Bula do Primovist para o Profissional

Bula do Primovist produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Primovist
Bayer S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO PRIMOVIST PARA O PROFISSIONAL

Primovist®

Bayer S.A.

solução injetável

181,43 mg/mL

gadoxetato dissódico

FORMA FARMACÊUTICA:

Solução injetável

APRESENTAÇÃO:

Cartucho com 1 seringa pré-carregada contendo 10 mL de solução injetável de Primovist®

na concentração de 181,43 mg (0,25 mmol) de gadoxetato dissódico/mL.

VIA INTRAVENOSA

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada mL contém 0,25 mmol de gadoxetato dissódico (equivalente a 181,43 mg de

gadoxetato dissódico) como princípio ativo.

Excipientes: caloxetato trissódico, trometamol, ácido clorídrico, hidróxido de sódio e

água para injetáveis

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado apenas para uso diagnóstico.

Primovist® (gadoxetato dissódico) é um meio de contraste a base de gadolínio para

imagem por ressonância magnética ponderada em T1 do fígado.

Em imagiologia dinâmica e tardia, Primovist® (gadoxetato dissódico) melhora a detecção

de lesões hepáticas (por exemplo, número, tamanho, distribuição segmentar e

visualização) e fornece informação adicional relativa à classificação e caracterização das

lesões hepáticas focais, aumentando a confiança diagnóstica.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um total de 797 pacientes com lesão focal do fígado, conhecida ou sob suspeita, foram

incluídos em quatro (04) estudos clínicos controlados fase III, dos quais 621 pacientes

receberam 0,025 mmol/kg de Primovist® (gadoxetato dissódico) injetável e foram

avaliados em relação a eficácia. Dos 621 pacientes, 334 (54%) eram homens e 287 (46%)

eram mulheres; a idade média foi de 57 anos (entre 19 e 84 anos). Em relação a etnia

eram 556 (90%) caucasianos, 22 (4%) negros, 21 (3%) hispânicos, 15 (2%) asiáticos, e 7

(1%) de outros grupos étnicos.

Os estudos foram desenhados prospectivamente para determinar:

- a sensibilidade da IRM realçada com Primovist® (gadoxetato dissódico) (imagens

combinadas pré e pós-contraste) na detecção da lesão do fígado comparado à IRM pré-

contraste (dois estudos controlados). O padrão de referência foi a combinação da

patologia de espécimes ou amostras do fígado operado e ultrassonografia intraoperatória

para obter informação do fígado como um todo. O procedimento de rastreamento foi

estabelecido para comparar lesões detectadas no padrão de referência (PR) e no

procedimento de imagiologia.

- a proporção de lesão do fígado caracterizada corretamente (tipo correto de lesão do

fígado) na IRM realçada com o contraste Primovist® (gadoxetato dissódico) (imagens

combinadas pré e pós-contraste) comparada com a IRM pré-contraste (dois estudos

clínicos). O PR incluiu vários procedimentos definidos prospectivamente, por exemplo,

histopatologia de lesão maligna, certos procedimentos de imagiologia de certas lesões

benignas.

Após a inclusão, os pacientes foram submetidos a ambos procedimentos pré-definidos

para o PR e para a IRM do fígado, o qual incluiu IRM não contrastada seguido por IRM

com 0,025 mmol/kg realçada com contraste Primovist® (gadoxetato dissódico) com

imagiologia da fase dinâmica e dos hepatócitos (20 min. após a injeção). Em cada estudo

clínico, imagens de IRM do fígado não contrastada e contrastada com Primovist®

(gadoxetato dissódico) foram avaliadas pelos investigadores e, independentemente, por

três radiologistas não envolvidos previamente em nenhum dos estudos de maneira cega,

sistemática, randomizada, pareada e não pareada. Para os estudos de detecção, outro

radiologista independente realizou o procedimento de rastreamento de lesão. Apenas

lesões detectadas no local idêntico ao segmento do fígado no padrão de referência e na

IRM foram consideradas corretamente detectadas e constituíram a base para a análise de

sensibilidade.

Em todos os quatro estudos, Primovist® (gadoxetato dissódico) (imagens combinadas pré

e pós-contraste) levou a uma melhora significativa na eficácia diagnóstica quando

comparado à IRM não contrastada. A Tabela 1 mostra uma melhora significativa na

detecção da lesão para todos os leitores em ambos os estudos quando da avaliação das

imagens de IRM combinada pré e pós-contraste versus imagens de IRM não contrastada.

Em relação aos estudos de caracterização (Tabela 2), a análise combinada do exame de

IRM pré e pós-contraste levou a uma melhora significativa na proporção de lesões

caracterizadas corretamente para dois dos três leitores cegos em cada estudo. Todas as

diferenças para o leitor médio (média dos três leitores cegos) foram significativas. Tipos

de lesões caracterizadas incluíram metástases, hemangiomas, hiperplasia nodular focal

(HNF), cistos no fígado e carcinoma hepatocelular (CHC).

Tabela 1 – Sensibilidade na detecção de lesão no fígado para os Estudos 96129 e 97160

Estudo 96129

n = 302 lesões em 129 pacientes

Estudo 97160

n = 316 lesões em 126 pacientes

Procedimento

diagnóstico

Leitor Sensibilidade

(%)

95% IC Sensibilidade

95% IC

IRM pré-contraste Leitor

Médio

66,6 (61,1; 72,0) 61,4 (54,4; 68,4)

Leitor 1 71,2 (65,5; 76,9) 63,3 (55,7; 70,9)

Leitor 2 65,2 (59,1; 71,4) 61,7 (54,7; 68,7)

Leitor 3 63,3 (57,0; 69,5) 59,2 (51,6; 66,7)

IRM combinada

pré e pós-contraste

Leitor

71,2 (66,0; 76,4) 69,2 (63,6; 74,8)

Leitor 1 76,2 (70,4; 81,9) 71,5 (64,8; 78,2)

Leitor 2 69,5 (63,8; 75,3) 68,0 (62,0; 74,1)

Leitor 3 67,9 (62,1; 73,7) 68,0 (61,7; 74,4)

Diferença entre

IRM combinada pré e

pós-contraste versus

IRM pré-contraste a

4,6* (2,1; 7,2) 7,8* (3,5; 12,2)

Leitor 1 5,0* (1,3; 8,6) 8,2* (3,6; 12,8)

Leitor 2 4,3* (0,6; 8,0) 6,3* (0,3; 12,3)

Leitor 3 4,6* (0,6; 8,7) 8,9* (3,1; 14,7)

Nota: Os três leitores cegos para cada estudo são únicos para o estudo.

a

Discrepâncias entre diferença absoluta e valores apresentados são devido ao arredondamento.

* Melhora estatisticamente significativa na detecção da lesão para imagens combinadas (p < 0,05).

Tabela 2 – Proporção das lesões caracterizadas corretamente com relação ao PR para estudos

012387 e 014763

Estudo 012387

n = 182b

Estudo 014763

n = 177c

Procedimento diagnóstico Leitor Proporção

correta (%)

95% IC Proporção

54,3 (48,1; 60,5) 57,3 (50,6; 63,9)

Leitor 1 51,4 (43,1; 59,6) 59,5 (51,4; 67,6)

Leitor 2 59,1 (51,6; 66,6) 64,3 (56,7; 71,9)

Leitor 3 52,5 (45,8; 59,2) 48,0 (39,2; 56,7)

66,9 (61,7; 72,1) 67,8 (62,0; 73,6)

Leitor 1 67,2 (60,4; 74,0) 60,6 (52,6; 68,6)

Leitor 2 76,1 (69,8; 82,4) 75,8 (69,3; 82,3)

Leitor 3 57,5 (50,5; 64,6) 66,9 (59,3; 74,6)

IRM combinada pré e pós-

contraste versus

12,6* (7,4; 17,8) 10,5* (5,0; 16,0)

Leitor 1 15,8* (7,1; 24,6) 1,1 (-7,3; 9,6)

Leitor 2 17,0* (9,5; 24,5) 11,5* (4,9; 18,2)

Leitor 3 5,0 (-1,8; 11,8) 19,0* (10,7; 27,3)

b

n = número total de pacientes. Número total de lesões = 259.

c

n = número total de pacientes. Número total de lesões = 269.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

Primovist® (gadoxetato dissódico) é um meio de contraste paramagnético para ser usado

em Imagem por Ressonância Magnética (IRM). O efeito de realce do contraste é mediado

pelo gadoxetato, um complexo iônico formado por gadolínio (III) e o ligante ácido

etoxibenzil-dietilenotriamina-pentacético (EOB-DTPA). Quando sequências de

escaneamento ponderadas em T1 são usadas em imagem de ressonância magnética de

próton, a redução do tempo de relaxamento da grade de spin de núcleos atômicos

excitados induzida pelo íon gadolínio origina um aumento da intensidade de sinal e,

consequentemente, um aumento do contraste de imagem de certos tecidos.

Efeitos farmacodinâmicos

O gadoxetato dissódico leva a um encurtamento dos tempos de relaxamento distintos

mesmo em baixa concentração. Em pH 7, uma força do campo magnético de 0,47 T e

40°C de relaxatividade (r1) – determinada a partir da influência no tempo de relaxamento

da grade de spin (T1) do próton do plasma – é cerca de 8,18 L/(mmol*seg) e a

relaxatividade (r2) – determinada a partir da influência do tempo de relaxamento spin-spin

(T2) – é cerca de 8,56 L/(mmol*seg). A 1,5 T a 37°C as respectivas relaxatividades no

plasma são r1 = 6,9 L/(mmol*seg) e r2 = 8,7 L/(mmol*seg). A relaxatividade gera uma

leve dependência inversa na força do campo magnético.

O etoxibenzil-dietilenotriaminapentacetato forma um complexo estável com o íon

gadolínio paramagnético com estabilidade in-vivo e in-vitro extremamente elevada

(constante de estabilidade termodinâmica: log KGdl = 23,46). O gadoxetato dissódico é um

composto altamente hidrossolúvel, hidrofílico com coeficiente de partição entre n-butanol

e tampão a pH 7,6 de cerca de 0,011.

Devido a sua metade lipofílica etoxibenzil o gadoxetato dissódico exibe um modo de ação

bifásico: primeiro, a distribuição no espaço extracelular após injeção em bolo e

posteriormente recaptação seletiva pelos hepatócitos. A relaxatividade r1 no tecido

hepático é 16,6 L/(mmol*seg) (a 0,47 T) resultando em aumento da intensidade do sinal

do tecido hepático. Posteriormente o gadoxetato dissódico é excretado na bile.

A substância não exibe qualquer interação inibitória significante com enzimas em

concentrações clinicamente relevantes.

Farmacocinética

- Informações gerais

O gadoxetato dissódico se comporta no organismo como outros compostos

biologicamente inertes altamente hidrofílicos, excretados por via renal e hepatobiliar.

- Absorção e Distribuição

Após administração intravenosa, o perfil de concentração plasmática do gadoxetato

dissódico em função do tempo é caracterizado por um declínio biexponencial. O volume

de distribuição total do gadoxetato dissódico em estado de equilíbrio é cerca de 0,21 L/kg

(espaço extracelular). A ligação às proteínas plasmáticas é menos que 10%.

O composto não atravessa a barreira hematoencefálica intacta e se difunde pela barreira

placentária somente em uma pequena extensão, como demonstrado em ratos.

Em ratas lactantes, menos de 0,5% da dose administrada por via intravenosa (0,1

mmol/kg) do gadoxetato marcado radioativamente foi excretado no leite materno. A

absorção após administração oral foi muito pequena em ratos sendo 0,4%.

- Metabolismo

O gadoxetato dissódico não é metabolizado.

- Eliminação

O gadoxetato dissódico é completamente eliminado pelas vias renal e hepatobiliar, em

igual quantidade.

Sete dias após a injeção intravenosa do gadoxetato, menos que 1% da dose administrada

foi encontrada no corpo de ratos e macacos. Desta quantidade, a mais alta concentração

foi encontrada nos rins e fígado.

A meia-vida de eliminação terminal média do gadoxetato dissódico (dose 0,01 a 0,1

mmol/kg) observada em voluntários sadios foi cerca de 1 hora.

O clearance sérico total (CL) foi de 250 mL/min. O clearance renal (CLR) corresponde a

cerca de 120 mL/min, um valor semelhante a taxa de filtração glomerular em sujeitos

sadios.

- Linearidade / não-linearidade

O gadoxetato dissódico mostrou farmacocinética linear, isto é, parâmetros

farmacocinéticos alteram a dose proporcionalmente (por exemplo, Cmáx, AUC) ou são

dose independentes (por exemplo, Vss, t1/2) até a dose de 100 µmol/kg de peso corpóreo

(0,4 mL/kg).

- Características em populações especiais

Um estudo fase III com 25 µmol de Primovist®

(gadoxetato dissódico) por kg de peso

corpóreo comparou pacientes com vários níveis de disfunção hepática, disfunção renal,

disfunção hepática e renal coexistindo e pacientes sadios de diferentes faixas etárias,

incluindo idosos.

Sexo

Clearance total foi cerca de 20% menor no sexo feminino (185 mL/min) que em pacientes

do sexo masculino (236 mL/min).

Idosos (65 anos de idade ou mais)

De acordo com as mudanças fisiológicas na função renal com a idade, o clearance

plasmático do gadoxetato dissódico foi reduzido de 210 mL/min em pacientes não-idosos

para 163 mL/min em pacientes idosos com 65 anos de idade ou mais. A meia-vida

terminal e exposição sistêmica foram maiores em idosos (2,3h e 197 µmol*h/L,

respectivamente) comparado com o grupo controle (1,8h e 160 µmol*h/L,

respectivamente). A excreção renal foi completa após 24h em todos os pacientes sem

diferença entre pacientes sadios idosos e não-idosos.

Disfunção renal e/ou hepática

Em pacientes com disfunção renal moderada, foram observados aumento na AUC para

237 µmol*h/L e na meia-vida terminal para 2,2h. Em pacientes com disfunção renal em

estágio terminal, a AUC foi aumentada para cerca de 903 µmol*h/L e a meia-vida

terminal prolongada para cerca de 20h nos pacientes. Cerca de 55% da dose administrada

foi recuperada nas fezes no período de observação de 6 dias, a maioria dentro de 3 dias.

Em pacientes com disfunção hepática leve ou moderada, foram observados aumento leve

a moderado na AUC plasmática, meia-vida e excreção urinária, bem como redução na

excreção hepatobiliar quando comparados a voluntários sadios.

Em pacientes com disfunção hepática grave, especialmente em pacientes com níveis de

bilirrubina sérica anormalmente aumentados (> 3 mg/dL), a AUC foi aumentada para 259

µmol*h/L comparado com 160 µmol*h/L no grupo controle. A meia-vida de eliminação

foi aumentada para 2,6 h comparada a 1,8 h no grupo controle. A excreção hepatobiliar

diminuiu substancialmente para 5,7% da dose administrada nestes pacientes.

O gadoxetato dissódico pode ser removido do corpo por hemodiálise. Cerca de 30% da

dose administrada foi recuperada no dialisado em diálise de 3 horas, iniciando 1 hora após

a injeção. Em estudos com pacientes com disfunção renal em estágio terminal, gadoxetato

dissódico foi quase que completamente eliminado via diálise e excreção biliar dentro de 6

dias. A concentração plasmática do gadoxetato dissódico foi mensurável até 72 horas

após a dose nestes pacientes (veja “Advertências e Precauções”).

Dados de segurança pré-clínicos

Dados pré-clínicos mostram que não há risco especial para humanos baseado nos estudos

convencionais de toxicidade sistêmica, genotoxicidade e potencial contato-sensibilizante.

- Toxicidade reprodutiva

Em estudos no desenvolvimento embriofetal dose intravenosa repetida de Primovist®

(gadoxetato dissódico) causou embriotoxicidade (aumento da perda pós-implantação) em

coelhos em 25,9 vezes (baseado na área de superfície corpórea) ou 80 vezes (baseado no

peso corpóreo) a dose única humana.

- Tolerância local e potencial contato-sensibilizante

Estudos de tolerância local experimental com Primovist® (gadoxetato dissódico)

indicaram boa tolerabilidade local após administração intravascular (intravenosa e intra-

arterial) e paravenosa.

No entanto, administração intramuscular causou reações de intolerância local, incluindo

hemorragia intersticial, edema, e necrose focal da fibrose muscular e deve, portanto ser

estritamente evitada em humanos (veja “Advertências e Precauções”).

4. CONTRAINDICAÇÕES

Não há contraindicações.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Hipersensibilidade

Uma avaliação risco-benefício particularmente cuidadosa é necessária em pacientes

com hipersensibilidade conhecida ao Primovist®

(gadoxetato dissódico).

Como ocorre com outros meios de contraste administrados por via intravenosa,

Primovist® (gadoxetato dissódico) pode ser associado a reações

anafilactoides/hipersensibilidade ou a outras reações idiossincráticas caracterizadas

por manifestações cardiovasculares, respiratórias ou cutâneas, podendo ocasionar

reações graves, incluindo choque.

O risco de reações de hipersensibilidade aumenta nos casos de:

- reação anterior a meios de contraste,

- história de asma brônquica,

- história de distúrbios alérgicos.

Em pacientes com disposição alérgica a decisão quanto ao uso de Primovist®

(gadoxetato dissódico) deve ser feita após uma avaliação particularmente cuidadosa

da relação risco-benefício.

A maioria dessas reações ocorre dentro de 30 minutos após a administração do meio

de contraste.

Portanto, recomenda-se a observação do paciente após a realização do exame.

São necessários medicamentos para o tratamento de reações de hipersensibilidade,

assim como preparo para instituição de medidas de emergência.

Reações tardias após horas ou até vários dias foram raramente observadas (veja

“Reações Adversas”).

Pacientes que estiverem utilizando betabloqueadores e apresentarem tais reações

podem ser resistentes aos efeitos do tratamento com beta-agonista.

Doença cardiovascular

Deve-se ter cautela quando Primovist®

(gadoxetato dissódico) é administrado a

pacientes com problemas cardiovasculares graves, pois as informações disponíveis

até o momento são limitadas.

Comprometimento renal

Em pacientes saudáveis, gadoxetato dissódico é igualmente eliminado por via renal e

hepatobiliar.

Antes da administração de Primovist® (gadoxetato dissódico), recomenda-se que

todos os pacientes sejam avaliados em relação à disfunção renal através de histórico

e/ou exames laboratoriais.

Em pacientes com disfunção renal grave, os benefícios devem ser pesados

cuidadosamente em relação aos riscos, uma vez que a eliminação dos meios de

contraste é atrasada em alguns casos. Deve-se garantir um período de tempo

suficiente para a eliminação do meio de contraste antes de qualquer readministração

em pacientes com disfunção renal.

O gadoxetato dissódico pode ser eliminado do organismo através de hemodiálise.

Cerca de 30% da dose admininistrada é eliminada do corpo por sessão única de

diálise de 3 horas iniciada 1 hora após a injeção. Em pacientes com disfunção renal

em estágio terminal, gadoxetato dissódico foi quase que completamente eliminado

via diálise e excreção biliar com um período de observação de 6 dias, sendo a

maioria dentro de 3 dias.

Nos pacientes que já estiverem em hemodiálise por ocasião da administração de

Primovist® (gadoxetato dissódico), deve-se considerar o rápido início da hemodiálise

após sua administração para aumentar a eliminação do meio de contraste (veja

“Características Farmacológicas – Farmacocinética”).

Há relatos de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN), associada ao uso de alguns meios

de contraste contendo gadolínio, em pacientes com:

- disfunção renal grave aguda ou crônica [taxa de filtração glomerular (TFG): < 30

mL/min/1,73m2] e

- insuficiência renal aguda de qualquer gravidade devido à síndrome hepatorrenal

ou em período perioperatório de transplante de fígado.

Embora a exposição sistêmica corporal ao gadolínio seja baixa com base na dose

para diagnóstico como também pela eliminação do Primovist® (gadoxetato dissódico)

por dupla via (renal e hepatobiliar), há possibilidade de ocorrência de fibrose

sistêmica nefrogênica (FSN) com Primovist®

(gadoxetato dissódico). Portanto,

Primovist® (gadoxetato dissódico) somente deve ser utilizado nestes pacientes após

cuidadosa avaliação de risco-benefício (veja “Reações adversas”).

Intolerância local

Administração intramuscular deve ser estritamente evitada devido a reações de

intolerância local incluindo necrose focal (veja “Dados de segurança pré-clínicos”).

Gravidez

Não há dados disponíveis de estudos clínicos sobre a exposição ao gadoxetato

dissódico durante a gravidez. Estudos em animais com doses clinicamente

relevantes não mostraram toxicidade reprodutiva após administrações repetidas

(veja “Dados de segurança pré-clínicos”).

O risco potencial para humanos é desconhecido.

Primovist® (gadoxetato dissódico) somente deve ser usado durante a gravidez se a

condição clínica da mulher requer o uso de gadoxetato dissódico.

Categoria B - “Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica ou do cirurgião-dentista.”

Lactação

Não se sabe se o gadoxetato dissódico é excretado no leite materno humano. Há

evidências de dados de estudos pré-clínicos que o gadoxetato dissódico é excretado

no leite materno em quantidades muito pequenas (menos de 0,5% da dose

administrada por via intravenosa) e a absorção via trato gastrintestinal é pobre

(cerca de 0,4% da dose administrada oralmente foi excretado pela urina) (veja

Em doses clínicas, nenhum efeito ao lactente é esperado e Primovist® (gadoxetato

dissódico) pode ser usado durante a amamentação.

Efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interação com inibidores OATP

Estudos em animais demonstraram que compostos que pertencem à classe dos

medicamentos aniônicos, por exemplo, rifampicina, bloqueiam a captação de

Primovist® (gadoxetato dissódico) pelo fígado, e deste modo, reduzem o efeito do

contraste no fígado. Neste caso o benefício esperado com o uso de Primovist®

(gadoxetato dissódico) pode ser limitado. Não são conhecidas interações adicionais

com medicamentos de estudos com animais.

Um estudo de interação em voluntários sadios demonstrou que a coadministração de

inibidor OATP eritromicina não influencia a eficácia e a farmacocinética de

Primovist® (gadoxetato dissódico). Não foram conduzidos estudos adicionais de

interação clínica com outros medicamentos.

Interferência de níveis elevados de bilirrubina ou de ferritina em pacientes

Níveis elevados de bilirrubina (>3mg/dL) ou de ferritina podem reduzir o efeito de

contraste de Primovist® (gadoxetato dissódico) no fígado. Se Primovist® (gadoxetato

dissódico) for usado nestes pacientes, completar a ressonância magnética por

imagem em não mais que 60 minutos após administração de Primovist®

(gadoxetato

dissódico) (veja “Características farmacológicas – Farmacocinética”).

Interferência em testes diagnósticos

A determinação de ferro sérico por métodos de complexometria (por exemplo,

método de complexação de ferrocina) pode apresentar falsos valores altos ou baixos

em até 24 horas após o exame com Primovist®

(gadoxetato dissódico), devido à

presença de agente complexante livre caloxetato trissódico contido na solução do

meio de contraste.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO PRODUTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).

Prazo de validade a partir da data de fabricação: 36 meses.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.”

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

Primovist®

(gadoxetato dissódico) é fornecido como uma solução límpida, de incolor a

amarelo-pálido.

Primovist® (gadoxetato dissódico) é quimica e fisicamente estável. Do ponto de vista

microbiológico o produto deve ser utilizado imediatamente após aberto.

Este medicamento deve ser inspecionado visualmente antes do uso.

Primovist® (gadoxetato dissódico) não deve ser utilizado em casos de descoloração

acentuada, ocorrência de material particulado ou defeitos no recipiente.

Propriedades físico-químicas de Primovist® (gadoxetato dissódico) estão listadas a

seguir:

Osmolalidade (mOsm/kg H2O) a 37°C 688

Viscosidade (mPa.s) a 37°C 1,19

pH 6,8 – 8,0

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Método de administração

Este medicamento é para administração intravenosa.

A dose é administrada sem diluição, como uma injeção intravenosa em bolo. Após a

injeção do meio de contraste a cânula/ linha intravenosa deve ser lavada com solução

salina fisiológica

Após a injeção em bolo de Primovist® (gadoxetato dissódico), durante as fases arterial,

portovenosa e de equilíbrio, a imagiologia dinâmica utiliza os diferentes padrões

temporais de realce de tipos diferentes de lesões hepática para obter informações sobre a

classificação (benigna/maligna) e a caracterização específica. Adicionalmente melhora a

visualização de lesões hepáticas hipervascularizadas.

A fase tardia (hepatócito) começa cerca de 10 minutos após a injeção (em estudos

confirmatórios, a maioria dos dados foi obtida em 20 minutos após a injeção) com uma

janela de imagem que dura pelo menos 120 minutos. A janela de imagem é reduzida para

60 minutos em pacientes que requeiram hemodiálise e em pacientes com valores elevados

de bilirrubina (>3 mg/dL) (veja “Interações medicamentosas”).

O realce do parênquima hepático durante a fase de hepatócito auxilia na identificação do

número, distribuição segmental, visualização e delineação das lesões hepáticas e, dessa

forma melhora a detecção de lesões. Os diferentes padrões de realce/washout de lesões

hepáticas contribuem para informações da fase dinâmica.

A excreção hepática de Primovist® (gadoxetato dissódico) resulta no realce das estruturas

biliares.

Devem ser observadas as regras gerais de segurança normalmente utilizadas para imagem

por ressonância magnética, por exemplo, exclusão de marcapasso cardíaco e implantes

ferromagnéticos.

Incompatibilidades

Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado

com outros produtos medicinais.

Instruções de uso

As seringas pré-carregadas devem ser retiradas da embalagem e preparadas para injeção

imediatamente antes do exame. A tampa só deve ser retirada da seringa pré-carregada

imediatamente antes do uso. Qualquer solução de meio de contraste não utilizada no

exame deve ser descartada.

Posologia

- Adultos

0,1 mL por kg de peso corpóreo de Primovist® (gadoxetato dissódico), equivalente a 25

mcmol por kg de peso corpóreo.

Informações adicionais para populações especiais

- População pediátrica

Primovist® (gadoxetato dissódico) não é recomendado para uso em crianças abaixo de 18

anos de idade devido a falta de dados de segurança e eficácia.

- Idosos (65 anos de idade ou mais)

Não há necessidade de ajuste de dose. Em estudos clínicos, não foram observadas

diferenças gerais de segurança ou eficácia entre idosos (65 anos de idade ou mais) e

pacientes jovens, e outras experiências clínicas relatadas não identificaram diferenças

entre idosos e pacientes jovens (veja “Características Farmacológicas –

Farmacocinética”).

- Pacientes com disfunção hepática

diferenças gerais de segurança ou eficácia entre pacientes com e sem disfunção hepática,

e outras experiências clínicas relatadas não identificaram diferenças em pacientes com

disfunção hepática e pacientes saudáveis (veja “Características Farmacológicas –

- Pacientes com disfunção renal

Em estudos clínicos, não foram observadas diferenças gerais de segurança e eficácia entre

pacientes com disfunção renal e pacientes com função renal normal. A eliminação do

gadoxetato dissódico é prolongada em pacientes com disfunção renal. Para garantir

imagens diagnosticamente úteis, não é recomendado ajuste de dose (veja também

“Advertências e Precauções” e “Características Farmacológicas – Farmacocinética”).

9. REAÇÕES ADVERSAS

O perfil geral de segurança de Primovist® (gadoxetato dissódico) é baseado em

dados com mais de 1900 pacientes em estudos clínicos e em avaliação pós-

comercialização.

As reações adversas mais frequentemente observadas (> 0,5%) em pacientes

recebendo Primovist® (gadoxetato dissódico) foram náusea, dor de cabeça, sensação

de calor, aumento da pressão sanguínea e tonturas.

A reação adversa mais grave em pacientes recebendo Primovist® (gadoxetato

dissódico) foi choque anafilactoide.

Reações alergoides tardias (após horas ou até vários dias) foram raramente

observadas.

A maioria das reações adversas foi de intensidade leve a moderada.

As reações adversas observadas com Primovist® (gadoxetato dissódico) estão

representadas na tabela abaixo. As reações adversas estão classificadas de acordo

com a Classificação por Sistema Corpóreo (MedDRA versão 12.1). O termo

MedDRA mais apropriado é usado para descrever uma certa reação, seus sinônimos

e condições relacionadas.

Reações adversas de estudos clínicos são classificadas de acordo com suas

frequências. Os grupos de frequências são definidos de acordo com a seguinte

convenção: Frequente: > 1/100 a < 1/10; Pouco frequente: > 1/1.000 a < 1/100; Rara:

> 1/10.000 a < 1/1.000. As reações adversas identificadas apenas durante a avaliação

pós-comercialização, e para as quais a frequência não pode ser estimada, estão

listadas como “desconhecida”.

Em cada grupo de frequência, as reações adversas estão apresentadas em ordem

decrescente de gravidade.

Tabela 1: Reações adversas relatadas em estudos clínicos ou durante a avaliação

pós-comercialização em pacientes tratados com Primovist® (gadoxetato dissódico)

Classificação por

Sistema Corpóreo

Frequente Pouco frequente Rara Desconhecida

Distúrbios no

sistema imune

Hipersensibilidade

/ reação

anafilactoide (por

exemplo, choque*,

hipotensão, edema

faringolaringeal,

urticária, edema

facial, rinite,

conjuntivite, dor

abdominal,

hipoestesia,

espirro, tosse,

palidez).

sistema nervoso

cefaleia vertigem

tontura

disgeusia

parestesia

parosmia

tremor

acatisia

inquietação

Distúrbios

cardíacos

bloqueio de

ramo

palpitação

taquicardia

vasculares

aumento da pressão

arterial

rubor

respiratórios,

torácicos e no

mediastino

distúrbios

respiratórios

(dispneia*,

dificuldade

respiratória)

gastrintestinais

náuseas vômitos

boca seca

desconforto oral

hipersecreção

salivar

Distúrbios da pele e

do tecido

subcutâneo

rash

prurido**

maculopapular

hiperidrose

músculo-

esqueléticos e dos

tecidos conectivos

dor nas costas

Distúrbios gerais e

condições no local

de administração

dor no peito

reações no local de

injeção***

sensação de calor

calafrios

fadiga

sensação anormal

desconforto

mal-estar

* Foram relatados casos com risco para a vida e/ou fatais. Estes relatos foram

originados de experiências pós-comercialização.

** Prurido (prurido generalizado, prurido nos olhos).

*** Reações no local de injeção (diversos tipos) compreendem os seguintes termos:

extravasamento no local de injeção, queimação no local de injeção, sensação de frio

no local de injeção, irritação no local de injeção, dor no local da injeção.

Foram relatados casos de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN) com alguns meios de

contraste contendo gadolínio (veja “Precauções e Advertências”).

Foram observados valores levemente elevados de ferro sérico e bilirrubina sérica em

menos de 1% dos pacientes após a administração de Primovist® (gadoxetato

dissódico). No entanto, os valores não excederam mais de 2 – 3 vezes os valores

basais e retornaram aos valores iniciais sem quaisquer sintomas, dentro de 1 a 4

dias.

“Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham

indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado

corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos.

Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.”

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.