Bula do Resprin produzido pelo laboratorio Johnson & Johnson Industrial Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
RESPRIN®
Johnson & Johnson INDUSTRIAL Ltda
Comprimidos
400 mg de paracetamol+20 mg de cloridrato de fenilefrina / 400 mg de paracetamol + 4 mg de maleato
de carbinoxamina.
Resprin_Bula Profissional da Saúde
paracetamol, cloridrato de fenilefrina e maleato de carbinoxamina.
COMBATE OS SINTOMAS DA GRIPE
• Dores em Geral
• Febre
• Congestão Nasal
• Coriza
Apresentações
Comprimidos em embalagens com 12 e 200 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido amarelo contém 400 mg de paracetamol e 20 mg de cloridrato de fenilefrina (equivalente a 16,42
mg de fenilefrina)
Excipientes: amido, povidona, amidoglicolato de sódio, corante amarelo tartrazina FD&C nº5, estearato de
magnésio.
Cada comprimido laranja contém 400 mg de paracetamol e 4 mg de maleato de carbinoxamina (equivalente a 2,86
mg de carbinoxamina)
Excipientes: amido, povidona, amidoglicolato de sódio, corante amarelo FD&C nº6, estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado para o tratamento dos sintomas de gripes1
e resfriados2
. Analgésico e
antitérmico. É indicado ainda nos processos que envolvem as vias aéreas superiores, como descongestionante nasal.
1
CID: J11 - Influenza [gripe] devido ao vírus não identificado
2
CID: J00 - Nasofaringite aguda [resfriado comum]
Um estudo realizado com a combinação de paracetamol, maleato de carbinoxamina e cloridrato de fenilefrina, que
comparou a eficácia de RESPRIN® com outras duas formas de associação contendo dipirona sódica, cafeína e
maleato de clorfeniramina, avaliou 178 pacientes com idade entre 18 e 65 anos, que apresentavam sinais e sintomas
de gripes e resfriados. A avaliação de eficácia foi realizada através de questionário direcionado aos pacientes de
acordo com a Escala Visual Analógica (EVA) e através de avaliação clínica realizada pelo médico. Ficou
demonstrado que RESPRIN® é eficaz no tratamento sintomático de gripes e resfriados, apresentando equivalência
terapêutica e tolerância semelhantes às formas avaliadas.
Resprin_Bula Profissional da Saúde
As bases farmacológicas do RESPRIN® estão apoiadas nos efeitos terapêuticos globais de suas substâncias, cada
uma delas destinada ao específico controle dos sintomas observados nos processos congestivos das vias aéreas
superiores, resultando em alívio imediato para o paciente. Em sua formulação encontramos: paracetamol -
analgésico e antitérmico, cloridrato de fenilefrina – vasoconstritor, que alivia a congestão nasal, e maleato de
carbinoxamina - anti-histamínico.
O mecanismo de ação do paracetamol na analgesia não está completamente estabelecido, podendo exercer sua ação
inibindo a síntese de prostaglandinas no sistema nervoso central e bloqueando a geração de impulso doloroso a nível
periférico. A ação periférica pode também ocorrer devido à inibição da síntese de prostaglandinas ou à inibição da
síntese ou da ação de outras substâncias que sensibilizam receptores devido a estímulos mecânicos ou químicos. A
ação antipirética do paracetamol está baseada em sua atuação no centro hipotalâmico (centro de regulação da
temperatura corporal), produzindo vasodilatação periférica, aumentando o fluxo sanguíneo direto na pele, causando
transpiração e consequente diminuição da temperatura. Esta ação central provavelmente envolve inibição da síntese
da prostaglandina no hipotálamo.
A fenilefrina é uma amina simpatomimética de ação direta, embora atue também de forma indireta mediante a
liberação de norepinefrina dos locais de armazenamento. Como vasopressor, atua sobre os receptores alfa-
adrenérgicos para produzir vasoconstrição, que aumenta a resistência periférica, ou seja, proporciona uma constrição
das arteríolas dilatadas dentro da mucosa e redução do fluxo sangüíneo da área edematosa ingurgitada. Após
administração oral, a vasoconstrição na mucosa nasal alivia a congestão nasal. Em doses terapêuticas, esta
substância causa pouco ou nenhum estímulo no sistema nervoso central.
O paracetamol administrado por via oral possui rápida absorção, com pico de concentração plasmática
ocorrendo entre 10 e 60 minutos após a ingestão, e biodisponibilidade de 60% a 98%. O volume de
distribuição é de 1 a 2 L / Kg. Sua metabolização ocorre no fígado, sendo que cerca de 25% da droga sofre o
metabolismo de primeira passagem. A excreção é renal e 1% a 4% é excretado inalterado na urina. O clearance renal
é de 13,5 L / h e a meia vida de eliminação é de 2-4 horas em pacientes sadios.
A fenilefrina quando administrada por via oral possui absorção irregular e biodisponibilidade de 38%. O volume de
distribuição é superior a 40 L. A fenilefrina é extensivamente metabolizada na parede intestinal e moderadamente
metabolizada no fígado. A excreção é renal (80% a 86%) e a meia-vida de eliminação é de 2-3 horas.
A carbinoxamina atua por antagonismo competitivo da histamina, através do bloqueio de seus receptores H1,
interferindo com a ação da histamina principalmente nos capilares que irrigam mucosas e nervos sensoriais das áreas
nasal e adjacentes. A carbinoxamina é capaz de interferir com certas ações inibidoras das secreções da acetilcolina
do nariz, boca e faringe, frequentemente provocando depressão do sistema nervoso central.
A meia-vida sérica da carbinoxamina é estimada em 10 a 20 horas e sua excreção é renal.
RESPRIN® não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida a algum dos componentes da
fórmula.
RESPRIN® não pode ser usado em pacientes com ulcera péptica, doença das artérias coronárias grave, hipertensão
grave, insuficiência hepatocelular grave ou doença hepática ativa ou em tratamento com inibidores da MAO
(monoamino oxidase).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com glaucoma de ângulo estreito.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Resprin_Bula Profissional da Saúde
Pacientes com problemas cardíacos, pressão alta, asma, diabetes, problemas de tireóide, e problemas hepáticos
deverão estar sob supervisão médica para fazer uso de RESPRIN®.
RESPRIN® deve ser administrado com cautela em pacientes com função renal ou hepática comprometidas. Embora
haja poucos relatos de disfunção hepática nas doses habituais de paracetamol, é aconselhável monitorar-se a função
hepática nos casos de uso prolongado.
Pacientes idosos: A fenilefrina pode causar aumento pronunciado da pressão arterial em pacientes idosos.
Deve-se ter cuidado quando da administração de RESPRIN® em pacientes idosos.
RESPRIN® não deve ser usado juntamente com outros medicamentos que contenham paracetamol em sua
formulação devido ao risco de toxicidade hepática.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção
podem estar prejudicadas.
Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica,
entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
Gravidez – Categoria C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
RESPRIN® é contraindicado nos 3 primeiros meses de gravidez e após este período deverá ser administrado apenas
em caso de necessidade, sob controle médico.
Devido à ação de potencialização de anticoagulantes cumarínicos (ex.: varfarina e acenocumarol), RESPRIN® não
deve ser usado concomitantemente a esses medicamentos. Deve ser usado com cautela em pacientes que fazem uso
regular de álcool, barbitúricos (ex.: fenobarbital e tiopental), antidepressivos tricíclicos (ex.: amitriptilina e
nortriptilina) e carbamazepina devido ao risco de sobrecarga metabólica ou possível agravamento de
comprometimento hepático já existente.
Devido ao risco de crise hipertensiva, RESPRIN® não deve ser usado concomitantemente a medicamentos que
elevem a pressão arterial, ou com os medicamentos da classe dos inibidores da enzima monoamina oxidase (MAO)
(ex.: fenelzina e iproniazida).
O uso concomitante de fenitoína e RESPRIN® resulta em diminuição da eficiência do paracetamol e um aumento
no risco de hepatotoxicidade.
A probenecida causa uma redução em cerca de duas vezes do clearance do paracetamol por inibir sua conjugação
com o ácido glucurônico.
Drogas anticolinérgicas podem predispor o paciente a uma atividade anticolinérgica excessiva se administrado em
conjunto com carbinoxamina.
Associação de anti-histamínicos e procarbazina pode causar depressão do SNC.
O uso de paracetamol pode gerar um resultado falso-positivo para a quantificação do ácido 5-
hidroxiindolacético em exames urinários. Também pode resultar em um falso aumento dos níveis séricos de ácido
úrico.
A administração concomitante de paracetamol com alimentos diminui o pico de concentração plasmática desta
substância.
Resprin_Bula Profissional da Saúde
Conservar o produto em temperatura ambiente (15ºC a 30°C), protegido da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses à partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
RESPRIN® contém comprimidos nas cores laranja e amarelo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Uma dose é composta de 2 comprimidos (1 amarelo + 1 laranja).
Adultos e crianças acima de 12 anos: Tomar 2 comprimidos (1 amarelo + 1 laranja) a cada 8 horas, com um copo de
água.
Não exceder 4 doses em 24 horas.
A dose diária máxima recomendada de paracetamol é de 4000 mg, a de fenilefrina é 120 mg e a de carbinoxamina é
de 32 mg.
RESPRIN® não deve ser administrado por mais de 10 dias para dor, e por mais de 3 dias para a febre ou sintomas
gripais.
Para segurança e eficácia desta apresentação, RESPRIN® não deve ser administrado por vias não recomendadas. A
administração deve ser somente pela via oral.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Foram relatados outros eventos adversos como náusea, vômito e dor abdominal, hipotermia, palpitação e palidez.
Sob uso prolongado podem surgir discrasias sanguíneas. Estudos de pós-comercialização de paracetamol relataram
raramente os seguintes eventos adversos: trombocitopenia, neutropenia, agranulocitose, anemia hemolítica e
metahemoglobinemia, aumento de enzimas hepáticas, já tendo sido relatados casos de aplasia medular. O uso
prolongado pode causar necrose papilar renal.
Dependendo da sensibilidade individual do paciente, leve sonolência poderá ocorrer após a 1ª dose; por este motivo
recomenda-se aos pacientes especial cuidado ao executarem trabalhos mecânicos que requeiram atenção até que sua
reação seja determinada.
Alergia: paracetamol pode causar reações cutâneas graves. Os sintomas podem incluir vermelhidão, pequenas bolhas
na pele e erupção cutânea. Se ocorrer alguma dessas reações, interrompa o uso e procure ajuda médica
imediatamente.
Efeitos nos olhos: os agentes agonistas alfa adrenérgicos (agentes simpaticomiméticos), como a fenilefrina, podem
interferir na musculatura ciliar, causando alteração no estado de acomodação de repouso dos olhos.
Resprin_Bula Profissional da Saúde
Efeitos na função mental: nervosismo e tremores podem ocorrer devido ao uso de fenilefrina. O uso de gotas nasais
de agentes simpaticomiméticos está relacionado à ocorrência extremamente rara de alucinação. Não se pode
descartar definitivamente a relação de altas doses de fenilefrina por via oral com a ocorrência de alucinação.
Também pode ocorrer aumento prolongado da pressão arterial. A fenilefrina pode ainda induzir taquicardia ou
reflexo de bradicardia.
Neutropenia, leucopenia, diarreia, aumento de enzimas hepáticas, dermatite de contato, rash, anorexia, boca seca,
azia, tontura, dor de cabeça, nervosismo, fadiga, sedação, diplopia, casos raros de excitabilidade, disúria, poliúria,
secura nasal e falta de ar foram reportadas do uso de carbinoxamina
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Nos casos de ingestão excessiva de paracetamol, como ingestão aguda de 7,5 g ou 140 mg/kg, o paciente deve ser
monitorizado até que o médico esteja certo de não haver hepatotoxicidade.
Os sinais iniciais de superdose incluem: vômitos, náuseas, dor no quadrante superior do abdome, palidez cutânea. As
evidências clínicas e laboratoriais da hepatotoxicidade podem não ser aparentes até 24 a 48 horas após a ingestão,
portanto recomenda-se que o paciente fique em observação durante esse período.
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível: o estômago deve ser esvaziado até 1 hora após a ingestão
através de aspiração gástrica e lavagem. Recomenda-se também a administração de carvão ativado, pois paracetamol
é bem adsorvido.
A estimativa da quantidade ingerida, principalmente se fornecida pelo paciente, não é um dado confiável.
Portanto, a determinação da concentração sérica de paracetamol deve ser obtida o mais rápido possível, mas não
antes de 4 horas após a ingestão.
A determinação da função hepática deve ser obtida inicialmente e a seguir a cada 24 horas durante 03 dias. O
antídoto, N-acetilcisteína, deve ser administrado com urgência e dentro das 16 primeiras horas após a ingestão para
se obter bons resultados. O seguinte esquema pode ser utilizado, usando N-acetilcisteína injetável: dose inicial de
150 mg/kg de peso, intravenosa por 15 minutos, seguida de infusão de 50 mg/kg de peso em 500 ml de dextrose (a
5%) por 4 horas. Depois, 100 mg/kg de peso em 1 litro de dextrose (a 5%) nas próximas 16 horas (total: 300 mg/kg
de peso em 20 horas). Os principais sinais de superdosagem relacionados à fenilefrina são aumento da pressão
arterial, taquicardia, tremores e arritmias cardíacas. O paciente deve receber suporte cardiovascular e tratamento
sintomático.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
11. REFERÊNCIAS
Arroll B Non-antibiotic treatments for upper-respiratory tract infections (common cold). Respir Med. 2005
Dec;99(12):1477-84.
Bachert C, Chuchalin AG, Eisebitt R, Netayzhenko VZ, Voelker M. Aspirin compared with acetaminophen in the
treatment of fever and other symptoms of upper respiratory tract infection in adults: a multicenter, randomized,
double-blind, double-dummy, placebo-controlled, parallel-group, single-dose, 6-hour doseranging study. Clin Ther.
2005 Jul;27(7):993-1003.
Beale HD, Rawling FFA and Figley KD. Carbinoxamine – A clinical appraisal. J Allergy 25(5) :521-524,
November, 1954.
Consumer Healthcare Products Association. Statement from CHPA on the voluntary label updates to oral
OTC children’s cough and cold medicines. 2008 Oct 7.
Resprin_Bula Profissional da Saúde
Eccles R. Efficacy and safety of over-the-counter analgesics in the treatment of common cold and flu. J Clin Pharm
Ther2006 Aug;31(4):309-19.
Empey DW, Medder KT. Nasal decongestants. Drugs. 1981 Jun;21(6):438-43.
Food and Drug Administration. Over the counter cough and cold medications. Rockville, MD; October 2008. From
FDA website.
Food and Drug Administration. FDA statement: FDA statement following CHPA’s announcement on
nonprescription over-the-counter cough and cold medicines in children. 2008 Oct 8. From the FDA website.
Ghorayeb N. Avliação clínica da eficácia e segurança do uso da associação de dipirona sódica, cafeína e
maleato de clorfeniramida comparados à associação de paracetamol, cloridrato de fenilefrina e maleato de
carbinoxamina no tratamento sintomático de gripe. Rev Bras Med 2006:219-23
Kollar C, Schneider H, Waksman J, Krusinska E. Meta-analysis of the efficacy of a single dose of
phenylephrine 10 mg compared with placebo in adults with acute nasal congestion due to the common cold. Clin
Ther2007 Jun;29(6):1057-70.
Sperber SJ, Turner RB, Sorrentino JV, O'Connor RR, Rogers J, Gwaltney JM Jr. Effectiveness of pseudoephedrine
plus acetaminophen for treatment of symptoms attributed to the paranasal sinuses associated with the common cold.
Arch Fam Med. 2000 Nov-Dec;9(10):979-85.
Sutter AI, Lemiengre M, Campbell H, Mackinnon HF Antihistamines for the common cold. Cochrane
Database Syst Rev. 2003;(3):CD001267.
Taverner D, Latte J, Draper M. Nasal decongestants for the common cold. Cochrane Database Syst Rev.
2004;(3):CD001953.