Bula do Slenfig para o Profissional

Bula do Slenfig produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Slenfig
Torrent do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO SLENFIG PARA O PROFISSIONAL

SLENFIG®

cloridrato de sibutramina monoidratado

Cápsula gelatinosa dura - 10 mg

Cápsula gelatinosa dura - 15 mg

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BU-03

BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

I – IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

APRESENTAÇÕES

Cápsula gelatinosa dura10 mg: embalagem com 30 cápsulas.

Cápsula gelatinosa dura 15 mg: embalagem com 30 cápsulas.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada cápsula de SLENFIG®

10 mg contém:

cloridrato de sibutramina monoidratado......................... 10 mg

(equivalente a 8,37 mg de sibutramina)

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido de

silício (coloidal) e estearato de magnésio.

15 mg contém:

cloridrato de sibutramina monoidratado.......................... 15 mg

(equivalente a 12,55 mg de sibutramina)

Alerta: ler atentamente a bula para informações detalhadas;

Esse medicamento é contraindicado em pacientes com índice de massa corpórea (IMC)

menor que 30 kg/m2

;

Esse medicamento é contraindicado em pacientes com história de doença arterial

coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia (aumento da frequência

cardíaca), doença arterial obstrutiva periférica, arritmia ou doença cerebrovascular e

pacientes com histórico de diabetes mellitus tipo 2 com pelo menos 1 outro fator de risco,

mas sem histórico de doença de artérias coronarianas, doença cerebrovascular, ou doença

vascular periférica preexistente;

Em um estudo conduzido após aprovação do produto, com 10744 pacientes com sobrepeso

ou obesos, 55 anos de idade ou mais, com alto risco cardiovascular, tratados com

sibutramina, observou-se aumento de 16% no risco de infarto do miocárdio não fatal,

acidente vascular cerebral não fatal, parada cardíaca ou morte cardiovascular

comparados com placebo (taxa de risco de 1,162 [IC 95% 1,029, 1,311; p = 0,015]).

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II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

SLENFIG®

é indicado como terapia adjuvante como parte de um programa de gerenciamento de

peso para pacientes obesos com um índice de massa corpórea (IMC) ≥ 30 kg/m2

.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em um estudo com duração de dois anos, avaliou-se a manutenção do peso em 605 pacientes

com um IMC de 30 - 45 kg/m2

, os quais receberam dieta com redução de calorias,

aconselhamento de exercícios físicos e modificação comportamental. Durante seis meses, em

fase aberta, quando todos os pacientes receberam diariamente 10 mg de sibutramina, 94% dos

pacientes conseguiram perda de peso ≥ 5%. A média de perda de peso foi 11,9 kg. Pacientes que

conseguiram perda de peso ≥ 5% durante esta fase, foram randomizados para uma fase adicional

de 18 meses de estudo duplo-cego e placebo-controlado.

Durante esta fase, os médicos tiveram a opção de aumentar a dose de sibutramina ou placebo

para 15 mg ou 20 mg se ocorresse a recuperação do peso.

Após 2 anos de tratamento, 69% dos pacientes tratados com sibutramina (comparados a 42%

com placebo) mantiveram pelo menos 5% de redução de peso, enquanto 46% dos pacientes

tratados (comparados a 20% com placebo) mantiveram pelo menos 10% de redução de peso.

Também após 2 anos, cerca de 43% dos pacientes tratados com sibutramina mantiveram 80%

ou mais de sua perda de peso original (i.e., sua perda de peso em 6 meses) comparado a 16%

com placebo. A perda de peso média foi de 11 kg para pacientes com sibutramina e 6 kg para

pacientes com placebo.

W Philip T James, et al. Effect of sibutramine on weight maintenance after weight loss: a randomized trial.

STORM Study Group. Sibutramine Trial of Obesity Reduction and Maintenance. LANCET 2000; 356:

2119-25.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

O cloridrato de sibutramina monoidratado é administrado via oral para o tratamento da

obesidade (E66), sendo identificado quimicamente como uma mistura racêmica dos

enantiômeros (+) e (-) do cloridrato de 1-(4-clorofenil)-N, N-dimetil-α-(2-metilpropil)-

ciclobutanometanomina monoidratado. Sua fórmula empírica é C17H29CI2NO. Seu peso

molecular é 334,33. É um pó cristalino, branco a branco leitoso, com solubilidade 2,9 mg/mL

em água com pH 5,2. Seu coeficiente de separação em octanol-água é de 30,9 em pH 5,0.

Mecanismo de ação: a sibutramina exerce seus efeitos terapêuticos através da inibição da

recaptação da noradrenalina, serotonina e dopamina. A sibutramina e seus principais

metabólitos farmacologicamente ativos (M1 e M2) não agem através da liberação de

monoaminas.

Farmacodinâmica: a sibutramina exerce suas ações farmacológicas predominantemente

através de seus metabólitos amino secundário (M1) e primário (M2), que são inibidores da

recaptação de noradrenalina, serotonina (5-hidroxitriptamina, 5-HT) e dopamina. O composto

de origem, a sibutramina, é um potente inibidor da recaptação de serotonina. Em tecido cerebral

humano, M1 e M2 inibem também a recaptação de dopamina in vitro, mas com uma potência três

vezes mais baixa do que a inibição da recaptação de serotonina ou noradrenalina. Amostras

plasmáticas obtidas de voluntários tratados com sibutramina causaram inibição significativa

tanto da recaptação de noradrenalina (73%) quanto da recaptação de serotonina (54%), mas sem

inibição significativa da recaptação da dopamina (16%).

A sibutramina e seus metabólitos (M1 e M2) não são agentes liberadores de monoaminas e

também não são IMAOs. Eles não apresentam afinidade para um grande número de receptores

de neurotransmissores, incluindo os receptores serotoninérgicos (5-HT1, 5-HT1A, 5-HT1B, 5-

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HT2A, 5-HT2C), adrenérgicos (β1, β2, β3, α1 e α2), dopaminérgicos (D1 e D2), muscarínicos,

histaminérgicos (H1), benzodiazepínicos e glutamato (NMDA). Em modelos experimentais em

animais utilizando ratos magros em crescimento e obesos, a sibutramina produziu uma redução

no ganho de peso corporal. Acredita-se que isto tenha resultado de um impacto sobre a ingestão

de alimentos, isto é, do aumento da saciedade, mas a termogênese aumentada também

contribuiu para a perda de peso. Demonstrou-se que estes efeitos foram mediados pela inibição

da recaptação de serotonina e noradrenalina.

Farmacocinética: a sibutramina é bem absorvida e sofre extenso metabolismo de primeira

passagem. Os níveis plasmáticos máximos (Cmax) foram obtidos 1,2 horas após uma única dose

oral de 20 mg de cloridrato de sibutramina monoidratado, e a meia-vida do composto principal é

de 1,1 horas.

Os metabólitos farmacologicamente ativos M1 e M2 atingem Cmax em 3 horas, com meia-vida de

eliminação de 14 e 16 horas, respectivamente.

Foi demonstrada uma cinética linear nas doses entre 10 a 30 mg, sem qualquer alteração dose-

dependente na meia-vida de eliminação, mas com um aumento nas concentrações plasmáticas

proporcional à dose. Sob doses repetidas, as concentrações no estado de equilíbrio dos

metabólitos M1 e M2 são alcançadas dentro de quatro dias, com um acúmulo de

aproximadamente o dobro.

A farmacocinética da sibutramina e seus metabólitos em indivíduos obesos é semelhante àquela

observada em indivíduos de peso normal.

O índice de ligação às proteínas plasmáticas de sibutramina e seus metabólitos M1 e M2 é de

97%, 94% e 94%, respectivamente. O metabolismo hepático é a principal via de eliminação da

sibutramina e de seus metabólitos ativos M1 e M2.

Outros metabólitos (inativos) M5 e M6 são excretados principalmente através da urina, com uma

proporção urina: fezes de 10:1.

Estudos com microssomos hepáticos in vitro mostraram que o CYP3A4 é a principal isoenzima

do sistema citocromo P450 responsável pelo metabolismo da sibutramina. In vitro não houve

indicação de uma afinidade com CYP2D6, que possui uma baixa capacidade enzimática,

estando envolvido em interações farmacocinéticas com várias substâncias. Outros estudos in

vitro mostraram que a sibutramina não apresenta efeito significativo sobre a atividade das

principais isoenzimas P450, incluindo CYP3A4. Foi demonstrado que as enzimas do citocromo

P450 envolvidas no posterior metabolismo do metabólito 2 (in vitro) são CYP3A4 e CYP2C9.

Embora não existam dados até o momento, é provável que o CYP3A4 também esteja envolvido

no posterior metabolismo do metabólito M1.

4. CONTRAINDICAÇÕES

SLENFIG®

é contraindicado para uso por:

- Pacientes com histórico de diabetes mellitus tipo 2 com pelo menos 1 outro fator de risco, isto

é, hipertensão controlada por medicação, dislipidemia, prática atual do tabagismo ou nefropatia

diabética com evidência de microalbuminúria;

- Pacientes com história de doença arterial coronariana (angina, história de infarto do

miocárdio), insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia, doença arterial obstrutiva periférica,

arritmia ou doença cerebrovascular (acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório -

TIA);

- Pacientes com hipertensão controlada inadequadamente (> 145/90 mmHg) (vide item

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES);

- Pacientes com história ou presença de transtornos alimentares, como bulimia e anorexia;

- Pacientes recebendo outros medicamentos de ação central para a redução de peso ou

tratamento de transtornos psiquiátricos;

- Pacientes recebendo inibidores da monoaminoxidase. É recomendado um intervalo de pelo

menos duas semanas após a interrupção dos IMAOs antes de iniciar o tratamento com

sibutramina (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS);

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é contraindicado a pacientes com índice de massa corpórea (IMC) menor que 30

kg/m2

.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade à

sibutramina ou a qualquer outro componente da fórmula.

Este medicamento é contraindicado para uso por crianças, adolescentes e idosos acima de

65 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Pressão Arterial e Frequência Cardíaca: A sibutramina aumenta substancialmente a pressão

arterial e/ou frequência cardíaca em alguns pacientes. A monitorização da pressão arterial e

frequência cardíaca é necessária durante o tratamento com sibutramina.

Nos primeiros 3 meses de tratamento, a pressão arterial e a frequência cardíaca devem ser

verificadas a cada 2 semanas. Entre 4 e 6 meses estes parâmetros devem ser verificados uma vez

por mês e em seguida, periodicamente, a intervalos máximos de 3 meses. O tratamento deve ser

descontinuado em pacientes que tenham um aumento, após duas medições consecutivas, da

frequência cardíaca de repouso de ≥ 10 bpm ou pressão arterial sistólica/diastólica de ≥ 10

mmHg. Em pacientes hipertensos bem controlados, se a pressão arterial exceder a 145/90

mmHg em duas leituras consecutivas, o tratamento deve ser descontinuado (vide item

REAÇÕES ADVERSAS).

Em pacientes com a síndrome da apneia do sono, cuidados especiais devem ser tomados na

monitorização da pressão arterial.

Glaucoma: A sibutramina deve ser utilizada com cautela por pacientes com glaucoma.

Hipertensão Pulmonar: Embora a sibutramina não tenha sido associada à hipertensão

pulmonar, determinados agentes redutores de peso de ação central que causam a liberação de

serotonina nas terminações nervosas (mecanismo de ação diferente da sibutramina) foram

associados à hipertensão pulmonar.

Distúrbios Psiquiátricos: Casos de psicose, mania, ideação suicida e suicídio foram relatados

em pacientes tomando sibutramina. Se estes eventos ocorrerem, o tratamento com sibutramina

deve ser descontinuado.

Casos de depressão foram relatados em pacientes tomando sibutramina. Se este evento ocorrer

durante o tratamento com sibutramina, a descontinuação deve ser considerada.

Epilepsia: SLENFIG®

deve ser utilizado com cautela por pacientes com epilepsia.

Disfunção Renal: A sibutramina deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência

renal leve a moderada. A sibutramina não deve ser utilizada em pacientes com insuficiência

renal grave, incluindo pacientes com insuficiência renal em estágio avançado e que realizam

diálise (vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Farmacocinética).

Disfunção Hepática: SLENFIG®

deve ser usado com cautela em pacientes com disfunção

hepática leve a moderada. A sibutramina não deve ser usada em pacientes com disfunção

hepática grave.

Distúrbios Hemorrágicos: Em comum com outros agentes que inibem a recaptação de

serotonina (por exemplo, sertralina e fluoxetina), existe um risco potencial no aumento de

hemorragias em pacientes tomando sibutramina.

A sibutramina deve ser usada com cautela em pacientes com predisposição a hemorragias e

aqueles que tomam concomitantemente medicamentos conhecidos por afetar a hemostasia e

função plaquetária.

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Interferência com o Desempenho Motor e Cognitivo: Embora a sibutramina não afete o

desempenho psicomotor e cognitivo em voluntários sadios, qualquer medicamento de ação no

SNC pode prejudicar julgamentos, pensamentos ou habilidade motora.

Outras: Causas orgânicas de obesidade (como por exemplo, hipotireoidismo não tratado)

devem ser excluídas antes da prescrição de SLENFIG®

.

Abuso: Embora os dados clínicos disponíveis não tenham evidenciado abuso com a

sibutramina, os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto a antecedentes de

abuso de drogas e observados quanto a sinais de uso inadequado ou abuso.

Cuidados e advertências para populações especiais

Sexo: Os dados disponíveis até o momento são relativamente limitados e não fornecem

evidências de uma diferença clinicamente relevante na farmacocinética em homens e mulheres.

Pacientes idosos: Embora o perfil farmacocinético observado em indivíduos idosos sadios

(idades entre 61 a 77 anos) não mostre diferenças que possam ser de relevância clínica em

comparação ao observado em indivíduos sadios mais jovens, SLENFIG®

é contraindicado em

pacientes com idade superior a 65 anos (vide item CONTRAINDICAÇÕES).

Insuficiência Renal: Estudou-se a distribuição dos metabólitos de sibutramina M1, M2, M5 e M6

em pacientes com diferentes graus de insuficiência renal. Este procedimento não foi realizado

para a sibutramina.

A área sobre a curva (ASC) dos metabólitos ativos M1 e M2, em geral, não foi afetada pela

presença de disfunção renal. Em pacientes com insuficiência renal avançada que realizam

diálise, a ASC do metabólito M2 era metade da apresentada por pacientes normais (CLcr ≥ 80

ml/min). A ASC dos metabólitos inativos M5 e M6 aumentou 2 a 3 vezes na presença de

disfunção moderada (30 ml/min ≤ CLcr ≤ 60 ml/min), 8 a 11 vezes em pacientes com disfunção

grave (CLcr ≤ 30 ml/min) e 22 a 33 vezes em pacientes com disfunção renal em estágio

avançado e que realizam diálise, quando comparados com indivíduos sadios. Aproximadamente

1% da dose oral é encontrada no dialisado, associado aos metabólitos M5 e M6 durante o

processo de hemodiálise. Os metabólitos M1 e M2 não são encontrados no dialisado.

A sibutramina deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência renal leve a

moderada. A sibutramina não deve ser usada em pacientes com insuficiência renal grave,

incluindo pacientes em estágio avançado e que realizam diálise.

Insuficiência Hepática: Em indivíduos com insuficiência hepática moderada, a

biodisponibilidade dos metabólitos ativos foi 24% mais elevada após dose única de sibutramina.

A sibutramina deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência hepática leve a

moderada. A sibutramina não deve ser usada em pacientes com insuficiência hepática grave.

Uso em Crianças: A sibutramina não deve ser usado em crianças e adolescentes (vide item

CONTRAINDICAÇÕES).

Uso Durante a Gravidez e Lactação

Embora os estudos em animais tenham mostrado que a sibutramina não é teratogênica, a

segurança do seu uso durante a gestação humana não foi estabelecida e, por esta razão, o

emprego de sibutramina durante a gestação não é recomendado. Mulheres com potencial para

engravidar devem empregar medidas de contracepção adequadas durante o tratamento com

sibutramina. As pacientes devem ser advertidas a notificar o médico se engravidarem ou se

pretenderem engravidar durante o tratamento.

Categoria de risco na gravidez: C.

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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou

do cirurgião-dentista.

Período de Amamentação

Não é conhecido se a sibutramina ou seus metabólitos são excretados no leite materno, portanto,

o emprego de SLENFIG®

durante a lactação não é recomendado. A paciente deverá notificar

seu médico se estiver amamentando.

Este medicamento pode causar doping.

Estudo SCOUT:

SCOUT foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, com fase cega inicial

pré-randomização (período introdutório ou de lead in). O estudo foi conduzido após a aprovação

da sibutramina, como um compromisso assumido frente às autoridades regulatórias europeias.

No estudo foram incluídos 10.744 pacientes (dos quais foram randomizados 9.805) com

sobrepeso ou obesos, 55 anos de idade ou mais, com alto risco de eventos cardiovasculares

(sendo a maioria contraindicados a receber o tratamento com sibutramina). No estudo, pacientes

com alto risco cardiovascular foram tratados com sibutramina apesar da perda de peso

inadequada, o que é inconsistente com as instruções de uso.

Os pacientes incluídos no estudo foram agrupados em 1 de 3 grupos de risco cardiovascular

segundo as seguintes definições:

- “Diabetes Mellitus (DM) Apenas" - participantes com histórico de DM Tipo 2 com pelo

menos 1 outro fator de risco (i.e., hipertensão controlada por medicação, dislipidemia, prática

atual do tabagismo, nefropatia diabética com evidência de microalbuminúria), mas sem

histórico de doença de artérias coronarianas, doença cerebrovascular, ou doença vascular

periférica preexistente;

- “CV Apenas” - participantes com um histórico de doença de artérias coronarianas, doença

cerebrovascular, ou doença oclusiva arterial periférica preexistentes, mas sem histórico de

diabetes mellitus tipo 2 com pelo menos um outro fator de risco;

- “CV + DM” - participantes com um histórico preexistente de doença de artérias coronarianas,

doença cerebrovascular, ou doença arterial oclusiva periférica, e histórico de diabetes mellitus

tipo 2 com pelo menos um outro fator de risco.

Nos indivíduos tratados com sibutramina, observou-se aumento de 16% no risco de infarto do

miocárdio não fatal, acidente vascular cerebral não fatal, parada cardíaca ou morte

cardiovascular (561/4906, 11,4%), comparados com indivíduos tratados com placebo

(490/4898, 10,0%) (taxa de risco 1,162 [IC 95% 1,029, 1,311]; p=0,015). Não houve diferença

significativa na incidência de morte CV ou mortalidade por todas as outras causas entre os

grupos de tratamento.

Os resultados de segurança do estudo SCOUT estão disponíveis na seguinte referência

bibliográfica: Data Information Package For: Sibutramine Cardiovascular OUTcomes (SCOUT)

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Substâncias de ação sobre o SNC: o uso de SLENFIG® é contraindicado em pacientes que

usam concomitantemente outras drogas de ação no SNC para redução de peso ou tratamento de

distúrbios psiquiátricos (vide item CONTRAINDICAÇÕES).

Inibidores da monoaminoxidase (IMAOs): o uso concomitante de SLENFIG®

com inibidores

da monoaminoxidase (IMAOs) é contraindicado. Deve haver um intervalo mínimo de 2

semanas após interrupção dos IMAOs antes de iniciar o tratamento com sibutramina (vide item

CONTRAINDICAÇÕES).

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Síndrome serotoninérgica: o uso simultâneo de várias drogas que aumentam os níveis de

serotonina no cérebro, pode originar a síndrome de serotonina. A síndrome de serotonina ocorre

raramente em casos com utilização simultânea de um inibidor seletivo de recaptação de

serotonina (ISRS) com certas drogas indicadas para o tratamento de migrânea, com certos

opioides ou em casos de uso simultâneo de dois ISRS.

Como a sibutramina inibe a recaptação de serotonina, não deve ser usada concomitantemente

com outras drogas que também aumentem os níveis de serotonina no cérebro.

Substâncias que podem aumentar a pressão arterial e/ou a frequência cardíaca: o uso

concomitante de sibutramina e outros agentes que podem aumentar a pressão arterial e/ou a

frequência cardíaca não foi sistematicamente avaliado. Esses agentes incluem determinados

medicamentos descongestionantes, antitussígenos, antigripais e antialérgicos que contêm

substâncias como a efedrina ou pseudoefedrina.

Deve-se ter cautela quando prescrever SLENFIG®

a pacientes que utilizam esses medicamentos.

Substâncias inibidoras do metabolismo do citocromo P450 (3A4): a administração

concomitante de inibidores enzimáticos tais como o cetoconazol, a eritromicina e a cimetidina

podem aumentar as concentrações plasmáticas da sibutramina. Recomenda-se cautela na

administração concomitante da sibutramina com outros inibidores enzimáticos CYP3A4.

Álcool: a administração concomitante de dose única de sibutramina com álcool não resultou em

interações com alterações adicionais do desempenho psicomotor ou funções cognitivas.

Entretanto, o uso concomitante de álcool com SLENFIG®

não é recomendado.

Contraceptivos orais: a sibutramina não afeta a eficácia dos contraceptivos orais.

Alterações laboratoriais: aumentos reversíveis das enzimas hepáticas.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 a 30ºC). Proteger da luz. Desde que respeitados

os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da

data de sua fabricação.

SLENFIG®

10 mg: cápsula gelatinosa dura de cor laranja clara/laranja clara, contendo pó

branco a quase branco.

15 mg: cápsula gelatinosa dura de cor laranja/ laranja, contendo pó branco a quase

branco.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose inicial recomendada é de 1 cápsula de 10 mg por dia, administrada por via oral, pela

manhã, com ou sem alimentação, engolida por inteiro com líquido (um copo de água).

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BU-03

Se o paciente não perder pelo menos 2 kg nas primeiras 4 semanas de tratamento, deve-se

considerar a reavaliação do tratamento, que pode incluir um aumento da dose para 15 mg ou a

descontinuação da sibutramina.

O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que não responderem a terapia de perda de

peso após 4 semanas de tratamento com dose diária de 15 mg (definido como menos que 2 kg).

No caso de titulação da dose, deve-se levar em consideração os índices de variação da

frequência cardíaca e da pressão arterial (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Doses acima de 15 mg ao dia não são recomendadas.

A sibutramina deve ser somente administrada por período de até 2 anos.

O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que não atingirem a perda de peso adequada,

por exemplo, aqueles cuja a perda de peso se estabiliza em menos de 5% do peso inicial ou cuja

a perda de peso após 3 meses do início da terapia for menos que 5% do peso inicial.

O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que readquirirem 3 kg ou mais após a perda

de peso adquirida anteriormente.

Em pacientes com condições de comorbidade associada, é recomendado que o tratamento com

sibutramina somente seja mantido se a indução da perda de peso estiver associada com outros

benefícios clínicos.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações Durante Estudos Clínicos

A maior parte dos efeitos colaterais relatados ocorreu no início do tratamento com sibutramina

(durante as primeiras quatro semanas). Sua gravidade e frequência diminuíram no decorrer do

tempo. Os efeitos, em geral, não foram graves, não levaram a descontinuação do tratamento e

foram reversíveis. Os efeitos colaterais observados nos estudos clínicos de fase II/III conduzidos

com sibutramina são relacionados a seguir (muito comuns ≥ 1/10; comuns ≥ 1/100 e < 1/10):

- Reação muito comum (≥ 1/10): constipação, boca seca e insônia.

- Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10): taquicardia, palpitações, aumento da pressão

arterial/hipertensão, vasodilatação (ondas de calor), náuseas, piora da hemorroida,

delírios/tonturas, parestesia, cefaleia, ansiedade, sudorese e alterações do paladar.

Aumento da Pressão Arterial e Frequência Cardíaca em Estudos Clínicos Pré-

comercialização

Foram observados um aumento médio da pressão arterial sistólica e diastólica de repouso na

variação entre 2 a 3 mmHg e aumento médio na frequência cardíaca de 3 a 7 batimentos por

minuto. Aumento superior da pressão arterial e da frequência cardíaca foi observado em alguns

pacientes.

Aumentos clinicamente relevantes na pressão sanguínea e frequência cardíaca tendem a ocorrer

no início do tratamento (nas primeiras 4 a 12 semanas). A terapia deve ser descontinuada nestes

casos (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Reações Observadas nos Estudos de Fase IV ou na Farmacovigilância Pós-

Comercialização

Os eventos adversos clinicamente relevantes observados nos estudos clínicos e de obesidade

durante o período pós-comercialização são listados abaixo:

- Sistema hematológico e linfático: trombocitopenia.

- Sistema imunológico: foram relatadas reações de hipersensibilidade alérgica variando desde

leves erupções cutâneas e urticária até angioedema e anafilaxia.

- Transtornos psiquiátricos: foram relatados casos de psicose, mania, ideias suicidas e suicídio

em pacientes tratados com sibutramina. Se algum destes eventos ocorrer com o tratamento de

sibutramina, o medicamento deverá ser descontinuado.

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Casos de depressão foram observados em pacientes tratados com sibutramina. Se este evento

ocorrer durante o tratamento com sibutramina, deve-se considerar a descontinuação do

tratamento.

- Sistema nervoso: convulsões e alteração transitória de memória recente.

- Distúrbios oculares: turvação visual.

- Distúrbios cardíacos: fibrilação atrial.

- Sistema gastrintestinal: diarreia e vômitos.

- Pele e tecido subcutâneo: alopecia, erupções cutâneas e urticária.

- Rins/Alterações urinárias: retenção urinária e nefrite intersticial aguda.

- Sistema reprodutor: ejaculação anormal (orgasmo), impotência, distúrbios do ciclo

menstrual, metrorragia.

- Alterações Laboratoriais: aumentos reversíveis das enzimas hepáticas.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.