Bula do Pamidrom produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Pamidrom®
pamidronato dissódico
Pó liófilo para solução injetável
60 mg e 90 mg
Cristália Prod. Quím. Farm. Ltda.
MODELO DE BULA PARA O
PROFISSIONAL DE SAÚDE
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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Embalagens de 60 mg com 5 frascos-ampola + diluente de 10 mL
Embalagens de 90 mg com 5 frascos-ampola + diluente de 10 mL
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
60 mg. Cada frasco-ampola contém:
pamidronato dissódico ...................................................................................................................... 60 mg
Excipientes q.s.p. ............................................................................................................... 1 frasco-ampola
Excipientes: manitol, ácido fosfórico e hidróxido de sódio.
Cada ampola de solução diluente contém:
Água para injetáveis .......................................................................................................................... 10 mL
Cada 1 mg de pamidronato dissódico equivalem a 0,84 mg de pamidronato base.
90 mg. Cada frasco-ampola contém:
pamidronato dissódico ...................................................................................................................... 90 mg
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Pamidrom®
está indicado no tratamento de condições associadas ao aumento da atividade osteoclástica, tais como:
Hipercalcemia induzida por tumor (Outros distúrbios do metabolismo mineral): O aumento da atividade osteoclástica,
resultando em reabsorção óssea excessiva, é a alteração fisiopatológica responsável pela hipercalcemia associada a
tumores. A maioria dos casos ocorre em pacientes com neoplasia maligna de mama, neoplasia de células escamosas do
pulmão, neoplasia maligna de face, cabeça e pescoço, carcinoma de células renais e certas neoplasias hematológicas, tais
como, mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos e alguns tipos de linfomas. Outras neoplasias menos comuns
como vipoma e colangiocarcinoma apresentam alta incidência de hipercalcemia como uma complicação metabólica.
Há dois tipos de mecanismos fisiopatológicos envolvidos:
(1) hipercalcemia humoral, onde os osteoclastos são ativados e a reabsorção óssea é estimulada por fatores, tais como,
proteína relacionada ao paratormônio produzida pelas células tumorais e secretadas na corrente sanguínea;
(2) invasão extensa dos ossos por células tumorais, onde há produção local de fatores que estimulam a reabsorção óssea
pelos osteoclastos.
As concentrações séricas de cálcio nos pacientes com hipercalcemia induzida por tumores podem não refletir a gravidade
da hipercalcemia devido à hipoalbuminemia concomitante que esses pacientes podem apresentar. A determinação do cálcio
ionizável dever ser utilizada para o diagnóstico e acompanhamento das condições hipercalcêmicas. Quando não disponível,
o cálculo do cálcio total, de acordo com a concentração de albumina, poder auxiliar no diagnóstico. Vários nomogramas
são utilizados para esse fim (vide item “posologia”).
Metástases ósseas (Neoplasia maligna secundária dos ossos) predominantemente líticas e mieloma múltiplo:
Metástases ósseas osteolíticas ocorrem comumente em pacientes com mieloma múltiplo ou neoplasia maligna de mama. A
distribuição das metástases osteolíticas dessas neoplasias ocorre, predominantemente, no esqueleto axial, particularmente,
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coluna vertebral, pélvis e costelas. A destruição óssea causada pelas lesões osteolíticas provocam dores ósseas graves e
podem ser responsáveis por fraturas ósseas patológicas, tanto no esqueleto axial, quanto no apendicular.
Doença de Paget do osso (osteíte deformante) moderada a grave: é uma doença idiopática caracterizada por destruição
óssea focal crônica complicada por reparação óssea excessiva ocorrendo em um ou mais ossos. Essas alterações resultam
no espessamento de ossos enfraquecidos e propensos a fraturas patológicas ou diminuição da resistência ao esforço.
Em um estudo clínico, duplo cego, 65 pacientes portadores de neoplasias com concentrações séricas de cálcio corrigido
≥12 mg/dL após 24 horas de hidratação, pelo menos, foram aleatoriamente alocados para receber a dose de 60 mg de
pamidronato dissódico administrada durante 24 horas, em infusão única ou dose de 7,5 mg/kg de etidronato dissódico
administrada, durante 2 horas por dia, por três dias. Trinta pacientes receberam pamidronato e 35 pacientes receberam
etidronato e as concentrações séricas basais de cálcio corrigido eram de 14,6 mg/dL e 13,8 mg/dL, respectivamente. No 7º
dia, 70% dos pacientes sob tratamento com pamidronato e 41 % sob etidronato apresentavam concentrações séricas de
cálcio corrigido dentro dos limites da normalidade (p<0,05), e as concentrações séricas médias de cálcio corrigido
diminuíram para 10,4 e 11,2 mg/dL, respectivamente. No 14º dia, 43% dos pacientes sob pamidronato e 18% dos pacientes
sob etidronato apresentavam, ainda, concentrações séricas de cálcio corrigido dentro dos limites da normalidade ou
mantiveram-se como respondedores parciais. A figura 1, abaixo, representa o efeito dos tratamentos sobre as concentrações
séricas de cálcio corrigido em relação ao tempo [1].
Figura 1. Efeito do pamidronato e etidronato sobre as concentrações séricas de cálcio corrigido, expressas em decremento
percentual em relação ao basal, de acordo com o tempo de tratamento (Adaptado de [1]).
Um estudo clínico, duplo-cego, randomizado controlado por placebo, avaliou o efeito do pamidronato dissódico sobre a
ocorrência de eventos relacionados a lesões esqueléticas (ERE) em 392 pacientes com mieloma múltiplo e neoplasias
malignas de plasmócitos em estagio III e com, pelo menos, uma lesão óssea lítica foram alocados para receber, além da
terapia convencional antimieloma, 90 mg de pamidronato dissódico ou placebo. Os ERE foram definidos como episódios
de fraturas patológicas, necessidade de radioterapia óssea, necessidade de cirurgia dos ossos e compressão da medula
espinal. Os pacientes foram estratificados de acordo com o tipo de tratamento convencional antimieloma que estavam
recebendo antes de serem selecionados para participarem do estudo. O grupo I compreendeu pacientes que faziam uso de 1ª
linha de tratamento e o grupo II de pacientes com 2ª linha de quimioterapia antimieloma. Os ERE, hipercalcemia (sintomas
ou concentrações séricas de cálcio corrigido ≥12 mg/dL), dores ósseas, necessidade de analgésicos, índices de desempenho
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e de qualidade de vida foram avaliados mensalmente. Dentre os 392 pacientes tratados, a eficácia do tratamento pode ser
avaliada em 196 que receberam pamidronato e em 181 que receberam placebo. A proporção de pacientes que apresentaram
algum ERE foi significativamente menor nos pacientes que receberam pamidronato (24%) em relação ao que receberam
placebo (41%, p<0,001), independentemente do tipo de tratamento convencional antimieloma a que estavam sendo
submetidos. Os pacientes que receberam pamidronato apresentaram diminuição nos episódios de dores ósseas (sem
deterioração nos índices de desempenho e de qualidade de vida), porcentagem menor de fraturas patológicas (17% x 30%;
p<0,004) e de necessidade de radioterapia óssea (14% x 22%; p<0,049). Após 21 meses (21 ciclos de pamidronato), a taxa
de morbidade por ERE e a proporção de pacientes que apresentaram fraturas patológicas de vértebras foi significativamente
menor nos pacientes que receberam pamidronato em relação aos pacientes sob placebo (1,3 x 2,2; p<0,015 e 16% x 27%;
p<0,005, respectivamente) [2,3].
Um estudo clínico, duplo-cego, randomizado controlado por placebo, comparou a eficácia e segurança de 90 mg de
pamidronato dissódico infundido por 2 horas por dia, a cada três a quatro semanas, durante o período de 24 meses com
aquelas do placebo na prevenção dos eventos relacionados a lesões esqueléticas (ERE) em mulheres portadoras de
neoplasia maligna de mama com uma ou mais neoplasias malignas secundárias de ossos, predominantemente, osteolíticas
de, pelo menos, 1 cm de diâmetro sob quimioterapia convencional ou terapia hormonal antineoplásicas ao entrarem no
estudo. O grupo de mulheres sob terapia convencional compreendeu 382 pacientes, das quais, 185 foram alocadas para
tratamento com pamidronato dissódico e 197 para placebo. O grupo de mulheres sob tratamento hormonal compreendeu
372, das quais, 182 foram alocadas para tratamento com pamidronato e 190 para placebo. As pacientes foram seguidas
durante 24 meses de terapia ou até sua exclusão do estudo. A mediana da duração foi de 13 meses nas pacientes que
receberam a quimioterapia convencional e 17 meses nas pacientes que receberam terapia hormonal. Vinte e cinco por cento
das pacientes no grupo sob quimioterapia e 37% das da terapia hormonal receberam pamidronato for 24 horas [4,5]. Os
resultados de eficácia estão representados na Tabela I.
As respostas nas lesões ósseas foram avaliadas radiograficamente no basal, 3, 6 e 12 meses. As taxas de respostas completa
e parcial foram de 33% no grupo pamidronato e 18% no grupo placebo sob quimioterapia convencional (p<0,001). Não foi
possível observar qualquer diferença entre os grupos pamidronato e placebo nos pacientes sob terapia hormonal.
Tabela I. Resultados de eficácia do pamidronato dissódico na prevenção das lesões ósseas associadas a presença de
neoplasias malignas secundárias de ossos osteolíticas em pacientes com neoplasia maligna de mama tratadas com
quimioterapia convencional ou terapia hormonal (Adaptado de 4,5]).
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O tratamento com pamidronato dissódico foi avaliado no tratamento de 71 pacientes com a doença de Paget que não tinham
recebido tratamento prévio. Os pacientes foram estratificados pela gravidade da doença e foram observados por 2 anos. O
tratamento com pamidronato demonstrou melhoras no osso e na dor músculo-esquelética nos primeiros 6 meses (p <
0,0001). A melhora na dor óssea e articular em 2 anos se manteve. O estudo conclui que pamidronato é um tratamento
seguro, bem tolerado e é eficaz para a doença de Paget. (6)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. R Gucalp, P Ritch, PH Wiernik, PR Sarma, A Keller, SP Richman, K Tauer, J Neidhart, LE Mallette, R Siegel.
Comparative study of pamidronate disodium and etidronate disodium in the treatment of cancer-related
hypercalcemia. J Clin Oncol. 1992 Jan; 10(1):134-42.
2. Berenson JR, Lichtenstein A, Porter L, Dimopoulos MA, Bordoni R, George S, Lipton A, Keller A, Ballester O,
Kovacs MJ, Blacklock HA, Bell R, Simeone J, Reitsma DJ, Heffernan M, Seaman J, Knight RD. Efficacy of
pamidronate in reducing skeletal events in patients with advanced multiple myeloma. Myeloma Aredia Study
Group. N Engl J Med. 1996;334(8):488-93.
3. Berenson JR, Lichtenstein A, Porter L, Dimopoulos MA, Bordoni R, George S, Lipton A, Keller A, Ballester O,
Kovacs M, Blacklock H, Bell R, Simeone JF, Reitsma DJ, Heffernan M, Seaman J, Knight RD. Long-term
pamidronate treatment of advanced multiple myeloma patients reduces skeletal events. Myeloma Aredia Study
Group. J Clin Oncol. 1998;2:593-602.
4. Hortobagyi GN, Theriault RL, Porter L, Blayney D, Lipton A, Sinoff C, Wheeler H, Simeone JF, Seaman J,
Knight RD. Efficacy of pamidronate in reducing skeletal complications in patients with breast cancer and lytic
bone metastases. Protocol 19 Aredia Breast Cancer Study Group. N Engl J Med. 1996;335(24):1785-91.
5. Hortobagyi GN, Theriault RL, Porter L, Lipton, A, Blayney D, Sinoff C, Wheeler H, Simeone JF, Seaman JJ,
Knight RD, Heffernan M, Mellars K, Reitsma DJ. Long-term prevention of skeletal complications of metastatic
breast cancer with pamidronate. Protocol 19 Aredia Breast Cancer Study Group. J Clin Oncol. 1998;16:2038-
2044.
6. Gutteridge DH, Retallack RW, Ward LC, Stuckey BG, Stewart GO, Prince RL, Kent GN, Bhagat CI, Price RI,
Thompson RI, Nicholson GC. Clinical, biochemical, hematologic, and radiographic responses in Paget's disease
following intravenous pamidronate disodium: a 2-year study. Bone. 1996 Oct;19(4):387-94
Farmacodinâmica
O Pamidrom®
é um potente inibidor da reabsorção óssea mediada por osteoclastos. Liga-se fortemente aos cristais de
hidroxiapatita, inibindo a formação e a dissolução desses cristais in vitro. A inibição da reabsorção óssea osteoclástica in
vivo pode, ao menos em parte, ser causada pela ligação do fármaco ao mineral ósseo (matriz óssea). O Pamidrom®
inibe o
acesso de precursores osteoclásticos para o tecido ósseo e sua subsequente transformação em osteoclastos maduros com
atividade de reabsorção óssea. O efeito de anti-reabsorção local e direto do bisfosfonato ligado ao osso parece ser,
entretanto, o mecanismo de ação predominante in vitro e in vivo. Estudos experimentais demonstraram que o Pamidrom®
inibe a osteólise induzida por tumor, quando administrado antes ou no momento da inoculação ou do implante de células
tumorais. Alterações bioquímicas, que refletem o efeito inibitório de Pamidrom®
na hipercalcemia induzida por tumor
(Outros distúrbios do metabolismo mineral) são caracterizadas por diminuição do cálcio e do fosfato sérico e,
secundariamente, por diminuição da excreção urinária de cálcio, fosfato e hidroxiprolina.
Farmacocinética
Características gerais
Pamidrom®
apresenta forte afinidade por tecidos calcificados, não tendo sido observada a eliminação total do Pamidrom®
no organismo durante o período em que foram realizados os estudos experimentais. Os tecidos calcificados são, portanto,
considerados como os locais de “eliminação aparente”.
Absorção: Pamidrom®
é administrado por infusão intravenosa. Por definição, a absorção é completa ao final da infusão.
Distribuição: As concentrações plasmáticas de pamidronato elevam-se rapidamente após o início da infusão, caindo
rapidamente quando a infusão é interrompida. A meia-vida aparente no plasma é de aproximadamente 48 minutos. As
concentrações aparentes no estado de equilíbrio são atingidas com infusões de mais de 2 a 3 horas de duração. Os picos de
concentrações plasmáticas de Pamidrom®
de cerca de 10 nmol/mL são atingidos após infusão intravenosa de 60 mg
administrados durante 1 hora. Em animais e no homem, uma porcentagem semelhante da dose é retida no organismo após
cada administração de Pamidrom®
. Assim, o acúmulo de pamidronato no osso não é limitado pela sua capacidade, sendo
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dependente somente da dose cumulativa total administrada. A porcentagem de pamidronato circulante ligado a proteínas
plasmáticas é relativamente baixa (cerca de 54%), e aumenta quando as concentrações de cálcio estão patologicamente
elevadas.
Eliminação: Pamidrom®
não parece ser eliminado por biotransformação. Após infusão intravenosa, de 20% a 55% da dose
são recuperados na urina em 72 horas como pamidronato inalterado. Durante os períodos de estudos experimentais, a
fração de dose remanescente permaneceu retida no organismo. A porcentagem da dose retida no organismo independe das
doses administradas (intervalos de 15 a 180 mg) e das velocidades de infusão (intervalo de 1,25 a 60 mg/h). A eliminação
do pamidronato na urina é biexponencial, com meias-vidas aparentes de aproximadamente 1 hora e 36 minutos, e 27 horas.
O clearance plasmático aparente total é de cerca de 180 mL/min e o clearance renal aparente é de 54 mL/min. Há uma
tendência de correlação entre o clearance renal de pamidronato e o clearance de creatinina.
Características em pacientes: O clearance hepático e metabólico do pamidronato não é significativo. Não é de se esperar,
portanto, que doenças do fígado influenciem a farmacocinética de Pamidrom®
. Assim, Pamidrom®
apresenta pequeno
potencial para interações com outros fármacos, tanto no âmbito metabólico como na ligação protéica. A AUC (área sobre a
curva) plasmática média é, aproximadamente, dobrada em pacientes com clearance de creatinina < 30 mL/min. A taxa de
excreção urinária diminui com a redução do clearance de creatinina, embora a quantidade total excretada na urina não seja
muito influenciada pela função renal. A retenção do Pamidrom®
no organismo é, portanto, similar em pacientes portadores
ou não de insuficiência renal, não se fazendo necessários ajustes de dose nesses pacientes, quando se utilizam os esquemas
de dose recomendados.
O uso deste medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade conhecida ao Pamidrom®
, a outros bisfosfonatos
ou também aos demais componentes da formulação.
Categoria D de risco na gravidez: Não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu
médico em caso de suspeita de gravidez.
Pamidrom®
não deve ser administrado em bolus, deve sempre ser diluído e administrado por infusão intravenosa
lenta (vide item “posologia e administração”). Pamidrom®
não deve ser administrado com outros bisfosfonatos, pois seus
efeitos combinados não foram investigados.
Eletrólitos séricos, cálcio e fosfato devem ser monitorados, após o início da terapia com Pamidrom®
. Pacientes que tenham
passado por cirurgia da tireóide podem ser particularmente suscetíveis ao desenvolvimento de hipocalcemia causada por
hipoparatireoidismo pós-procedimento relativo. Pacientes que recebam infusões frequentes de Pamidrom®
por período de
tempo prolongado, especialmente aqueles com doença prévia do aparelho genitourinário ou predisposição à insuficiência
renal (ex.: pacientes com mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos ou também hipercalcemia induzida por
tumor [Outros distúrbios do metabolismo mineral]), devem ter avaliações periódicas dos parâmetros laboratoriais e clínicos
da função renal, visto que foi relatada deterioração da função renal (inclusive insuficiência renal), após tratamento
prolongado com Pamidrom®
em pacientes com mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos. Entretanto, a
progressão da doença de base ou também as complicações concomitantes também estiveram presentes e, portanto, não está
comprovada a relação causal com o Pamidrom®
. Em pacientes com doença cardíaca, especialmente nos idosos, uma
sobrecarga salina adicional pode precipitar insuficiência cardíaca congestiva. A febre pode também contribuir para essa
deterioração.
Os pacientes com doença de Paget do osso, com risco de deficiência de cálcio ou de vitamina D, devem receber suplemento
oral adicional de cálcio e vitamina D, de modo a minimizar o risco de hipocalcemia.
Casos de osteonecrose (principalmente de mandíbula) têm sido relatados em pacientes que receberam bifosfonados. Esses
casos ocorrem em maior frequência nos pacientes oncológicos (em uso de bifosfonados) que foram submetidos à
procedimento odontológico, sendo prudente evitar a realização de cirurgias odontológicas.
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AOS PACIENTES EM USO DE BISFOSFONATOS: Realize uma avaliação odontológica antes do início do uso do
bisfosfonato. Durante o tratamento, mantenha uma boa higiene bucal, acompanhamento odontológico e avise seu médico
ou dentista em caso de qualquer dor, inchaço ou outro sintoma bucal.
Uso durante a gravidez e lactação:
Em experimentos com animais, Pamidrom®
não apresentou potencial teratogênico, nem afetou o desempenho reprodutivo
geral ou a fertilidade. Em ratas, o parto prolongado e a reduzida taxa de sobrevivência dos filhotes foram provavelmente
causados por decréscimo das concentrações séricas maternas de cálcio. Foi demonstrado que Pamidrom®
atravessa a
barreira placentária, acumulando-se nos ossos do feto de maneira similar à observada em animais adultos. Não há
experiência clínica para dar suporte à utilização de Pamidrom®
em mulheres grávidas. Pamidrom®
não deve, portanto, ser
administrado durante a gravidez, exceto em casos de hipercalcemia com risco de vida. Um estudo em ratas lactantes
demonstrou que Pamidrom®
passa para o leite materno. As mães em tratamento com Pamidrom®
não devem, portanto,
amamentar seus filhos.
Categoria D de risco na gravidez: Não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu
médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso na população pediátrica
Não foram estabelecidas a eficácia e a segurança do Pamidrom®
em pacientes pediátricos.
Uso na população geriátrica
Aproximadamente 20% dos pacientes incluídos nos estudos clínicos com Pamidrom®
tinham idade ≥65 anos e 15% tinham
idade ≥75 anos. Não foram observadas diferenças na eficácia e segurança entre os indivíduos mais idosos quando
comparados com os mais jovens, porém, uma maior sensibilidade em alguns indivíduos pode ser esperada. A dose para um
indivíduo mais idoso deve ser selecionada com precaução. Levando-se em consideração a maior frequência de
comprometimento das funções hepática, renal e cardíaca nos pacientes idosos, o tratamento deve ser iniciado com a menor
dose.
Os pacientes devem ser alertados que, em casos raros, pode ocorrer sonolência ou também tontura após a infusão de
e, nesses casos, estes pacientes não devem dirigir veículos, operar máquinas potencialmente perigosas ou
A administração concomitante de Pamidrom®
com diuréticos de alça não afeta sua ação hipocalcêmica.
Pamidrom®
tem sido administrado concomitantemente com agentes antineoplásicos, utilizados comumente, sem apresentar
interação. Pamidrom®
tem sido utilizado em combinação com calcitonina em pacientes com hipercalcemia grave,
resultando em efeito sinérgico de queda mais rápida do cálcio sérico.
forma complexos com cátions bivalentes e não deve ser adicionado a soluções intravenosas que contenham
cálcio.
Deve-se ter tomar as devidas precauções no uso concomitante do Pamidrom®
com drogas potencialmente nefrotóxicas.
Nos pacientes com mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos, o risco de insuficiência renal pode aumentar
quando Pamidrom®
for usado em combinação com a talidomida.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15° C e 30°C), protegido da luz.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses.
Pamidrom®
reconstituído com água para injetáveis (10 mL) é estável por até 24 horas, se mantido sob refrigeração entre 2o
e 8°C.
A solução de infusão preparada a partir da diluição do pó liófilo com um dos diluentes recomendados deve ser utilizada em
24 horas, contadas a partir do início da diluição do produto, quando armazenado à temperatura ambiente (entre 15°C e
30°C). Descartar a porção não utilizada do produto.
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Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes da reconstituição o produto apresenta-se como um pó compacto branco, que pode estar intacto ou fragmentado. Após
reconstituição torna-se uma solução límpida, incolor e praticamente isenta de partículas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instruções para uso e manuseio
O pó liofilizado no frasco deve ser primeiramente reconstituído com 10 mL de água para injetáveis. A água para injetáveis
é fornecida juntamente com o frasco de pó liófilizado. O pH da solução reconstituída fica entre 6,0 e 7,0. É importante que
o pó liófilizado seja completamente dissolvido antes que a solução reconstituída seja retirada para diluição.
Pamidrom®
reconstituído com água para injetáveis é estável por até 24 horas, se mantido sob refrigeração entre 2º e 8°C. A
solução de infusão preparada a partir da diluição do pó liófilo com um dos diluentes recomendados deve ser utilizada em 24
horas, contadas a partir do início da diluição do produto, quando armazenado à temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
Descartar a porção não utilizada do produto.
A solução reconstituída deve ser diluída em solução de infusão livre de cálcio (por exemplo, cloreto de sódio a 0,9% ou
glicose a 5%) antes da administração. Pamidrom®
nunca deve ser administrado em bolus (vide item “Advertências”);
após o preparo, deve ser infundido vagarosamente. A taxa de infusão não deve exceder a 60 mg/h (1 mg/min) e a
concentração de Pamidrom®
na solução de infusão não deve exceder a 90 mg/250 mL. Uma dose de 90 mg deve,
normalmente, ser administrada em infusão de 2 horas, em 250 mL de solução de infusão. Entretanto, em pacientes com
mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos e em pacientes com hipercalcemia induzida por tumor, recomenda-
se não exceder 90 mg em 500 mL por 4 horas. De modo a minimizar reações no local da infusão, a cânula deve ser inserida
cuidadosamente em uma veia relativamente grande.
Adultos e idosos
Metástases ósseas (Neoplasia maligna secundária dos ossos) predominantemente líticas e mieloma múltiplo: A dose
recomendada de Pamidrom®
para o tratamento de neoplasias malignas secundárias dos ossos predominantemente líticas e
mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos é de 90 mg, administrados em infusão única a cada 4 semanas. Em
pacientes com neoplasia maligna secundária dos ossos que recebem quimioterapia a intervalos de três semanas, Pamidrom®
90 mg pode também ser administrado a cada três semanas.
Hipercalcemia induzida por tumor (Outros distúrbios do metabolismo mineral): Recomenda-se que os pacientes
sejam reidratados com solução salina normal, antes ou durante o tratamento. A dose total de Pamidrom®
a ser utilizada para
um período de tratamento depende dos níveis iniciais de cálcio sérico do paciente. As diretrizes a seguir são derivadas de
dados clínicos com valores de cálcio não corrigidos. Entretanto, doses dentro das variações fornecidas também são
aplicáveis para valores de cálcio corrigidos por proteína sérica ou albumina em pacientes reidratados.
Tabela III. Dose total recomendada de pamidronato dissódico
de acordo com as concentrações plasmáticas de cálcio
expressos em mg/dL e nmol/L.
A dose total de Pamidrom®
pode ser administrada tanto em infusão única como em infusões múltiplas, durante 2 a 4 dias
consecutivos. A dose máxima para cada tratamento é de 90 mg, tanto para o tratamento inicial como para os tratamentos
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subsequentes. Uma diminuição significativa no cálcio sérico é geralmente observada em 24 a 48 horas após a administração
de Pamidrom®
, e a normalização é geralmente atingida dentro de 3 a 7 dias. Se a normocalcemia não for atingida dentro
desse período, uma dose adicional pode ser administrada. A duração da resposta pode variar de paciente para paciente, e o
tratamento pode ser repetido sempre que houver recorrência da hipercalcemia. A experiência clínica até o momento sugere
que Pamidrom®
pode se tornar menos eficaz à medida em que o número de tratamentos aumenta.
Doença de Paget do osso: A dose de Pamidrom®
total recomendada para um período de tratamento é de 180 a 210 mg. Isto
pode ser obtido administrando-se seis doses unitárias de 30 mg uma vez por semana (dose total 180 mg), ou administrando-
se três doses unitárias de 60 mg a cada duas semanas. Se a dose unitária utilizada for de 60 mg, recomenda-se iniciar o
tratamento com uma dose inicial de 30 mg (dose total 210 mg). O esquema, omitindo-se a dose inicial, pode ser repetido
após seis meses até a remissão e quando houver recidiva da doença.
Insuficiência renal: Os estudos farmacocinéticos indicam não ser necessário o ajuste de dose em pacientes com qualquer
grau de insuficiência renal. Entretanto, até que se adquira maior experiência, recomenda-se a velocidade máxima de infusão
de 20 mg/h em pacientes com insuficiência renal.
Crianças: Não há experiência clínica com Pamidrom®
em crianças.
As reações adversas de Pamidrom®
geralmente são leves e transitórias. As reações adversas mais comuns são hipocalcemia
assintomática e febre (um aumento na temperatura corporal de 1°C a 2°C), que ocorrem tipicamente nas primeiras 48 horas
após a infusão. A febre geralmente desaparece espontaneamente e não requer tratamento. A hipocalcemia sintomática é
rara.
Os eventos adversos do Pamidrom®
são apresentados em ordem de frequência decrescente a seguir:
Comuns, > 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%):
• Complicações consequentes à infusão, transfusão ou injeção terapêutica, tais como dor, eritema e edema no local da
infusão;
• Eritema ou hematomas com ou sem facilidade de sangramento;
• Náuseas e vômito, anorexia, dor epigástrica, gastrite, constipação intestinal ou diarreia (Alteração do hábito intestinal);
• Cefaleia, insônia e fadiga;
• Conjuntivite;
• Tremor e contratura de músculo (sintomas de hipocalcemia);
• ;
•Hipertensão
• Leucopenia (Transtornos não especificados dos glóbulos brancos), anemia;
• Hipopotassemia, hipofosfatemia, hipomagnesemia, hipocalcemia;
• Achado anormal de exame químico do sangue, não especificado (elevações nas concentrações de creatinina, potássio e
sódio).
Incomuns, > 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%):
• Dor em membro (câimbra);
• Tontura e instabilidade, letargia, agitação e inquietação e convulsão;
• Visão subnormal de ambos os olhos, hiperemia conjuntival;
• Hipotensão;
• Prurido.
Raros, > 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%):
• deterioração da função renal (por exemplo, diminuição inesperada do volume urinário), achado anormal de exame
químico do sangue, não especificado (elevação na concentração de uréia e de enzimas hepáticas); Osteonecrose de
mandíbula.
Muito raros, < 1/10.000 (< 0,01%):
• Insuficiência cardíaca;
• Piora de alteração renal pré-existente (por exemplo, presença de hematúria);
• Exacerbação dos sintomas e sinais de herpes;
• Alucinação visual.
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Muitas dessas reações adversas podem estar relacionadas à doença de base.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Os pacientes que receberam doses mais elevadas do que as recomendadas devem ser cuidadosamente monitorados. Na
ocorrência de hipocalcemia clinicamente significativa com parestesia, tetania e hipotensão, a reversão do quadro clinico
poderá ser obtida por uma infusão de gluconato de cálcio.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.