Bula do Rocaltrol produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Rocaltrol®
(calcitriol)
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Cápsulas
0,25 mcg
1
Rocaltrol
Roche
calcitriol
Forma biologicamente ativa da vitamina D3
APRESENTAÇÃO
Cápsulas de 0,25 mcg em frascos com 30 cápsulas.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula contém:
Princípio ativo: 0,25 mcg de calcitriol sintético
Excipientes: butil-hidroxianisol, butil-hidroxitolueno e triglicerídeo de cadeia média. Componentes da cápsula:
gelatina, glicerol 85%, sorbitol, manitol, amido hidrolisado hidrogenado, dióxido de titânio, óxido férrico (vermelho e
amarelo) e água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Rocaltrol®
é indicado para:
− Osteoporose;
− Osteodistrofia renal em pacientes com insuficiência renal crônica, em especial aqueles submetidos à hemodiálise;
− Hipoparatireoidismo pós-operatório;
− Hipoparatireoidismo idiopático;
− Pseudo-hipoparatireoidismo;
− Raquitismo dependente de vitamina D;
− Raquitismo hipofosfatêmico resistente à vitamina D.
O calcitriol é um dos principais metabólitos ativos da vitamina D3
1,2,3,10,11,12,13,14
. Normalmente é produzido pelos rins a
partir de seu precursor, o 25-hidroxicolecalciferol (25-HCC). Sua produção fisiológica diária é, em geral, de 0,5 a 1,0
mcg e durante os períodos de maior atividade osteogênica (por exemplo: crescimento15
ou gravidez16
) essa produção
aumenta. O calcitriol promove a absorção intestinal do cálcio e regula a mineralização óssea17,18
. O efeito
farmacológico de uma dose única de calcitriol dura de três a cinco dias19
.
O papel decisivo do calcitriol na regulação da homeostasia cálcica20
, que inclui efeito estimulante sobre a atividade
osteoblástica no esqueleto21,22
, propicia uma sólida base farmacológica para seus efeitos terapêuticos na osteoporose3,4
Nos pacientes que apresentam acentuada insuficiência renal, a síntese endógena do calcitriol está diminuída ou até
mesmo completamente ausente. Esta deficiência exerce um papel decisivo na gênese da osteodistrofia renal23,24,25
Nos pacientes com osteodistrofia renal, a administração oral de Rocaltrol®
normaliza a reduzida absorção intestinal do
cálcio5,10,15,26,27,28
, a hipocalcemia10,15,26,27,28
e os níveis séricos elevados de fosfatase alcalina e hormônio
paratireoideano6,7,10,26
. Da mesma forma, promove alívio da dor óssea e muscular29,30,31,32
e corrige as alterações
histológicas da osteíte fibrosa e outros distúrbios da mineralização33
O Rocaltrol®
reduz a hipocalcemia e seus sintomas clínicos34
nos pacientes com hipoparatireoidismo pós-operatório,
idiopático8
ou pseudohipoparatireoidismo9
Nos pacientes com raquitismo dependente da vitamina D, as concentrações séricas de calcitriol são baixas ou nulas.
Devido à insuficiente produção renal de calcitriol, o tratamento com Rocaltrol®
tem caráter substitutivo10
Nos pacientes que sofrem de raquitismo resistente à vitamina D e hipofosfatemia nos quais as concentrações
plasmáticas de calcitriol estão reduzidas, o tratamento com Rocaltrol®
reduz a eliminação tubular de fosfatos e, em
conjunto com tratamento concomitante com fosfato, normaliza o desenvolvimento ósseo35,36,37
O tratamento com Rocaltrol®
tem demonstrado bons resultados nos pacientes com raquitismo de diferentes tipos, por
exemplo, associado à hepatite neonatal, atresia biliar, cistinose ou uma carência alimentar de cálcio e vitamina D.
Referências bibliográficas
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Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
Calcitriol é a mais ativa forma conhecida da vitamina D3 em estimular o transporte de cálcio no
intestino. Os efeitos biológicos de calcitriol são mediados pelo receptor de vitamina D, um receptor hormonal nuclear
expresso na maioria dos tipos de células e que funciona como um fator de transcrição ativado por ligante que se fixa em
locais específicos do DNA modificando a expressão de genes alvos.
Os dois locais de ação conhecidos de calcitriol são intestino e ossos.
Um receptor-proteico ligante de calcitriol parece existir na mucosa do intestino humano. Evidências adicionais sugerem
que calcitriol também aja nos rins e nas glândulas paratireóides. Em ratos urêmicos agudos foi demonstrado que
calcitriol estimula a absorção de cálcio no intestino.
Os rins de pacientes urêmicos não sintetizam adequadamente calcitriol, o hormônio ativo formado a partir do seu
precursor de vitamina D. Hipocalcemia resultante e hiperparatireoidismo secundário são as maiores causas da doença
metabólica óssea associada à insuficiência renal. No entanto, outras substâncias tóxicas ósseas que se acumulam na
uremia (por exemplo, o alumínio) podem também contribuir.
O efeito benéfico de Rocaltrol®
na osteodistrofia renal parece ser resultado da correção da hipocalcemia e do
hiperparatireoidismo secundário. É incerto que Rocaltrol®
produza outros efeitos benéficos independentes.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração de uma dose oral única de 0,25 a 1,0 mcg, concentrações plasmáticas máximas são alcançadas
dentro de duas a seis horas.
Distribuição
Durante a passagem pela corrente sanguínea, o calcitriol e outros metabólitos da vitamina D ligam-se a proteínas
plasmáticas específicas.
Metabolismo
Calcitriol é hidroxilado e oxidado nos rins e no fígado por uma isoenzima específica citocromo P450: CYP24A1.
Diversos metabólitos com diferentes graus de atividade da vitamina D foram identificados.
Eliminação
A meia-vida de eliminação de calcitriol no plasma varia entre cinco a oito horas. A cinética de eliminação do calcitriol
permanece linear até a dose de 96 mcg em um intervalo de dose amplo. O efeito farmacológico de uma dose única de
4
calcitriol dura pelo menos quatro dias. O calcitriol é excretado pela bile e pode ser submetido à circulação entero-
hepática.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Em pacientes com síndrome nefrótica ou que fazem hemodiálise, as concentrações séricas de calcitriol estavam
reduzidas e o tempo para o aparecimento de picos de concentração prolongados.
Rocaltrol®
está contraindicado em todas as doenças associadas com hipercalcemia.
O uso de Rocaltrol®
também está contraindicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade ao calcitriol, aos
componentes da fórmula ou a medicamentos da mesma classe terapêutica.
é contraindicado se houver evidência de toxicidade por vitamina D.
Existe uma acentuada correlação entre o tratamento com calcitriol e o desenvolvimento de hipercalcemia. Em estudos
realizados em pacientes com osteodistrofia urêmica, observou-se hipercalcemia em até 40% dos pacientes tratados com
calcitriol. Um súbito aumento na ingestão de cálcio como resultado de alterações na dieta (por exemplo, consumo
elevado de laticínios) ou ingestão não controlada de preparações à base de cálcio, pode levar à hipercalcemia. É
absolutamente necessário, portanto, que os pacientes sigam rigorosamente as recomendações do médico sobre a dieta,
fato que os familiares também devem ter conhecimento e que sejam instruídos sobre como reconhecer os sintomas de
hipercalcemia.
Pacientes imobilizados, por exemplo, aqueles submetidos à cirurgia, estão particularmente expostos ao risco de
O calcitriol aumenta as concentrações séricas de fosfatos inorgânicos. Embora isso seja desejável em pacientes com
hipofosfatemia, recomenda-se cautela em pacientes com insuficiência renal devido ao risco de calcificação ectópica.
Em tais casos, a concentração sérica de fosfato deve ser mantida dentro dos níveis normais (2 - 5 mg/100 mL ou 0,65 -
1,62 mmol/L) pela administração oral de agentes quelantes de fosfato e dieta pobre em fosfatos.
É recomendado que o produto das concentrações séricas de cálcio versus fosfato (Ca x P) não exceda 70 mg2
/dL2
.
Os pacientes com raquitismo resistente à vitamina D (hipofosfatemia familiar) que estejam sendo tratados com
Rocaltrol®
devem manter o tratamento com fosfatos por via oral. No entanto, deve-se levar em consideração que o
pode estimular a absorção intestinal de fosfatos, alterando a suplementação necessária de fosfato.
Sendo o calcitriol o principal metabólito de vitamina D, outras medicações a base dessa vitamina não devem ser
administradas concomitantemente a Rocaltrol®
, com o objetivo de se prevenir hipervitaminose D.
Caso o paciente esteja recebendo ergocalciferol (vitamina D2) e mude para calcitriol, podem transcorrer vários meses
para que a concentração de ergocalciferol na corrente sanguínea retorne aos valores normais.
Os pacientes com função renal normal tratados com Rocaltrol®
devem ingerir quantidades adequadas de líquido para
evitar a desidratação.
Comprometimento da fertilidade
Estudos de toxicidade reprodutiva em ratos indicaram que doses orais de até 300 ng/kg/dia (trinta vezes a dose humana
usual) não afetam negativamente a reprodução. Em coelhos, foram observadas anomalias fetais múltiplas em duas
ninhadas com dose oral tóxica materna de 300 ng/kg/dia e em uma ninhada com 80 ng/kg/dia, mas não com 20
ng/kg/dia (duas vezes a dose humana habitual). Embora não haja diferenças estatísticas significativas entre o grupo
tratado e o controle em números de ninhadas ou fetos com anormalidades, a possibilidade desses achados estarem
relacionados à administração de calcitriol não pode ser descartada.
Testes laboratoriais
Os exames laboratoriais regulares que são necessários incluem determinações séricas de cálcio, fósforo, magnésio e
fosfatase alcalina e dosagem do teor de cálcio e fosfato na urina de 24 horas.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Com base no perfil farmacodinâmico dos eventos adversos relatados, Rocaltrol®
pode ser considerado seguro ou
improvável em prejudicar tais atividades.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
5
Estenose aórtica supravalvar foi produzida em fetos de coelhos por doses orais de vitamina D próximas da dose letal
administradas em coelhas grávidas. Não há nenhuma evidência para sugerir que a vitamina D é teratogênica em seres
humanos, mesmo em doses muito elevadas. Rocaltrol®
só deve ser administrado a mulheres grávidas se os benefícios
potenciais superarem os riscos potenciais para o feto.
Deve-se assumir que calcitriol exógeno passe para o leite materno. Tendo em vista o potencial de hipercalcemia na mãe
e a possibilidade de reações adversas no lactente, mães podem amamentar durante o tratamento com Rocaltrol®
desde
que os níveis plasmáticos de cálcio na mãe e no lactente sejam monitorados.
Segurança pré-clínica
Estudos de toxicidade subcrônica em ratos e cães indicam que calcitriol em uma dose oral de 20 ng/kg/dia (duas vezes a
dose humana usual) por até seis meses causou nenhuma ou mínimas reações adversas. Uma dose de 80 ng/kg/dia (oito
vezes a dose humana usual) por até seis meses produziu reações adversas moderadas. As alterações observadas
parecem ser resultantes principalmente de hipercalcemia prolongada.
Devem-se observar estritamente as recomendações médicas sobre a dieta, principalmente no que diz respeito à ingestão
suplementar de cálcio, e que o paciente se abstenha de ingerir por sua própria conta preparados contendo cálcio.
O tratamento concomitante com um diurético tiazídico aumenta o risco de hipercalcemia.
A dose de calcitriol deve ser cuidadosamente determinada em pacientes sob tratamento com digitálicos uma vez que,
em tais pacientes, a hipercalcemia pode precipitar arritmias cardíacas.
Existe uma relação de antagonismo funcional entre os análogos da vitamina D, que promovem absorção de cálcio e os
corticosteroides, que a inibem.
Os medicamentos que contém magnésio (por exemplo, os antiácidos) não devem ser administrados junto com o
Rocaltrol®
aos pacientes submetidos à diálise crônica, já que poderão causar hipermagnesemia.
Uma vez que Rocaltrol®
interfere no transporte de fosfatos no intestino, rins e ossos, as doses dos produtos quelantes
de fosfatos devem ser ajustadas de acordo com a concentração sérica de fosfatos (níveis normais: 2 - 5 mg/100 mL ou
0,65 - 1,62 mmol/L).
Pacientes com raquitismo resistente à vitamina D (hipofosfatemia familiar) devem continuar sua terapia com fosfato
oral. No entanto, , a necessidade de modificação na suplementação de fosfato deve ser considerada devido a um
possível estimulo na absorção intestinal de fosfato pelo calcitriol.
Sequestradores de ácidos biliares, incluindo colestiramina e sevelamer podem reduzir a absorção intestinal das
vitaminas lipossolúveis e, portanto, alterar a absorção intestinal de calcitriol.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAGEM DO MEDICAMENTO
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade
Este medicamento possui prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
é uma cápsula oval com uma de suas metades de coloração laranja amarronzada a laranja avermelhada
opaca e a outra metade de coloração branca a amarelo acinzentada ou laranja acinzentada opaca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados no
esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se disponível.
Este medicamento deve ser administrado por via oral, com um pouco de líquido, de preferência pela manhã.
6
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Esquema posológico geral
A dose diária recomendada de Rocaltrol®
deve ser cuidadosamente determinada em função da concentração sérica de
cálcio de cada paciente. O tratamento com Rocaltrol®
deve ser iniciado sempre com as doses mais baixas possíveis,
aumentando-as somente com rigoroso controle do cálcio sérico.
Durante a fase de normalização do tratamento com Rocaltrol®
, as concentrações séricas de cálcio devem ser
verificadas ao menos duas vezes por semana.
Uma vez determinada a dosagem ideal de Rocaltrol®
, deverão ser controladas mensalmente as concentrações séricas de
cálcio (ou como abaixo especificado para as indicações individuais). Amostras para análise sérica de cálcio deverão ser
coletadas sem auxílio de torniquete. Logo que essas concentrações se situem em 1 mg/100 mL (250 μmol/L) acima do
normal (9 - 11 mg/100 mL ou 2250 - 2750 μmol/L), ou a creatinina sérica aumente para > 120 μmol/L, o tratamento
deve ser imediatamente interrompido até que seja alcançada a normocalcemia.
Durante os períodos de hipercalcemia, deve-se medir diariamente as concentrações séricas de cálcio e fosfatos. Após a
normalização dos valores, poder-se-á continuar com a administração de Rocaltrol®
, porém numa dose diária inferior
em 0,25 mcg à dose precedente.
Deve-se calcular a ingestão diária aproximada de cálcio com a dieta e, se necessário, ajustar o aporte.
O aporte adequado de cálcio - mas não excessivo - no início do tratamento é um requisito indispensável para uma
melhor eficácia de Rocaltrol®
. Caso haja necessidade, deve-se prescrever cálcio suplementar.
Graças à melhor absorção gastrintestinal de cálcio com o uso de Rocaltrol®
, pode-se reduzir o aporte de cálcio em
alguns pacientes. Naqueles com propensão a hipercalcemia, doses baixas de cálcio ou a interrupção da suplementação
são suficientes.
Esquemas posológicos especiais
Osteoporose
A dose recomendada de Rocaltrol®
é de 0,25 mcg duas vezes ao dia. As concentrações séricas de cálcio e de creatinina
devem ser determinadas a cada quatro semanas, três meses, seis meses e posteriormente em intervalos de seis meses.
Osteodistrofia renal (pacientes em diálise)
A dose inicial é de 0,25 mcg. Para os pacientes normocálcicos ou com hipocalcemia leve, são suficientes 0,25 mcg a
cada dois dias. Caso não seja observada uma resposta satisfatória dos parâmetros bioquímicos e manifestações clínicas
da doença, no prazo de duas a quatro semanas, poder-se-á elevar a posologia em 0,25 mcg diários a intervalos de duas a
quatro semanas. Durante este período, devem ser determinadas as concentrações séricas de cálcio pelo menos duas
vezes por semana. A maioria dos pacientes responde a uma dose de 0,5 a 1,0 mcg diários.
Uma pulsoterapia com dose inicial de 0,1 mcg/kg/semana, dividida em duas ou três doses iguais administradas a noite,
foi efetiva em pacientes refratários a terapia contínua. A dosagem máxima total acumulativa de 12 mcg por semana não
deve ser excedida.
Hipoparatireoidismo e raquitismo
A dose inicial recomendada de Rocaltrol®
é de 0,25 mcg/dia, administrada pela manhã. Caso não se observe uma
resposta satisfatória nos parâmetros bioquímicos e manifestações clínicas da doença, a dose pode ser aumentada em
intervalos de duas a quatro semanas. Durante este período as concentrações séricas de cálcio devem ser determinadas
pelo menos duas vezes por semana.
Se ocorrer hipercalcemia, Rocaltrol®
deve ser imediatamente descontinuado até resultados normocalcêmicos. Deve-se
ter cuidado também em diminuir a ingestão de cálcio através da dieta.
Má absorção foi ocasionalmente notada em pacientes com hipoparatireoidismo, com isso, doses maiores de Rocaltrol®
podem ser necessárias.
Se o profissional de saúde decidir administrar Rocaltrol®
a mulheres grávidas com hipoparatireoidismo, um aumento na
dose pode ser necessário durante a segunda metade da gestação, com redução de dose pós-parto ou durante lactação.
Idosos
Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos. Deve-se, no entanto, observar as recomendações quanto ao
controle das concentrações séricas de cálcio e de creatinina.
7
Pacientes pediátricos
A segurança e eficácia de Rocaltrol®
em crianças não foram suficientemente investigadas para permitir recomendações
de dosagem.
As reações adversas listadas abaixo refletem a experiência dos estudos investigacionais e de pós-comercialização de
Rocaltrol®
:
A reação adversa mais comumente reportada foi hipercalcemia.
Muito Comum
(> 1/10)
Comum
(>1/100 e <1/10)
Incomum
(>1/1.000 e <1/100)
Desconhecido
Distúrbios do sistema
imunológico
Hipersensibilidade
Urticária
Distúrbios do
metabolismo e nutrição
Hipercalcemia
Diminuição de
apetite
Polidipsia
Desidratação
Distúrbios psiquiátricos Apatia
nervoso
Dor de cabeça
Fraqueza muscular
Alteração sensorial
Distúrbios
gastrointestinais
Dor abdominal
Náusea
Vômito
Obstipação Dor
abdominal superior
Distúrbios de pele e do
tecido subcutâneo
Rash
Eritema
Prurido
musculoesqueléticos e
tecidos conectivos
Retardo do crescimento
Distúrbios renais e
urinários
Infecção no trato
urinário
Poliúria
Distúrbios gerais e
condições do local de
administração
Calcinose
Febre
Sede
Investigações
Aumento de
creatinina no
sangue
Diminuição de peso
Uma vez que Rocaltrol®
exerce atividade de vitamina D, as reações adversas que podem ocorrer são semelhantes as que
ocorrem quando há uma administração excessiva de vitamina D, tais como, síndrome de hipercalcemia ou intoxicação
por cálcio, dependendo da gravidade e duração da hipercalcemia. Sintomas agudos ocasionais incluem diminuição de
apetite, dor de cabeça, náusea, vômito, dor abdominal, dor abdominal superior eobstipação.
As investigações farmacocinéticas têm demonstrado que, em virtude da curta meia-vida biológica do calcitriol, elevadas
concentrações séricas de cálcio são normalizadas poucos dias após a suspensão da medicação, isto é, mais rapidamente do
que após tratamento com preparados contendo vitamina D3.
Efeitos crônicos podem incluir fraqueza muscular, perda de peso, alteração sensorial, febre, sede, polidipsia, poliúria,
desidratação, apatia, retardo do crescimento e infecções do trato urinário.
A concomitância de hipercalcemia e hiperfosfatemia (> 6 mg/100 mL ou > 1,9 mmol/L) pode acarretar calcinose,
visível radiograficamente.
Reações de hipersensibilidade como rash, eritema, prurido, e urticária podem ocorrer em indivíduos suscetíveis.
Pós-comercialização
A incidência de efeitos adversos relatados com o uso clínico de Rocaltrol®
durante um período de 15 anos, em todas
as indicações terapêuticas, é muito baixa, incluindo a hipercalcemia, que ocorreu a uma razão de 0,001% ou menos.
8
Anormalidades laboratoriais
Nos pacientes com função renal normal, a hipercalcemia crônica pode estar associada a um aumento da creatinina
sérica.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.