Bula do Salazoprin produzido pelo laboratorio Cazi Quimica Farmaceutica Industria e Comercio Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
Anexo A
SALAZOPRIN
CAZI QUIMICA FARMACÊUTICA IND. E COM. LTDA
Comprimidos revestidos
500 mg
sulfassalazina
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: SALAZOPRIN
Nome genérico: sulfassalazina
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos revestidos gastro-resistentes
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 500 mg. Caixa com 20 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido (gastro-resistente) contém:
sulfassalazina.................................................... 500 mg
Excipiente q.s.p............................................. 1 comprimido
Excipientes: ( lactose, povidona, croscarmelose sódica, álcool etílico, estearato de magnésio, opadry
enteric yp-6-7007(polivinilacetato fosfato, ácido esteárico purificado, talco e trietilcitrato), talco, dióxido
de titânio, corante amarelo nº 10 laca, corante vermelho 40 laca, älcool isopropílico, cloreto de metileno)
II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é destinado para os seguintes casos:
Gastroenterologia: tratamento da retocolite ulcerativa inespecífica, tratamento da colite ulcerativa média
ou moderada, terapia adjuvante na colite ulcerativa severa e na doença de Crohn.
Reumatologia: tratamento da artrite reumatoíde e espondilite anquilosante.
SALAZOPRIN em comprimidos revestidos gastro-resistentes é indicado particularmente aos pacientes
que não podem tomar comprimidos simples devido à intolerância gastrointestinal, e naqueles em que há
evidência de que a intolerância não é primariamente devida a níveis sanguíneos elevados de sulfapiridina
e de seus derivados, como por exemplo, pacientes sofrendo náuseas, vômitos, etc., quando tomando as
primeiras doses da droga ou naqueles em que a redução da dosagem não alivia os efeitos colaterais
gastrointestinais.
O modo e ação do SALAZOPRIN (sulfassalazina) encontra-se ainda sob investigação. SALAZOPRIN
atua na parede intestinal como um anti-inflamatório local. Age nos sintomas das doenças inflamatórias
intestinas crônicas (retocolite ulcerativa e doença de Crohn). A sulfassalazina também tem sido descrita
como um excelente veículo por transportar seus principais metabólitos - Sulfapiridina e Ácido 5-
aminosalicílico - até o colo, onde tem sido reportada a ação local de ambos.
Estudos clínicos recentes utilizando a administração retal de sulfassalazina e de seus metabólitos,
indicaram que a maior ação terapêutica se deve ao ácido 5-aminosalicílico.
Você não deve utilizar SALAZOPRIN nos seguintes casos:
- Hipersenbilidade à sulfassalazina, seus metabólitos, sulfonamidas ou salicilatos.
- Na obstrução urinária ou intestinal.
- Pacientes com porfiria não devem receber sulfonamidas pois há relatos de que estas drogas podem
precipitar um ataque agudo.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos.
A sulfassalazina está classificada na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Advertências
Somente após uma avaliação crítica deve-se usar SALAZOPRIN em pacientes com dano hepático, renal
ou com discrasias sanguíneas.
Mortes associadas ao uso de sulfassalazina foram reportadas em relação a reações de hipersensibilidade,
agranulocitose, anemia aplástca, outras discrasias sanguíneas, dano renal ou hepático, alterações
musculares irreversíveis ou do sistema nervoso central e alveolite fibrosa.
A presença de evidências clínicas de dor de garganta, febre, púrpura ou icterícia podem ser indicações de
problemas sanguíneos sérios. Contagem sanguínea completa e análise de urina com exame microscópico
cuidadoso devem ser realizados frequentemente nos pacientes em tratamento com SALAZOPRIN.
Oligospermia e infertilidade foram observadas em homens em tratamento com sulfassalazina. A
interrupção do uso da droga pode reverter estes efeitos.
Precauções
Gerais
SALAZOPRIN deve ser administrado com cuidado em pacientes com alergia severa ou asma bronquial.
A administração adequada de líquidos deve ser mantida de modo a prevenir a cristalúria e a formação de
cálculos.
Pacientes com deficiência de glicose-6 fosfato desidrogenase, devem ser observados cuidadosamente
quanto a sinais de anemia hemolítica. Esta reação é frequentemente dose-relacionada.
O medicamento deve ser descontinuado imediatamente caso ocorram reações tóxicas ou
hipersensibilidade.
Nos casos isolados em que comprimidos de SALAZOPRIN não se desintegrarem e forem expelidos
inteiros, pode ser devido a falta de esterases intestinais nesses pacientes. Nestes casos, a administração
dos comprimidos revestidos deve ser interrompida imediatamente.
Exames de laboratório
O progresso da doença durante o tratamento deve ser avaliado por critérios clínicos, incluindo a presença
de febre, alteração de peso, grau e frequência da diarréia e sangramento, tanto quanto por sigmoidoscopia
e avaliação das amostras por biópsia. A determinação dos níveis plasmáticos de sulfassalazina pode ser
realizada, desde que, concentrações maiores do que 50 mcg/ml podem estar associadas com o aumento
da incidência de reações adversas. Pacientes em tratamento com SALAZOPRIN devem ser submetidos
frequentemente à contagem sanguínea completa e análise de urina com exame microscópio cuidadoso.
Gravidez
Estudos de reprodução realizados em ratas e coelhas com doses acima de 6 vezes a dose em humanos, não
revelaram evidências de alterações na fertilidade ou danos ao feto. Entretanto, não há estudos adequados e
bem controlados em mulheres grávidas. Nesses casos, o produto só deve ser usado se a avaliação médica
concluir que é absolutamente necessário.
Estudos sobre os efeitos da sulfassalazina no crescimento e maturação funcional de crianças cujas mães
receberam a droga durante a gravidez, também não foram realizados.
A sulfassalazina e a sulfapiridina atravessam a barreira placentária. Embora a sulfapiridina tenha
mostrado pobre capacidade de deslocar a bilirrubina, deve ser considerado o potencial de icterícia nuclear
do recém-nascido.
Um caso de agranulocitose foi relatado em criança cuja mãe tomou sulfassalazina e prednisona durante a
gravidez.
A sulfassalazina está classificada na categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Amamentação
As sulfonamidas são excretadas no leite materno. No recém-nascido, elas competem com a bilirrubina
pelos sítios de ligação com as proteínas plasmáticas e podem causar icterícia nuclear. Não se recomenda o
uso da sulfassalazina durante a amamentação.
Uso Pediátrico
Não foi estabelecida a segurança e eficácia da droga em crianças com idade inferior a 2 anos.
Geriatria
Nos idosos, a possível ocorrência de reações adversas severas exige observação e avaliação cuidadosa do
estado geral do paciente, e controle frequente durante o tratamento.
Interações medicamentosas
Foram relatadas diminuição da absorção de ácido fólico e de digoxina quando administradas
concomitantemente com sulfassalazina.
Interações medicamento-exame laboratorial
A presença de sulfassalazina ou de seus metabólitos nos fluídos orgânicos, não foram reportados como
passíveis de interferir com os exames de laboratório.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Você deve manter SALAZOPRIN em sua embalagem original, na temperatura ambiente (entre 15 e
30ºC), protegidos da luz e umidade.
O prazo de validade de SALAZOPRIN é de 24 meses após a data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
SALAZOPRIN comprimido revestido de 500mg é ablongo, de cor amarelo-ocre claro, de superfície lisa,
ligeiramente brilhante.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Caso você observe alguma mudança no aspecto do medicamento que ainda esteja no prazo de
validade, consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Uso Adulto
A dosagem de SALAZOPRIN deve ser ajustada de acordo com as reações e tolerâncias individuais.
O produto deve ser administrado em doses divididas igualmente a cada período de 24 horas, por via oral;
os intervalos entre as doses noturnas não devem exceder 8 horas.
Sempre que possível, os comprimidos devem ser administrados após as refeições com copo cheio de
água.
Experiências sugerem que com dosagens diárias de 4 g ou mais, a incidência de reações adversas tende a
crescer. Portanto, pacientes que estejam recebendo essa dosagem devem ser cuidadosamente observados e
advertidos sobre o aparecimento dessas reações.
Vários regimes de dessensibilização foram relatados como efetivos em diferentes grupos de pacientes.
Sobre a reinstituição da terapia, os regimes compreendem a uma dose diária total de 50 a 250 mg que
devem ser dobradas a cada 4 a 7 dias até que se alcance o nível terapêutico desejado.
Se houver recorrência dos sintomas de sensibilidade, a administração do produto deve ser descontinuada.
A dessensibilização não deve ser tentada nos pacientes com história de agranulocitose ou que tenham
sofrido reação anafilactóide durante ou previamente ao curso do tratamento com SALAZOPRIN.
Doses Usuais
Tratamento Inicial
Iniciar com 3 a 4 g diários em doses divididas igualmente, por via oral. Ou seja, 6 comprimidos de 500
mg a cada 4 horas ou 8 comprimidos de 500 mg a cada 3 horas.
Em alguns casos é mais prudente iniciar o tratamento com dosagem menor, por exemplo, 1 a 2 g diários,
para diminuir efeitos gastrointestinais adversos.
Se as doses diárias necessárias para alcançar os efeitos desejados excederem 4 g, deve-se considerar o
risco de toxicidade aumentado.
Tratamento de Manutenção
Administrar 2 g diários, por via oral, ou seja, 4 comprimidos a cada 6 horas.
A resposta ao tratamento e os ajustes da dosagem devem ser determinados através de exames periódicos.
Geralmente é necessário continuar a administração, mesmo quando os sintomas clínicos, incluindo
diarreia, já estiverem controlados.
Quando o exame endoscópico confirmar uma melhora satisfatória, a dosagem é reduzida ao nível de
manutenção.
Se a diarréia ocorrer, a dosagem deve ser elevada para os níveis efetivos anteriores.
Se os sintomas ocorrerem após os primeiros dias de tratamento, serão devidos provavelmente ao aumento
dos níveis plasmáticos totais de sulfapiridina, e podem ser aliviados com a administração da metade da
dose, a qual pode ser aumentada gradualmente após alguns dias. Se os sintomas persistem, a droga deve
ser descontinuada por 5 a 7 dias, reinstituindo-se o tratamento com a menor dose diária.
Limite máximo diário: para adultos é de 12 g ao dia ou 500 mg a cada hora.
Siga a orientação de seu médico, respeitando os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O uso inadequado do medicamento pode mascarar ou agravar os sintomas.
Consulte um clínico regularmente. Ele avaliará corretamente a evolução do tratamento. Siga
corretamente suas orientações.
Caso você esqueça de tomar SALAZOPRIN no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que
lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome
a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não
tome o medicamento duas vezes para compensar doses esquecidas.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Você não deve alterar as dosagens ou os intervalos da administração de SALAZOPRIN.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou do cirurgião-dentista.
Durante o tratamento com SALAZOPRIN, podem ocorrer as seguintes reações indesejáveis:
Reações adversas mais comuns são: anorexia, cefaleia, náuseas, vômitos, distensão abdominal e
oligospermia aparentemente reversível. Estas reações ocorrem em cerca de um terço dos pacientes.
Reações adversas menos frequentes são: rash cutâneo, prurído, urticária, febre, anemia decorrente da
presença de corpos de Heinz, anemia hemolítica e cianose, que podem ocorrer numa frequência de 1 para
cada 30 pacientes ou menos.
A experiência sugere que com uma dosagem diária de 4 g ou mais, ou com um nível de sulfapiridina total
no soro de cerca de 50 mcg/ml, a incidência de reações adversas tende a aumentar.
A lista seguinte inclui algumas reações adversas que não foram especificamente reportadas com a droga,
entretanto a similaridade farmacológica entre as sulfonamidas requer que essas reações sejam
consideradas quando for administrada a sulfassalazina.
Reações que podem ocorrer, raramente, em cerca de 1:1000 pacientes são:
DISCRASIAS SANGUÍNEAS: anemia aplástica, agranulocitose, leucopenia, anemia megaloblástica
(microcítica), púrpura, trombocitopenia, hipoprotrombinemia, metemoglobinemia, neutropenia congênita
e síndrome mielodisplástica.
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE: eritema multiforme (síndrome de Stevens-Johnson),
dermatite esfoliativa, necrólise epidermal (Síndrome de Lyell) com comprometimento da córnea,
anafilaxia, síndrome da doença do soro, pneumonite com ou sem eosinofilia, vasculite, alveolite fibrosa,
pleurite, pericardite, miocardite alérgica, poliarterite nodosa, L.E síndrome, hepatite ou necrose hepática,
parapsoríase varioliforme aguda, artralgia, rabdomiólise, fotosensibilização, edema periorbital, alopécia.
REAÇÕES GASTROINTESTINAIS: hepatite, pancreatite , diarréia sanguinolenta, diminuição da
absorção de ácido fólico e da digoxina, estomatite, diarréia, dores abdominais e enterocolite neutropênica.
REAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: mielite transversa, convulsões, meningite, lesões
transitórias da coluna espinhal posterior, neuropatia periférica, depressão mental, vertigem, perda da
audição, insônia, ataxia, alucinações, tinito e sonolência.
REAÇÕES RENAIS: nefrose tóxica com oligúria e anúria, nefrite, síndrome nefrótica, hermatúria,
cristalúria, proteinúria, e síndrome hemolítica-urêmica.
OUTRAS: descoloração da urina e da pele.
As sulfonamidas exibem certas similaridades químicas com alguns produtores de bócio, com diuréticos
(azetazolamida e tiazidas) e com agentes hipoglicêmicos orais. Raramente, pode ocorrer bócio, diurese e
hipoglicemia em pacientes recebendo sulfonamidas. Pode ocorrer sensibilidade cruzada com estes
agentes. Os ratos parecem ser especialmente suscentíveis aos efeitos bociogênicos das sulfonamidas e a
administração prolongada produziu malignidade da tireóide nestas espécies.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento.
Informe a empresa sobre o aparecimento de reações indesejáveis e problemas com este
medicamento, entrando em contato através do Serviço Atendimento ao Consumidor (SAC).