Bula do Renagel produzido pelo laboratorio Genzyme do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
RENAGEL
(cloridrato de sevelamer)
Genzyme do Brasil Ltda.
Comprimido Revestido
800 MG
1
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o
medicamento.
RENAGEL
cloridrato de sevelâmer
APRESENTAÇÃO
Comprimidos Revestidos, 800 mg, frasco plástico opaco com 180 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS DE IDADE.
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido contém
Princípio ativo:
cloridrato de sevelâmer ................................................ 800 mg em base anidra.
Excipientes: Dióxido de silício coloidal e ácido esteárico.
Revestimento: Hipromelose e monoglicerídeo diacetilado
Corante de impressão: Óxido de ferro preto, propilenoglicol e álcool isopropílico.
RENAGEL é indicado para o controle do fósforo sérico em pacientes com Doença Renal
Crônica (DRC) sob diálise. Em pacientes sob diálise, RENAGEL diminui a incidência de
episódios de hipercalcemia em relação aos pacientes em tratamento com cálcio.
A capacidade de RENAGEL para reduzir o fósforo sérico, em pacientes com doença renal
crônica (DRC) sob hemodiálise, foi demonstrada em seis estudos clínicos; um estudo de 2
semanas, duplo-cego, controlado por placebo (RENAGEL N = 24); dois estudos de 8 semanas,
abertos, não-controlados (RENAGEL N = 220) e três estudos abertos com controle ativo, com
duração de tratamento de 8 a 52 semanas (RENAGEL N = 256). Os três estudos com controle
ativo estão descritos a seguir. Um estudo foi um ensaio cruzado com dois períodos de 8 semanas
comparando RENAGEL com acetato de cálcio. O segundo estudo foi um ensaio paralelo de 52
semanas comparando RENAGEL com acetato de cálcio ou carbonato de cálcio. O terceiro foi
um estudo paralelo de 12 semanas comparando RENAGEL e acetato de cálcio em pacientes sob
diálise peritoneal.
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Estudo cruzado de RENAGEL e acetato de cálcio1
: Oitenta e quatro (84) pacientes com
DRC, sob hemodiálise, que estavam hiperfosfatêmicos (fósforo sérico > 6 mg/dL), após um
período de suspensão do uso de quelantes de fosfato (washout) por 2 semanas, foram
randomizados para receber RENAGEL por 8 semanas, seguido por acetato de cálcio por 8
semanas, ou acetato de cálcio por 8 semanas, seguido de RENAGEL por 8 semanas. Os períodos
de tratamentos foram separados por um período de suspensão do uso de quelantes de fosfato
(washout) por 2 semanas. Os pacientes iniciaram o tratamento com cápsulas de RENAGEL ou
comprimidos de acetato de cálcio, 3 vezes por dia, com as refeições. Durante cada período de
tratamento de 8 semanas, em três pontos distintos de tempo, a dose de um ou outro agente podia
ser titulada até um comprimido ou cápsula por refeição (3 por dia), para controlar o fósforo sérico.
Tanto RENAGEL como o acetato de cálcio diminuíram significativamente o fósforo sérico médio
em cerca de 2 mg/dL.
Tabela 1: Fósforo Sérico Médio (mg/dL) Basal e no Ponto Final
RENAGEL
®
(N=81)
acetato de cálcio
(N=83)
Valor basal no final da suspensão do uso do quelante de fosfato
(washout)
8,4 8,0
Alteração em relação ao valor basal no ponto final (Intervalo
de confiança de 95%)
-2,0*
(-2,5; -1,5)
-2,1*
(-2,6; -1,7)
* p <0,0001, dentro da comparação do grupo de tratamento.
A figura 1 mostra que a proporção de pacientes que atingiram um determinado nível de redução de
fósforo sérico é comparável entre os dois grupos de tratamento. Por exemplo, cerca de metade dos
pacientes em cada grupo teve uma redução de pelo menos 2 mg/dL ao final do estudo.
Figura 1: Porcentagem cumulativa de pacientes (eixo-Y) que atingiu uma alteração no nível
de fósforo em relação ao valor basal, tão significativa quanto o valor apresentado no eixo-X.
A mudança à esquerda da curva indica uma melhor resposta.
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O consumo médio diário no final do tratamento foi de 4,9 g de cloridrato de sevelâmer
(intervalo de 0 a 12,6 g) e 5,0 g de acetato de cálcio (intervalo de 0 a 17,8 g). Durante o
tratamento com acetato de cálcio, 22% dos pacientes apresentaram cálcio sérico ≥ 11 mg/dL,
em pelo menos uma ocasião,contra 5% no tratamento com cloridrato de sevelâmer (p <0,05).
Assim, o risco de desenvolvimento de hipercalcemia com RENAGEL é menor, em
comparação com acetato de cálcio.
O colesterol de baixa densidade (LDL) médio e o colesterol total médio diminuíram
significativamente no tratamento com RENAGEL (-24% e -15%, respectivamente). Nem o LDL
nem o colesterol total mudaram no tratamento com acetato de cálcio. Os triglicérides, o colesterol
de lipoproteínas de alta densidade (HDL) e a albumina não se alteraram nos dois tratamentos.
Reduções similares no fósforo sérico e no colesterol LDL foram observadas em um estudo
aberto, não-controlado de 8 semanas em 172 pacientes com doença renal terminal sob
hemodiálise.
Estudo paralelo de RENAGEL e acetato de cálcio ou carbonato de cálcio2
: Duzentos
pacientes com DRC, sob hemodiálise, que estavam hiperfosfatêmicos (fósforo sérico> 5,5
mg/dL), após um período de suspensão do uso de quelantes de fosfato (washout) por 2 semanas,
foram randomizados para receber comprimidos de RENAGEL 800 mg (N = 99) ou cálcio, sendo
acetato de cálcio (N = 54) ou carbonato de cálcio (N = 47). O acetato de cálcio e o carbonato de
cálcio produziram diminuições comparáveis no fósforo sérico. Na semana 52, usando a
abordagem com base na observação mais recente, tanto RENAGEL como cálcio, diminuíram
significativamente o fósforo sérico médio.
PorcentagemCumulativa
Alteração no nível de fósforo em relação ao valor basal (mg/dL)
Melhora Nenhuma Melhora
Acetato de cálcio
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Tabela 2: Fósforo Sérico Médio (mg /dL) e Produto Iônico (mg2
/dL2
) Basal e no Final do
Tratamento
RENAGEL®
(N=94)
Cálcio
(N=98)
Fósforo
Valor basal
Alteração do valor basal ao final do
estudo
7,5
-2,1
7,3
-1,8
Cálcio X Produto iônico fósforo
70,5
-19,4
68,4
-14,2
Sessenta e um por cento dos pacientes tratados com RENAGEL e 73% dos pacientes tratados com
cálcio completaram as 52 semanas de tratamento. A principal razão para o abandono do
tratamento com RENAGEL foram eventos adversos gastrointestinais.
A Figura 2, um gráfico da variação do fósforo em relação ao valor basal, para os pacientes
que completaram o tratamento, mostra a durabilidade da resposta nestes pacientes.
O consumo médio diário no final do tratamento foi de 6,5 g de cloridrato de sevelâmer
(intervalo de 0,8 a 13 g), ou cerca de oito comprimidos de 800 mg (intervalo de 1 a 16
comprimidos), 4,6 g de acetato de cálcio (intervalo de 0,7 a 9,5 g) e 3,9 g de carbonato de
cálcio (intervalo de 1,3 a 9,1 g). Durante o tratamento com cálcio, 34% dos pacientes
apresentaram cálcio sérico corrigido para a albumina ≥ 11,0 mg/dl em pelo menos uma
ocasião contra 7% no tratamento com RENAGEL (p <0,05). Assim, o risco de
Figura 2: Alteração média de fósforo em relação ao valor basal para os pacientes que
completaram o tratamento de 52 semanas
Semana do estudo
Variaçãodofósforoemrelaçãoaovalorbasal
Renagel
5
desenvolvimento de hipercalcemia com RENAGEL é menor em comparação com quelantes a
base de cálcio.
O colesterol LDL médio e o colesterol total médio diminuíram significativamente (p<0,05) no
tratamento com RENAGEL (-32% e -20%, respectivamente), em comparação com tratamento
com cálcio (+0,2% e -2%, respectivamente). Os triglicérides, o colesterol HDL e a albumina
não se alteraram.
Estudo paralelo de cloridrato de sevelâmer ou acetato de cálcio em pacientes sob diálise
peritoneal3
: Cento e quarenta e três (143) pacientes sob diálise peritoneal que estavam
hiperfosfatêmicos (fósforo sérico> 5,5 mg/dL), após um período de duas semanas de suspensão do
uso de quelantes de fosfato (washout), foram randomizados para receber comprimidos de
RENAGEL 800 mg (N = 97) ou acetato de cálcio (N = 46). O tratamento durante 12 semanas com
RENAGEL foi não-inferior ao acetato de cálcio na redução de fósforo sérico. Houve mudanças
estatisticamente significativas nos níveis de fósforo sérico (p <0,001) relativamente ao valor basal,
tanto para o grupo do RENAGEL (-1,61 mg/dL de 7,48 mg/dL) como para o grupo do acetato de
cálcio (-1,81 mg/dL de 7,29 mg/dL).
O consumo médio diário no final do tratamento foi de 5,9 g de RENAGEL (intervalo de 0,8 a
14,3 g) e 4,3 g de acetato de cálcio (intervalo de 1,7 a 9,0 g). Durante o tratamento com
acetato de cálcio, 18% dos pacientes tinham, no final do estudo, um cálcio sérico corrigido
para a albumina ≥ 11,0 mg/dL contra 2% para RENAGEL (p = 0,001).
Uma diminuição estatisticamente significativa do valor basal do colesterol total, LDL e colesterol
não-HDL foi observada no grupo tratado com RENAGEL, mas não no grupo tratado com cálcio.
Referência bibliográficas
1. Bleyer AJ, Burke SK, Dillon M, Garrett B, Kant KS, Lynch D, Rahman SN, Schoenfeld P,
Teitelbaum I, Zeig S, Slatopolsky E. A comparison of the calcium-free phosphate binder
sevelamer hydrochloride with calcium acetate in the treatment of hyperphosphatemia in
hemodialysis patients. Am J Kidney Dis 1999;33:694-701.
2. Chertow GM, Burke SK, Raggi P, Treat to Goal Working Group. Sevelâmer attenuates the
progression of coronary and aortic calcification in hemodialysis patients. Kidney Int.
2002;62:245-252.
3. Evenepoel P, Selgas R, Caputo F, Foggensteiner L, Heaf JG, Ortiz A, Kelly A, Chasen-
Taber S, Duggal A, Fan, S. Efficacy and safety of sevelamer hydrochloride and calcium
acetate in patients on peritoneal dialysis. Nephrol Dial Transplant 2009; 1:278-285.
Os pacientes com doença renal crônica retêm fósforo e podem desenvolver hiperfosfatemia.
Altas concentrações de fósforo podem precipitar o cálcio sérico, resultando em calcificação
6
ectópica. Quando o produto das concentrações séricas de cálcio e fósforo (Ca x P) excede a 55
mg2
/dL2
, há um risco aumentado para a ocorrência de calcificação ectópica. A hiperfosfatemia
pode levar ao desenvolvimento de hiperparatireoidismo secundário na insuficiência renal. Um
aumento nos níveis de paratormônio (PTH) é característico dos pacientes com doença renal
crônica. Níveis aumentados de PTH podem levar à osteíte fibrosa. Uma diminuição no fósforo
sérico pode diminuir os níveis de PTH sérico.
O tratamento da hiperfosfatemia inclui a redução da ingestão alimentar de fosfato, a inibição
da absorção intestinal de fosfato com quelantes de fosfato e a remoção do fosfato por diálise.
RENAGEL, tomado com as refeições mostrou diminuição das concentrações de fósforo
sérico em pacientes com doença renal crônica que estão sob hemodiálise. Estudos in vitro
demonstraram que as formulações em cápsula e em comprimido ligam-se ao fosfato na
mesma proporção.
O tratamento com RENAGEL também resulta numa diminuição da lipoproteína de baixa
densidade (LDL) e dos níveis de colesterol sérico total.
Propriedades Farmacodinâmicas:
RENAGEL contém cloridrato de sevelâmer, um polímero de poli (cloridrato de alilamina),
ligante de fosfato não-absorvido, isento de metal e cálcio. Este contém aminas múltiplas
separadas por um carbono da cadeia polimérica. Estas aminas ficam numa forma parcialmente
protonada no intestino e interagem com moléculas de fosfato através de ligação iônica e de
hidrogênio. Por ligação com o fosfato do trato digestivo, o cloridrato de sevelâmer diminui a
concentração de fosfato no soro.
Em estudos clínicos, o cloridrato de sevelâmer demonstrou ser eficaz na redução de fósforo
sérico em pacientes sob hemodiálise ou diálise peritoneal.
O cloridrato de sevelâmer diminui a incidência de episódios hipercalcêmicos em comparação
com pacientes usando quelantes de fosfato a base de cálcio isolado. Foi demonstrado que
os efeitos sobre o fosfato e o cálcio foram mantidos ao longo de um estudo com um ano de
acompanhamento.
O cloridrato de sevelâmer demonstrou se ligar aos ácidos biliares in vitro e in vivo em
modelos experimentais com animais. A ligação aos ácidos biliares por resinas de troca iônica
é um método bem estabelecido de redução de colesterol no sangue. Em estudos clínicos, tanto
o colesterol total médio como o colesterol LDL diminuíram em 15-31%. Este efeito é
observado após 2 semanas e é mantido com o tratamento de longo prazo. Os triglicérides, o
colesterol HDL e a albumina não se alteraram.
Nos estudos clínicos em pacientes sob hemodiálise, o cloridrato de sevelâmer isolado, não
teve um efeito consistente e clinicamente significativo sobre o paratormônio intacto sérico
(iPTH). Em pacientes com hiperparatireoidismo secundário, RENAGEL deve ser utilizado
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dentro do contexto de uma abordagem terapêutica múltipla, que pode incluir suplementos de
cálcio e 1,25-diidroxi vitamina D3 ou um dos seus análogos, para diminuir os níveis de
paratormônio intacto (iPTH).
Propriedades Farmacocinéticas:
Um estudo de equilíbrio de massa, utilizando cloridrato de sevelâmer marcado com C14, em
16 voluntários sadios do sexo masculino e feminino, mostrou que o cloridrato de sevelâmer
não é absorvido sistemicamente. Não foram realizados estudos de absorção em pacientes com
doença renal.
Em estudos clínicos, o tempo médio estimado para início da ação terapêutica do medicamento
foi de duas semanas.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipofosfatemia ou obstrução
intestinal.
RENAGEL é também contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao
cloridrato de sevelâmer ou a qualquer um dos componentes da fórmula.
RENAGEL deve ser administrado por via oral, com as refeições.
Uso em idosos:
Estudos clínicos de RENAGEL não incluíram número suficiente de indivíduos com 65 anos ou
mais para determinar se eles respondem diferentemente de indivíduos mais jovens.
Outra experiência clínica relatou não identificar diferenças na resposta entre idosos e pacientes
jovens. Em geral, a seleção de dose para pacientes idosos deve ser feita com cautela, geralmente
iniciando com a dose mais baixa do intervalo de dose.
Uso em crianças:
A segurança e eficácia de RENAGEL não foram estabelecidas em pacientes com menos de 18
anos de idade
Uso em pacientes na pré-diálise:
A segurança e eficácia de RENAGEL não foram estabelecidas em pacientes na pré-diálise.
Uso em pacientes com distúrbios gastrointestinais:
A segurança e eficácia de RENAGEL não foram estabelecidas em pacientes com disfagia,
distúrbios na deglutição, distúrbios graves de motilidade gastrointestinal (GI) incluindo
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constipação grave, ou cirurgia grande no trato GI. Por isso, deve-se ter cuidado quando
RENAGEL for utilizado em pacientes com estes distúrbios gastrointestinais.
Casos incomuns de dificuldade de engolir comprimidos de RENAGEL foram relatados. Muitos
destes casos envolveram pacientes com comorbidades que contribuíam para afetar a habilidade de
deglutir, incluindo distúrbios de deglutição ou anormalidades oroesofágicas. Deve-se ter cuidado
quando RENAGEL for utilizado em pacientes com estes distúrbios.
Uso em pacientes com distúrbios renais:
Os pacientes com insuficiência renal podem desenvolver hipocalcemia ou hipercalcemia.
RENAGEL não contém cálcio. Os níveis de cálcio sérico devem ser monitorados como é feito
na rotina de acompanhamento de um paciente sob diálise. Cálcio elementar deve ser
administrado como um suplemento no caso de hipocalcemia.
Pacientes com doença renal crônica são predispostos a acidose metabólica. RENAGEL não
contém suplementação alcalina: os níveis de bicarbonato e cloreto séricos devem ser
monitorados.
Dependendo da dieta e da natureza da doença renal crônica, os pacientes sob diálise podem
desenvolver baixos níveis de vitamina A, D, E e K. Portanto, em pacientes que não tomam
essas vitaminas, deve-se considerar o monitoramento dos níveis de vitamina A, D, E e a
avaliação do estado da vitamina K, através da medição do tempo de tromboplastina, e estas
vitaminas devem ser complementadas, se necessário.
Efeitos sobre a habilidade de conduzir veículos e operar máquinas:
Não foram observados efeitos sobre a habilidade de conduzir veículos e operar máquinas.
Carcinogênese:
Bioensaios padrão de carcinogenicidade foram realizados em camundongos e ratos. Os ratos
receberam 0,3, 1 e 3 g/kg/dia de cloridrato de sevelâmer na dieta. Houve uma incidência
aumentada de papiloma da célula transicionais da bexiga urinária em ratos machos (3
g/kg/dia), com exposições de 2 vezes a dose clínica máxima de 13 g/dia, com base na
comparação da área da superfície corporal relativa. Os camundongos receberam doses na
dieta de 0,8, 3 e 9 g/kg/dia. Não foi observada uma incidência aumenta de tumores em
camundongos com exposições de até 3 vezes a dose clínica máxima de 13 g/dia, com base na
comparação da área da superfície corporal relativa.
Mutagênese:
Em um ensaio citogenético in vitro em mamíferos com ativação metabólica, o cloridrato de
sevelâmer causou um aumento estatisticamente significativo no número de aberrações
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cromossômicas estruturais. O cloridrato de sevelâmer não foi mutagênico no teste de mutação
bacteriana de Ames.
Diminuição da fertilidade:
Em um estudo definido para avaliar o potencial de diminuição da fertilidade, ratos fêmeas
receberam doses na dieta de 0,5, 1,5 e 4,5 g/kg/dia, começando 14 dias antes do acasalamento
e continuando ao longo da gestação. Os ratos machos receberam as mesmas doses e foram
tratados durante 28 dias antes do acasalamento. O cloridrato de sevelâmer não prejudicou a
fertilidade de ratos machos ou fêmeas, com exposições de 2 vezes a dose clínica máxima de
13 g/dia, com base na comparação da área da superfície corporal relativa.
Toxicologia:
Em estudos pré-clínicos em ratos e cães, RENAGEL, numa dose de 10 vezes a dose clínica máxima
de 13 g/dia, reduziu a absorção das vitaminas lipossolúveis D, E, K, e ácido fólico.
Em estudos de reprodução, não houve evidência de que o cloridrato de sevelâmer tenha
causado embrioletalidade, fetotoxicidade ou teratogenicidade nas doses testadas (até
1 g/kg/dia em coelhos e até 4,5 g/kg/dia em ratos). Foi observada ossificação esquelética
reduzida ou irregular em fetos de ratos tratados com cloridrato de sevelâmer, com doses 8-20
vezes a dose clínica máxima de 200 mg/kg/dia (baseado na área da superfície corporal
relativa). Os efeitos podem ser secundários à depleção de vitamina D e/ou vitamina K nestas
doses elevadas.
Em ratas grávidas que receberam doses de 0,5, 1,5 ou 4,5 g/kg/dia de cloridrato de sevelâmer
na dieta durante a organogênese, ocorreu ossificação reduzida ou irregular dos ossos fetais,
provavelmente devido à redução da absorção de vitamina D lipossolúvel, nos grupos que
receberam doses médias e altas (dose equivalente humana inferior à dose máxima do estudo
clínico de 13 g).
Em coelhas grávidas que receberam doses orais de 100, 500 ou 1000 mg/kg/dia de cloridrato
de sevelâmer por gavagem durante a organogênese, um aumento das reabsorções precoces
ocorreu no grupo de dose alta (dose equivalente humana de duas vezes a máxima dose do
estudo clínico).
Gravidez e Lactação:
Categoria de risco B na gravidez: ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER
UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA OU DO
CIRURGIÃO-DENTISTA.
Este medicamento não deve ser utilizado durante a amamentação sem orientação médica.
A segurança de RENAGEL não foi estabelecida em mulheres grávidas ou lactantes. Em estudos
com animais, não houve qualquer evidência de que o cloridrato de sevelâmer tenha causado
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toxicidade embriofetal. RENAGEL somente deve ser administrado a mulheres grávidas ou
lactantes se for estritamente necessário e após ter sido realizada uma análise cuidadosa do
risco/benefício, tanto para mãe como para o feto ou lactente. Não há estudos adequados e bem
controlados em mulheres lactantes. Também não há estudos adequados e bem controlados em
mulheres grávidas
Não há informações que sugerem que RENAGEL (cloridrato de sevelâmer) possa causar
Não foram realizados estudos de interação em pacientes sob diálise.
Nos estudos de interação em voluntários sadios, RENAGEL não teve qualquer efeito sobre a
biodisponibilidade de uma dose única de digoxina, varfarina, enalapril, metoprolol ou ferro.
Contudo, a biodisponibilidade do ciprofloxacino diminuiu aproximadamente 50% quando
coadministrado com RENAGEL, em um estudo de dose única. Por isso, RENAGEL não deve ser
tomado simultaneamente com ciprofloxacino.
Durante a experiência pós-comercialização, concentrações reduzidas de ciclosporina,
micofenolato de mofetila e tacrolimo têm sido relatadas quando coadministrados com cloridrato
de sevelâmer em pacientes transplantados, sem quaisquer consequências clínicas (por exemplo, a
rejeição do enxerto). A possibilidade de uma interação não pode ser excluída e deve ser
considerado um acompanhamento rigoroso das concentrações sanguíneas de ciclosporina,
micofenolato de mofetila e tacrolimo durante o uso de qualquer um destes medicamentos em
combinação com sevelâmer e após a sua suspensão.
Durante a experiência pós-comercialização, casos muito raros de aumento dos níveis de TSH
foram relatados em pacientes que receberam a coadministração de RENAGEL e levotiroxina.
Um monitoramento rigoroso dos níveis de TSH é, portanto, recomendado em pacientes em
tratamento com ambos os medicamentos.
RENAGEL pode afetar a biodisponibilidade de outros produtos medicinais. Quando um
produto medicinal, cuja redução da biodisponibilidade tenha um efeito clinicamente
significativo na sua segurança ou eficácia, é administrado, este deve ser administrado pelo
menos uma hora antes ou três horas após o uso de RENAGEL ou o médico deve considerar o
monitoramento dos níveis sanguíneos.
Os pacientes em tratamento com medicamentos antiarrítmicos, para o controle de arritmias, e
medicações anticonvulsivantes, para o controle de distúrbios epiléticos, foram excluídos dos
ensaios clínicos. Precauções especiais devem ser tomadas quando se prescreve RENAGEL
para pacientes em tratamento com estes medicamentos.
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Nos estudos com animais, a coadministração de uma dose única de RENAGEL com
verapamil, quinidina, calcitriol, tetraciclina, varfarina, ácido valpróico, digoxina, propanolol,
estrona e L-tiroxina não alterou as concentrações séricas de pico ou a área sob a curva da
concentração séria desses produtos.
Não há estudos adequados e bem controlados sobre interações fármaco/alimento.
Não há incompatibilidades farmacêuticas conhecidas.
Não foram realizados estudos de interação medicamento-substância química, incluindo álcool
e nicotina.
Nenhuma interação medicamento-exame laboratorial e não laboratorial foi observada com
RENAGEL.
RENAGEL deve ser mantido a temperatura ambiente (entre 15 e 30º C). Proteger da umidade.
Manter o recipiente bem fechado.
Prazo de validade
RENAGEL possui prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação quando
armazenado conforme recomendado.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características do medicamento
Os comprimidos revestidos são ovais com o nome RENAGEL 800 gravado.
Ao abrir o frasco, o produto pode apresentar um odor característico de amônia, sem prejuízo
da segurança e eficácia ao paciente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Pacientes que não estão sob tratamento com Quelantes de Fósforo:
A dose inicial recomendada é de 800 a 1600 mg, a qual pode ser administrada usando-se um a
dois comprimidos de RENAGEL 800 mg, a cada refeição, com base no nível de fósforo
sérico.
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Tabela 3: Dose inicial para pacientes que não utilizam quelantes de fosfato
Fósforo Sérico RENAGEL®
800 mg
> 5,5 e < 7,5mg/dL
(> 1,78 e < 2,42 mmol/L)
1 comprimido,
3 vezes por dia com as refeições
≥ 7,5 e < 9,0 mg/dL
(≥ 2,42 e < 2,91 mmol/L)
2 comprimidos,
≥ 9,0 mg/dL
(≥ 2,91 mmol/L)
Pacientes que substituíram o tratamento com quelantes a base de cálcio por RENAGEL:
Quando os pacientes estão trocando a terapia com quelantes de fosfato a base de cálcio,
cloridrato de sevelâmer deve ser administrado em doses equivalentes, em mg, comparáveis a
dose prévia do paciente em mg de quelante de fosfato a base de cálcio. A tabela 4 mostra as
doses iniciais recomendadas de RENAGEL, com base na dose atual de acetato de cálcio do
paciente.
Tabela 4: Dose inicial para pacientes que substituíram o acetato de cálcio por
RENAGEL®
Acetato de cálcio 667 mg
(comprimidos por refeição)
1 comprimido 1 comprimido
2 comprimidos 2 comprimidos
3 comprimidos 3 comprimidos
Titulação de dose para todos os pacientes utilizando RENAGEL:
Os níveis de fósforo sérico devem ser rigorosamente monitorados e a dose de RENAGEL
ajustada em conformidade com a diminuição pretendida de fósforo sérico para 1,78 mmol/L
(5,5 mg/dL), ou menos. O fósforo sérico deve ser testado a cada 2 a 3 semanas até que um
nível estável de fósforo sérico seja atingido e então deve ser testado regularmente.
A dose média no estudo clínico fase III, desenhado para diminuir o fósforo sérico para 5,0
mg/dL ou menos, foi de aproximadamente 3 comprimidos de RENAGEL 800 mg por
refeição. A dose máxima diária estudada de RENAGEL foi 13 gramas.
Uso em crianças:
A segurança e eficácia de RENAGEL não foram estabelecidas em pacientes com menos de 18
anos de idade
13
Uso em pacientes na pré-diálise:
A segurança e eficácia de RENAGEL não foram estabelecidas em pacientes na pré-diálise.
Uso em idosos:
Estudos clínicos de RENAGEL não incluíram número suficiente de indivíduos com 65 anos ou
mais para determinar se eles respondem diferentemente de indivíduos mais jovens.
Outra experiência clínica relatou não identificar diferenças na resposta entre idosos e pacientes
jovens. Em geral, a seleção de dose para pacientes idosos deve ser feita com cautela, geralmente
iniciando com a dose mais baixa do intervalo de dose.
Os comprimidos de RENAGEL devem ser consumidos intactos e não devem ser triturados,
mastigados ou quebrados antes da administração.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A seguinte classificação de frequência é utilizada, quando aplicável:
Muito comum ≥ 10%; Comum ≥ 1 e <10%; Incomum ≥ 0,1 e <1%; Rara ≥ 0,01 e < 0,1%;
Muito rara <0,01%; Desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Em um estudo paralelo, com duração do tratamento de 52 semanas, as reações adversas
relatadas para RENAGEL (N = 99) foram semelhantes àquelas reportadas para o grupo do
controle ativo (N = 101). As reações adversas, que ocorreram mais frequentemente (≥ 5% dos
pacientes), emergentes do tratamento, possivelmente ou provavelmente relacionadas com
RENAGEL, foram todos na classe de sistema de órgãos de distúrbios gastrointestinais de
acordo com o Dicionário Médico para Atividades Regulatórias - MedDRA (Tabela 5). Neste
estudo, a principal razão para o abandono do tratamento com RENAGEL foram as reações
adversas gastrointestinais.
Tabela 5: Resumo das reações adversas que ocorreram mais frequentemente (≥ 5% dos
pacientes) emergentes do tratamento, possivelmente ou provavelmente relacionadas com
RENAGEL®
Classe de Sistemas de Órgãos Reação adversa % de Pacientes
Distúrbios gastrointestinais
Vômito 10,1
Náusea 10,1
Dispepsia 9,1
14
Diarreia 8,1
Dor Abdominal 5,1
Flatulência 5,1
Em um estudo controlado por placebo, com duração de tratamento de duas semanas, as
reações adversas emergentes do tratamento, possivelmente ou provavelmente relacionadas
com RENAGEL (N = 24) incluíram dispepsia (8,3%) e vômito (4,2%). Em um estudo
cruzado, com duração de tratamento de oito semanas cada, as reações adversas emergentes do
tratamento, possivelmente ou provavelmente relacionadas com RENAGEL (N = 82)
incluíram dispepsia (8,5%), diarreia (4,9%), náusea (4,9%), vômitos (4,9%), anorexia (3,7%)
e distúrbio gastrointestinal (3,7%). Em um estudo aberto de extensão, de longo prazo, as
com RENAGEL (N = 192) incluíram náusea (7,3%), dor abdominal (5,2%) e dispepsia
(4,7%).
Em um estudo paralelo com uma duração de tratamento de 12 semanas, os eventos adversos
relatados para o cloridrato de sevelâmer em pacientes sob diálise peritoneal (N = 97) foram
similares aos eventos adversos observados em pacientes sob hemodiálise. As reações
adversas possivelmente relacionadas com o cloridrato de sevelâmer incluíram: dispepsia
(12,4%), diarreia (5,2%), náuseas (5,2%), constipação (4,1%), prurido (4,1%), distensão
abdominal (3,1%), vômitos (3,1%), fadiga (3,1%), anorexia (3,1%) e artralgia (3,1%).
Durante a experiência pós-comercialização, as seguintes reações adversas foram relatadas em
pacientes que receberam RENAGEL, embora nenhuma relação direta com o RENAGEL pôde
ser estabelecida: hipersensibilidade, prurido, erupções cutâneas, dor abdominal e casos
incomuns de obstrução intestinal, de íleo e perfuração intestinal.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
RENAGEL foi administrado a voluntários sadios, em doses de até 14,4 gramas, o equivalente
a cerca de dezessete comprimidos de 800 mg por dia, durante 8 dias, sem ocorrência de
efeitos adversos. RENAGEL foi administrado em doses médias de até 13 gramas por dia para
15
pacientes sob hemodiálise. Não há relatos de superdose de RENAGEL nos pacientes. Uma
vez que RENAGEL não é absorvido, o risco de toxicidade sistêmica é baixo.
Não houve relatos de abuso ou dependência de RENAGEL em pacientes. Uma vez que
RENAGEL não é absorvido, o risco de abuso ou dependência é baixo.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.