Bula do Onicit para o Profissional

Bula do Onicit produzido pelo laboratorio Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Onicit
Schering-Plough Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO ONICIT PARA O PROFISSIONAL

ONICIT® 

(cloridrato de palonosetrona) 

 

Schering‐Plough Indústria Farmacêutica Ltda 

Solução Injetável 

0,05 mg/mL  

1

ONICIT®

cloridrato de palonosetrona

APRESENTAÇÕES

Solução injetável de

- 0,05 mg/mL em embalagem com 1 frasco-ampola com 1,5 mL (0,075 mg).

- 0,05 mg/mL em embalagem com 1 frasco-ampola com 5 mL (0,25 mg).

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

ONICIT 0,05 mg/mL:

Cada frasco-ampola de 1,5 mL contém 0,075 mg de palonosetrona na forma de cloridrato.

Cada frasco-ampola de 5 mL contém 0,25 mg de palonosetrona na forma de cloridrato.

Excipientes: manitol, edetato dissódico e tampão citrato em água para injetáveis. O pH dessa solução é de

4,5 a 5,5.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

ONICIT é indicado para:

Náuseas e Vômitos Induzidos por Quimioterapia

1) na prevenção de náuseas e vômitos agudos associados a ciclos inicial e de repetição de

quimioterapia contra o câncer moderadamente e altamente emetogênico, e

2) na prevenção de náuseas e vômitos tardios associados a ciclos inicial e de repetição de

quimioterapia contra o câncer moderadamente emetogênico.

Náuseas e Vômitos no Pós-Operatório

Na prevenção das náuseas e vômitos no pós-operatório (NVPO) por até 24 horas depois da cirurgia.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Náuseas e Vômitos Induzidos por Quimioterapia

A eficácia de uma injeção em dose única de palonosetrona na prevenção de náuseas e vômitos agudos e

tardios induzidos por quimioterapia tanto moderada quanto altamente emetogênica foi estudada em três

estudos clínicos Fase 3 e um estudo clínico Fase 2. Nesses estudos duplo-cegos, os índices de resposta

completa (sem episódios eméticos e sem medicação de resgate) e outros parâmetros de eficácia foram

avaliados durante, pelo menos, 120 horas após a administração da quimioterapia. A segurança e a eficácia

da palonosetrona em cursos repetidos de quimioterapia também foram estudadas.

Quimioterapia Moderadamente Emetogênica

Dois estudos clínicos Fase 3 duplo-cegos envolvendo 1.132 pacientes compararam dose única IV de

ONICIT ou com dose única IV de ondansetrona (estudo 1) ou com dolasetrona (estudo 2) administradas

30 minutos antes de quimioterapia moderadamente emetogênica que incluía carboplatina, cisplatina

≤ 50 mg/m2

, ciclofosfamida < 1.500 mg/m2

, doxorrubicina > 25 mg/m2

, epirrubicina, irinotecano e

metotrexato > 250 mg/m2

. Corticosteroides concomitantes não foram administrados profilaticamente no

estudo 1, e foram usados por apenas 4% a 6% dos pacientes no estudo 2. A maioria dos pacientes nesses

estudos era mulheres (77%), brancos (65%) e sem quimioterapia anterior (54%). A idade média era de 55

anos.

Quimioterapia Altamente Emetogênica

Um estudo Fase 2, duplo-cego e de doses variadas avaliou a eficácia da dose única IV de palonosetrona

de 0,3 a 90 mcg/kg (equivalente a < 0,1 mg a 6 mg de dose fixa) em 161 pacientes adultos com câncer

que nunca foram tratados com quimioterapia, e recebendo quimioterapia altamente emetogênica

(cisplatina ≥ 70 mg/m2

ou ciclofosfamida > 1.100 mg/m2

). Corticosteroides concomitantes não foram

2

administrados profilaticamente. A análise de dados desse estudo indica que 0,25 mg é a menor dose

eficaz na prevenção de náuseas e vômitos agudos induzidos por quimioterapia altamente emetogênica.

Um estudo clínico, Fase 3, duplo-cego envolvendo 667 pacientes comparou dose única IV de ONICIT

com dose única IV de ondansetrona (estudo 3) administrada 30 minutos antes da quimioterapia altamente

emetogênica que incluiu cisplatina ≥ 60 mg/m2

, ciclofosfamida > 1.500 mg/m2

e dacarbazina.

Corticosteroides foram co-administrados profilaticamente antes da quimioterapia em 67% dos pacientes.

Dos 667 pacientes, 51% eram mulheres, 60% brancos e 59% nunca haviam sido tratados com

quimioterapia. A idade média era de 52 anos.

A atividade antiemética de ONICIT foi avaliada durante a fase aguda (0-24 horas) (Tabela 1), fase tardia

(24-120 horas) (Tabela 2) e fase total (0-120 horas) (Tabela 3) pós-quimioterapia em estudos clínicos

Fase 3.

Tabela 1: Prevenção de Náuseas e Vômitos Agudos (0-24 horas):

Índices de Resposta Completa

Quimioterapia Estudo Grupo de

Tratamento

Na

% com

Resposta

Completa

valor de pb

Intervalo de Confiança de 97,5%

ONICIT menos Comparativoc

Diferença nos Índices de Resposta Completa

Moderadamente

Emetogênica

1 ONICIT

0,25 mg

189 81 0,009

ondansetrona

32 mg IV

185 69

2 ONICIT

189 63 NS

dolasetrona

100 mg IV

191 53

Altamente

3 ONICIT

223 59 NS

221 57

a Corte de intenção de tratamento

b Teste exato de Fisher bilateral. Nível de significância em  = 0,025.

c Os estudos foram desenhados para revelar não-inferioridade. Um limite inferior maior que –15% demonstra não-inferioridade

entre ONICIT e comparativo.

Esses estudos mostram que o ONICIT foi eficaz na prevenção de náuseas e vômitos agudos associados

aos cursos iniciais e de repetição de quimioterapia contra câncer moderada a altamente emetogênico. No

estudo 3, a eficácia foi maior quando corticosteroides profiláticos foram administrados

concomitantemente. A superioridade clínica sobre outros antagonistas do receptor 5-HT3 não foi

adequadamente demonstrada na fase aguda.

3

Tabela 2: Prevenção de Náuseas e Vômitos Tardios (24-120 horas):

Quimioterapia Estudo

Grupo de

Tratamento Na

Completa valor de pb

189 74 <0,001

185 55

189 54 0,004

191 39

Esses estudos mostram que o ONICIT foi eficaz na prevenção de náuseas e vômitos tardios associados a

cursos iniciais e de repetição de quimioterapia moderadamente emetogênica.

Tabela 3: Prevenção de Náuseas e Vômitos Globais (0-120 horas):

189 69 <0,001

185 50

189 46 0,021

191 34

Esses estudos mostram que o ONICIT foi eficaz na prevenção de náuseas e vômitos durante todo o

período de 120 horas (5 dias) após os cursos inicial e de repetição de quimioterapia contra o câncer

moderadamente emetogênico.

Náuseas e Vômitos no Pós-Operatório

Em um estudo clínico multicêntrico, randomizado, estratificado, duplo-cego, de grupo paralelo, fase 3

(Estudo 1), a palonosetrona foi comparada a placebo na prevenção de NVPO em 546 pacientes que se

submeteram a cirurgia abdominal e ginecológica. Todos os pacientes receberam anestesia geral. O Estudo

1 foi pivotal e conduzido predominantemente nos Estados Unidos em um grupo de pacientes selecionados

entre os eletivos para cirurgia ginecológica ou laparoscopia abdominal e a randomização foi estratificada

para os seguintes fatores de risco: gênero, não fumante, histórico de náuseas e vômitos no pós-operatório

e/ou por movimento.

4

No Estudo 1, os pacientes foram randomizados para receber palonosetrona 0,025 mg, 0,050 mg ou

0,075 mg ou placebo, administrado por via intravenosa imediatamente antes da indução da anestesia. A

atividade antiemética da palonosetrona foi avaliada pelo período de 0 a 72 horas após a cirurgia.

Dos 138 pacientes tratados com 0,075 mg de palonosetrona no Estudo 1 e avaliados para eficácia, 96%

eram mulheres, 66% tinham histórico de náuseas e vômitos no pós-operatório e/ou por movimento, 85%

eram não-fumantes. Na avaliação por etnia, 63% eram brancos, 20% eram negros, 15% eram hispânicos e

1% era asiático. A idade dos pacientes variou de 21 a 74 anos, com uma idade média de 37,9 anos. Três

pacientes tinham mais de 65 anos de idade.

A medida da co-eficácia primária foi a Resposta Completa (RC) definida como nenhum episódio emético

e não utilização de medicamentos de resgate em 0 a 24 horas e 24 a 72 horas após a cirurgia.

O desfecho da eficácia secundária inclui:

- Resposta Completa (RC) 0 a 48 e 0 a 72 horas;

- Controle Completo (CC) definido como RC e não mais que uma náusea leve;

- Gravidade das náuseas (nenhuma, leve, moderada e grave).

A hipótese primária no Estudo 1 foi que pelo menos uma de três doses de palonosetrona fosse superior ao

placebo.

Os resultados para Resposta Completa no Estudo 1 para 0,075 mg de palonosetrona versus placebo foram

descritos na tabela seguinte:

Tabela 4: Prevenção das Náuseas e Vômitos no Pós-Operatório; Resposta Completa (RC), Estudo 1,

0,075 mg de Palonosetrona versus Placebo

Tratamento n/N (%) Palonosetrona vs Placebo

variação Valor de p*

Co-desfecho primário

RC 0 a 24 horas

palonosetrona 59/138 (42,8%) 16,8% 0,004

Placebo 35/135 (25,9%)

palonosetrona 87/138 (48,6%) 7,8% 0,188

Placebo 55/135 (40,7%)

* Para alcançar significância estatística para cada co-desfecho primário, o limite de significância

requerido para o menor valor de p foi p < 0,017.

Variação da diferença (%): 0,075 mg de palonosetrona menos placebo.

A dose de 0,075 mg de palonosetrona reduziu a gravidade das náuseas comparada com o placebo. A

análise de outro desfecho secundário indicou que 0,075 mg de palonosetrona foi numericamente melhor

que o placebo, entretanto, a significância estatística não foi formalmente demonstrada.

Um estudo randomizado de fase 2, duplo-cego, multicêntrico, controlado por placebo de variação de dose

foi realizado para avaliar a palonosetrona intravenosa na prevenção de náuseas e vômitos no pós-

operatório em cirurgia abdominal ou histerectomia vaginal. Cinco doses de palonosetrona IV

(0,1 mcg/kg, 0,3 mcg/kg, 1,0 mcg/kg, 3,0 mcg/kg e 30 mcg/kg) foram avaliadas em um total de 381

pacientes com intenção de tratar. A medida da eficácia primária é a proporção de pacientes com resposta

completa nas primeiras 24 horas após a recuperação da cirurgia. A menor dose efetiva foi de 1 mcg/kg de

palonosetrona (aproximadamente 0,075 mg) que teve uma taxa de resposta completa de 44% versus 19%

para o placebo, p = 0,004. A dose de 1 mcg/kg de palonosetrona também reduziu significantemente a

gravidade das náuseas versus placebo, p = 0,009.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

AÇÕES: O cloridrato de palonosetrona é um agente antiemético e antinauseante. É um antagonista

seletivo do receptor subtipo 3 da serotonina (5-HT3) com uma alta afinidade de ligação por esse receptor.

FARMACOLOGIA CLÍNICA:

Propriedades Físicas e Químicas

O cloridrato de palonosetrona é um pó cristalino de branco a esbranquiçado. É facilmente solúvel em

água, solúvel em propilenoglicol e ligeiramente solúvel em etanol e 2-propanol.

5

Quimicamente, o cloridrato de palonosetrona é: cloridrato de (3aS)-2-[(S)-1-azabiciclo[2.2.2]oct-3-il]-

2,3,3a,4,5,6-hexaidro-1-oxo-1Hbenz[de] isoquinolina. A fórmula empírica é C19H24N2O•HCl, com um

peso molecular de 332,87. O cloridrato de palonosetrona existe como um isômero único.

Farmacodinâmica

A palonosetrona é um antagonista seletivo do receptor 5-HT3 (serotonina subtipo 3) com uma alta

afinidade de ligação por esse receptor e pouca ou nenhuma afinidade por outros receptores. A

palonosetrona difere dos outros setrons de primeira geração existentes no mercado por apresentar uma

alta afinidade de ligação ao receptor e prolongamento importante da meia-vida plasmática.

A quimioterapia para tratamento do câncer está associada a uma elevada incidência de náuseas e vômitos,

particularmente quando são utilizados determinados agentes, como a cisplatina. Os receptores 5-HT3

estão localizados nos terminais nervosos do vago na periferia e centralmente na zona do gatilho de

quimiorreceptor da área postrema. Acredita-se que os agentes quimioterápicos produzam náuseas e

vômitos por meio da liberação de serotonina das células enterocromafins do intestino delgado, e que a

serotonina liberada então ativaria os receptores 5-HT3 localizados nos aferentes vagais para iniciar o

reflexo de vômito.

As náuseas e vômitos no pós-operatório são influenciados por múltiplos fatores relacionados ao paciente,

a cirurgia e a anestesia. São desencadeados pela liberação de 5-HT3 em uma cascata de eventos neuronais

envolvendo o sistema nervoso central e o trato gastrintestinal. O receptor 5-HT3 demonstrou participar

seletivamente na resposta emética.

Os efeitos da palonosetrona sobre a pressão arterial, a frequência cardíaca e os parâmetros

eletrocardiográficos, inclusive QTc, foram comparáveis aos da ondansetrona e da dolasetrona em estudos

clínicos para náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia (NVIQ). Nos estudos clínicos para náuseas e

vômitos no pós-operatório (NVPO) os efeitos da palonosetrona sobre o intervalo QTc não foram

diferentes do placebo. Em estudos não-clínicos, a palonosetrona possui a habilidade de bloquear canais de

íons envolvidos na despolarização e repolarização ventricular e de prolongar a duração do potencial de

ação.

O efeito da palonosetrona no intervalo QTc foi avaliado em um estudo clínico duplo cego, randomizado,

paralelo, controlado por placebo e positivo (moxifloxacino) em homens e mulheres adultos. O objetivo

foi avaliar os efeitos no eletrocardiograma (ECG) da administração IV de palonosetrona em doses únicas

de 0,25 mg, 0,75 mg ou 2,25 mg em 221 indivíduos sadios. O estudo demonstrou que não há efeito em

qualquer intervalo do ECG incluindo a duração do intervalo QTc (repolarização cardíaca) em doses de até

2,25 mg.

Farmacocinética

Após administração intravenosa de palonosetrona em indivíduos saudáveis e pacientes com câncer, um

declínio inicial nas concentrações plasmáticas é seguido por uma lenta eliminação do corpo. A

concentração plasmática máxima (Cmáx) média e a área da curva de concentração-tempo (AUC) são

geralmente proporcionais à dose na faixa de doses de 0,3 a 90 mcg/kg em indivíduos saudáveis e em

pacientes com câncer. Após dose intravenosa (IV) única de palonosetrona de 3 mcg/kg (ou

0,21 mg/70 kg) em seis pacientes com câncer, estimou-se que a concentração plasmática máxima média

(±DP) era de 5,6 ± 5,5 ng/mL e a AUC média era de 35,8 ± 20,9 ng·h/mL.

Após dose intravenosa de palonosetrona em pacientes que passaram por cirurgia (abdominal ou

histerectomia vaginal), as características farmacocinéticas da palonosetrona foram similares a aquelas

observadas em pacientes com câncer.

Distribuição: a palonosetrona tem um volume de distribuição de aproximadamente 8,3 ± 2,5 L/kg.

Aproximadamente 62% da palonosetrona estão ligados a proteínas plasmáticas.

Metabolismo: a palonosetrona é eliminada por várias vias com aproximadamente 50% metabolizados

para formar dois metabólitos principais: N-óxido-palonosetrona e 6-S-hidroxi-palonosetrona. Cada um

desses metabólitos tem menos de 1% da atividade de antagonista do receptor 5-HT3 da palonosetrona.

Estudos de metabolismo in vitro sugeriram que a CYP2D6 e, em menor grau, a CYP3A e a CYP1A2

estão envolvidas no metabolismo da palonosetrona. Entretanto, os parâmetros farmacocinéticos clínicos

6

não são significativamente diferentes entre os metabolizadores fracos e intensos de substratos da

CYP2D6.

Eliminação: depois de uma dose intravenosa única de 10 mcg/kg [C14

]-palonosetrona, aproximadamente

80% da dose foram recuperados nas primeiras 144 horas na urina, com palonosetrona representando

aproximadamente 40% da dose administrada. Em indivíduos saudáveis, a depuração corpórea total de

palonosetrona foi de 160 ± 35 mL/h/kg, e a depuração renal foi de 66,5 ± 18,2 mL/h/kg. A meia-vida de

eliminação terminal média é de aproximadamente 40 horas.

TOXICOLOGIA PRÉ-CLÍNICA:

Carcinogênese, Mutagênese, Comprometimento da Fertilidade

Em um estudo de carcinogenicidade de 104 semanas em camundongos CD-1, os animais foram tratados

com doses orais de palonosetrona de 10, 30 e 60 mg/kg/dia. O tratamento com palonosetrona não foi

tumorigênico. A maior dose testada produziu uma exposição sistêmica à palonosetrona (AUC plasmática)

de cerca de 150 a 289 vezes a exposição humana (AUC = 29,8 ng·h/mL) na dose intravenosa

recomendada de 0,25 mg. Em um estudo de carcinogenicidade de 104 semanas em ratos Sprague-

Dawley, ratos machos e fêmeas foram tratados com doses orais de 15, 30 e 60 mg/kg/dia e de 15, 45 e

90 mg/kg/dia, respectivamente. As maiores doses produziram uma exposição sistêmica à palonosetrona

(AUC plasmática) de 137 e 308 vezes a exposição humana na dose recomendada. O tratamento com

palonosetrona produziu incidências aumentadas de feocromocitoma benigna adrenal e feocromocitoma

benigna e maligna associadas, incidências aumentadas de adenoma e de combinação de adenoma e

carcinoma de células de ilhota pancreática e adenoma hipofisário em ratos machos. Nas ratas, produziu

adenoma e carcinoma hepatocelular e incidências aumentadas de adenoma e de combinação de adenoma

e carcinoma de células C de tireoide.

A palonosetrona não foi genotóxica no teste de Ames, no teste de mutação anterógrada com células de

ovário de hamster chinês (CHO/HGPRT), no teste de síntese não-programada de DNA (UDS) em

hepatócito ex vivo ou no teste de micronúcleo de camundongo. Foi, contudo, positivo para efeitos

clastogênicos no teste de aberração cromossômica em célula de ovário de hamster chinês (CHO).

Foi constatado que a palonosetrona em doses orais de até 60 mg/kg/dia (aproximadamente 1.894 vezes a

dose intravenosa humana recomendada com base em área de superfície corporal) não apresenta nenhum

efeito sobre a fertilidade e o desempenho reprodutivo de ratos machos e fêmeas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade conhecida ao

princípio ativo ou a qualquer um de seus componentes.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Geral

Podem ocorrer reações de hipersensibilidade em pacientes que apresentaram hipersensibilidade

a outros antagonistas seletivos do receptor 5-HT3.

Efeitos sobre a habilidade de conduzir veículos e usar máquinas

Não foram observados efeitos sobre a habilidade de conduzir veículos e usar máquinas.

Idosos e grupos de risco

Ver “POSOLOGIA”.

Uso durante a gravidez e a lactação

Gravidez, Efeitos Teratogênicos

Categoria B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou

do cirurgião-dentista.

Foram realizados estudos teratogênicos em ratos com doses orais de até 60 mg/kg/dia (1.894

vezes a dose intravenosa humana recomendada baseada em área de superfície corporal) e em

coelhos com doses orais de até 60 mg/kg/dia (3.789 vezes a dose intravenosa humana

7

recomendada baseada em área de superfície corporal); esses estudos não revelaram evidências

de fertilidade comprometida nem de dano ao feto por causa da palonosetrona. Entretanto, não

existem estudos adequados e bem-controlados em mulheres gestantes.

Uma vez que os estudos de reprodução em animais nem sempre são preditivos de resposta

humana, a palonosetrona só deverá ser usada durante a gravidez se evidentemente necessário.

Lactação

Não se sabe se a palonosetrona é excretada no leite humano. Uma vez que muitos fármacos são

excretados no leite humano e por causa do potencial de reações adversas sérias nos bebês

lactentes e do potencial de tumorigenicidade demonstrado para a palonosetrona no estudo de

carcinogenicidade em ratos, deve-se decidir quanto à suspensão da amamentação ou da

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A palonosetrona é eliminada do corpo através da excreção renal e das vias metabólicas, com as últimas

mediadas por várias enzimas CYP. Estudos in vitro adicionais indicaram que a palonosetrona não é uma

inibidora da CYP1A2, CYP2A6, CYP2B6, CYP2C9, CYP2D6, CYP2E1 e CYP3A4/5 (CYP2C19 não foi

investigada), e não induz a atividade da CYP1A2, CYP2D6 ou CYP3A4/5. Portanto, o potencial para

interações medicamentosas clinicamente significativas com a palonosetrona parece ser baixo.

A administração concomitante de 0,25 mg de palonosetrona IV e 20 mg de dexametasona IV em

indivíduos sadios foi segura e bem tolerada. Nesse estudo não houve interação farmacocinética entre a

palonosetrona e a dexametasona.

Em um estudo de interação em indivíduos sadios onde 0,25 mg de palonosetrona (bolus IV) foi

administrada no dia 1 e aprepitante foi administrado por via oral por 3 dias (125 mg/80 mg/80 mg), a

farmacocinética da palonosetrona não foi significantemente alterada (não houve alteração na AUC e 15%

de aumento na Cmáx).

Um estudo em voluntários saudáveis envolvendo dose única IV de palonosetrona (0,75 mg) e

metoclopramida oral em equilíbrio dinâmico (10 mg quatro vezes ao dia) não demonstrou interação

farmacocinética significativa.

Em estudos clínicos controlados, ONICIT injetável foi administrado com segurança com corticosteroides,

analgésicos, antieméticos/antinauseantes, antiespasmódicos e agentes anticolinérgicos.

A palonosetrona não inibiu a atividade antitumoral de cinco agentes quimioterápicos testados (cisplatina,

ciclofosfamida, citarabina, doxorrubicina e mitomicina C) em modelos tumorais murinos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Não congelar. Proteger da luz.

O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

ONICIT injetável é uma solução estéril, transparente, incolor, apirogênica, isotônica e tamponada para

administração intravenosa.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Náuseas e Vômitos Induzidos por Quimioterapia

ONICIT deve ser infundido por via intravenosa ao longo de 30 segundos.

Náuseas e Vômitos no Pós-Operatório

ONICIT deve ser infundido por via intravenosa ao longo de 10 segundos.

8

Instruções para uso/manuseio: Lave o acesso de infusão com solução salina normal antes e depois da

administração de ONICIT.

POSOLOGIA

Uso em adultos

Náuseas e Vômitos Induzidos por Quimioterapia: A dose recomendada de ONICIT é de 0,25 mg

administrados como dose única aproximadamente 30 minutos antes do início da quimioterapia.

A dose recomendada de ONICIT é de 0,075 mg administrados como dose única imediatamente antes da

indução da anestesia.

Uso em Pacientes Pediátricos

Não foi estabelecida uma dose intravenosa recomendada para pacientes pediátricos.

Populações especiais:

Geriátrica: a análise farmacocinética populacional e os dados de segurança e eficácia clínica não

revelaram nenhuma diferença entre pacientes com câncer ≥ 65 anos de idade e pacientes mais jovens

(18 a 64 anos). Não é necessário ajuste de dose para esses pacientes.

Raça: a farmacocinética intravenosa da palonosetrona foi caracterizada em 24 indivíduos japoneses

saudáveis na faixa de dose de 3 a 90 mcg/kg. A depuração corpórea total foi 25% maior em indivíduos

japoneses em comparação com brancos; entretanto, não há necessidade de ajuste de dose. A

farmacocinética da palonosetrona em negros não foi adequadamente caracterizada.

Comprometimento Renal: comprometimento renal leve a moderado não afeta significativamente os

parâmetros farmacocinéticos da palonosetrona. A exposição sistêmica total aumentou em

aproximadamente 28% o comprometimento renal grave em relação a indivíduos saudáveis. Não é

necessário ajuste de dose em pacientes com qualquer grau de comprometimento renal.

Comprometimento Hepático: comprometimento hepático não afeta significativamente a depuração

corpórea total da palonosetrona em comparação com indivíduos saudáveis. Não é necessário ajuste de

dose em pacientes com qualquer grau de comprometimento hepático.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Náuseas e Vômitos Induzidos por Quimioterapia

Em estudos clínicos para a prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia

moderada ou altamente emetogênica, 1.374 pacientes adultos receberam a palonosetrona. As

reações adversas foram semelhantes em frequência e gravidade com o ONICIT e a ondansetrona

ou dolasetrona. A tabela a seguir traz uma lista de todas as reações adversas relatadas por ≥ 2%

dos pacientes nesses estudos clínicos (Tabela 5).

Tabela 5: Estudos de Reações Adversas de Náuseas e Vômitos Induzidos por

Quimioterapia, ≥ 2% em qualquer Grupo de Tratamento

Evento

ONICIT

0,25 mg (N=633)

ondansetrona

32 mg IV

(N=410)

dolasetrona 100 mg

IV (N=194)

Cefaleia 60 (9%) 34 (8%) 32 (16%)

Constipação 29 (5%) 8 (2%) 12 (6%)

Diarreia 8 (1%) 7 (2%) 4 (2%)

Tonturas 8 (1%) 9 (2%) 4 (2%)

Fadiga 3 (<1%) 4 (1%) 4 (2%)

Dor Abdominal 1 (<1%) 2 (<1%) 3 (2%)

Insônia 1 (<1%) 3 (1%) 3 (2%)

9

Em outros estudos, 2 indivíduos apresentaram constipação grave após uma dose única de

palonosetrona de aproximadamente 0,75 mg, três vezes a dose recomendada. Um paciente

recebeu uma dose oral de 10 mcg/kg em um estudo de náuseas e vômitos no pós-operatório, e

um indivíduo saudável recebeu uma dose IV de 0,75 mg em um estudo farmacocinético.

Em estudos clínicos, as seguintes reações adversas infrequentemente relatadas, avaliadas por

investigadores como relacionadas ao tratamento ou de causalidade desconhecida, ocorreram

após a administração de ONICIT em pacientes adultos recebendo quimioterapia contra o câncer

concomitante:

Cardiovasculares: 1%: taquicardia não-sustentada, bradicardia, hipotensão; < 1%: hipertensão,

isquemia miocárdica, extra-sístoles, taquicardia sinusal, arritmia sinusal, extra-sístoles

supraventriculares e prolongamento de QT. Em muitos casos, a relação com o ONICIT foi

incerta.

Dermatológicas: < 1%: dermatite alérgica, erupções cutâneas.

Audição e Visão: < 1%: cinetose, tinido, irritação ocular e ambliopia.

Sistema Gastrintestinal: 1%: diarreia; < 1%: dispepsia, dor abdominal, boca seca, soluços e

flatulência.

Gerais: 1%: fraqueza; < 1%: fadiga, febre, calorões, síndrome do tipo gripal.

Fígado: < 1%: aumentos transitórios assintomáticos em AST e/ou ALT e bilirrubina. Essas

alterações ocorreram predominantemente em pacientes recebendo quimioterapia altamente

emetogênica.

Metabólicas: 1%: hipercalemia; < 1%: flutuações eletrolíticas, hiperglicemia, acidose

metabólica, glicosúria, diminuição do apetite, anorexia.

Musculoesqueléticas: < 1%: artralgia.

Sistema Nervoso: 1%: tonturas; < 1%: sonolência, insônia, hipersonia, parestesia.

Psiquiátricas: 1%: ansiedade; < 1%: humor eufórico.

Sistema Urinário: < 1%: retenção urinária.

Vasculares: < 1%: descoloração venosa, distensão venosa.

Náuseas e Vômitos no Pós-Operatório

As reações adversas descritas na Tabela 6 foram reportadas por ≥ 2% dos adultos que receberam

0,075 mg de ONICIT por via IV imediatamente antes da indução da anestesia em estudos

clínicos randomizados, controlados por placebo, sendo um de fase 2 e dois de fase 3. As taxas

dos eventos entre o grupo da palonosetrona e do placebo foram imperceptíveis. Alguns dos

eventos são conhecidos por serem associados com, ou podem ser exacerbados por

medicamentos peri-operatórios ou intra-operatórios administrados concomitantemente nos

pacientes submetidos a cirurgias de abdômen ou ginecológicas. Veja na seção

"FARMACOLOGIA CLÍNICA", que os resultados dos estudos possuem dados definitivos

demonstrando que a palonosetrona não afeta o intervalo QT/QTc.

Tabela 6: Reações Adversas dos Estudos de Náuseas e Vômitos no Pós-Operatório ≥ 2%

em Qualquer Grupo de Tratamento

10

Evento ONICIT

0,075 mg

(N=336)

Placebo

(N=369)

Prolongamento do

intervalo QT no

eletrocardiograma

16 (5%) 11 (3%)

Bradicardia 13 (4%) 16 (4%)

Dor de cabeça 11 (3%) 14 (4%)

Constipação 8 (2%) 11 (3%)

Nesses estudos clínicos, as seguintes reações adversas, avaliadas pelos investigadores como

relacionadas ao tratamento ou de causa desconhecida, ocorreram após a administração de

ONICIT a pacientes adultos recebendo medicamentos peri-operatórios e intra-operatórios

concomitantemente, incluindo os associados com a anestesia.

Cardiovasculares: 1%: prolongamento do intervalo QTc no eletrocardiograma; < 1%:

diminuição da pressão sanguínea, hipotensão, hipertensão, arritmia, extra-sístole ventricular,

edema generalizado, diminuição da amplitude da onda T no eletrocardiograma, diminuição da

contagem de plaquetas. A frequência desses efeitos adversos não foi diferente do placebo.

Dermatológicas: 1%: prurido.

Sistema Gastrintestinal: 1%: flatulência; < 1%: boca seca, dor abdominal superior,

hipersecreção salivar, dispepsia, diarreia, hipomotilidade intestinal, anorexia.

Gerais: < 1%: calafrios.

Fígado: 1%: aumento na AST e/ou ALT; < 1%: aumento nas enzimas hepáticas.

Metabólicas: < 1%: hipocalemia, anorexia.

Sistema Nervoso: < 1%: tonturas.

Respiratório: < 1%: hipoventilação, laringospasmo.

Experiência pós-comercialização

As seguintes reações adversas foram identificadas após o lançamento de ONICIT no mercado.

Essas reações foram reportadas voluntariamente a partir de uma população de tipos diferentes,

dessa forma nem sempre é possível estabelecer de maneira confiável uma relação causal com a

exposição ao medicamento.

Casos muito raros (< 1/10.000) de reações de hipersensibilidade e reações no local de aplicação

(ardência, induração, desconforto e dor) foram relatados na pós-comercialização de ONICIT

0,25 mg na prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado

eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem

ocorrer eventos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos

pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.