/ou etinilestradiol não
influencia a farmacocinética no estado de equilíbrio de qualquer dos componentes.
A coadministração de Neurontin® com antiácidos contendo alumínio e magnésio reduz a biodisponibilidade da
gabapentina em cerca de 20%. Recomenda-se que a gabapentina seja administrada 2 horas após a administração
de antiácidos.
A excreção renal da gabapentina não é alterada pela probenecida.
Uma leve redução na excreção renal de gabapentina, que é observada quando este fármaco é coadministrado com
cimetidina, parece não ter importância clínica.
Exames Laboratoriais
Foram relatados resultados falso-positivos no teste Ames N-Multistix SG® quando a gabapentina foi associada a
outros fármacos anticonvulsivantes. Para se determinar a proteinúria, recomenda-se o procedimento mais
específico de precipitação do ácido sulfossalicílico.
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Neurontin® comprimido revestido deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da
luz e umidade e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido
Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas do produto: comprimidos revestidos sulcados brancos, bipartidos e
elípticos.
Neurontin® é administrado por via oral, com quantidade suficiente de líquido para deglutição, podendo ser
ingerido com ou sem alimentos.
Cada comprimido revestido sulcado de Neurontin® 600 mg contém o equivalente a 600 mg de gabapentina.
Geral
Os comprimidos revestidos sulcados de 600 mg podem ser divididos ao meio no sulco, resultando em duas doses
iguais de 300mg.
Quando por julgamento clínico houver a necessidade de redução de dose, descontinuação ou substituição por um
fármaco alternativo, isto deve ser feito gradualmente, durante no mínimo 1 semana.
Epilepsia
¾ Adultos e Pacientes Pediátricos a partir de 12 anos de idade
Em estudos clínicos, a faixa de dose eficaz variou de 900 mg/dia a 3600 mg/dia. O tratamento pode ser iniciado
com a administração de 300 mg (½ comprimido de 600 mg), 3 vezes ao dia no 1º dia, ou ajustando-se a dose
(Tabela 3). Então, a dose pode ser aumentada em 3 doses igualmente divididas até um máximo de 3600 mg/dia.
Doses de até 4800 mg/dia foram bem toleradas em estudos clínicos abertos de longo prazo. O intervalo máximo
entre as doses no esquema de 3 vezes ao dia não deve ultrapassar 12 horas, para prevenir a reincidência de
convulsões.
TABELA 3
Esquema de Dosagem - Titulação Inicial
Dose Dia 1 Dia 2 Dia 3
MANHÃ ------
300 mg
(½ comprimido de 600 mg)
TARDE
------ ------ 300 mg
NOITE
Dor Neuropática
¾ Adultos
A dose inicial é de 900 mg/dia, administrada em três doses de 300 mg (½ comprimido de 600 mg) igualmente
divididas e aumentada se necessário com base na resposta ao tratamento até uma dose máxima de 3600 mg/dia.
A tabela 4 a seguir ilustra a titulação inicial e exemplifica os aumentos de dose que poderão ser feitos, se
necessário.
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TABELA 4
ESQUEMA POSOLÓGICO SUGERIDO
TITULAÇÃO INICIAL AUMENTO DE DOSE SE NECESSÁRIO
Dia 1
(300 mg)
Dia 2
(600 mg)
Dia 3
(900 mg)
1200 mg 1500 mg 1800 mg
MANHÃ ------ 300 mg
(½
comprimido
de 600 mg)
600 mg
(1 comprimido
TARDE ------ ------ 300 mg
NOITE 300 mg
(1
A dose de manutenção deve ser ajustada pelo médico, de acordo com a resposta do paciente, podendo-se chegar
ao máximo de 3600 mg/dia.
Ajuste de Dose na Insuficiência Renal em Pacientes com Dor Neuropática ou Epilepsia
O ajuste da dose é recomendado a pacientes com comprometimento de função renal (Tabela 5) e/ou em pacientes
sob hemodiálise.
TABELA 5
Doses de Neurontin® baseadas na função renal de adultos
Clearance da creatinina (mL/min) Dose Diária Total a
(mg/dia)
t 80 900 – 3600
50 – 79 600 – 1800
30 – 49 300 – 900
15 – 29 150b
– 600
< 15 150b
– 300
a
a dose diária total deve ser administrada conforme a posologia de três vezes ao dia. As doses usadas para tratar
os pacientes com função renal normal (clearance da creatinina 80 mL/min) variam de 900 mg/dia a 3600
mg/dia. As doses devem ser reduzidas em pacientes com insuficiência renal (clearance da creatinina < 79
mL/min).
b
deve ser administrado 300 mg, em dias alternados.
Ajuste de Dose em Pacientes Idosos
As mesmas doses recomendadas para adultos, tanto para epilepsia como para dor neuropática, podem ser
administradas em pacientes idosos. Para pacientes com função renal comprometida, a dose deve ser ajustada
conforme a Tabela 5.
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Ajuste de Dose em Pacientes sob Hemodiálise
Para os pacientes submetidos à hemodiálise que nunca receberam gabapentina, é recomendada uma dose de
ataque de 300 mg a 400 mg e, posteriormente doses de 200 mg a 300 mg de Neurontin® após cada 4 horas de
hemodiálise.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de administrar Neurontin® no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e
utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Epilepsia
A segurança de Neurontin® foi avaliada em mais de 2000 indivíduos e em pacientes participantes de estudos de
terapêutica de associação. O fármaco foi bem tolerado. Deste total, 543 pacientes participaram de estudos
clínicos controlados. Como Neurontin® foi frequentemente administrado em associação a outros fármacos
anticonvulsivantes, não foi possível determinar qual(is) fármaco(s) foi(ram) responsável(is) pelos eventos
adversos.
Neurontin® também foi avaliado como monoterapia em mais de 600 pacientes. Os eventos adversos observados
foram geralmente de intensidade leve a moderada.
Incidência em Estudos Clínicos Controlados da Terapêutica de Associação
A Tabela 6 lista os sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em pelo menos 1% dos pacientes com crises
parciais, que participaram de estudos placebo-controlados como terapêutica de associação. Nestes estudos, tanto
a gabapentina quanto o placebo foram administrados a pacientes recebendo outros fármacos anticonvulsivantes.
Os eventos adversos mais frequentemente relatados foram considerados de intensidade leve a moderada.
TABELA 6
Resumo dos sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em 1% dos pacientes tratados com
gabapentina em estudos placebo-controlados na terapia de associação
COSTART
Sistema / Eventos Adversos (EA)
gabapentina a
(N = 543)
nº de pacientes (%)
placebo a
(N = 378)
Geral
Dor abdominal 10 1,8 9 2,4
Dor lombar 10 1,8 2 0,5
Fadiga 60 11,0 19 5,0
Febre 7 1,3 5 1,3
Cefaleia 44 8,1 34 9,0
Infecção viral 7 1,3 8 2,1
Cardiovascular
Vasodilatação 6 1,1 1 0,3
Digestivo
Constipação 8 1,5 3 0,8
Anormalidades dentárias 8 1,5 1 0,3
Diarreia 7 1,3 8 2,1
Dispepsia 12 2,2 2 0,5
Aumento do apetite 6 1,1 3 0,8
Boca ou garganta seca 9 1,7 2 0,5
Náusea e/ou vômito 33 6,1 27 7,1
Hematológico e Linfático
Leucopenia 6 1,1 2 0,5
Diminuição da contagem de glóbulos
brancos
6 1,1 2 0,5
Metabólico e Nutricional
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14/jul/2014
Edema periférico 9 1,7 2 0,5
Ganho de peso 16 2,9 6 1,6
Músculoesquelético
Fratura 6 1,1 3 0,8
Mialgia 11 2,0 7 1,9
Nervoso
Amnésia 12 2,2 0 0,0
Ataxia 68 12,5 21 5,6
Confusão 9 1,7 7 1,9
Coordenação anormal 6 1,1 1 0,3
Depressão 10 1,8 4 1,1
Tontura 93 17,1 26 6,9
Disartria 13 2,4 2 0,5
Instabilidade emocional 6 1,1 5 1,3
Insônia 6 1,1 7 1,9
Nervosismo 13 2,4 7 1,9
Nistagmo 45 8,3 15 4,0
Sonolência 105 19,3 33 8,7
Pensamento anormal 9 1,7 5 1,3
Tremor 37 6,8 12 3,2
Abalos musculares 7 1,3 2 0,5
Respiratório
Tosse 10 1,8 5 1,3
Faringite 15 2,8 6 1,6
Rinite 22 4,1 14 3,7
Pele e Anexos
Escoriação 7 1,3 0 0,0
Acne 6 1,1 5 1,3
Prurido 7 1,3 2 0,5
Rash 8 1,5 6 1,6
Sentidos Especiais
Ambliopia 23 4,2 4 1,1
Diplopia 32 5,9 7 1,9
Urogenital
Impotência 8 1,5 4 1,1
a inclui tratamento concomitante com fármacos anticonvulsivantes.
Outros Eventos Adversos Observados Durante Todos os Estudos Clínicos
Terapêutica de Associação
São resumidos a seguir os eventos que ocorreram em pelo menos 1% dos participantes do estudo com epilepsia,
que receberam gabapentina em terapêutica de associação em qualquer estudo clínico e que não foram descritos
no item anterior, como sinais e sintomas que frequentemente ocorreram durante os estudos placebo-controlados.
¾ Geral: astenia, mal-estar, edema facial.
¾ Sistema cardiovascular: hipertensão.
¾ Sistema digestivo: flatulência, anorexia, gengivite.
¾ Sistemas hematológico e linfático: púrpura mais frequentemente descrita como contusões resultantes de
trauma.
¾ Sistema músculoesquelético: artralgia.
¾ Sistema nervoso: vertigem; hipercinesia; aumento, diminuição ou ausência de reflexos; parestesia;
ansiedade; hostilidade.
¾ Sistema respiratório: pneumonia.
¾ Sistema urogenital: infecção do trato urinário.
¾ Sentidos especiais: visão anormal, mais frequentemente descrita como um distúrbio da visão.
Monoterapia
Não foram relatados eventos adversos inesperados ou novos durante os estudos clínicos em monoterapia.
Tonturas, ataxia, sonolência, parestesia e nistagmo correlacionaram-se à dose ao se comparar 300 mg/dia a 3600
mg/dia.
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Uso em Pacientes Idosos:
Cinquenta e nove indivíduos com idade a partir de 65 anos receberam gabapentina em estudos clínicos pré-
comercialização. Os efeitos adversos relatados entre estes pacientes não diferiram do tipo de efeitos adversos
relatados por indivíduos mais jovens. Para pacientes com a função renal comprometida, deve ser feito o ajuste da
dose (vide item 8 - Posologia e Modo de Usar - Ajuste de Dose na Insuficiência Renal em Pacientes com Dor
Neuropática ou Epilepsia e Ajuste de Dose em Pacientes sob Hemodiálise).
Interrupção do Tratamento Devido a Eventos Adversos
Aproximadamente 7% dos mais de 2000 voluntários sadios e pacientes com epilepsia, espasticidade ou
enxaqueca, que receberam gabapentina em estudos clínicos, descontinuaram o tratamento devido a eventos
Em todos os estudos clínicos, os eventos que ocorreram mais frequentemente e que contribuíram para a
descontinuação do tratamento com a gabapentina incluíram sonolência, ataxia, tontura, fadiga e náusea e/ou
vômito. Quase todos os participantes tiveram queixas múltiplas e nenhuma delas pôde ser caracterizada como
primária.
Em estudos anteriores à comercialização, aproximadamente 8% dos 659 pacientes que receberam gabapentina
como monoterapia ou passaram para a monoterapia, descontinuaram o tratamento devido a um evento adverso.
Os eventos adversos mais comumente associados com a descontinuação foram tontura, nervosismo, ganho de
peso, náusea e/ou vômito e sonolência.
Dor Neuropática
TABELA 7
Resumo dos sinais e sintomas que surgiram com o tratamento em t 1% de pacientes tratados com
gabapentina em estudos de dor neuropática placebo-controlados
Sistema / Eventos Adversos
gabapentina
(N = 821)
placebo
(N = 537)
Dor abdominal 23 2,8 17 3,2
Lesão acidental 32 3,9 17 3,2
Astenia 41 5,0 25 4,7
Dor lombar 19 2,3 8 1,5
Sintomas de gripe 21 2,6 14 2,6
Cefaleia 45 5,5 33 6,1
Infecção 38 4,6 40 7,4
Dor 30 3,7 36 6,7
Constipação 19 2,3 9 1,7
Diarreia 46 5,6 24 4,5
Boca seca 27 3,3 5 0,9
Dispepsia 16 1,9 10 1,9
Flatulência 14 1,7 6 1,1
Náusea 45 5,5 29 5,4
Vômito 16 1,9 13 2,4
Edema periférico 44 5,4 14 2,6
Ganho de peso 14 1,7 0 0,0
Alteração da marcha 9 1,1 0 0,0
Amnésia 15 1,8 3 0,6
Ataxia 19 2,3 0 0,0
Confusão 15 1,8 5 0,9
Tontura 173 21,1 35 6,5
Hipestesia 11 1,3 3 0,6
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Sonolência 132 16,1 27 5,0
Pensamento anormal 12 1,5 0 0,0
Tremor 9 1,1 6 1,1
Vertigem 8 1,0 2 0,4
Dispneia 9 1,1 3 0,6
Faringite 15 1,8 7 1,3
Rash 14 1,7 4 0,7
Ambliopia 15 1,8 2 0,4
Experiência Pós-Comercialização
Foram relatadas mortes súbitas inexplicadas em que a relação causal com o tratamento com Neurontin® não foi
estabelecida. Os eventos adversos adicionais relatados pós-comercialização incluem aumento da creatina
fosfoquinase sérica, rabdomiólises, insuficiência renal aguda, reação alérgica incluindo urticária, alopecia,
angioedema, hiperglicemia e hipoglicemia (mais frequente em pacientes diabéticos), hipertrofia da mama, dor no
peito, DRESS, elevação nos testes de função hepática, eritema multiforme, queda, edema generalizado,
ginecomastia, alucinações, hepatite, hipersensibilidade incluindo reações sistêmicas, icterícia, perda de
consciência, distúrbios de movimento tais como coreoatetose, discinesia e distonia, mioclonia, palpitação,
pancreatite, disfunção sexual (incluindo alterações na libido, distúrbios de ejaculação e anorgasmia), síndrome
de Stevens-Johnson, trombocitopenia, tinido e incontinência urinária.
Também foram relatados eventos adversos após a descontinuação abrupta de gabapentina. Os eventos mais
frequentemente relatados foram ansiedade, insônia, náusea, dor e sudorese.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.