Bula do Purinethol para o Profissional

Bula do Purinethol produzido pelo laboratorio Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Purinethol
Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO PURINETHOL PARA O PROFISSIONAL

BULA PROFISSIONAL DE

SAÚDE 01/02

Nome do Medicamento: Purinethol

Apresentação: 50 MG COM CT FR VD AMB X 25

Fabricado e Embalado por: Excella GmbH, Alemanha

Purinethol®

comprimidos

Modelo de texto de bula profissional de saúde

Pg.1/8

LEIA ATENTAMENTE ESTA BULA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

mercaptopurina

APRESENTAÇÃO

Comprimidos contendo 50 mg de mercaptopurina, apresentados em frascos contendo 25 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de Purinethol®

contém:

mercaptopurina....................................................................................................................... 50 mg

excipientes (lactose, amido, ácido esteárico e estearato de magnésio) q.s.p........................ 1 comprimido

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Purinethol®

é indicado para o tratamento de leucemia aguda. Pode ser utilizado na indução de remissão, sendo

especialmente indicado para o tratamento de manutenção em leucemia linfoblástica aguda e leucemia mielógena

aguda. Purinethol®

é também indicado para o tratamento de leucemia granulocítica crônica.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Na leucemia aguda infantil, as remissões hematológicas parciais obtidas com o uso de Purinethol foram

associadas a uma excelente resposta clínica, com regressão do volume do fígado, baço e linfonodos aumentados,

manutenção do nível de hemoglobina sem transfusão sanguínea, menor frequência de infecções, ganho de peso e

retorno dos pacientes às suas atividades normais. As crianças tratadas apresentaram leucogramas e contagens de

plaquetas normais e, em muitos casos, as remissões hematológicas parciais e completas eram clinicamente

indistinguíveis.1

Foram obtidas remissões temporárias em cinco casos de pacientes com leucemia granulocítica crônica que

receberam mercaptopurina.1

Em crianças, a mercaptopurina é utilizada associada ao metotrexato para o tratamento de manutenção da

leucemia linfocítica aguda (LLA). A LLA pediátrica responde muito bem aos agentes quimioterápicos, sendo que

mais de 90% dos pacientes conseguem uma resposta completa e aproximadamente 50% apresentam sobrevida em

longo prazo.2,3

30 mg/m2

/semana de metotrexato oral ou IV e mercaptopurina foi alternado com vincristina mais dexametasona

ao longo de um período de manutenção de 2 anos. Ocorreu resposta completa em 184 pacientes (96,8%) e

recidiva em 25 pacientes (12%).4

A mercaptopurina pode ser benéfica em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA). Um estudo piloto

determinou que a mercaptopurina em dose alta, através de infusão intravenosa contínua, seguida por citarabina,

pode ser útil em crianças com leucemia mieloide aguda recentemente diagnosticada. De 17 crianças (de 10 meses

a 16 anos de idade), 14 obtiveram remissão completa com um esquema de dose crescente de 500 a 1250

miligramas/metro quadrado (mg/m²) de mercaptopurina, e 250 a 650 mg/m² de citarabina por 1 a 4 dias. Ocorreu

recidiva hematológica em 7 dos 14 pacientes após 8 a 17 meses de remissão completa.5

Pacientes adultos com LMA recentemente diagnosticada foram randomizados para receber daunorrubicina (40

mg/m2

/dia x 4 ou mais), be-henoil citarabina (200 mg/m²/dia x 10 ou mais) e 6-mercaptopurina (70 mg/m²/dia x

10 ou mais) (BH-AC-DM), ou os mesmos três fármacos mais etoposida (100 mg/m²/dia x 5) (BH-AC-EDM) para

a terapia de indução individualizada guiada pela resposta. As taxas de remissão completa foram de 77% no grupo

BH-AC-DM e 75% no grupo BH-AC-EDM. 6

1. BURCHENAL, JM. Clinical evaluation of new antimetabolite, 6-mercaptopurine, in the treatment of leukemia

and allied diseases. Blood, 3(11): 965-999, 1953.

2. GOTTLIEB, AJ. et al. Efficacy of daunorubicin in the therapy of adult ALL: a prospective randomized trial by

Cancer and Leukemia Group B. Blood, 64: 267-274, 1984.

Purinethol®

comprimidos

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3. VEERMAN, AJP et al. High cure rate with a moderately intensive treatment regimen in non-high-risk

childhood acute lymphoblastic leukemia: results of protocol ALL VI from the Dutch Childhood Leukemia Study

Group. J Clin Oncol, 14: 911-918, 1996.

4. VEERMAN, AJP et al. High cure rate with a moderately intensive treatment regimen in non-high-risk

5. CANPOLAT, C. et al. High-dose mercaptopurine and intermediate-dose cytarabine during first remission of

acute myeloid leukemia. Cancer Invest, 15:121-126, 1997.

6. MIYAWAKI, S. Et al. Effect of etoposide added to individualized induction therapy of adult acute myeloid

leukemia--the JALSG-AML-92 Study. Japan Adult Leukemia Study Group. Gan To Kagaku Ryoho., 27(8):

1160-7, 2000.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

A mercaptopurina é um análogo sulfidrílico das bases purínicas adenina e hipoxantina, que age como

antimetabólito citotóxico.

A mercaptopurina é um profármaco inativo, que age como antagonista da purina, mas que requer captação celular

e metabolismo intracelular para se tornar um nucleotídeo da tioguanina (TGN) e adquirir suas propriedades

citotóxicas. Os TGNs e os outros metabólitos (por ex., 6-metilmercaptopurina) inibem a síntese de novo de purina

e as interconversões de nucleotídeos da purina. Os TGNs também se incorporam aos ácidos nucleicos,

contribuindo, assim, para os efeitos citotóxicos do fármaco.

O efeito citotóxico de mercaptopurina pode estar relacionado aos níveis de nucleotídeos de tioguanina, derivados

de mercaptopurina nos eritrócitos, mas não à concentração de mercaptopurina no plasma.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

A biodisponibilidade oral da mercaptopurina demonstra variabilidade interindividual considerável. A

administração de uma dose de 75 mg/m2

a sete pacientes pediátricos demonstrou biodisponibilidade média de

16% da dose administrada, com uma variação de 5 a 37%. Essa variação da biodisponibilidade, provavelmente,

resulta do metabolismo hepático de primeira passagem de uma quantidade significativa da droga.

Após a administração oral de Purinethol®

75 mg/m² a 14 crianças com leucemia linfoblástica aguda, a Cmax

média foi de 0,89 µM, com uma faixa de 0,29-1,82 µM, e o Tmax foi de 2,2 horas, com uma faixa de 0,5-4 horas.

A biodisponibilidade relativa média de mercaptopurina foi aproximadamente 26% menor, após a administração

com alimentos e leite, em comparação com um jejum por uma noite. A mercaptopurina não é estável com o leite,

devido à presença de xantina oxidase (degradação de 30% em 30 minutos) (ver Farmacocinética: Metabolismo).

Purinethol®

deve ser administrado pelo menos 1 hora antes ou 3 horas depois da ingestão de alimentos ou leite

(ver Posologia).

Distribuição

O volume de distribuição aparente médio (± DP) de mercaptopurina é 0,9 (± 0,8) litros/kg, embora esse valor

possa ser subestimado, porque mercaptopurina é distribuída em todo o corpo (e não apenas no fígado).

As concentrações de mercaptopurina no líquido cefalorraquidiano (LCR) são baixas ou insignificantes após

administração IV ou oral (proporções de LCR/plasma de 0,05 a 0,27). As concentrações no LCR são mais altas

após administração intratecal.

Metabolismo

A mercaptopurina é extensivamente metabolizada por muitas vias em várias etapas em metabólitos ativos e

inativos, sem a predominância de nenhuma enzima. Devido ao complexo metabolismo, a inibição de uma enzima

não explica todos os casos de falta de eficácia e/ou mielossupressão pronunciada. As enzimas predominantes,

responsáveis pelo metabolismo de mercaptopurina ou seus metabólitos posteriores são: a enzima polimórfica

tiopurina S-metiltransferase (TPMT) (ver Advertências e Precauções: Monitoramento, e Interações:

Aminossalicilatos), xantina oxidase (ver Interações: alopurinol / oxipurinol / tiopurinol, e Farmacocinética:

Absorção), inosina monofosfato desidrogenase (IMPDH) (ver Interações: ribavirina) e hipoxantina guanina

fosforribosiltransferase (HPRT). Outras enzimas envolvidas na formação de metabólitos ativos e inativos são:

guanosina monofosfato sintetase (GMPS, que forma os TGNs) e inosina trifosfato pirofosfatase (ITPase). Além

disso, diversos metabólitos inativos também são formados por outras vias.

comprimidos

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Há evidências de que os polimorfismos nos genes que codificam os diferentes sistemas de enzimas envolvidos no

metabolismo de mercaptopurina possam predizer reações medicamentosas adversas ao tratamento com

mercaptopurina.

Tiopurina S-metiltransferase (TPMT)

A atividade de TPMT é inversamente relacionada à concentração de nucleotídeos de tioguanina derivados de

mercaptopurina nos eritrócitos, com concentrações mais altas de nucleotídeos de tioguanina resultando em

maiores reduções nas contagens de leucócitos e de neutrófilos. Indivíduos com deficiência de TPMT

desenvolvem concentrações citotóxicas muito altas de nucleotídeos de tioguanina.

Testes genotípicos podem determinar o padrão alélico de um paciente. Atualmente, 3 alelos - TPMT*2,

TPMT*3A e TPMT*3C - são responsáveis por cerca de 95% dos indivíduos com níveis reduzidos de atividade de

TPMT. Aproximadamente 0,3% (1:300) dos pacientes têm dois alelos não funcionais (homozigoto-deficientes)

do gene TPMT e têm pouca ou nenhuma atividade detectável de enzimas. Aproximadamente 10% dos pacientes

têm um alelo de TPMT não funcional (heterozigoto), levando a atividade de TPMT baixa ou intermediária, e

90% dos indivíduos têm atividade normal de TPMT com dois alelos funcionais. Também pode haver um grupo

de aproximadamente 2% de indivíduos com atividade de TPMT muito alta. Testes fenotípicos determinam o

nível de nucleotídeos de tiopurina ou de atividade de TPMT nos eritrócitos, e também podem fornecer

informações (ver Advertências e Precauções).

Eliminação

Em um estudo com 22 pacientes, o clearance médio e a meia-vida de mercaptopurina após infusão IV foi de 864

mL/minuto/m² e 0,9 horas, respectivamente. O clearance renal médio relatado em 16 desses pacientes foi de 191

mL/minuto/m². Apenas cerca de 20% da dose foram excretados na urina como droga intacta após a administração

IV.

Populações Especiais de Pacientes

Idosos

Não foram conduzidos estudos específicos em idosos (ver Posologia).

Crianças acima do peso

Em um estudo clínico nos EUA, 18 crianças (com idades de 3 a 14 anos) foram igualmente distribuídas em dois

grupos, com relação de peso para altura acima ou abaixo do percentil 75. Todas as crianças estavam em

tratamento de manutenção com mercaptopurina, e a dose foi calculada com base na área de superfície corporal. A

AUC (0-∞) média de mercaptopurina no grupo acima do percentil 75 foi 2,4 vezes mais baixa do que aquela para

o grupo abaixo do percentil 75. Portanto, as crianças consideradas acima do peso podem precisar de doses de

mercaptopurina no limite mais alto da faixa de doses, sendo recomendado o monitoramento rigoroso da resposta

ao tratamento (ver Posologia).

Insuficiência renal

Estudos com pródroga de mercaptopurina não demonstraram nenhuma diferença na farmacocinética de

mercaptopurina em pacientes urêmicos, em comparação com pacientes submetidos a transplante renal. Como

pouco se sabe sobre os metabólitos ativos de mercaptopurina na insuficiência renal, deve-se considerar a redução

da dose em pacientes com função renal comprometida (ver Posologia).

A mercaptopurina e/ou seus metabólitos são eliminados por hemodiálise, com aproximadamente 45% dos

metabólitos radioativos eliminados durante a diálise de 8 horas.

Insuficiência hepática

Um estudo com uma pródroga de mercaptopurina foi conduzido em três grupos de pacientes submetidos a

transplante renal: aqueles sem doença hepática, aqueles com insuficiência hepática (mas sem cirrose) e aqueles

com insuficiência hepática e cirrose. O estudo demonstrou que a exposição à mercaptopurina foi 1,6 vez mais alta

em pacientes com insuficiência hepática (mas sem cirrose) e 6 vezes mais alta em pacientes com insuficiência

hepática e cirrose, em comparação com os pacientes sem doença hepática. Portanto, deve-se considerar a redução

da dose em pacientes com função hepática comprometida (ver Posologia).

4. CONTRAINDICAÇÕES

O uso de Purinethol®

é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente

da fórmula.

Tendo-se em vista a gravidade das indicações, não existe nenhuma contraindicação absoluta ao uso de

Purinethol®

.

comprimidos

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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente

seu médico em caso de suspeita de gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Purinethol®

é um agente citotóxico ativo para uso sob a supervisão de médicos com experiência na

administração desses agentes.

A imunização com vacinas contendo microrganismos vivos tem o potencial de causar infecções em pacientes

imunodeficientes. Assim sendo, não é recomendada a imunização com vacinas elaboradas com microrganismos

vivos.

A coadministração de ribavirina e Purinethol®

não é aconselhável. A ribavirina pode reduzir a eficácia e

aumentar a toxicidade de mercaptopurina (ver Interações).

Controle

Como o Purinethol®

é altamente mielossupressor, recomenda-se a realização de contagens sanguíneas totais

diariamente, durante a indução da remissão. Os pacientes devem ser cuidadosamente controlados durante o

tratamento.

O tratamento com mercaptopurina causa supressão da medula óssea, a qual leva à leucopenia, à trombocitopenia

e, com menor frequência, à anemia. Durante a indução da remissão, devem ser realizados hemogramas diários.

Durante a terapia de manutenção, deve ser realizado monitoramento cuidadoso dos parâmetros hematológicos. As

contagens de leucócitos e plaquetas continuam a cair após a suspensão do tratamento, de modo que, ao primeiro

sinal de uma queda muito grande nessas contagens, o tratamento deve ser interrompido imediatamente.

A supressão da medula óssea é reversível, se Purinethol®

for suspenso com suficiente antecedência.

Durante a indução de remissão na leucemia mielógena aguda, o paciente pode, frequentemente, ter que passar por

um período de relativa aplasia da medula óssea, sendo importante a disponibilidade de condições de suporte

adequadas.

é hepatotóxico, sendo assim, testes de função hepática devem ser feitos semanalmente durante o

tratamento. É aconselhável um controle mais frequente em pacientes com doença hepática pré-existente ou que

foram tratados com outra droga potencialmente hepatotóxica. Se aparecer icterícia, o paciente deve ser instruído a

descontinuar o tratamento com Purinethol®

imediatamente.

Durante a indução da remissão, quando estiver ocorrendo rápida lise celular, os níveis sanguíneos de ácido úrico

devem ser controlados, pois pode haver desenvolvimento de hiperuricemia e/ou hiperuricosúria, com o risco de

nefropatia por ácido úrico.

Pacientes portadores de deficiência hereditária da enzima tiopurina-metiltransferase (TPMT) podem apresentar

sensibilidade não usual ao efeito mielossupressivo da mercaptopurina e podem ser suscetíveis a desenvolver

supressão da medula óssea após o início do tratamento com Purinethol®

. É possível que esse problema seja

exacerbado pela coadministração com drogas que inibem TPMT, como olsalazina, mesalazina ou sulfasalazina.

Em indivíduos que recebem concomitantemente mercaptopurina e outros agentes citotóxicos, tem-se relatado

uma possível associação da diminuição da atividade da TPMT e o desenvolvimento de mielodisplasia e leucemia

secundárias (ver Reações adversas). Alguns laboratórios realizam testes para detectar a deficiência da TPMT.

Entretanto, esses testes não conseguem identificar todos os pacientes com risco de toxicidade severa. Portanto, é

necessário fazer um rigoroso monitoramento dos hemogramas do paciente.

Tem-se observado uma resistência cruzada entre a formulação de Purinethol®

e 6-tioguanina.

É possível que a dosagem de Purinethol®

tenha que ser diminuída quando administrado com outros agentes cuja

toxicidade primária e a secundária sejam a mielodepressão (ver Interações: agentes mielossupressores).

Insuficiência renal e/ou hepática

Recomenda-se cautela durante a administração de Purinethol®

em pacientes com insuficiência renal e/ou

hepática. Deve-se cogitar reduzir a dose nesses pacientes, devendo a resposta hematológica ser cuidadosamente

monitorada (ver Posologia e Características Farmacológicas: Populações Especiais).

Uso em idosos

Nenhum estudo específico foi conduzido em idosos.

No entanto, é aconselhável monitorar as funções renal e hepática nesses pacientes e, se houver alguma

insuficiência, deve-se considerar a redução da dose de Purinethol®

.

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Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não existem dados sobre o efeito de Purinethol®

na capacidade de dirigir e operar máquinas. Nenhum efeito

prejudicial nessas atividades pode ser previsto a partir da farmacologia da droga.

Gravidez e lactação

Observou-se a ocorrência de substancial passagem transplacentária e transamniótica de mercaptopurina e seus

metabólitos da mãe para o feto.

Como em toda quimioterapia citotóxica, devem ser tomadas medidas contraceptivas em caso de algum dos

parceiros estar fazendo uso de Purinethol®

Exposição materna: Tem-se observado o nascimento de bebês normais após a administração de Purinethol®

,

como único agente quimioterápico, durante a gravidez, particularmente antes da concepção e após o primeiro

trimestre. Abortamentos e nascimentos prematuros foram relatados em mulheres expostas durante a gestação,

bem como diversos casos de nascimentos de bebês com anormalidades congênitas em mulheres que receberam

tratamento com Purinethol®

em combinação com outros agentes citotóxicos.

Exposição paterna: Tem-se observado anormalidades congênitas e abortos espontâneos posteriores a exposição

paterna ao Purinethol®

Estudos com mercaptopurina realizados em animais têm demonstrado a existência de toxicidade na reprodução.

Desconhece-se totalmente se existe algum risco em potencial para os humanos. Sempre que possível, deve-se

evitar o uso de Purinethol®

na gravidez, particularmente durante o primeiro trimestre. Em qualquer caso

individual, deve ser avaliado o perigo potencial para o feto contra o benefício esperado para a mãe.

Tem-se detectado mercaptopurina no leite materno em pacientes que sofreram transplante renal e estão sendo

tratadas com terapia imunossupressora com um prófarmaco da mercaptopurina. Recomenda-se que mulheres

fazendo uso de Purinethol®

não devam amamentar.

Categoria D de risco da gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Mutagenicidade e carcinogenicidade

Aumento do número de aberrações cromossômicas foi observado nos linfócitos periféricos em pacientes

leucêmicos, em um paciente com hipernefroma (o qual recebeu uma dose não declarada de mercaptopurina) e em

pacientes com nefropatia crônica tratados com doses de 0,4 – 1,0 mg/kg/dia.

Dois casos foram documentados sobre a ocorrência de leucemia não-linfática aguda em pacientes tratados com

mercaptopurina em associação com outras drogas para distúrbios não-neoplásicos. Um caso isolado foi relatado

em que o paciente, em tratamento para pioderma gangrenoso, desenvolveu, posteriormente, leucemia aguda não-

linfática. Porém, não ficou estabelecido se existe uma relação causal com a droga ou se o fato estava diretamente

relacionado com o histórico natural da doença.

Um paciente com doença de Hodgkin, tratado com mercaptopurina e agentes citotóxicos adicionais, desenvolveu

leucemia mielógena aguda. Doze anos e meio após tratamento com mercaptopurina para miastenia grave, uma

paciente desenvolveu leucemia mieloide crônica.

Foram recebidos relatos de linfoma hepatoesplênico de células T do grupo com Doença Inflamatória Intestinal

(DII) – Doença de Chron e Colite Ulcerativa, quando Purinethol®

foi usado em combinação com agentes anti-

TNF (ver Reações adversas).

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que

acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar atentos quanto à possibilidade de surgimento de

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Em indivíduos imunodeficientes, não é recomendada a utilização de vacinas com microrganismos vivos. (ver

Advertências e precauções).

Efeito de fármacos concomitantes sobre Purinethol®

Ribavirina

A ribavirina inibe a enzima inosina monofosfato desidrogenase (IMPDH), levando a uma menor produção de

nucleotídeos 6-tioguanina ativos. Mielossupressão grave foi relatada após a administração concomitante de uma

pródroga de mercaptopurina e ribavirina. Portanto, a administração concomitante de ribavirina e Purinethol®

não

é aconselhável (ver Advertências e Precauções e Farmacocinética: Metabolismo).

Purinethol®

comprimidos

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Agentes mielossupressores

Quando Purinethol®

é combinado com outros agentes mielossupressores, é preciso ter cautela. Reduções da dose

podem ser necessárias, com base no monitoramento hematológico (ver Advertências e Precauções).

Alopurinol / oxipurinol / tiopurinol

A atividade de xantina oxidase é inibida pelo alopurinol, oxipurinol e tiopurinol, o que resulta em conversão

reduzida de ácido 6-tioinosínico biologicamente ativo para ácido 6-tioúrico biologicamente inativo.

Quando alopurinol, oxipurinol e/ou tiopurinol e a mercaptopurina são administrados em concomitância, é

essencial que seja administrada apenas 25% da dose usual de mercaptopurina (ver Posologia: Interações

medicamentosas).

Aminossalicilatos

Existem evidências in vitro e in vivo de que os derivados aminossalicilatos (como olsalazina, mesalazina e

sulfassalazina) inibam a enzima TPMT. Portanto, pode ser necessário considerar a administração de doses mais

baixas de Purinethol®

quando o fármaco for administrado concomitantemente com derivados de aminossalicilato

(ver Advertências e precauções)

Metotrexato

O metotrexato, na dose 20 mg/m², por via oral, aumentou a AUC da 6-mercaptopurina em aproximadamente

31%, e, na dose de 2 ou 5 g/m², por via intravenosa, aumentou a AUC da 6-mercaptopurina em 69% e 93%,

respectivamente. Portanto, quando a 6-mercaptopurina for administrada concomitantemente com metotrexato em

dose alta, a dose deve ser ajustada, para manter-se uma contagem de leucócitos adequada.

Efeito de Purinethol®

sobre outros fármacos

Anticoagulantes

A inibição do efeito anticoagulante de varfarina e acenocumarol foi relatada quando esses fármacos foram

coadministrados com Purinethol®

. Portanto, doses mais altas de anticoagulantes podem ser necessárias.

Recomenda-se que os testes de coagulação sejam rigorosamente monitorados quando anticoagulantes forem

administrados concomitantemente com Purinethol®

.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de armazenamento

O medicamento deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC) e

protegido da luz e da umidade. O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação, impressa na

embalagem externa do produto.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos / Características organolépticas

Comprimidos redondos, biconvexos, de cor amarela clara. Em um dos lados, traz a inscrição GX em baixo relevo

acima da marca; do outro, a inscrição EX2 abaixo da marca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de uso

Uso oral.

Posologia

Purinethol®

deve ser administrado pelo menos 1 hora antes ou 3 horas depois da ingestão de alimentos ou leite

(ver Características Farmacológicas: Absorção).

Adultos e crianças: a dose usual é de 2,5 mg/kg ou 50 a 75 mg/m² de área de superfície corporal por dia. Porém,

a dose e a duração da administração dependem da natureza e da posologia de outros agentes citotóxicos

administrados conjuntamente com Purinethol®

.

A dose deve ser cuidadosamente ajustada para cada paciente individualmente.

comprimidos

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tem sido usado em vários esquemas de tratamento combinado para leucemia aguda. A literatura

deve ser consultada para obtenção de detalhes. Estudos realizados em crianças com leucemia linfoblástica aguda

sugerem que a administração de Purinethol®

à noite diminui o risco de reincidência, em comparação com a

administração pela manhã.

As crianças consideradas acima do peso podem necessitar de doses no limite mais alto da faixa de doses e,

portanto, um monitoramento rigoroso da resposta ao tratamento é recomendado (ver Propriedades

Farmacológicas: Populações Especiais de Pacientes; Crianças com sobrepeso).

Idosos: é aconselhável o monitoramento das funções renal e hepática nesses pacientes, e se houver insuficiência,

a redução da dose deve ser considerada.

Pacientes hepatopatas e nefropatas: A redução da dose deve ser considerada nesses grupos de pacientes (ver

Propriedades Farmacológicas: Populações Especiais de Pacientes; Insuficiência Renal e Insuficiência Hepática).

Interações medicamentosas: quando inibidores de xantina oxidase, como alopurinol, e Purinethol®

são

administrados concomitantemente, é essencial que apenas 25% da dose usual de Purinethol®

sejam

administrados, pois alopurinol reduz a taxa de catabolismo de 6-mercaptopurina (ver Interações).

Pacientes com deficiência de TPMT: Pacientes com pouca ou nenhuma atividade hereditária de tiopurina S-

metiltransferase (TPMT) correm maior risco de apresentar toxicidade grave de 6-mercaptopurina com doses

convencionais de Purinethol®

e geralmente requerem uma redução substancial da dose. A dose inicial ideal para

pacientes com deficiência homozigótica não foi estabelecida (ver Advertências e Precauções: Monitoramento e

Farmacocinética).

A maioria dos pacientes com deficiência heterozigótica de TPMT podem tolerar as doses recomendadas de

, mas alguns podem precisar de uma redução da dose. Testes genotípicos e fenotípicos de TPMT

estão disponíveis (ver Advertências e Precauções: Monitoramento e Farmacocinética).

9. REAÇÕES ADVERSAS

Não há documentações clínicas atuais sobre o efeito de Purinethol®

que possam servir de base para determinar

precisamente a frequência da ocorrência de efeitos adversos.

Têm-se utilizado os seguintes parâmetros para a classificação das reações adversas:

Reação muito comum (> 1/10)

Reação comum (> 1/100 e < 1/10)

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100)

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000)

Reação muito rara (< 1/10.000)

Reações muito comuns (>1/10): depressão medular, leucopenia e trombocitopenia. O principal efeito colateral

do tratamento com a mercaptopurina é a supressão da medula óssea, que ocasiona leucopenia e trombocitopenia.

Reações comuns (>1/100 e <1/10): náusea, vômito, pancreatite em pacientes com doença inflamatória intestinal;

colestase biliar, hepatotoxicidade.

Reação incomum (>1/1.000 e < 1/100): anorexia.

Reações raras (>1/10.000 e < 1.000): ulceração bucal, pancreatite; necrose hepática; artralgia, rash cutâneo,

febre medicamentosa; alopecia.

Reações muito raras (<1/10.000): leucemia secundária e mielodisplasia (ver Advertências e precauções);

ulceração intestinal; edema facial; oligospermia transitória; linfoma hepatoesplênico de células T em pacientes

com doença inflamatória intestinal (uma indicação não registrada) quando usado em combinação com agentes

anti-TNF.

A mercaptopurina é hepatotóxica em animais e no homem. As descobertas histológicas no homem demonstram

necrose hepática e estase biliar.

A incidência de hepatotoxicidade varia consideravelmente e pode ocorrer com qualquer dose, porém, mais

frequentemente, quando se excede a dose diária recomendada de 2,5 mg/kg de peso corporal ou 75 mg/m2

de área

de superfície corporal.

Purinethol®

comprimidos

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O controle da função renal, através de testes, pode permitir detecção antecipada da toxicidade hepática. Esta é

normalmente reversível, caso o tratamento com a mercaptopurina seja interrompido a tempo de evitar a falência

renal fatal.

Em caso de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

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