Bula do Romeran produzido pelo laboratorio Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Romeran®
brometo de rocurônio
Instituto BioChimico Indústria Farmacêutica Ltda.
Solução injetável
10mg/mL
BioChimico
4005105-7 VPS Texto de bula - Romeran 2
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Solução injetável para uso intravenoso: Cartucho com 12 frascos-ampola de 5 mL (10 mg/mL).
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém:
brometo de rocurônio............................................................................................................... 50 mg
excipientes q.s.p. (acetato de sódio, cloreto de sódio, metabissulfito de sódio, hidróxido de sódio, ácido acético e água
para injeção)
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Brometo de rocurônio é indicado como adjuvante à anestesia geral para facilitar a intubação endotraqueal em
procedimentos de rotina e de indução de sequencia rápida de anestesia, e para relaxar a musculatura esquelética
durante as intervenções cirúrgicas. Brometo de rocurônio também é indicado como adjuvante na unidade de terapia
intensiva (UTI) para facilitar a intubação endotraqueal e a ventilação mecânica. Para a população pediátrica: brometo
de rocurônio é indicado como adjuvante à anestesia geral para facilitar a intubação traqueal durante a indução de
rotina e para proporcionar relaxamento dos músculos esqueléticos durante cirurgias em pacientes pediátricos desde
recém-nascidos a termo até adolescentes.
A eficácia de brometo de rocurônio foi avaliada em estudos que utilizaram a medida do efeito de bloqueio da
transmissão neuromuscular e dos escores das condições de intubação, que são consideradas medidas previsíveis de
eficácia de agentes bloqueadores neuromusculares. Estudos clínicos realizados em população pediátrica mostraram
que o início da ação em crianças e lactentes com uma dose de intubação de 0,6 mg.kg-1
é ligeiramente mais curto do
que em adultos. A comparação dentro de grupos etários pediátricos mostrou que o tempo de início médio em recém-
nascidos a termo (0-27 dias) e adolescentes (11 a 17 anos) (1,0 min.) é discretamente mais longo do que em lactentes
(entre 28 dias e 2 meses), crianças pequenas (entre 3 e 23 meses) e crianças maiores (entre 2 e 11 anos) (0,4 min., 0,6
min. e 0,8 min., respectivamente). A duração do relaxamento e o tempo de recuperação tendem a ser menores em
lactentes se comparados a crianças e adultos. A comparação dentro dos grupos etários pediátricos demonstrou que o
tempo médio para reaparecimento de T3 foi prolongado em recém-nascidos a termo e lactentes (entre 28 dias e 2
meses) (56,7 e 60,7 min., respectivamente) quando comparados com crianças entre 3 e 23 meses, crianças 2 e 11 anos
e adolescentes (entre 11 e 17 anos) (45,4 min., 37,6 min. e 42,9 min., respectivamente). Mais informações sobre a
eficácia desse produto podem ser encontradas no item “Farmacodinâmica”.
Referências bibliográficas:
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BioChimico
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Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: relaxantes musculares, agentes de ação periférica. Código ATC: M03AC09.
Mecanismo de ação
Brometo de rocurônio é um agente bloqueador neuromuscular não despolarizante de ação intermediária, com rápido
início de ação, que apresenta todas as ações farmacológicas características desta classe de fármacos (curariforme).
Brometo de rocurônio atua competindo pelos colinorreceptores nicotínicos da placa motora terminal. Esta ação é
antagonizada pelos inibidores da acetilcolinesterase, tais como neostigmina, edrofônio e piridostigmina.
Efeitos farmacodinâmicos
A DE90 (dose requerida para produzir uma depressão de 90% da transmissão neuromuscular do polegar à
estimulação do nervo ulnar) durante a anestesia intravenosa é de aproximadamente 0,3 mg/kg de brometo de
rocurônio. A DE95 em lactentes é menor do que em adultos e crianças (0,25; 0,35 e 0,40 mg.kg-1
). A duração clínica
(duração até a recuperação espontânea de 25% da transmissão neuromuscular) com 0,6 mg.kg-1
de brometo de
rocurônio é de 30-40 minutos. A duração total (tempo até a recuperação espontânea de 90% da transmissão
neuromuscular) é de 50 minutos. O tempo médio para a recuperação espontânea de 25 a 75% da transmissão
neuromuscular (índice de recuperação) após uma dose em bolus de 0,6 mg.kg -1
de brometo de rocurônio é de 14
minutos. Com doses menores de 0,3-0,45 mg.kg -1
de brometo de rocurônio (1-1 ½ vezes a DE90), o início de ação é
mais lento e a duração da ação é menor. Com doses elevadas de 2 mg.kg -1
, a duração clínica é de 110 minutos.
Intubação durante a anestesia de rotina
Dentro de sessenta segundos após a administração intravenosa de uma dose de 0,6 mg.kg -1
de brometo de rocurônio
(2 vezes a DE90 sob anestesia intravenosa), podem ser obtidas condições de intubação adequadas em quase todos os
pacientes, dos quais 80% apresentam condições de intubação classificadas como excelentes. Após a administração de
0,45 mg.kg -1
de brometo de rocurônio, obtêm-se condições de intubação aceitáveis após 90 segundos e, dentro de 2
minutos, estabelece-se uma paralisia muscular geral adequada para qualquer tipo de intervenção cirúrgica.
Indução de sequencia rápida
Após uma dose de 1,0 mg.kg-1
de brometo de rocurônio durante a indução de sequência rápida de anestesia, são
obtidas condições adequadas de intubação em 60 segundos em 93% dos pacientes sob anestesia com propofol e em
96% daqueles com fentanil/tiopental. Destas, 70% são classificadas como excelentes. A duração clínica com essa
dose aproxima-se de 1 hora, tempo em que o bloqueio neuromuscular pode ser revertido com segurança. Após uma
dose de 0,6 mg.kg-1
de brometo de rocurônio durante a indução de sequência rápida de anestesia, são obtidas
condições adequadas de intubação dentro de 60 segundos em 81% dos pacientes sob anestesia com propofol e 75%
daqueles com fentanil/tiopental.
Pacientes pediátricos
O tempo médio de início da ação em lactentes e crianças com uma dose de intubação de 0,6 mg.kg -1
é discretamente
menor do que em adultos. A comparação dentro de grupos etários pediátricos mostrou que o tempo médio de início
em recém-nascidos a termo e adolescentes (1,0 min.) é discretamente maior do que em lactentes, crianças menores e
crianças maiores (0,4 min., 0,6 min. e 0,8 min., respectivamente). A duração do relaxamento e o tempo de
recuperação tendem a ser menores em crianças, se comparados a lactentes e adultos. A comparação dentro dos grupos
etários pediátricos demonstrou que o tempo médio para reaparecimento de T3 foi prolongado em recém-nascidos a
termo e lactentes (56,7 e 60,7 min., respectivamente) quando comparados com crianças menores, crianças maiores e
adolescentes (45,4 min., 37,6 min. e 42,9 min., respectivamente).
Pacientes geriátricos e pacientes com doenças hepáticas e/ou do trato biliar e/ou insuficiência renal
A duração da ação das doses de manutenção de 0,15 mg.kg -1
de brometo de rocurônio podem ser maiores sob
anestesia com enflurano e isoflurano em pacientes geriátricos e em pacientes com doenças hepáticas e/ou renais
(aproximadamente 20 minutos), do que em pacientes sem deterioração das funções dos órgãos excretores sob
anestesia intravenosa (aproximadamente 13 minutos). Não foram observados efeitos cumulativos (aumento
progressivo da duração de ação) com doses repetidas de manutenção no nível recomendado.
Unidade de Terapia Intensiva
BioChimico
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Após infusão contínua na Unidade de Terapia Intensiva, o tempo para recuperação da razão de TOF para 0,7 depende
do nível de bloqueio ao final da infusão. Após uma infusão contínua por 20 horas ou mais, a faixa média de tempo
entre o retorno de T2 ao estímulo de TOF e a recuperação da razão de TOF para 0,7 é de aproximadamente 1,5 (1 a 5)
hora em pacientes sem falência múltipla de órgãos e de 4 (1 a 25) horas em pacientes com falência múltipla de
órgãos.
Cirurgia Cardiovascular
Em pacientes que serão submetidos à cirurgia cardiovascular, as alterações cardiovasculares mais comuns durante o
início da ação do bloqueio máximo após uma dose de 0,6 a 0,9 mg.kg -1
de brometo de rocurônio são um aumento
pequeno e clinicamente insignificante da frequência cardíaca de até 9%, e um aumento da pressão arterial média de
até 16% em relação aos valores de controle.
Reversão do relaxamento muscular
A ação do rocurônio pode ser antagonizada tanto pelo sugamadex quanto por inibidores da acetilcolinesterase
(neostigmina, piridostigmina ou edrofônio). O sugamadex pode ser administrado para reversão de rotina (em 1-2
contagens pós-tetânicas para reaparecimento de T2) ou para reversão imediata (3 minutos após administração do
brometo de rocurônio). Os inibidores da acetilcolinesterase podem ser administrados ao reaparecimento de T2 ou aos
primeiros sinais de recuperação clínica.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração intravenosa de brometo de rocurônio, a concentração plasmática estabelece-se em três fases
exponenciais.
Em adultos normais a média da meia-vida de eliminação (95% IC) é de 73 (66 - 80) minutos, o volume aparente de
distribuição em condições de equilíbrio dinâmico é de 203 (193 - 214) mL/kg e o clearance plasmático é de 3,7 (3,5 -
3,9) mL/kg-1
/min-1
. O rocurônio é excretado na urina e bile. A excreção na urina se aproxima de 40% dentro de 12-24
horas. Após injeção de uma dose marcada radioativamente de brometo de rocurônio, a excreção do marcador
radioativo é, em média, de 47% na urina e 43% nas fezes após 9 dias. Aproximadamente 50% é recuperado como
substância inalterada.
A farmacocinética do brometo de rocurônio em pacientes pediátricos (n=146) com idades variando de 0 a 17 anos, foi
avaliada utilizando uma análise da população de um conjunto de dados farmacocinéticos de dois estudos clínicos em
anestesia com sevoflurano (indução) e isoflurano/óxido nitroso (manutenção). Verificou-se que todos os parâmetros
farmacocinéticos foram proporcionalmente lineares com o peso corporal ilustrado por uma depuração semelhante
(L.h -1
.kg -1
). O volume de distribuição (L.kg -1
) e a meia-vida de eliminação (h) diminuíram com a idade (anos). Os
parâmetros farmacocinéticos típicos de pacientes pediátricos dentro de cada grupo etário são resumidos a seguir:
Parâmetros farmacocinéticos do brometo de rocurônio em pacientes pediátricos típicos
Parâmetro
farmacocinético
Recém-
nascidos a
termo (0-27
dias)
Lactentes
(28 dias a 2
meses)
Crianças
pequenas (3
a 23 meses)
maiores (2 a
11 anos)
Adolescentes
(11 a 17
anos)
Depuração
kg -1
)
0,293 0,293 0,293 0,293 0,293
Volume de
distribuição no
estado de
equilíbrio
dinâmico
(L.kg -1
0,424 0,295 0,232 0,177 0,174
Meia-vida de
eliminação (h)
1,1 0,9 0,8 0,7 0,7
Em estudos controlados, a depuração plasmática em pacientes geriátricos e em pacientes com disfunção renal foi
reduzida na maioria dos estudos, mas sem atingir o nível de significância estatística. Em pacientes com doença
hepática, a meia-vida de eliminação média é prolongada com 30 minutos e a depuração plasmática média é reduzida
em 1 mL.kg -1
.min -1
.
Quando o brometo de rocurônio é administrado como infusão contínua para facilitar a ventilação mecânica por 20
horas ou mais, a média da meia-vida de eliminação e a média do volume aparente de distribuição no estado de
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equilíbrio dinâmico são aumentadas.
Em estudos clínicos controlados, foi encontrada uma grande variabilidade entre os pacientes relacionada à natureza e
extensão da falência (múltipla) de órgãos e às características individuais do paciente. Em pacientes com falência
múltipla de órgãos foram encontrados uma meia-vida média (± DP) de eliminação de 21,5 (± 3,3) horas, um volume
aparente de distribuição de 1,5 (± 0,8) L.kg-1
no estado de equilíbrio dinâmico e uma depuração plasmática de 2,1 (±
0,8) mL.kg -1
.min-1.
Dados de segurança pré-clínicos
Em estudos não clínicos, os efeitos foram observados somente em exposições consideradas suficientemente
excessivas do máximo exposto aos humanos, indicando pouca relevância para o uso clínico. Não há nenhum modelo
animal apropriado para estudar as situações clínicas normalmente extremas e complexas de um paciente na Unidade
de Terapia Intensiva. Assim, a segurança de brometo de rocurônio na facilitação da ventilação mecânica na Unidade
de Terapia Intensiva baseia-se principalmente nos resultados obtidos em estudos clínicos.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que tenham manifestado hipersensibilidade ao rocurônio,
ao íon brometo ou a qualquer um de seus componentes.
Uma vez que brometo de rocurônio provoca paralisia da musculatura respiratória, pacientes tratados com esse
medicamento devem, obrigatoriamente, receber ventilação de suporte, até que haja restauração adequada da
respiração espontânea. Assim como ocorre com todos os agentes bloqueadores neuromusculares, é importante prever
dificuldades de intubação, particularmente quando utilizada como parte de uma técnica de indução de sequência
rápida de anestesia. Em casos de dificuldade de intubação resultando em necessidade clínica para reversão imediata
do bloqueio neuromuscular induzido pelo rocurônio, o uso do sugamadex deve ser considerado. Assim como ocorre
com todos os agentes bloqueadores neuromusculares, é importante prever dificuldades de intubação, particularmente
quando utilizada como parte de uma técnica de indução de sequência rápida de anestesia. Em casos de dificuldade de
intubação resultando em necessidade clínica para reversão imediata do bloqueio neuromuscular induzido pelo
rocurônio, o uso do sugamadex deve ser considerado. Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares,
existem relatos de paralisia residual com brometo de rocurônio. Com o objetivo de prevenir complicações resultantes
desta, recomenda-se a extubação do paciente somente após suficiente recuperação do bloqueio neuromuscular. Outros
fatores que poderiam causar paralisia residual após a extubação na fase pós-operatória (como interações
medicamentosas e condições do paciente) também devem ser considerados. Se não for usado como parte da prática
clínica padrão, deve ser considerado o uso do sugamadex ou de um outro um agente reversor, especialmente nos
casos onde a paralisia residual é mais provável de ocorrer. Após a administração de agentes bloqueadores
neuromusculares podem ocorrer reações anafiláticas, por isso sempre devem ser tomadas precauções para tratar tais
reações. Particularmente, no caso de reações anafiláticas prévias com agentes bloqueadores neuromusculares, devem
ser tomadas precauções especiais uma vez que foram relatadas reações alérgicas cruzadas a agentes bloqueadores
neuromusculares. Em geral, após o uso prolongado dos bloqueadores neuromusculares na UTI, tem sido observada
uma paralisia prolongada e/ou fraqueza dos músculos esqueléticos. Para auxiliar a excluir um possível prolongamento
do bloqueio neuromuscular e/ou superdose, recomenda-se enfaticamente que a transmissão neuromuscular seja
monitorada durante o uso dos agentes bloqueadores neuromusculares. Além disso, os pacientes devem receber
analgesia e sedação adequadas. Adicionalmente, os agentes bloqueadores neuromusculares devem ser ajustados
individualmente de acordo com o efeito, por médicos experientes que estejam familiarizados com suas ações e
técnicas de monitoração neuromuscular apropriadas ou sob sua supervisão. Regularmente, foram relatados casos de
miopatia após a administração a longo prazo na UTI de outros agentes bloqueadores neuromusculares não
despolarizantes em combinação com corticosteroide. Portanto, nessa situação, o período de uso do agente bloqueador
neuromuscular deve ser o mais limitado possível. Caso seja utilizado suxametônio para a intubação, a administração
de brometo de rocurônio deve ser retardada, até que o paciente esteja clinicamente recuperado do bloqueio
neuromuscular induzido pelo suxametônio.
As condições descritas a seguir podem influenciar a farmacocinética e/ou a farmacodinâmica de ROMERAN®
:
Doença hepática e/ou do trato biliar e insuficiência renal
Brometo de rocurônio deve ser usado com cuidado em pacientes com doença hepática e/ou biliar e/ou insuficiência
renal clinicamente significativa(s), pois o rocurônio é excretado na urina e bile. Nesses grupos de pacientes, foi
observado prolongamento da ação com doses de 0,6 mg.kg-1
de brometo de rocurônio.
Tempo de circulação prolongado
BioChimico
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Condições associadas ao tempo de circulação prolongado, tais como doença cardiovascular, idade avançada e estado
edematoso levando a um aumento do volume de distribuição, podem contribuir para um início de ação mais lento. A
duração da ação também pode ser prolongada devido à depuração plasmática reduzida.
Doença neuromuscular
Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio deve ser utilizado com extremo
cuidado em pacientes com doença neuromuscular ou após poliomielite, pois a resposta a agentes bloqueadores
neuromusculares pode ser consideravelmente alterada nesses casos. A magnitude e a direção dessa alteração podem
variar muito. Em pacientes com miastenia gravis ou com síndrome miastênica (Eaton-Lambert), pequenas doses de
brometo de rocurônio podem ter efeitos acentuados; por isso, nesses pacientes, brometo de rocurônio deve ser
ajustado individualmente de acordo com o efeito, até que seja obtida a resposta desejada.
Hipotermia
Em cirurgias sob condições hipotérmicas, o efeito bloqueador neuromuscular de brometo de rocurônio é aumentado e
sua duração prolongada.
Obesidade
Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio pode apresentar um prolongamento
na duração e na recuperação espontânea em pacientes obesos quando administrado em doses calculadas com base no
peso corporal real.
Queimaduras
Pacientes com queimaduras sabidamente desenvolvem resistência a agentes bloqueadores neuromusculares não
despolarizantes. Recomenda-se que a dose seja ajustada à resposta.
Condições que podem aumentar os efeitos de ROMERAN®
Hipocalemia (por ex. após vômito e diarreia graves e terapia diurética), hipermagnesemia, hipocalcemia (após
transfusões maciças), hipoproteinemia, desidratação, acidose, hipercapnia e caquexia.
Distúrbios eletrolíticos graves, alteração do pH sanguíneo ou desidratação devem ser, portanto, corrigidos quando
possível.
Gravidez e lactação
Gravidez - Categoria C.
Não existem dados disponíveis da exposição ao brometo de rocurônio durante a gravidez. Estudos em animais não
indicam efeitos nocivos diretos ou indiretos em relação à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou
desenvolvimento pós-natal. A prescrição de brometo de rocurônio para mulheres grávidas deve ser realizada com
cautela.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Cesariana
Brometo de rocurônio pode ser utilizado como parte da técnica de indução de sequência rápida de anestesia em
pacientes submetidas à cesariana, desde que não se preveja nenhuma dificuldade de intubação e seja administrada
uma dose suficiente de agente anestésico, ou após intubação facilitada por suxametônio. Brometo de rocurônio,
quando administrado em doses de 0,6 mg.kg -1
, mostrou-se seguro em parturientes submetidas à cesariana. Brometo
de rocurônio não afeta o escore de Apgar, o tônus muscular fetal, nem a adaptação cardiorrespiratória. Amostras de
sangue do cordão umbilical evidenciam que a transferência placentária de brometo de rocurônio é limitada e não leva
à observação de efeitos clínicos adversos no recém-nascido.
Nota 1: doses de 1,0 mg.kg -1
foram investigadas durante a indução de sequência rápida de anestesia, mas não em
pacientes de cesariana. Portanto, nesse grupo, apenas uma dose de 0,6 mg.kg -1
é recomendada.
Nota 2: a reversão do bloqueio neuromuscular induzido por agentes bloqueadores neuromusculares pode ser inibida
ou insatisfatória em pacientes recebendo sais de magnésio para toxemia da gravidez, porque estes potencializam o
bloqueio neuromuscular. Dessa forma, nessas pacientes, a dose de brometo de rocurônio deve ser reduzida e ajustada
cuidadosamente pela monitoração de seus efeitos.
Lactação
É desconhecido se brometo de rocurônio é excretado no leite humano. Estudos em animais demonstraram níveis
insignificantes de brometo de rocurônio no leite. Brometo de rocurônio só deve ser administrado a mulheres que
amamentam quando o médico decidir que os benefícios para a paciente suplantam o risco potencial.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir e utilizar máquinas
Uma vez que brometo de rocurônio é usado como coadjuvante na anestesia, as mesmas medidas de precaução após a
Foi demonstrado que os fármacos descritos a seguir influenciam a magnitude e/ou a duração da ação de agentes
bloqueadores neuromusculares não despolarizantes.
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Efeitos de outros fármacos sobre ROMERAN®
Aumento do efeito
- Anestésicos voláteis halogenados potencializam o bloqueio neuromuscular de brometo de rocurônio. O efeito torna-
se aparente somente com a dose de manutenção (ver item “8. Posologia e modo de usar”). A reversão do bloqueio
com inibidores da acetilcolinesterase também pode ser inibida.
- Após a intubação com suxametônio (ver item “8. Posologia e modo de usar”).
- O uso concomitante prolongado de corticosteroides e brometo de rocurônio na UTI pode resultar em bloqueio
neuromuscular prolongado ou miopatia (ver itens “5. advertências e precauções” e “9. reações adversas”).
Outros fármacos:
- Antibióticos: aminoglicosídeos, lincosamida, antibióticos polipeptídeos, acilaminopenicilínicos;
- Diuréticos, quinidina e seus isômeros quinina, sais de magnésio, agentes bloqueadores do canal de cálcio, sais de
lítio, anestésicos locais (lidocaína intravenosa, bupivacaína epidural) e administração aguda de fenitoína ou agentes
β-bloqueadores.
A paralisia residual tem sido relatada após a administração pós-operatória de: aminoglicosídeos, lincosamina,
antibióticos polipeptídeos e acilaminopenicilínicos, quinidina, quinina e sais de magnésio (ver item “5. Advertências
e precauções”).
Diminuição do efeito
- Administração prévia crônica de fenitoína ou carbamazepina.
- Inibidores da protease (gabexato, ulinastatina).
Efeito variável
- A administração de outros agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes em combinação com brometo
de rocurônio pode produzir atenuação ou potencialização do bloqueio neuromuscular, dependendo da ordem da
administração e do agente bloqueador neuromuscular utilizado.
- O suxametônio administrado após a administração de brometo de rocurônio pode produzir potencialização ou
atenuação do efeito bloqueador neuromuscular de brometo de rocurônio.
Efeito de ROMERAN®
sobre outros fármacos
O uso de brometo de rocurônio combinado com lidocaína pode resultar em um início de ação mais rápido desta.
Pacientes pediátricos
Não foram realizados estudos formais sobre interações. As interações mencionadas anteriormente para pacientes
adultos e suas advertências e precauções especiais de uso (ver item “5. Advertências e precauções”) também devem
ser levadas em consideração para pacientes pediátricos.
O produto deve ser conservado sob refrigeração (entre 2° e 8°C), ao abrigo da luz, podendo ser conservado entre 8 e
30°C por um período de até 12 semanas, após o qual deve ser colocado novamente sob refrigeração (entre 2° e 8°C)
até o término de seu prazo de validade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não utilize medicamentos com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Uma vez que ROMERAN®
não contém conservantes, a solução deve ser utilizada imediatamente após a
abertura do frasco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Modo de usar
Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de rocurônio deve ser administrado somente por
médicos experientes, ou sob a sua supervisão, familiarizados com a ação e o uso desses fármacos. Brometo de
rocurônio deve ser administrado por via intravenosa, tanto por injeção em bolus quanto por infusão contínua.
Compatibilidade
Em estudos de compatibilidade foi demonstrado que brometo de rocurônio, em concentrações nominais de 0,5 mg/
ml e 2,0 mg/mL, é compatível com as seguintes soluções de infusão:
- NaCl a 0,9%;
-glicose a 5%;
-soro glicofisiológico (glicose a 5% em soro fisiológico);
-água para injeção;
-Solução de Ringer Lactato;
-Haemacel;
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A administração deve ser iniciada imediatamente após a mistura, devendo ser completada dentro de 24 horas
seguintes. As soluções não utilizadas devem ser descartadas.
Incompatibilidade
Foi documentada incompatibilidade física de brometo de rocurônio quando adicionado a soluções que contenham os
seguintes fármacos: anfotericina, amoxicilina, azatioprina, cefazolina, cloxacilina, dexametasona, diazepam,
enoximona eritromicina, famotidina, furosemida, succinato sódico de hidrocortisona, insulina, meot-hexital,
metilprednisolona, succinato sódico de prednisolona, tiopemtal, trimetoprima e vancomicina. Brometo de rocurônio
também é incompatível com intralipídeo. Brometo de rocurônio não deve ser misturado a outros medicamentos,
exceto aqueles já citados anteriormente como compatíveis. Se brometo de rocurônio for administrado na mesma via
de infusão utilizada também para outros fármacos, é importante que a linha de infusão seja lavada adequadamente
(por ex., com cloreto de sódio a 0,9%) entre a administração de brometo de rocurônio e fármacos para os quais foi
demonstrada incompatibilidade com brometo de rocurônio, ou cuja compatibilidade ainda não tenha sido
estabelecida.
Posologia
Assim como outros agentes bloqueadores neuromusculares, a dose de brometo de rocurônio deve ser individualizada.
Para definir a dose, deve-se levar em consideração o método de anestesia utilizada e a duração prevista da cirurgia, o
método de sedação empregado e a duração prevista de ventilação mecânica, possível interação com outros fármacos
administrados concomitantemente e o estado do paciente. Recomenda-se o emprego de uma técnica adequada para
monitorar o bloqueio neuromuscular e sua recuperação. Os anestésicos inalatórios potencializam o efeito do bloqueio
neuromuscular de brometo de rocurônio. No entanto, essa potencialização torna-se clinicamente relevante durante a
anestesia quando os agentes voláteis alcançam as concentrações tissulares requeridas para a referida interação.
Consequentemente, durante procedimentos mais longos (tempo superior a 1 hora) sob anestesia inalatória (ver item
“6. Interações medicamentosas”), os ajustes de dose de brometo de rocurônio devem ser feitos pela administração de
doses de manutenção menores, em intervalos menos frequentes, ou pelo uso de doses de infusão menores de brometo
de rocurônio. As recomendações de doses apresentadas a seguir podem servir de diretriz para intubação traqueal e
relaxamento muscular em procedimentos cirúrgicos de curta a longa duração e para uso na Unidade de Terapia
Intensiva em pacientes adultos.
Procedimentos cirúrgicos
Intubação traqueal
A dose padrão para intubação durante anestesia de rotina é de 0,6 mg.kg -1
de brometo de rocurônio. Com tal dose são
estabelecidas condições adequadas de intubação dentro de 60 segundos em quase todos os pacientes. Recomenda-se
uma dose de 1,0 mg.kg -1
de brometo de rocurônio para facilitar as condições de intubação traqueal durante a indução
de sequência rápida de anestesia. Com tal dose são estabelecidas condições adequadas de intubação dentro de 60
segundos em quase todos os pacientes. Se for utilizada uma dose de 0,6 mg.kg -1
de brometo de rocurônio para
indução de sequência rápida de anestesia, recomenda-se intubar o paciente 90 segundos após a administração do
brometo de rocurônio. Para o uso de brometo de rocurônio durante uma sequência rápida de indução da anestesia em
pacientes submetidas à cesariana, (ver item “5. Advertências e precauções - Gravidez e lactação”).
Doses elevadas
Caso haja razão para o uso de doses elevadas em um paciente em particular, doses inicias de até 2 mg.kg -1
de
brometo de rocurônio têm sido administradas durante a cirurgia sem que sejam observados efeitos cardiovasculares
adversos. O uso dessas doses elevadas de brometo de rocurônio diminui o tempo de início da ação e aumenta a
duração da ação (ver item “3. Características farmacológicas – “Propriedades farmacodinâmicas”).
Dose de manutenção
A dose de brometo de rocurônio recomendada para manutenção é de 0,15 mg.kg -1
. Em caso de anestesia inalatória de
longa duração, esta deve ser reduzida para 0,075-0,1 mg.kg -1
. As doses de manutenção devem ser administradas
preferencialmente quando a transmissão neuromuscular tenha se recuperado em 25%, ou quando houver 2 a 3
contrações a um estímulo TOF.
Infusão contínua
Caso o brometo de rocurônio seja administrado por infusão contínua, a dose inicial recomendada é de 0,6 mg.kg-1
,
iniciando-se a administração por infusão quando o bloqueio neuromuscular começar a se recuperar. O índice de
infusão deve ser ajustado de modo a manter uma resposta da transmissão neuromuscular de 10% do controle do
tamanho da contração, ou 1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF. Em adultos sob anestesia intravenosa, o
índice de infusão requerido para manter o bloqueio neuromuscular nesse nível está entre 0,3 a 0,6 mg.kg-1
h-1
, e sob
anestesia inalatória o índice de infusão varia entre 0,3 a 0,4 mg.kg-1
.h-1
. Recomenda-se o controle contínuo do
bloqueio neuromuscular, uma vez que os requisitos do índice de infusão variam de um paciente para outro e com o
tipo de anestesia utilizada.
Pacientes pediátricos
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Para recém-nascidos a termo (0-28 dias), lactentes (28 dias a 23 meses), crianças (2 a 11 anos) e adolescentes (12 a 18
anos), a dose recomendada para a intubação durante a anestesia de rotina e a dose de manutenção são similares às dos
adultos. No caso de infusão contínua pediátrica, os índices de infusão, exceto para crianças, são os mesmos que para
adultos. Para crianças, índices maiores de infusão podem ser necessários e o índice de infusão inicial é o mesmo
recomendado para adultos. Este deve ser ajustado para manter a resposta de contração a 10% da altura da contração
de controle ou para manter 1 ou 2 respostas TOF durante o procedimento. A experiência com brometo de rocurônio
na indução de sequência rápida em pacientes pediátricos é limitada. Portanto, o brometo de rocurônio não é
recomendado para facilitar as condições da intubação traqueal durante a indução de sequência rápida em pacientes
pediátricos.
Pacientes geriátricos e pacientes com doenças hepáticas e/ou do trato biliar e/ou insuficiência renal
A dose padrão para intubação de pacientes geriátricos e pacientes com doenças hepáticas e/ou do trato biliar e/ou
insuficiência renal durante a anestesia de rotina é de 0,6 mg.kg -1
de brometo de rocurônio. Deve-se considerar uma
dose de 0,6 mg.kg-1
para indução de sequência rápida de anestesia nos pacientes em que se espera um prolongamento
da ação. Independentemente da técnica anestésica aplicada, recomenda-se para tais pacientes uma dose de
manutenção de brometo de rocurônio de 0,075 a 0,1 mg.kg-1
, com uma velocidade de infusão de 0,3 a 0,4 mg.kg -1
(ver item “8. Posologia e modo de usar - Infusão contínua”).
Pacientes obesos e com excesso de peso
Ao utilizar brometo de rocurônio em pacientes com excesso de peso ou obesos (definidos como pacientes com peso
corporal superior a 30% ou mais em relação ao peso corporal ideal), as doses devem ser reduzidas em função do peso
corporal ideal.
Procedimentos de terapia intensiva
Para intubação traqueal, devem-se usar as mesmas doses recomendadas para procedimentos cirúrgicos.
Recomenda-se o uso de uma dose inicial de 0,6 mg.kg -1
de brometo de rocurônio, seguida por uma infusão contínua
assim que haja recuperação de 10% ao estímulo ou 1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF. As doses devem
ser sempre ajustadas para cada paciente. Em pacientes adultos, para a manutenção do bloqueio neuromuscular em 80
a 90% (1 a 2 contrações em resposta a um estímulo TOF), recomenda-se uma velocidade inicial de infusão de 0,3 a
0,6 mg.kg-1
durante a primeira hora de administração, a qual deverá ser reduzida, de acordo com a resposta
individual, durante as próximas 6 a 12 horas. A partir daí, os requisitos individuais de dose permanecem
relativamente constantes.
Em estudos clínicos controlados foi encontrada uma grande variabilidade entre os pacientes nas velocidades de
infusão horária, variando de 0,2 a 0,5 mg.kg-1
, dependendo da natureza e extensão da falência de órgãos,
medicação concomitante e características individuais dos pacientes. Recomenda-se enfaticamente a monitoração da
transmissão neuromuscular para obter ótimo controle individual do paciente. Foi investigada a administração por até
7 dias.
Populações especiais
Brometo de rocurônio não é recomendado para facilitar a ventilação mecânica na terapia intensiva em pacientes
pediátricos e geriátricos, devido à falta de dados de segurança e eficácia.
As reações adversas mais comuns incluem dor/reação no local da injeção, alterações nos sinais vitais e bloqueio
neuromuscular prolongado. As reações adversas graves relatadas com mais frequência durante a farmacovigilância
foram reações anafiláticas e anafilactoides e sintomas associados. Ver também as informações abaixo da tabela.
MedDRA SOC
Termo Preferidoa
Incomum/raro
(<1/100, >1/10000b
)
Muito raro
(<1/10000)
Distúrbios do sistema
imune
Hipersensibilidade, reações
anafiláticas, reações
anafilactóides, choque
anafilático, choque
anafilactóide
Distúrbios do sistema nervoso Paralisia flácida
Distúrbios cardíacos Taquicardia
Distúrbios vasculares Hipotensão Choque e colapso circulatório,
BioChimico
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flushing
Distúrbios respiratórios,
torácicos e mediastinais
Broncoespasmo
Distúrbios de pele e tecidos
subcutâneos
Edema angioneurótico,
urticária, exantema, erupção
eritematosa
Distúrbios
musculoesqueléticos e do
tecido conectivo
Fraqueza muscularc
e miopatia
esteroidalc
Distúrbios gerais e condições e
no local da administração
Fármaco ineficaz, efeito do
fármaco/resposta terapêutica
diminuída, efeito do
aumentada, dor no local da
injeção, reação no local da
injeção
Edema facial
Lesão, intoxicação e
complicações no procedimento
Bloqueio neuromuscular
prolongado, recuperação
retardada da anestesia
Complicação anestésica de vias
aéreas
MedDRA versão 8.1
a
as frequências são estimativas derivadas de dados dos relatórios de farmacovigilância e de dados de literatura em
geral.
b
os dados de farmacovigilância não podem fornecer a incidência precisa. Por essa razão, a frequência relatada foi
dividida em duas e não em cinco categorias.
c
após uso de longa duração em UTI.
Anafilaxia
Embora muito raras, foram relatadas reações anafiláticas graves a agentes bloqueadores neuromusculares, incluindo
brometo de rocurônio. As reações anafiláticas/anafilactóides broncoespasmo, alterações cardiovasculares (ex.
hipotensão, taquicardia, colapso - choque circulatório) e cutâneas (ex. angioedema e urticária). Em alguns casos,
essas reações foram fatais. Devido à possível gravidade dessas reações, deve-se sempre supor que elas possam
ocorrer e tomar as precauções necessárias. Uma vez que os agentes bloqueadores neuromusculares são sabidamente
capazes de induzir a liberação de histamina, tanto no local da injeção quanto sistemicamente, a possibilidade de
ocorrência de reações pruriginosas e eritematosas no local da injeção e/ou reações histamínicas (anafilactoides)
generalizadas (ver também sobre reações anafiláticas acima), deve(m) ser sempre levada(s) em consideração quando
se administra tais drogas. Em estudos clínicos, foram observados apenas pequenos aumentos nos níveis plasmáticos
médios de histamina após a administração rápida em bolus de doses de 0,3 a 0,9 mg.kg-1
de brometo de rocurônio.
Bloqueio neuromuscular prolongado
A reação adversa mais frequente à classe dos agentes bloqueadores não despolarizantes consiste na extensão da ação
farmacológica da droga além do período necessário. Esta pode variar de fraqueza dos músculos esqueléticos a
paralisia profunda e prolongada destes, resultando em insuficiência respiratória ou apneia.
Miopatia
Foram relatados casos de miopatia após o uso de diversos agentes bloqueadores neuromusculares em combinação
com corticosteroides na UTI (ver item “5. Advertências e precauções”).
Reações no local da injeção
Durante a indução de sequência rápida de anestesia, foi relatada dor à injeção, especialmente quando o paciente não
havia perdido completamente a consciência e, particularmente, quando o propofol foi usado como agente de indução.
Em estudos clínicos, foi observada dor à injeção em 16% dos pacientes submetidos à indução de sequência rápida de
anestesia com propofol e em menos de 0,5% dos submetidos à indução de sequência rápida de anestesia com fentanil
e tiopental.
Pacientes pediátricos
Uma meta-análise de 11 estudos clínicos em pacientes pediátricos (n=704) com brometo de rocurônio (até 1 mg/kg)
mostrou que taquicardia foi identificada como reação adversa com uma frequência de 1,4%.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
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