Bula do Seretide produzido pelo laboratorio Glaxosmithkline Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
SERETIDE DISKUS
GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
PÓ PARA ASPIRAÇÃO
50 mcg/100 mcg
50 mcg/250 mcg
50 mcg/500 mcg
Modelo de texto de bula do profissional de saúde
Seretide®
Diskus®
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LEIA ESTA BULA ATENTAMENTE ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO.
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
xinafoato de salmeterol
propionato de fluticasona
APRESENTAÇÕES
Seretide
é apresentado na forma de pó inalante, acondicionado em um dispositivo plástico no formato
de disco (Diskus®
) que contém um strip com 28 ou 60 doses. O dispositivo Diskus®
é embalado em invólucro
laminado metálico.
traz as seguintes apresentações:
50 mcg/100 mcg com 60 doses
50 mcg/250 mcg com 28 ou 60 doses
50 mcg/500 mcg com 28 ou 60 doses
USO INALATÓRIO POR VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 4 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada dose contém:
salmeterol ................................................ 50 mcg (equivalente a 72,5 mcg de xinafoato de salmeterol)
propionato de fluticasona ........................ 100 mcg
excipiente: lactose q.s.p. ......................... 1 dose
salmeterol ...................................................50 mcg (equivalente a 72,5 mcg de xinafoato de salmeterol)
propionato de fluticasona ......................... 250 mcg
salmeterol ................................................. 50 mcg (equivalente a 72,5 mcg de xinafoato de salmeterol)
propionato de fluticasona ......................... 500 mcg
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Asma
Seretide
Spray é indicado para tratamento regular da asma (doença obstrutiva reversível das vias
respiratórias).
Isto pode incluir:
• Pacientes em tratamento de manutenção com β2-agonistas de longa duração e corticosteroides por via
inalatória.
• Pacientes que permanecem sintomáticos sob monoterapia com corticosteroides por via inalatória.
• Pacientes em tratamento regular com broncodilatadores que requerem o uso de corticosteroides por via
Modelo de texto de bula profissional de saúde
Seretide®
Spray
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Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Spray é indicado para o tratamento de manutenção da DPOC, inclusive bronquite crônica e enfisema.
Seu uso demonstrou redução da mortalidade resultante de todas as causas.
Estudos clínicos sobre salmeterol
Asma
Um estudo clínico multicêntrico realizado nos Estados Unidos (SMART) comparou, no que diz respeito à
segurança, salmeterol com placebo, ambos adicionados à terapia usual. Não houve diferença significativa no
objetivo primário, ou seja, da combinação entre mortes relacionadas a problemas respiratórios e eventos
respiratórios com risco à vida. O estudo demonstrou aumento significativo de mortes relacionadas à asma entre
os pacientes que receberam salmeterol (13 mortes dentre 13.176 pacientes tratados por 28 semanas com
salmeterol versus 3 mortes dentre 13.179 pacientes que receberam placebo). O SMART não foi desenhado para
avaliar o impacto do uso concomitante de corticosteroides inalatórios. Entretanto, análises post-hoc mostraram
não haver diferença significativa entre os grupos de tratamento quanto às mortes relacionadas à asma dentre os
pacientes que usaram esses corticosteroides desde o início (4/6.127 com salmeterol versus 3/6.138 com placebo).
O número de mortes relacionadas à asma em grupos que não usavam corticosteroides inalatórios foi de 9/7.049
com salmeterol versus 0/7.041 com placebo. Outra metanálise, de 42 estudos clínicos que envolveram 8.030
pacientes tratados com Seretide
e 7.925 tratados com propionato de fluticasona, não demonstrou diferença
estatística significativa entre o uso de salmeterol combinado com propionato de fluticasona e o uso isolado de
propionato de fluticasona no que se refere a eventos respiratórios graves ou hospitalizações relacionadas à asma.
Estudos clínicos sobre salmeterol e propionato de fluticasona
Um estudo de grande porte de doze meses de duração (GOAL, Gaining Optimal Asthma ControL) feito com
3.416 pacientes com asma comparou a eficácia e a segurança de Seretide
com os efeitos de um corticosteroide
inalatório, em monoterapia, na obtenção de níveis predefinidos de controle da asma*
. Aumentou-se a dose usada
a cada doze semanas até que o controle total**
(definido no estudo como remissão dos sintomas da asma durante
pelo menos sete das últimas oito semanas de tratamento) fosse alcançado ou até que a dose mais alta da
medicação fosse atingida. O estudo mostrou que:
• 71% dos pacientes tratados com Seretide
atingiram o status de asma bem controlada*
, de acordo com os
critérios definidos pela GINA (Global INitiative for Asthma), em comparação a 59% dos indivíduos tratados
com corticosteroide inalatório em monoterapia;
• 41% dos pacientes tratados com Seretide
atingiram o controle total**
, definido no estudo como a remissão
dos sintomas da asma, em comparação a 28% dos indivíduos tratados com corticosteroide inalatório a
monoterapia.
Esses efeitos foram alcançados em período de tempo menor com Seretide
em comparação ao corticosteroide
inalatório em monoterapia, assim como com uma dose mais baixa do corticosteroide inalatório presente em
Seretide
com relação à monoterapia.
O estudo GOAL também mostrou que:
• a taxa de exacerbações foi 29% mais baixa com Seretide
em comparação a monoterapia com
corticosteroide inalatório;
• a obtenção do status de asma bem controlada ou totalmente controlada melhorou a qualidade de vida (QoL).
No grupo estudado, 61% dos pacientes relataram deterioração mínima ou nenhuma deterioração da QoL
relacionada à asma após o tratamento com Seretide
, conforme resultado obtido por um questionário
específico sobre qualidade de vida, em comparação aos 8% registrados na avaliação inicial.
*
Asma bem controlada: até 2 dias com sintomas de pontuação maior do que 1 (escala de sintoma 1 definido
como "sintomas de um curto período de tempo durante o dia”) e uso de β2-agonista de curta duração por até dois
dias ou por até quatro vezes por semana, pico de fluxo expiratório matinal maior ou igual 80% do previsto,
ausência de interrupção do sono à noite e ausência de exacerbações e de efeitos colaterais que motivem
modificação do tratamento.
**
Controle total da asma: ausência de sintomas e de uso de β2-agonista de curta duração, pico de fluxo
expiratório matinal maior ou igual a 80% do previsto, ausência de interrupção do sono à noite e ausência de
exacerbações e de efeitos colaterais que motivem modificação do tratamento.
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Seretide®
Spray
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Dois outros estudos mostraram melhora da função pulmonar, aumento do percentual de dias livre de sintomas e
redução do uso de medicação de resgate, com uma dose de corticoide combinado (Seretide) 60% menor em
comparação a monoterapia com corticosteroide inalatório, enquanto se manteve o controle da inflamação
subjacente das vias aéreas, medida por biópsia brônquica e lavagem broncoalveolar.
Estudos adicionais mostraram que o tratamento com Seretide
melhora significativamente os sintomas da asma
e a função pulmonar e reduz o uso de medicação de resgate em comparação à utilização dos componentes
individuais em monoterapia e ao uso de placebo. Os resultados do estudo GOAL mostram que as melhoras
observadas com Seretide
nesse objetivo primário de avaliação se mantêm durante pelo menos doze meses.
Doença pulmon ar obstrutiva crônica (DPOC)
Pacientes com DPOC sintomáticos que obtiveram mais de 10% de melhora do VEF1 após o uso de β2-agonista
de curta duração: estudos clínicos controlados com placebo, conduzidos durante seis meses, demonstraram que o
uso regular de Seretide
50 mcg/250 mcg e de Seretide
50 mcg/500 mcg melhora rápida e significativamente
a função pulmonar e reduz, também significativamente, a dificuldade de respirar e o uso de medicação de
resgate. Houve, inclusive, melhora significativa das condições de saúde.
Pacientes com DPOC sintomáticos que demonstraram menos de 10% de melhora do VEF1 após o uso de β2-
agonista de curta duração: estudos clínicos controlados com placebo, conduzidos pelo período de seis e doze
meses, demonstraram que o uso regular de Seretide
50 mcg/500 mcg melhora rápida e significativamente a
função pulmonar e reduz, também significativamente, a dificuldade de respirar e o uso de medicação de resgate.
Após doze meses, o risco de exacerbação da DPOC e a necessidade de tratamentos adicionais com
corticosteroides orais igualmente se reduziram de forma significativa. Houve ainda melhora significativa das
condições de saúde.
50 mcg/500 mcg foi eficaz não apenas na melhora da função pulmonar e das condições de saúde
como também na redução do risco de exacerbações da DPOC entre fumantes e ex-fumantes.
Estudo TORCH (TOwards a Revolution in COPD Health – Rumo a uma revolução para a saúde em
DPOC):
O estudo TORCH teve duração de 3 anos e foi planejado para avaliar o efeito do tratamento com Seretide
50
mcg/500 mcg duas vezes ao dia, comparado com salmeterol 50 mcg duas vezes ao dia, com propionato de
fluticasona 500 mcg duas vezes ao dia ou com placebo, sobre a mortalidade por qualquer causa em pacientes
com DPOC. Os pacientes com DPOC moderada a grave, com VEF1 basal (pré-broncodilatador) < 60% do
normal previsto, foram randomizados para medicação em esquema duplo-cego. Durante o estudo, os pacientes
foram autorizados a receber o tratamento usual para DPOC, com exceção de outros corticosteroides inalados,
broncodilatadores de ação prolongada e corticosteroides sistêmicos de longo prazo. As condições de sobrevida
após 3 anos foram determinadas para todos os pacientes, independentemente da suspensão da medicação do
estudo. O ponto final de avaliação primário foi a redução na mortalidade por qualquer causa após 3 anos para
em comparação com placebo.
Placebo
N = 1524
salmeterol 50 mcg
N = 1521
propionato de
fluticasona 500
mcg
N = 1534
50mcg/500mcg
N = 1533
Mortalidade por qualquer causa após 3 anos
Número de mortes (%)
231
(15,2%)
205
(13,5%)
246
(16,0%)
193
(12,6%)
Razão de risco vs. Placebo
(ICs)
valor p
N/A
0,879
(0,73; 1,06)
0,180
1,060
(0,89; 1,27)
0,525
0,825
(0,68; 1,00)
0,0521
Razão de risco Seretide
50mcg/500mcg vs.
componentes (ICs)
N/A 0,932
(0,77; 1,13)
0,774
(0,64; 0,93)
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valor p 0,481 0,007
1. Valor p ajustado para duas análises intermediárias da comparação de eficácia primária a partir de uma
análise log-rank estratificada por status de tabagismo.
reduziu o risco de morte a qualquer tempo durante os 3 anos em 17,5%, em comparação com placebo
[razão de risco 0,825 (IC 95%: 0,68; 1,00; p=0,052); todos ajustados para análises intermediárias]. Houve uma
redução de 12% no risco de morte a qualquer tempo durante os 3 anos, por qualquer causa, para salmeterol, em
comparação com placebo (p=0,180), e um aumento de 6% para propionato de fluticasona, em comparação com
placebo (p=0,525).
Uma análise de suporte, usando-se o modelo de Riscos proporcionais de Cox, resultou em uma razão de risco de
0,811 (IC 95%: 0,670; 0,982; p=0,031) para Seretide
vs. placebo, o que representou uma redução de 19% no
risco de morte a qualquer tempo durante 3 anos. O modelo foi ajustado para fatores importantes (status de
tabagismo, idade, sexo, região, VEF1 basal e índice de massa corpórea). Não houve evidências de que os efeitos
do tratamento tenham variado para esses fatores.
A porcentagem de pacientes que morreram durante 3 anos por causas relacionadas à DPOC foi de 6,0% para
placebo, 6,1% para salmeterol, 6,9% para propionato de fluticasona e 4,7% para Seretide
.
reduziu a taxa de exacerbações moderadas à graves em 25% (IC 95%: 19% a 31%; p<0,001), quando
comparado a placebo. Seretide
reduziu a taxa de exacerbações em 12%, em comparação com salmeterol (IC
95%: 5% a 19%; p=0,002), e em 9%, quando comparado a propionato de fluticasona (IC 95%: 1% a 16%;
p=0,024). Salmeterol e propionato de fluticasona reduziram significativamente as taxas de exacerbação, em
comparação com placebo, em 15% (IC 95%: 7% a 22%; p<0,001) e 18% (IC 95%: 11% a 24%; p<0,001),
respectivamente.
A Qualidade de Vida Relacionada à Saúde, medida pelo Questionário Respiratório St. George (SGRQ) melhorou
com todos os tratamentos ativos, em comparação com placebo. A melhora média durante três anos para
, em comparação com placebo, foi de -3,1 unidades (IC 95%: -4,1 a -2,1; p<0,001), em comparação
com salmeterol foi de -2,2 unidades (p<0,001) e em comparação com propionato de fluticasona foi de -1,2
unidades (p=0,017).
Durante o período de tratamento de 3 anos, os valores de VEF1 foram maiores em indivíduos tratados com
do que naqueles que receberam placebo (diferença média durante 3 anos: 92 mL; IC 95%: 75 a 108
mL; p<0,001). Seretide
também foi mais eficaz do que salmeterol ou propionato de fluticasona em melhorar o
VEF1 (diferença média de 50 mL; p<0,001 para salmeterol, e 44 mL; p<0,001 para propionato de fluticasona).
A estimativa de probabilidade em 3 anos para a ocorrência de pneumonia relatada como evento adverso foi de
12,3% para placebo, 13,3% para salmeterol, 18,3% para propionato de fluticasona e 19,6% para Seretide
(razão de risco para Seretide
em comparação com placebo: 1,64; IC 95%: 1,33 a 2,01; p<0,001). Não houve
aumento no número de mortes relacionadas à pneumonia. As mortes durante o tratamento consideradas como
ocasionadas principalmente por pneumonia foram 7 para placebo, 9 para salmeterol, 13 para propionato de
fluticasona e 8 para Seretide
. Não houve diferença significativa na probabilidade de fraturas ósseas (5,1% para
placebo, 5,1% para salmeterol, 5,4% para propionato de fluticasona e 6,3% para Seretide
; razão de risco para
vs. placebo: 1,22; IC 95%: 0,87 a 1,72; p=0,248). A incidência de eventos adversos de distúrbios
oculares, ósseos e do eixo HPA foi baixa e não foram observadas diferenças entre os tratamentos. Não houve
indícios de aumento na incidência de eventos adversos cardíacos nos grupos de tratamento que receberam
salmeterol.
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
Seretide
Spray é uma associação de salmeterol e propionato de fluticasona, que têm diferentes mecanismos de
ação. O salmeterol protege contra os sintomas e o propionato de fluticasona melhora a função pulmonar e
previne exacerbações. Seretide
Spray oferece comodidade posológica a pacientes em tratamento com β2-
agonistas de longa duração e corticosteroides por via inalatória. O mecanismo de ação de cada droga está
descrito abaixo.
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Seretide®
Spray
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Salmeterol
O salmeterol é um agonista seletivo dos receptores β2-adrenérgicos de longa duração (12 horas); apresenta longa
cadeia lateral que se liga ao sítio externo do receptor. Essa propriedade farmacológica do salmeterol proporciona
proteção mais efetiva contra a broncoconstrição induzida pela histamina em relação à proteção obtida com o uso
dos agonistas β2-adrenérgicos de curta duração convencionais e produz broncodilatação de longa duração (de
pelo menos 12 horas).
Em testes in vitro, observou-se que o salmeterol é um inibidor potente, de ação duradoura, da liberação de
mediadores derivados do mastócito do pulmão humano, como histamina, leucotrienos e prostaglandinas D2.
No ser humano, o salmeterol inibe a resposta da fase imediata e tardia ao alérgeno inalado, e esta última persiste
por até 30 horas após uma dose única, quando o efeito broncodilatador não é mais evidente. Uma dose única de
salmeterol diminui a hiper-reatividade brônquica. Esses dados indicam que o salmeterol exerce atividade
adicional não broncodilatadora cujo significado clínico não está claro. Tal mecanismo difere da atividade anti-
inflamatória dos corticosteroides.
Propionato de fluticasona
Quando é inalado nas doses recomendadas, o propionato de fluticasona apresenta potente ação anti-inflamatória
pulmonar, que resulta na redução dos sintomas e da exacerbação da asma sem a ocorrência dos efeitos adversos
observados quando os corticosteroides são administrados por via sistêmica.
Durante o tratamento crônico com propionato de fluticasona inalatório, a produção diária de hormônios
adrenocorticais geralmente se mantém dentro da faixa normal, inclusive quando se administram doses mais altas
recomendadas para crianças e adultos. Após a transferência de outros corticoides inalatórios, a produção diária
melhora gradualmente mesmo com o uso intermitente de corticoides orais; isso demonstra o retorno da função
adrenal ao normal com o uso de propionato de fluticasona inalatório. A reserva adrenal também se mantém
dentro da normalidade durante o tratamento crônico, como se verificou pelo aumento normal em um teste de
estimulação. Entretanto, qualquer comprometimento residual da reserva adrenal oriundo de tratamento prévio
pode persistir por tempo considerável e deve ser levado em consideração (ver a seção Advertências e
Precauções).
Propriedades farmacocinéticas
Não existem evidências de que a administração conjunta de salmeterol e propionato de fluticasona, por via
inalatória, altera a farmacocinética de cada droga. Portanto, para fins farmacocinéticos, cada droga será
considerada separadamente.
Em um estudo sobre interação medicamentosa controlado com placebo, cruzado, realizado com 15 indivíduos
sadios, a coadministração, durante sete dias, de salmeterol (50 mcg duas vezes ao dia por via inalatória) e de
cetoconazol (400 mg uma vez ao dia por via oral), inibidor da CYP3A4 resultou em aumento significativo da
concentração plasmática do salmeterol (1,4 vez a Cmáx e 15 vezes a ASC). Não houve aumento de acumulação do
salmeterol durante a administração repetida. Retirou-se, no caso de três indivíduos da pesquisa, a
coadministração de salmeterol e de cetoconazol devido ao prolongamento do intervalo QTc ou palpitações com
taquicardia sinusal. Nos doze indivíduos da pesquisa restantes, a coadministração de salmeterol e de cetoconazol
não resultou em efeito clinicamente significativo sobre o ritmo cardíaco, os níveis séricos de potássio nem a
duração do QTc (ver as seções Advertências e Precauções e Interações Medicamentosas).
O salmeterol atua localmente nos pulmões, razão pela qual os níveis plasmáticos não contribuem para o efeito
terapêutico. Além disso, há apenas dados limitados sobre a farmacocinética do salmeterol devido à dificuldade
técnica de dosar a concentração plasmática – muito baixa em doses terapêuticas (aproximadamente 200 pg/mL
ou menos) – encontrada após a inalação. Com a inalação de doses regulares de xinafoato de salmeterol, o ácido
hidroxinaftoico poderá ser detectado na circulação sistêmica, atingindo, em estado de equilíbrio, concentrações
de aproximadamente 100 ng/mL. Essas concentrações são até 1.000 vezes menores que os níveis observados (em
estado de equilíbrio) durante estudos sobre toxicidade. Na terapia regular de longa duração (mais de doze
meses), não se observou nenhum efeito maléfico em pacientes com obstrução das vias aéreas.
Um estudo in vitro demonstrou que o salmeterol é intensamente metabolizado ao α-hidroxissalmeterol (oxidação
alifática) pela CYP3A4. Um estudo sobre salmeterol e eritromicina feito com voluntários sadios não demonstrou
alterações clínicas significativas nos efeitos farmacodinâmicos do salmeterol com a administração de doses de
eritromicina de 500 mg (três vezes ao dia).
No entanto, em um estudo sobre interação salmeterol/cetoconazol, observou-se como resultado um aumento
significativo da concentração plasmática do salmeterol (ver as seções Advertências e Precauções e Interações
Medicamentosas).
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A biodisponibilidade absoluta do propionato de fluticasona após a administração com cada um dos inaladores
existentes foi estimada com base nos estudos sobre dados farmacocinéticos inalatórios e intravenosos e na
comparação entre esses dados. Nos indivíduos adultos e sadios, estimou-se a biodisponibilidade absoluta do
propionato de fluticasona na versão Diskus em 7,8% e na versão Spray em 10,9%. A biodisponibilidade absoluta
da combinação de salmeterol com propionato de fluticasona na versão Spray foi de 5,3% e na versão Diskus de
5,5%. Entre os pacientes com asma ou DPOC, observou-se um pequeno grau de exposição sistêmica ao
propionato de fluticasona.
A absorção sistêmica do propionato de fluticasona ocorre, sobretudo, através dos pulmões, sendo inicialmente
rápida e depois prolongada.
O restante da dose inalada pode ser ingerido, mas sua contribuição para a exposição sistêmica é mínima devido à
baixa solubilidade em água e ao metabolismo de primeira passagem, o que resulta em disponibilidade oral menor
que 1%. Há aumento linear da exposição sistêmica quando se eleva a dose administrada por via inalatória. A
distribuição do propionato de fluticasona se caracteriza por alto clearance plasmático (1.150 mL/min), alto
volume de distribuição em estado de equilíbrio (aproximadamente 300 L) e pela meia-vida terminal, de cerca de
8 horas. A ligação às proteínas plasmáticas é de 91%.
O propionato de fluticasona é removido com rapidez da circulação sistêmica, principalmente como metabólito
ácido carboxílico inativo, pela enzima 3A4 do citocromo P450 (CYP3A4).
O clearance renal do propionato de fluticasona é desprezível (<0,2%) e o de seu metabólito inativo é de menos
de 5%. Deve-se ter cuidado ao coadministrar inibidores da CYP3A4, uma vez que existe a possibilidade de
aumento do potencial de exposição sistêmica ao propionato de fluticasona.
O uso de Seretide
Spray é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer
componente da fórmula.
Seretide
Spray não deve ser usado para obter alívio dos sintomas agudos. Nessa circunstância, é necessário
utilizar um broncodilatador de curta duração. Deve-se alertar os pacientes para que mantenham a medicação de
alívio sempre à mão.
O aumento do uso de broncodilatadores de curta duração indica a deterioração do controle da asma, e o médico
deve reavaliar o paciente. A deterioração súbita e progressiva do controle da asma é potencialmente perigosa.
Deve-se considerar o aumento da dose do corticosteroide. Assim, quando a dose usual de Seretide
Spray se
torna ineficaz no controle da asma, o paciente deve ser reavaliado pelo médico.
O tratamento de pacientes asmáticos com Seretide
Spray não deve ser suspenso abruptamente, devido ao risco
de exacerbação. A terapia deve ser reduzida sob supervisão médica. No caso de pacientes com DPOC, a
interrupção do tratamento pode levar à descompensação sintomática e necessita de supervisão médica.
Houve aumento de relatos de pneumonia nos estudos sobre pacientes com DPOC tratados com Seretide
Spray
(ver a seção Reações Adversas). Os médicos devem estar atentos à possibilidade de desenvolvimento de
pneumonia em pacientes com DPOC, visto que as características da pneumonia e da exacerbação frequentemente
se sobrepõem.
Como ocorre com qualquer medicação que contém corticosteroides, Seretide
Spray deve ser administrado com
cautela aos portadores de tuberculose pulmonar ou quiescente, assim como de tireotoxicose.
Certos efeitos cardiovasculares, como aumento da pressão sanguínea sistólica e da frequência cardíaca, podem
ocasionalmente ser observados com o uso de todas as drogas simpatomiméticas, sobretudo em doses mais altas
que as recomendadas. Por esse motivo, deve-se utilizar Seretide
Spray com cautela em pacientes com doenças
cardiovasculares preexistentes.
Pode ocorrer diminuição passageira dos níveis séricos de potássio devido ao uso de drogas simpatomiméticas em
doses mais altas que as recomendadas. Portanto, Seretide
Spray deve ser utilizado com cautela em pacientes
predispostos a apresentar baixos níveis séricos de potássio.
Modelo de texto de bula profissional de saúde
Seretide®
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Efeitos sistêmicos podem ocorrer com o uso de quaisquer corticosteroides inalatórios, especialmente quando há
prescrição de altas doses para longos períodos. É menos provável que tais efeitos ocorram com esses
corticosteroides do que com os orais (ver a seção Superdose). Alguns efeitos sistêmicos prováveis são síndrome
de Cushing e manifestações desta, supressão adrenal, retardo do crescimento de crianças e adolescentes,
diminuição da densidade óssea, catarata e glaucoma. Portanto, é importante manter, no tratamento de pacientes
com asma, a dose efetiva mais baixa de corticosteroides inalatórios.
É necessário ter sempre em mente a possibilidade de deficiência da resposta adrenal em situações clínicas
eletivas ou de emergência que provavelmente produzam estresse. Nessas situações, deve-se considerar o
tratamento apropriado com corticosteroides (ver a seção Superdose).
Recomenda-se a monitoração regular da altura da criança que recebe tratamento prolongado com
corticosteroides inalatórios.
Devido à possibilidade de redução da resposta adrenal, a transferência de tratamento com esteroides orais para
tratamento com propionato de fluticasona inalatório exige cuidados especiais, e é preciso monitorar regularmente
a função adrenocortical dos pacientes.
Após a introdução do propionato de fluticasona inalatório, a suspensão da terapia sistêmica deve ser gradual, e os
pacientes devem ser estimulados a portar um cartão de alerta que indique a possibilidade de precisarem de
terapia complementar com corticosteroides em caso de crise.
Houve relatos muito raros de aumento dos níveis sanguíneos de glicose (ver a seção Reações Adversas), e isso
deve ser considerado na prescrição para pacientes com histórico de diabetes mellitus.
Também se observaram interações clínicas significativas em pacientes sob tratamento com propionato de
fluticasona e ritonavir. Essas interações resultaram em efeitos sistêmicos do corticosteroide, tais como síndrome
de Cushing e supressão adrenal. Portanto, deve-se evitar o uso concomitante de propionato de fluticasona e
ritonavir, a menos que o benefício ultrapasse o risco desses efeitos sistêmicos (ver a seção Interações
Medicamentosas).
Um grande estudo clínico americano, o SMART, que comparou a segurança do uso isolado de xinafoato de
salmeterol com a do uso de placebo em adição à terapia convencional, mostrou aumento significativo de mortes
relacionadas à asma entre os pacientes que receberam xinafoato de salmeterol. Dados desse estudo sugeriram
que os afro-americanos podem correr risco maior de apresentar eventos respiratórios graves ou de morrer devido
ao uso de xinafoato de salmeterol em comparação ao placebo. Não se sabe se isso decorre de fatores
farmacogenéticos ou de outros fatores. O estudo SMART não foi planejado para determinar se o uso
concomitante de corticosteroides inalatórios altera o risco de morte relacionada à asma.
Observou-se em um estudo sobre interação medicamentosa que o uso concomitante de cetoconazol sistêmico
aumenta a exposição ao salmeterol. Isso pode levar ao prolongamento do intervalo QTc. É necessário ter cautela
quando fortes inibidores da CYP3A4 (como o cetoconazol) são coadministrados com salmeterol (ver a seção
Interações Medicamentosas e, na seção Características Farmacológicas, o item Propriedades Farmacocinéticas).
Assim como ocorre com outras terapias inalatórias, pode ocorrer broncoespasmo paradoxal com um aumento
imediato de sibilos após a administração. Isto pode ser tratado imediatamente com um broncodilatador inalatório
de ação rápida e de curta duração. Seretide
deve ser descontinuado imediatamente, o paciente deve ser avaliado
e, se necessário, deve ser instituída terapia alternativa.(ver o item Reações Adversas)
Os efeitos colaterais farmacológicos do tratamento com agonistas β-2, tais como tremor, palpitações subjetivas
cefaleia, foram relatados, mas tendem a ser transitórios e diminuir com a terapia regular. (ver Reações
Adversas)
Mutagenicidade
O xinafoato de salmeterol e o propionato de fluticasona foram extensivamente avaliados em testes de toxicidade
feitos com animais. A toxicidade foi significativa apenas com doses superiores às recomendadas para uso
humano, conforme se espera de potentes agonistas β2-adrenérgicos e de corticosteroides.
Em estudos de longo prazo, o xinafoato de salmeterol induziu tumores benignos no músculo liso do mesovário
de ratas e no útero de fêmeas de camundongo.
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Os roedores são sensíveis à formação desses tumores induzidos farmacologicamente. O salmeterol não é
considerado um importante fator de risco oncogênico para o homem.
A co-administração de salmeterol e propionato de fluticasona resultou em algumas interações cardiovasculares
em doses elevadas. Em ratos, a miocardite atrial leve e arterite coronária focal foram efeitos transitórios que
resolveram com a administração regular. Em cães, o aumento da frequência cardíaca foi maior após a co-
administração do que após o uso do salmeterol sozinho. Efeitos adversos cardíacos graves não foram
clinicamente relevantes nos estudos em humanos.
A co-administração não modificou outras toxicidades relacionadas à classe em animais.
Em uma vasta gama de espécies animais expostos diariamente durante um período de dois anos, o propelente
HFA134A, demonstrou não ter nenhum efeito tóxico em concentrações muito elevadas, muito superiores as que
podem ser experimentadas pelos pacientes.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas
Até agora não há estudos específicos sobre o efeito de Seretide
Spray na capacidade de dirigir veículos e de
operar máquinas, e a farmacologia de ambas as drogas não indica nenhum efeito.
Gravidez e lactação
Spray só deve ser usado durante a gravidez se o benefício para a mãe justificar o possível risco para o
feto.
Os estudos existentes sobre o uso do xinafoato de salmeterol e do propionato de fluticasona na gravidez e na
lactação são insuficientes.
Estudos sobre reprodução animal têm demonstrado somente efeitos característicos da exposição sistêmica a
glicocorticoides e agonistas β2-adrenérgicos tanto com as drogas administradas individualmente quanto com as
utilizadas em associação.
A vasta experiência clínica com medicamentos dessas classes não revelou evidência de que os efeitos são
relevantes nas doses terapêuticas. Tanto o xinafoato de salmeterol quanto a fluticasona não têm mostrado
potencial para toxicidade genética.
Concentrações plasmáticas de salmeterol e propionato de fluticasona após inalação de doses terapêuticas são
muito baixas e, portanto, a concentração no leite materno provavelmente será correspondentemente baixa. Isto é
suportado por estudos em animais lactentes, nos quais baixas concentrações foram encontradas no leite. Não há
dados disponíveis para aleitamento em humanos.
Categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Deve-se evitar o uso concomitante de β-bloqueadores seletivos e não seletivos, a menos que existam razões
suficientes para associar esses medicamentos.
Em circunstâncias normais, devido ao extenso metabolismo de primeira passagem e ao alto clearance sistêmico
mediado pela CYP3A4 no intestino e no fígado, são baixas as concentrações plasmáticas do propionato de
fluticasona atingidas após a inalação da dose. Desse modo, as interações medicamentosas clinicamente
significativas mediadas pelo propionato de fluticasona são improváveis.
Um estudo sobre interações medicamentosas feito com indivíduos sadios mostrou que o ritonavir (inibidor
potente da CYP3A4) pode aumentar muito as concentrações plasmáticas do propionato de fluticasona, o que
resulta em reduções marcantes das concentrações séricas de cortisol. Durante o uso pós-comercialização, houve
relatos de interações medicamentosas clinicamente significativas em pacientes sob tratamento com propionato de
fluticasona e ritonavir. Tais interações produziram efeitos sistêmicos do corticosteroide, que incluíram síndrome
de Cushing e supressão adrenal. Portanto, o uso concomitante de propionato de fluticasona e ritonavir deve ser
evitado, a menos que o benefício potencial para o paciente supere o risco de efeitos colaterais sistêmicos do
corticosteroide.
Estudos demonstraram que outros inibidores da CYP3A4 produzem aumentos insignificantes (eritromicina) e
pequenos (cetoconazol) da exposição sistêmica ao propionato de fluticasona sem reduções marcantes das
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concentrações séricas de cortisol. Não obstante, aconselha-se cautela ao coadministrar inibidores potentes da
CYP3A4 (como cetoconazol) devido ao aumento potencial da exposição sistêmica ao propionato de fluticasona.
A coadministração de cetoconazol e salmeterol resultou em aumento significativo da concentração plasmática do
salmeterol (1,4 vez a Cmáx e 15 vezes a ASC), o que pode levar ao prolongamento do intervalo QTc (ver a seção
Advertências e Precauções e, na seção Características Farmacológicas, o item Propriedades Farmacocinéticas).
Cuidados de armazenamento
Mantenha o medicamento na embalagem original e em temperatura ambiente (abaixo de 30ºC). Proteja-o da luz
e do congelamento.
A lata do produto não deve ser quebrada, perfurada, nem queimada, mesmo quando estiver vazia. Como ocorre
com a maioria dos medicamentos inalatórios acondicionados em recipientes pressurizados, o efeito terapêutico
pode diminuir quando a lata está fria.
Após o uso, recoloque a tampa do bocal firmemente e prenda-a na posição correta.
Seretide
Spray tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem do
produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico/características organolépticas
Recipiente metálico com base côncava, acoplado a uma válvula medidora. O recipiente metálico é equipado com
um medidor de doses.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Antes de usar Seretide
Spray, leia atentamente as instruções abaixo.
Teste do inalador
Antes de usar o inalador pela primeira vez, ou caso não o utilize há uma semana ou mais, remova o protetor do
bocal apertando delicadamente suas laterais. Em seguida, agite bem o inalador e libere dois jatos de ar para
certificar-se de que funciona bem.
Uso do inalador
1. Remova a tampa do bocal apertando suavemente suas laterais. Verifique se há partículas estranhas no interior
e no exterior do inalador, inclusive no bocal.
Agite bem o inalador para remover completamente qualquer partícula estranha e para misturar o conteúdo de
maneira uniforme.
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2. Segure o inalador na posição vertical, entre o indicador e o polegar, e mantenha o polegar na base, abaixo do
bocal. Expire lentamente até esvaziar por completo os pulmões.
3. Coloque o bocal do inalador entre os lábios (ou no espaçador, conforme orientação médica). Ajuste-o bem,
mas evite mordê-lo.
Logo após, comece a inspirar pela boca e pressione firmemente o inalador entre o indicador e o polegar para
liberar o aerossol. Inspire regular e profundamente.
4. Prenda a respiração quando tirar o inalador da boca. Continue assim pelo tempo que lhe for confortável (cerca
de 10 segundos são suficientes).
5. Para liberar o segundo jato, mantenha o inalador na posição vertical e espere cerca de meio minuto antes de
repetir os passos 2 a 4.
6. Em seguida, lavar a boca com água e não engolir.
7. Recoloque a tampa do bocal empurrando-a firmemente e prenda-a na posição correta. A tampa quando
corretamente inserida irá travar. Se isso não acontecer, gire-a e tente novamente. Não usar força excessiva.
IMPORTANTE
Não apresse os passos 3 e 4. É importante inspirar o mais lentamente possível antes de acionar o inalador.
Pratique em frente ao espelho nas primeiras vezes. Se perceber uma névoa sair do topo do inalador ou dos cantos
de sua boca, comece novamente a partir do passo 2.
Se o paciente encontrar dificuldade no manuseio do inalador, deve-se recomendar um espaçador e orientar seu
uso da melhor maneira possível.
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Observação: o inalador contém 120 doses. Inicialmente o visor indicará 124 doses, o que permitirá realizar de
dois a quatro disparos de ar de forma a testar seu funcionamento. Quando o visor do contador indicar o número
020, isso significa que o inalador conterá somente 20 doses. Recomenda-se, portanto, a aquisição de nova
unidade para assegurar a continuidade do tratamento. Quando o visor indicar o número 000, deve-se interromper
o uso porque não haverá mais doses.
O contador não pode ser alterado, já que está conectado de modo permanente à embalagem do medicamento.
Dessa forma, não se deve tentar modificar o número indicado nem separar o contador da embalagem.
Crianças
As crianças pequenas podem precisar da ajuda dos adultos para operar o inalador. Ensine a criança a expirar e
acione o inalador logo depois que ela começar a inspirar. Faça-a praticar essa técnica. As crianças maiores e as
pessoas fracas devem segurar o inalador com ambas as mãos, colocando ambos os indicadores no topo do
inalador e ambos os polegares na base, abaixo do bocal.
Instruções de limpeza
Deve-se limpar o inalador pelo menos uma vez por semana.
1. Remova a tampa do bocal.
2. Não retire o recipiente do invólucro de plástico.
3. Limpe o interior e o exterior do bocal e o invólucro de plástico com um pano, um lenço de papel ou um
chumaço de algodão seco.
4. Recoloque a tampa do bocal.
NÃO PONHA O RECIPIENTE DE METAL NA ÁGUA.
Posologia
Seretide
Spray só deve ser administrado por via inalatória.
Os pacientes devem ser alertados sobre a natureza profilática da terapia com Seretide
Spray e sobre a
necessidade de utilizá-lo regularmente mesmo que estejam assintomáticos. Deve-se também efetuar com
regularidade a reavaliação dos pacientes para manter a concentração do medicamento na faixa ideal, garantindo
que sua alteração seja feita apenas sob supervisão médica.
Asma (Doença obstrutiva reversível das vias respiratórias)
Deve-se ajustar a dose ao mínimo efetivo até manter o controle dos sintomas. Quando esse controle for mantido
com duas doses diárias de Seretide
Spray, a redução para a dosagem efetiva mais baixa poderá ser feita com
uma inalação diária do medicamento.
Os pacientes devem ser orientados sobre o fato de que a dose prescrita é a ideal para seu caso e só pode ser
modificada pelo médico.
A dose prescrita de propionato de fluticasona, presente na fórmula de Seretide
Spray, dependerá da gravidade
da doença.
Se a condição de um paciente for inadequadamente controlada sob monoterapia com corticosteroides inalatórios,
a substituição por Seretide
Spray em dose terapeuticamente equivalente do corticoide pode resultar na melhora
do controle da asma. Para os pacientes nos quais o controle da asma é aceitável sob monoterapia com
corticosteroides inalatórios, a substituição por Seretide
Spray pode permitir a redução da dose de
corticosteroide e, ao mesmo tempo, a manutenção do controle da asma.
Doses recomendadas
Adultos e adolescentes a partir de 12 anos:
duas inalações de Seretide
Spray 25 mcg/50 mcg duas vezes ao dia ou;
Spray 25 mcg/125 mcg duas vezes ao dia ou;
Spray 25 mcg/250 mcg duas vezes ao dia.
Crianças a partir de 4 anos
Duas inalações de Seretide
Spray 25 mcg/50 mcg duas vezes ao dia.
Os dados disponíveis sobre o uso de Seretide
Spray em crianças menores de 4 anos são insuficientes.
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
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Para pacientes adultos, a dose máxima recomendada é de duas inalações (Seretide
Spray 25 mcg/125 mcg ou
Spray 25 mcg/250 mcg) duas vezes ao dia. Na dose de 50 mcg/500 mcg duas vezes ao dia, disponível
na apresentação em Diskus do medicamento, demonstrou-se redução da mortalidade resultante de todas as
causas.
Grupos especiais de pacientes
Não há necessidade de ajuste de dose para pacientes idosos nem para os que apresentam disfunção renal ou
hepática.
Estão listadas abaixo todas as reações adversas associadas aos componentes individuais, xinafoato de salmeterol
e propionato de fluticasona. Não há reações adversas atribuídas à associação, quando comparado aos perfis de
eventos adversos dos componentes individuais.
Os eventos adversos são listados abaixo por frequência. As frequencias são definidas como: muito comuns
(>1/10), comuns (>1/100 a <1/10), incomuns (>1/1000 a <1/100), raras (>1/10,000 a <1/1000) e muito raras
(<1/10,000). A maioria das frequências foi determinada a partir do conjunto de ensaios clínicos de 23 estudos
com asma e 7 estudos com DPOC. Nem todos os eventos foram reportados em estudos clínicos. Para estes
eventos, a frequência foi calculada com base em relatos espontâneos.
Dados de estudos clínicos
Reações muito comuns (> 1/10): cefaleia (ver o item Advertências e Precauções).
Reações comuns (>1/100 e <1/10): candidíase na boca e garganta, pneumonia (em pacientes com DPOC),
disfonia, câimbras musculares, artralgia;
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): reações de hipersensibilidade cutânea, dispneia, catarata,
hiperglicemia, ansiedade, distúrbios do sono, tremores (ver o item Advertências e Precauções), palpitações (ver o
item Advertêntências e Precauções), taquicardia, fibrilação atrial, irritação na garganta, contusões;
Reações raras (>1/10.000 e <1/1.000): reações anafiláticas, glaucoma, mudanças de comportamento, incluindo
hiperatividade e irritabilidade (predominantemente em crianças), arritmias cardíacas, incluindo taquicardia
supraventricular e extra-sistólica, candidíase no esôfago.
Dados pós-comercialização
Reações raras (>1/10.000 e <1/1.000): reações de hipersensibilidade, manifestando-se como angioedema
(principalmente edema facial e orofaríngeo) e broncoespasmo; síndrome de Cushing e manifestações desta,
supressão adrenal, retardo do crescimento em crianças e adolescentes, diminuição da densidade mineral óssea,
broncoespasmo paradoxal.
Em caso de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.