Bula do Sandoglobulina produzido pelo laboratorio Csl Behring Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Sandoglobulina®
(imunoglobulina humana)
CSL Behring Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda.
Pó liófilo injetável + solução diluente
6 g
1
___________ CSL Behring
Imunoglobulina humana
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
é apresentada sob forma de liófilo estéril para injeção, após reconstituição com diluente.
6g: embalagem contendo 1 frasco-ampola com 6 g de pó liófilo para solução injetável, 1
frasco-ampola com 200 mL de diluente cloreto de sódio 0,9%, 1 conjunto de transferência e 1 sistema de
infusão com filtro integrado.
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de pó liofilizado contém:
6g:
imunoglobulina humana.........................................................................................................6,00 g
sacarose..................................................................................................................................10,00 g
cloreto de sódio...........................................................................................................máx 0,02 g/g de proteína
No mínimo 96% do total de proteínas são IgGs, das quais pelo menos 90% consistem de formas
monoméricas e diméricas. As proteínas restantes são compostas por fragmentos de IgG, albumina, pequenas
quantidades de IgG polimérica, traços de IgA (máx. 40 mg por g de proteína) e IgM. A distribuição das
subclasses de IgG se assemelha rigorosamente àquela do plasma humano normal.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Terapia de reposição em:
Doenças de imunodeficiência primária (IDP) tais como:
- agamaglobulinemia e hipogamaglobulinemia congênitas
- imunodeficiência comum variável
- imunodeficiência combinada grave
- síndrome de Wiskott-Aldrich
Mieloma ou leucemia linfocítica crônica com hipogamaglobulinemia secundária grave e
infecções recorrentes.
Crianças com infecção congênita por HIV e infecções recorrentes.
Imunomodulação:
Púrpura trombocitopênica imune (PTI) em crianças ou adultos com alto risco de sangramento
ou antes de intervenções cirúrgicas, para corrigir a contagem de plaquetas.
Síndrome de Guillain-Barré
Doença de Kawasaki
Transplante alogênico de medula óssea.
SANDOGLOBULINA® (concentrado de anticorpos IgG humana) está no mercado desde 1979.
A eficácia da SANDOGLOBULINA® está estabelecida para o tratamento de Distúrbios da Imunodeficiência
Primária e vários Distúrbios da Imunodeficiência Secundária e é comprovada por estudos clínicos realizados
de acordo com Normas Internacionais.
Referências:
(1) So A, Brenner MK, Hill ID, et al. Intravenous immunoglobulin treatment in patients with
hypogammaglobulinemia. BMJ 1984; 289: 1177-1178.
2
(2) Roifman CM, Levison H, Gelfand EW. High-dose versus low-dose intravenous immunoglobulin in
hypogammaglobulinemia and chronic lung disease. Lancet 1987; 2: 1075-1077.
(3) Emanuel D, Cunningham I, Jules-Elysee K, et al. Cytomegalovirus pneumonia after bone marrow
transplantation successfully treated with the combination of Ganciclovir and high-dose intravenous immune
globulin. Ann Int Med 1988; 109: 777-782.
(4) Graham-Pole J, Camitta B, Caspar J, et al. Intravenous immunoglobulin may lessen all forms of infection
in patients receiving allogeneic bone marrow transplantation for acute lymphoblastic leukaemia: a pediatric
oncology group study. Bone Marrow Transplantation 1988; 3: 559-566.
(5) Boughton BJ, Jackson N, Lim S, et al. Randomized trial of intravenous immunoglobulin prophylaxis for
patients with chronic lymphocytic leukaemia and secondary hypogammaglobulinemia. Clin Lab Haem 1995;
17: 75-80.
(6) Schaad UB, Gianella-Borradori A, Perret B, et al. Intravenous immune globulin in symptomatic pediatric
HIV infection. Eur J Pediatr 1988; 147: 300-303.
(7) Imbach P, Barandun S, d'Appuzzo V, et al. High-dose intravenous gammaglobulin for idiopathic
thrombocytopenic purpura. Lancet 1981; 1: 1228-1231.
(8) Blanchette V, Imbach P, Andrew M, et al. Randomized trial of intravenous immunoglobulin G,
intravenous anti-D, and oral prednisone in childhood acute immune thrombocytopenic purpura. Lancet 1994;
344: 703-707.
(9) Burns JC, Capparelli EV, Brown JA, et al. Intravenous gamma-globulin treatment and retreatment in
Kawasaki disease. Pediatr Infect Dis J 1998; 17: 1144-1148.
(10) Plasma Exchange/Sandoglobulin Guillain-Barré Syndrome Trial Group. Randomized trial of plasma
exchange, intravenous immunoglobulin, and combined treatments in Guillain-Barré syndrome. Lancet 1997;
349: 225-230.
Sandoglobulina®
Privigen®
contém imunoglobulina humana para administração intravenosa.
Propriedades Farmacodinâmicas:
contém principalmente imunoglobulina G (IgG) com um amplo
espectro de anticorpos funcionalmente intactos contra agentes infecciosos. Tanto a função Fc
3
como a Fab das moléculas de IgG são preservadas. A capacidade das partes Fab de ligar
antígenos foi demonstrada por métodos bioquímicos e biológicos. A função Fc foi testada
com ativação do complemento e com a ativação do leucócito mediado pelo receptor de Fc.
A inibição da ativação do complemento induzida pelo complexo imune (“scavenging”, uma
função anti-inflamatória das imunoglobulinas intravenosas) é preservada em
.
não causa ativação não-específica do sistema do complemento
ou da pré-calicreína.
contém todos os anticorpos da imunoglobulina G presentes na
média da população. É fabricado a partir do plasma de pelo menos 1000 doadores. A
distribuição da subclasse de IgG corresponde aproximadamente àquela do plasma humano
natural. Doses adequadas de Sandoglobulina®
podem restaurar os níveis baixos de
IgG ao normal.
O mecanismo de ação nas indicações, exceto na terapia de reposição ainda não foi totalmente
elucidado, mas inclui efeitos imunomoduladores.
Propriedades farmacocinéticas:
Após a administração intravenosa, toda a imunoglobulina humana normal está imediatamente
e completamente biodisponível na corrente sanguínea do paciente. Esta é distribuída de forma
relativamente rápida entre o plasma e o líquido extravascular. O equilíbrio entre os
compartimentos intravascular e extravascular é alcançado depois de aproximadamente 3 a 5
dias.
Os parâmetros farmacocinéticos de Sandoglobulina®
foram determinados no
estudo clínico realizado em pacientes com doença da imunodeficiência primária (vide item
“2. RESULTADOS DE EFICÁCIA E SEGURANÇA”). Vinte e cinco pacientes (entre 13 e
69 anos de idade) em um estudo principal e 13 pacientes (entre 9 e 59 anos de idade) na
extensão deste estudo participaram da investigação farmacocinética (ver a tabela abaixo). A
meia-vida em pacientes com doença da imunodeficiência primária no estudo principal foi de
36,6 dias, e de 31,1 dias no estudo de extensão. Essa meia-vida pode variar de paciente para
paciente.
Parâmetros farmacocinéticos de Sandoglobulina®
em pacientes com doença da
imunodeficiência primária:
Parâmetro Estudo Principal (n=25)
Mediana (variação)
Estudo de extensão
(n=13)
Cmax (concentração máxima) 23,4 g/L (10,4 - 34,6) 26,3 (20,9-32,9)
Cmin (concentração mínima) 10,2 g/L (5,8 -14,7) 9,75 (5,72-18,01)
t½ (meia-vida) 36,6 dias (20,6 - 96,6) 31,1 (14,6-43,6)
A IgG e os complexos de IgG são quebrados nas células do sistema reticuloendotelial.
Hipersensibilidade ao princípio ativo ou ao excipiente.
Hipersensibilidade a imunoglobulinas humanas, principalmente em casos muitos raros de
deficiência de IgA, nos quais o paciente apresenta anticorpos anti-IgA.
Hiperprolinemia, doença muito rara, que afeta apenas poucas famílias no mundo inteiro.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
ou do cirurgião dentista.
4
Gerais:
Determinadas reações adversas graves podem estar relacionadas à velocidade de infusão. É
essencial que a velocidade de infusão recomendada no item “8. POSOLOGIA E MODO DE
USAR: Modo de Usar” seja seguida. Os pacientes devem ser monitorados de perto e
cuidadosamente observados quanto a qualquer sintoma durante o período de infusão e após.
Determinadas reações adversas podem ocorrer com maior frequência:
• No caso de altas velocidades de infusão;
• Em pacientes com hipogamaglobulinemia ou agamaglobulinemia, apresentando ou
não deficiência de IgA;
• Em pacientes tratados com imunoglobulina humana pela primeira vez ou, em casos
raros, quando o produto contendo imunoglobulina humana é substituído ou quando
houve um longo intervalo desde a infusão anterior.
Complicações potenciais podem ser frequentemente evitadas caso sejam tomadas precauções
para garantir que os pacientes:
• Não sejam hipersensíveis à imunoglobulina humana, injetando o produto lentamente
no início (0,3 mL/kg de peso corpóreo (PC)/h);
• Sejam cuidadosamente monitorados quanto a quaisquer sintomas ao longo do período
de infusão. Principalmente os pacientes que estejam sendo tratados com
imunoglobulina humana pela primeira vez, trocando de um produto de
imunoglobulina alternativo, ou quando houve um longo intervalo desde a infusão
anterior, devem ser monitorados durante a primeira infusão e pela primeira hora
depois dela, com o intuito de detectar sinais de eventos adversos potenciais. Todos os
outros pacientes devem ser observados por pelo menos 20 minutos depois da
administração.
No caso de reações adversas, a velocidade de administração deve ser reduzida ou a infusão
deve ser interrompida. O tratamento necessário depende da natureza e da gravidade da reação
adversa.
No caso de choque, o tratamento médico padrão para choque deve ser implementado.
Doses mais elevadas podem ser associadas com o aumento das taxas de efeitos adversos.
Portanto, a menor dose eficaz deve ser buscada para cada paciente e cuidadosa rotina de
monitorização deve ser estabelecida.
Em todos os pacientes, o tratamento com imunoglobulina humana intravenosa (IgIV) requere
hidratação adequada antes do início da infusão.
Hipersensibilidade:
Reações de hipersensibilidade verdadeiras são raras. Elas podem ocorrer em pacientes com
anticorpos anti-IgA.
A imunoglobulina humana não é recomendada para pacientes nos quais a deficiência seletiva
de IgA é a única anomalia relevante.
Em raras ocasiões, a imunoglobulina humana pode causar uma queda na pressão arterial com
uma reação anafilactóide, mesmo em pacientes que haviam tolerado o tratamento anterior
com imunoglobulina humana.
5
Anemia hemolítica:
Produtos contendo imunoglobulina intravenosa podem conter anticorpos contra grupos
sanguíneos, que podem atuar como hemolisinas e induzir opsonização in vivo de hemácias
com imunoglobulina, causando uma reação de antiglobulina direta positiva (teste de Coomb)
e, raramente, a hemólise. Anemia hemolítica pode se desenvolver após a terapia com
imunoglobulina intravenosa devido à maior sequestro de hemácias. Ocorreram casos isolados
de disfunção/falência renal ou coagulação intravascular disseminada relacionados à hemólise,
eventualmente resultando em óbito. .
Os seguintes fatores de risco estão associados com o desenvolvimento de hemólise: altas
doses, administradas em doses únicas ou divididas durante vários dias; grupos sanguineos A,
B e AB, estado inflamatório subjacente. É recomendada uma maior vigilância dos pacientes
com grupos sanguíneos A, B e AB os quais recebem altas doses para indicações não
relacionadas a imunodeficiência primária. A hemólise foi raramente relatada em pacientes
sob uma terapia de reposição para imunodeficiência primária.
Pacientes usando imunoglobulina intravenosa devem ser monitorados para sinais e sintomas
clínicos de hemólise. Se sinais e/ou sintomas de hemólise aparecerem durante ou após uma
infusão com imunoglobulina intravenosa, a interrupção do tratamento com imunoglobulina
intravenosa deve ser considerada (veja também seção 9. REAÇÕES ADVERSAS).
Síndrome da meningite asséptica (SMA):
A síndrome da meningite asseptica tem sido relatada em associação ao tratamento com
imunoglobulina intravenosa. A descontinuação do tratamento resultou em remissão da SMA
em alguns dias sem sequelas. A síndrome geralmente inicia-se entre algumas horas a 2 dias
após o tratamento com imunoglobulina intravenosa. Estudos do fluido cerebroespinal são
frequentemente positivos para pleocitose por até milhares de células por milímetro cúbico,
predominantemente da série granulocítica e níveis elevados de proteínas chegando a centenas
mg/dl.
A SMA pode ocorrer mais frequentemente em associação com altas doses de IgIV (2g/kg).
Tromboembolismo:
Existe evidência clínica de uma associação entre a administração de imunoglobulina
intravenosa e eventos tromboembólicos como o infarto do miocárdio, acidente vascular
cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa profunda, especialmente em pacientes sob
risco, que apresentem comorbidades tromboembólicas.. Assume-se que esses eventos estão
relacionados com um aumento relativo da viscosidade do sangue através do alto influxo de
imunoglobulina.
Deve-se exercitar um cuidado especial com relação à prescrição e à infusão de
imunoglobulina intravenosa em pacientes obesos e em pacientes com fatores de risco pré-
existentes para eventos tromboembólicos (como idade avançada, hipertensão, diabetes
mellitus, histórico de doença vascular ou episódios trombóticos, pacientes com trombofilia
adquirida ou hereditária, pacientes imobilizados por um longo período, pacientes com
hipovolemia grave e pacientes com doenças que aumentem a viscosidade do sangue).
Insuficiência renal aguda:
Casos de insuficiência renal aguda foram relatados em pacientes que receberam terapia com
imunoglobulina intravenosa. Na maioria dos casos foram identificados fatores de risco tais
como insuficiência renal pré-existente, diabetes mellitus, hipovolemia, sobrepeso, medicação
nefrotóxica concomitante ou idade acima de 65 anos.
No caso de insuficiência renal, a descontinuação do produto de imunoglobulina intravenosa
deve ser considerada.
6
Embora estes relatos de disfunção renal e de insuficiência renal aguda tenham sido associados
ao uso de muitos produtos de imunoglobulina intravenosa licenciados, contendo vários
excipientes como sacarose, glicose e maltose, aqueles contendo sacarose como estabilizante
contribuíram com uma parcela desproporcionalmente alta do número total de casos. Portanto,
para pacientes sob risco, deve ser considerado o uso de produtos de imunoglobulina
intravenosa sem sacarose. Sandoglobulina® Privigen® não contém sacarose ou outros
açúcares.
Em pacientes sob risco de insuficiência renal aguda, produtos de IgIV devem ser
administrados na menor velocidade de infusão e dose possíveis.
Agentes transmissíveis:
A Sandoglobulina®
Privigen®
é produzida a partir de plasma humano. Medidas padrão para
a prevenção de infecções resultantes do uso de medicamentos fabricados a partir do sangue ou
do plasma humanos incluem a seleção de doadores, teste de doações individuais e pools de
plasma quanto aos marcadores específicos de infecção e a introdução de etapas de fabricação
eficazes para a inativação/eliminação de vírus. No entanto, quando produtos preparados a
partir do sangue ou plasma humanos são administrados, a possibilidade de transmissão de
agentes infecciosos não pode ser completamente excluída. Isso também se aplica aos vírus
desconhecidos ou emergentes e a outros patógenos.
As medidas implementadas são consideradas eficazes contra vírus envelopados tais como o
HIV, HBV e HCV e contra vírus não envelopados tais como o HAV e o parvovírus B19.
A experiência clínica não mostra transmissão de hepatite A ou de infecções pelo parvovírus
B19 por imunoglobulinas. Além do mais, presume-se que o teor de anticorpos tenha uma
contribuição importante para a segurança viral.
Recomenda-se que, toda vez que Sandoglobulina®
for administrado, o nome e o
número do lote do produto sejam documentados para que seja possível relacionar o paciente
ao lote do produto.
População Pediátrica
Embora os dados disponíveis sejam limitados, espera-se que as mesmas precauções e fatores
de risco se apliquem à população pediátrica.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:
A habilidade de dirigir veículos e operar máquinas pode ser reduzida em decorrência de
algumas reações adversas associadas à Sandoglobulina®
. Pacientes que
apresentarem reações adversas durante o tratamento devem aguardar a melhora dos sintomas
antes de dirigir veículos ou operar máquinas.
Gravidez e amamentação:
Categoria C de risco na gravidez: Dados clínicos controlados sobre o uso do produto em
mulheres grávidas ou que estejam amamentando não estão disponíveis. Deve-se ter cautela
com relação à administração durante a gravidez e a amamentação. Dados atestam que a
imunoglobulina intravenosa podem cruzar a barreira placentária, especialmente durante o
terceiro trimestre.
No entanto, a experiência clínica extensiva das imunoglobulinas indica que efeitos
prejudiciais sobre o curso da gravidez, feto ou criança recém-nascida são improváveis.
Estudos experimentais do excipiente L-prolina realizados em animais não descobriram
toxicidade direta ou indireta que afetasse a gravidez, o desenvolvimento embrionário ou fetal.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica
ou do cirurgião dentista.
7
Uso em idosos:
Deve-se ter cuidado ao administrar Sandoglobulina®
a pacientes acima de 65 anos
e que são considerados sob risco aumentado de desenvolver insuficiência renal aguda e
eventos trombóticos. Não exceda as doses recomendadas, e administre Sandoglobulina®
na menor taxa de infusão possível.
Incompatibilidades:
Esse medicamento não deve ser misturado com outros produtos medicinais nem soro
Sandoglobulina®
não deve ser misturada com outros medicamentos. O produto deve ser sempre
administrado através de uma linha de infusão separada com um filtro integrado.
Vacinas vivas atenuadas: A administração de imunoglobulina pode prejudicar a eficácia de vacinas vivas
atenuadas tais como sarampo, caxumba, rubéola e varicela, por um período de pelo menos 6 semanas e até 3
meses. Após a administração deste produto, um intervalo de 3 meses deverá decorrer antes da vacinação com
vacinas vivas atenuadas. No caso de sarampo, esta eficácia reduzida pode persistir por até um ano, assim,
pacientes que receberam a vacina contra sarampo devem ter seu status de anticorpos monitorado.
Efeito sobre testes sorológicos: Após a infusão de imunoglobulinas, o aumento transitório de diversos
anticorpos passivamente transferidos para o sangue do paciente pode levar a resultados falso-positivos nos
testes sorológicos.
A transmissão passiva de anticorpos para antígenos eritrocitários, por exemplo, A, B e D, pode dar resultados
falsos em alguns testes sorológicos para isoanticorpos eritrocitários (por exemplo, teste de Coombs) e para a
contagem de reticulócitos e teste de haptoglobina.
Sandoglobulina®
Privigen®
pode ser armazenado até a data de validade indicada na
embalagem do produto. O produto não deve ser utilizado depois da data de validade impressa.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação, quando armazenado
conforme recomendado. Armazenar sob temperatura igual ou inferior a 25°C. Não congelar.
Manter o frasco em sua embalagem secundária a fim de protegê-lo da luz. Sandoglobulina®
foi elaborado para uso único.. A solução não contém conservantes. Uma vez
abertos, os frascos devem ser utilizados imediatamente.
Se o produto for diluído para menores concentrações, é recomendado que ele seja utilizado
imediatamente após a diluição.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
A solução deve ser límpida ou levemente opalescente e incolor a amarelo claro.
apresenta um baixo teor de sódio de ≤ 1 mmol/L. As soluções
que apresentam turvação ou precipitação não devem ser utilizadas.
8
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Posologia:
A dose e a posologia dependem da indicação. Na terapia de reposição, a dose poderá ter que
ser individualizada para cada paciente dependendo da farmacocinética e da resposta clínica.
Os regimes de dosagem a seguir são dados como uma diretriz.
Terapia de reposição em doenças de imunodeficiência primária
Deve-se escolher um regime de dose que resulte em concentrações mínimas de IgG
(determinação de níveis séricos de IgG imediatamente antes da infusão seguinte) de pelo
menos 5 a 6 g/L. Após o início da terapia, são necessários 3 a 6 meses para que o equilíbrio
ocorra. A dose inicial recomendada é de 0,4 a 0,8 g/kg de peso corpóreo, seguida por pelo
menos 0,2 g/kg de peso corpóreo a cada 4 semanas.
A dose necessária para manter uma concentração mínima de IgG de 5 a 6 g/L é de 0,2 a
0,8 g/kg de peso corpóreo / mês. Uma vez alcançada a concentração do estado de equilíbrio, o
intervalo de dose varia de 3a 4 semanas. Para verificar a dose necessária e o intervalo de dose
correto, as concentrações mínimas de IgG devem ser determinadas.
Terapia de reposição em mielomas ou leucemia linfocítica crônica com
hipogamaglobulinemia secundária grave e infecções recorrentes; terapia de reposição
em crianças com infecção congênita por HIV e infecções recorrentes
A dose recomendada é de 0,2 a 0,4 g/kg de peso corpóreo a cada 3 a 4 semanas.
Púrpura trombocitopênica imune
Para tratar um episódio agudo, 0,8 a 1 g/kg de peso corpóreo é administrado no primeiro dia.
O tratamento pode ser repetido uma vez dentro de 3 dias ou 0,4 g/kg de peso corpóreo é
administrado diariamente por 2 a 5 dias consecutivos. No caso de recidiva, o tratamento pode
ser repetido.
Síndrome de Guillain-Barré
0,4 g/kg de peso corpóreo/dia, a longo de 5 dias. A experiência em crianças é limitada.
Doença de Kawasaki
1,6 a 2,0 g/kg de peso corpóreo devem ser administrados em doses divididas durante 2 a 5
dias, ou 2,0 g/kg de peso corpóreo, como uma dose única. Deve-se administrar ácido
acetilsalicílico aos pacientes como medicação concomitante.
Transplante alogênico de medula óssea
A terapia com imunoglobulina humana pode ser utilizada como parte do regime de
condicionamento e depois do transplante. Para tratar infecções e prevenir a doença do enxerto
versus hospedeiro, a dose deve ser ajustada individualmente.
A dose inicial é, geralmente, de 0,5 g/kg de peso corpóreo por semana, começando sete dias
antes do transplante. O tratamento é continuado por até 3 meses depois do transplante. Caso a
falta de produção de anticorpos persista, uma dose de 0,5 g/kg de peso corpóreo por mês é
recomendada até que os níveis de anticorpos IgG retornem ao normal.
Uso em Crianças
No estudo clínico principal de fase III com pacientes com doenças de imunodeficiência
primária (n = 80), 19 pacientes entre 3 e 11 anos de idade e 15 pacientes a partir de 12 anos e
incluindo os de 18 anos de idade foram tratados. No estudo de extensão com pacientes com
9
doenças de imunodeficiência primária (n = 50), 13 pacientes entre 3 e 11 anos e 11 pacientes
entre 12 e 18 anos foram tratados.
Em um estudo clínico realizado em 57 pacientes com púrpura trombocitopênica imune
crônica, 2 pacientes pediátricos (15 e 16 anos de idade) foram tratados.
O ajuste de dose não foi requerido para as crianças nesses três estudos.
As doses recomendadas estão resumidas na tabela a seguir:
Indicações Dose Intervalos entre as injeções
Terapia de reposição em:
Doenças de imunodeficiência
primária
Dose inicial:
0,4–0,8 g/kg PC
Seguida por:
0,2–0,8 g/kg PC
a cada 3-4 semanas para
obter concentrações mínimas
de IgG de pelo menos 5-6
g/L
secundária
0,2-0,4 g/kg PC a cada 3-4 semanas para
de IgG de pelo menos5-6 g/L
Crianças com infecção
congênita por HIV e
infecções recorrentes
0,2-0,4 g/kg PC a cada 3-4 semanas
Imunomodulação:
Púrpura trombocitopênica
imune
0,8-1 g/kg PC
ou
no primeiro dia; a terapia
pode ser repetida uma vez
dentro de 3 dias
0,4 g/kg PC/dia por 2-5 dias
Síndrome de Guillain-Barré 0,4 g/kg PC/dia por 5 dias
1,6-2 g/kg PC
divididas em diversas doses
administradas durante 2-5
dias em conjunto com ácido
acetilsalicílico
2 g/kg PC como uma dose única em
conjunto com ácido
Transplante alogênico de
medula óssea:
Tratamento de infecções e
prevenção da doença de
enxerto versus hospedeiro
0,5 g/kg PC semanalmente, de 7 dias
antes até 3 meses após o
transplante
Ausência persistente de
produção de anticorpos
0,5 g/kg PC mensalmente, até que os
níveis de anticorpos retornem
ao normal
PC = peso corpóreo
Modo de usar:
Sandoglobulina®
Privigen®
deve ser administrado intravenosamente.
é isotônico, com osmolalidade da solução é de 320 mOsmol/kg.
é uma solução pronta para uso. O produto deve estar em
temperatura ambiente ou corpórea antes de ser utilizado. Administrar utilizando um equipo
10
para infusão com respiro com um filtro integrado. A tampa do frasco deve sempre ser furada
dentro da área demarcada no centro. Se necessário, Sandoglobulina®
pode ser
diluído sob condições assépticas, com solução de glicose a 5%.
Para obter uma solução de imunoglobulina de 50 mg/mL (5%), Sandoglobulina®
100mg/mL (10%) deve ser diluída com um volume igual de 5% de solução de glicose.
Durante a diluição do produto, técnicas assépticas devem ser estritamente utilizadas.
não deve ser misturado com soro fisiológico. Entretanto, o pós-
enxágue dos tubos de infusão com soro fisiológico é permitido.
Qualquer produto não utilizado e os resíduos devem ser descartados de acordo com as
exigências locais.
O produto deve ser infundido inicialmente a uma velocidade de 0,3 mL/kg de peso corpóreo/h
(por aproximadamente 30 min.). Se houver boa tolerabilidade, a velocidade de infusão pode
ser aumentada gradativamente para 4,8 mL/kg de peso corpóreo/h Em pacientes com doença
de imunodeficiência primária que tem tolerado bem o tratamento de reposição com
, a velocidade de infusão pode ser gradualmente aumentada até o
valor máximo de 7,2 mL/kg de peso corpóreo/h.
Incompatibilidades:
Esse medicamento não deve ser misturado com outros produtos medicinais nem soro
fisiológico. No entanto, é possível a diluição com 5% de solução de glicose.
Reações adversas como calafrios, cefaleia, tontura, febre, vômito, reações alérgicas, náusea,
dor nas articulações (artralgia), pressão arterial baixa e leve dor nas costas podem ocorrer
ocasionalmente em conexão com a administração intravenosa de imunoglobulina humana,
incluindo Sandoglobulina®
Privigen®
.
Raramente, a imunoglobulina humana pode causar reações de hipersensibilidade com uma
queda repentina na pressão arterial e, em casos isolados, choque anafilático, mesmo quando
os pacientes não apresentaram hipersensibilidade depois de tratamento anterior.
Casos de meningite asséptica reversível e casos raros de reações cutâneas transitórias foram
observados após o uso de imunoglobulina humana, incluindo Sandoglobulina®
Reações hemolíticas foram observadas especialmente em pacientes que possuem grupos
sanguíneos A, B e AB, em tratamento imunomodulatório. Raramente, pode haver o
desenvolvimento de anemia hemolítica sendo necessária a transfusão após altas doses de
IgIV, incluindo Sandoglobulina®
(veja seção 5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES).
Foi observada elevação dos níveis de creatinina sérica e/ou insuficiência renal aguda.
Reações tromboembólicas como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia
pulmonar e trombose venosa profunda ocorreram em ocasiões muito raras.
Três estudos clínicos foram realizados com Sandoglobulina®
,dois em pacientes
com imunodeficiência primária (IDP) e um em pacientes com púrpura trombocitopênica
imune (PTI). Oitenta (80) pacientes foram incluídos e tratados com Sandoglobulina®
no estudo principal de IDP. Desses, 72 completaram os 12 meses de tratamento.
Cinquenta e cinco (55) pacientes foram incluídos e tratados com Sandoglobulina®
no estudo de extensão de IDP. O estudo de PTI foi realizado em 57 pacientes.
A maioria das reações adversas a medicamentos (RAMs) observadas nos três estudos clínicos
foram de natureza leve a moderada.
11
A tabela a seguir mostra uma síntese das RAMs nos três estudos, classificadas de acordo com
a Classe de Sistema de Orgãos MedDRA e frequência. A frequência por infusão foi avaliada
de acordo com as seguintes definições: muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100 a <1/10),
incomum (≥ 1/1000 a < 1/100).
Dentro de cada grupo de incidência, os efeitos indesejáveis foram listados de acordo com a
gravidade decrescente.
Sistema de Classe de
Órgãos MedDRA
Termo MedDRA
Categoria da frequência
de reações adversas
Distúrbios do sangue e
sistema linfático
Hemólise, anemia,
leucopenia, anisocitose
Incomum
Distúrbios do sistema nervoso Cefaleia Muito comum
Tonturas, desconforto na
cabeça, sonolência, tremores,
cefaleia sinusal, enxaqueca,
disestesia
Distúrbios ouvido e labirinto Vertigem Incomum
Cardiopatias Palpitações Incomum
Vasculopatias Aumento da pressão arterial
(hipertensão)
Comum
Diminuição da pressão
arterial (hipotensão), rubor,
doença vascular periférica
Doenças respiratórias,
torácicas e do mediastino
Dispneia, bolhas
orofaríngeas, respiração
dolorida, aperto na garganta
Distúrbios gastrointestinais Náuseas, vômitos, náuseas Comum
Diarreia, dor abdominal
superior
Distúrbios hepatobiliares Hiperbilirrubinemia Incomum
Distúrbios da pele e tecido
subcutâneo
Urticária, rash Comum
Prurido, afecções da pele,
suores noturnos
Afecções
musculoesqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Dor nas costas Comum
Cervicalgia, dor nas
extremidades, rigidez
musculoesquelética,
espasmos musculares, dor
musculoesquelética, mialgia,
fraqueza muscular
Distúrbios renais e urinários Proteinúria Incomum
Distúrbios gerais e condições
do local de administração
Pirexia (febre), calafrios,
fadiga, , astenia, sintomas
semelhantes à gripe
Dor no peito, sintomas gerais,
hipertermia, dor, dor no local
da injeção
Exames Bilirrubina conjugada
aumentada, bilirrubina do
sangue não conjugada
aumentada, teste direto de
Coombs positivo, teste de
Coombs positivo, aumento de
lactato desidrogenase no
sangue, hematócrito
diminuído, aumento da
12
pressão arterial, alanina
aminotransferase aumentada,
aspartato aminotransferase
aumentada, diminuição da
pressão arterial, creatinina
sanguínea aumentada ,
temperatura corporal
aumentada, hemoglobina
diminuída
Sandoglobulina®
demonstrou em estudos clínicos com pacientes pediátricos, que
a frequência, a natureza e a gravidade das reações adversas não diferiram entre crianças e
adultos. Relatórios de vigilância mostraram que a proporção de casos de hemólise ocorrendo
em crianças é ligeiramente maior do que em adultos
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou,
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
A superdose pode causar sobrecarga do volume de líquidos e hiperviscosidade,
principalmente em pacientes de risco, incluindo pacientes idosos ou pacientes com
insuficiência renal.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS 1.0151.0120
Farm. Resp.: Ulisses Soares de Jesus, CRF-SP: 72.021
Fabricado por:
CSL Behring AG
Berna – Suíça
Importado por:
CSL Behring Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rua Olimpíadas, 134, 9° andar
CEP: 04551-000, São Paulo – SP
Brasil
CNPJ 62.969.589/0001-98
Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC): 0800 600 88 10
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
HISTÓRICO DE ALTERAÇÃO PARA A BULA
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas
Data do
expedien
te
N° do
expedient
e
Assunto
Data de
aprovaçã
o
Itens de Bula
Versões
(VP/VP
S)
Apresentaçõ
es
relacionada
s
04/09/20
13
0744023/1
3-5
10463 -
PRODUTO
BIOLÓGIC
O - Inclusão
Inicial de
Texto de
Bula – RDC
60/12
21/02/20
0131949/1
3-3
1532 -
BIOLÓGICO -
Alteração de
Posologia
26/08/20
6. COMO DEVO
USAR ESSE
MEDICAMENTO?
VP Solução para
infusão, 25
mL, 50 mL
ou 100 mL
100 mg/mL
16/10/20
0872307/1
3-9
10456 -
O- Notifica
ção de Alte
ração de
Bula –RDC
NA NA NA NA NA
OBS: Submissão da
versão adequada da
bula.
VP/VPS Solução para
09/05/20
14
0356843/1
4-1
O- Notifi ca
ção de Al te
ração de tex
to de Bula –
RDC 60/12
10/06/20
0459760/1
7164
MEDICAMENT
OS E INSUMOS
FARMACÊUTIC
OS - (Alteração
na AFE) de
IMPORTADOR
A
RESPONSÁVEL
TÉCNICO
10/04/20
Dizeres legais VP/VPS Solução para
20/08/20
14 0688514/1
4-4
10456 –
O –
Notificação
de alteração
de texto de
bula – RDC
11/06/20
0462042/1
7162 – MEDICA
MENTOS E IN
SUMOS FARMA
CÊUTICOS – (Al
teração de AFE)
de IMPORTA
DORA do produz
to – ENDEREÇO
DA SEDE.
21/07/20
21/10/20
0943141/1
O-Notifica
ção de
altera ção
25/09/20
0798687/1
7115 - Alteração
na AFE/AE –
Responsável
Técnico
(automático)
NA NA 10456 –
NA NA NA NA 3.CARACTERÍSTIC
AS FARMACOLÓ
GICAS/ 4. COM
TRAINDICAÇÕES /
5.ADVERTÊNCI AS
E PRECAUÇÕES/
6.INTERAÇÕES ME
DICAMENTOSAS/
7. CUIDADOS DE
AR MAZENAMEN
TO DO MEDICA
MENTO/8.POSOLO
GIA E MODO DE
USAR/ 9.REA ÇÕES
Estudos Pré-clínicos:
A segurança de Sandoglobulina®
Privigen®
foi investigada em diversos estudos pré-clínicos.
Uma ênfase particular foi colocada na investigação do excipiente L-prolina. A L-prolina é um
aminoácido fisiológico, não-essencial. Estudos realizados em ratos tratados com doses diárias
2
de L-prolina de 1450 mg/kg de peso corpóreo, não apresentaram qualquer evidência de
teratogenicidade ou de embriotoxicidade. Estudos de genotoxicidade da L-prolina não
mostraram qualquer descoberta patológica.
Estudos publicados sobre a hiperprolinemia mostraram que o uso a longo prazo de altas doses
diárias apresenta efeito no desenvolvimento cerebral em ratos muito jovens. No entanto, em
estudos nos quais a dosagem foi planejada para refletir o uso clínico de Sandoglobulina®
não foram observados efeitos no desenvolvimento do cérebro do feto. Estudos de
segurança-farmacologia adicionais de L-prolina em ratos adultos e jovens não descobriram
evidência de distúrbios de comportamento.
As imunoglobulinas são componentes naturais do corpo humano. Dados de testes realizados
com animais de toxicidade aguda e crônica e de toxicidade embriofetal das imunoglobulinas
são inconclusivos por conta das interações entre as imunoglobulinas de espécies heterogêneas
e a indução de anticorpos para proteínas heterólogas. Em estudos de tolerabilidade local
realizados em coelhos, nos quais Sandoglobulina®
foi administrado por via
intravenosa, paravenosa, intra-arterial e subcutânea, o produto foi bem tolerado.
Estudos Clínicos:
A segurança e a eficácia de Sandoglobulina®
foram investigadas em dois estudos
prospectivos, abertos, de braço único, multicêntricos, realizados na Europa (estudo PTI) e na
Europa e nos EUA (estudo IDP). Dados de segurança e eficácia adicionais foram coletados
em um estudo de extensão prospectivo, aberto, de braço único, multicêntrico, realizado nos
EUA (extensão do estudo IDP).
No estudo principal, oitenta pacientes entre 3 e 69 anos de idade com doença da
imunodeficiência primária (IDP) receberam uma infusão de Sandoglobulina®
a
uma dose mediana de 200 - 888 mg/kg de peso corpóreo, a cada 3 a 4 semanas por no
máximo 1 ano. Com esse tratamento, foram alcançadas as concentrações mínimas constantes
de IgG durante todo o período de tratamento, com concentrações médias de 8,84 g/L a
10,27 g/L. A incidência de infecções bacterianas agudas graves foi de 0,08 por paciente por
ano (o limite superior de confiança de 97,5% foi de 0,182).
No estudo de extensão ao estudo IDP, como no estudo principal, as doses de
Sandoglobulina®
foram administradas em 55 pacientes (dos quais 45 haviam
participado do estudo principal e 10 eram pacientes novos). Os resultados do estudo principal
foram confirmados pelo estudo de extensão para a média das concentrações mínimas de IgG
(9,31g/L a 11,15g/L) e para a taxa de infecções bacterianas agudas (0,018/paciente/ano, o
intervalo superior de confiança de 97,5% foi de 0,098).
Cinquenta e sete pacientes com idades entre 15 e 69 anos com púrpura trombocitopênica
imune (PTI) crônica participaram do segundo estudo. No início, a contagem de plaquetas foi
de 20 x 109
/L. Depois da administração de Sandoglobulina®
a uma dose de 1g/kg
de peso corpóreo, em dois dias consecutivos, a contagem de plaquetas subiu para pelo menos
50 x 109
/L dentro de 7 dias da primeira infusão em 80,7 % dos pacientes. Em 43% dos
pacientes, esse aumento ocorreu depois de apenas um dia, antes da segunda infusão. O tempo
médio até que essa contagem de plaquetas fosse alcançada foi de 2,5 dias. Em pacientes que
responderam ao tratamento, a contagem de plaquetas permaneceu ≥ 50 x 109/L por um
período médio de 15,4 dias.