Bula do Pryltec produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
V.00_07/2014
PRYLTEC
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
Comprimido
10mg ou 20mg
______________________________________________________________________________________
MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
Pryltec
maleato de enalapril
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
Comprimido de 10mg ou 20mg: Embalagens contendo 500 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
maleato de enalapril.......................................................................................................................................................10mg
Excipientes: celulose microcristalina, dióxido de silício, croscarmelose sódica, bicarbonato de sódio, corante vermelho
allura laca FD&C nº 40 e estearato de magnésio.
maleato de enalapril.......................................................................................................................................................20mg
Excipientes: celulose microcristalina, dióxido de silício, croscarmelose sódica, bicarbonato de sódio, corante amarelo
tartrazina laca FD&C nº 05 e estearato de magnésio.
Pryltec é indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão essencial, tratamento da hipertensão renovascular
e todos os graus de insuficiência cardíaca.
Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, Pryltec também é indicado para aumentar a sobrevida, retardar a
progressão da insuficiência cardíaca e reduzir as hospitalizações por insuficiência cardíaca.
Prevenção de insuficiência cardíaca sintomática: em pacientes com disfunção ventricular esquerda assintomáticos,
Pryltec é indicado para retardar o desenvolvimento de insuficiência cardíaca sintomática e reduzir as hospitalizações
por insuficiência cardíaca.
Prevenção de eventos coronarianos isquêmicos: em pacientes com disfunção ventricular esquerda, Pryltec é indicado
para reduzir a incidência de infarto do miocárdio e as hospitalizações por angina instável.
Um estudo multicêntrico, duplo-cego e controlado com placebo sobre disfunção ventricular esquerda (SOLVD) avaliou
os efeitos de maleato de enalapril em 6.797 pacientes; destes, 2.569 pacientes com todos os graus de insuficiência
cardíaca sintomática (principalmente leve a moderada, classes II e III da New York Heart Association - NYHA) foram
distribuídos de modo randômico para o braço de tratamento e 4.228 pacientes com disfunção assintomática do
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ventrículo esquerdo, para o braço de prevenção. Os resultados combinados demonstraram redução do risco global dos
principais eventos isquêmicos. O maleato de enalapril reduziu a incidência de infarto do miocárdio e o número de
hospitalizações decorrentes de angina instável em pacientes com disfunção ventricular esquerda.
Além disso, no braço de prevenção, maleato de enalapril preveniu de forma significativa o desenvolvimento da
insuficiência cardíaca sintomática e reduziu o número de hospitalizações por insuficiência cardíaca. No braço de
tratamento, maleato de enalapril, como adjuvante ao tratamento convencional, reduziu significativamente a taxa global
de mortalidade e hospitalização por insuficiência cardíaca e melhorou a classificação funcional de acordo com os
critérios da NYHA.
Em um estudo semelhante que envolveu 253 pacientes com insuficiência cardíaca grave (classe IV da NYHA),
demonstrou-se que maleato de enalapril melhorou os sintomas e reduziu a mortalidade significativamente.
As propriedades cardioprotetoras de maleato de enalapril foram demonstradas nesses estudos pelos efeitos benéficos na
sobrevida e no retardamento da progressão da insuficiência cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca
sintomática, no retardamento do desenvolvimento de insuficiência cardíaca sintomática em pacientes assintomáticos
com disfunção ventricular esquerda e na prevenção de eventos isquêmicos coronarianos em pacientes com disfunção
ventricular esquerda, especificamente na redução da incidência de infarto do miocárdio e de hospitalização por angina
instável.
Pryltec é o sal maleato de enalapril, um derivado de dois aminoácidos (L-alanina e L-prolina). Após administração por
via oral, o enalapril é rapidamente absorvido e, a seguir, hidrolisado a enalaprilato, um inibidor da enzima conversora
de angiotensina (ECA) não sulfidrílico, de longa ação e altamente específico.
Pryltec é indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão essencial e para tratamento da hipertensão
renovascular. Pode ser usado isoladamente, como terapia inicial, ou simultaneamente com outros anti-hipertensivos
(particularmente diuréticos).
Pryltec também é indicado para o tratamento e a prevenção de insuficiência cardíaca.
Mecanismo de ação: a enzima conversora da angiotensina (ECA) é uma peptidil-dipeptidase que catalisa a conversão
da angiotensina I à substância pressora angiotensina II. Depois da absorção, o enalapril é hidrolisado a enalaprilato, o
qual inibe a enzima conversora da angiotensina. A inibição da ECA resulta na diminuição da angiotensina II plasmática,
o que aumenta a atividade da renina plasmática (em razão da remoção do feedback negativo da liberação de renina) e
diminui a secreção de aldosterona.
A enzima conversora da angiotensina é idêntica à cininase II, portanto o enalapril pode também bloquear a degradação
de bradicinina, um potente vasopressor peptídico. Entretanto, ainda não foi esclarecido como isso gera o efeito
terapêutico. Apesar de se acreditar que o mecanismo pelo qual o enalapril diminui a pressão arterial seja essencialmente
pela supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o qual desempenha importante papel na regulação da
pressão arterial, o enalapril é anti-hipertensivo mesmo em pacientes hipertensos com renina baixa.
Farmacocinética: o maleato de enalapril oral é rapidamente absorvido e as concentrações máximas plasmáticas de
enalapril ocorrem em uma hora. Com base na recuperação na urina, a taxa de absorção do maleato de enalapril oral é de
aproximadamente 60%.
Após a absorção, o enalapril oral é rápida e extensivamente hidrolisado a enalaprilato, um potente inibidor da enzima
conversora de angiotensina. As concentrações máximas plasmáticas do enalaprilato ocorrem 3 a 4 horas depois de uma
dose oral de maleato de enalapril. A excreção do enalapril é principalmente renal. Os principais componentes na urina
são: enalaprilato, que contribui com 40% da dose, e enalapril intacto. Exceto pela conversão a enalaprilato, não há
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evidência de metabolismo significante do enalapril. O perfil de concentração sérica do enalaprilato exibe uma fase
terminal prolongada, aparentemente associado à ligação com a ECA. Em indivíduos com função renal normal, as
concentrações séricas em estado de equilíbrio do enalaprilato foram atingidas por volta do quarto dia da administração
do maleato de enalapril. A meia-vida efetiva para acúmulo do enalaprilato após múltiplas doses de maleato de enalapril
oral é de 11 horas. A absorção do maleato de enalapril oral não é influenciada pela presença de alimentos no trato
gastrintestinal. A extensão da absorção e a hidrólise do enalapril são semelhantes para as diversas doses na faixa
terapêutica recomendada.
Farmacodinâmica: a administração do maleato de enalapril a pacientes hipertensos resulta na redução da pressão
arterial tanto na posição supina como de pé sem aumento significativo da frequência cardíaca.
Hipotensão sintomática postural não é frequente. Em alguns pacientes, a redução ideal da pressão arterial pode requerer
várias semanas de tratamento. A retirada abrupta de maleato de enalapril não foi associada ao rápido aumento da
pressão arterial.
A inibição efetiva da atividade da ECA usualmente ocorre 2 a 4 horas depois da administração oral de uma única dose
de enalapril. O início da atividade anti-hipertensiva geralmente foi observado em uma hora e as reduções máximas, 4 a
6 horas após a administração. A duração do efeito é relacionada à dose. Entretanto, nas doses recomendadas,
demonstrou-se que os efeitos anti-hipertensivo e hemodinâmico mantêm-se durante 24 horas, no mínimo.
O tratamento anti-hipertensivo com enalapril induz regressão significativa da hipertrofia ventricular esquerda,
preservando o desempenho sistólico do ventrículo esquerdo.
Em estudos hemodinâmicos que envolveram pacientes com hipertensão essencial, a redução da pressão arterial foi
acompanhada de redução da resistência arterial periférica e aumento do débito cardíaco, bem como pequena ou
nenhuma alteração da frequência cardíaca. Após a administração do maleato de enalapril, o fluxo sanguíneo renal
aumentou e a taxa de filtração glomerular não se alterou. Entretanto, em pacientes cujas taxas de filtração glomerular
eram baixas antes do tratamento, geralmente ocorreu aumento.
A administração crônica de maleato de enalapril para pacientes com hipertensão essencial e insuficiência renal pode
estar associada à melhora da função renal, evidenciada pelo aumento da taxa de filtração glomerular.
Em estudos clínicos de curta duração que envolveram pacientes nefropatas com e sem diabetes, foram observadas
reduções da albuminúria, da excreção de IgG e das proteínas totais na urina após a administração de enalapril.
Quando administrado com diuréticos tiazídicos, os efeitos redutores da pressão arterial de maleato de enalapril são, no
mínimo, aditivos. O maleato de enalapril pode reduzir ou evitar o desenvolvimento da hipocalemia induzida pelos
tiazídicos.
O tratamento com maleato de enalapril geralmente não está associado a reações adversas no ácido úrico plasmático.
O tratamento com maleato de enalapril foi associado a efeitos favoráveis nas frações lipoproteicas no plasma e
favorável ou sem efeito nos níveis totais de colesterol.
Em pacientes com insuficiência cardíaca sob tratamento com digitálicos e diuréticos, o tratamento com maleato de
enalapril foi associado à redução da resistência periférica e da pressão arterial. O débito cardíaco aumentou, enquanto a
frequência cardíaca (geralmente elevada em pacientes com insuficiência cardíaca) diminuiu. A pressão capilar pulmonar
também foi reduzida. A tolerância ao exercício e a gravidade da insuficiência cardíaca, de acordo com os critérios da
New York Heart Association, melhoraram. Esses efeitos mantiveram-se durante o tratamento crônico.
Em pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada, o enalapril retardou a dilatação/aumento e insuficiência
progressivos, como evidenciado pelos volumes finais diastólico e sistólico do ventrículo esquerdo e pela melhora da
fração de ejeção.
Os dados clínicos demonstraram que o enalapril reduziu a frequência de arritmia ventricular em pacientes com
insuficiência cardíaca, embora os mecanismos subjacentes e a relevância clínica não sejam conhecidos.
Pryltec é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer um de seus componentes, pacientes com
histórico de edema angioneurótico relacionado a utilização de inibidores da enzima conversora de angiotensina e
pacientes com angioedema hereditário ou idiopático.
Pryltec não deve ser administrado com alisquireno em pacientes com diabetes (veja INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS).
Hipotensão sintomática: raramente foi observada hipotensão sintomática em pacientes com hipertensão não
complicada; em pacientes hipertensos tratados com Pryltec, existe maior probabilidade de ocorrer hipotensão quando
houver depleção de volume consequente, por exemplo, à terapia diurética, restrição de sal na dieta, diálise, diarreia ou
vômitos (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS e REAÇÕES ADVERSAS). Observou-se hipotensão
sintomática em pacientes com insuficiência cardíaca, com ou sem insuficiência renal associada; essa ocorrência é mais
comum em pacientes com graus mais avançados de insuficiência cardíaca, conforme indicado pelo uso de altas doses de
diuréticos de alça, hiponatremia ou comprometimento da função renal. Nesses pacientes, a terapia deve ser iniciada sob
supervisão médica e quaisquer ajustes da dose de Pryltec e/ou do diurético devem ser cuidadosamente monitorizados.
Considerações semelhantes podem aplicar-se a pacientes com doença isquêmica cardíaca ou vascular cerebral,
nos quais a queda excessiva da pressão arterial poderia resultar em infarto do miocárdio ou acidente vascular
cerebral.
Se ocorrer hipotensão, o paciente deve ser colocado em posição supina e, se necessário, receber infusão intravenosa de
solução salina. Uma resposta hipotensora transitória não representa contraindicação para novas doses, as quais podem
ser administradas, geralmente sem dificuldade, depois que a pressão arterial responder à expansão de volume.
Em alguns pacientes com insuficiência cardíaca, cuja pressão arterial é normal ou baixa, podem ocorrer reduções
adicionais da pressão arterial sistêmica com o uso de Pryltec; esse efeito é esperado e geralmente não constitui razão
para a interrupção do tratamento. Se a hipotensão tornar-se sintomática, podem ser necessárias redução da dose e/ou
descontinuação do diurético e/ou de Pryltec.
Estenose aórtica/cardiomiopatia hipertrófica: a exemplo de todos os vasodilatadores, deve-se ter cuidado ao
administrar inibidores da ECA a pacientes com obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo.
Comprometimento da função renal: em alguns pacientes, a hipotensão decorrente do início da terapia com inibidores
da ECA pode ocasionar certo grau adicional de deterioração da função renal; foi relatada, nessa situação, insuficiência
renal aguda, em geral, reversível.
Pacientes com insuficiência renal podem requerer doses mais baixas e/ou menos frequentes de Pryltec (veja
POSOLOGIA E MODO DE USAR). Em alguns pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da
artéria renal de rim único, foram observados aumentos dos níveis séricos de ureia e creatinina, geralmente reversíveis
com a interrupção da terapia. Isso é particularmente provável em pacientes com insuficiência renal.
Alguns pacientes sem patologia renal preexistente evidente apresentaram aumentos geralmente discretos e transitórios
de ureia e creatinina sanguíneas quando receberam maleato de enalapril concomitantemente com um diurético; pode ser
necessária a redução da posologia e/ou a interrupção do diurético e/ou de maleato de enalapril.
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Hipersensibilidade/edema angioneurótico: edema angioneurótico de face, lábios, língua, glote e/ou laringe e
extremidades, que pode ocorrer em qualquer momento do tratamento, foi relatado raramente em pacientes tratados com
inibidores da ECA, inclusive com maleato de enalapril. Nessas situações, maleato de enalapril deve ser imediatamente
descontinuado e o paciente deve ser observado até a resolução completa dos sintomas antes de receber alta. Mesmo nos
casos que envolveram somente inchaço da língua sem aflição respiratória, os pacientes podem necessitar de observação
prolongada, uma vez que o tratamento com anti-histamínicos e corticosteroides pode não ser suficiente.
Muito raramente, foram relatadas mortes em razão de angioedema associado com edema de laringe ou língua. Os
pacientes com envolvimento de língua, glote ou laringe estão suscetíveis a apresentar obstrução das vias aéreas,
especialmente aqueles com histórico de cirurgia das vias aéreas. Quando houver envolvimento de língua, glote ou
laringe e possibilidade de obstrução das vias aéreas, o tratamento adequado, que pode incluir a administração de solução
de epinefrina 1:1.000 (0,3 a 0,5mL) por via subcutânea e/ou medidas que assegurem a desobstrução das vias aéreas,
deve ser instituído imediatamente.
Foi relatada incidência mais alta de angioedema em pacientes negros que recebiam inibidores da ECA do que em
pacientes de outras raças.
Pacientes com histórico de angioedema não relacionado ao tratamento com inibidores da ECA correm maior risco de
apresentar angioedema durante o tratamento com esses agentes (veja CONTRAINDICAÇÕES).
Reações anafilactoides durante dessensibilização com himenóptero: pacientes que recebiam inibidores da ECA
raramente apresentaram reações anafilactoides com risco de morte durante dessensibilização com veneno de
himenóptero. Essas reações foram evitadas com a suspensão temporária do inibidor da ECA antes de cada
dessensibilização.
Pacientes sob hemodiálise: foi relatada a ocorrência de reações anafilactoides em pacientes submetidos à diálise com
membranas de alto fluxo (por exemplo: AN 69) que recebiam concomitantemente um inibidor da ECA. Nesses
pacientes, deve-se considerar a utilização de um outro tipo de membrana de diálise ou de uma classe diferente de agente
anti-hipertensivo.
Tosse: foi relatada tosse com o uso dos inibidores da ECA. Caracteristicamente, a tosse é não produtiva, persistente e
desaparece com a descontinuação do tratamento. A tosse induzida por inibidores da ECA deve ser incluída no
diagnóstico diferencial de tosse.
Cirurgia/anestesia: em pacientes submetidos a cirurgias importantes ou sob anestesia com agentes hipotensores, o
enalapril bloqueia a formação de angiotensina II consequente à liberação compensatória de renina. Se ocorrer
hipotensão atribuível a esse mecanismo, a pressão arterial poderá ser normalizada pela expansão de volume.
Hipercalemia (veja também INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Potássio Sérico): os fatores de risco para
desenvolvimento da hipercalemia incluem insuficiência renal, diabetes mellitus e uso concomitante de diuréticos
poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, eplerenona, triantereno ou amilorida), suplementos de potássio
ou substitutos do sal que contenham potássio.
O uso de suplementos de potássio, diuréticos poupadores de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio,
particularmente em pacientes com função renal comprometida, pode levar a aumento significativo dos níveis séricos de
potássio. A hipercalemia pode causar arritmias sérias, algumas vezes fatais.
Se o uso concomitante de Pryltec com qualquer um dos agentes mencionados acima for considerado apropriado, deverá
ser feito com cautela e com monitoramento frequente dos níveis séricos de potássio.
Hipoglicemia: pacientes diabéticos tratados com agentes antidiabéticos orais ou insulina que estiverem iniciando
tratamento com um inibidor da ECA devem ser orientados a monitorar rigorosamente a hipoglicemia, particularmente
durante o primeiro mês de uso combinado (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Gravidez e amamentação: categoria de risco D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente
seu médico em caso de suspeita de gravidez.
O uso de Pryltec durante a gravidez não é recomendado. O tratamento com Pryltec deve ser suspenso o mais rápido
possível depois da confirmação de gravidez, a menos que seja considerado vital para a mãe.
Em um estudo epidemiológico retrospectivo publicado, os recém-nascidos cujas mães receberam um inibidor da ECA
durante o primeiro trimestre de gravidez pareceram ter risco aumentado de importantes malformações congênitas em
comparação com recém-nascidos de mães não submetidas à exposição a inibidores da ECA no primeiro trimestre. O
número de casos de defeitos congênitos é pequeno e os achados desse estudo ainda não foram repetidos.
Os inibidores da ECA podem causar morbidade e mortalidade fetal e neonatal quando administrados a mulheres no
segundo e terceiro trimestres da gravidez. A utilização de inibidores da ECA durante esse período foi associada a danos
para o feto e para o recém-nascido, incluindo hipotensão, insuficiência renal, hipercalemia e/ou hipoplasia de crânio no
recém-nascido. Ocorreu oligoidrâmnio materno, presumivelmente representando redução da função renal fetal, podendo
resultar em contraturas de membros, deformidades craniofaciais e desenvolvimento de pulmão hipoplásico. Se Pryltec
for utilizado nesses casos, as pacientes devem ser devidamente informadas sobre o risco potencial que o medicamento
acarreta para o feto. Essas reações adversas para o embrião e para o feto não parecem ter ocorrido quando a exposição
intrauterina ao inibidor da ECA restringiu-se ao primeiro trimestre.
Nos raros casos em que a utilização de inibidores da ECA durante a gravidez for considerada essencial, deve-se solicitar
ultrassonografias seriadas para avaliação do meio intra-amniótico. Se for detectado oligoidrâmnio, o tratamento com
Pryltec deve ser suspenso, a menos que seja considerado vital para a mãe. Pacientes e médicos devem, contudo, estar
cientes de que o oligoidrâmnio pode não ser detectado antes de o feto ter sofrido danos irreversíveis.
Os recém-nascidos de mães que tomaram Pryltec devem ser observados cuidadosamente, a fim de verificar a
ocorrência de hipotensão, oligúria e hipercalemia. O enalapril, que atravessa a placenta, foi removido da circulação
neonatal por diálise peritoneal com algum benefício clínico e, teoricamente, pode ser removido por
exsanguineotransfusão
O enalapril e o enalaprilato são secretados no leite humano, em quantidades virtuais. Deve-se ter cuidado ao prescrever
Pryltec a mulheres que estejam amamentando.
Uso pediátrico: a segurança e a eficácia de maleato de enalapril foram estabelecidas em pacientes hipertensos de 1 mês
a 16 anos de idade. O uso de maleato de enalapril comprimidos nesse grupo etário é apoiado por evidências de estudos
adequados e bem controlados de maleato de enalapril em pacientes pediátricos e adultos, bem como por estudos
publicados que envolviam pacientes pediátricos.
Em um estudo de farmacocinética de dose múltipla realizado em 40 pacientes pediátricos hipertensos (excluindo
neonatos), maleato de enalapril foi geralmente bem tolerado. A farmacocinética após administração oral do enalapril foi
semelhante nesses pacientes e comparável aos valores históricos em adultos.
Em um estudo clínico que envolveu 110 pacientes hipertensos com idade entre 6 e 16 anos, os pacientes com peso <
50kg receberam diariamente 0,625mg, 2,5mg ou 20mg de enalapril e os pacientes com peso ≥ 50kg receberam 1,25mg,
5mg ou 40mg, também diariamente. A administração do enalapril uma vez ao dia diminuiu a pressão sanguínea no vale
de modo dependente da dose e a eficácia anti-hipertensiva foi consistente em todos os subgrupos (idade, estágio de
Tanner, sexo e raça). Entretanto, a eficácia anti-hipertensiva parece não ter sido consistente com as doses mais baixas
estudadas: 0,625mg e 1,25mg, correspondentes a uma média de 0,02mg/kg uma vez ao dia. A dose máxima estudada foi
de 0,58mg/kg (até 40mg) uma vez ao dia. Nesse estudo, maleato de enalapril foi geralmente bem tolerado.
O perfil de reações adversas em pacientes pediátricos não é diferente do observado em pacientes adultos.
Pryltec não é recomendado a neonatos e pacientes pediátricos com taxa de filtração glomerular < 30mL/min/1,73 m2,
já que não existem dados disponíveis para essa população de pacientes.
Efeito sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas: ao dirigir veículos ou operar máquinas, deve-se considerar
que eventualmente podem ocorrer tontura ou cansaço.
Pryltec 20mg: Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza
Terapia anti-hipertensiva: a administração de Pryltec com outro anti-hipertensivo pode causar efeito aditivo.
Potássio sérico: (veja também ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Hipercalemia) em estudos clínicos, o potássio
sérico geralmente permaneceu nos limites da normalidade. Em pacientes hipertensos que receberam apenas maleato de
enalapril durante até 48 semanas, foram observados aumentos médios do potássio sérico de aproximadamente
0,2mEq/L. Nos pacientes que receberam maleato de enalapril associado a um diurético tiazídico, o efeito espoliador de
potássio do diurético foi, em geral, atenuado pelo efeito do enalapril.
Se Pryltec for administrado com um diurético espoliador de potássio, a hipocalemia induzida pelo diurético pode ser
atenuada.
Os fatores de risco para o desenvolvimento de hipercalemia incluem insuficiência renal, diabetes mellitus e uso
concomitante de diuréticos poupadores de potássio (por exemplo: espironolactona, eplerenona, triantereno ou
amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio.
O uso desses agentes, particularmente em pacientes com comprometimento da função renal, pode resultar em aumentos
significativos do potássio sérico. Caso essa conduta seja considerada apropriada, Pryltec e esses agentes deverão ser
usados com cuidado e o potássio sérico, monitorizado com frequência.
Antidiabéticos: estudos epidemiológicos sugeriram que a administração concomitante de inibidores da ECA com
medicamentos antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais) pode causar aumento do efeito redutor da
glicemia com risco de hipoglicemia. Esse fenômeno pareceu ser mais provável durante as primeiras semanas de
tratamento combinado e em pacientes com insuficiência renal. Em pacientes diabéticos tratados com agentes
antidiabéticos orais ou insulina, o controle glicêmico deve ser monitorado com atenção quanto à hipoglicemia,
particularmente durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA.
Lítio sérico: a exemplo de outros medicamentos que eliminam sódio, pode ocorrer redução da depuração do lítio,
portanto os níveis séricos de lítio devem ser monitorados cuidadosamente se houver necessidade de administrar sais de
lítio.
Agentes anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores seletivos da ciclooxigenase-2: agentes anti-
inflamatórios não esteroides, incluindo os inibidores seletivos da ciclooxigenase-2 (inibidores da COX-2), podem
reduzir o efeito de diuréticos e outros agentes anti-hipertensivos. Portanto, os efeitos anti-hipertensivos dos antagonistas
dos receptores da angiotensina II ou dos inibidores da ECA podem ser atenuados pelos anti-inflamatórios não
esteroides, incluindo os inibidores seletivos da COX-2.
Em alguns pacientes com disfunção renal (por exemplo, pacientes idosos ou hipovolêmicos, incluindo aqueles em
tratamento com diuréticos) sob tratamento com anti-inflamatórios não esteroides, incluindo inibidores seletivos da
ciclooxigenase-2, a coadministração de antagonistas dos receptores da angiotensina II ou de inibidores da ECA pode
agravar a deterioração da função renal, incluindo possível falência renal aguda. Esses efeitos em geral são reversíveis.
Portanto, a combinação deve ser administrada com cautela em pacientes com a função renal comprometida.
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Bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona: Em pacientes com doença aterosclerótica estabelecida,
insuficiência cardíaca ou diabetes com dano final em órgãos alvo, o bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-
aldosterona com antagonista de receptor da angiotensina, inibidor da ECA ou diretamente com inibidores da renina
(como o alisquireno) está associado com um maior risco de hipotensão, síncope, hipercalemia e alterações na função
renal (incluindo insuficiência renal aguda) comparado a monoterapia. Deve se monitorar atentamente a pressão
sanguínea, a função renal e os eletrólitos em pacientes tratados com Pryltec e outros agentes que afetem o sistema
renina-angiotensina-aldosterona. Não coadministrar alisquireno com Pryltec em pacientes com diabetes. Evitar o uso de
alisquireno com Pryltec em pacientes com comprometimento renal (FGR < 60mL/min).
Ouro: reações nitritoides (os sintomas incluem rubor facial, náuseas, vômitos e hipotensão) foram relatadas raramente
em pacientes recebendo terapia com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e terapia concomitante com inibidores da
ECA, incluindo enalapril.
Álcool: o álcool aumenta o efeito hipotensor dos inibidores da ECA.
Pryltec deve ser mantido em temperatura ambiente (15°C a 30°C), protegido da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas:
Pryltec 10mg apresenta-se na forma de comprimido, circular plano, com vinco e coloração rosa.
Pryltec 20mg apresenta-se na forma de comprimido, circular plano, com vinco e coloração amarela.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Uma vez que a absorção dos comprimidos de Pryltec não é afetada pela ingestão de alimentos, os comprimidos podem
ser administrados antes, durante ou após as refeições.
A dose de 2,5mg é citada apenas para informação. Embora os comprimidos de 2,5mg de enalapril estejam disponíveis
no mercado, Pryltec não comercializado na concentração de 2,5mg.
Hipertensão essencial: a dose inicial é de 10mg a 20mg uma vez ao dia, dependendo do grau de hipertensão. A dose
inicial recomendada para a hipertensão leve é de 10mg ao dia. Para outros graus de hipertensão, a dose inicial é de
20mg ao dia. A dose usual de manutenção é de um comprimido de 20mg ao dia. A posologia deve ser ajustada de
acordo com a necessidade do paciente até o máximo de 40mg ao dia.
Hipertensão renovascular: uma vez que a pressão arterial e a função renal nesses pacientes podem ser particularmente
sensíveis à inibição da ECA, o tratamento deve ser iniciado com uma dose menor (por exemplo, 5mg ou menos). A
posologia, então, deve ser ajustada de acordo com a necessidade do paciente; espera-se que a maioria dos pacientes
responda a um comprimido de 20mg ao dia. Para os pacientes hipertensos que receberam diuréticos recentemente,
recomenda-se cautela (veja a seguir).
Terapia diurética concomitante na hipertensão: pode ocorrer hipotensão sintomática após a dose inicial de Pryltec
principalmente em pacientes tratados concomitantemente com diuréticos, portanto recomenda-se cuidado nesses casos,
pois esses pacientes podem apresentar depleção de volume ou de sal. A terapia diurética deve ser descontinuada por 2 a
3 dias antes do início da terapia com Pryltec. Se isso não for possível, a dose inicial de maleato de enalapril deve ser
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baixa (5mg ou menos) para determinar o efeito inicial na pressão arterial. A posologia, então, deve ser ajustada de
acordo com as necessidades do paciente.
Posologia na insuficiência renal: geralmente, o intervalo entre as doses de enalapril deve ser prolongado e/ou a
posologia diminuída.
Disfunção Renal Depuração Plasmática de
Creatinina (mL/min)
Dose Inicial (mg/dia)
Leve Menor que 80 e maior que 30mL/min 5mg – 10mg
Moderada Menor ou igual a 30 e maior que
10mL/min
2,5mg – 5mg
Grave (normalmente esses pacientes
estão sob diálise1
)
Menor ou igual a 10mL/min 2,5mg nos dias de diálise2
1
Veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Pacientes sob Hemodiálise.
2
O enalaprilato é dialisável. Nos dias em que o paciente não for submetido à diálise, a posologia deve ser ajustada à
resposta da pressão arterial.
Insuficiência cardíaca/disfunção ventricular esquerda assintomática: a dose inicial para pacientes com insuficiência
cardíaca sintomática ou disfunção ventricular esquerda assintomática é de 2,5mg e deve ser administrada sob rígida
supervisão médica para se determinar o efeito inicial na pressão arterial. Pryltec pode ser utilizado para o controle da
insuficiência cardíaca sintomática, geralmente com diuréticos e, quando apropriado, com digitálicos. Na ausência de
hipotensão sintomática, após o início da terapia de insuficiência cardíaca com Pryltec ou após o controle efetivo da
hipotensão, a dose deve ser aumentada gradualmente até a dose de manutenção usual de 20mg, administrada em dose
única diária ou dividida em duas doses, conforme tolerado pelo paciente. Essa titulação da dose pode ser realizada em
um período de 2 a 4 semanas ou menos, quando a presença de sinais ou sintomas residuais de insuficiência cardíaca
indicarem. Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, esse esquema posológico foi eficaz para reduzir a
mortalidade.
A pressão arterial e a função renal devem ser rigorosamente monitorizadas antes e depois de iniciado o tratamento com
Pryltec (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), pois foram relatadas hipotensão e, mais raramente, consequente
insuficiência renal. Em pacientes que utilizam diuréticos, a dose deverá ser reduzida, se possível, antes do início do
tratamento com Pryltec. O aparecimento de hipotensão após a dose inicial de Pryltec não implica que ela voltará a
ocorrer durante a terapia crônica e não impede o uso continuado de Pryltec. O potássio sérico também deverá ser
monitorizado (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Em geral, maleato de enalapril é bem tolerado. Em estudos clínicos, a incidência global de reações adversas não foi
maior com maleato de enalapril do que com placebo. Na maioria dos casos, as reações adversas foram leves e
transitórias e não requereram a interrupção do tratamento.
As seguintes reações adversas foram associadas ao uso de maleato de enalapril: tontura e cefaleia foram as reações mais
comumente relatadas; fadiga e astenia foram relatadas por 2% a 3% dos pacientes. Outras reações adversas ocorreram
em menos de 2% dos pacientes e incluíram hipotensão, hipotensão ortostática, síncope, náuseas, diarreia, cãibras
musculares, erupções cutâneas e tosse; menos frequentemente, houve relatos de disfunção renal, insuficiência renal e
oligúria.
V.00_07/2014
Hipersensibilidade/edema angioneurótico: edema angioneurótico de face, lábios, língua, glote e/ou laringe e
extremidades foi relatado raramente (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Em casos muito raros, foi relatado
angioedema intestinal com inibidores da enzima conversora de angiotensina, inclusive com o enalapril.
Reações adversas que ocorreram muito raramente em estudos clínicos controlados ou após a comercialização incluem:
Cardiovasculares: infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral (possivelmente decorrentes de hipotensão
excessiva em pacientes de alto risco (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), dor torácica, distúrbios do ritmo
cardíaco, palpitações, angina pectoris e fenômeno de Raynaud.
Endócrino: síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH).
Gastrintestinais: íleo paralítico, pancreatite, insuficiência hepática, hepatite (hepatocelular ou colestática), icterícia,
vômitos, constipação, estomatite, dor abdominal, dispepsia, anorexia.
Sistemas nervoso/psiquiátrico: depressão, confusão mental, sonolência, insônia, nervosismo, parestesia, vertigem,
anormalidades no padrão de sonhos.
Metabolismo: foram relatados casos de hipoglicemia em pacientes diabéticos recebendo agentes antidiabéticos orais ou
insulina (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Respiratórios: infiltrados pulmonares, broncospasmo/asma, dispneia, rinorreia, dor de garganta e rouquidão.
Pele: diaforese, eritema polimorfo, dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica,
pênfigo, prurido, urticária, alopecia.
Outros: impotência, flushing (vermelhidão repentina da pele, principalmente no rosto, pescoço e parte superior do
tórax), alteração do paladar, visão embaçada, glossite e zumbido.
Foi relatado um complexo sintomático que pode incluir alguns, ou todos, dos seguintes sintomas: febre, serosite,
vasculite, mialgia/miosite, artralgia/artrite, fator antinúcleo positivo, VHS elevada, eosinofilia e leucocitose. Podem
ocorrer erupções cutâneas, fotossensibilidade ou outras manifestações dermatológicas.
Achados de testes laboratoriais: alterações clinicamente importantes dos parâmetros laboratoriais padrão raramente
foram associadas com a administração de maleato de enalapril. Foram observados aumentos de ureia sanguínea e
creatinina sérica e elevações das enzimas hepáticas e/ou da bilirrubina sérica, geralmente reversíveis com a
descontinuação de maleato de enalapril. Ocorreram hipercalemia e hiponatremia.
Foram relatadas reduções de hemoglobina e hematócrito.
Após a comercialização, foram relatados alguns casos de neutropenia, trombocitopenia, depressão de medula óssea e
agranulocitose, para os quais não se pôde excluir relação causal com o uso de maleato de enalapril.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.