Bula do Reduclim produzido pelo laboratorio Farmoquímica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Reduclim_AR080814_Bula Profissional de Saúde
REDUCLIM®
Farmoquímica S/A
Comprimidos
1,25 mg
BULA PROFISSIONAL DE SAÚDE
tibolona
APRESENTAÇÃO:
Comprimidos – tibolona 1,25 mg - embalagem contendo 35 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
tibolona....................................................................1,25 mg
excipientes q.s.p. .....................................................1 comprimido
Excipientes: estearato de magnésio, lactose anidra, amido de milho e palmitato de ascorbila.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
Tratamento dos sintomas resultantes da deficiência estrogênica em mulheres na pós-menopausa, com mais de
um ano de menopausa.
Prevenção da osteoporose em mulheres na pós-menopausa com alto risco de fraturas, no caso de intolerância
ou contraindicação ao uso de outros medicamentos aprovados para a prevenção da osteoporose.
Para todas as mulheres, a decisão de prescrever Reduclim®
deve se basear na avaliação individual das
condições de risco da paciente, e, particularmente nas mulheres com mais de 60 anos de idade, deve ser
considerado o risco de acidente vascular cerebral (ver “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES” e “REAÇÕES
ADVERSAS”).
Os estudos clínicos realizados com tibolona mostraram a eficácia do produto na melhora dos sintomas da
deficiência estrogênica e na prevenção da osteoporose.
Alívio dos sintomas da deficiência estrogênica
O alívio dos sintomas menopáusicos (ex. sintomas vasomotores, atrofia vaginal) geralmente ocorre durante as
primeiras semanas de tratamento.
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Prevenção da osteoporose
A deficiência de estrogênios na menopausa está associada ao aumento da remodelação óssea e à redução da
massa óssea. A proteção parece efetiva durante o período de tratamento. Após a descontinuação da terapia de
reposição hormonal (TRH), a perda de massa óssea ocorre em proporção similar à das mulheres não tratadas.
No estudo LIFT, a tibolona reduziu o número de mulheres (idade média 68 anos) com novas fraturas
vertebrais em comparação com placebo durante os 3 anos de tratamento (ITT: odds ratio para tibolona em
relação ao placebo 0,57; 95% IC [0,42; 0,78]).
Após 2 anos de tratamento com tibolona 2,5 mg o aumento na densidade mineral óssea (DMO) da coluna
vertebral lombar foi de 2,6 ± 3,8%. O percentual de mulheres que mantiveram ou ganharam DMO na região
lombar durante o tratamento foi de 76%. Um segundo estudo confirmou esses resultados.
Tibolona 2,5 mg também apresentou efeito sobre a DMO do quadril. Em um estudo, o aumento após 2 anos
foi de 0,7 ± 3,9% no colo do fêmur e de 1,7 ± 3,0% no quadril total. O percentual de mulheres que
mantiveram ou ganharam DMO na região do quadril durante o tratamento foi de 72,5%. Um segundo estudo
demonstrou que o aumento após 2 anos foi de 1,3 ± 5,1% no colo do fêmur e 2,9 ± 3,4% no quadril total. O
percentual de mulheres que mantiveram ou ganharam DMO na região do quadril durante o tratamento foi de
84,7%.
Referências bibliográficas:
- Cummings, S.R., Ettinger, B., Delmas, P.D., P Kenemans, P., Victoria Stathopoulos, V., Verweij, P., Mol-Arts, M.,
Kloosterboer, L., Mosca, L., Christiansen, C., Bilezikian, J., Kerzberg, E.M., Johnson, S., Zanchetta, J., Grobbee, D.E.,
Seifert, W., and Eastell, R. The effects of tibolone in older postmenopausal women.
- Archer, D.F., Hendrix, S., Gallagher, J.C., Rymer, J., Skouby, S., Ferenczy, A., den Hollander, W., Stathopoulos, V.,
and Helmond, F.A. Endometrial effects of tibolone. J Clin Endocrinol Metab , 2007;92:911–918.
- Gallagher, J.C., Baylink, D.J., Freeman, R., and McClung, M. Prevention of bone loss with tibolone in postmenopausal
women: Results of two randomized, double-blind, placebo-controlled, dose-finding studies. J Clin Endocrinol Metab,
2001;86: 4717–4726.
- Hammar, M., van de Weijer, P., Franke, H., Pornel, B., von Mauw, E., Nijland, E. on behalf of the TOTAL Study
Investigators Group. Tibolone and low-dose continuous combined hormone treatment: vaginal bleeding pattern, efficacy
and tolerability. BJOG 2007;114:1522–1529.
Farmacodinâmica
Após a administração oral, a tibolona é rapidamente metabolizada em três compostos, que contribuem para o
perfil farmacodinâmico de Reduclim®
. Dois dos metabólitos (3α-OH-tibolona e 3ß-OH-tibolona) apresentam
atividade estrogênica, ao passo que o terceiro metabólito (isômero Δ4 da tibolona) apresenta atividade
progestagênica e androgênica.
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Reduclim®
permite a reposição da perda na produção estrogênica em mulheres na pós-menopausa e alivia os
sintomas menopáusicos. Reduclim®
previne a perda óssea após a menopausa ou ooforectomia.
Informações dos estudos clínicos a respeito dos efeitos sobre o endométrio e padrão de sangramento:
houve relatos de hiperplasia endometrial e câncer de endométrio em pacientes tratadas com tibolona (ver
“ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES” e “REAÇÕES ADVERSAS”);
foi relatada amenorreia em 88% das mulheres em uso de tibolona 2,5 mg após 12 meses de tratamento.
Sangramento por privação e/ou spotting foram relatados em 32,6% das mulheres durante os 3 primeiros
meses de tratamento, e em 11,6% das mulheres após 11-12 meses de uso.
Informações dos estudos clínicos a respeito dos efeitos sobre as mamas:
Nos estudos clínicos a densidade mamográfica não foi aumentada nas mulheres tratadas com tibolona em
comparação com o placebo.
Farmacocinética
Após a administração oral, a tibolona é rápida e completamente absorvida. Devido ao rápido metabolismo, os
níveis plasmáticos de tibolona são muito baixos. Os níveis plasmáticos do isômero Δ4 da tibolona também
são muito baixos. Portanto, alguns parâmetros farmacocinéticos não podem ser determinados. Níveis de pico
plasmático dos metabólitos 3α-OH e 3-ß-OH são mais altos, mas não ocorre acúmulo.
Tabela 1 – Parâmetros farmacocinéticos de tibolona 2,5 mg
A excreção da tibolona é realizada principalmente sob a forma de metabólitos conjugados (na maioria,
sulfatados). Parte do composto administrado é excretada na urina, mas a maior parte é eliminada pelas fezes.
O consumo de alimentos não possui efeito significativo na extensão da absorção.
Foi verificado que os parâmetros farmacocinéticos para a tibolona e seus metabólitos são independentes da
função renal.
Dados pré-clínicos de segurança
Em estudos com animais, a tibolona apresentou atividades antifertilidade e embriotóxica em virtude de suas
propriedades hormonais. A tibolona não foi teratogênica em camundongos e ratos e apresentou potencial
teratogênico em coelhos com doses próximas à abortiva (ver “Gravidez e Lactação”). A tibolona não é
genotóxica sob condições in vivo. Apesar de ter sido observado efeito carcinogênico em certos grupos de
ratos (tumores hepáticos) e camundongos (tumores de bexiga), a sua relevância clínica é incerta.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres nas seguintes condições:
durante a gravidez e lactação;
antecedente pessoal de câncer de mama diagnosticado ou suspeito – tibolona aumentou o risco de recidiva
de câncer de mama em estudo controlado com placebo (Kenemans P, Bundred NJ, Foidart J-M, Kubista
E, von Schoultz B, Sismondi P, Vassilopoulou-Sellin R, Yip CH, Egberts J, Mol-Arts M, Mulder R, van
Os S, Beckmann MW. Safety and efficacy of tibolone in breast-cacer patients with vasomotor symptoms:
a doubleblind, randomized, non-inferiority trial. Lancet Oncol 2009; 10: 135-46);
tumores malignos dependentes de estrogênio diagnosticados ou suspeitos (ex.: câncer endometrial);
sangramento genital não diagnosticado;
hiperplasia endometrial não tratada;
tromboembolismo venoso atual ou prévio (trombose venosa profunda, embolia pulmonar);
distúrbio trombofílico conhecido (i.e. deficiência de antitrombina, proteína C ou proteína S, ver
“ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”);
qualquer histórico de doença tromboembólica arterial (ex. angina, infarto do miocárdio, acidente vascular
cerebral ou episódio de isquemia transitória);
doença hepática aguda, ou história de doença hepática enquanto os testes de função hepática não
retornarem aos níveis normais;
hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de Reduclim®
;
porfiria.
Categoria de risco na gravidez: X
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante
o tratamento.
Para o tratamento dos sintomas pós-menopáusicos, o uso de Reduclim®
deve ser iniciado somente para os
sintomas que afetam adversamente a qualidade de vida. Em todos os casos, uma cuidadosa avaliação dos
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riscos e benefícios deve ser realizada, pelo menos anualmente e Reduclim®
apenas deve ser continuado
enquanto os benefícios excederem os riscos.
Os riscos de acidente vascular cerebral, câncer de mama e, em mulheres com útero intacto, os riscos de
câncer de endométrio (ver “REAÇÕES ADVERSAS”) devem ser cuidadosamente avaliados para cada
paciente, à luz de seus fatores de risco individuais e levando em consideração a frequência e as características
de ambos os cânceres e do acidente vascular cerebral, em termos de suas respostas ao tratamento, morbidade
e mortalidade.
Evidências sobre os riscos associados com TRH ou tibolona no tratamento da menopausa prematura são
limitadas. Devido ao baixo nível de risco absoluto em mulheres jovens, entretanto, o balanço dos benefícios e
riscos para estas mulheres podem ser mais favoráveis do que em mulheres mais velhas.
Exame médico/acompanhamento
Antes de iniciar ou reiniciar a TRH ou tibolona, deve ser realizada uma anamnese completa da paciente,
incluindo antecedentes pessoais e familiares.
O exame físico (incluindo exame pélvico e das mamas) deve ser guiado pela anamnese e pelas
contraindicações e advertências quanto ao uso.
Durante o tratamento são recomendadas avaliações clínicas completas periódicas em frequência e natureza
individualizadas. As mulheres devem ser orientadas sobre as alterações em suas mamas que devem ser
relatadas ao seu médico (ver “Câncer de mama” abaixo). Investigações, incluindo ferramentas de imagem
apropriadas, por exemplo, mamografia, devem ser realizadas de acordo com as práticas clínicas de triagem
atualmente estabelecidas, modificadas de acordo com as necessidades clínicas individuais.
Condições que necessitam de monitoramento
Caso quaisquer das condições seguintes tenham ocorrido anteriormente, estejam presentes e/ou tenham sido
agravadas durante a gravidez ou tratamento prévio com hormônios, a paciente deve ser cuidadosamente
monitorada. Deve-se levar em consideração que essas condições podem ocorrer ou se agravar durante o
tratamento com Reduclim®
, em particular:
leiomioma (fibroma uterino) ou endometriose;
história de, ou fatores de risco para distúrbios tromboembólicos (ver abaixo);
fatores de risco para tumores dependentes de estrogênio, como por exemplo 1° grau de hereditariedade
para câncer de mama;
hipertensão;
distúrbios hepáticos (ex. adenoma hepático);
diabetes melito com ou sem envolvimento vascular;
colelitíase;
enxaqueca ou dor de cabeça (grave);
lúpus eritematoso sistêmico;
história de hiperplasia endometrial (ver abaixo);
epilepsia;
asma;
otosclerose.
Razões para interrupção imediata do tratamento
O tratamento deve ser descontinuado no caso de descoberta de alguma contraindicação e nas seguintes
condições:
icterícia ou deterioração da função hepática;
aumento significativo da pressão arterial;
primeiro episódio de crise de cefaleia do tipo enxaqueca.
Câncer de endométrio
Os dados disponíveis de estudos randomizados controlados são conflitantes, mas os estudos de
observação mostraram consistentemente que mulheres para as quais tibolona foi prescrito na prática
médica normal apresentam aumento do risco de apresentar diagnóstico de câncer de endométrio (ver
também “REAÇÕES ADVERSAS”). Nesses estudos, o aumento do risco aumenta com o aumento da
duração do uso. A tibolona aumenta a espessura da parede endometrial, conforme medições por
ultrassonografia transvaginal.
Durante os primeiros meses de tratamento pode ocorrer sangramento de privação e spotting (ver
“Farmacodinâmica”). A paciente deve ser orientada a relatar qualquer sangramento de privação ou
spotting se o sangramento persistir após 6 meses de tratamento, se começar após esse período ou se
continuar depois que o tratamento tiver sido descontinuado. A paciente deve ser encaminhada para
investigação ginecológica, o que provavelmente incluirá biópsia do endométrio para excluir malignidade
endometrial.
Câncer de mama
A evidência com relação ao risco de câncer de mama em associação com a tibolona não é conclusiva. O
Estudo MWS (Million Women Study) identificou um aumento significativo no risco de câncer de mama
em associação com o uso da dose de 2,5 mg. Esse risco se tornou aparente dentro de poucos anos de uso e
aumentou com o aumento da duração do tratamento, retornando aos valores basais dentro de alguns anos
(no máximo cinco) após a interrupção do tratamento (ver “REAÇÕES ADVERSAS”). Esses resultados
não foram confirmados em um estudo que utilizou o Banco de dados de Pesquisa Clínica Geral (GPRD –
General Practice Research Database).
Tromboembolismo venoso
A TRH com estrogênio ou estrogênio-progestagênio está associada com aumento do risco relativo de
desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TV), como por exemplo, trombose venosa profunda ou
embolia pulmonar. Um estudo controlado randomizado e estudos epidemiológicos encontraram um risco
2 – 3 vezes maior em usuárias se comparadas às não usuárias. Para as não usuárias, estima-se que o
número de casos de TV que ocorrerão em um período de cinco anos será de aproximadamente 3 por 1000
mulheres com idade entre 50 - 59 anos e 8 em 1000 mulheres com idade entre 60 - 69 anos. Estima-se que
em mulheres saudáveis que utilizaram TRH durante 5 anos, o número de casos adicionais de TV que
ocorrerão após um período de 5 anos será entre 2 e 6 (melhor estimativa = 4) por 1000 mulheres com
idade entre 50 - 59 anos e entre 5 e 15 (melhor estimativa = 9) por 1000 mulheres com idade entre 60 - 69
anos. A ocorrência de tal evento é mais provável no primeiro ano da TRH do que mais tarde. Não se sabe
se a tibolona apresenta o mesmo nível de risco.
Os fatores de risco geralmente reconhecidos para TV incluem história pessoal ou familiar, uso de
estrógenos, idade avançada, grande cirurgia, imobilização prolongada, obesidade (índice de massa
corpórea > 30 kg/m2), período de gravidez pós-parto, lúpus eritematoso sistêmico (LES) e câncer. Não
existe consenso sobre o papel das veias varicosas no TV.
Pacientes com história de TV ou estados trombofílicos apresentam risco aumentado para TV. A TRH
pode ser aditiva para esse risco. A história pessoal ou familiar de tromboembolismo ou aborto espontâneo
recorrente devem ser investigados a fim de excluir uma predisposição trombofílica. Até que uma
avaliação minuciosa dos fatores trombofílicos seja realizada, ou que o tratamento com anticoagulante seja
iniciado, o uso da TRH nessas mulheres deve ser contraindicado. Mulheres que já estão em tratamento
com anticoagulante requerem cuidadosa avaliação do risco-benefício do uso da TRH ou tibolona.
O risco de TV pode aumentar temporariamente no caso de imobilização prolongada, trauma ou grande
cirurgia. Como em todos os pacientes em fase pós-operatória, deve ser dada atenção às medidas
profiláticas para prevenir o TV pós-cirúrgico. Quando for provável a ocorrência de uma imobilização
prolongada após uma cirurgia eletiva, particularmente cirurgia abdominal ou ortopédica dos membros
inferiores, deve-se considerar a interrupção temporária da TRH de quatro a seis semanas antes, se
possível. O tratamento deve ser reiniciado apenas quando a mulher não estiver mais imobilizada.
Caso ocorra o desenvolvimento de TV após o início da terapia, o medicamento deve ser descontinuado.
As mulheres devem ser aconselhadas a contatar o seu médico imediatamente caso percebam sintomas
tromboembólicos potenciais (ex. edema doloroso de uma perna, dor torácica repentina, dispneia).
Doença arterial coronariana (DAC)
Estudos controlados randomizados não forneceram evidências de benefícios cardiovasculares com o uso
contínuo combinado de estrogênios conjugados e acetato de medroxiprogesterona (MPA). Dois grandes
estudos clínicos [WHI (Women’s Health Initiative) e HERS (Heart and Estrogen/progestin Replacement
Study)] demonstraram um possível aumento no risco de morbidade cardiovascular no primeiro ano de uso
e nenhum benefício global. Para os demais produtos de TRH existem apenas dados limitados de estudos
controlados randomizados investigando os efeitos na morbidade e mortalidade cardiovascular. Portanto, é
incerto se esses achados também se estendem aos demais produtos de TRH.
Acidente vascular cerebral isquêmico (AVC isquêmico)
A tibolona aumenta o risco de acidente vascular cerebral isquêmico a partir do primeiro ano de tratamento
(ver “REAÇÕES ADVERSAS”). O risco basal de acidente vascular cerebral é fortemente dependente da
idade e assim, o efeito da tibolona é maior na idade avançada.
Câncer de ovário
Câncer de ovário é mais raro que câncer de mama. O uso prolongado (no mínimo 5 - 10 anos) de
medicamentos para TRH contendo apenas estrogênio em mulheres histerectomizadas foi associado com
um aumento do risco de câncer de ovário em alguns estudos epidemiológicos. É incerto se o uso
prolongado de TRH combinada confere um risco diferente dos medicamentos contendo apenas
estrogênio.
Outras condições
Pacientes com raros problemas hereditários de intolerância à galactose, deficiência de lactase de Lapp ou
má absorção de glicose-galactose não devem usar esse medicamento.
Reduclim®
não deve utilizado como contraceptivo.
O tratamento com tibolona resulta em diminuição acentuada dose-dependente dos níveis de colesterol
HDL (de -16,7% com a dose de 1,25 mg para -21,8% com a dose de 2,5 mg após dois anos). Os níveis de
triglicérides totais e de lipoproteína(a) também diminuíram. A diminuição dos níveis de colesterol total e
VLDL não foi dose-dependente. Os níveis de colesterol LDL não sofreram alteração. A implicação
clínica desses achados ainda não é conhecida.
Os estrogênios podem causar retenção hídrica, portanto, mulheres com disfunção cardíaca ou renal devem
ser cuidadosamente observadas.
Mulheres com hipertrigliceridemia pré-existente devem ser acompanhadas de perto durante a reposição de
estrogênios ou TRH, uma vez que foram relatados raros casos de grande aumento dos triglicérides
plasmáticos, levando à pancreatite durante a terapia com estrogênios nessas condições.
O tratamento com tibolona resulta em uma diminuição muito pequena da globulina transportadora de
tiroxina (TBG) e do T4 total. Os níveis de T3 total permanecem inalterados. Tibolona diminui os níveis
da globulina transportadora de hormônios sexuais (SHBG), enquanto os níveis de globulina
transportadora de corticosteroide (CBG) e o cortisol circulante não são afetados.
Não existe evidência conclusiva para a melhora da função cognitiva. Existem algumas evidências do estudo
WHI de aumento do risco de provável demência em mulheres que iniciaram o uso contínuo combinado de
estrogênios conjugados e MPA após os 65 anos de idade. Não se sabe se esses achados se aplicam a mulheres
mais jovens na pós-menopausa ou a outros produtos de TRH.
Gravidez e lactação
é contraindicado durante a gravidez e lactação (ver “CONTRAINDICAÇÕES”).
Caso ocorra gravidez durante o uso de Reduclim®
o tratamento deve ser interrompido imediatamente. Não há
dados clínicos do uso de Reduclim®
durante a gravidez. Estudos em animais demonstraram toxicidade
reprodutiva (ver “Dados pré-clínicos de segurança”). O risco potencial em humanos é desconhecido.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas
não é conhecido por apresentar qualquer efeito sobre o estado de alerta e concentração.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Uso em pacientes idosas
Não há necessidade de ajuste da posologia em pacientes com idade ≥ 60 anos.
Para todas as mulheres, a decisão de prescrever a tibolona deve se basear na avaliação individual das
condições de risco da paciente, e, particularmente nas mulheres com idade > 60 anos, deve ser considerado o
risco de acidente vascular cerebral. (ver “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES” e “REAÇÕES
ADVERSAS”).
Uso pediátrico
é produto de uso exclusivo em pacientes adultas.
Uso em insuficiência hepática, cardíaca e renal
é contraindicado em pacientes com doença hepática aguda, ou história de doença hepática
enquanto os testes de função hepática não retornarem aos níveis normais. O tratamento deve ser
descontinuado no caso de aparecimento de icterícia ou deterioração da função hepática (ver
“ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Caso distúrbios hepáticos (ex. adenoma hepático) tenham ocorrido anteriormente, estejam presentes e/ou
tenham sido agravados durante a gravidez ou tratamento prévio com hormônios, a paciente deve ser
cuidadosamente monitorada. Deve-se levar em consideração que essas condições podem ocorrer ou se
agravar durante o tratamento com Reduclim®
.
Os estrogênios podem causar retenção hídrica, portanto, mulheres com disfunção cardíaca ou renal devem ser
cuidadosamente observadas.
Como Reduclim®
pode aumentar a atividade fibrinolítica sanguínea, o efeito dos anticoagulantes utilizados
concomitantemente pode ser potencializado. Esse efeito foi demonstrado com varfarina. Portanto,
recomenda-se cautela no uso concomitante de Reduclim®
e anticoagulantes, especialmente ao iniciar ou
interromper o tratamento concomitante com Reduclim®
. Caso necessário, a dose de varfarina deve ser
ajustada.
Existe informação limitada a respeito das interações farmacocinéticas com tibolona. Um estudo in vivo
demonstrou que o tratamento simultâneo com tibolona afeta em grau moderado a farmacocinética do
substrato citocromo P450 3A4 do midazolam. Assim, podem ser esperadas interações medicamentosas com
outros substratos CYP3A4. Entretanto, a relevância clínica depende das propriedades farmacológicas e
farmacocinéticas do substrato envolvido.
Compostos indutores da CYP3A4 tais como barbitúricos, carbamazepina, hidantoína e rifampicina podem
aumentar o metabolismo da tibolona e assim afetar seu efeito terapêutico.
Preparações fitoterápicas contendo erva de São João (Hypericum perforatum) podem induzir o metabolismo
de estrogênios e progestagênios via CYP3A4. Clinicamente, um metabolismo aumentado de estrogênios e
progestagênios podem levar a um efeito diminuído e alteração no perfil de sangramento uterino.
Não foram relatadas interações com alimentos.
Cuidados de conservação
Reduclim®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimidos circulares biconvexos brancos. Apresenta sulco em uma face e na outra a gravação TL. Livre
de partículas estranhas. Odor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
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Reduclim®
comprimidos deve ser ingerido com um pouco de água ou outro líquido, preferencialmente,
sempre no mesmo horário.
Posologia
Dose: 1 comprimido ao dia. Não é necessário o ajuste da dose em mulheres idosas.
Para o início e manutenção do tratamento dos sintomas pós-menopáusicos deve-se utilizar a menor dose
eficaz pelo menor período de tempo (ver “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Não se deve acrescentar ao tratamento com Reduclim®
um progestagênio separado.
Iniciando Reduclim®
Mulheres com menopausa natural devem iniciar o tratamento com Reduclim®
pelo menos 12 meses após seu
último sangramento natural. Em caso de menopausa cirúrgica, o tratamento com Reduclim®
pode ser iniciado
imediatamente.
Antes de iniciar o tratamento com Reduclim®
, qualquer sangramento vaginal irregular/não previsto, com ou
sem TRH, deve ser pesquisado para excluir doença maligna (ver “CONTRAINDICAÇÕES”).
Mudando de TRH combinada contínua ou sequencial para Reduclim®
Em mulheres mudando de uma formulação de TRH sequencial, deve-se iniciar o tratamento com Reduclim®
no dia seguinte ao término do regime anterior.
Na mudança de uma formulação de TRH combinada contínua, o tratamento pode ser iniciado a qualquer
momento.
Comprimidos esquecidos
Um comprimido esquecido deve ser tomado assim que lembrado, desde que não tenha passado mais de 12
horas. Nesse caso, o comprimido esquecido deve ser desconsiderado e o próximo comprimido deve ser
tomado no horário normal. O esquecimento de um comprimido pode aumentar a probabilidade de
sangramento de privação e spotting.
Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.
As reações adversas descritas a seguir foram registradas em 21 estudos controlados com placebo (incluindo o
estudo LIFT), nos quais 4079 mulheres receberam doses terapêuticas de tibolona (1,25 ou 2,5 mg) e 3476
mulheres receberam placebo. A duração do tratamento nesses estudos variou de 2 meses a 4,5 anos. A tabela
2 apresenta as reações adversas com significado estatístico que ocorreram mais frequentemente durante o
tratamento com tibolona do que com placebo.
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Tabela 2- Reações adversas de tibolona
* A maioria composta por alterações benignas. Não houve aumento da patologia cervical (carcinoma cervical) com
tibolona em comparação ao placebo.
Na prática clínica, foram observadas essas reações adversas e, também, algumas outras como: cefaleia,
edema, tontura, exantema, prurido, dermatite seborreica, enxaqueca, distúrbios visuais (incluindo borramento
da visão), transtorno gastrintestinal, depressão, efeitos no sistema músculo-esquelético como artralgia ou
mialgia e alterações nos parâmetros das funções hepáticas.
Câncer de mama
O MWS relatou que, em comparação com pacientes que nunca haviam utilizado TRH, o uso de vários tipos
de TRH combinada estrogênio-progestagênio estava associado ao maior risco de câncer de mama (RR = 2,00;
95% IC: 1,88 - 2,12) do que com o uso de estrogênio isolado (RR = 1,30; 95% IC: 1,21 - 1,40) ou tibolona
2,5 mg (RR = 1,45; 95% IC: 1,25 – 1,68).
O MWS estimou, a partir da incidência média conhecida de casos de câncer de mama em países
desenvolvidos que:
para mulheres que não estão utilizando TRH ou tibolona, em aproximadamente 32 de cada 1000 é
esperado o diagnóstico de câncer de mama entre 50 e 64 anos de idade;
para 1000 usuárias de TRH atuais ou recentes, o número de casos adicionais durante o período
correspondente será:
- para usuárias de terapia de reposição com estrogênio isolado: entre 0 e 3 (melhor estimativa = 1,5) para
5 anos de uso e entre 3 e 7 (melhor estimativa = 5) para 10 anos de uso;
- para usuárias de TRH combinada estrogênio-progestagênio: entre 5 e 7 (melhor estimativa = 6) para 5
anos de uso e entre 18 e 20 (melhor estimativa = 19) para 10 anos de uso.
O número de casos adicionais de câncer de mama em mulheres que utilizam tibolona foi comparável àquele
das que utilizaram apenas estrogênio.
Risco de câncer de endométrio
O risco de câncer do endométrio é cerca de 5 a cada 1.000 mulheres com útero sem uso de TRH ou tibolona.
Um estudo randomizado controlado com placebo que incluiu mulheres que não haviam sido selecionadas
quanto à presença de anormalidades endometriais na admissão ao estudo e, portanto, refletiam a prática
clínica, identificou o risco mais elevado de câncer de endométrio (estudo LIFT, idade média 68 anos). Nesse
estudo, não foram diagnosticados casos de câncer de endométrio no grupo tratado com placebo (n=1.173)
após 2,9 anos, em comparação com 4 casos no grupo tratado com tibolona (n=1.746). Isso corresponde ao
diagnóstico de 0,8 caso adicional de câncer de endométrio em cada 1000 mulheres que usaram tibolona por
um ano nesse estudo. (ver “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Risco de acidente vascular cerebral isquêmico (AVC isquêmico)
O risco relativo de acidente vascular cerebral isquêmico não dependente da idade ou do tempo de uso,
mas como o risco basal é fortemente dependente da idade, o risco geral de acidente vascular isquêmico
em mulher que usa TRH ou tibolona irá aumentar com a idade, veja ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES.
Um estudo randomizado controlado de 2,9 anos, estimou um aumento de 2,2 vezes no risco de acidente
vascular cerebral em mulheres (idade média 68 anos) que utilizaram tibolona 1,25 mg (28/2249) em
comparação com placebo (13/2257). A maioria (80%) dos acidentes vasculares cerebrais foi isquêmica.
O risco basal de acidente vascular cerebral é fortemente dependente da idade. Assim, a incidência basal
durante um período de 5 anos é estimada em 3 por 1000 mulheres com idade entre 50-59 anos e, em 11
por 1000 em mulheres com idade entre 60-69 anos. Para mulheres que usaram tibolona durante 5 anos,
espera-se que o número de casos adicionais seja de cerca de 4 por 1000 usuárias com idade de 50-59 anos
e 13 por 1000 mulheres com idade entre 60 e 69 anos.
Outras reações
Outras reações adversas foram relatadas em associação ao tratamento com estrogênio-progestagênio:
neoplasias dependentes de estrogênios benignas e malignas, por ex. carcinoma de endométrio;
tromboembolismo venoso, por exemplo, trombose venosa profunda pélvica ou de membros inferiores e
embolia pulmonar foram mais frequentes entre as usuárias de TRH do que entre as não usuárias. Para
maiores informações ver “CONTRAINDICAÇÕES” e “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”;
infarto do miocárdio;
doença da vesícula biliar;
distúrbios de pele e tecido subcutâneo: cloasma, eritema multiforme, eritema nodoso, púrpura vascular;
provável demência acima de 65 anos de idade (ver “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.