Bula do Sinergen produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Sinergen
Biosintética Farmacêutica Ltda.
Cápsula
2,5 mg + 10 mg, 5 mg + 10 mg e 5 mg + 20 mg
SINERGEN_BU 01_VPS
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
SINERGEN
besilato de anlodipino + maleato de enalapril
APRESENTAÇÕES
Cápsulas 2,5 mg + 10 mg: embalagens com 7 e 30 cápsulas.
Cápsulas 5 mg + 10 mg: embalagens com 7 e 30 cápsulas.
Cápsulas 5 mg + 20 mg: embalagens com 7 e 30 cápsulas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula de 2,5 mg + 10 mg contém:
besilato de anlodipino (equivalente a 2,5 mg de anlodipino) ......................................................... 3,472 mg
maleato de enalapril ............................................................................................................................. 10 mg
Excipientes: lactose monoidratada, dióxido de silício, estearato de magnésio, bicarbonato de sódio,
fosfato de cálcio dibásico diidratado, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, amido, hipromelose,
macrogol, etilcelulose, corante amarelo FDC n.º 5 laca de alumínio e dióxido de titânio.
Cada cápsula de 5 mg + 10 mg contém:
besilato de anlodipino (equivalente a 5,0 mg de anlodipino) ......................................................... 6,944 mg
Cada cápsula de 5 mg + 20 mg contém:
besilato de anlodipino (equivalente a 5,0 mg de anlodipino)......................................................... 6,944 mg
maleato de enalapril.........................................................…..................................................................20 mg
celulose microcristalina, croscarmelose sódica, amido, hipromelose, macrogol, etilcelulose, corante
vermelho FDC n.º 40 laca de alumínio e dióxido de titânio.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento da hipertensão arterial.
O estudo EMBATES (Estudo Multicêntrico Brasileiro de Avaliação de Tolerabilidade e Eficácia de
Sinergen) foi um estudo aberto, multicêntrico, realizado em 17 centros de pesquisa brasileiros com a
combinação fixa de besilato de anlodipino e maleato de enalapril, em única formulação galênica,
empregada no tratamento de pacientes hipertensos estágio 1 e 2. O estudo foi constituído de oito
subestudos que tiveram o objetivo de avaliar a eficácia anti-hipertensiva, a tolerabilidade, os efeitos no
metabolismo da glicose e perfil lipídico, os efeitos em parâmetros da estrutura cardíaca de pacientes com
HVE e os efeitos sobre a excreção urinária de albumina e controle glicêmico de pacientes hipertensos e
diabéticos tipo 2 tratados com esta combinação fixa de antihipertensivos. A eficácia anti-hipertensiva e
tolerabilidade da combinação fixa foram avaliadas de forma comparativa ao atenolol e a clortalidona em
hipertensos primários e ao besilato de anlodipino e maleato de enalapril isolados em hipertensos
diabéticos.
SINERGEN_BU 01_VPS
Em estudo aberto, multicêntrico de avaliação em médio prazo da eficácia anti-hipertensiva e
tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes hipertensos
primários estágios 1 e 2 (estudo EMBATES), foram avaliados 220 pacientes. A duração total do estudo
foi de 18 a 20 semanas e, a dose inicial da combinação fixa de anlodipino e enalapril era de 2,5 mg e 10
mg, respectivamente administrada em tomada diária única e caso a pressão arterial diastólica registrada na
visita clínica mostrasse valores ≥ 90 mmHg a dosagem da combinação fixa era reajustada
progressivamente para 5+10 mg/ ao dia e 5+20 mg ao dia, sendo respeitado um período mínimo de quatro
semanas entre cada reajuste de dose. Ao final do período de tratamento dos 220 pacientes tratados com a
combinação fixa de anlodipino e enalapril, 76 (34,5%) estavam recebendo a menor dose da combinação
(2,5 +10 mg), 87 pacientes (39,6%) a dose intermediária (5 +10 mg) e os restantes 57 pacientes (25,9%) a
dose mais elevada (5 + 20 mg), resultando na média das doses de 4,1 + 12,6 mg de anlodipino e enalapril
diários, respectivamente.
A pressão arterial no período basal (semana 0) era 161 ± 13,9 x 100,8 ± 4,1 mmHg, reduziu-se nas
primeiras quatro semanas para 142,7 ± 17,7 x 90,5 ± 9,5 mmHg (p < 0,05 versus basal), atingindo ao final
das 16 semanas de tratamento valores de 134,7 ± 14,5 x 85,8 ± 8 mmHg (p <0,05 versus basal).
Resultados semelhantes foram observados com a medida da pressão arterial na posição ortostática: no
período basal a pressão arterial era de 159,2 ± 14,7 x 101,3 ± 4,5 mmHg e reduziu-se para 133,2 ± 14,4 x
86,8 ± 8,7 mmHg após 16 semanas de tratamento (p < 0,05 versus basal).
Ao se considerar o limite superior da normalidade da pressão arterial diastólica em 90 mmHg, observou-
se ao final da 16a semana de tratamento, com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, que 173 dos
220 pacientes (78,7%) tiveram a pressão arterial normalizada. Outros 11 pacientes (5%) que não
atingiram os níveis de normalidade foram considerados respondedores, uma vez que apresentaram
redução da PAD superior a 10 mmHg, perfazendo desse modo a taxa de eficácia anti-hipertensiva de
83,7%.
Os valores da pressão arterial sistólica e diastólica obtidas durante a MAPA demonstraram que as
pressões arteriais sistólica e diastólica reduziram-se significativamente, tanto no período de vigília,
quanto durante o período de sono, com relação vale/pico de 91,3%.
Estudo aberto não-comparativo de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de
anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica no tratamento da hipertensão arterial primária
estágios 1 e 2 em pacientes idosos – subestudo do estudo EMBATES,foram avaliados 29 pacientes com
idade superior a 60 anos, de ambos os sexos, apresentando pressão arterial diastólica > 95 mmHg. Os
pacientes receberam a combinação fixa de anlodipino e enalapril, na dose de 2,5 x 10 mg, administrados
em uma única tomada diária. Pacientes com níveis de pressão arterial diastólica igual ou inferior a 90
mmHg eram mantidos nesta dose ao longo do estudo ou tinham suas doses de anlodipino e enalapril em
combinação aumentadas para 5 x 10 mg ao dia ou 5 x 20 mg ao dia, a cada quatro semanas sempre que
fosse detectado um valor para a pressão arterial diastólica acima de 90 mmHg. A duração total do
tratamento ativo foi de 16 semanas. Os pacientes foram submetidos à avaliação adicional, através da
monitorização residencial de pressão arterial (MRPA).
24 pacientes (82,8%) atingiram a meta de normalidade da pressão arterial pelo critério (PAD ≤ 90 mmHg)
e 16 (55,2%) pelo critério (PAD ≤85 mmHg). As reduções pressóricas observadas foram de 168,7 ± 17,3
x 98,9 ± 3,1 mmHg (final do washout) para 138,5 ± 17,0 x 84,9 ± 7,6 mmHg (16 semanas de tratamento
ativo), p < 0,00001. À MRPA, tanto a PAS, quanto a PAD sofreram reduções estatisticamente
significativas (p < 0,0005).
Estudo aberto, randomizado, comparativo da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma única
formulação galênica versus anlodipino e enalapril isoladamente em pacientes hipertensos primários
estágio 1 e 2 e diabéticos do tipo 2 – subestudo do estudo EMBATES, foram avaliados 58 pacientes de
ambos os sexos, com idade entre 20 a 70 anos, portadores de diabetes melito do tipo 2, tratados com dieta
restrita em açúcar de absorção rápida, hipoglicemiante oral ou insulinoterapia e hipertensão arterial
essencial estagios 1 e 2 (95 mmHg < pressão arterial diastólica < 115 mmHg). Outros critérios de
inclusão no estudo foram: presença de microalbuminúria ou proteinúria, nível de creatinina plasmática até
2 mg/dl. Destes 58 pacientes, 19 foram alocados no grupo anlodipino (A), 19 no grupo enalapril (E) e 20
no grupo de combinação galênica de anlodipino e enalapril (AE). O tempo de observação dos pacientes,
neste estudo, foi de 28 semanas, sendo as quatro primeiras utilizadas como período de retirada (washout)
da terapia anti-hipertensiva prévia. Os medicamentos usados, neste estudo, foram como se segue:
combinação fixa de anlodipino e enalapril em formulação galênica, administrado uma vez ao dia nas
doses de 2,5 e 10mg; 5 e 10 mg; e 5 e 20 mg; anlodipino nas doses de 2,5 mg, 5 mg e 10 mg; enalapril
nas doses de 10 mg, 20 mg e 40 mg, e clortalidona 12,5 e 25 mg. Todas as drogas foram administradas
em uma única tomada diária.
Foram incluídos 19 pacientes no grupo AE, 19 pacientes no grupo E e 18 pacientes no grupo A. Os
grupos mostraram uma distribuição homogênea para todas as variáveis demográficas. A dose média de
cada um dos medicamentos usados no estudo para o grupo AE foi 5 mg ao dia para a anlodipino e 17,9
mg ao dia para o enalapril, no grupo E a média foi de 37,9 mg ao dia e no grupo A 9,6mg ao dia.
A PAD supina foi mantida em níveis ≤85 mmHg em 10 (52,6%), 9 (47,4%) e 9 (61,1%) dos pacientes dos
grupos AE, E e A, respectivamente. A média das reduções para a PAS e PAD na posição supina,
estratificado para PAD ≤85 mmHg foi de -31,1 x -21,1 mmHg para o AE, -26,3 x -18,6 mmHg para o
grupo E, e -36,7 x -16,4 mmHg para o grupo A.
Na análise da MAPA, verificou-se que a média da PAS nas 24 horas, vigília e sono, apresentou o mesmo
comportamento nos três grupos e houve redução significativa na 12a semana em todos os grupos. Já a
PAD não apresentou homogeneidade e o emprego de testes não-paramétricos mostrou diferença do grupo
AE e grupo A comparado ao grupo E, que apresentou níveis mais elevados da PAD na semana 12. De
modo geral, todos os grupos reduziram a PAD de forma significativa. No grupo AE, as cargas pressóricas
para a sistólica no período da vigília foram reduzidas de 86% para 36,8% (p < 0,0001) e no período de
sono de 100 a 71,4% (p < 0,005).
Para os valores da PAD, no grupo AE as cargas na vigília foram reduzidas de 50,4% para 16,8% e no
período do sono de 56,6% para 26,7%, p < 0,005 para ambos os períodos.
A análise da EUA (Excreção Urinária de Albumina) no grupo AE mostrou tendência de melhora deste
parâmetro, pois a EUA expressa em ln variou de 4,52 ±1,18 no final da fase de washout para 4,01 ± 1,73
(p = 0,052). No grupo E, os valores no basal foram de 4,50 ± 1,21 para 4,12 ± 1,91 (p < 0,03), e para o
grupo A, os valores foram de 4,24 ± 1,23 no final do washout para 4,54 ± 1,60 (ns).
Estudo aberto, randomizado de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e
enalapril em uma única formulação galênica comparado a clortalidona e atenolol, no tratamento da
hipertensão arterial primária estágios 1 e 2 – subestudo do estudo EMBATES: o objetivo deste estudo
aberto, comparativo, multicêntrico, de 20 semanas foi avaliar a eficácia e tolerabilidade da combinação
fixa de anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica, uma vez ao dia, comparada ao atenolol
e clortalidona, em pacientes com hipertensão arterial primária estágios 1e 2. A eficácia anti-hipertensiva
da combinação fixa foi avaliada considerando-se dois critérios diferentes de normalidade da pressão
arterial: PAD ≤90 mmHg (critério clássico) e PAD ≤85 mmHg (novo critério). Trinta e seis pacientes
foram avaliados no grupo anlodipino + enalapril (Grupo AE), 18 pacientes no grupo clortalidona (Grupo
C) e 19 no grupo atenolol (Grupo A). Após quatro semanas de washout, os pacientes receberam a
combinação fixa de AE, A ou C em doses iniciais de 2,5 e 10 mg, 50 mg e 12,5 mg, respectivamente,
administrados em uma única tomada diária. Pacientes com níveis de pressão arterial diastólica igual ou
inferior a 90 mmHg eram mantidos nesta dose ao longo do estudo ou tinham as doses dos medicamentos
do estudo aumentadas para 5 e 10 mg ao dia. ou 5 e 20 mg ao dia, 100 mg ao dia, e 25 mg ao dia, a cada
quatro semanas, quando fosse detectado valor para a pressão arterial diastólica acima de 90 mmHg. A
duração total do tratamento ativo foi de 16 semanas.
80,6% dos pacientes no grupo AE, 52,6% no grupo A e 72,2% no grupo C atingiram a meta de
normalidade da pressão arterial pelo critério clássico (PAD ≤90 mmHg) e 44,5%, 26,3% e 38,9%,
respectivamente, AE, A e C pelo novo critério (PAD ≤85mmHg). As reduções pressóricas foram de 23,2
x 15,2 mmHg no grupo AE (p < 0,000001), 13,3 x 10,1 no grupo A (p < 0,001), e 15,1 x 11,4 mmHg no
grupo C (p <0,00001). As reduções na PAS foram estatisticamente diferentes no grupo A versus C e AE.
Na avaliação da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade em longo prazo da combinação fixa de
anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes com hipertensão primária estágios 1 e 2,: dos 220
pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2 que completaram as 16 semanas de tratamento, com a
combinação fixa de anlodipino e enalapril, 111 entraram na fase de extensão do estudo, com seguimento
adicional de32 semanas, perfazendo o total de 48 semanas de tratamento. A dose da combinação fixa de
anlodipino e enalapril, que os pacientes estavam recebendo no final da primeira fase do estudo, foi
mantida no período de extensão, sendo que para os pacientes que não estavam utilizando a dose máxima
da combinação era permitido o reajuste da dose, se necessário, para a obtenção e ou manutenção do
controle pressórico.
O tratamento em longo prazo com esta combinação fixa, não só manteve a pressão arterial reduzida,
como se acompanhou de reduções adicionais tanto da PA sistólica, quanto da diastólica. Assim, os
valores da pressão arterial na posição supina eram no período basal 163,6± 13,0 x 100,9 ± 3,8 mmHg,
reduziram-se para 134,7 ± 13,5x 85,3 ± 7,8 mmHg após 16 semanas de tratamento, atingindo níveis de
131,8 ± 13,6 x 84,2 ± 7,0 mmHg, na 48a semana do estudo. Comportamento semelhante foi observado na
posição ortostática, sendo os valores da pressão arterial no período basal, 16ª e 48ª semanas de
tratamento, respectivamente, 162,0 ± 14,0 x 101,6 ± 4,2 mmHg, 133,8 ± 13,8 x 86,6 ± 8,6 mmHg e 131,1
± 13,5 x 85,1 ± 8,2 mmHg .
Além disso, ao final da 48a semana um maior número de pacientes havia atingido a meta de redução da
pressão arterial diastólica para valores ≤85 mmHg: 60,4% versus 54,4% na 16ª semana.
Estudo aberto, não comparativo de avaliação dos efeitos da combinação fixa de anlodipino e enalapril
sobre metabolismos da glicose e lípides e parâmetros ecocardiográficos de pacientes com hipertensão
arterial primária estágios 1 e 2. Subestudos do Estudo EMBATES: um estudo aberto, não comparativo,
foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos da combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre o
metabolismo da glicose e dos lípides. Esse estudo foi realizado com 20 pacientes, tratados com a
combinação fixa de anti-hipertensivos por 16 semanas consecutivas. Já outro subestudo, avaliou em 16
pacientes hipertensos, com hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE), os efeitos do tratamento com a
combinação fixa de anlodipino e enalapril sobre parâmetros morfométricos e funcionais cardíacos, através
de ecocardiografia bidimensional com Doppler.
Observou-se que o tratamento de combinação fixa de anlodipino e enalapril não induziu alterações
significativas dos parâmetros do metabolismo da glicose avaliados. Assim, os valores da glicemia,
insulinemia de jejum e durante a sobrecarga oral de glicose não houve alterações significativas com o
tratamento anti-hipertensivo empregado. Do mesmo modo, as áreas sob a curva de glicose e insulina e o
índice de sensibilidade à insulina não se modificaram de forma significativa com o uso da combinação
fixa de anlodipino e enalapril.
Os valores séricos de todos os parâmetros avaliados, isto é, colesterol total, LDL-colesterol, HDL-
colesterol e triglicérides eram respectivamente de 223,2 ± 53,3 mg/dl, 144,5 ± 46,2 mg/dl, 53,2 ±
12,1mg/dl e 129,6 ± 87,9 mg/dl, no período basal e não se modificaram significativamente. O tratamento
com a combinação fixa de anlodipino e enalapril, durante seis meses consecutivos, propiciou relação E/A
(relação entre as velocidades máximas das ondas de fluxo mitral), do tempo de relaxamento
interventricular e diminuição do tempo de desaceleração atrial que, apesar disso, não atingiram
significância estatística.
Concluiu-se então, que a combinação fixa de anlodipino e enalapril apresenta perfil metabólico neutro,
podendo ser utilizada com segurança em pacientes com síndrome metabólica, dislipidemia e diabetes
melitus. Além de proporcionar regressão da hipertrofia de VE, diminuindo assim o risco cardiovascular
do paciente hipertenso.
Combinação de anlodipino e enalapril em pacientes hipertensos com doença coronariana: com o
objetivo de avaliar a eficácia e a tolerabilidade da combinação fixa anlodipino + enalaprila, comparada a
anlodipino na normalização da PA diastólica (PAD) (< 85 mmHg), em pacientes com Doença Arterial
Coronariana (DAC) e Hipertensão Arterial, foi conduzido um estudo duplo-cego, randomizado, com dois
grupos de pacientes com PAD > 90 e <110 mmHg e DAC. Foram excluídos os com FEVE < 40%;
sintomas de insuficiência cardíaca ou angina classe III e IV; doenças graves e PAD > 110 mmHg durante
o wash-out de quatro semanas, em uso só de atenolol. Após wash-out os pacientes foram randomizamos
para combinação (A) ou anlodipino (B) e seguidos de quatro em quatro semanas até 98 dias. As doses
(mg) iniciais foram, respectivamente: A- 2,5/10 e B- 2,5, sendo incrementadas se PAD> 85mmHg, nas
visitas.
De 110 pacientes selecionados, foram randomizados 72 (A= 32, B= 40). As reduções da PAD e da PA
sistólica (PAS) foram intensas (p< 0,01), mas sem diferenças entre os grupos em mmHg: PAS, A (127,7
± 13,4) e B (125,3 ± 12,6) (p= 0,45) e PAD, A (74,5 ± 6,7 mmHg) e B (75,5 ± 6,7 mmHg) (p= 0,32).
Houve menos edema de membros inferiores no A (7,1% vs 30,6%, p=0,02) no 98º dia.
A combinação fixa de enalaprila com anlodipino, tal qual anlodipino isolado, em pacientes com DAC e
HAS estágios I e II foi eficaz na normalização da pressão, adicionando bloqueio ao sistema renina-
angiotensina.
Gomes, M.A.M., et al. Estudo aberto, multicêntrico de avaliação em médio prazo da eficácia anti-hipertensiva e
tolerabilidade da combinação fixa de anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes hipertensos primários estágios
1 e 2 – o estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S7-S15.
Miranda R.D, et al. Estudo aberto, não comparativo de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de
anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica no tratamento da hipertensão arterial primária estágios 1 e 2
em pacientes idosos – subestudo do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S23-S31.
Milagres R., et al. Estudo aberto, randomizado, comparativo da combinação fixa de anlodipino e enalapril em uma
única formulação galênica versus anlodipino e enalapril isoladamente em pacientes hipertensos primários estágio 1 e
2 e diabéticos do tipo 2 – Subestudo do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S32-S41.
Franco R.J.S, et al. Estudo aberto, randomizado de avaliação de eficácia e tolerabilidade da combinação fixa de
anlodipino e enalapril em uma única formulação galênica comparado à clortalidona e atenolol, no tratamento da
hipertensão arterial primária estágios 1 e 2 – subestudo do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S42-
S50.
Filho N.S., et al. Avaliação da eficácia anti-hipertensiva e tolerabilidade em longo prazo da combinação fixa de
anlodipino e enalapril no tratamento de pacientes com hipertensão primária estágios 1 e 2. Rev Bras Hipert, 2005. 12
(1): S51-S55.
Oigman W., et al. Estudo aberto, não comparativo de avaliação dos efeitos da combinação fixa de anlodipino e
enalapril sobre metabolismos da glicose e lípides e parâmetros ecocardiográficos de pacientes com hipertensão
arterial primária estágios 1 e 2 – subestudos do estudo EMBATES. Rev Bras Hipert, 2005. 12 (1): S16-S22.
Rienzo, Marcos et al. Combinação de anlodipino e enalaprila em pacientes hipertensos com doença coronariana. Arq.
Bras. Cardiol.vol.92, n.3 pp. 183-189, 2009
Este medicamento tem como princípios ativos a combinação de dois agentes: maleato de enalapril e
besilato de anlodipino.
Farmacodinâmica
O maleato de enalapril é um inibidor da enzima de conversão da angiotensina I, que impede a produção
de angiotensina II (potente vasoconstritor). O complexo formado, enzima-inibidor, apresenta um baixo
índice de dissociação e, portanto, alta potência e prolongado tempo de ação. Promove uma diminuição da
resistência vascular sistêmica com consequente redução da pressão sanguínea, da pré e pós-carga, sem
alteração da frequência cardíaca. Além disso, ocorre inibição da via de degradação da bradicinina com
consequente vasodilatação.
O besilato de anlodipino é um antagonista dos canais de cálcio, quimicamente diferente de sua classe
(diidropiridínicos), caracterizado por sua capacidade de associação e dissociação com o sítio de ligação
do receptor e consequente início gradual de ação. Atua diretamente na musculatura lisa vascular,
causando redução da resistência vascular periférica e diminuição da pressão arterial. Como outros
antagonistas dos canais de cálcio, em pacientes com função ventricular normal ocorrem um discreto
aumento na frequência cardíaca, sem influência significativa na pressão diastólica final de ventrículo
esquerdo. Estudos demonstraram que o anlodipino não está associado a um efeito inotrópico negativo
quando administrado na dose terapêutica, mesmo coadministrado com betabloqueadores. Não produz
alteração na função nodal sinoatrial ou atrioventricular.
Farmacocinética
O maleato de enalapril é bem absorvido por via oral, com uma biodisponibilidade de 53 a 73%. Não é
alterado com a alimentação. Picos séricos de enalapril ocorrem após 30 minutos a 1,5 hora de sua
administração, sendo que a sua forma ativa (enalaprilato) apresenta pico sérico em 3 a 4 horas. Sua meia-
vida plasmática pode durar até 35 horas. A principal via de eliminação é renal (61%) e fecal (33%).
O besilato de anlodipino é bem absorvido por via oral, atingindo picos plasmáticos entre 6 e 9 horas.
Liga-se cerca de 93% às proteínas plasmáticas. Sua biodisponibilidade absoluta é estimada entre 64 e
90%, não sendo alterada pela alimentação. Aproximadamente 90% do anlodipino é convertido em
metabólitos inativos, via metabolismo hepático. Sua eliminação do plasma é bifásica, apresentando meia-
vida de eliminação de 35 a 50 horas. Os níveis plasmáticos estabilizados são atingidos após o sétimo ou
oitavo dia de tratamento. Com administração oral diária crônica, a efetividade anti-hipertensiva é mantida
por pelo menos 24 horas.
Sinergen é a combinação dos dois anti-hipertensivos, os quais apresentam ações complementares e
sinérgicas. Assim, se obtém o mesmo efeito anti-hipertensivo com doses menores, quando comparados
com os componentes isolados, e com menor incidência de efeitos adversos (dose-dependentes).
O uso de Sinergen é contraindicado para pacientes com história de angioedema, hereditário ou idiopático;
com história de angioedema prévio relacionado a tratamento com Inibidores de enzima de conversão
(IECAs) e para pacientes que apresentam hipersensibilidade ao anlodipino ou outros antagonistas dos
canais de cálcio, enalapril ou outros anti-hipertensivos inibidores da enzima conversora da angiotensina,
ou aos demais componentes da formulação.
SINERGEN_BU 01_VPS
No infarto do miocárdio ou na intensificação da angina: raramente pacientes com coronariopatia
obstrutiva severa desenvolveram (de forma documentada) piora da angina ou infarto agudo do miocárdio,
quando iniciaram o uso de antagonistas dos canais de cálcio (anlodipino) ou quando tiveram sua dose
aumentada.
Na insuficiência cardíaca congestiva: estudos clínicos com anlodipino em pacientes com classe
funcional II/III (NYHA) não demonstraram piora da insuficiência cardíaca, baseados no tempo de
exercício, sintomas ou fração de ejeção. Também foi demonstrado que o uso de anlodipino em associação
com diuréticos, digital e inibidores da ECA não aumentou a mortalidade e morbidade em pacientes com
classe funcional III/IV. Nestes pacientes, a função renal é dependente do sistema renina-angiotensina,
sendo que o uso de inibidores da ECA pode estar associado com oligúria, insuficiência renal ou morte.
Estenose aórtica/ Cardiomiopatia Hipertrófica: se ocorrer hipotensão, em tais casos pode ocorrer
diminuição da oferta de oxigênio ao miocárdio por constituir uma barreira ao fluxo de sangue para a
aorta.
Hipotensão: pode ocorrer na fase inicial do tratamento, devendo a dose ser ajustada. Este efeito pode
ocorrer principalmente em pacientes idosos, com disfunção de ventrículo esquerdo ou naqueles com
depleção de volume (uso de diuréticos, diálise). Acidente vascular cerebral isquêmico ou portadores
de doença isquêmica cerebral: Em caso de ocorrência de hipotensão podem ocorrer efeitos deletérios
sobre a circulação cerebral.
Cirurgia/anestesia: pode ocorrer uma depleção de volume que, associado ao efeito hipotensor do
medicamento, pode levar à hipotensão.
Categoria de risco: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Quando utilizados durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez, os fármacos que atuam
diretamente no sistema renina-angiotensina podem causar toxicidade e até a morte do feto em
desenvolvimento.
Também pode ocorrer hipotensão, anemia neonatal, hipercalemia, insuficiência renal e oligohidrâmnio.
Quando houver intenção, suspeita ou confirmação de gravidez, deve-se descontinuar o tratamento com
Sinergen e deverá ser reavaliada a escolha da terapia anti-hipertensiva adequada.
Deve-se suspender a amamentação durante o tratamento com Sinergen.
Para as pacientes que pretendem engravidar e que estejam na vigência do tratamento com Sinergen, a
terapia anti-hipertensiva adequada deverá ser avaliada em função das características do caso e o paciente
deverá ser cientificado dos riscos inerentes ao uso das medicações vigentes.
Uso em crianças: A segurança e eficácia de Sinergen em crianças não foram estabelecidas.
Uso em idosos: deve ser iniciado o tratamento com Sinergen com a menor dose e reajustar se necessário.
Sinergen 2,5 mg + 10 mg e 5,0 mg + 10 mg contém o corante amarelo de tartrazina que pode causar
reações de natureza alérgica, entre as quais asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao
Pacientes em uso de diuréticos podem apresentar uma redução excessiva da pressão arterial após início da
terapia com Sinergen.
Devido à Sinergen ser uma combinação de dois medicamentos, pode ocorrer interações de qualquer de
seus componentes com diversos outros medicamentos. Na lista a seguir, são relacionadas as principais
interações para cada um de seus componentes:
a) maleato de enalapril
Interação medicamento-medicamento
Gravidade: Maior
Efeito da interação: hipercalemia, aumento de risco de comprometimento renal, hipotensão
Medicamento: alisquireno (uso contraindicado em conjunto).
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Efeito da interação: aumento de risco de angioedema.
Medicamento: alteplase.
Efeito da interação: reações de hipersensibilidade (síndrome de Steven-johnson, erupção cutânea,
espasmo coronariano anafilático).
Medicamento: alopurinol.
Efeito da interação: hipercalemia.
Medicamento: amilorida, espironolactona, eplerenona, triantereno.
Efeito da interação: mielossupressão.
Medicamento: azatioprina.
Efeito da interação: anormalidades hematológicas (granulocitopenia, trombocitopenia).
Medicamento: interferon alfa 2a.
Gravidade: Moderada
Efeito da interação: diminui o efeito antihipertensivo e natriurético.
Medicamento: aceclofenaco, , celecoxibe, dexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, etodolaco,
etofenamato, fentiazaco, ibuprofeno, indometacina, indoprofeno, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam,
meclofenamato, meloxicam, naproxeno, nimesulida, piroxicam, rofecoxibe, sulindaco, valdecoxibe,
zomepiraco.
Medicamento: trimetropina.
Efeito da interação: diminui a efetividade do enalapril
Medicamento: aspirina, rifampicina
Efeito da interação: hipotensão postural (primeira dose)
Medicamento: bumetanida, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida, indapamida, piretanida
Efeito da interação: bradicardia e hipotensão com perda da consciência
Medicamento: bupivacaína
Efeito da interação: toxicidade da clomipramina (confusão, insônia, irritabilidade).
Medicamento: clomipramina.
Efeito da interação: disfunção renal aguda.
Medicamento: ciclosporina.
Efeito da interação: reações nitritoides (rubor facial, náusea, vômito e hipotensão).
Medicamento: aurotiomalato de sódio.
Efeito da interação: acidose hipercalêmica.
Medicamento: metformina.
Efeito da interação: aumento na hipotensão sintomática.
Medicamento: nesiritida.
Efeito da interação: toxicidade por lítio (fraqueza, tremor, sede excessiva, confusão) e/ou
nefrotoxicidade.
Substância Química: lítio.
Gravidade: Menor
Efeito da interação: doses elevadas da manutenção de eritropoetina para manter os valores de referência
do hematocrito.
Medicamento: epoetina alfa, epoetina beta.
Interação medicamento–substância química
Substância Química: potássio.
Mecanismo de ação provável: interferência com a produção de agentes vasodilatadores e
prostaglandinas natriuréticas.
Substância Química: ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflúmico, ácido tiaprofênico.
Efeito da interação: hipotensão postural (primeira dose).
Substância Química: ácido etacrínico.
Interação medicamento-planta medicinal
Efeito da interação: reduz a efetividade dos inibidores da enzima conversora de angiotensina.
Planta Medicinal: ephedra (Ma Huang, tipo de planta originária da china), yoimbina.
Efeito da interação: aumenta o risco de tosse.
Planta medicinal: capsaicina.
b) besilato de anlodipino
Efeito de interação: redução de efeito antiagregante plaquetário.
Medicamento: clopidogrel.
Efeito de interação: aumento da concentração plasmática de anlodipino.
Medicamento: telaprevir.
Efeito de interação: aumento de exposição ao anlodipino.
Medicamento: claritromicina, conivaptano.
Efeito de interação: aumernto de risco de toxicidade pelo fentanil.
Medicamento: fentanil.
Efeito de interação: aumento de risco de toxicidade e prolongamento de intervalo QT.
Medicamento: domperidona.
Efeito de interação: interação com substrato CYP3A4.
Medicamento: mitotano, carbamazepina, primidona, piperacina.
Efeito de interação: bradicardia, bloqueio AV e/ou parada sinusal.
Medicamento: dantroleno.
Efeito de interação: hipercalemia e depressão cardíaca.
Medicamento: amiodarona, atazanavir.
Efeito de interação: aumenta o risco de cardiotoxicidade. (prolongamento QT, torsades de pointes,
parada cardíaca).
Medicamento: droperidol.
Efeito de interação: hipotensão e/ou bradicardia.
Mecanismo de ação provável: potencializa os efeitos cardiovasculares.
Medicamento: acebutolol, alprenolol, amprenavir, atenolol, betaxolol, bevantolol, bisoprolol, bucindolol,
buflomedil, carvedilol, conivaptana, ciclosporina, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol, nebivolol,
oxprenolol, pindolol, propranolol, sotalol, timolol.
Efeito de interação: aumenta o risco de toxicidade a ciclosporina (disfunção renal, colestase, parestesia).
Efeito de interação: aumenta o risco de toxicidade do anlodipino (tontura, hipotensão, rubor, cefaleia,
edema periférico).
Medicamento: dalfopristina, quinupristina.
Efeito de interação: aumenta a concentração sérica do anlodipino e toxicidade (tontura, hipotensão,
rubor, cefaleia, edema periférico).
Medicamento: fluconazol, cetoconazol, itraconazol.
Efeito de interação: aumenta a concentração sérica do anlodipino.
Medicamento: indinavir, delavirdina, fosamprenavir.
Efeito de interação: reduz a eficácia dos bloqueadores de canais de cálcio.
Medicamento: rifapentina.
Efeito de interação: aumenta a concentração sérica do anlodipino e toxicidade potencial (tontura,
cefaleia, rubor, edema periférico, hipotensão, arritmia cardíaca).
Medicamento: ritonavir.
Efeito de interação: aumenta o risco de toxicidade do anlodipino (tontura, cefaleia, rubor, edema
periférico, hipotensão, arritmia cardíaca)
Medicamento: saquinavir.
Efeito de interação: aumenta a concentração sérica dos bloqueadores dos canais de cálcio do
diidropiridona.
Medicamento: voriconazol.
Efeito da interação: aumenta o risco de insuficiência cardíaca.
Medicamento: epirubicina.
Efeito de interação: aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal e/ou efeito hipotensivo antagônico.
Medicamento: aceclofenaco, dexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, etodolaco, etofenamato,
fenoprofen, fentiazac, ibuprofeno, indometacina, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meclofenamato,
meloxicam, nabumetona, naproxeno, nimesulida, oxaprozin, oxifenbutazona, fenilbutazona, pirazolaco,
piroxicam, propifenazona, sulindaco, tenoxicam,
Interação medicamento-substância química
Substância-Química: ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflumico, ácido tiaprofênico.
Efeito de interação: reduz a biodisponibilidade dos bloqueadores de canais de cálcio.
Planta Medicinal: Erva de São João (Hypericum perforatum)
Efeito de interação: reduz o efeito hipotensivo dos bloqueadores de canais de cálcio.
Planta Medicinal: ephedra (Ma Huang, tipo de planta originária da china).
Planta Medicinal: óleo de menta, yoimbina.
Interação medicamento-alimento
Alimento: suco de grapefruit (toranja).
Não se conhece a interferência de besilato de anlodipino ou maleato de enalapril em exames laboratoriais.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30o
C), protegido da luz e umidade. Desde que
respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar
da data de sua fabricação.
Atenção: não armazenar este produto em locais quentes e úmidos (ex: banheiro, cozinha, carros, etc.)
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico
As cápsula gelatinosa dura de Sinergen 2,5 mg + 10 mg possuem tampa de coloração laranja e corpo de
coloração branca contendo pó branco e um comprimido revestido amarelo.
As cápsula gelatinosa dura de Sinergen 5 mg + 10 mg possuem tampa de coloração azul e corpo de
As cápsula gelatinosa dura de Sinergen 5,0 mg + 20 mg possuem tampa de coloração amarelo crepúsculo
(caramelo) e corpo de coloração branca contendo pó branco e um comprimido revestido vermelho.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Como a absorção de Sinergen não é afetada pela ingestão de alimentos, pode ser administrado antes,
durante ou após as refeições.
Deve-se iniciar a terapêutica com Sinergen de preferência com a menor dose (2,5 mg + 10 mg) e
reajustar, se necessário conforme os níveis tensionais observados, recomendando-se um intervalo mínimo
de 20 dias para o aumento de dosagem. Dependendo da resposta e do objetivo terapêutico, a dose pode
ser alterada para 1 cápsula/dia de Sinergen 5 mg + 10 mg ou 1 cápsula/dia de Sinergen 5 mg + 20 mg.
Pacientes com Insuficiência hepática: recomenda-se cautela ao se administrar Sinergen nestes pacientes
devido à meia-vida do anlodipino estar prolongada nestes casos.
Pacientes com Insuficiência renal: Sinergen pode ser usado nas doses habituais nos pacientes com
níveis de creatinina sérica de até 3 mg/dl (ou clearance de creatinina > 30 ml/min). Sinergen (besilato de
anlodipino + maleato de enalapril) está contraindicado em pacientes com níveis de creatinina maiores que
3 mg/dl (ou clearance de creatinina < 30 ml/min).
Para pacientes em diálise, a dose da medicação deve ser monitorada pelos níveis pressóricos durante o
período interdialítico. O enalaprilato é removido pela hemodiálise, sendo dialisável a uma taxa de 62
ml/min. O uso de poliacrilonitrila para a realização da diálise em pacientes em uso de inibidores da
enzima conversora pode ocasionar reações anafilactoides graves. Neste caso é preferível trocar o anti-
hipertensivo ou o método dialítico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
A incidência de eventos adversos com a combinação fixa de anlodipino e enalapril no estudo EMBATES
foi baixa. Os mais frequentes foram a cefaleia (13,5%), a tosse (13,5%), o edema de membros inferiores
(11,5%), tontura (3,3%), náuseas (2%) e taquicardia/palpitação (2%), que em geral foram de intensidade
leve à moderada, sendo dessa forma bem tolerados. Apenas 4,6% dos pacientes tiveram que interromper o
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tratamento anti-hipertensivo por eventos adversos. Os parâmetros bioquímicos de segurança
farmacológica não sofreram alterações significativas durante todo o período de seguimento.
farmacológica não sofreram alterações significativas durante todo o período de seguimento. Para os 101
pacientes que completaram a fase de extensão do estudo EMBATES, com exceção do evento adverso
tosse, houve redução da incidência dos demais no tratamento em longo prazo com a combinação fixa de
anlodipino e enalapril. Assim, a incidência de edema de tornozelo que era de 15,3% na 16a semana,
reduziu-se para 10,8% ao final do estudo. Do mesmo modo, a incidência de cefaleia diminuiu de 10,8%
para 2,7% na semana 48. A incidência de tosse foi de 9% e 10,8% nas semanas 16 e 48, respectivamente.
EFEITOS CARDIOVASCULARES
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): palpitação, hipotensão, taquicardia.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): precordialgia, angina instável.
EFEITOS DERMATOLÓGICOS
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): rubor facial.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): rash cutâneo.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): eritema dos membros inferiores, edema facial.
EFEITOS ENDÓCRINOS/METABÓLICOS
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): aumento da glicemia.
EFEITOS GASTRINTESTINAIS
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): dor na boca do estômago, vômito.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): dispepsia, diarreia, azia, gastrite.
EFEITOS MUSCULOESQUELÉTICOS
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): inchaço dos membros inferiores.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): dor em membros inferiores, formigamento em membros
inferiores, varizes.
EFEITOS NEUROLÓGICOS
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): cefaleia.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): tontura, náusea, cansaço.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): sonolência, vertigem, insônia, depressão e acidente vascular
cerebral.
EFEITOS OFTÁLMICOS
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): turvação visual.
EFEITOS NO SISTEMA REPRODUTOR
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): disfunção erétil, retenção urinária, diminuição da libido.
EFEITOS RESPIRATÓRIOS
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): tosse.
OUTROS
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): mal estar geral.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000): fraqueza, boca seca, edema de Quincke.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação no país e, embora as pesquisas
tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem
ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo
Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
"Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal."