Bula do Romeran para o Profissional

Bula do Romeran produzido pelo laboratorio Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Romeran
Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO ROMERAN PARA O PROFISSIONAL

Romeran®

brometo de rocurônio

Instituto BioChimico Indústria Farmacêutica Ltda.

Solução injetável

10mg/mL

BioChimico

4005105-7 VPS Texto de bula - Romeran 2

USO INTRAVENOSO

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Solução injetável para uso intravenoso: Cartucho com 12 frascos-ampola de 5 mL (10 mg/mL).

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola contém:

brometo de rocurônio............................................................................................................... 50 mg

excipientes q.s.p. (acetato de sódio, cloreto de sódio, metabissulfito de sódio, hidróxido de sódio, ácido acético e água

para injeção)

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1-INDICAÇÕES

Brometo de rocurônio é indicado como adjuvante à anestesia geral para facilitar a intubação endotraqueal em

procedimentos de rotina e de indução de sequencia rápida de anestesia, e para relaxar a musculatura esquelética

durante as intervenções cirúrgicas. Brometo de rocurônio também é indicado como adjuvante na unidade de terapia

intensiva (UTI) para facilitar a intubação endotraqueal e a ventilação mecânica. Para a população pediátrica: brometo

de rocurônio é indicado como adjuvante à anestesia geral para facilitar a intubação traqueal durante a indução de

rotina e para proporcionar relaxamento dos músculos esqueléticos durante cirurgias em pacientes pediátricos desde

recém-nascidos a termo até adolescentes.

2-RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia de brometo de rocurônio foi avaliada em estudos que utilizaram a medida do efeito de bloqueio da

transmissão neuromuscular e dos escores das condições de intubação, que são consideradas medidas previsíveis de

eficácia de agentes bloqueadores neuromusculares. Estudos clínicos realizados em população pediátrica mostraram

que o início da ação em crianças e lactentes com uma dose de intubação de 0,6 mg.kg-1

é ligeiramente mais curto do

que em adultos. A comparação dentro de grupos etários pediátricos mostrou que o tempo de início médio em recém-

nascidos a termo (0-27 dias) e adolescentes (11 a 17 anos) (1,0 min.) é discretamente mais longo do que em lactentes

(entre 28 dias e 2 meses), crianças pequenas (entre 3 e 23 meses) e crianças maiores (entre 2 e 11 anos) (0,4 min., 0,6

min. e 0,8 min., respectivamente). A duração do relaxamento e o tempo de recuperação tendem a ser menores em

lactentes se comparados a crianças e adultos. A comparação dentro dos grupos etários pediátricos demonstrou que o

tempo médio para reaparecimento de T3 foi prolongado em recém-nascidos a termo e lactentes (entre 28 dias e 2

meses) (56,7 e 60,7 min., respectivamente) quando comparados com crianças entre 3 e 23 meses, crianças 2 e 11 anos

e adolescentes (entre 11 e 17 anos) (45,4 min., 37,6 min. e 42,9 min., respectivamente). Mais informações sobre a

eficácia desse produto podem ser encontradas no item “Farmacodinâmica”.

Referências bibliográficas:

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Viby-Mogensen, Eur J Anaes 1994, 11 (suppl 9), 28-32

2

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BioChimico

4005105-7 VPS Texto de bula - Romeran 3

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McCourt, Anaesthesia 53 , 867-871 (1998)

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Magorian T, Wood P, Caldwell J, Fisher D, Segredo V, Szenohradszky J, Sharma M, Gruenke

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Nitschmann et al, Eur J Anaes 1994, 11 (suppl 9), 113-115

13

Naguib, Eur J Anaes. 1994, 11(suppl 9), 122-127

3-CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: relaxantes musculares, agentes de ação periférica. Código ATC: M03AC09.

Mecanismo de ação

Brometo de rocurônio é um agente bloqueador neuromuscular não despolarizante de ação intermediária, com rápido

início de ação, que apresenta todas as ações farmacológicas características desta classe de fármacos (curariforme).

Brometo de rocurônio atua competindo pelos colinorreceptores nicotínicos da placa motora terminal. Esta ação é

antagonizada pelos inibidores da acetilcolinesterase, tais como neostigmina, edrofônio e piridostigmina.

Efeitos farmacodinâmicos

A DE90 (dose requerida para produzir uma depressão de 90% da transmissão neuromuscular do polegar à

estimulação do nervo ulnar) durante a anestesia intravenosa é de aproximadamente 0,3 mg/kg de brometo de

rocurônio. A DE95 em lactentes é menor do que em adultos e crianças (0,25; 0,35 e 0,40 mg.kg-1

). A duração clínica

(duração até a recuperação espontânea de 25% da transmissão neuromuscular) com 0,6 mg.kg-1

de brometo de

rocurônio é de 30-40 minutos. A duração total (tempo até a recuperação espontânea de 90% da transmissão

neuromuscular) é de 50 minutos. O tempo médio para a recuperação espontânea de 25 a 75% da transmissão

neuromuscular (índice de recuperação) após uma dose em bolus de 0,6 mg.kg -1

de brometo de rocurônio é de 14

minutos. Com doses menores de 0,3-0,45 mg.kg -1

de brometo de rocurônio (1-1 ½ vezes a DE90), o início de ação é

mais lento e a duração da ação é menor. Com doses elevadas de 2 mg.kg -1

, a duração clínica é de 110 minutos.

Intubação durante a anestesia de rotina

Dentro de sessenta segundos após a administração intravenosa de uma dose de 0,6 mg.kg -1

de brometo de rocurônio

(2 vezes a DE90 sob anestesia intravenosa), podem ser obtidas condições de intubação adequadas em quase todos os

pacientes, dos quais 80% apresentam condições de intubação classificadas como excelentes. Após a administração de

0,45 mg.kg -1

de brometo de rocurônio, obtêm-se condições de intubação aceitáveis após 90 segundos e, dentro de 2

minutos, estabelece-se uma paralisia muscular geral adequada para qualquer tipo de intervenção cirúrgica.

Indução de sequencia rápida

Após uma dose de 1,0 mg.kg-1

de brometo de rocurônio durante a indução de sequência rápida de anestesia, são

obtidas condições adequadas de intubação em 60 segundos em 93% dos pacientes sob anestesia com propofol e em

96% daqueles com fentanil/tiopental. Destas, 70% são classificadas como excelentes. A duração clínica com essa

dose aproxima-se de 1 hora, tempo em que o bloqueio neuromuscular pode ser revertido com segurança. Após uma

dose de 0,6 mg.kg-1

de brometo de rocurônio durante a indução de sequência rápida de anestesia, são obtidas

condições adequadas de intubação dentro de 60 segundos em 81% dos pacientes sob anestesia com propofol e 75%

daqueles com fentanil/tiopental.

Pacientes pediátricos

O tempo médio de início da ação em lactentes e crianças com uma dose de intubação de 0,6 mg.kg -1

é discretamente

menor do que em adultos. A comparação dentro de grupos etários pediátricos mostrou que o tempo médio de início

em recém-nascidos a termo e adolescentes (1,0 min.) é discretamente maior do que em lactentes, crianças menores e

crianças maiores (0,4 min., 0,6 min. e 0,8 min., respectivamente). A duração do relaxamento e o tempo de

recuperação tendem a ser menores em crianças, se comparados a lactentes e adultos. A comparação dentro dos grupos

etários pediátricos demonstrou que o tempo médio para reaparecimento de T3 foi prolongado em recém-nascidos a

termo e lactentes (56,7 e 60,7 min., respectivamente) quando comparados com crianças menores, crianças maiores e

adolescentes (45,4 min., 37,6 min. e 42,9 min., respectivamente).

Pacientes geriátricos e pacientes com doenças hepáticas e/ou do trato biliar e/ou insuficiência renal

A duração da ação das doses de manutenção de 0,15 mg.kg -1

de brometo de rocurônio podem ser maiores sob

anestesia com enflurano e isoflurano em pacientes geriátricos e em pacientes com doenças hepáticas e/ou renais

(aproximadamente 20 minutos), do que em pacientes sem deterioração das funções dos órgãos excretores sob

anestesia intravenosa (aproximadamente 13 minutos). Não foram observados efeitos cumulativos (aumento

progressivo da duração de ação) com doses repetidas de manutenção no nível recomendado.

Unidade de Terapia Intensiva

BioChimico

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Após infusão contínua na Unidade de Terapia Intensiva, o tempo para recuperação da razão de TOF para 0,7 depende

do nível de bloqueio ao final da infusão. Após uma infusão contínua por 20 horas ou mais, a faixa média de tempo

entre o retorno de T2 ao estímulo de TOF e a recuperação da razão de TOF para 0,7 é de aproximadamente 1,5 (1 a 5)

hora em pacientes sem falência múltipla de órgãos e de 4 (1 a 25) horas em pacientes com falência múltipla de

órgãos.

Cirurgia Cardiovascular

Em pacientes que serão submetidos à cirurgia cardiovascular, as alterações cardiovasculares mais comuns durante o

início da ação do bloqueio máximo após uma dose de 0,6 a 0,9 mg.kg -1

de brometo de rocurônio são um aumento

pequeno e clinicamente insignificante da frequência cardíaca de até 9%, e um aumento da pressão arterial média de

até 16% em relação aos valores de controle.

Reversão do relaxamento muscular

A ação do rocurônio pode ser antagonizada tanto pelo sugamadex quanto por inibidores da acetilcolinesterase

(neostigmina, piridostigmina ou edrofônio). O sugamadex pode ser administrado para reversão de rotina (em 1-2

contagens pós-tetânicas para reaparecimento de T2) ou para reversão imediata (3 minutos após administração do

brometo de rocurônio). Os inibidores da acetilcolinesterase podem ser administrados ao reaparecimento de T2 ou aos

primeiros sinais de recuperação clínica.

Propriedades farmacocinéticas

Após a administração intravenosa de brometo de rocurônio, a concentração plasmática estabelece-se em três fases

exponenciais.

Em adultos normais a média da meia-vida de eliminação (95% IC) é de 73 (66 - 80) minutos, o volume aparente de

distribuição em condições de equilíbrio dinâmico é de 203 (193 - 214) mL/kg e o clearance plasmático é de 3,7 (3,5 -

3,9) mL/kg-1

/min-1

. O rocurônio é excretado na urina e bile. A excreção na urina se aproxima de 40% dentro de 12-24

horas. Após injeção de uma dose marcada radioativamente de brometo de rocurônio, a excreção do marcador

radioativo é, em média, de 47% na urina e 43% nas fezes após 9 dias. Aproximadamente 50% é recuperado como

substância inalterada.

A farmacocinética do brometo de rocurônio em pacientes pediátricos (n=146) com idades variando de 0 a 17 anos, foi

avaliada utilizando uma análise da população de um conjunto de dados farmacocinéticos de dois estudos clínicos em

anestesia com sevoflurano (indução) e isoflurano/óxido nitroso (manutenção). Verificou-se que todos os parâmetros

farmacocinéticos foram proporcionalmente lineares com o peso corporal ilustrado por uma depuração semelhante

(L.h -1

.kg -1

). O volume de distribuição (L.kg -1

) e a meia-vida de eliminação (h) diminuíram com a idade (anos). Os

parâmetros farmacocinéticos típicos de pacientes pediátricos dentro de cada grupo etário são resumidos a seguir:

Parâmetros farmacocinéticos do brometo de rocurônio em pacientes pediátricos típicos

Parâmetro

farmacocinético

Recém-

nascidos a

termo (0-27

dias)

Lactentes

(28 dias a 2

meses)

Crianças

pequenas (3

a 23 meses)

maiores (2 a

11 anos)

Adolescentes

(11 a 17

anos)

Depuração

kg -1

)

0,293 0,293 0,293 0,293 0,293

Volume de

distribuição no

estado de

equilíbrio

dinâmico

(L.kg -1

0,424 0,295 0,232 0,177 0,174

Meia-vida de

eliminação (h)

1,1 0,9 0,8 0,7 0,7

Em estudos controlados, a depuração plasmática em pacientes geriátricos e em pacientes com disfunção renal foi

reduzida na maioria dos estudos, mas sem atingir o nível de significância estatística. Em pacientes com doença

hepática, a meia-vida de eliminação média é prolongada com 30 minutos e a depuração plasmática média é reduzida

em 1 mL.kg -1

.min -1

.

Quando o brometo de rocurônio é administrado como infusão contínua para facilitar a ventilação mecânica por 20

horas ou mais, a média da meia-vida de eliminação e a média do volume aparente de distribuição no estado de

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equilíbrio dinâmico são aumentadas.

Em estudos clínicos controlados, foi encontrada uma grande variabilidade entre os pacientes relacionada à natureza e

extensão da falência (múltipla) de órgãos e às características individuais do paciente. Em pacientes com falência

múltipla de órgãos foram encontrados uma meia-vida média (± DP) de eliminação de 21,5 (± 3,3) horas, um volume

aparente de distribuição de 1,5 (± 0,8) L.kg-1

no estado de equilíbrio dinâmico e uma depuração plasmática de 2,1 (±

0,8) mL.kg -1

.min-1.

Dados de segurança pré-clínicos

Em estudos não clínicos, os efeitos foram observados somente em exposições consideradas suficientemente

excessivas do máximo exposto aos humanos, indicando pouca relevância para o uso clínico. Não há nenhum modelo

animal apropriado para estudar as situações clínicas normalmente extremas e complexas de um paciente na Unidade

de Terapia Intensiva. Assim, a segurança de brometo de rocurônio na facilitação da ventilação mecânica na Unidade

de Terapia Intensiva baseia-se principalmente nos resultados obtidos em estudos clínicos.

4-CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que tenham manifestado hipersensibilidade ao rocurônio,

ao íon brometo ou a qualquer um de seus componentes.

5-ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Uma vez que brometo de rocurônio provoca paralisia da musculatura respiratória, pacientes tratados com esse

medicamento devem, obrigatoriamente, receber ventilação de suporte, até que haja restauração adequada da

respiração espontânea. Assim como ocorre com todos os agentes bloqueadores neuromusculares, é importante prever

dificuldades de intubação, particularmente quando utilizada como parte de uma técnica de indução de sequência

rápida de anestesia. Em casos de dificuldade de intubação resultando em necessidade clínica para reversão imediata

do bloqueio neuromuscular induzido pelo rocurônio, o uso do sugamadex deve ser considerado. Assim como ocorre

com todos os agentes bloqueadores neuromusculares, é importante prever dificuldades de intubação, particularmente

quando utilizada como parte de uma técnica de indução de sequência rápida de anestesia. Em casos de dificuldade de

intubação resultando em necessidade clínica para reversão imediata do bloqueio neuromuscular induzido pelo

rocurônio, o uso do sugamadex deve ser considerado. Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares,

existem relatos de paralisia residual com brometo de rocurônio. Com o objetivo de prevenir complicações resultantes

desta, recomenda-se a extubação do paciente somente após suficiente recuperação do bloqueio neuromuscular. Outros

fatores que poderiam causar paralisia residual após a extubação na fase pós-operatória (como interações

medicamentosas e condições do paciente) também devem ser considerados. Se não for usado como parte da prática

clínica padrão, deve ser considerado o uso do sugamadex ou de um outro um agente reversor, especialmente nos

casos onde a paralisia residual é mais provável de ocorrer. Após a administração de agentes bloqueadores

neuromusculares podem ocorrer reações anafiláticas, por isso sempre devem ser tomadas precauções para tratar tais

reações. Particularmente, no caso de reações anafiláticas prévias com agentes bloqueadores neuromusculares, devem

ser tomadas precauções especiais uma vez que foram relatadas reações alérgicas cruzadas a agentes bloqueadores

neuromusculares. Em geral, após o uso prolongado dos bloqueadores neuromusculares na UTI, tem sido observada

uma paralisia prolongada e/ou fraqueza dos músculos esqueléticos. Para auxiliar a excluir um possível prolongamento

do bloqueio neuromuscular e/ou superdose, recomenda-se enfaticamente que a transmissão neuromuscular seja

monitorada durante o uso dos agentes bloqueadores neuromusculares. Além disso, os pacientes devem receber

analgesia e sedação adequadas. Adicionalmente, os agentes bloqueadores neuromusculares devem ser ajustados

individualmente de acordo com o efeito, por médicos experientes que estejam familiarizados com suas ações e

técnicas de monitoração neuromuscular apropriadas ou sob sua supervisão. Regularmente, foram relatados casos de

miopatia após a administração a longo prazo na UTI de outros agentes bloqueadores neuromusculares não

despolarizantes em combinação com corticosteroide. Portanto, nessa situação, o período de uso do agente bloqueador

neuromuscular deve ser o mais limitado possível. Caso seja utilizado suxametônio para a intubação, a administração

de brometo de rocurônio deve ser retardada, até que o paciente esteja clinicamente recuperado do bloqueio

neuromuscular induzido pelo suxametônio.

As condições descritas a seguir podem influenciar a farmacocinética e/ou a farmacodinâmica de ROMERAN®

:

Doença hepática e/ou do trato biliar e insuficiência renal

Brometo de rocurônio deve ser usado com cuidado em pacientes com doença hepática e/ou biliar e/ou insuficiência

renal clinicamente significativa(s), pois o rocurônio é excretado na urina e bile. Nesses grupos de pacientes, foi

observado prolongamento da ação com doses de 0,6 mg.kg-1

de brometo de rocurônio.

Tempo de circulação prolongado

BioChimico

4005105-7 VPS Texto de bula - Romeran 6

Condições associadas ao tempo de circulação prolongado, tais como doença cardiovascular, idade avançada e estado

edematoso levando a um aumento do volume de distribuição, podem contribuir para um início de ação mais lento. A

duração da ação também pode ser prolongada devido à depuração plasmática reduzida.

Doença neuromuscular

Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio deve ser utilizado com extremo

cuidado em pacientes com doença neuromuscular ou após poliomielite, pois a resposta a agentes bloqueadores

neuromusculares pode ser consideravelmente alterada nesses casos. A magnitude e a direção dessa alteração podem

variar muito. Em pacientes com miastenia gravis ou com síndrome miastênica (Eaton-Lambert), pequenas doses de

brometo de rocurônio podem ter efeitos acentuados; por isso, nesses pacientes, brometo de rocurônio deve ser

ajustado individualmente de acordo com o efeito, até que seja obtida a resposta desejada.

Hipotermia

Em cirurgias sob condições hipotérmicas, o efeito bloqueador neuromuscular de brometo de rocurônio é aumentado e

sua duração prolongada.

Obesidade

Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio pode apresentar um prolongamento

na duração e na recuperação espontânea em pacientes obesos quando administrado em doses calculadas com base no

peso corporal real.

Queimaduras

Pacientes com queimaduras sabidamente desenvolvem resistência a agentes bloqueadores neuromusculares não

despolarizantes. Recomenda-se que a dose seja ajustada à resposta.

Condições que podem aumentar os efeitos de ROMERAN®

Hipocalemia (por ex. após vômito e diarreia graves e terapia diurética), hipermagnesemia, hipocalcemia (após

transfusões maciças), hipoproteinemia, desidratação, acidose, hipercapnia e caquexia.

Distúrbios eletrolíticos graves, alteração do pH sanguíneo ou desidratação devem ser, portanto, corrigidos quando

possível.

Gravidez e lactação

Gravidez - Categoria C.

Não existem dados disponíveis da exposição ao brometo de rocurônio durante a gravidez. Estudos em animais não

indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos em relação à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou

desenvolvimento pós-natal. A prescrição de brometo de rocurônio para mulheres grávidas deve ser realizada com

cautela.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Cesariana

Brometo de rocurônio pode ser utilizado como parte da técnica de indução de sequência rápida de anestesia em

pacientes submetidas à cesariana, desde que não se preveja nenhuma dificuldade de intubação e seja administrada

uma dose suficiente de agente anestésico, ou após intubação facilitada por suxametônio. Brometo de rocurônio,

quando administrado em doses de 0,6 mg.kg -1

, mostrou-se seguro em parturientes submetidas à cesariana. Brometo

de rocurônio não afeta o escore de Apgar, o tônus muscular fetal, nem a adaptação cardiorrespiratória. Amostras de

sangue do cordão umbilical evidenciam que a transferência placentária de brometo de rocurônio é limitada e não leva

à observação de efeitos clínicos adversos no recém-nascido.

Nota 1: doses de 1,0 mg.kg -1

foram investigadas durante a indução de sequência rápida de anestesia, mas não em

pacientes de cesariana. Portanto, nesse grupo, apenas uma dose de 0,6 mg.kg -1

é recomendada.

Nota 2: a reversão do bloqueio neuromuscular induzido por agentes bloqueadores neuromusculares pode ser inibida

ou insatisfatória em pacientes recebendo sais de magnésio para toxemia da gravidez, porque estes potencializam o

bloqueio neuromuscular. Dessa forma, nessas pacientes, a dose de brometo de rocurônio deve ser reduzida e ajustada

cuidadosamente pela monitoração de seus efeitos.

Lactação

É desconhecido se brometo de rocurônio é excretado no leite humano. Estudos em animais demonstraram níveis

insignificantes de brometo de rocurônio no leite. Brometo de rocurônio só deve ser administrado a mulheres que

amamentam quando o médico decidir que os benefícios para a paciente suplantam o risco potencial.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e utilizar máquinas

Uma vez que brometo de rocurônio é usado como coadjuvante na anestesia, as mesmas medidas de precaução após a

6-INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Foi demonstrado que os fármacos descritos a seguir influenciam a magnitude e/ou a duração da ação de agentes

bloqueadores neuromusculares não despolarizantes.

BioChimico

4005105-7 VPS Texto de bula - Romeran 7

Efeitos de outros fármacos sobre ROMERAN®

Aumento do efeito

- Anestésicos voláteis halogenados potencializam o bloqueio neuromuscular de brometo de rocurônio. O efeito torna-

se aparente somente com a dose de manutenção (ver item “8. Posologia e modo de usar”). A reversão do bloqueio

com inibidores da acetilcolinesterase também pode ser inibida.

- Após a intubação com suxametônio (ver item “8. Posologia e modo de usar”).

- O uso concomitante prolongado de corticosteroides e brometo de rocurônio na UTI pode resultar em bloqueio

neuromuscular prolongado ou miopatia (ver itens “5. advertências e precauções” e “9. reações adversas”).

Outros fármacos:

- Antibióticos: aminoglicosídeos, lincosamida, antibióticos polipeptídeos, acilaminopenicilínicos;

- Diuréticos, quinidina e seus isômeros quinina, sais de magnésio, agentes bloqueadores do canal de cálcio, sais de

lítio, anestésicos locais (lidocaína intravenosa, bupivacaína epidural) e administração aguda de fenitoína ou agentes

β-bloqueadores.

A paralisia residual tem sido relatada após a administração pós-operatória de: aminoglicosídeos, lincosamina,

antibióticos polipeptídeos e acilaminopenicilínicos, quinidina, quinina e sais de magnésio (ver item “5. Advertências

e precauções”).

Diminuição do efeito

- Administração prévia crônica de fenitoína ou carbamazepina.

- Inibidores da protease (gabexato, ulinastatina).

Efeito variável

- A administração de outros agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes em combinação com brometo

de rocurônio pode produzir atenuação ou potencialização do bloqueio neuromuscular, dependendo da ordem da

administração e do agente bloqueador neuromuscular utilizado.

- O suxametônio administrado após a administração de brometo de rocurônio pode produzir potencialização ou

atenuação do efeito bloqueador neuromuscular de brometo de rocurônio.

Efeito de ROMERAN®

sobre outros fármacos

O uso de brometo de rocurônio combinado com lidocaína pode resultar em um início de ação mais rápido desta.

Pacientes pediátricos

Não foram realizados estudos formais sobre interações. As interações mencionadas anteriormente para pacientes

adultos e suas advertências e precauções especiais de uso (ver item “5. Advertências e precauções”) também devem

ser levadas em consideração para pacientes pediátricos.

7-CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

O produto deve ser conservado sob refrigeração (entre 2° e 8°C), ao abrigo da luz, podendo ser conservado entre 8 e

30°C por um período de até 12 semanas, após o qual deve ser colocado novamente sob refrigeração (entre 2° e 8°C)

até o término de seu prazo de validade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não utilize medicamentos com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Uma vez que ROMERAN®

não contém conservantes, a solução deve ser utilizada imediatamente após a

abertura do frasco.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

8-POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio deve ser administrado somente por

médicos experientes, ou sob a sua supervisão, familiarizados com a ação e o uso desses fármacos. Brometo de

rocurônio deve ser administrado por via intravenosa, tanto por injeção em bolus quanto por infusão contínua.

Compatibilidade

Em estudos de compatibilidade foi demonstrado que brometo de rocurônio, em concentrações nominais de 0,5 mg/

ml e 2,0 mg/mL, é compatível com as seguintes soluções de infusão:

- NaCl a 0,9%;

-glicose a 5%;

-soro glicofisiológico (glicose a 5% em soro fisiológico);

-água para injeção;

-Solução de Ringer Lactato;

-Haemacel;

BioChimico

4005105-7 VPS Texto de bula - Romeran 8

A administração deve ser iniciada imediatamente após a mistura, devendo ser completada dentro de 24 horas

seguintes. As soluções não utilizadas devem ser descartadas.

Incompatibilidade

Foi documentada incompatibilidade física de brometo de rocurônio quando adicionado a soluções que contenham os

seguintes fármacos: anfotericina, amoxicilina, azatioprina, cefazolina, cloxacilina, dexametasona, diazepam,

enoximona eritromicina, famotidina, furosemida, succinato sódico de hidrocortisona, insulina, meot-hexital,

metilprednisolona, succinato sódico de prednisolona, tiopemtal, trimetoprima e vancomicina. Brometo de rocurônio

também é incompatível com intralipídeo. Brometo de rocurônio não deve ser misturado a outros medicamentos,

exceto aqueles já citados anteriormente como compatíveis. Se brometo de rocurônio for administrado na mesma via

de infusão utilizada também para outros fármacos, é importante que a linha de infusão seja lavada adequadamente

(por ex., com cloreto de sódio a 0,9%) entre a administração de brometo de rocurônio e fármacos para os quais foi

demonstrada incompatibilidade com brometo de rocurônio, ou cuja compatibilidade ainda não tenha sido

estabelecida.

Posologia

Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, a dose de brometo de rocurônio deve ser individualizada.

Para definir a dose, deve-se levar em consideração o método de anestesia utilizada e a duração prevista da cirurgia, o

método de sedação empregado e a duração prevista de ventilação mecânica, possível interação com outros fármacos

administrados concomitantemente e o estado do paciente. Recomenda-se o emprego de uma técnica adequada para

monitorar o bloqueio neuromuscular e sua recuperação. Os anestésicos inalatórios potencializam o efeito do bloqueio

neuromuscular de brometo de rocurônio. No entanto, essa potencialização torna-se clinicamente relevante durante a

anestesia quando os agentes voláteis alcançam as concentrações tissulares requeridas para a referida interação.

Consequentemente, durante procedimentos mais longos (tempo superior a 1 hora) sob anestesia inalatória (ver item

“6. Interações medicamentosas”), os ajustes de dose de brometo de rocurônio devem ser feitos pela administração de

doses de manutenção menores, em intervalos menos frequentes, ou pelo uso de doses de infusão menores de brometo

de rocurônio. As recomendações de doses apresentadas a seguir podem servir de diretriz para intubação traqueal e

relaxamento muscular em procedimentos cirúrgicos de curta a longa duração e para uso na Unidade de Terapia

Intensiva em pacientes adultos.

Procedimentos cirúrgicos

Intubação traqueal

A dose padrão para intubação durante anestesia de rotina é de 0,6 mg.kg -1

de brometo de rocurônio. Com tal dose são

estabelecidas condições adequadas de intubação dentro de 60 segundos em quase todos os pacientes. Recomenda-se

uma dose de 1,0 mg.kg -1

de brometo de rocurônio para facilitar as condições de intubação traqueal durante a indução

de sequência rápida de anestesia. Com tal dose são estabelecidas condições adequadas de intubação dentro de 60

segundos em quase todos os pacientes. Se for utilizada uma dose de 0,6 mg.kg -1

de brometo de rocurônio para

indução de sequência rápida de anestesia, recomenda-se intubar o paciente 90 segundos após a administração do

brometo de rocurônio. Para o uso de brometo de rocurônio durante uma sequência rápida de indução da anestesia em

pacientes submetidas à cesariana, (ver item “5. Advertências e precauções - Gravidez e lactação”).

Doses elevadas

Caso haja razão para o uso de doses elevadas em um paciente em particular, doses inicias de até 2 mg.kg -1

de

brometo de rocurônio têm sido administradas durante a cirurgia sem que sejam observados efeitos cardiovasculares

adversos. O uso dessas doses elevadas de brometo de rocurônio diminui o tempo de início da ação e aumenta a

duração da ação (ver item “3. Características farmacológicas – “Propriedades farmacodinâmicas”).

Dose de manutenção

A dose de brometo de rocurônio recomendada para manutenção é de 0,15 mg.kg -1

. Em caso de anestesia inalatória de

longa duração, esta deve ser reduzida para 0,075-0,1 mg.kg -1

. As doses de manutenção devem ser administradas

preferencialmente quando a transmissão neuromuscular tenha se recuperado em 25%, ou quando houver 2 a 3

contrações a um estímulo TOF.

Infusão contínua

Caso o brometo de rocurônio seja administrado por infusão contínua, a dose inicial recomendada é de 0,6 mg.kg-1

,

iniciando-se a administração por infusão quando o bloqueio neuromuscular começar a se recuperar. O índice de

infusão deve ser ajustado de modo a manter uma resposta da transmissão neuromuscular de 10% do controle do

tamanho da contração, ou 1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF. Em adultos sob anestesia intravenosa, o

índice de infusão requerido para manter o bloqueio neuromuscular nesse nível está entre 0,3 a 0,6 mg.kg-1

h-1

, e sob

anestesia inalatória o índice de infusão varia entre 0,3 a 0,4 mg.kg-1

.h-1

. Recomenda-se o controle contínuo do

bloqueio neuromuscular, uma vez que os requisitos do índice de infusão variam de um paciente para outro e com o

tipo de anestesia utilizada.

Pacientes pediátricos

4005105-7 VPS Texto de bula - Romeran 9

Para recém-nascidos a termo (0-28 dias), lactentes (28 dias a 23 meses), crianças (2 a 11 anos) e adolescentes (12 a 18

anos), a dose recomendada para a intubação durante a anestesia de rotina e a dose de manutenção são similares às dos

adultos. No caso de infusão contínua pediátrica, os índices de infusão, exceto para crianças, são os mesmos que para

adultos. Para crianças, índices maiores de infusão podem ser necessários e o índice de infusão inicial é o mesmo

recomendado para adultos. Este deve ser ajustado para manter a resposta de contração a 10% da altura da contração

de controle ou para manter 1 ou 2 respostas TOF durante o procedimento. A experiência com brometo de rocurônio

na indução de sequência rápida em pacientes pediátricos é limitada. Portanto, o brometo de rocurônio não é

recomendado para facilitar as condições da intubação traqueal durante a indução de sequência rápida em pacientes

pediátricos.

Pacientes geriátricos e pacientes com doenças hepáticas e/ou do trato biliar e/ou insuficiência renal

A dose padrão para intubação de pacientes geriátricos e pacientes com doenças hepáticas e/ou do trato biliar e/ou

insuficiência renal durante a anestesia de rotina é de 0,6 mg.kg -1

de brometo de rocurônio. Deve-se considerar uma

dose de 0,6 mg.kg-1

para indução de sequência rápida de anestesia nos pacientes em que se espera um prolongamento

da ação. Independentemente da técnica anestésica aplicada, recomenda-se para tais pacientes uma dose de

manutenção de brometo de rocurônio de 0,075 a 0,1 mg.kg-1

, com uma velocidade de infusão de 0,3 a 0,4 mg.kg -1

(ver item “8. Posologia e modo de usar - Infusão contínua”).

Pacientes obesos e com excesso de peso

Ao utilizar brometo de rocurônio em pacientes com excesso de peso ou obesos (definidos como pacientes com peso

corporal superior a 30% ou mais em relação ao peso corporal ideal), as doses devem ser reduzidas em função do peso

corporal ideal.

Procedimentos de terapia intensiva

Para intubação traqueal, devem-se usar as mesmas doses recomendadas para procedimentos cirúrgicos.

Recomenda-se o uso de uma dose inicial de 0,6 mg.kg -1

de brometo de rocurônio, seguida por uma infusão contínua

assim que haja recuperação de 10% ao estímulo ou 1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF. As doses devem

ser sempre ajustadas para cada paciente. Em pacientes adultos, para a manutenção do bloqueio neuromuscular em 80

a 90% (1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF), recomenda-se uma velocidade inicial de infusão de 0,3 a

0,6 mg.kg-1

durante a primeira hora de administração, a qual deverá ser reduzida, de acordo com a resposta

individual, durante as próximas 6 a 12 horas. A partir daí, os requisitos individuais de dose permanecem

relativamente constantes.

Em estudos clínicos controlados foi encontrada uma grande variabilidade entre os pacientes nas velocidades de

infusão horária, variando de 0,2 a 0,5 mg.kg-1

, dependendo da natureza e extensão da falência de órgãos,

medicação concomitante e características individuais dos pacientes. Recomenda-se enfaticamente a monitoração da

transmissão neuromuscular para obter ótimo controle individual do paciente. Foi investigada a administração por até

7 dias.

Populações especiais

Brometo de rocurônio não é recomendado para facilitar a ventilação mecânica na terapia intensiva em pacientes

pediátricos e geriátricos, devido à falta de dados de segurança e eficácia.

9-REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas mais comuns incluem dor/reação no local da injeção, alterações nos sinais vitais e bloqueio

neuromuscular prolongado. As reações adversas graves relatadas com mais frequência durante a farmacovigilância

foram reações anafiláticas e anafilactoides e sintomas associados. Ver também as informações abaixo da tabela.

MedDRA SOC

Termo Preferidoa

Incomum/raro

(<1/100, >1/10000b

)

Muito raro

(<1/10000)

Distúrbios do sistema

imune

Hipersensibilidade, reações

anafiláticas, reações

anafilactóides, choque

anafilático, choque

anafilactóide

Distúrbios do sistema nervoso Paralisia flácida

Distúrbios cardíacos Taquicardia

Distúrbios vasculares Hipotensão Choque e colapso circulatório,

BioChimico

4005105-7 VPS Texto de bula - Romeran 10

flushing

Distúrbios respiratórios,

torácicos e mediastinais

Broncoespasmo

Distúrbios de pele e tecidos

subcutâneos

Edema angioneurótico,

urticária, exantema, erupção

eritematosa

Distúrbios

musculoesqueléticos e do

tecido conectivo

Fraqueza muscularc

e miopatia

esteroidalc

Distúrbios gerais e condições e

no local da administração

Fármaco ineficaz, efeito do

fármaco/resposta terapêutica

diminuída, efeito do

aumentada, dor no local da

injeção, reação no local da

injeção

Edema facial

Lesão, intoxicação e

complicações no procedimento

Bloqueio neuromuscular

prolongado, recuperação

retardada da anestesia

Complicação anestésica de vias

aéreas

MedDRA versão 8.1

a

as frequências são estimativas derivadas de dados dos relatórios de farmacovigilância e de dados de literatura em

geral.

b

os dados de farmacovigilância não podem fornecer a incidência precisa. Por essa razão, a frequência relatada foi

dividida em duas e não em cinco categorias.

c

após uso de longa duração em UTI.

Anafilaxia

Embora muito raras, foram relatadas reações anafiláticas graves a agentes bloqueadores neuromusculares, incluindo

brometo de rocurônio. As reações anafiláticas/anafilactóides broncoespasmo, alterações cardiovasculares (ex.

hipotensão, taquicardia, colapso - choque circulatório) e cutâneas (ex. angioedema e urticária). Em alguns casos,

essas reações foram fatais. Devido à possível gravidade dessas reações, deve-se sempre supor que elas possam

ocorrer e tomar as precauções necessárias. Uma vez que os agentes bloqueadores neuromusculares são sabidamente

capazes de induzir a liberação de histamina, tanto no local da injeção quanto sistemicamente, a possibilidade de

ocorrência de reações pruriginosas e eritematosas no local da injeção e/ou reações histamínicas (anafilactoides)

generalizadas (ver também sobre reações anafiláticas acima), deve(m) ser sempre levada(s) em consideração quando

se administra tais drogas. Em estudos clínicos, foram observados apenas pequenos aumentos nos níveis plasmáticos

médios de histamina após a administração rápida em bolus de doses de 0,3 a 0,9 mg.kg-1

de brometo de rocurônio.

Bloqueio neuromuscular prolongado

A reação adversa mais frequente à classe dos agentes bloqueadores não despolarizantes consiste na extensão da ação

farmacológica da droga além do período necessário. Esta pode variar de fraqueza dos músculos esqueléticos a

paralisia profunda e prolongada destes, resultando em insuficiência respiratória ou apneia.

Miopatia

Foram relatados casos de miopatia após o uso de diversos agentes bloqueadores neuromusculares em combinação

com corticosteroides na UTI (ver item “5. Advertências e precauções”).

Reações no local da injeção

Durante a indução de sequência rápida de anestesia, foi relatada dor à injeção, especialmente quando o paciente não

havia perdido completamente a consciência e, particularmente, quando o propofol foi usado como agente de indução.

Em estudos clínicos, foi observada dor à injeção em 16% dos pacientes submetidos à indução de sequência rápida de

anestesia com propofol e em menos de 0,5% dos submetidos à indução de sequência rápida de anestesia com fentanil

e tiopental.

Pacientes pediátricos

Uma meta-análise de 11 estudos clínicos em pacientes pediátricos (n=704) com brometo de rocurônio (até 1 mg/kg)

mostrou que taquicardia foi identificada como reação adversa com uma frequência de 1,4%.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.