Bula do Pulmozyme produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Pulmozyme®
(alfadornase)
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Solução para inalação
1,0 mg/mL
1
PULMOZYME®
Roche
alfadornase (rhDNase)
Outros produtos para o aparelho respiratório
APRESENTAÇÃO
é uma solução para inalação, apresentado em caixa com 6 ampolas de 2,5 mL de dose
única.
VIA INALATÓRIA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Princípio ativo: cada ampola contém 1,0 mg/mL de alfadornase.
Excipientes: água para injetáveis, cloreto de cálcio diidratado e cloreto de sódio, sem conservante.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
As informações disponíveis nesta bula aplicam-se exclusivamente a Pulmozyme®
.
A administração diária de Pulmozyme®
, juntamente com a terapêutica convencional, está indicada:
− para o tratamento de pacientes portadores de fibrose cística (FC) com capacidade vital forçada (CVF)
acima de 40% do previsto, para reduzir a frequência das infecções respiratórias que requerem
antibioticoterapia intravenosa e melhorar a função respiratória;
− para o tratamento de pacientes portadores de fibrose cística com idade inferior a 5 anos nos quais há
potencial de benefício para a função pulmonar ou risco de ocorrência de infecção das vias respiratórias
inferiores.
Pulmozyme®
foi avaliado em um amplo estudo clínico, randomizado, controlado com placebo, conduzido em
pacientes portadores de fibrose cística clinicamente estáveis, com idades a partir de 5 anos, com capacidade vital
forçada (CVF) basal maior ou igual a 40% do previsto e recebendo os tratamentos convencionais para fibrose
cística. Os pacientes foram tratados com placebo (325 pacientes) 2,5 mg de Pulmozyme®
, uma vez ao dia (322
pacientes), ou 2,5 mg de Pulmozyme®
, duas vezes ao dia (321 pacientes), durante 6 meses, administrado através
de um nebulizador Hudson T Up-draft II acoplado a um compressor de ar Pulmo-Aide. Ambas as doses de
produziram reduções significativas, em comparação com o grupo placebo, nos pacientes que
desenvolveram infecções do trato respiratório requerendo o uso de antibióticos parenterais.
A administração de Pulmozyme®
reduziu o risco relativo de adquirir uma infecção do trato
respiratório, em 27% e 29%, com a dose diária de 2,5 mg, uma vez ao dia e duas vezes ao dia,
respectivamente (vide Tabela 1). Os dados sugerem que os efeitos de Pulmozyme®
em infecções do
trato respiratório em pacientes mais velhos (> 21 anos) podem ser menores que aqueles observados em
pacientes mais jovens, podendo a posologia de duas vezes ao dia ser necessária para os pacientes mais
velhos. Pacientes com uma CVF basal > 85% também podem se beneficiar com dose duas vezes ao dia
(vide Tabela 1). A redução do risco de infecção respiratória, observada em pacientes tratados com
persistiu durante todo o período de estudo de seis meses e não se correlaciona
diretamente com a melhora do VEF1 durante as duas semanas iniciais da terapia.
Após oito dias do início do tratamento com Pulmozyme®
, o VEF1 aumentou em 7,9% nos pacientes
que receberam uma dose ao dia e 9,0% nos que receberam duas doses ao dia, em comparação com os
valores basais. O VEF1 médio observado durante o tratamento prolongado aumentou em 5,8% do
estado basal no esquema de administração de 2,5 mg ao dia e 5,6% em relação ao valor basal no
2
esquema de administração de 2,5 mg, duas vezes ao dia. Os pacientes que receberam placebo não
apresentaram modificações médias significativas nas provas de função pulmonar. Para pacientes com
idade de 5 anos ou acima, com CVF basal igual ou superior a 40%, a administração de Pulmozyme®
reduziu a
incidência da ocorrência da primeira infecção respiratória requerendo antibióticos parenterais, além de melhorar
o VEF1 médio, independentemente da idade e da CVF basal.
Tabela 1 − Incidência da primeira infecção do trato respiratório com indicação de antibioticoterapia
parenteral em um estudo controlado
Placebo
(n = 325)
2,5 mg, uma vez
ao dia
(n = 322)
2,5 mg, duas
vezes ao dia
(n = 321)
% de pacientes infectados 43% 34% 33%
Risco relativo (versus placebo) 0,73 0,71
Valor do p (versus placebo) 0,015 0,007
Subgrupo por idade e
CVF basal
(n)
Idade
5 − 20 anos
21 anos ou mais
42% (201)
44% (124)
25% (199)
48% (123)
28% (184)
39% (137)
CVF Basal
40 − 85% do previsto
> 85% do previsto
54% (194)
27% (131)
41% (201)
21% (121)
44% (203)
14% (118)
Outros estudos
não beneficiou a função pulmonar com o uso a curto prazo em pacientes com CVF inferior a 40%
do previsto. Estão em andamento estudos para verificar o impacto do uso crônico sobre a função pulmonar e o
risco de infecção nessa população. Os estudos clínicos indicaram que a terapia com Pulmozyme®
pode continuar
ou ser iniciada na vigência de uma infecção respiratória reagudizada. Estudos de curto prazo de estabelecimento
de dose demonstraram que doses maiores que 2,5 mg, duas vezes ao dia, não proporcionaram melhora no VEF1.
Pacientes que receberam a medicação em um esquema cíclico (isto é, administração de Pulmozyme®
10 mg,
duas vezes ao dia, durante 14 dias, seguido de período de 14 dias sem medicação) apresentaram rápida melhora
no VEF1 com o início de cada ciclo e retorno ao estado basal com cada retirada de Pulmozyme®
.
Referências bibliográficas
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young children with cystic fibrosis: a bronchoscopic study. J Pediatr; v. 133, p. 486-491, 1998.
(CDS Vs 1.0)
2. Final Report Genentech Study No Z0644g. A phase II, multicenter, open-label pilot study to
determine the safety and deposition of a single daily dose of aerosolized Pulmozyme (dornase
alfa) in young cystic fibrosis patients. 25 February 1997. (CDS Vs 1.0)
3. Fuchs HJ et al. Effect of aerosolized recombinant human DNase on exacerbations of respiratory
symptoms and on pulmonary function in patients with cystic fibrosis. N Engl J Med, v. 331, p.
637-642, 1994. (CDS Vs 1.0)
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placebo-controlled, parallel study to evaluate the safety and efficacy of aerosolized recombinant
human DNase I (rhDNase) inpatients with cystic fibrosis. February 10, 1993. (CDS Vs 1.0)
5. Quan JM et al. A two-year randomized, placebo-controlled trial of dornase alfa in young patients
with cystic fibrosis with mild lung function abnormalities. J Pediatr; v. 139, p. 813-820, 2001.
3
6. McCoy K et al. Effects of 12-week administration of dornase alfa in patients with advanced
cystic fibrosis lung disease. Chest; v. 110, p. 889-895, 1996. (CDS Vs 1.0)
7. Shah PI et al. Recombinant human DNase I in cystic fibrosis patients with severe pulmonary
disease: a short-term, double-blind study followed by six months open-label treatment. Eur
Respir J; v. 8, p. 954-958, 1995. (CDS Vs 1.0)
Farmacodinâmica
Pulmozyme®
contém proteína recombinante humana desoxirribonuclease I (rhDNase); essa enzima
cliva seletivamente o DNA. A proteína é derivada de células de ovário de hamster chinês (CHO) que
receberam, por intermédio de engenharia genética, o DNA codificador da proteína humana de
ocorrência natural, desoxirribonuclease I (rhDNase). O produto é purificado por meio de cromatografia
de coluna e filtração por fluxo tangencial. A proteína purificada contém 260 aminoácidos com peso
molecular aproximado de 37.000 dáltons. A sequência primária de aminoácidos é idêntica à da enzima
humana de ocorrência natural.
é administrado por meio da inalação de aerossol produzido por um sistema de
nebulização de ar comprimido a jato (vide itens “Resultados de eficácia”, “Posologia e modo de usar”).
Cada ampola, com uma única dose de Pulmozyme®
, libera 2,5 mL de solução da câmara de
nebulização. A solução aquosa contém 1,0 mg/mL de alfadornase, 0,15 mg/mL de cloreto de cálcio
diidratado e 8,77 mg/mL de cloreto de sódio. A solução não contém conservante. O pH nominal da
solução é de 6,3.
Em pacientes portadores de fibrose cística (FC), a retenção de secreções viscosas purulentas nas vias
aéreas contribui para a redução da função pulmonar e também para a exacerbação de infecções. A
secreção pulmonar purulenta contém concentrações muito elevadas de DNA extracelular eliminado
pelos neutrófilos em degeneração que se acumulam em resposta à infecção. Pulmozyme®
, in vitro,
hidrolisa o DNA existente na expectoração dos portadores de FC, reduzindo a viscoelasticidade do
escarro.
Farmacocinética
Absorção
Estudos de inalação, realizados em ratos e primatas não humanos, mostraram uma baixa porcentagem
de absorção sistêmica de alfadornase (< 1,5% para ratos e < 2% para macacos). Coerentemente com
esses resultados dos estudos em animais, a alfadornase administrada a pacientes sob a forma de
aerossol por inalação apresentou baixa exposição sistêmica.
A absorção da alfadornase no trato gastrintestinal, após administração oral em ratos, foi desprezível.
A DNase normalmente está presente no soro humano. A inalação de até 40 mg de alfadornase, por até
seis dias, não resultou em elevação significativa da concentração sérica de DNase acima dos níveis
endógenos normais. Não foi observado aumento na concentração sérica de DNase acima de 10 mg/mL.
Após administração de 2,5 mg de alfadornase, duas vezes ao dia, por 24 semanas, as concentrações
séricas médias da DNase não foram diferentes dos valores médios basais pré-tratamento de 3,5 ± 0,1
mg/mL, sugerindo baixa absorção sistêmica ou baixo acúmulo.
Distribuição
Estudos em ratos e macacos mostraram que, após administração intravenosa, a alfadornase foi
rapidamente eliminada do soro. O volume inicial de distribuição foi semelhante ao volume sérico
nesses estudos.
A inalação de 2,5 mg de alfadornase resulta em concentração média de, aproximadamente, 3 mcg/mL
de alfadornase no escarro, dentro de 15 minutos, em pacientes com fibrose cística. As concentrações de
alfadornase no escarro diminuem rapidamente após a inalação.
Eliminação
Estudos com administração intravenosa em humanos sugerem meia-vida de eliminação do soro de três a quatro
horas. Estudos em ratos e macacos também têm demonstrado que, após a administração intravenosa, a DNase é
eliminada rapidamente do soro.
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Os estudos em ratos indicaram que, após administração do aerossol, a meia-vida de eliminação da
alfadornase dos pulmões é de 11 horas.
Em humanos, os níveis de DNase no escarro diminuíram abaixo da metade daqueles detectados
imediatamente após a administração dentro de duas horas, mas os efeitos na reologia do escarro
persistiram por mais de 12 horas.
Farmacocinética em populações especiais
foi avaliado em estudo aberto de duas semanas, em 98 pacientes com fibrose cística entre 3 meses
a 9 anos de idade, sendo administrado diariamente na dose de 2,5 mg por inalação (65 com idade entre 3 meses e
<5 anos, 33 com idade entre 5 a <10 anos). O lavado broncoalveolar (LBA) foi coletado 90 minutos após a
primeira dose. O nebulizador reutilizável PARI BABY (que usa uma máscara facial, em vez de dispositivo
bucal) foi utilizado em pacientes incapazes de inalar ou exalar continuamente pela boca durante todo o período
de tratamento (54/65, 83% dos pacientes mais jovens e 2/33, 6% dos pacientes mais velhos). As concentrações
de DNase do LBA foram detectáveis em todos os pacientes, mas mostraram ampla faixa de variação, de 0,007 a
1,8 mcg/ml. Após uma média de 14 dias de exposição, as concentrações séricas de DNase (média±desvio
padrão) aumentaram em 1,3±1,3 ng/ml para o grupo de pacientes de idade entre 3 meses e <5 anos e 0,8±1,2
ng/ml para o grupo de pacientes de idade entre 5 a <10 anos. A relação entre lavado broncoalveolar ou a
concentração sérica de DNase e efeitos adversos ou resultados clínicos é desconhecida.
Não se dispõe de dados farmacológicos em animais muito jovens ou geriátricos.
Segurança pré-clínica
Carcinogenicidade
Está em andamento um estudo de dois anos sobre a toxicidade da inalação de Pulmozyme®
em ratos para avaliar
o potencial oncogenético.
Mutagenicidade
Provas de Ames que utilizaram seis diferentes cepas de bactérias de teste (4 de S. typhimurium e 2 de E. coli) em
concentrações de até 5.000 mcg/placa, um ensaio citogenético que utilizou linfócitos humanos de sangue
periférico em concentrações de até 2.000 mcg/placa e um ensaio de linfoma de camundongos em concentrações
de até 1.000 mcg/placa, com e sem ativação metabólica, não revelaram nenhuma evidência de potencial
mutagênico. Pulmozyme®
foi submetido a um ensaio de micronúcleo (in vivo) para aferir seu potencial para
produzir danos cromossômicos em células de medula óssea de camundongos após uma dose intravenosa em bolo
de 10 mg/kg, durante dois dias consecutivos. Não foi observada nenhuma evidência de dano cromossômico.
Teratogenicidade
Os estudos da alfadornase em coelhos e roedores não evidenciaram teratogenicidade.
Prejuízo da fertilidade
Em estudos conduzidos em ratos medicados com até 10 mg/kg/dia, dose que representa exposição sistêmica 600
vezes maior que a dose recomendada para seres humanos, a fertilidade e o desempenho reprodutivo, em animais
de ambos os sexos, não foram afetados.
Estudos reprodutivos foram conduzidos em coelhos e ratos com doses de até 10 mg/kg/dia, dose que representa
exposição sistêmica 600 vezes maior que a esperada após a dose recomendada para seres humanos. Esses
estudos não revelaram nenhuma evidência de prejuízo sobre a fertilidade, dano ao feto ou de efeitos sobre o
desenvolvimento atribuído a Pulmozyme®
. Contudo, não existem estudos adequados e bem controlados em
gestantes. Como os estudos reprodutivos em animais nem sempre são preditivos da resposta em seres humanos,
recomenda-se cautela quando este medicamento for prescrito a mulheres durante a gravidez.
Não há evidências de potencial oncogênico em estudo de administração por inalação em ratos durante dois anos.
Outros estudos
Em um estudo realizado em macacos cynomolgus fêmeas lactantes, recebendo doses elevadas de alfadornase por
via intravenosa (100 mcg/kg em bolus seguidos de 80 mg/kg/hora durante seis horas), foram detectáveis baixas
concentrações no leite materno (<0,1% das concentrações observadas no soro)de macacos cynomolgus fêmeas
prenhes). Quando administrada em humanos, de acordo com as doses recomendadas, a absorção sistêmica de
alfadornase é mínima; portanto, são esperadas concentrações de alfadornase não mensuráveis no leite humano.
5
Quando 2,5 mg de Pulmozyme®
foram administrados, por inalação, a 18 pacientes portadores de FC, foram
obtidas concentrações médias no escarro de 3 mcg/mL de DNase após 15 minutos. As concentrações médias no
escarro declinaram para cerca de 0,6 mcg/mL, em média, duas horas após a inalação. A inalação de até 10 mg de
, três vezes ao dia, por 4 pacientes portadores de FC, durante seis dias consecutivos, não resultou
em elevação significativa das concentrações plasmáticas de DNase acima dos níveis endógenos normais. Após a
administração de até 2,5 mg de Pulmozyme®
, duas vezes ao dia, durante seis meses, em 321 pacientes
portadores de FC, não foi observada acumulação de DNase no plasma.
Em um estudo de toxicidade por inalação, para o TRI de quatro semanas, em ratos jovens, iniciado 22
dias pós-parto com doses de 0, 51, 102 e 260 mcg/kg/dia, a alfadornase mostrou-se bem tolerada, e não
foram encontradas lesões no trato respiratório.
Pulmozyme®
é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade comprovada à alfadornase, a
produtos originários de células de ovário de hamster chinês ou aos demais componentes do produto.
Para aumentar a rastreabilidade dos medicamentos biológicos, o nome comercial do produto administrado
deve ser claramente registrado (ou declarado) no prontuário médico do paciente.
A substituição de Pulmozyme®
por qualquer outro medicamento biológico exige o consentimento do
médico prescritor.
Pulmozyme®
deve ser utilizado juntamente com a terapêutica convencional para fibrose cística.
A mistura de Pulmozyme®
a outros medicamentos pode determinar alterações físico-químicas e / ou
funcionais adversas em Pulmozyme®
ou no composto adicionado (vide item “Posologia”).
A maioria dos pacientes é beneficiada pelo uso diário regular de Pulmozyme®
. Em estudos nos quais
foi administrado de modo intermitente, a melhora na função pulmonar foi perdida ao
cessar o tratamento. Os pacientes devem ser advertidos a usar o medicamento diariamente, sem
interrupções.
Os pacientes devem continuar adotando os cuidados médicos habituais, incluindo o esquema
padronizado de fisioterapia respiratória.
A eficácia e a segurança ainda não foram demonstradas em pacientes com capacidade vital forçada inferior a
40% do previsto.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Não foram relatados efeitos de Pulmozyme®
sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar
máquinas.
Uso em crianças
O uso de Pulmozyme®
em pacientes com idade entre 6 e 14 anos está bem estabelecido. Entretanto, há
pouca experiência no uso de Pulmozyme®
em pacientes com idade inferior a cinco anos. Seu uso deve
ser considerado em pacientes com idade inferior a cinco anos nos quais haja potencial de benefício para
a função pulmonar e risco de ocorrência de infecção das vias respiratórias inferiores.
Até o momento, não há informações de que Pulmozyme®
(alfadornase) possa causar doping.
Gestação e lactação
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
A segurança da alfadornase não foi estabelecida em mulheres grávidas. Estudos com animais não
indicaram efeitos nocivos diretos ou indiretos com relação à gravidez ou ao desenvolvimento do
embrião ou do feto. Recomenda-se cautela quando este medicamento for prescrito a mulheres durante a
gravidez.
6
Quando a alfadornase é administrada em humanos, de acordo com a dosagem recomendada, a absorção
sistêmica é mínima; portanto, não se espera encontrar concentrações mensuráveis de alfadornase no
Pulmozyme®
pode ser empregado, com eficácia e segurança, juntamente com o tratamento
convencional fibrose cística, incluindo antibióticos e / ou broncodilatadores, pelas vias oral, inalatória
ou parenteral; suplementação com enzimas e/ou vitaminas pela via oral, corticosteroides inalatórios e
sistêmicos e analgésicos.
Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa.
Pulmozyme®
deve ser guardado sob refrigeração entre 2 a 8 °C e protegido contra luz intensa. Deve ser
mantido sob refrigeração durante o transporte e não deve ser exposto à temperatura ambiente por
período superior a 24 horas. As ampolas não utilizadas devem ser guardadas em seus compartimentos
metálicos, sob refrigeração.
Cuidados de conservação depois de aberto: uma vez aberta, a ampola deve ser totalmente utilizada
ou descartada.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
é uma solução estéril, límpida, incolor a levemente amarelada, altamente purificada. A
solução deve ser descartada caso apresente um aspecto turvo ou coloração alterada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Pulmozyme®
deve ser usado por via inalatória. A dose recomendada para a maioria dos pacientes
portadores de fibrose cística, inclusive para aqueles com idade inferior a 5 anos, é de uma ampola com
dose unitária de 2,5 mg, uma vez ao dia, utilizando um sistema de
nebulizador/compressorrecomendado. Alguns pacientes com idade acima de 21 anos podem se
beneficiar com a administração de 2,5 mg duas vezes ao dia.
não deve ser diluído ou misturado a outros medicamentos no nebulizador. A mistura de
a outros medicamentos pode determinar alterações físico-químicas e / ou funcionais adversas em
ou no composto adicionado.
• Os estudos clínicos foram conduzidos com os seguintes nebulizadores/compressores:
• nebulizador a jato descartável Hudson T Up-draft II/compressor Pulmo-Aide;
• nebulizador a jato descartável Marquest Acorn II/compressor Pulmo-Aide;
• nebulizador reutilizável PARI LC a jato/compressor PARI PRONEB;
• nebulizador PARI E-FLOW RAPID (nebulizador eletrônico com tecnologia de membrana
vibratória).
Para os pacientes com idade inferior a 5 anos ou para aqueles incapazes de usar o dispositivo bucal dos
nebulizadores acima referidos, está indicado o uso do nebulizador PARI BABY, que contém uma
máscara firmemente ajustável à face do paciente.
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A segurança e a eficácia foram demonstradas somente com o uso dos sistemas de nebulização
recomendados. Não existem, até o momento, dados clínicos que deem suporte à eficácia e à segurança
da administração de Pulmozyme®
com outros sistemas nebulizadores.
O paciente deve seguir as instruções do fabricante sobre o uso e a manutenção do equipamento.
A administração pode ser mantida com segurança em pacientes que apresentam exacerbação de
infecções do trato respiratório.
Os dados sobre eventos adversos refletem a experiência dos estudos clínicos e pós-comercialização do emprego
do Pulmozyme®
no esquema posológico recomendado.
Na maioria dos casos, as reações adversas são de natureza leve e transitória e não requerem alterações
na dosagem de Pulmozyme®
.
As reações adversas atribuídas a Pulmozyme®
são raras (< 1/ 1.000):
Distúrbios oculares: conjuntivite.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: disfonia, dispneia, faringite, laringite, rinite
(todos não infecciosos).
Investigações: diminuição dos testes da função pulmonar.
Distúrbios gastrintestinais: dispepsia.
Distúrbios da pele e anexos: erupções cutâneas, urticária.
Distúrbios gerais: dor no peito (pleurítica/ não cardíaca), pirexia.
Os pacientes que apresentarem sinais e/ ou sintomas comuns à fibrose cística podem, de modo geral,
continuar o tratamento com segurança, conforme se evidenciou pela alta porcentagem de pacientes que
completaram os estudos clínicos com Pulmozyme®
Os pacientes foram expostos a Pulmozyme®
durante até 12 meses em estudos clínicos. Em um amplo estudo
clínico randomizado, controlado com placebo, no qual 600 pacientes receberam Pulmozyme®
na dose de 2,5
mg, uma ou duas vezes ao dia, durante seis meses, a maioria dos eventos adversos não foi mais comum com o
Pulmozyme®
que com o placebo e provavelmente representou as sequelas da patologia pulmonar de base. Na
maioria dos casos em que os eventos estavam aumentados em pacientes tratados com rhDNase, eles foram,
geralmente, de natureza leve e transitória, não requerendo alterações de dosagem.
Em estudos clínicos, poucos pacientes apresentaram eventos adversos que resultassem em
descontinuação permanente de Pulmozyme®
, sendo o índice de descontinuação similar para o placebo
(2%) e para Pulmozyme®
(3%).
No início do tratamento com alfadornase, assim como para muitos aerossóis, podem ocorrer diminuição
da função pulmonar e aumento da expectoração.
Os eventos mais frequentes em pacientes tratados com Pulmozyme®
em relação àqueles tratados com placebo
estão relacionados na Tabela 2.
Os índices de mortalidade observados em estudos controlados foram similares para o placebo (1%) e para
(1%). As causas das mortes foram consistentes com a evolução da fibrose cística e incluíram
apneia, parada cardíaca, sequestro cardiopulmonar, cor pulmonale, insuficiência cardíaca, hemoptise maciça,
pneumonia, pneumotórax e insuficiência respiratória.
8
Menos de 5% dos pacientes tratados com alfadornase desenvolveram anticorpos contra a alfadornase, e
nenhum desses pacientes desenvolveu anticorpos IgE antialfadornase. Ocorreu melhora nos testes de
função pulmonar, apesar do desenvolvimento de anticorpos contra a alfadornase.
A segurança de Pulmozyme®
, 2,5 mg, por inalação, foi avaliada após duas semanas de administração
diária em 65 pacientes com idade entre 3 meses e 5 anos e 33 pacientes com idade entre 5 e 10 anos
(vide item “Farmacocinética em populações especiais”). O nebulizador reutilizável PARI BABY™
(que usa
uma máscara facial em vez de dispositivo bucal) foi utilizado em pacientes incapazes de demonstrar habilidade
para inalar e exalar continuamente pela boca durante todo o período de tratamento (54/65, 83% dos menores e
2/33, 6% dos pacientes mais velhos). O número de pacientes que relataram tosse como evento adverso foi
mais alto no grupo com idade menor, quando comparado ao grupo mais velho (29/ 65, 45% comparado
a 10/ 33, 30%), bem como o número de pacientes que relatou tosse moderada a grave (24/ 65, 37%
comparado a 6/ 33, 18%). Outros eventos adversos tenderam a ser leves a moderados. O número de
pacientes que relataram rinite foi mais alto no grupo com idade menor (23/ 65, 35%, comparado a 9/
33, 27%), bem como o número de relatos de rash (4/ 65, 6%, comparado a 0/ 33). A natureza dos
eventos adversos foi similar àquela vista nos grandes estudos de Pulmozyme®
Tabela 2. Eventos adversos relatados em um estudo controlado
Evento adverso Placebo Pulmozyme®
, uma vez
por dia
, duas vezes por
dia
(n = 325) (n = 322) (n = 321)
Rouquidão
Faringite
Laringite
Rash cutâneo
Dor torácica
Conjuntivite
7%
33%
1%
16%
2%
12%
36%
3%
10%
18%
4%
40%
21%
5%
Reações alérgicas
Não foram relatadas reações alérgicas sérias ou anafilaxia atribuídas à administração de Pulmozyme®
. Erupções
cutâneas e urticária foram observadas raramente, tendo sido de natureza leve e transitória. Dentre todos os
estudos conduzidos até o momento, pequena porcentagem (média de 2% – 4%) dos pacientes tratados com
desenvolveu anticorpos contra Pulmozyme®
. Nenhum desenvolveu anafilaxia, sendo
desconhecida a significância clínica dos anticorpos séricos contra Pulmozyme®
Eventos observados com índices similares em pacientes tratados com Pulmozyme®
e com placebo
Organismo como um todo Dor abdominal, astenia, febre, síndrome gripal, mal-estar, sepse.
Aparelho digestivo Obstrução intestinal, patologia da vesícula biliar, patologia hepática,
patologia pancreática.
Sistema metabólico/ nutricional Diabetes mellitus, hipóxia, perda de peso.
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Aparelho respiratório Apneia, bronquiectasia, bronquite, alterações das características do
esputo, aumento da tosse, dispneia, hemoptise, redução da função
pulmonar, pólipos nasais, pneumonia, pneumotórax, rinite, sinusite,
aumento do volume do escarro, sibilos.
Pós-comercialização
Relatos espontâneos pós-comercialização e dados de segurança coletados prospectivamente de estudos
observacionais confirmam o perfil de segurança sendo como o descrito em estudos clínicos.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.