Bula do Sandostatin produzido pelo laboratorio Novartis Biociencias S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Sandostatin®
(octreotida)
Novartis Biociências SA
Solução para Injeção ou Concentrado de
Solução para Infusão
0,05 mg/ml
0,1 mg/ml
0,5 mg/ml
Bula Profissional da Saúde
VPS4 = Sandostatin_Bula_Profissional 1
SANDOSTATIN®
octreotida
APRESENTAÇÕES
Solução para injeção (subcutânea) ou concentrado de solução para infusão (infusão intravenosa). Embalagem com 5
ampolas de 0,05 mg/mL; 0,1 mg/mL ou 0,5 mg/mL.
VIA SUBCUTÂNEA/INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada ampola contém 0,05 mg, 0,1 mg ou 0,5 mg de octreotida (como peptídeo livre).
Excipientes: ácido lático, manitol, bicarbonato de sódio, dióxido de carbono e água para injetáveis (sc e iv).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Tratamento de pacientes com acromegalia:
que são adequadamente controlados através do tratamento com Sandostatin por via subcutânea;
para os quais a cirurgia ou radioterapia forem inadequadas, ineficazes ou indisponíveis, ou no período interino até a
cirurgia poder ser realizada, ou, durante o intervalo de tempo até que a radioterapia se torne completamente efetiva;
para os pacientes que não estão dispostos a se submeter à cirurgia.
Tratamento de pacientes com sintomas associados a tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos funcionais, nos
quais os sintomas são controlados adequadamente através do tratamento com Sandostatin por via subcutânea:
Tumores carcinoides com características da síndrome carcinoide;
VIPomas;
Glucagonomas;
Gastrinomas/síndrome de Zollinger-Ellison;
Insulinomas, para controle pré-operatório de hipoglicemia e para terapia de manutenção;
GHRHomas.
O tratamento com Sandostatin LAR
resulta na melhora dos sintomas relacionados aos tumores neuroendócrinos
gastroenteropancreáticos funcionais.
Tratamento de pacientes com tumores neuroendócrinos avançados de midgut ou cuja localização primária do tumor seja
desconhecida.
Sandostatin LAR
estabiliza o crescimento tumoral e aumenta o tempo livre de progressão tumoral em pacientes com
tumores carcinoides de midgut ou cuja localização primária do tumor seja desconhecida.
Em animais, a octreotida é um inibidor mais potente do que a somatostatina na liberação do hormônio de crescimento,
do glucagon e da insulina, com maior seletividade para a supressão de GH e glucagon.
Em indivíduos sadios, a octreotida1,2
, assim como a somatostatina, inibe:
a liberação do hormônio de crescimento (GH) estimulada pela arginina, exercício e hipoglicemia induzida pela
insulina;
a liberação pós-prandial de insulina, glucagon, gastrina, outros peptídeos do sistema GEP e a liberação de insulina e
glucagon estimulada pela arginina;
a liberação do hormônio de estimulação da tireoide (TSH) estimulada pelo hormônio de liberação da tirotrofina
(TRH).
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2
Ao contrário da somatostatina, a octreotida inibe preferencialmente o GH à insulina e a administração de octreotida não
é seguida por uma hipersecreção hormonal de rebote (isto é, GH em pacientes com acromegalia)1,2
.
Em pacientes acromegálicos, Sandostatin LAR
, uma formulação galênica de octreotida para administração repetida em
intervalos de 4 semanas, fornece concentrações séricas significativas e terapêuticas de octreotida, reduzindo
consistentemente o GH e normalizando o Fator de Crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) na maioria dos
pacientes. Na maioria dos pacientes, Sandostatin LAR
reduz acentuadamente os sintomas clínicos da doença tais como
cefaleia, transpiração, fadiga, osteoartralgia, parestesia e síndrome do túnel do carpo1,5,7
. Em pacientes com adenomas
secretores de GH sem nenhum tratamento prévio, o uso de Sandostatin LAR
resultou em redução maior que 20% da
massa tumoral em uma proporção significante de pacientes (50%)8
Referências bibliográficas
1 - Sandostatin LAR . Expert Report on clinical documentation. Acromegaly. Sandoz Pharma Ltd. Basle, Switzerland.
01 Jun 94. [1] (dados em arquivo).
2 - Sandostatin in the long-term treatment of patients with acromegaly. Expert Report on the Clinical Documentation.
Sandoz Pharma Ltd. Basle, Switzerland. 26 Oct 92. [9] (dados em arquivo).
3 - A double-blind, dose-finding, dose-proportionality study assessing the pharmacokinetics, pharmacodynamics, safety
and tolerability of single doses (20 mg or 30 mg) of microencapsulated Sandostatin (Sandostatin LAR) given
intramuscularly (i.m.) to acromegalic patients. Sandoz Pharma Ltd. Basle, Switzerland. 07 Jun 94. [2] (dados em
arquivo).
4 - An open extension study assessing the efficacy, safety and tolerability of repeated doses of microencapsulated
Sandostatin® (Sandostatin® LAR®) given intramuscularly (i.m.) to acromegalic patients. Sandoz Pharma Ltd. Basle,
Switzerland. 07 Jun 94. [3] (dados em arquivo).
5 - A double-blind, dose-finding, dose-proportionality study assessing the pharmacokinetics, pharmacodynamics, safety
and tolerability of microencapsulated Sandostatin® (Sandostatin® LAR®) 10, 20 and 30 mg given intramuscularly to
acromegalic patients. An open extension study assessing the efficacy, safety and tolerability of repeated doses of
microencapsulated Sandostatin® (Sandostatin® LAR®) given intramuscularly (i.m.) to acromegalic patients. Sandoz
Pharma Ltd. Basle, Switzerland. 07 Jun 94. [4] (dados em arquivo).
6 - An open, 6-months extension study assessing the long-term efficacy, tolerability and safety of single doses (20,
30 and 40 mg) of microencapsulated Sandostatin® (Sandostatin® LAR®) given intramuscularly (i.m.) to acromegalic
patients. Sandoz Pharma Ltd. Basle, Switzerland. 07 Jun 94. [5] (dados em arquivo).
7 - Supplement to the expert report on clinical documentation for Sandostatin LAR. Novartis Pharma AG. Basle,
Switzerland. 04 Jul 97. [46] (dados em arquivo).
8 - Sandostatin LAR / octreotide acetate (powder and solvent for suspension for injection). Clinical Overview for
Acromegaly Tumor Shrinkage. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 21 Nov 07. [80] (dados em arquivo).
Grupo farmacoterapêutico: anti-hormônio do crescimento, código ATC H01CB02.
Propriedades farmacodinâmicas
A octreotida é um derivado sintético octapeptídeo da somatostatina de ocorrência natural com efeitos farmacológicos
similares, mas com duração de ação consideravelmente prolongada. Inibe a secreção patologicamente aumentada do
hormônio de crescimento (GH) e dos peptídeos e serotonina produzidos pelo sistema endócrino gastroenteropancreático
(GEP).
Em animais, a octreotida é um inibidor mais potente do que a somatostatina na liberação do hormônio de crescimento,
do glucagon e da insulina, com maior seletividade para a supressão de GH e glucagon.
Em indivíduos sadios, a octreotida, assim como a somatostatina, inibe:
a liberação do hormônio de crescimento (GH) estimulada pela arginina, exercício e hipoglicemia induzida pela
insulina.
VPS2 = Sandostatin LAR_Bula_Profissional
3
a liberação pós-prandial de insulina, glucagon, gastrina, outros peptídeos do sistema GEP e a liberação de insulina e
glucagon estimulada pela arginina.
a liberação do hormônio de estimulação da tireoide (TSH) estimulada pelo hormônio de liberação da tirotrofina
(TRH).
Ao contrário da somatostatina, a octreotida inibe preferencialmente o GH à insulina e a administração de octreotida não
é seguida por uma reação de hipersecreção rebote de hormônios (isto é, GH em pacientes com acromegalia).
Em pacientes acromegálicos, Sandostatin LAR
, uma formulação galênica adequada de octreotida para administração
repetida em intervalos de 4 semanas, permite a liberação de concentrações séricas significativas e terapêuticas de
octreotida., assim, ocorre redução clinicamente relevante do GH e pode ser alcançada normalização da concentração
sérica do Fator de Crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) na maioria dos pacientes. Na maioria dos pacientes,
Sandostatin LAR
reduz acentuadamente os sintomas clínicos da doença tais como cefaleia, transpiração, parestesia,
fadiga, osteoartralgia, parestesia e síndrome do túnel do carpo. Em pacientes com adenomas secretores de GH sem
nenhum tratamento prévio, o uso de Sandostatin LAR
resultou em redução maior que 20% da massa tumoral em uma
proporção significante de pacientes (50%).
Em pacientes com tumores funcionais do sistema endócrino gastroenteropancreático, Sandostatin LAR
permite um
controle contínuo dos sintomas relacionados à doença subjacente. Os efeitos da octreotida nos diferentes tipos de
tumores gastroenteropancreáticos são os seguintes:
- Tumores carcinoides - A administração de octreotida pode resultar em melhora dos sintomas, particularmente rubor e
diarreia. Em muitos casos, isto se acompanha de uma queda na serotonina plasmática e excreção urinária reduzida do
ácido 5-hidroxi-indol acético.
- VIPomas - A característica bioquímica desses tumores é a superprodução de peptídeo intestinal vasoativo (VIP). Na
maioria dos casos, a administração de octreotida resulta em alívio da diarreia secretória grave típica da afecção, com
consequente melhora na qualidade de vida. Isto é acompanhado de uma melhora nas anormalidades eletrolíticas
associadas, p.ex.: hipocalemia, permitindo que os líquidos parenteral e enteral e a suplementação eletrolítica sejam
retirados. Em alguns pacientes, o mapeamento por tomografia computadorizada sugere um retardamento ou contenção
da progressão do tumor ou mesmo sua diminuição, particularmente nas metástases hepáticas. A melhora clínica é, em
geral, acompanhada por redução nos níveis plasmáticos de VIP, que podem reduzir-se a níveis dentro da faixa normal
de referência.
- Glucagonomas - A administração de octreotida resulta, na maioria dos casos, em melhora substancial do exantema
migratório necrolítico, característico da afecção. O efeito de octreotida sobre o estado de diabetes mellitus leve, que
frequentemente ocorre, não é acentuado e, em geral, não resulta em redução das necessidades de insulina ou agentes
hipoglicemiantes orais. A octreotida produz melhora da diarreia e, portanto, ganho de peso nos pacientes afetados.
Embora a administração de octreotida, com frequência, leve a uma redução imediata nos níveis plasmáticos de
glucagon, este decréscimo geralmente não é mantido durante período prolongado de administração, apesar da melhora
sintomática continuada.
- Gastrinomas/síndrome de Zollinger-Ellison- Embora a terapia com inibidores da bomba de prótons ou agentes
bloqueadores do receptor-H2 controle a ulceração péptica recorrente que resulta da hipersecreção de ácido gástrico
estimulada pela gastrina, tal controle pode ser incompleto. A diarreia pode também constituir sintoma proeminente não
aliviado por esta terapia. A octreotida isolada ou em associação a inibidores da bomba de prótons ou antagonistas do
receptor-H2 pode reduzir a hipersecreção de ácido gástrico e melhorar os sintomas, inclusive diarreia. Outros sintomas
possivelmente causados por produção de peptídeo pelo tumor, p.ex.: rubor, podem também ser aliviados. Os níveis
plasmáticos de gastrina diminuem em alguns pacientes.
- Insulinomas - A administração de octreotida produz queda na insulina imunorreativa circulante. Em pacientes com
tumores operáveis, a octreotida pode ajudar a restaurar e manter a normoglicemia no pré-operatório. Em pacientes com
tumores malignos ou benignos inoperáveis, o controle glicêmico pode ser melhorado mesmo sem uma redução mantida
concomitante nos níveis circulantes de insulina.
- GHRHomas - Estes raros tumores são caracterizados pela produção de fator de liberação do hormônio de crescimento
(GHRH), isoladamente ou juntamente com outros peptídeos ativos. A octreotida produz melhora nas características e
4
nos sintomas da acromegalia resultante. Isto provavelmente se deve à inibição da secreção do hormônio de crescimento
e do GHRH, podendo ser seguido por uma redução no aumento hipofisário.
- Tumores neuroendócrinos avançados de midgut ou cuja localização primária seja desconhecida
- Um estudo de Fase III, placebo-controlado, duplo-cego, randomizado (PROMID) demonstrou que Sandostatin LAR
inibe o crescimento do tumor em pacientes com tumores neuroendócrinos avançados de midgut.
Oitenta e cinco pacientes foram randomizados para receber Sandostatin LAR
30 mg a cada 4 semanas (n = 42) ou
placebo (n = 43) por 18 meses, ou até progressão tumoral ou morte.
Os principais critérios de inclusão foram: pacientes virgens de tratamento; diagnóstico confirmado histologicamente de
tumor/carcinoma neuroendócrino; funcionalmente ativo ou inativo; localmente inoperável ou metastático bem-
diferenciado; com tumor primário localizado no midgut ou origem desconhecida, mas suspeito de ser de origem no
midgut se um tumor primário no pâncreas, tórax ou de qualquer outro local foi excluído.
O objetivo principal foi o tempo para progressão do tumor ou morte relacionada ao tumor (TTP), com base na revisão
radiológica central, utilizando os critérios da OMS.
foi superior ao placebo em tempo para a progressão tumoral (TTP) com 26 progressões no grupo de
e 38 progressões ou mortes relacionadas ao tumor no grupo de placebo (RR = 0,36; IC de 95%, 0,21
a 0,61; valor de p = 0,0001) (vide Figura 1).
O tempo médio para progressão tumoral foi de 14,3 meses (IC 95%, 11,0 a 28,8 meses) no grupo de Sandostatin LAR
e 5,9 meses (IC 95%, 3,7 a 9,2 meses) no grupo placebo.
Figura 1 - Estimativa de Kaplan-Meier para o tempo de progressão por grupo de tratamento (análise completa)
O valor-p é duplo lado e é significativo ao nível de 0,0122.
Log-rank e Cox são estratificados na randomização por tumor funcional, conforme documentado no CRF.
O efeito do tratamento foi similar em pacientes com tumores funcionais (RR = 0,41; IC 95%, 0,18 a 0,92) e tumores
não-funcionais (RR = 0,32; IC 95%, 0,15 a 0,66).
Baseado no benefício clínico significativo de Sandostatin LAR
observado na análise interina pré-planejada, o
recrutamento foi interrompido.
Tempo de censura
(N=42)
Placebo (N=43)
Número de eventos
: 26
Placebo: 38
Kaplan-Meier médio TTP
: 14,3 (meses)
Placebo: 5,9 (meses)
Logrank p-value = 0,0001
RR (IC 95%) = 0,36 (0,21 , 0,61)
5
Após mais 4,5 anos de acompanhamento, a taxa de risco de Sandostatin LAR
versus placebo para a sobrevida global
foi de 0,86 (IC 95%: 0,46, 1,60) favorecendo Sandostatin LAR
. Os resultados de sobrevida global devem ser
interpretados com cautela, devido ao baixo número de eventos e ao grande número de pacientes no grupo placebo que
receberam a terapia de acompanhamento com análogos da somatostatina.
A segurança de Sandostatin LAR
neste estudo foi consistente com seu perfil de segurança já estabelecido.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração de uma única dose por injeção intramuscular de Sandostatin LAR
, a concentração sérica de
octreotida atinge um pico rápido e transitório dentro de 1 hora após a administração, seguido por decréscimo
progressivo até um nível indetectável de octreotida dentro de 24 horas. Após o pico no primeiro dia, a octreotida
permanece em níveis subterapêuticos por um período de 7 dias, na maioria dos pacientes. Em seguida, as concentrações
de octreotida aumentam novamente, atingem um platô, ao redor do 14º dia e permanecem relativamente constantes
durante 3 a 4 semanas seguintes. O nível máximo durante o 1º dia é menor que os níveis alcançados durante a fase de
platô e não mais que 0,5% do total do fármaco é liberado durante o 1º dia. Após 42 dias, aproximadamente, a
concentração de octreotida diminui lentamente, concomitantemente à fase terminal de degradação da matriz polimérica
da formulação.
Em pacientes com acromegalia, as concentrações médias de octreotida no platô após a administração de doses únicas de
10 mg, 20 mg e 30 mg de Sandostatin LAR
correspondem a 358 ng/L, 926 ng/L e 1.710 ng/L, respectivamente. As
concentrações séricas de octreotida no estado de equilíbrio, obtidas após 3 injeções em intervalos de 4 semanas, são
maiores por um fator de aproximadamente 1,6 a 1,8 e corresponde a 1.557 ng/L e a 2.384 ng/L após injeções múltiplas
de 20 mg e 30 mg de Sandostatin LAR
, respectivamente.
Em pacientes com tumores carcinoides, as concentrações séricas médias (e medianas) de octreotida no steady-state
(estado de equilíbrio) após injeções múltiplas de 10 mg, 20 mg e 30 mg administradas em intervalos de 4 semanas
também aumentaram linearmente com a dose e foram de 1.231 (894) ng/L, 2.620 (2.270) ng/L e 3.928 (3.010) ng/L,
respectivamente.
Não há acúmulo de octreotida além daquele esperado a partir dos perfis sobrepostos de liberação ocorridos após um
período superior a 28 injeções mensais de Sandostatin LAR
.
O perfil farmacocinético da octreotida após injeção de Sandostatin LAR
, reflete o perfil de liberação da matriz
polimérica e a sua biodegradação. Após a liberação no sistema circulatório, a octreotida é distribuída de acordo com
suas propriedades farmacocinéticas, conforme a descrição para a administração subcutânea. O volume de distribuição
no steady-state (estado de equilíbrio) é 0,27 L/kg e o clearance (depuração) total é 160 mL/min. A ligação proteica no
plasma totaliza 65% e a quantidade de medicamento ligado às células sanguíneas é insignificante.
Dados de segurança não-clínicos
- Toxicidade em doses repetidas
Em dois estudos de doses repetidas realizado em ratos através de injeção intramuscular de 2,5 mg de Sandostatin LAR
referentes a 50 mg de microesferas, administrada em intervalos de 4 semanas por um período de 21/24 semanas, não
foram obtidos achados de necrópsia relacionados ao medicamento. Os únicos achados histopatológicos considerados
significativos localizaram-se no próprio sítio da injeção em animais-controle e em animais que receberam o
medicamento, nos quais as microesferas provocaram uma miosite granulomatosa reversível.
- Genotoxicidade
A octreotida e/ou seus metabólitos não demonstraram potencial mutagênico em estudos realizados in vitro em sistemas
validados para testes com células bacterianas e de mamíferos. Em um estudo foi observado crescimento da frequencia
de alterações cromossômicas em células de hamsters chineses V79, apenas em altas concentrações citotóxicas.
Entretanto, não houve aumento das aberrações cromossômicas em linfócitos humanos incubados com acetato de
octreotida. In vivo, não se observou atividade clastogênica na medula óssea de camundongos tratados com octreotida
por via intravenosa (teste de micronúcleo) e não foi evidenciado sinal de genotoxicidade em camundongos machos
através do ensaio de reparo de DNA nas cabeças de espermatozoides. As microesferas estiveram isentas de potencial
mutagênico quando as mesmas foram submetidas a um teste padrão de genotoxicidade.
- Carcinogenicidade/toxicidade crônica
Em estudos em ratos onde Sandostatin
foi administrado por via subcutânea em doses diárias de até 1,25 mg/kg de peso
corpóreo, observou-se fibrosarcomas, predominantemente em certo número de animais machos, no local da injeção
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subcutânea após 52, 104 e 113/116 semanas. Os tumores localizados ocorreram também nos ratos-controle, entretanto,
seu desenvolvimento foi atribuído à fibroplasia desordenada produzida por estímulos irritantes constantes nos sítios de
injeção, incrementada ainda pelos veículos, manitol e ácido lático. Essa reação tecidual não-específica parece ser
atribuída apenas aos ratos. As lesões neoplásicas não foram observadas nem em camundongos que recebiam injeções
diárias de Sandostatin
por via subcutânea em doses acima de 2 mg/kg por até 99 semanas, nem em cães tratados com
doses diárias subcutâneas do medicamento por 52 semanas.
O estudo de carcinogenicidade de 116 semanas em ratos que receberam Sandostatin
por via subcutânea também
demonstrou que a incidência de adenocarcinomas endometriais uterinos, somente alcança níveis estatísticos
significantes em doses subcutâneas maiores que a dose diária de 1,25 mg/kg. O resultado foi associado a uma maior
incidência de endometrite, a um decréscimo do número de corpos lúteos ovarianos, a uma redução nos adenomas
mamários e a presença de uma dilatação luminal e glandular do útero, sugerindo um estado de desequilíbrio hormonal.
As informações disponíveis indicam claramente que os resultados dos tumores mediados por hormônios endócrinos em
ratos são específicos da espécie e, portanto, não são relevantes para o uso do medicamento em seres humanos.
- Toxicidade na reprodução
Estudos de reprodução foram realizados com Sandostatin
em ratos e coelhos com doses parenteraisde até 1 mg/kg de
peso corpóreo por dia. Um certo retardamento no crescimento fisiológico em filhotes de ratos foi transitório e ,
provavelmente, atribuído à inibição de GH ocorrida por uma excessiva atividade farmacodinâmica. Não há evidências
de efeitos teratogênicos, embrio/fetal ou outros efeitos na reprodução relacionados à octreotida,
As microesferas foram desprovidas de efeitos toxicológicos reprodutivos quando testadas em estudos convencionais de
toxicidade reprodutiva em ratos e coelhos.
Hipersensibilidade conhecida à octreotida ou a qualquer um dos excipientes.
Gerais
Tendo em vista que tumores hipofisários secretores de GH podem por vezes crescer, causando complicações sérias (por
ex.: defeitos do campo visual), é essencial que todos os pacientes sejam cuidadosamente monitorados. Se surgir
evidência de expansão do tumor, procedimentos alternativos são aconselháveis.
Os benefícios terapêuticos da redução nos níveis do hormônio de crescimento (GH) e da normalização da concentração
do Fator de Crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) em mulheres com acromegalia podem potencialmente
restaurar a fertilidade. Pacientes com potencial para engravidar devem ser aconselhadas a utilizar um método
contraceptivo adequado, se necessário, durante o tratamento com octreotida (vide “Gravidez , amamentação e
fertilidade”).
A função da tireoide deve ser monitorada em pacientes recebendo tratamento prolongado com octreotida.
Eventos cardiovasculares relatados
Casos de bradicardia foram relatados (frequência: comum). Pode ser necessário ajustes de doses de medicamentos como
betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio, ou agentes que controlam balanço hídrico e eletrolítico.
Vesícula biliar e eventos relacionados
O desenvolvimento de cálculos biliares foi relatado em 15% a 30% dos pacientes tratados a longo prazo com
Sandostatin
por via subcutânea. A prevalência na população em geral (com idade entre 40 e 60 anos) é de cerca de 5%
a 20%. A exposição a longo prazo de Sandostatin LAR
em pacientes com acromegalia ou tumores endócrinos
gastroenteropancreáticos sugere que o tratamento com Sandostatin LAR
não aumenta a incidência de formação de
cálculos biliares, comparado ao tratamento por via subcutânea. Entretanto, recomenda-se exame ultrassonográfico da
vesícula biliar antes e a intervalos de 6 meses durante a terapia com Sandostatin LAR
. Se de fato ocorrerem cálculos
biliares, eles são geralmente assintomáticos. Cálculos sintomáticos devem ser tratados ou por terapia de dissolução com
ácidos biliares ou cirurgicamente (vide mais adiante “Diretrizes para o controle dos pacientes que podem desenvolver
cálculo biliar durante o tratamento com Sandostatin LAR
”).
Metabolismo da glicose
Devido à ação inibitória da secreção do hormônio de crescimento, glucagon e insulina, Sandostatin LAR
pode afetar a
regulação da glicose. A tolerância à glicose pós-prandial pode ser prejudicada. Conforme relatado por pacientes tratados
com Sandostatin
por via subcutânea, em alguns casos, um estado de hiperglicemia persistente pode ser induzido como
resultado de uma administração crônica. Casos de hipoglicemia têm sido relatados.
VPS2 = Sandostatin LAR_Bula_Profissional
7
Em pacientes com diabetes mellitus tipo I, Sandostatin LAR
potencialmente pode afetar a regulação da glicose e as
doses necessárias de insulina podem ser reduzidas. Em pacientes não diabéticos ou com diabetes do tipo II com as
reservas de insulina parcialmente intactas, a administração subcutânea de Sandostatin
pode resultar em aumento da
glicemia pós-prandial. Portanto, recomenda-se a monitoração da tolerância à glicose e o tratamento antidiabético.
Em pacientes com insulinomas, a octreotida, por sua potência relativa maior na inibição da secreção do hormônio de
crescimento e glucagon em comparação com a insulina e pela duração mais curta de sua ação inibitória sobre a insulina,
pode aumentar a intensidade e prolongar a duração da hipoglicemia. Esses pacientes devem ser cuidadosamente
monitorados.
Nutrição
A octreotida pode alterar a absorção de lipídeos de uma dieta em alguns pacientes.
Foram observados em alguns pacientes recebendo terapia com octreotida, diminuição dos níveis de vitamina B12 e testes
anormais de Schilling. É recomendada a monitoração dos níveis de vitamina B12 durante terapia com Sandostatin LAR
em pacientes com histórico de deficiência de vitamina B12.
Gravidez, amamentação e fertilidade
- Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Na experiência pós-comercialização, dados de
exposição de um número limitado de casos de gravidez foram reportados em pacientes com acromegalia, no entanto em
metade dos casos, o acompanhamento foi desconhecido. A maioria das mulheres foi exposta à octreotida em doses que
variaram entre 100 a 300 mcg/dia de Sandostatin
s.c. ou entre 20 a 30 mg/mês de Sandostatin LAR
durante o
primeiro trimestre de gestação. Em aproximadamente dois terços dos casos com acompanhamento conhecido, as
mulheres escolheram continuar a terapia com octreotida durante a gravidez. Na maioria dos casos com
acompanhamento conhecido, foram reportados neonatos normais, mas também muitos abortos espontâneos durante o
primeiro trimestre e poucos abortos induzidos.
Não há casos de anomalias congênitas ou mal-formações atribuídos ao uso de octreotida nos casos reportados de
acompanhamento de gravidez.
Estudos em animais não revelaram toxicidade reprodutiva. Um retardo de crescimento da prole foi observado em ratos,
possivelmente pelo perfil endócrino específico das espécies testadas. (vide “Dados de segurança não-clínicos”).
deve ser prescrito para mulheres grávidas somente sob circunstâncias estritamente necessárias.
Este medicamento pertence a categoria B de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
- Amamentação
Não se sabe se a octreotida é excretada no leite materno em humanos. Estudos em animais demonstraram excreção de
octreotida em leite materno. Pacientes não devem amamentar durante o tratamento com Sandostatin
.
- Fertilidade
Não se sabe se a octreotida tem efeito na fertilidade humana. A octreotida não comprometeu a fertilidade em ratos
machos e fêmeas, em doses de até 1 mg/kg de peso corporal por dia. (vide “Dados de segurança não-clínicos”).
Diretrizes para o controle dos pacientes que podem desenvolver cálculo biliar durante o tratamento com
Sandostatin LAR
1. Os pacientes devem ser submetidos à ultrassonografia da vesícula biliar antes de iniciar o tratamento com a
octreotida;
2. Devem ser realizadas repetições periódicas do exame ultrassonográfico da vesícula biliar, preferencialmente em
intervalos semestrais, durante o tratamento com Sandostatin LAR
;
3. Se houver presença de cálculos biliares antes do início da terapia, deve ser avaliado o benefício potencial de
em relação aos riscos potenciais associados a estes cálculos. Não há evidências, até o presente
8
momento, de que Sandostatin LAR
afete contrariamente o andamento ou o prognóstico dos cálculos biliares já
existentes;
4. Controle dos pacientes que desenvolverem cálculos biliares em associação com Sandostatin LAR
:
4.1. Cálculos biliares assintomáticos
O tratamento com Sandostatin LAR
deve ser continuado, dependendo da reavaliação da relação risco/benefício. De
qualquer forma, não é requerida nenhuma ação, exceto a monitoração contínua de forma mais frequente, caso seja
necessária;
4.2. Cálculos biliares sintomáticos
pode ser tanto interrompido ou continuado, dependendo da reavaliação da relação
risco/benefício. Em ambos os casos, os cálculos biliares devem ser tratados como qualquer outro cálculo biliar
sintomático. Clinicamente, isto inclui a combinação de terapia ácida biliar (por exemplo, ácido quenodeoxicólico
(CDCA) com ácido ursodeoxicólico (UDCA) ou monoterapia com ácido ursodeoxicólico (UDCA) com a monitoração
Pode ser necessário ajuste da dose de medicamentos como betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio ou
agentes de controle de fluído e equilíbrio de eletrólitos, quando administrados concomitantemente com Sandostatin
LAR®
. (vide “Advertências e Precauções”).
Podem ser necessários ajustes de dose de insulina e medicamentos antidiabéticos, quando Sandostatin LAR®
é
administrado concomitantemente. (vide “Advertências e Precauções”).
Observou-se que a octreotida reduz a absorção intestinal da ciclosporina e retarda a de cimetidina.
A administração simultânea de octreotida e bromocriptina aumenta a biodisponibilidade da bromocriptina.
Dados restritos publicados indicam que análogos da somatostatina podem diminuir clearance (depuração) metabólica de
compostos conhecidos por serem metabolizados pelas enzimas do citocromo P450, o que pode ser devido à supressão
do hormônio de crescimento. Como não se pode excluir que a octreotida tenha este efeito, outros fármacos
metabolizados principalmente pela CYP3A4 e que tenham um índice terapêutico baixo (por exemplo: quinidina e
terfenadina) devem ser usados com cautela.
O produto deve ser protegido da luz e conservado sob refrigeração (entre 2 e 8ºC). Sandostatin LAR
deve ser
conservado abaixo de 25°C apenas no dia da injeção. A suspensão deverá ser preparada imediatamente antes da injeção
intramuscular.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: frasco-ampola contendo pó de coloração branca a esbranquiçada e seringa preenchida contendo solução
límpida e incolor, como diluente. Após a reconstituição a suspensão apresenta aspecto uniforme.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Instruções de uso
Sandostatin LAR
somente poderá ser administrado através de injeção intramuscular profunda na região glútea. O local
das injeções deve ser alternado entre o músculo direito e o esquerdo da região glútea (vide “Instruções de uso” no final
da bula).
Posologia
População alvo geral
- Acromegalia
VPS2 = Sandostatin LAR_Bula_Profissional
9
Para pacientes que são adequadamente controlados com Sandostatin
por via subcutânea, recomenda-se iniciar o
tratamento com a administração de 20 mg de Sandostatin LAR
com intervalos de 4 semanas durante 3 meses.
Pacientes em tratamento com Sandostatin
subcutâneo podem iniciar o tratamento com Sandostatin LAR
no dia
seguinte à ultima dose de Sandostatin
por via subcutânea. O ajuste posológico subsequente deve basear-se nas
concentrações séricas do hormônio de crescimento (GH) e no fator de crescimento semelhante à insulina
1/somatomedina C (IGF-1) e nos sintomas clínicos.
Para pacientes nos quais, após 3 meses de tratamento, sintomas clínicos e parâmetros bioquímicos (GH, IGF-1) não
estejam completamente controlados (concentrações de GH acima de 2,5 mcg/L), a dose poderá ser aumentada para 30
mg a cada 4 semanas.
Para pacientes nos quais as concentrações de GH estejam consistentemente abaixo de 1 mcg/L, que apresentem
normalização das concentrações séricas de IGF-1 e demonstrem desaparecimento da maioria dos sinais e sintomas de
acromegalia após 3 meses de tratamento com 20 mg, pode-se passar a administrar 10 mg de Sandostatin LAR
a cada 4
semanas. Entretanto, particularmente nesse grupo de pacientes, recomenda-se um controle adequado das concentrações
séricas de GH e de IGF-1 e dos sinais e sintomas clínicos nessa dose menor de Sandostatin LAR
a que o paciente foi
submetido.
Para pacientes que estão sob uma dose estável de Sandostatin LAR
, a avaliação de GH e IGF-1 deve ser feita a cada 6
meses.
Para pacientes aos quais a cirurgia ou radioterapia são inadequadas ou ineficazes ou, durante o intervalo de tempo até
que a radioterapia se torne completamente efetiva, recomenda-se um curto período de tempo para adequação de dose de
Sandostatin
, administrada por via subcutânea para a determinação da resposta e da tolerabilidade sistêmica da
octreotida antes de se iniciar o tratamento com Sandostatin LAR
como descrito acima.
- Tumores endócrinos gastroenteropancreáticos
Tratamento de pacientes com sintomas associados a tumores funcionais neuroendócrinos
gastroenteropancreáticos
Para pacientes com sintomas adequadamente controlados com Sandostatin
em intervalos de 4 semanas. Pacientes em tratamento
com Sandostatin
por via subcutânea devem continuar a dose efetiva previamente utilizada, por um período de 2
semanas após a primeira injeção de Sandostatin LAR
.
Para pacientes que não são tratados previamente com Sandostatin
tratamento com a administração de Sandostatin
por via subcutânea na dosagem de 0,1 mg, três vezes ao dia, por um
curto período de tempo (aproximadamente 2 semanas), para determinar a resposta e a tolerabilidade sistêmica da
octreotida antes de iniciar o tratamento com Sandostatin LAR
, conforme descrito anteriormente.
Para pacientes que possuam sintomas e marcadores biológicos bem controlados, após 3 meses de tratamento, a dose
pode ser reduzida para 10 mg de Sandostatin LAR
a cada 4 semanas.
Para pacientes em que os sintomas estiverem parcialmente controlados após 3 meses de tratamento, a dose pode ser
aumentada para 30 mg de Sandostatin LAR
Quando os sintomas associados aos tumores endócrinos gastroenteropancreáticos aumentarem durante o tratamento com
, recomenda-se uma administração adicional de Sandostatin
por via subcutânea na dose utilizada
antes do tratamento com Sandostatin LAR
. Isto pode ocorrer principalmente nos primeiros 2 meses de tratamento até
que as concentrações terapêuticas de octreotida sejam alcançadas.
O efeito antiproliferativo em pacientes com tumores carcinoides de midgut é observado com doses de 30 mg de
administrado a cada 28 dias (vide “Propriedades farmacodinâmicas - Tumores carcinoides”).
Tratamento de pacientes com tumores neuroendócrinos avançados de midgut ou cuja localização primária do
tumor seja desconhecida
A dose recomendada de Sandostatin LAR
é de 30 mg administrada a cada 4 semanas (vide “Propriedades
farmacodinâmicas”). O tratamento com Sandostatin LAR
para controle tumoral deve ser continuado na ausência da
progressão do tumor.
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População especial
Insuficiência renal
A insuficiência renal não afeta a exposição total (na área sob a curva: AUC) para a octreotida quando a mesma é
administrada subcutaneamente como Sandostatin
. Portanto, não é necessário o ajuste de dose para Sandostatin LAR
Insuficiência hepática
Em um estudo com Sandostatin
administrado pelas vias subcutânea e intravenosa, observou-se que a capacidade de
eliminação pode ser reduzida em pacientes com cirrose hepática, mas não em pacientes com esteatose hepática. Pelo
amplo espectro terapêutico da octreotida, não é necessário ajuste de dose para Sandostatin LAR
em pacientes com
cirrose hepática.
Pacientes idosos
De acordo com um estudo realizado com Sandostatin
por via subcutânea, não foi necessário ajuste de dose em
pacientes com idade > 65 anos. Portanto, não é necessário ajuste de dose de Sandostatin LAR
para esse grupo de
pacientes.
Uso em crianças
A experiência com Sandostatin LAR
em crianças é muito limitada.
As reações adversas mais frequentes reportadas durante a terapia com octreotida incluem distúrbios gastrintestinais,
distúrbios do sistema nervoso, distúrbios hepatobiliares e distúrbios do metabolismo e nutricionais.
As reações adversas mais comumente relatadas em estudos clínicos com a administração de octreotida foram diarreia,
dor abdominal, náusea, flatulência, dor de cabeça, colelitíase, hiperglicemia e constipação. Outras reações adversas
comumente reportadas foram tontura, dor localizada, barro biliar, disfunção da tireoide (por exemplo, diminuição do
hormônio estimulante da tireoide [TSH], diminuição de T4 total e diminuição de T4 livre), fezes amolecidas, tolerância
prejudicada à glicose, vômitos, astenia e hipoglicemia.
Em raros casos, efeitos colaterais gastrintestinais podem assemelhar-se à obstrução intestinal aguda, com distensão
abdominal progressiva, dor epigástrica intensa, sensibilidade abdominal e contratura involuntária.
Embora a excreção fecal de gordura possa aumentar, não há evidências de que o tratamento prolongado com octreotida
tenha conduzido a uma deficiência nutricional devido à mal-absorção.
Em casos muito raros, relatou-se pancreatite aguda dentro das primeiras horas ou dias de tratamento com Sandostatin
s.c. e desapareceu com a retirada do medicamento. Além disso, foi relatada pancreatite colelitíase induzida em pacientes
em tratamento prolongado com Sandostatin
s.c.
Em pacientes com acromegalia ou síndrome carcinoide, foram observadas alterações no ECG tais como prolongamento
do QT, desvio de eixo, repolarização precoce, baixa voltagem, transição R/S, progressão precoce da onda R e mudanças
não-específicas da onda ST-T. Porém, a relação desses eventos com acetato de octreotida não é estabelecida, pois
muitos destes pacientes possuíam histórico de doenças cardíacas (vide “Advertências e precauções”).
As seguintes reações adversas ao medicamento foram descritas em estudos clínicos com octreotida e estão listadas na
Tabela 1 por ordem de frequência, a mais frequente primeiro, usando a seguinte convenção: muito comum (≥ 1/10);
comum (≥ 1/100, < 1/10); incomum (≥ 1/1.000, < 1/100); raro (≥ 1/10.000, < 1/1.000); muito raro (< 1/10.000);
incluindo casos isolados. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão listadas em ordem decrescente
de gravidade.
Tabela 1. Reações adversas ao medicamento reportadas em estudos clínicos
Distúrbios endócrinos
Comuns Hipotireoidismo, disfunção da tireoide (por ex.:
diminuição de TSH, T4 total e T4 livre).
Distúrbios de metabolismo e nutrição
Muito Comum Hiperglicemia.
Comuns Hipoglicemia, tolerância prejudicada à glicose,
diminuição do apetite.
Incomum Desidratação.
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comum Dor de cabeça.
VPS2 = Sandostatin LAR_Bula_Profissional
11
Comum Tontura.
Distúrbios cardíacos
Comum Bradicardia.
Incomum Taquicardia.
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastínicos
Comum Dispneia.
Distúrbios gastrintestinais
Muito Comuns Diarreia, dor abdominal, náusea, constipação,
flatulência.
Comuns Dispepsia, vômito, distensão abdominal,
esteatorreia, fezes amolecidas, descoloração das
fezes.
Distúrbios hepatobiliares
Muito comum Colelitíase.
Comuns Colecistite, barro biliar, hiperbilirrubinemia.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo
Comuns Prurido, rash, alopecia.
Distúrbios Gerais e no local de aplicação
Muito comum Reação no local da injeção.
Comum Astenia
Laboratoriais
Comum Transaminases aumentadas.
Reações adversas ao medicamento espontaneamente reportadas e casos de literatura (frequência não conhecida)
As reações adversas presentes na Tabela 2 foram derivadas da experiência pós-comercialização com Sandostatin LAR
®
via relatos de casos espontâneos e casos de literatura Como estas reações foram relatadas voluntariamente por uma
população de tamanho incerto, não é possível estimar com segurança a sua frequência que é, portanto, classificada como
não conhecida e estão em ordem decrescente de gravidade.
Tabela 2. Reações adversas ao medicamento espontaneamente reportadas e casos de literatura (frequência não
conhecida)
Distúrbios do sistema imunológico
Reações anafiláticas, reações de hipersensibilidade/alergia
Arritmias
Pancreatite aguda, hepatite aguda sem colestase, hepatite colestática, colestase, icterícia, icterícia
colestática
Distúrbios do tecido subcutâneo e pele
Urticária
Aumento da fosfatase alcalina sanguínea, aumento de gama-glutamil transferase
Atenção: este produto é medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas
tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer
eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Um número limitado de superdoses acidentais de Sandostatin LAR
foi reportado. As doses variaram de 100 mg a 163
mg/mês de Sandostatin LAR
. O único efeito adverso reportado foi rubor.
Foram reportadas administrações de doses de Sandostatin LAR
de até 60 mg/mês e até 90 mg a cada duas semanas em
pacientes com câncer. Essas doses foram geralmente bem toleradas, no entanto os seguintes eventos adversos foram
reportados: urina frequente, fadiga, depressão, ansiedade e falta de concentração.
O controle da superdose é sintomático.
VPS2 = Sandostatin LAR_Bula_Profissional
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Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Instruções de uso
Instruções para injeção intramuscular de Sandostatin LAR
SOMENTE PARA INJEÇÃO NA REGIÃO INTRAGLUTEAL PROFUNDA
Siga as instruções abaixo cuidadosamente para se assegurar da saturação completa do sal e sua suspensão uniforme
antes da injeção i.m.
A suspensão de Sandostatin LAR
deve ser preparada apenas imediatamente antes da administração.
Sandostatin LAR
deve ser administrado apenas por profissionais da saúde treinados.
Conteúdo:
Sistema de aplicação contendo 1 frasco-ampola + seringa preenchida de 2,0 mL de diluente + 1 agulha estéril com
protetor de segurança e adaptador de frasco
a Um frasco contendo Sandostatin LAR pó
b Uma seringa preenchida com diluente
c Um adaptador de frasco para reconstituição do produto
d Uma agulha 20G x 1.5” com protetor de segurança
Antes da injeção intraguteal profunda, siga cuidadosamente, as instruções a seguir, para assegurar reconstituição
apropriada de Sandostatin LAR
.
Há 3 passos críticos na reconstituição de Sandostatin LAR
. Deixar de segui-los poderá resultar na falha da entrega do
fármaco apropriadamente.
- O kit de injeção dever atingir a temperatura ambiente. Remover o kit de injeção pelo menos 30 minutos antes da
reconstituição, mas não ultrapassar 24 horas.
- Depois de adicionar a solução diluente, deixe o frasco em descanso por 2 minutos (até no máximo 5 min) para
assegurar que o pó foi completamente saturado.
- Após a saturação, agitar o frasco moderadamente no sentido horizontal por no mínimo 30 segundos até obter uma
suspensão uniforme. A suspensão de Sandostatin LAR
só deve ser preparada imediatamente antes da administração.
só deve ser administrado por profissional da saúde treinado.
13
Passo 1
Retire da refrigeração o kit de injeção de Sandostatin LAR
ATENÇÃO: é necessário que seja iniciado o processo de
reconstituição somente após o kit de injeção atingir a
temperatura ambiente. Deixe o kit atingir a temperatura
ambiente por no mínimo 30 minutos antes da reconstituição,
mas não ultrapassar 24 horas.
Observação: o kit de injeção pode ser refrigerado novamente
caso necessário.
Passo 2
Remova a tampa plástica do frasco e limpe a borracha do
frasco com um pedaço de algodão embebido em álcool.
Remova o filme do suporte contendo o adaptador de frasco.
NÃO retire o adaptador do suporte.
Segurando o suporte, posicione o adaptador no topo do frasco
e empurre-o totalmente para baixo para que ele se encaixe no
frasco, confirmado por um “clique” audível.
Segure o suporte pelo topo e com um movimento vertical
retire o suporte do adaptador de frasco.
Passo 3
Retire a tampa da seringa preenchida contendo o diluente e
ajuste a seringa no adaptador de frasco.
Empurre lentamente o êmbolo até o fim para transferir todo o
diluente para dentro do frasco.
14
Passo 4
ATENÇÃO: é necessário que deixe o frasco descansar por no
mínimo 2 minutos (por no máximo 5 minutos) para assegurar
que o diluente tenha saturado completamente o pó.
Obs. É normal se o êmbolo se mover para cima, pois pode
haver uma ligeira sobrepressão no frasco.
Neste momento prepare o paciente para a aplicação.
Passo 5
Após o período de umidificação, empurre totalmente o
êmbolo através da seringa.
Mantenha o êmbolo pressionado e agite o frasco
moderadamente em direção horizontal por aproximadamente
30 segundos.
Verifique visualmente se o pó está complemente suspenso no
diluente (suspensão leitosa uniforme). Repita a agitação
moderada por mais 30 segundos se o pó não estiver
completamente suspenso.
Passo 6
Vire a seringa e o frasco verticalmente, puxe o êmbolo
vagarosamente e retire todo o conteúdo do frasco para dentro
da seringa.
Retire a seringa do adaptador do frasco.
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Passo 7
Encaixe a agulha com protetor de segurança na seringa.
Retire a tampa de proteção da agulha em linha reta.
Para evitar sedimentação, e para manter uma suspensão
leitosa uniforme, inverta a seringa gentilmente.
Bata suavemente na seringa para remover bolhas visíveis e
expulsá-los da seringa.
O Sandostatin LAR
reconstituído está agora pronto para
administração imediata.
Passo 8
deve ser administrado apenas na região
glútea profunda. NUNCA por via intravenosa.
Faça a desinfecção do local da injeção com um pedaço de
algodão.
Insira a agulha completamente no lado direito ou esquerdo do
glúteo em um ângulo de 90º da pele.
Aspire lentamente para verificar se algum vaso sanguíneo não
foi atingido, caso contrário mude a posição da agulha.
Aplicando uma pressão contínua, injete lentamente a dose
inteira. Depois de finalizada a injeção, retire a agulha e ative a
proteção de segurança conforme figura do Passo 9 abaixo.
Passo 9
Ative a proteção de segurança sobre a agulha utilizando
técnica de mão única:
- pressionando a parte articulada da proteção de segurança
sobre uma superfície rígida, p.ex. uma mesa (Figura A).
- ou empurrando para frente a parte articulada com o dedo
indicador, mantendo sempre todos os dedos atrás da ponta da
agulha (Figura B).
Um “clique” audível confirma a ativação apropriada do
mecanismo de segurança.
Descarte imediatamente o frasco e a seringa com a agulha em
um recipiente para perfuro cortantes ou outro recipiente
fechado rígido.
Sandostatin LAR
®
deve ser administrado somente por injeção intramuscular na região glútea. Nunca administre
Sandostatin LAR®
por via intravenosa. Se um vaso sanguíneo for atingido, insira uma nova agulha e selecione um
outro local de injeção.
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