Bula do Prolopa produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Prolopa®
(levodopa + cloridrato de benserazida)
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Comprimido para suspensão
100 mg + 25 mg
Prolopaâ
Roche
levodopa + cloridrato de benserazida
Antiparkinsoniano
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome do produto: Prolopa®
Nome genérico: levododa + cloridrato de benserazida
APRESENTAÇÃO
Comprimidos dispersíveis de 125 mg. Embalagem com 30 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO A PARTIR DE 25 ANOS
COMPOSIÇÃO
Princípio ativo: cada comprimido dispersível de Prolopa®
125 mg contém 100 mg de levodopa (L-dopa) e
28,5 mg de cloridrato de benserazida (equivalente a 25 mg de benserazida).
Excipientes: ácido cítrico anidro, amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Solicitamos a gentileza de ler cuidadosamente as informações a seguir. Caso não esteja seguro a respeito de
determinado item, por favor, informe ao seu médico.
Este medicamento é uma associação das substâncias levodopa e cloridrato de benserazida, indicado para o
tratamento de pacientes com doença de Parkinson.
Prolopa®
HBS é adequado ao tratamento de pacientes que apresentam variações na resposta ao tratamento,
devido a variações na quantidade de medicação. As flutuações (variações) se caracterizam por movimentos
involuntários.ou dificuldades de movimentação chamada também de deterioração de final de dose, como a
dificuldade de movimentação noturna ou pela manhã..
Os sintomas da Doença de Parkinson são decorrentes da falta de dopamina no sistema nervoso central
(SNC). A dopamina é uma substância que ajuda a comunicação entre as células. O tratamento da doença se
baseia na reposição da dopamina, feita pela administração de Prolopa®
, que é a associação de duas
substâncias, a levodopa, um precursor da dopamina, e o cloridrato de benserazida, uma enzima que tem
como função não deixar a levodopa ser transformada em dopamina antes de entrar no SNC, reduzindo os
efeitos colaterais da levodopa.
Assim, ao administrar Prolopa®
, administramos um precursor da dopamina que se transforma em dopamina
no cérebro, melhorando os sintomas provocados pela falta de dopamina, mecanismo esse responsável pela
sintomatologia na doença de Parkinson.
As cápsulas de Prolopa®
HBS 125 mg liberam gradativamente as substâncias ativas no tubo digestivo,
garantindo assim um efeito terapêutico por tempo mais longo. O tempo médio estimado para o início da
ação terapêutica de Prolopa®
HBS é de aproximadamente 60 minutos, quando o medicamento for ingerido
em jejum.
Prolopa®
não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à levodopa, à
benserazida ou a qualquer outro componente da formulação.
não deve ser associado a medicamentos antidepressivos da classe dos inibidores da monoaminoxidase
(IMAOs) não-seletivos. Entretanto, inibidores seletivos da MAO-B, como a selegilina e rasagilina, ou inibidores
seletivos da MAO-A, como a moclobemida, não são contraindicados. A combinação de inibidores da MAO-A e
MAO-B é equivalente a IMAOs não-seletivos e, portanto, não deve ser administrada concomitantemente com
.
não deve ser administrado a pacientes com doenças não controladas nas glândulas endócrinas
(produtoras de hormônios), nos rins, no fígado e no coração, assim como pacientes com glaucoma de ângulo
fechado (aumento da pressão intraocular) ou com história de doenças psiquiátricas com componente
psicótico.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na ausência de
método contraceptivo adequado. Se ocorrer gravidez durante o tratamento com Prolopa®
, o uso do
medicamento deve ser descontinuado, conforme orientação de seu médico.
Mães em tratamento com Prolopa®
não devem amamentar.
Este medicamento é contraindicado para menores de 25 anos de idade (o desenvolvimento ósseo deve
estar completo).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Não faça uso deste medicamento sem prescrição e acompanhamento médico. Pode ser que Prolopa®
não
seja indicado para seu caso, o que só seu médico poderá avaliar. Pela mesma razão, não ceda nem
recomende este medicamento para outras pessoas.
Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em indivíduos suscetíveis.
Antes de tomar Prolopa®
, informe ao seu médico: se apresentar glaucoma de ângulo aberto (aumento da
pressão intraocular, geralmente assintomático); caso tenha que se submeter a uma cirurgia e necessite de
anestesia geral.
O uso de Prolopa®
não deve ser interrompido abruptamente. A interrupção abrupta pode produzir quadro
semelhante a síndrome neuroléptica maligna, que se caracteriza por febre muito alta (acima de 40º), instabilidade
autonômica (variações nas funções orgânicas controladas pelo sistema nervoso, tais como frequência cardíaca,
pressão arterial, produção de suor etc), rigidez muscular acentuada e distúrbios psíquicos (como delirium), com
possíveis alterações laboratoriais, incluindo aumento de creatinofosfoquinase (CPK, enzima indicadora de dano
muscular), e pode ser fatal.
Seu médico o informará caso seja necessária a realização de algum teste laboratorial para monitoramento.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
A levodopa tem sido associada com sonolência e episódios de sono de início repentino, que muito
raramente, ocorrem durante as atividades diárias, em alguns casos, sem sinal de aviso ou percepção pelo
paciente.
Pacientes tratados com levodopa e que apresentam sonolência e/ou episódios de sono de início repentino
devem ser advertidos para evitar dirigir veículos ou se comprometer em atividades nas quais a desatenção
pode colocá-los ou outros em risco de ferimento grave ou morte (ex. operar máquinas) até que esses
episódios recorrentes e sonolência sejam resolvidos.
Medicamentos dopaminérgicos (que interferem com a atividade do neurotransmissor dopamina)
Vício em jogos de azar, libido aumentada e hipersexualidade têm sido relatados em pacientes com doença
de Parkinson tratados com agonistas da dopamina (medicamentos que agem no receptor de dopamina no
cérebro). Não há relação causal estabelecida entre Prolopa®
, o qual não é um agonista da dopamina, e estes
eventos. Entretanto, recomenda-se precaução, pois Prolopa®
é um medicamento dopaminérgico.
Potencial para dependência da droga ou abuso
Um pequeno subgrupo de pacientes com doença de Parkinson apresentou distúrbio cognitivo (caracterizado,
por exemplo, pela perda de memória) e alterações de comportamento que puderam ser diretamente
atribuídos ao aumento da quantidade de ingestão da medicação sem prescrição médica e ao aumento das
doses requeridas para tratar suas inabilidades motoras.
Até o momento não há informações de que Prolopa®
HBS (levodopa + cloridrato de benserazida) possa causar
doping. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.
Gravidez e lactação
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na ausência de
método contraceptivo adequado.
Como a passagem de benserazida para o leite materno é desconhecida, mães em tratamento com Prolopa®
não devem amamentar, pois a ocorrência de alterações no desenvolvimento ósseo da criança, não pode ser
excluída.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Pacientes com insuficiência renal e hepática
Dados de farmacocinética da levodopa em pacientes com insuficiência renal ou hepática não estão disponíveis.
Prolopa®
é bem tolerado em pacientes urêmicos (com excesso de ureia no sangue, devido a insuficiência renal) em
esquema de hemodiálise.
Interações medicamentosas e outras formas de interação
- Interações alimentares: observa-se redução do efeito, quando Prolopa®
é ingerido com uma refeição rica
em proteínas.
- Interações farmacocinéticas: antes de tomar Prolopa®
HBS, informe ao seu médico caso esteja tomando:
antiácidos, sulfato ferroso, metoclopramida (usada no tratamento de distúrbios na motilidade gastrintestinal) ou
domperidona.
- Interações farmacodinâmicas: antes de tomar Prolopa®
, informe ao seu médico caso esteja tomando:
neurolépticos (substâncias utilizadas no tratamento de sintomas positivos da psicoses, como alucinações e
delírios), opioides (substâncias com ação analgésica), medicamentos anti-hipertensivos contendo reserpina,
medicamentos antidepressivos da classe dos inibidores não-seletivos da enzima MAO (IMAO), compostos
simpatomiméticos (que estimulam o sistema nervoso simpático, relacionado com ações que permitem ao
organismo responder a situações de estresse), como adrenalina, noradrenalina, isoproterenol ou anfetamina,
outros medicamentos antiparkinsonianos e caso tenha que se submeter a cirurgia e necessite de anestesia geral com
halotano.
A levodopa pode afetar os resultados de testes laboratoriais para catecolaminas (compostos químicos como
a adrenalina, noradrenalina e dopamina), creatinina (indicativo de função renal), ácido úrico e glicose
(açúcar).
O resultado para o teste de Coombs (usado no diagnóstico de doenças autoimunes e doença hemolítica do recém-
nascido) pode dar falso-positivo nos pacientes em tratamento com Prolopa®
.
A levodopa pode reduzir os efeitos antipsicóticos de alguns medicamentos utilizados para esquizofrenia e
outros distúrbios comportamentais.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Prolopa®
HBS deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30º C). Manter o frasco bem
fechado para proteger da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A coloração do corpo das cápsulas de Prolopa®
HBS é azul claro opaco e sua tampa é verde escuro opaco, de
superfície limpa e contendo impressão “ROCHE”.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Prolopa®
deve ser administrado por via oral. Sempre que possível Prolopa®
deve ser tomado no mínimo 30
minutos antes ou 1 hora após as refeições. Efeitos adversos gastrintestinais podem ocorrer principalmente
nos estágios iniciais do tratamento, e podem ser controlados, em grande parte, com a ingestão de Prolopa®
com um pequeno lanche (por exemplo, biscoitos) ou líquido, ou com o aumento gradativo da dose.
As cápsulas de Prolopa®
HBS devem ser deglutidas inteiras, sem mastigar.
Posologia
Dose usual: o tratamento com Prolopa®
deve ser iniciado gradualmente e a dose deve ser aumentada
gradativamente até otimização do efeito.
Tratamento inicial: nos estágios iniciais da doença de Parkinson, é recomendável iniciar o tratamento com
½ comprimido de Prolopa®
BD (62,5 mg) ou ¼ de comprimido de Prolopa®
de 250 mg (62,5 mg), três a
quatro vezes ao dia.
A otimização do efeito em geral é obtida com uma dose diária de Prolopa®
correspondente a faixa de 300 - 800 mg
de levodopa + 75 - 200 mg de benserazida, dividida em três ou mais administrações. Podem ser necessárias quatro a
seis semanas para se atingir o efeito ideal.
Seu médico o orientará sobre o início do tratamento.
Tratamento de manutenção: a dose média de manutenção é de 1 comprimido de Prolopa®
BD ou ½
comprimido de Prolopa®
de 250 mg (125 mg), três a seis vezes ao dia, ou seja, de 300 mg a 600 mg de
levodopa ao dia. Prolopa®
BD ou Prolopa®
de 250 mg podem ser substituídos por Prolopa®
HBS ou Prolopa®
comprimido dispersível, para otimização do efeito.
Instruções posológicas especiais: seu médico o instruirá sobre a necessidade de ajuste de dose de Prolopa®
ou mesmo de outros medicamentos utilizados concomitantemente, assim como sobre o procedimento
adequado para a migração de tratamento para Prolopa®
HBS.
Em pacientes com acinesia (movimento do músculo cardíaco deficiente) noturna, efeitos positivos têm sido relatados
com o aumento gradual da última dose noturna a até 250 mg de Prolopa®
HBS, ingeridos ao deitar.
Se a resposta ao Prolopa®
HBS não for adequada, deve-se retornar ao tratamento com Prolopa®
, na forma
convencional ou dispersível. Os pacientes devem ser cuidadosamente observados quanto a possíveis sintomas
psiquiátricos indesejáveis.
Uso em pacientes com insuficiência renal: no caso de insuficiência renal leve ou moderada não é
necessária a redução de dose.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você esquecer de tomar uma dose de Prolopa®
HBS, tome-a assim que se lembrar e retorne ao esquema de
tratamento habitual. Entretanto, se estiver quase no horário da próxima dose, pule a dose que você esqueceu e tome a
próxima dose no horário habitual. Não tome dose dobrada para compensar a que você esqueceu.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Prolopa®
em geral é bem tolerado, mas eventualmente podem ocorrer efeitos indesejados, tais como
movimentos involuntários, episódios psicóticos, angina pectoris (dor no peito de origem cardíaca),
constipação, perda de peso e falta de ar.
- Pós-comercialização
Distúrbios nos sistemas sanguíneo e linfático: anemia hemolítica (hemoglobina insuficiente para manter
oxigenação das células, decorrente de destruição de glóbulos vermelhos), leucopenia transitória (redução de
glóbulos brancos do sangue) e trombocitopenia (redução das plaquetas, que são elementos do sangue importantes
para a coagulação) têm sido relatadas em casos raros. Distúrbios nutricionais e do metabolismo: anorexia
(diminuição ou perda do apetite) foi relatada. Distúrbios psiquiátricos: depressão pode fazer parte do
quadro clínico em pacientes com doença de Parkinson e podem também ocorrer em pacientes tratados com
. Agitação, ansiedade, insônia, alucinações, delírios e desorientação temporal podem ocorrer
particularmente em pacientes idosos e em pacientes com antecedentes psiquiátricos. Distúrbios do sistema
nervoso: casos isolados de ageusia ou disgeusia (alterações do paladar) foram relatados. Em estágios tardios
do tratamento, podem ocorrer discinesias (movimentos involuntários anormais). Com tratamento
prolongado, podem ocorrer variações da resposta terapêutica, incluindo episódios de acinesia (redução da
mobilidade), episódios de congelamento da marcha, deterioração de final da dose e efeito “liga-desliga”
(fenômeno on-off). O uso de Prolopa®
pode ocasionar sonolência e pode estar associada muito raramente a
sonolência excessiva durante o dia e episódios de sono de início repentino. Distúrbios cardíacos: arritmias
cardíacas (alteração do ritmo do batimento cardíaco) podem ocorrer ocasionalmente. Distúrbios
vasculares: hipotensão ortostática (queda de pressão sanguínea ao se levantar) pode ocorrer
ocasionalmente. Distúrbios gastrintestinais: náusea, vômito e diarreia foram relatados com Prolopa®
.
Distúrbios do tecido subcutâneo e da pele: reações alérgicas como coceira, erupção cutânea e rubor
(vermelhidão) podem ocorrer em casos raros. Investigações: aumento temporário de transaminases e
fosfatase alcalina (indicadores de acometimento do fígado) pode ocorrer. Aumento de gama-
glutamiltransferase (outro indicador de acometimento do fígado) e dos níveis sanguíneos de ureia (indicador
de acometimento dos rins) foram observados com o uso de Prolopa®
Pode ocorrer alteração da cor da urina, passando, em geral, a avermelhada, e tornando-se mais escura, após
um tempo em repouso. Outros fluidos ou tecidos corporais também podem se descolorir ou se pigmentar,
incluindo a saliva, a língua, os dentes ou a mucosa da boca.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.