Bula do Nitrop para o Profissional

Bula do Nitrop produzido pelo laboratorio Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Nitrop
Hypofarma - Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO NITROP PARA O PROFISSIONAL

NITROP®

nitroprusseto de Sódio

25 mg/mL

Solução Injetável

______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________________

APRESENTAÇÕES

Solução injetável, estéril e apirogênica.

Cartucho com 01 ampola de vidro âmbar de 2 mL

Cartucho com 05 ampolas de vidro âmbar de 2 mL

INFUSÃO INTRAVENOSA

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada mL da solução injetável contém:

nitroprusseto de sódio .............................................. 25 mg

água para injetáveis q.s.p......................................... 1 mL

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS

DE SAÚDE

1- INDICAÇÕES

O Nitrop®

é indicado para:

- Estimular o débito cardíaco e reduzir as necessidades de

oxigênio do miocárdio na insuficiência cardíaca

secundária ao infarto agudo do miocárdio, na doença

valvular mitral e aórtica e na cardiomiopatia, incluindo

tratamento intra e pós operatório de pacientes submetidos

a cirurgia cardíaca.

- Produzir hipotensão controlada durante intervenções

cirúrgicas, enquanto o paciente está sob anestesia, com

objetivo de reduzir a perda sanguínea intra-operatório e

diminuir o fluxo sanguíneo no campo operatório.

- Reduzir rápida e eficazmente a pressão sanguínea em

crises hipertensivas.

- Situações que requerem redução imediata da pressão

sanguínea como encefalopatia hipertensiva, hemorragia

cerebral, descompensação cardíaca aguda acompanhada

por edema pulmonar, aneurisma dissecante, síndrome do

sofrimento respiratório idiopático em recém-nascidos,

nefrite glomerular aguda e ressecção cirúrgica de

feocromocitoma.

- Espasmo arterial grave e para pronta correção da

isquemia dos vasos periféricos provenientes de

envenenamento com medicamentos contendo ergotamina.

- Aumentar o fluxo sanguíneo periférico e, com isto,

também estimular a troca das substâncias de diálise

peritonial e para acelerar a troca de calor em casos de

pirexia extrema.

Obs.: Sempre que possível, iniciar precocemente a

medicação anti-hipertensiva oral durante o

tratamento com o nitroprusseto de sódio, para que a duração

do mesmo seja reduzida.

2- RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em avaliação da eficácia e da segurança do nitroprusseto de

sódio em pacientes com insuficiência cardíaca aguda de

baixo débito (≤ 2L/min/m2), 78 pacientes foram tratados

com dose titulada para manter a pressão arterial média entre

65 e 70 mmHg e comparados com 97 pacientes controles

tratados com outros fármacos. Os pacientes tratados com

nitroprusseto de sódio tinham a pressão venosa central

média e a pressão de parede capilar pulmonar basais mais

elevadas; os demais dados demográficos basais foram

similares. Os pacientes tratados com nitroprusseto de sódio

tiveram maior resposta positiva dos parâmetros

hemodinâmicos, menor necessidades de fármacos

inotrópicos e de deterioração da função renal, menor taxa de

mortalidade por todas as causas e mesma faixa de re-

hospitalização. Os autores concluíram que o nitroprusseto de

sódio, associado a outras medidas terapêuticas, melhorou a

evolução a curto e longo prazo de pacientes com

insuficiência cardíaca aguda de baixo débito (1).

A hipotensão induzida durante a anestesia permite melhores

condições cirúrgicas em vários procedimentos tais como

excisões de tecidos em grandes queimados, cirurgias de

cabeça e pescoço, no feocromocitoma, em aneurismas

cerebrais e na coarctação da aorta. A hipotensão profunda é

de grande valor na hipofisectomia transesfenoidal, na

dacriocistorrinostomia e na cirurgia do ouvido médio. O

nitroprusseto de sódio é utilizado para este fim, sendo um

valioso agente hipotensor, pois é barato, tem atividade

previsível e dose-dependente e é rapidamente reversível.

Cuidados devem ser tomados com a administração em altas

concentrações, na presença de hipovitaminose B12 e na

possibilidade de resistência ao seu efeito (2).

Durante 10 anos, no pronto-atendimento de um hospital

geral, 454 pacientes foram admitidos com hipertensão

arterial e 110 requisitaram cuidados emergenciais. 84 destes

apresentavam sinais e sintomas de hipertensão de longa data

com manifestações neurológicas. 57 pacientes foram

tratados com diazóxido ou hidralazina em bôlus intravenoso

com a finalidade de reduzir os níveis pressóricos para a faixa

normal em 12 a 24 horas; 13 tiveram hipotensão sintomática

e 4 ficaram com seqüelas neurológicas. Posteriormente, o

protocolo foi modificado para o uso de nitroprusseto de

sódio ou labetalol, em infusão contínua controlada, com a

finalidade de reduzir os níveis pressóricos para a faixa

normal de modo gradual e em até 96 horas; 53 pacientes

foram tratados deste modo e não ocorreram reações adversas

irreversíveis e nem seqüelas neurológicas. Os autores

concluíram que este segundo modelo de tratamento foi

eficaz e mais seguro, em comparação ao anterior (3).

No período agudo, de 24 a 48 horas após a ocorrência de

um acidente vascular cerebral isquêmico, o controle

pressórico é essencial. Em pacientes não tratados

previamente para hipertensão arterial e com níveis de

pressão sistólica entre 180 e 220 mmHg e de diastólica

abaixo de 120 mmHg, anti-hipertensivos não devem ser

utilizados. Em pacientes já tratados, com pressão na faixa

acima, e em pacientes tratados e não tratados com faixas

superiores de pressão arterial, o tratamento com fármacos

intravenosos deve ser implementado o mais

precocemente possível. Dentre as alternativas

terapêuticas existentes, pelo custo, rapidez de início de

atividade, ação dose-dependente e rápida reversibilidade,

o nitroprusseto de sódio é o fármaco de escolha (4).

O ergotismo é caracterizado por um quadro de espasmo

vascular sustentado, o qual é causado pela intoxicação por

ergotamina e seus derivados, os quais são utilizados, em

especial, para o tratamento da cefaléia vascular

(enxaqueca). O espasmo ocorre, predominantemente, nos

membros inferiores e/ou superiores, com sinais clássicos

de palidez, frieza e ressecamento e, se não tratado de

modo emergencial, pode levar à gangrena seca e,

posteriormente, levar à infecção secundária e sepse. O

tratamento é caracterizado pela interrupção imediata da

ingestão de ergotamina e derivados e pelo uso de

vasodilatadores potentes. Na fase aguda, a utilização de

nitroprusseto de sódio por via intravenosa, pela rapidez de

início de ação, potência, possibilidade de titulação de dose

e rápida reversibilidade do efeito, é droga de eleição,

isolada ou combinada com outros agentes parenterais e/ou

orais (5).

Em pacientes com insuficiência renal em tratamento por

diálise peritoneal crônica, a administração de

nitroprusseto de sódio junto com a solução de diálise, pela

via peritoneal, resultou em uma elevação significativa no

clearance (eliminação) de moléculas pequenas e médias.

A manutenção deste maior clearance dependeu do uso

contínuo do fármaco, o qual pôde ser feito por, pelo

menos, 6 sessões, sem a ocorrência de reações adversas

(6).

Referências bibliográficas

1- W. Mullens e cols. Sodium nitroprusside for advanced

low-output heart failure. Journal of the American College

of Cardiology 2008; 52 (3): 200-7.

2- Expert Opinion. Sodium nitroprusside in anaesthesia.

British Medical Journal 1975 June; 524-5.

3- J. E. Deal e cols. Management of hypertensive

emergencies. Archives of Disease in Childhood 1992; 67:

1089-92.

4- A. Semplicini e L. Caló. Administering

antihypertensive drugs after acute ischemic stroke: timing

is everything. Canadian Medical Association Journal

2005; 172 (5): 625-6.

5- S. Y. Jeong e cols. Ergotism with ischemia in all four

extremities: a case report. Journal of Clinical Neurology

2006; 2 (4): 279-82.

6- F. O. Finkelstein e cols. Effect of nitroprusside on

peritoneal dialysis clearances. The Yale Journal of

Biology and Medicine 1980; 53: 127-32.

3- CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Mecanismo de ação

Administrado em infusão intravenosa, o nitroprusseto de

sódio é um potente vasodilatador. Seu efeito sobre os vasos

sanguíneos começa imediatamente após o início da infusão,

é fácil de ser controlado e cessa logo após o fim da infusão.

A droga exerce seu efeito, inicialmente, sobre os vasos

sanguíneos contraídos por espasmo, enquanto que a

dilatação generalizada dos vasos periféricos ocorre com

doses muito mais elevadas. Esses vasos incluem tanto as

arteríolas quanto o leito de capacitância (venoso) pós-

capilar.

O nitroprusseto de sódio atua exclusivamente na

musculatura vascular e de modo independentemente do

sistema nervoso autônomo.

O nitroprusseto de sódio baixa a pressão sanguínea a

qualquer nível desejado, durante a infusão. Existe uma

relação direta entre dose e efeito, com base no estado

hemodinâmico inicial do paciente e sua idade. Pacientes

jovens requerem doses nitidamente mais elevadas do que

pacientes mais velhos para obter a mesma redução na

pressão sanguínea.

Graças ao seu efeito vasodilatador, o nitroprusseto de sódio,

mesmo quando administrado em doses relativamente baixas,

diminui a resistência à ejeção ventricular esquerda (pós-

carga) e a maior pressão de enchimento ventricular (pré-

carga). Dessa maneira, a droga reduz a necessidade de

oxigênio do miocárdio, especialmente no infarto do

miocárdio.

Farmacocinética

O nitroprusseto de sódio acumula-se nas células dos

músculos vasculares, onde diminui o tono muscular por si

mesmo ou formando nitrito “ativo”. Em doses terapêuticas, a

substância é completamente metabolizada em poucos

minutos. A degradação ocorre nos eritrócitos, onde o

nitroprusseto de sódio se desintegra depois de entrar em

contato com a hemoglobina, com a formação de

cianometemoglobina, Fe2+

e cianeto. Cianeto e

cianometemoglobina ficam retidos nos eritrócitos (cianeto

fixado) sem alterar significativamente a função destes

últimos, e só são liberados a baixa velocidade no plasma

(cianeto livre). No fígado, o cianeto livre é transformado

muito rapidamente em tiocianato relativamente não tóxico

na presença do tiossulfato e rodanase, uma enzima de alta

capacidade. A toxicidade do nitroprusseto de sódio, que foi

observada em casos de superdosagem e/ou ausência de

tiossulfato endógeno, é devida quase inteiramente à presença

de concentrações excessivamente elevadas (>8µg por 100

mL) de cianeto plasmático “livre”.

Em consequência da sua similaridade físico-química com o

íon iodeto, o tiocianato está sujeito a repetida recirculação

entero-hepática antes de ser eliminado pelos rins. Em

pessoas com rins funcionalmente normais, a meia-vida

biológica da substância é de vários dias. Em pacientes com

insuficiência renal, sua meia-vida pode ser

consideravelmente mais longa. Quando o nitroprusseto de

sódio é administrado em doses elevadas por mais de três

dias, pode resultar em níveis tóxicos de tiocianato (> 6 mg /

100 mL).

4- CONTRA-INDICAÇÕES

O produto não deve ser utilizado no tratamento da

hipertensão compensatória, isto é, em pacientes

com shunt arteriovenoso ou coarctação da aorta.

Também é contra-indicado em pacientes com

hipersensibilidade à droga ou aos componentes da

fórmula.

5- ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Se forem usadas quantidades excessivas de nitroprusseto

de sódio e se os suprimentos de enxofre, normalmente

tiossulfato, estiverem depletados, pode ocorrer toxicidade

por cianeto. Se a infusão do produto for prolongada,

principalmente se houver disfunção renal, a dose

recomendada não pode exceder a velocidade máxima de

infusão de 10 µg/kg/minuto. Se durante a terapia houver

tolerância aumentada à droga, mostrada pela necessidade

de aumento da velocidade de infusão, deve-se monitorar o

balanço ácido-base, pois a acidose metabólica é uma das

primeiras evidências de toxicidade por cianeto. Se esses

sinais aparecerem, a administração do produto deve ser

interrompida, substituindo-a por droga alternativa.

Em pacientes com distúrbios conhecidos do fluxo

sanguíneo cerebral, deve-se reduzir a pressão arterial com

extrema cautela e empregar doses mais baixas.

Havendo acentuada alteração da função hepática, só

devem ser administradas doses baixas ou associar

tratamento profilático usando os antídotos recomendados

(Ver Superdose). Em pacientes com hipotireoidismo,

deve-se ter em mente que concentrações mais elevadas de

tiocianato inibem a absorção de iodeto.

A relação risco-benefício deverá ser avaliada na presença

de anemia, insuficiência cerebrovascular, hipotireoidismo,

disfunção hepática ou renal, déficit de vitamina B12,

encefalopatias ou outros estados de hipertensão

intracraniana.

O nitroprusseto de sódio deve ser administrado

exclusivamente através de infusão intravenosa e em dose

não superior a 08 µg/kg/minuto. Em tratamentos

prolongados (superiores a 3 dias), é conveniente a

determinação do nível de tiocianato no sangue, que não

deve ultrapassar a 100 µg/mL

Uso na gravidez

Não está provado que o uso de nitroprusseto de sódio em

mulheres grávidas esteja isento de riscos; portanto, só

deve ser feito sob criteriosa avaliação médica, em casos

em que não haja outro recurso.

Uso durante a lactação

Os efeitos para lactante, caso existam, não são

conhecidos. A administração para mulheres que estão

amamentando somente deve ser realizada segundo critério

médico.

Pacientes idosos

Cuidados especiais devem ser tomados em pacientes

idosos, pois estes podem se apresentar mais sensíveis ao

medicamento. É importante ressaltar que o nitroprusseto

de sódio deve ser usado em unidade de terapia intensiva,

pois é necessário o monitoramento preciso da pressão

6- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Para aumentar o efeito hipotensor do nitroprusseto de sódio,

podem ser administrados outros fármacos anti-hipertensivos.

Deve-se atentar para os seguintes casos:

- Para ação a curto prazo, o agente concomitante empregado

deve demonstrar duração comparavelmente curta de ação

(meia vida biológica). As vantagens principais do Nitrop®

estão na facilidade de controle, pela rapidez dos efeitos e sua

rápida reversibilidade.

- Não são recomendados tratamentos simultâneos com

bloqueadores ganglionares de longa duração ou com

clonidina.

- A administração auxiliar de beta-bloqueadores é indicada

quando há previsão de tratamento prolongado com o

nitroprusseto de sódio.

- O uso concomitante com pré-anestésicos e anestésicos (por

exemplo, halotano) deve ser feito com cautela, pois estas

drogas interagem com o nitroprusseto de sódio, aumentando o

seu efeito hipotensor.

- Nos pacientes com deficiência de bombeamento (síndrome

de baixo débito) e congestão capilar pulmonar, é, em geral,

indicada a administração de uma droga inotrópica positiva,

como a dopamina. Nesses casos, a co-infusão de nitroprusseto

de sódio (0,5 – 1,8 µg/kg de peso corporal/min) e dopamina

em dose baixa (3,5 µg/kg de peso corporal/min; variação da

posologia de 3-7 µg/kg de peso corporal/min), provoca uma

queda de pressão capilar pulmonar, da pressão arterial

pulmonar e da velocidade de consumo específico de oxigênio

pelo miocárdio. O débito cardíaco aumenta e a função

circulatória geral fica sinergicamente estimulada.

7- CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO

MEDICAMENTO

O produto deve ser conservado em temperatura ambiente,

entre 15º e 30ºC, protegido da luz e no cartucho individual. As

ampolas de Nitrop®

devem ser mantidas ao abrigo da luz, em

local escuro.

A ampola de nitroprusseto de sódio deve ser aberta e/ou

diluída no momento do uso para se evitar possíveis

contaminações e ação da luz sobre o medicamento. Não

utilizar a solução se a mesma apresentar mudanças de cor (cor

original: vermelho-âmbar).

Depois de preparado em solução glicosada a 5% este

medicamento pode ser utilizado em até 24 horas, quando

seguidos todos os procedimentos recomendados.

Durante a sua manipulação (diluição em glicose a 5%),

armazenamento e administração, a solução injetável de

nitroprusseto de sódio deve ser protegida da luz, por essa

razão a utilização da embalagem plástica negra que

acompanha a ampola do produto e de catéter âmbar é

essencial. Durante a administração, tomar precaução para

evitar extravasamento, pois poderá causar irritação.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data

de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide

embalagem.

Não use o medicamento com o prazo de validade

vencido.

Para sua segurança mantenha o medicamento na

embalagem original.

Solução límpida, coloração vermelho-âmbar e isenta de

partículas em suspensão. Após diluição a solução se torna

levemente marrom.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance

de crianças.

8- POSOLOGIA E MODO DE USAR

POSOLOGIA

Observações gerais relativas à posologia

A velocidade da infusão terá que ser determinada para

cada paciente por meio de controle contínuo da pressão

sanguínea, não se permitindo que a dose ultrapasse as

doses máximas relacionadas abaixo. O nitroprusseto de

sódio deve ser administrado usando-se um regulador de

microgotas. Para evitar uma acentuada reação

compensatória que ocorre especialmente em pacientes

jovens associada a um aumento abrupto dos níveis de

catecolamina e renina, e com taquicardia, a dose tem de

ser aumentada lentamente até atingir o efeito desejado.

Não se deve interromper subitamente a infusão, mas num

espaço de tempo de 10 e 30 minutos, para evitar aumento

excessivo da pressão arterial (efeito rebote).

Sendo maior a idade do paciente, a dose necessária para

atingir a mesma redução da pressão arterial diminui.

Posologia padrão

Para infusão que dure até três horas, recomendam-se as

seguintes doses:

µg Nitrop®

/ kg / minuto

Dose inicial ..........................................................0,3 a 1µg

Dose média...................................................................3 µg

Dose máxima (adultos).................................................8 µg

Dose máxima (crianças)..............................................10µg

Em pacientes sob anestesia ou que estão recebendo

concomitantemente medicação anti-hipertensiva, uma

posologia geral de menos de 1 mg por kg de peso corporal

administrada durante um período de 3 horas é em geral

suficiente para atingir o nível desejado de hipotensão.

Numa velocidade de infusão de 3 µg por kg de peso

corporal por minuto, pode-se em geral reduzir a pressão

arterial a 60%-70% do nível pré-tratamento e mantê-la

nessa faixa.

A tabela abaixo mostra a quantidade de substância ativa

contida nas diferentes soluções de Nitrop®

( 1mL = 17 gotas = 50 microgotas)

Quantidade de substância ativa

contida em

2 mL de

Nitrop®

dissolvid

o em:

1

m

L

gota

micro

1000mL

de

solução

glicose

5%

5

0

µ

g

3µg 1µg

500mL

glicose a

6µg 2µg

250mL

2

12µg 4µg

Adaptação da dose à sensibilidade individual

Para adaptar a dose individualmente a cada paciente, pode-

se diluir primeiro a solução da ampola em 1000 mL (1 gota

terá cerca de 3 µg de nitroprusseto de sódio); ou

preferindo-se fazer a diluição em 500 mL infundindo a

solução resultante inicialmente em uma velocidade 2 vezes

menor que a calculada para o caso em questão, segundo a

fórmula adiante. Esta velocidade deverá ser aumentada

gradativamente até atingir-se um gotejamento tal que

propicie a desejada redução da pressão.

Caso se tenha utilizado um frasco de 1000 mL de solução

de glicose a 5%, uma vez atingida a dose de Nitrop®

adequada à redução desejada da pressão, substitui-se a

solução por outra de concentração de Nitrop®

mais

elevada (em frasco de 250 mL ou 500 mL de glicose a 5%)

com redução correspondente do número de gotas por

minuto (para ¼ ou para ½). O frasco de 1000 mL deverá

ser então eliminado.

Fórmula para calcular o número de gotas por minuto a

serem administradas:

1 - (valor posológico em µg/kg/min.) x (Peso do paciente

em kg) = número µg/min.

2 - nº µg/min. = número de gotas/minuto

µg/gotas

Deve-se prolongar a infusão com Nitrop®

até que o

paciente esteja em condições de continuar, com segurança,

o tratamento apenas com hipotensores orais.

O efeito hipotensor do Nitrop®

instala-se muito rapidamente, e

se interromper a infusão a pressão arterial volta imediatamente

valores anteriores ao tratamento. Por causa da rápida instalação

efeito e de sua intensidade, deve-se infundir a solução de Nitro

com um microrregulador de gotas ou uma bomba de infusão qu

permita estabelecer a velocidade adequada da infusão. A

velocidade de administração deve ser ajustada mediante freque

mensurações da pressão arterial a fim de se obter o

desejado efeito hipotensor.

Instruções para posologia especial

Posologia de longa duração

Na terapêutica de longa duração (dias e/ou semanas), não

se deve ultrapassar a velocidade média de infusão de 2,5

µg/kg de peso corporal/min., (equivalente a 3,6 mg/kg de

peso corporal/dia). Nas infusões lentas, os níveis de

cianeto tanto no plasma como no sangue têm de ser

controlados: os limites de tolerância são 100µg/100 mL

para concentrações sanguíneas de cianeto e/ou 8µg/ 100

mL para concentrações plasmáticas de cianeto.

Se esses valores forem ultrapassados ou sempre que se

administrarem doses superiores às recomendadas, deve-

se empregar os antídotos recomendados na parte referente

à Superdosagem como terapêutica ou tratamento

preventivo.

Administrando-se uma infusão por mais de 3 dias, deve-se

controlar também os valores de tiocianato no soro: eles

não devem exceder 6 mg/100 mL. Níveis excessivamente

elevados de tiocianato podem ser rapidamente diminuídos

com hemodiálise.

Posologia no espasmo vascular devido ao

envenenamento por ergotamina

As doses a serem administradas encontram-se nos limites

inferiores da dose recomendada (0,3 - 2,5 µg/kg de peso

corporal/min.). A duração da infusão é em geral de 10 a

30 horas.

Obs.: A posologia para crianças não muda, porém

deve-se tomar cuidados especiais, pois, apesar de não

termos encontrado evidências de contra-indicação do

uso do nitroprusseto de sódio em crianças, ainda não

está provado que esta prática está isenta de riscos.

ATENÇÃO: A eficácia deste medicamento depende da

capacidade funcional do paciente. Este medicamento é

um similar que passou por testes e estudos que

comprovam sua eficácia, qualidade e segurança,

conforme legislação vigente.

MODO DE USAR

O conteúdo da ampola de nitroprusseto de sódio deve ser

diluída em 250, 500 ou 1000 mL de solução glicosada a

5%, de forma a se obter um pH compatível com o

produto. A solução de infusão levemente marrom, assim

obtida, deve ser protegida da luz e usada imediatamente.

Qualquer solução remanescente após o término de infusão

deve ser descartada, bem como toda solução que se torne

descorada.

Instruções para a abertura da ampola de vidro de

1. Fazer o líquido eventualmente contido na parte superior

da ampola passar para a parte inferior por meio de

movimentos circulares ou pequenos golpes de dedo.

2. Segurando firmemente o corpo da ampola numa mão,

aplicar com a outra uma força sobre a parte superior, em

direção contrária ao ponto (ou seja, para baixo),

até o rompimento do gargalo da ampola.

3. Após aberta a ampola, insira a seringa a ser utilizada na

abertura. Inverta a ampola de vidro e retire o seu

conteúdo, puxando o êmbolo da seringa adequadamente. É

comum permanecer um discreto volume de líquido no

interior da ampola. Quando esvaziada, remova a ampola da

seringa, mantendo o seu êmbolo puxado.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os

horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu

médico.

9- REAÇÕES ADVERSAS

Reduzindo a pressão arterial demasiado rápido, podem

ocorrer os seguintes sintomas: náuseas, vômitos, sudorese,

cefaléia, vertigem, palpitações, apreensão, tremores

musculares, desconforto retroesternal e dor abdominal. Esses

sintomas desaparecem se a velocidade da infusão for mais

lenta ou se a infusão for interrompida temporariamente.

Outras reações adversas relatadas são:

Cardiovasculares: bradicardia, mudanças

eletrocardiográficas, taquicardia.

Dermatológicas: rash cutâneo.

Hematológicas: metemoglobinemia.

Neurológicas: pressão intracraniana elevada.

Diversas: flushing, estrias venosas, irritação no local de

infusão.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de

Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual www.saude.mg.gov.br, ou

Municipal.

10- SUPERDOSE

Se Nitrop®

for administrado em dose elevada durante longos

períodos, ou se ocorrer hiperdosagem de curta duração, os

níveis do tiossulfato endógeno disponível podem ficar

diminuídos e, consequentemente, a velocidade de

desintoxicação de cianeto ficará reduzida. Se, em

consequência, os níveis plasmáticos (livres) de cianeto

excederem o valor tolerável de 8 µg/100 mL, podem

aparecer os seguintes sintomas de intoxicação por cianeto:

Frequência respiratória aumentada, mesmo taquipnéia, na

presença de compleição rosada e boa circulação

sanguínea cutânea; vômitos; vertigem; elevação dos

quocientes de O2/CO2 no sangue; elevação das

concentrações sanguíneas de lactato, e mesmo acidose

(odor de HCN no ar expirado); respiração curta com

pulso imperceptível; reflexo pupilar ausente e pupilas

dilatadas.

Tratamento

Se for diagnosticado envenenamento por cianeto à luz de

sintomas acima descritos, devem ser imediatamente

tomadas as seguintes providências;

1- Interromper a infusão de Nitrop®

2- Infundir solução de hidroxicobalamina durante 15

minutos em quantidade equivalente a, pelo menos o dobro

da quantidade de Nitrop®

empregado. Obtém-se a solução

para infusão diluindo-se 100 mg de hidroxicobalamina em

100 mL de solução de glicose a 5%. Deve ser preparada

protegida da luz. Em emergências, a hidroxicobalamina

também pode ser administrada por via intramuscular. A

hidroxicobalamina reage com cianeto “livre” resultando

em cianocobalamina não tóxica (vitamina B12) que é

rapidamente eliminada;

3- Simultânea ou imediatamente depois, deve-se infundir

tiossulfato de sódio (12,5 g em 50 mL de solução de

glicose a 5%) durante 15 minutos. Em casos graves pode-

se repetir a infusão. Em consequência da passagem lenta

do tiossulfato através das membranas celulares, ele só age

completamente após 15 a 30 minutos. Os dois antídotos

podem ser administrados como co-infusão.

Como nenhuma das duas substâncias prejudica a ação do

nitroprusseto de sódio, também se podem administrar

hidroxicobalamina e/ou tiossulfato, profilaticamente,

enquanto se infunde o produto.

O uso recomendado até o presente, de agentes formadores

de metemoglobina (por exemplo nitrito de amilo), não é

aconselhável, pois a formação de grandes quantidades de

metemoglobina afetará ainda mais negativamente a

utilização já criticamente baixa de oxigênio do paciente

envenenado com cianeto.

Em caso de intoxicação ligue 0800 722 6001, se você

precisar de mais orientações sobre como proceder.

USO RESTRITO A HOSPITAIS

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.