Bula do Prolopa produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Prolopa®
(levodopa + cloridrato de benserazida)
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Comprimido simples – 200 mg + 50 mg
Comprimido simples – 100 mg + 25 mg
Comprimido para suspensão – 100 mg + 25 mg
Cápsula de liberação prolongada – 100 mg + 25 mg
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Prolopa
Roche
levodopa + cloridrato de benserazida
Antiparkinsoniano
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome do produto:Prolopa®
BD
HBS
Nome genérico: levodopa + cloridrato de benserazida
APRESENTAÇÕES
Prolopa
comprimidos de 250 mg. Embalagem com 30 comprimidos birranhurados.
comprimidos dispersíveis de 125 mg. Embalagem com 30 comprimidos.
BD comprimidos de 125 mg. Embalagem com 30 ou 60 comprimidos birranhurados.
HBS* cápsulas de 125 mg. Embalagem com 30 cápsulas.
*HBS é uma sigla adotada internacionalmente e significa Hydrodynamically Balanced System, uma
apresentação especial que propicia uma liberação prolongada das substâncias ativas no estômago, onde a
cápsula de Prolopa®
HBS permanece por várias horas.
VIA ORAL
USO ADULTO A PARTIR DE 25 ANOS
COMPOSIÇÃO
comprimido convencional de 250 mg
Princípio ativo: cada comprimido de Prolopa®
250 mg contém 200 mg de levodopa (L-dopa) e 57 mg de
cloridrato de benserazida (equivalente a 50 mg de benserazida).
Excipientes: manitol, fosfato de cálcio dibásico, celulose microcristalina, amido, crospovidona, estearato
de magnésio, etilcelulose, óxido de ferro vermelho, dióxido de silício, docusato de sódio.
BD comprimido convencional de 125 mg
BD contém 100 mg de levodopa (L-dopa) e 28,5 mg de
cloridrato de benserazida (equivalente a 25 mg de benserazida).
comprimido dispersível de 125 mg
Princípio ativo: cada comprimido dispersível de Prolopa®
125 mg contém 100 mg de levodopa (L-dopa)
e 28,5 mg de cloridrato de benserazida (equivalente a 25 mg de benserazida).
Excipientes: ácido cítrico anidro, amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
HBS cápsula de 125 mg
Princípio ativo: cada cápsula de Prolopa®
HBS 125 mg contém 100 mg de levodopa (L-dopa) e 28,5 mg
de cloridrato de benserazida (equivalente a 25 mg de benserazida).
Excipientes: hipromelose, óleo vegetal hidrogenado, fosfato de cálcio dibásico anidro, manitol, talco,
povidona, estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Prolopa®
é uma associação das substâncias levodopa e cloridrato de benserazida, indicado para o
tratamento de pacientes com doença de Parkinson.
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comprimidos dispersíveis é adequado para pacientes com disfagia (dificuldades de deglutição)
ou pacientes que necessitem de um início de efeito terapêutico mais rápido, por exemplo, pacientes com
acinesia matinal ou vespertina, ou efeito de final de dose.
HBS é indicado para pacientes com todos os tipos de flutuação (por exemplo, discinesias de
pico de dose e deterioração de final de dose - como acinesia noturna).
A levodopa é o tratamento estabelecido para todos os estágios da doença de Parkinson, promovendo
melhora significativa dos sintomas motores e da qualidade de vida dos pacientes.
Prolopa®
é uma associação de duas substâncias (levodopa e benserazida), na proporção de 4:1, uma
relação que foi demonstrada ideal em ensaios clínicos e confirmada por experiências subsequentes.
foi introduzido em 1970 para compensar a depleção da dopamina no estriado como observado
na doença de Parkinson. Um número considerável de estudos clínicos foi conduzido nesses anos para
apenas confirmar e estabelecer a combinação levodopa + cloridrato de benserazida como um tratamento de
referência da doença, embora um número de terapias adjuvantes tenha sido introduzido desde então. Uma
revisão recente de Cochrane coletou resultados de 29 estudos totalizando mais de 5.200 pacientes
incluídos nos estudos com levodopa, sendo a maioria deles se referindo ao Prolopa®
.
Nos últimos anos, Katzenschlager et al. conduziram um estudo clínico multicêntrico, comparativo de 3
braços, aberto pragmático, no grupo de Pesquisa da Doença de Parkinson no Reino Unido. Entre 1985 e
1990, 782 pacientes foram randomizados para levodopa/inibidor da descarboxilase, levodopa/inibidor da
descarboxilase mais selegilina, ou bromocriptina. O desfecho final foi mortalidade, incapacidade e
complicações motoras. A qualidade de vida relacionada a saúde e função mental foram também avaliadas.
A duração média do acompanhamento na avaliação final foi 14 anos em 166 (21%) dos pacientes
sobreviventes que puderam ser contatados. Após ajustes para as características basais, as pontuações de
incapacidade foram melhores no grupo com levodopa que no grupo da bromocriptina (Webster: 16,6 vs
19,8; p = 0,03; Northwestern University Disability: 34,3 vs 30,0, p = 0,05). Função física (diferença 20,8;
IC 95% 10,0, 31,6; p < 0,001) e pontuação física resumida (diferença 5,2; IC 95% 0,7, 9,7; p = 0,03) nos
36 itens da pesquisa de qualidade de vida em saúde, avaliada pelo formulário resumido, foi também
superior para levodopa. Diferenças nas taxas de mortalidade, prevalência de discinesias, flutuações
motoras e demência não foram significativamente diferentes entre os grupos.
Os autores concluíram que o tratamento inicial com o agonista dopaminérgico, bromocriptina, não reduz a
mortalidade ou a incapacidade motora e a redução inicial da frequência das complicações motoras não foi
sustentada ao longo do tempo. Eles não encontraram evidências de benefício em longo prazo e de efeitos
modificadores da doença clinicamente relevantes com o tratamento inicial com agonista dopaminérgico e
concluíram que a associação de levodopa à benserazida permanece como o tratamento de primeira escolha
para a Doença de Parkinson.
Referências bibliográficas
1. Agid Y. Levodopa:is toxicity a myth? Neurology 1999, 50:858-63.
2. Parkinson Study Group. JAMA 2000; 284:231
3. Gourdreau J., Ahlskog JE. Symptomatic Treatment of Parkinson´s Disease:Levodopa. Pág 713-
28. In Parkinson´s Disease. Ebadi M e Pfeiffer RF eds., CRC Press, Estados Unidos, 2005.
4. Fahn, Oakes, Shoulson et al and The Parkinson Study Group. Levodopa and the progression of
Parkinson’s disease. N Engl J Med 2004; 351: 2498-2508.
5. Stowe RL, Ives NJ, Clarke C et al. Dopamine agonist therapy in early Parkinson's disease.
Cochrane Database Syst Rev. 2008; (2): CD006564
6. Katzenschlager R, Head J, Schrag A et al. Fourteen-year final report of the randomized PDRG-UK
trial comparing three initial treatments in PD. Neurology. 2008; 71 (7): 474-80
Propriedades Farmacodinâmicas
A dopamina, que age como neurotransmissor no cérebro, não está presente em quantidades suficientes nos
gânglios da base, em pacientes parkinsonianos. A levodopa ou L-dopa (3,4-diidroxi L-fenilalanina) é um
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intermediário na biossíntese da dopamina. A levodopa (precursora da dopamina) é usada como uma pró-
droga para aumentar os níveis de dopamina, visto que ela pode atravessar a barreira hematoencefálica,
enquanto que a dopamina não consegue. Uma vez dentro do Sistema Nervosos Central (SNC), a levodopa
é metabolizada em dopamina pela L-aminoácido aromático descarboxilase.
Após sua administração, a levodopa é rapidamente descarboxilada à dopamina, tanto em tecidos
extracerebrais como cerebrais. Deste modo, a maior parte da levodopa administrada não fica disponível
aos gânglios da base e a dopamina produzida perifericamente frequentemente causa efeitos adversos. É,
portanto, particularmente desejável inibir a descarboxilação extracerebral da levodopa. Isso pode ser
obtido com a administração simultânea de levodopa e benserazida, um inibidor da descarboxilase
periférica.
O tempo médio estimado para o início da ação terapêutica de Prolopa®
é de aproximadamente 15 minutos,
25 minutos e 60 minutos, para os comprimidos dispersíveis, comprimidos convencionais e cápsulas HBS,
respectivamente, quando o medicamento for ingerido em jejum.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Forma convencional: Prolopa®
e Prolopa®
BD
A levodopa é absorvida principalmente na região superior do intestino delgado e a absorção é
independente do local. Concentrações plasmáticas máximas são atingidas aproximadamente uma hora após
a ingestão de Prolopa®
BD.
A concentração plasmática máxima (Cmáx) e a extensão de absorção (área sob a curva) da levodopa
aumentam proporcionalmente com a dose (50 - 200 mg de levodopa).
A ingestão de alimentos reduz a velocidade e a extensão de absorção da levodopa. A concentração
plasmática máxima é 30% menor e demora mais para ser atingida, quando os comprimidos convencionais
de Prolopa®
BD são administrados após uma refeição padrão. A extensão de absorção de
levodopa é reduzida em 15%.
Forma dispersível: Prolopa®
comprimido dispersível
O perfil farmacocinético da levodopa após a administração de Prolopa®
dispersível a voluntários sadios e
pacientes parkinsonianos é muito semelhante ao observado após a administração da forma convencional,
mas o tempo para a concentração máxima tende a ser mais curto. A variação interindividual nos
parâmetros de absorção também é menor com os comprimidos dispersíveis administrados em suspensão.
Forma de liberação controlada: Prolopa®
HBS (liberação prolongada)
As propriedades farmacocinéticas de Prolopa®
HBS diferem das observadas com comprimidos na forma
convencional ou dispersível. Os componentes ativos são liberados lentamente no estômago.
As concentrações plasmáticas máximas de levodopa, que são 20 a 30% menores das obtidas com os
comprimidos convencionais, são atingidas aproximadamente 3 horas após a ingestão. A curva de
concentração plasmática versus tempo mostra uma duração de meia-vida mais longa comparada a dos
comprimidos convencionais, o que indica acentuadas propriedades de controle da liberação da droga.
A biodisponibilidade de Prolopa®
HBS é 50 a 70% da biodisponibilidade dos comprimidos, e não é
afetada pela presença de alimentos. A concentração plasmática máxima de levodopa não é afetada pela
presença de alimentos, mas demora mais para ser atingida (5 horas) quando a administração de Prolopa®
HBS é pós-prandial.
Distribuição
A levodopa atravessa a barreira hematoencefálica por um sistema de transporte saturável. Não se liga às
proteínas plasmáticas e seu volume de distribuição é de 57 litros. A área sob a curva de levodopa no líquor
é 12% da do plasma.
Ao contrário da levodopa, a benserazida em doses terapêuticas não atravessa a barreira hematoencefálica e
concentra-se principalmente em rins, pulmões, intestino delgado e fígado.
Biotransformação
A levodopa é biotransformada por duas vias metabólicas principais (descarboxilação e O-metilação) e
duas vias acessórias (transaminação e oxidação).
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A descarboxilase de aminoácidos aromáticos converte a levodopa em dopamina. Os principais produtos
finais desta via são o ácido homovanílico e o ácido dihidroxifenilacético.
A catecol-O-metiltransferase metila a levodopa, transformando-a em 3-O-metildopa. Este principal
metabólito plasmático tem uma meia-vida de eliminação de 15 horas e se acumula em pacientes que
recebem doses terapêuticas de Prolopa®
.
A redução da descarboxilação periférica da levodopa, quando administrada em associação à benserazida,
se reflete em níveis plasmáticos mais elevados de levodopa e 3-O-metildopa e níveis mais baixos de
catecolaminas (dopamina e noradrenalina) e ácidos fenolcarboxílicos (ácido homovanílico, ácido
dihidroxifenilacético).
A benserazida é hidroxilada a trihidroxibenzilhidrazina na mucosa intestinal e no fígado. Este metabólito é
um potente inibidor da descarboxilase de aminoácidos aromáticos.
Eliminação
Na presença de levodopa-descarboxilase perifericamente inibida, a meia-vida de eliminação da levodopa é
de aproximadamente 1,5 horas. A meia-vida de eliminação é discretamente mais longa (cerca de 25%) em
pacientes idosos (65 a 78 anos de idade) com doença de Parkinson (vide item “Farmacocinética em
populações especiais”).
A depuração plasmática da levodopa é de cerca de 430 mL/min.
A benserazida é quase completamente eliminada por biotransformação. Os metabólitos são principalmente
excretados na urina (64%) e, em menor extensão nas fezes (24%).
Farmacocinética em populações especiais
Dados de farmacocinética em pacientes urêmicos e portadores de insuficiência hepática não estão
disponíveis.
Uso em casos de insuficiência renal
Prolopa®
é extensamente metabolizado e menos que 10% da levodopa é excretado sem alteração pelos
rins.
Dados de farmacocinética com levodopa em pacientes com insuficiência renal não estão disponíveis.
é bem tolerado por pacientes urêmicos em esquema de hemodiálise.
Uso em casos de insuficiência hepática
A levodopa é metabolizada principalmente pela descarboxilase (aminoácido aromático) que está presente em
abundância no trato intestinal, nos rins, no coração e também no fígado.
Dados da farmacocinética da levodopa em pacientes com insuficiência hepática não estão disponíveis.
Efeito da idade na farmacocinética da levodopa
Em pacientes parkinsonianos idosos (65 - 78 anos de idade) tanto a meia-vida de eliminação da levodopa
como a área sob a curva (ASC) são aproximadamente 25% superiores do que as observadas nos pacientes
jovens (34 - 64 anos de idade).
O efeito da idade, embora estatisticamente significante, é clinicamente desprezível e é de menor relevância
para a programação das doses.
Estudos Pré-Clínicos
Carcinogenicidade
Estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos com Prolopa®
Mutagenicidade
Não foi observada mutagenicidade de Prolopa®
e seus componentes (levodopa e cloridrato de benserazida) pelo
teste de Ames. Não há dados adicionais disponíveis.
Fertilidade
Não foram realizados estudos do efeito de Prolopa®
sobre a fertilidade em animais.
Teratogenicidade
Nenhum efeito teratogênico foi demonstrado sobre o desenvolvimento do esqueleto em camundongos (400
mg/kg), ratos (600 mg/kg e 250 mg/kg) e coelhos (120 mg/kg e 150 mg/kg).
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Na aplicação de doses tóxicas maternas, observou-se o aumento de mortes intrauterinas nos coelhos e a
redução do peso fetal nos ratos.
Outros
Estudos toxicológicos gerais em ratos demonstraram a possibilidade de distúrbios no desenvolvimento do
esqueleto.
Prolopa®
não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à levodopa, à
benserazida ou a qualquer outro componente da formulação.
não deve ser associado a inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) não-seletivos. Entretanto,
inibidores seletivos da MAO-B, como a selegilina e rasagilina, ou inibidores seletivos da MAO-A, como a
moclobemida, não são contraindicados. A combinação de inibidores da MAO-A e MAO-B é equivalente a
IMAOs não-seletivos e, portanto, não deve ser administrada concomitantemente com Prolopa®
(vide item
“Interações medicamentosas”).
não deve ser administrado a pacientes com doenças não controladas nas glândulas endócrinas,
nos rins, no fígado e no coração, assim como pacientes com glaucoma de ângulo fechado ou com história
anterior de doenças psiquiátricas graves com componente psicótico.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na ausência de
método contraceptivo adequado (vide item “Gravidez e lactação”). Se ocorrer gravidez durante o
tratamento com Prolopa®
, o uso do medicamento deve ser descontinuado, conforme orientação de seu
médico.
Mães em tratamento com Prolopa®
não devem amamentar (vide item “Gravidez e lactação”).
Este medicamento é contraindicado para menores de 25 anos de idade (o desenvolvimento ósseo deve
estar completo).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em indivíduos predispostos.
Em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, recomenda-se medir regularmente a pressão intraocular,
pois a levodopa teoricamente pode aumentar a pressão intraocular.
Se o paciente em tratamento com levodopa necessitar de anestesia geral, a administração de Prolopa®
deve ser continuada até a cirurgia, exceto no caso do halotano (vide item “Interações medicamentosas”).
Prolopa®
não deve ser interrompido abruptamente. A interrupção abrupta pode produzir quadro
semelhante à síndrome neuroléptica maligna, que se caracteriza por hiperpirexia, instabilidade
autonômica, rigidez muscular acentuada e distúrbios psíquicos (como delirium), com possíveis alterações
laboratoriais, incluindo aumento de creatinofosfoquinase (CPK), e pode ser fatal. Caso ocorram tais sinais
ou sintomas, o paciente deverá ser mantido em observação médica, se necessário, hospitalizado, e receber
tratamento sintomático rápido e adequado, que pode incluir a reintrodução de levodopa, após avaliação
apropriada.
O uso de levodopa tem sido associado com sonolência e episódios de sono de início repentino, que tem
sido raramente relatados durante as atividades diárias, sem sinais de aviso ou percepção pelo paciente
(vide item “Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas”).
Testes laboratoriais
Recomenda-se controle hematológico e de função hepática durante o tratamento.
Em pacientes diabéticos, monitorar com regularidade a glicemia e fazer os ajustes necessários na dose de
hipoglicemiantes.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Pacientes tratados com levodopa e que apresentam sonolência e/ou episódios de sono de início repentino
devem ser advertidos para evitar dirigir veículos ou se engajar em atividades onde a desatenção pode
colocá-los ou outros em risco de ferimento grave ou morte (por exemplo, operar máquinas) até que os
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episódios recorrentes e sonolência sejam resolvidos. Além disso, uma redução da dosagem ou término da
terapia deve ser considerada.
Medicamentos dopaminérgicos
Vício em jogos de azar, libido aumentada e hipersexualidade têm sido relatados em pacientes com doença
de Parkinson tratados com agonistas da dopamina. Não há relação causal estabelecida entre Prolopa®
, o
qual não é um agonista da dopamina, e estes eventos. Entretanto, recomenda-se precaução, pois Prolopa®
é um medicamento dopaminérgico.
Potencial para dependência da droga ou abuso
Um pequeno subgrupo de pacientes com doença de Parkinson sofre de distúrbio cognitivo e
comportamental que pode ser diretamente atribuído ao aumento da ingestão da medicação sem prescrição
médica e ao aumento das doses requeridas para tratar os seus distúrbios motores.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou em idade fértil na ausência de
método contraceptivo adequado (vide item “Contraindicações”).
Como a passagem de benserazida para o leite materno é desconhecida, mães em tratamento com Prolopa®
não devem amamentar, pois a ocorrência de malformações do sistema esquelético da criança, não pode ser
excluída.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Pacientes com insuficiência renal e hepática
Vide item “Características Farmacológicas”.
Até o momento não há informações de que Prolopa®
Interações farmacocinéticas
A associação do anticolinérgico triexifenidil com comprimidos convencionais de Prolopa®
e Prolopa®
BD reduz a taxa, mas não a extensão de absorção de levodopa.
A administração de triexifenidil com Prolopa®
HBS não afeta a farmacocinética da levodopa.
A administração concomitante de antiácidos com Prolopa®
HBS reduz a extensão de absorção de
levodopa em 32%.
Sulfato ferroso reduz a concentração plasmática máxima e a área sob a curva de levodopa em 30 a 50%.
As alterações farmacocinéticas observadas durante a coadministração de sulfato ferroso parecem ser
clinicamente significantes em alguns, mas não em todos os pacientes.
A metoclopramida aumenta a taxa de absorção de levodopa.
A domperidona pode aumentar a biodisponibilidade da levodopa através da estimulação do esvaziamento
gástrico.
Interações farmacodinâmicas
Neurolépticos, opioides e medicamentos anti-hipertensivos contendo reserpina inibem a ação de Prolopa®
.
Prolopa®
não deve ser associado a inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) não-seletivos. Se Prolopa®
for
administrado a pacientes em uso de IMAOs não-seletivos irreversíveis, deve-se aguardar um intervalo
mínimo de 2 semanas entre a interrupção do IMAO e o início do tratamento com levodopa. Caso contrário,
podem ocorrer efeitos adversos como crise hipertensiva (vide item “Contraindicações”). IMAOs-B
seletivos, como a selegilina e rasagilina, e IMAOs-A seletivos, como a moclobemida, podem ser prescritos
a pacientes em tratamento com Prolopa®
; recomenda-se reajustar as doses de levodopa, conforme as
necessidades individuais dos pacientes, em termos de tolerabilidade e eficácia. A combinação de
inibidores seletivos de MAO-A e MAO-B é equivalente ao uso de IMAOs não-seletivos, e não deverá ser
administrada juntamente ao Prolopa®
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não deve ser administrado concomitantemente com simpatomiméticos (como epinefrina,
norepinefrina, isoproterenol ou anfetamina os quais estimulam o sistema nervoso simpático), pois a
levodopa pode potencializar seus efeitos. Se houver necessidade de administração concomitante, é
essencial monitoração rigorosa do sistema cardiovascular e pode ser necessária redução da dose do
simpatomimético.
A associação com outros produtos como anticolinérgicos, amantadina, selegilina, bromocriptina e
agonistas dopaminérgicos é permitida; entretanto, tanto os efeitos desejados como os efeitos adversos
podem ser intensificados. Pode ser necessária redução da dose de levodopa ou do outro antiparkinsoniano.
Quando iniciado o tratamento adjuvante com inibidor da COMT, pode ser necessária redução da dose de
. Anticolinérgicos não devem ser retirados abruptamente quando se iniciar tratamento com
, pois o efeito da levodopa não é imediato.
A levodopa pode alterar os resultados de testes laboratoriais para catecolaminas, creatinina, ácido úrico e
glicose.
O resultado para o teste de Coombs pode dar falso-positivo nos pacientes em tratamento com Prolopa®
Em anestesia geral com halotano, deve-se descontinuar o uso de Prolopa®
12 a 48 horas antes da
intervenção cirúrgica, pois variações da pressão arterial e/ou arritmias podem ocorrer. O tratamento com
pode ser retomado após a cirurgia, com reintrodução gradual e elevação da dose até o nível
posológico anterior.
Observa-se redução do efeito, quando Prolopa®
é ingerido com uma refeição rica em proteínas.
A administração concomitante de antipsicóticos com propriedades bloqueadoras dos receptores
dopaminérgicos, principalmente antagonistas dos receptores D2, pode antagonizar os efeitos
antiparkinsonianos da levodopa + benserazida. A levodopa pode reduzir os efeitos antipsicóticos dessas
drogas, portanto estas devem ser co-administradas com precaução.
Prolopa®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
HBS deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Manter o frasco bem
fechado para proteger da umidade.
Prazo de validade
HBS possui o prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
comprimidos convencionais de 250 mg, Prolopa®
BD comprimidos convencionais de 125 mg e
comprimidos dispersíveis de 125 mg possuem prazo de validade de 24 meses a partir da data de
fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
BD comprimidos convencionais de 125 mg apresenta-se em forma cilíndrica biconvexa, com
coloração vermelho pálido, levemente manchado e ranhura cruzada nítida em ambos os lados.
comprimidos convencionais de 250 mg apresentam-se em forma cilíndrica biplanar, com
coloração vermelho pálido a fosco, levemente manchado, com gravação “ROCHE” com hexágono e
ranhura cruzada nítida em um dos lados e, ranhura cruzada nítida no outro lado.
comprimidos dispersíveis de 125 mg, apresentam-se na forma cilíndrica biplanar, coloração
branca a quase branca com pintas, com gravação “ROCHE 125” em um dos lados e uma ranhura nítida no
outro lado.
A coloração do corpo das cápsulas de Prolopa®
HBS é azul claro opaco e sua tampa é verde escuro opaco, de
superfície limpa e contendo impressão “ROCHE”.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Prolopa®
deve ser administrado por via oral. Sempre que possível Prolopa®
deve ser tomado no mínimo
30 minutos antes ou 1 hora após as refeições. Efeitos adversos gastrintestinais, que podem ocorrer
principalmente nos estágios iniciais do tratamento, podem ser controlados, em grande parte, com a
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ingestão de Prolopa®
com um pequeno lanche (por exemplo, biscoitos) ou líquido, ou com o aumento
gradativo da dose.
Modo de administração
Os comprimidos convencionais de Prolopa®
de 250 mg e Prolopa®
BD devem ser engolidos sem
mastigar. Eles podem ser partidos (são birranhurados) para facilitar a deglutição e o ajuste posológico.
Os comprimidos dispersíveis de Prolopa®
devem ser dissolvidos em água, em volume correspondente a ¼
de copo (aproximadamente 25 - 50 mL). Os comprimidos se desintegram completamente, produzindo uma
suspensão de coloração leitosa, em poucos minutos. Devido à rápida sedimentação, recomenda-se agitar a
suspensão antes de tomá-la. Após preparo da suspensão, administrá-la em até 30 minutos.
dispersível não deve ser partido ou mastigado.
HBS não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Posologia
Dose usual
O tratamento com Prolopa®
deve ser iniciado gradualmente; a dose deve ser estabelecida individualmente e
aumentada gradativamente até otimização do efeito. Portanto, as recomendações posológicas a seguir devem ser
consideradas como sugestões.
Tratamento inicial
Nos estágios iniciais da doença de Parkinson, é recomendável iniciar o tratamento com ½ comprimido de
BD ou ¼ de comprimido de Prolopa®
de 250 mg (62,5 mg), três a quatro vezes ao dia. Assim
que se confirmar a tolerabilidade ao esquema inicial, a dose pode ser aumentada lentamente, de acordo
com a resposta do paciente.
A otimização do efeito em geral é obtida com uma dose diária de Prolopa®
correspondente a faixa de 300 - 800 mg
de levodopa + 75 - 200 mg de benserazida, dividida em três ou mais administrações. Podem ser necessárias quatro a
seis semanas para se atingir o efeito ideal. Se forem necessários incrementos adicionais, estes devem ser realizados
em intervalos mensais.
Tratamento de manutenção
A dose média de manutenção é de 1 comprimido de Prolopa®
BD ou ½ comprimido de Prolopa®
de 250
mg (125 mg), três a seis vezes ao dia, ou seja, de 300 mg a 600 mg de levodopa ao dia. O número ideal de
administrações (não inferior a três) e sua distribuição ao longo do dia devem ser titulados para um efeito
ideal. Os comprimidos convecionais de Prolopa®
BD e Prolopa®
de 250 mg podem ser substituídos por
HBS ou Prolopa®
comprimido dispersível, para otimização do efeito (vide item “Instruções posológicas
especiais).
Instruções posológicas especiais
As doses devem ser aumentadas com cuidado em todos os pacientes. Pacientes em uso de outros agentes
antiparkinsonianos podem receber Prolopa®
. Entretanto, com a evolução do tratamento com Prolopa®
e os
efeitos terapêuticos tornando-se aparentes, pode ser necessário reduzir ou retirar gradualmente os outros
medicamentos.
Pacientes com grandes flutuações (variações) no efeito do medicamento ao longo do dia (fenômeno on-off)
devem receber doses individuais menores e mais frequentes ou passar a administrar o Prolopa®
HBS.
A substituição dos comprimidos convencionais de Prolopa®
de 250 mg por Prolopa®
HBS deve preferencialmente ser feita de um dia para outro, iniciando-se com a dose matinal. A dose diária
e o intervalo entre as doses devem inicialmente ser os mesmos. Após dois ou três dias, a dose deve ser
gradualmente aumentada em cerca de 50%. Os pacientes devem ser informados de que sua condição pode
deteriorar temporariamente.
Em razão das propriedades farmacocinéticas de Prolopa®
HBS, o início de ação é retardado. O efeito
clínico pode ser obtido mais rapidamente, associando-se a forma convencional de Prolopa®
BD ou
de 250 mg, ou Prolopa®
dispersível ao Prolopa®
HBS. Tal estratégia pode ser particularmente
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útil para a primeira dose do dia, que deve preferencialmente ser maior que as doses subsequentes. O ajuste
posológico individual de Prolopa®
HBS deve ser realizado lenta e cuidadosamente, com intervalos de no
mínimo dois a três dias entre os incrementos de dose.
Em pacientes com acinesia noturna, efeitos positivos têm sido relatados com o aumento gradual da última
dose noturna a até 250 mg de Prolopa®
HBS, ingeridos ao deitar.
Resposta excessiva ao Prolopa®
HBS (discinesia) pode ser controlada, com o aumento do intervalo entre
as doses ao invés da redução da magnitude das mesmas.
Se a resposta ao Prolopa®
HBS não for adequada, deve-se retornar ao tratamento com Prolopa®
, na forma
convencional ou dispersível.
Os pacientes devem ser cuidadosamente observados quanto a possíveis sintomas psiquiátricos
indesejáveis.
Uso em pacientes com insuficiência renal
No caso de insuficiência renal leve ou moderada não é necessária a redução de dose.
Prolopa®
em geral é bem tolerado, mas eventualmente podem ocorrer efeitos indesejados, tais como
movimentos involuntários, episódios psicóticos, angina pectoris, constipação, perda de peso e falta de ar.
- Pós-comercialização
Distúrbios nos sistemas sanguíneo e linfático: anemia hemolítica, leucopenia transitória e
trombocitopenia têm sido relatadas em casos raros. Portanto, como em todo tratamento de longo prazo
com levodopa, recomenda-se monitoração periódica hematológica e de função hepática e renal.
Distúrbios nutricionais e do metabolismo: anorexia foi relatada.
Distúrbios psiquiátricos: depressão pode fazer parte do quadro clínico em pacientes com doença de
Parkinson e podem também ocorrer em pacientes tratados com Prolopa®
. Agitação, ansiedade, insônia,
alucinações, delírios e desorientação temporal podem ocorrer particularmente em pacientes idosos e em
pacientes com antecedentes psiquiátricos.
Distúrbios do sistema nervoso: casos isolados de ageusia ou disgeusia foram relatados. Em estágios
tardios do tratamento, podem ocorrer discinesia (movimentos involuntários coreiformes, distônicos ou
atetóticos). Esses, em geral, podem ser eliminados ou tornam-se suportáveis com a redução da dose. Com
tratamento prolongado, podem ocorrer variações da resposta terapêutica, incluindo episódios de acinesia,
episódios de congelamento da marcha, deterioração de final da dose e efeito “liga-desliga”. Esses podem
ser eliminados ou são suportáveis, com ajuste da dose e administração de doses individuais menores mais
frequentemente. Posteriormente, pode-se tentar aumentar a dose novamente, para intensificar o efeito
terapêutico.
O uso de Prolopa®
pode ocasionar sonolência e tem sido associado, muito raramente, a sonolência
excessiva durante o dia e episódios de sono de início repentino.
Distúrbios cardíacos: arritmias cardíacas podem ocorrer ocasionalmente.
Distúrbios vasculares: hipotensão ortostática pode ocorrer ocasionalmente. Distúrbios ortostáticos, em
geral, melhoram com redução da dose de Prolopa®
.
Distúrbios gastrintestinais: náusea, vômito e diarreia foram relatados com Prolopa®
. Efeitos adversos
gastrintestinais podem ocorrer predominantemente em estágios iniciais do tratamento, e são em grande
parte controláveis com a ingestão de Prolopa®
com alimentos ou líquidos, ou com aumento gradual da
dose.
Distúrbios do tecido subcutâneo e da pele: reações alérgicas como prurido, rash e hiperemia podem
ocorrer em casos raros.
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Investigações: aumento temporário de transaminases e fosfatase alcalina pode ocorrer. Aumento de gama-
glutamiltransferase foi reportado. Elevação dos níveis sanguíneos de ureia foi observada com o uso de
Pode ocorrer alteração da cor da urina, passando, em geral, a avermelhada, e tornando-se mais escura, após
um tempo em repouso. Outros fluidos ou tecidos corporais também podem se descolorir ou se pigmentar,
incluindo a saliva, a língua, os dentes ou a mucosa oral.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova concentração no país e, embora as pesquisas
tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer
eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Neste caso, notifique ao Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.