Bula do Sensitram produzido pelo laboratorio Libbs Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
SENSITRAM
(cloridrato de tramadol)
Libbs Farmacêutica Ltda.
Comprimido revestido
100 mg
SENS_V.8 - 1 -
cloridrato de tramadol
APRESENTAÇÕES
Comprimido revestido de liberação retard contendo 100 mg de cloridrato de tramadol em embalagens com 30
comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO (ACIMA DE 16 ANOS DE IDADE)
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém 100 mg de cloridrato de tramadol.
Excipientes: (fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, celulose microcristalina, talco, dióxido de silício, estearato de
magnésio, povidona, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Sensitram é indicado para dor de intensidade moderada a grave, de caráter agudo, subagudo e crônico.
Estudos Clínicos
O tramadol foi administrado em dose única e oral de 50, 75 e 100 mg em pacientes com dores geradas após
procedimentos cirúrgicos e cirurgias bucais (extração de molares impactados).
Em um modelo de dose única em dor após cirurgia bucal, em muitos pacientes o alívio da dor foi alcançado com doses
de 50 e 75 mg de tramadol. A dose de 100 mg de tramadol tende a promover analgesia superior à de 60 mg de sulfato de
codeína, mas não foi tão efetiva como a combinação de 650 mg de ácido acetilsalicílico com 60 mg de fosfato de
codeína.
O tramadol foi avaliado em três estudos clínicos controlados, em longo prazo, envolvendo um total de 820 pacientes,
onde 530 deles receberam tramadol. Pacientes com uma variedade de condições de dor crônica foram estudados em um
estudo clínico duplo-cego com duração de um a três meses. Doses diárias médias de aproximadamente 250 mg de
tramadol, em doses divididas foram geralmente comparáveis a cinco doses diárias de 300 mg de paracetamol com 30 mg
de fosfato de codeína, a cinco doses diárias de 325 mg de ácido acetilsalicílico com 30 mg de fosfato de codeína ou a
duas ou três doses diárias de 500 mg de paracetamol com 5 mg de cloridrato de oxicodona.
Propriedades Farmacodinâmicas
O tramadol é um analgésico opioide de ação central. É um agonista puro não seletivo dos receptores opioides μ(mi), δ
(delta) e κ (kappa), com uma afinidade maior pelo receptor μ (mi). Outros mecanismos que contribuem para o efeito
analgésico de tramadol são a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina e o aumento da liberação de serotonina.
O tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste com a morfina, de uma maneira geral, doses analgésicas de
tramadol não apresentam efeito depressor sobre sistema respiratório. A motilidade gastrintestinal também não é afetada.
Os efeitos no sistema cardiovascular tendem a ser leves. Foi relatado que a potência de tramadol é 1/10 a 1/6 da potência
da morfina.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração intramuscular em humanos, o tramadol é rápida e completamente absorvido: o pico médio de
concentração sérica (Cmáx) é atingido após 45 minutos, e a biodisponibilidade é quase 100%. Mais de 90% de tramadol é
absorvido após administração oral em humanos (tramadol em forma de cápsulas). A meia-vida de absorção é de 0,38 ±
0,18 h.
Uma comparação das áreas sob as curvas das concentrações séricas de tramadol (ASC) após administração oral e I.V
mostra uma biodisponibilidade de 68 ± 13% para o cloridrato de tramadol em cápsulas. Comparado com outros
analgésicos opioides a biodisponibilidade absoluta do tramadol cápsulas é extremamente alta.
Os picos de concentrações séricas são alcançados após 2 h após administração das cápsulas de tramadol. Após
administração oral, o pico de concentração plasmática Cmáx é de 141 ± 40 ng/mL após 4,9 horas.
A farmacocinética do tramadol na forma de comprimidos e da solução oral não é significativamente diferente de
tramadol na forma de cápsulas, em relação à extensão da biodisponibilidade medida pela ASC.
O tramadol apresenta uma alta afinidade tecidual (Vd,β(beta) = 203 ± 40 L) e cerca de 20% liga-se às proteínas
plasmáticas.
SENS_V.8 - 2 -
O tramadol atravessa a barreira placentária e a hematoencefálica. Pequenas quantidades de tramadol e do derivado O-
desmetil são encontradas no leite materno (0,1% e 0,02%, da dose aplicada respectivamente).
A inibição das isoenzimas CYP3A4 e/ou CYP2D6 envolvidas na biotransformação do tramadol pode afetar a
concentração plasmática de tramadol ou de seus metabólitos ativos. Até o momento, não foram observadas interações
clinicamente relevantes.
O tramadol e seus metabólitos são quase completamente excretados via renal. A excreção urinária cumulativa é 90% da
radioatividade total da dose administrada. A meia-vida de eliminação (t1/2,β) é de aproximadamente 6 horas,
independentemente da via de administração. Em pacientes acima de 75 anos de idade, a meia-vida de eliminação pode
ser prolongada por um fator de aproximadamente 1,4. Em pacientes com cirrose hepática, as meias-vidas de eliminação
são de 13,3 ± 4,9 h (tramadol) e 18,5 ± 4,9 h (O-desmetiltramadol); em um caso extremo, determinou-se 22,3 h e 36 h,
respectivamente. Em pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina < 5 mL/minuto), os valores foram 11 ±
3,2 h e 16,9 ± 3 h; em um caso extremo 19,5 h e 43,2 h, respectivamente.
Em humanos, o tramadol é metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e conjugação dos produtos da O-
desmetilação com ácido glicurônico. Somente o O-desmetiltramadol é farmacologicamente ativo. Há diferenças
quantitativas interindividuais consideráveis entre os outros metabólitos. Até o momento, onze metabólitos foram
detectados na urina. Experimentos em animais demonstraram que O-desmetiltramadol é 2-4 vezes mais potente do que o
fármaco inalterado. A meia-vida t1/2,β (6 voluntários sadios) é de 7,9 h (5,4 – 9,6 h), bastante similar à meia-vida de
tramadol.
O tramadol tem um perfil farmacocinético linear dentro da faixa de dose terapêutica.
A relação entre concentrações séricas e o efeito analgésico é dose-dependente, mas varia consideravelmente em casos
isolados. Uma concentração sérica de 100-300 ng/mL é usualmente eficaz.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Após a administração repetida oral e parenteral de tramadol por 6-26 semanas em ratos e cães, e após administração oral
por 12 meses em cães, testes hematológicos, clínico-químicos e histológicos não demonstraram evidências de alterações
relacionadas à substância. Somente ocorreram manifestações no sistema nervoso central após doses altas,
consideravelmente acima da dose terapêutica (agitação, salivação, convulsão e redução do ganho de peso). Ratos e cães
toleraram doses orais de 20 mg/kg e 10 mg/kg de peso corpóreo, respectivamente, e cães toleraram doses retais de 20
mg/kg de peso corpóreo, sem qualquer reação.
Em ratos, doses de no mínimo 50 mg/kg/dia de tramadol causaram toxicidade materna e aumento da mortalidade
neonatal. Os problemas com a prole foram distúrbios de ossificação e retardo na abertura vaginal e dos olhos. A
fertilidade masculina não foi afetada. Após doses elevadas (mínimo de 50 mg/kg/dia), as fêmeas sofreram redução na
ocorrência de gravidez. Em coelhos, foi relatada toxicidade materna em doses superiores a 125 mg/kg e anomalias
esqueléticas na prole.
Em alguns testes in vitro, houve evidência de efeitos mutagênicos. Estudos in vivo não demonstraram tais efeitos. Até o
momento, tramadol pode ser classificado como não mutagênico.
Foram realizados estudos quanto ao potencial tumorigênico do cloridrato de tramadol em ratos e camundongos.
O estudo em ratos, não demonstrou evidência de aumento na incidência de tumores devido a essa substância. No estudo
em camundongos, houve uma incidência aumentada de adenomas de células hepáticas em animais machos (aumento
dose-dependente, não significativo a partir de 15 mg/kg) e um aumento nos tumores pulmonares em fêmeas de todos os
grupos de doses (significativo, mas não dose-dependente).
Este medicamento é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade a tramadol ou a qualquer componente
da fórmula; nas intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos, opioides e outros psicotrópicos; a pacientes em
tratamento com inibidores da MAO, ou pacientes que foram tratados com esses fármacos nos últimos 14 dias (vide item
6. Interações Medicamentosas); a pacientes com epilepsia não controlada adequadamente com tratamento; para
tratamento de abstinência de narcóticos.
Este medicamento é contraindicado para menores de 16 anos de idade.
Sensitram deve ser usado com cautela nas seguintes condições: dependência aos opioides; ferimentos na cabeça; choque,
distúrbio do nível de consciência de origem não estabelecida, pacientes com distúrbios da função respiratória ou do
centro respiratório; pressão intracraniana aumentada.
Sensitram deve somente ser usado com cautela nos pacientes sensíveis aos opioides.
Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas doses recomendadas.
O risco pode aumentar quando as doses de tramadol excederem a dose diária máxima recomendada (400 mg).
SENS_V.8 - 3 -
Sensitram pode elevar o risco de convulsões em pacientes tomando concomitantemente outras medicações que reduzam
o limiar para crises convulsivas (vide item 6. Interações Medicamentosas). Pacientes com epilepsia, ou aqueles
susceptíveis a convulsões, somente deveriam ser tratados com tramadol, sob circunstâncias inevitáveis.
Sensitram apresenta um baixo potencial de dependência. No uso em longo prazo, pode-se desenvolver tolerância e
dependência física e psíquica. Pacientes com tendência à dependência ou ao abuso de medicamentos, só devem utilizar
Sensitram por períodos curtos e sob supervisão médica rigorosa.
Sensitram não é indicado como substituto em pacientes dependentes de opioides. Embora tramadol seja um agonista
opioide, ele não pode suprimir os sintomas da síndrome de abstinência da morfina.
Efeitos na Habilidade de Dirigir Veículos e Operar Máquinas
Mesmo quando administrado de acordo com as instruções da bula, Sensitram pode causar efeitos tais como sonolência e
tontura e, portanto, pode prejudicar as reações do paciente ao dirigir veículos ou operar máquinas.
Esse fato diz respeito particularmente ao uso concomitante de bebidas alcoólicas ou substâncias psicotrópicas.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção
podem estar prejudicadas.
Uso durante a Gravidez
Estudos em animais revelaram que o tramadol, em doses muito altas afeta o desenvolvimento dos órgãos, a ossificação e
a taxa de mortalidade neonatal. O tramadol atravessa a barreira placentária. Como não estão disponíveis evidências
adequadas na segurança de tramadol em mulheres grávidas, Sensitram não deve ser utilizado durante a gravidez.
O tramadol administrado antes ou durante o trabalho de parto, não afeta a contratilidade uterina. Em neonatos, pode
induzir alterações na taxa respiratória, normalmente de importância clínica não relevante. O uso crônico durante a
gravidez pode levar a sintomas de abstinência neonatal.
Sensitram é um medicamento classificado na categoria de risco de gravidez C. Portanto, este medicamento não
deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação
Durante a lactação deve-se considerar que cerca de 0,1% da dose de tramadol é secretada no leite materno.
Sensitram não deve ser administrado a lactantes. Geralmente, não há necessidade de interromper a amamentação após
uma única administração de Sensitram.
Fertilidade
Vigilância pós-comercialização não sugere um efeito de tramadol sobre a fertilidade. Estudos em animais não mostram
Sensitram não deve ser combinado com inibidores da MAO (vide item 4. Contraindicações).
Foram observadas interações medicamentosas sérias com inibidores da MAO, com risco de vida com repercussão sobre o
sistema nervoso central, função respiratória e cardiovascular quando houve pré-medicação de inibidores da MAO nos
últimos 14 dias antes do uso do opioide petidina. As mesmas interações não podem ser descartadas durante o tratamento
com Sensitram.
A administração concomitante de Sensitram com outros fármacos depressores do sistema nervoso central (SNC),
incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC (vide item 9. Reações Adversas).
Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o momento que a administração prévia ou concomitante
de cimetidina (inibidor enzimático) não é comum ocorrer interações clinicamente relevantes.
Administração prévia ou simultânea de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e a duração
da ação.
Não se recomenda a combinação de agonistas/antagonistas de receptores de morfina (por ex.: buprenorfina, nalbufina,
pentazocina) e tramadol, pois o efeito analgésico de um agonista puro pode ser teoricamente reduzido nessas
circunstâncias.
Sensitram pode induzir convulsões e aumentar o potencial de inibidores seletivos da recaptação de serotonina, inibidores
da receptação de serotonina e norepinefrina antidepressivos tricíclicos, neurolépticos e outros fármacos que diminuem o
limiar para crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina, tetraidrocanabinol).
O uso terapêutico concomitante de tramadol e fármacos serotoninérgicos, tais como inibidores seletivos da recaptação da
serotonina, inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos e
mirtazapina podem causar toxicidade de serotonina. A síndrome da serotonina é possível quando um dos seguintes for
observado: clônus espontâneo; clônus induzível ou ocular com agitação ou diaforese; tremor e hiperreflexia; hipertonia e
temperatura corporal > 38°C e clônus induzível ou ocular.
SENS_V.8 - 4 -
Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora rápida. O tratamento
depende da natureza e gravidade dos sintomas.
O tratamento com Sensitram concomitante com derivados cumarínicos (varfarina) deve ser cuidadosamente monitorado,
devido aos relatos de aumento no tempo de protrombina (INR) com risco de sangramento e de equimoses em alguns
pacientes.
Outros fármacos inibidores do CYP3A4 tais como o cetoconazol e a eritromicina, podem inibir o metabolismo do
tramadol (N-demetilação) e do metabólito ativo O-demetilado. A importância clínica de tal interação não é conhecida
(vide “Reações Adversas”).
Em um número limitado de estudos pré- ou pós-operatório de um antiemético agonista 5-HT3 ondansetrona aumentou a
exigência de tramadol em pacientes com dor pós-operatória.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos são revestidos, circulares, biconvexos e de coloração branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Para obtenção de efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada, ajustando-a à intensidade da dor e à sensibilidade
individual do paciente.
O esquema posológico recomendado serve como regra geral. A princípio, deve ser selecionada a menor dose analgésica
eficaz. O tratamento da dor crônica exige um esquema fixo de dosagem.
As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora existam
casos que necessitam de doses mais elevadas.
Adultos e jovens com mais de 16 anos de idade
Forma Farmacêutica Dose única Dose diária Modo de uso
SENSITRAM
comprimido revestido
1 comprimido até 4 comprimidos
Deve ser ingerido com um
pouco de água, duas vezes
ao dia, de preferência pela
manhã e à noite.
Se o alívio da dor for insuficiente, a dose pode ser aumentada até 200 mg , 2 vezes/dia de Sensitram.
Sensitram pode ser administrado com ou sem alimentos.
Sensitram comprimidos revestidos não devem ser mastigados ou partidos. Eles devem ser engolidos inteiros com
quantidades adequadas de líquidos.
Em caso de dor grave, se a necessidade for maior, uma dose maior de Sensitram (100 mg de tramadol) pode ser
considerada para dose inicial, a critério médico.
Dependendo da intensidade da dor, o efeito dura quatro a oito horas. Normalmente não se devem exceder doses de 400
mg/dia (correspondente a 4 comprimidos de Sensitram 100 mg).
Entretanto, no tratamento da dor grave proveniente de tumor e na dor pós-operatória grave, podem ser necessárias doses
mais elevadas, sempre a critério médico.
Para o tratamento da dor aguda pós-operatória doses ainda maiores podem ser necessárias para a analgesia pretendida no
período imediatamente pós-operatório. Geralmente, as necessidades após 24 horas não são maiores que a administração
normal.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal e/ou Hepática
A eliminação de tramadol é retardada em pacientes com insuficiência renal e/ou hepática. Nesses pacientes, o
prolongamento dos intervalos entre as doses deve ser considerado de acordo com a necessidade do paciente.
Sensitram não é recomendado a pacientes com insuficiência renal e/ou hepática graves.
SENS_V.8 - 5 -
Uso em Idosos
Não é necessário ajuste de dose em pacientes idosos (até 75 anos) sem manifestação clínica hepática ou insuficiência
renal. Em pacientes idosos (acima de 75 anos) a eliminação pode ser prolongada. Portanto, se necessário, o intervalo da
dose deve ser aumentado de acordo com as necessidades do paciente.
Duração do Tratamento
O tratamento com Sensitram deve ser efetuado apenas pelo período de tempo necessário. Se for necessário tratamento
prolongado da dor devido à natureza e à gravidade da doença, deve-se estabelecer sua duração e dosagem, exercendo
monitoramento regular e cuidadoso, e fazer algumas interrupções (pausas) na administração do fármaco se necessário.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça-se de utilizar Sensitram no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a
próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Sensitram comprimidos não deve ser partido ou mastigado.
As reações adversas mais comumente relatadas são náusea e tontura, ambas ocorrendo em mais que 10% dos pacientes.
As frequências são definidas como: Muito comum: ≥1/10; Comum: ≥1/100 <1/10; Incomum: ≥1/1000 <1/100; Raro:
≥1/10.000 <1/1000; Muito raro: <1/10.000; Não conhecido: não pode ser estimado dos dados disponíveis.
Distúrbios cardiovasculares: Incomum: regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia, hipotensão postural ou
colapso cardiovascular). Estas reações adversas podem ocorrer especialmente no caso de administração intravenosa e em
pacientes que são fisicamente estressados. Raro: bradicardia, hipertensão.
Distúrbio do sistema nervoso: Muito comum: tontura. Comum: dor de cabeça, sonolência. Raro: alterações no apetite,
parestesia, tremor, depressão respiratória,, convulsão epileptiforme, contrações musculares involuntárias, coordenação
anormal, desmaio. Se as doses recomendadas são consideravelmente excedidas e outras substâncias depressoras do SNC
são administradas concomitantemente (vide item 6. Interações Medicamentosas), pode ocorrer depressão respiratória.
Convulsões epileptiformes ocorreram principalmente após a administração de altas doses de tramadol ou após o
tratamento concomitante com fármacos que podem diminuir o limiar para crise convulsiva (vide item 5. Advertências e
item 6. Interações Medicamentosas). Não conhecido: distúrbios da fala.
Distúrbio psiquiátrico: Raro: alucinações, confusão, distúrbios do sono, delírios, ansiedade e pesadelos. As reações
adversas psíquicas podem ocorrer após administração de Sensitram que varia individualmente em intensidade e natureza
(dependendo da personalidade do paciente e duração do tratamento). Essas reações incluem alteração no humor
(geralmente euforia, ocasionalmente disforia), alterações em atividade (geralmente supressão, ocasionalmente elevação)
e alterações na capacidade cognitiva e sensorial (por ex.: comportamento de decisão, problemas de percepção). Pode
ocorrer dependência.
Distúrbio da visão: Raro: visão turva, miose. Não conhecido: midríase.
Distúrbio respiratório: Raro: dispneia. Foi relatada piora de asma, embora não tenha sido estabelecida uma relação
causal.
Distúrbio gastrintestinal: Muito comum: náusea. Comum: vômito, constipação, boca seca. Incomum: ânsia de vômito,
irritação gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago, distensão abdominal), diarreia.
Distúrbio da pele e tecido subcutâneo: Comum: transpiração. Incomum: reações dérmicas (por ex.: prurido, rash,
urticária).
Distúrbio músculoesquelético: Raro: fraqueza motora.
Distúrbio hepatobiliar: Em poucos casos isolados foram relatados aumento nos valores das enzimas hepáticas em
associação temporal com uso terapêutico de tramadol.
SENS_V.8 - 6 -
Distúrbio renal e urinário: Raro: distúrbios de micção (dificuldade na passagem da urina, disúria e retenção urinária).
Distúrbio geral: Comum: fadiga. Raro: reações alérgicas (por ex.: dispneia, broncoespasmo, roncos, edema
angioneurótico) e anafilaxia. Podem ocorrer sintomas de abstinência, similares aos que ocorrem durante a retirada de
opioides tais como, agitação, ansiedade, nervosismo, insônia, hipercinesia, tremor e sintomas gastrintestinais. Outros
sintomas que foram relatados raramente após a descontinuação do tramadol incluem: ataque de pânico, ansiedade grave,
alucinação, parestesia, zumbido e sintomas incomuns do SNC (por ex.: confusão, delírio, personalização, desrealização,
paranoia). Outras reações adversas relatadas foram: rubor e fogacho.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.