Bula do Tramal para o Profissional

Bula do Tramal produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Tramal
Laboratorios Pfizer Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO TRAMAL PARA O PROFISSIONAL

TRAMAL®

LABORATÓRIOS PFIZER LTDA

Cápsulas

50 mg

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26/fev/2013

Tramal®

cloridrato de tramadol

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Tramal®

Nome genérico: cloridrato de tramadol

APRESENTAÇÕES:

Tramal® cápsulas de 50 mg em embalagem contendo 10 cápsulas.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO ACIMA DE 16 ANOS DE IDADE

COMPOSIÇÃO

Cada cápsula de Tramal® contém 50 mg de cloridrato de tramadol.

Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio e sílica gel.

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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Tramal® (cloridrato de tramadol) solução injetável é indicado para dor de intensidade moderada a grave, de

caráter agudo, subagudo e crônico.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudos Clínicos

O tramadol foi administrado em dose única e oral de 50, 75 e 100 mg a pacientes com dores geradas após

procedimentos cirúrgicos e cirurgias bucais (extração de molares impactados).

Em um modelo de dose única em dor após cirurgia bucal, em muitos pacientes o alívio da dor foi alcançado com

doses de 50 e 75 mg de tramadol. A dose de 100 mg de tramadol tende a promover analgesia superior à de 60 mg

de sulfato de codeína, mas não foi tão efetiva como a combinação de 650 mg de ácido acetilsalicílico com 60 mg

de fosfato de codeína.

O tramadol foi estudado em três estudos clínicos controlados, em longo prazo, envolvendo um total de 820

pacientes, onde 530 deles receberam tramadol. Pacientes com uma variedade de condições de dor crônica foram

estudados em um estudo clínico duplo-cego com duração de um a três meses. Doses diárias médias de

aproximadamente 250 mg de tramadol em doses divididas, foram geralmente comparáveis a cinco doses diárias

de 300 mg de paracetamol com 30 mg de fosfato de codeína, a cinco doses diárias de 325 mg de ácido

acetilsalicílico com 30 mg de fosfato de codeína ou a duas ou três doses diárias de 500 mg de paracetamol com 5

mg de cloridrato de oxicodona.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

O tramadol é um analgésico opioide de ação central. É um agonista puro não seletivo dos receptores opioides µ

(mi), δ (delta) e κ (kappa), com uma afinidade maior pelo receptor µ (mi). Outros mecanismos que contribuem

para o efeito analgésico de tramadol são a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina e o aumento da

liberação de serotonina.

O tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste com a morfina, de uma maneira geral, doses analgésicas

de tramadol não apresentam efeito depressor sobre sistema respiratório. A motilidade gastrintestinal também não

é afetada. Os efeitos no sistema cardiovascular tendem a ser leves. Foi relatado que a potência de tramadol é 1/10

a 1/6 da potência da morfina.

Propriedades Farmacocinéticas

Após administração intramuscular em humanos, tramadol é rápida e completamente absorvido: o pico médio de

concentração sérica (Cmáx) é atingido após 45 minutos, e a biodisponibilidade é quase 100%. Mais de 90% de

tramadol é absorvido após administração oral em humanos (Tramal® cápsulas). A meia-vida de absorção é de

0,38 ± 0,18 h.

Uma comparação das áreas sob as curvas das concentrações séricas de tramadol (AUC) após administração oral

e I.V. mostra uma biodisponibilidade de 68 ± 13% para Tramal® cápsulas. Comparado com outros analgésicos

opioides a biodisponibilidade absoluta de Tramal® cápsulas é extremamente alta.

Os picos de concentrações séricas são alcançados 2h após administração de Tramal® cápsulas. Após

administração de Tramal® Retard, o pico de concentração plasmática Cmáx é de 141 ± 40 ng/mL após 4,9 horas.

A farmacocinética de Tramal® comprimidos e solução oral não são significativamente diferentes de Tramal®

cápsulas em relação à extensão da biodisponibilidade medida pela AUC. Houve uma diferença de 10% na Cmáx

entre Tramal® cápsulas e Tramal® comprimidos. O tempo para alcançar a Cmáx foi de 1 hora para Tramal®

solução oral, 1,5 horas para Tramal® comprimidos e 2,2 horas para Tramal® cápsulas refletindo a rápida

absorção das formas líquidas orais.

O tramadol apresenta uma alta afinidade tecidual (Vd,β(beta) = 203 ± 40 L) e cerca de 20% liga-se às proteínas

plasmáticas.

O tramadol atravessa as barreiras placentária e hematoencefálica. Pequenas quantidades de tramadol e do

derivado O-desmetil são encontradas no leite materno (0,1% e 0,02% da dose aplicada, respectivamente).

A inibição das isoenzimas CYP3A4 e/ou CYP2D6 envolvidos na biotransformação de tramadol pode afetar a

concentração plasmática de tramadol ou seus metabólitos ativos. Até o momento, não foram observadas

interações clinicamente relevantes.

O tramadol e seus metabólitos são quase completamente excretados via renal. A excreção urinária cumulativa é

90% da radioatividade total da dose administrada. A meia-vida de eliminação (t1/2,β) é de aproximadamente 6

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horas, independentemente da via de administração. Em pacientes acima de 75 anos de idade, a meia-vida de

eliminação pode ser prolongada por um fator de aproximadamente 1,4. Em pacientes com cirrose hepática, as

meias-vidas de eliminação são de 13,3 ± 4,9 h (tramadol) e 18,5 ± 4,9 h (O-desmetiltramadol); em um caso

extremo, determinou-se 22,3 h e 36 h, respectivamente. Em pacientes com insuficiência renal (clearance de

creatinina < 5 mL/minuto), os valores foram 11 ± 3,2 h e 16,9 ± 3 h; em um caso extremo 19,5 h e 43,2 h,

respectivamente.

Em humanos, o tramadol é metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e conjugação dos produtos da

O-desmetilação com ácido glicurônico. Somente o O-desmetiltramadol é farmacologicamente ativo. Há

diferenças quantitativas interindividuais consideráveis entre os outros metabólitos. Até o momento, onze

metabólitos foram detectados na urina. Experimentos em animais demonstraram que O-desmetiltramadol é 2-4

vezes mais potente do que o fármaco inalterado. A meia-vida t1/2,β (6 voluntários sadios) é de 7,9 h (5,4 – 9,6

h), bastante similar à meia-vida de tramadol.

O tramadol tem um perfil farmacocinético linear dentro da faixa de dose terapêutica.

A relação entre concentrações séricas e o efeito analgésico é dose-dependente, mas varia consideravelmente em

casos isolados. Uma concentração sérica de 100-300 ng/mL é usualmente eficaz.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Após a administração repetida oral e parenteral de tramadol por 6-26 semanas em ratos e cães, e após

administração oral por 12 meses em cães, testes hematológicos, clínico-químicos e histológicos não

demonstraram evidências de alterações relacionadas à substância. Somente ocorreram manifestações no sistema

nervoso central após doses altas, consideravelmente acima da dose terapêutica (agitação, salivação, convulsão e

redução do ganho de peso). Ratos e cães toleraram doses orais de 20 mg/kg e 10 mg/kg de peso corpóreo,

respectivamente, e cães toleraram doses retais de 20 mg/kg de peso corpóreo, sem qualquer reação.

Em ratos, doses de no mínimo 50 mg/kg/dia de tramadol causaram toxicidade materna e aumento da mortalidade

neonatal. Os problemas com a prole foram distúrbios de ossificação e retardo na abertura vaginal e dos olhos. A

fertilidade masculina não foi afetada. Após doses elevadas (mínimo de 50 mg/kg/dia), as fêmeas sofreram

redução na ocorrência de gravidez. Em coelhos, foi relatada toxicidade materna em doses superiores a 125

mg/kg e anomalias esqueléticas na prole.

Em alguns testes in vitro, houve evidência de efeitos mutagênicos. Estudos in vivo não demonstraram tais

efeitos. Até o momento, tramadol pode ser classificado como não mutagênico.

Foram realizados estudos quanto ao potencial tumorigênico do cloridrato de tramadol em ratos e camundongos.

O estudo em ratos, não demonstrou evidência de aumento na incidência de tumores devido a essa substância. No

estudo em camundongos, houve uma incidência aumentada de adenomas de células hepáticas em animais

machos (aumento dose-dependente, não significativo a partir de 15 mg/kg) e um aumento nos tumores

pulmonares em fêmeas de todos os grupos de doses (significativo, mas não dose-dependente).

4. CONTRAINDICAÇÕES

Tramal® é contraindicado:

- a pacientes que apresentam hipersensibilidade a tramadol ou a qualquer componente da fórmula;

- nas intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos, opioides e outros psicotrópicos;

- a pacientes em tratamento com inibidores da MAO, ou pacientes que foram tratados com esses fármacos nos

últimos 14 dias (vide item 6. Interações Medicamentosas);

- a pacientes com epilepsia não controlada adequadamente com tratamento;

- para tratamento de abstinência de narcóticos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Tramal® deve ser usado com cautela nas seguintes condições: dependência aos opioides; ferimentos na cabeça;

choque, distúrbio do nível de consciência de origem não estabelecida, pacientes com distúrbios da função

respiratória ou do centro respiratório; pressão intracraniana aumentada.

Tramal® deve somente ser usado com cautela nos pacientes sensíveis aos opioides.

Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas doses recomendadas. O risco pode aumentar

quando as doses de Tramal® excederem a dose diária máxima recomendada (400 mg). Tramal® pode elevar o

risco de convulsões em pacientes tomando concomitantemente outras medicações que reduzam o limiar para

crises convulsivas (vide item 6. Interações Medicamentosas). Pacientes com epilepsia, ou aqueles susceptíveis a

convulsões, somente deveriam ser tratados com tramadol sob circunstâncias inevitáveis.

Tramal® apresenta um baixo potencial de dependência. No uso em longo prazo, pode-se desenvolver tolerância

e dependência física e psíquica. Pacientes com tendência à dependência ou ao abuso de medicamentos, só devem

utilizar Tramal® por períodos curtos e sob supervisão médica rigorosa.

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Tramal® não é indicado como substituto em pacientes dependentes de opioides. Embora o tramadol seja um

agonista opioide, tramadol não pode suprimir os sintomas da síndrome de abstinência da morfina.

Efeitos na Habilidade de Dirigir Veículos e Operar Máquinas

Mesmo quando administrado de acordo com as instruções da bula, Tramal® pode causar efeitos tais como

sonolência e tontura e, portanto, pode prejudicar as reações do paciente ao dirigir veículos ou operar máquinas.

Esse fato diz respeito particularmente ao uso concomitante de bebidas alcoólicas ou substâncias psicotrópicas.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e

atenção podem estar prejudicadas.

Uso durante a Gravidez

Estudos em animais revelaram que o tramadol, em doses muito altas, afeta o desenvolvimento dos órgãos,

ossificação e a taxa de mortalidade neonatal. O tramadol atravessa a barreira placentária. Como não estão

disponíveis evidências adequadas na segurança de tramadol em mulheres grávidas, Tramal® não deve ser

utilizado durante a gravidez.

O tramadol administrado antes ou durante o trabalho de parto, não afeta a contratilidade uterina. Em neonatos,

pode induzir alterações na taxa respiratória, normalmente de importância clínica não relevante. O uso crônico

durante a gravidez pode levar a sintomas de abstinência neonatal.

Tramal® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este medicamento

não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Uso durante a Lactação

Durante a lactação deve-se considerar que cerca de 0,1% da dose de tramadol é secretada no leite materno.

Tramal® não deve ser administrado a lactantes. Geralmente, não há necessidade de interromper a amamentação

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Tramal® não deve ser combinado com inibidores da MAO (vide item 4. Contraindicações).

Foram observadas interações medicamentosas sérias com inibidores da MAO, com risco de vida com

repercussão sobre o sistema nervoso central, função respiratória e cardiovascular quando houve pré-medicação

de inibidores da MAO nos últimos 14 dias antes do uso do opioide petidina. As mesmas interações não podem

ser descartadas durante o tratamento com Tramal®.

A administração concomitante de Tramal® com outros fármacos depressores do sistema nervoso central (SNC),

incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC (vide item 9. Reações Adversas).

Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o momento que a administração prévia ou

concomitante de cimetidina (inibidor enzimático) não é comum ocorrer interações clinicamente relevantes.

Administração prévia ou simultânea de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e a

duração da ação.

Tramal pode induzir convulsões e aumentar o potencial de inibidores seletivos da recaptação de serotonina,

inibidores da receptação de serotonina e norepinefrina, antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos e outros

fármacos que diminuem o limiar para crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina, tetraidrocanabinol).

O uso terapêutico concomitante de tramadol e drogas serotoninérgicas, tais como inibidores seletivos da

recaptação da serotonina, inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina, inibidores da MAO,

antidepressivos tricíclicos e mirtazapina podem causar toxicidade de serotonina. A síndrome da serotonina é

possível quando um dos seguintes é observado:

- clônus espontâneo

- clônus induzível ou ocular com agitação ou diaforese

- tremor e hiperreflexia

- hipertonia e temperatura corporal > 38°C e clônus induzível ou ocular.

Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora rápida. O tratamento

depende da natureza e gravidade dos sintomas.

O tratamento com Tramal® concomitante com derivados cumarínicos (varfarina) deve ser cuidadosamente

monitorado, devido a relatos de aumento no tempo de protrombina (INR) com risco de sangramento e de

equimoses em alguns pacientes.

Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e a eritromicina, podem inibir o metabolismo

do tramadol (N-demetilação) e do metabólito ativo O-demetilado. A importância clínica de tal interação não é

conhecida (vide item 9. Reações Adversas).

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Em um número limitado de estudos pré- ou pós-operatório de um antiemético agonista 5-HT3 ondansetron

aumentou a exigência de tramadol em pacientes com dor pós-operatória.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Tramal® solução injetável deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e

pode ser utilizado por 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas: líquido transparente, inodoro, incolor e livre de partículas.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Para se obter efeito ótimo, a posologia deve ser individualizada, ajustando-a a intensidade da dor e sensibilidade

individual do paciente.

O esquema posológico recomendado serve como regra geral. A princípio, deve ser selecionada a menor dose

analgésica eficaz. O tratamento da dor crônica exige um esquema fixo de dosagem.

As doses usuais diárias recomendadas a seguir preenchem as necessidades da maioria dos pacientes, embora

existam casos que necessitam de doses mais elevadas.

Adultos e jovens com mais de 16 anos de idade:

Forma Farmacêutica Dose única Dose diária Modo de uso

Tramal® 50 mg solução

injetável

1 a 2 ampolas IV

1 a 2 ampolas IM

até 8 ampolas

Por via intravenosa: por

injeção lenta (1 mL/min), ou

em solução por gotejamento

Tramal® 100 mg solução

1 ampola IV

1 ampola IM

até 4 ampolas

Se o alívio da dor for insuficiente, a dose pode ser aumentada até 150 mg ou 200 mg 2 vezes/dia de Tramal®.

Tramal® pode ser administrado com ou sem alimentos.

Se após administração de dose única de 50 mg de tramadol (1 ampola de 50 mg) o alívio da dor não for

alcançado dentro de 30-60 minutos, uma segunda dose única de 50 mg pode ser administrada.

Em caso de dor grave, se a necessidade for maior, uma dose maior de Tramal® (100 mg de tramadol) pode ser

considerada para dose inicial, a critério médico.

Dependendo da intensidade da dor, o efeito dura 4 – 8 horas. Normalmente não se devem exceder doses de 400

mg/dia (8 ampolas de 50 mg ou 4 ampolas de 100 mg).

Entretanto, no tratamento da dor grave proveniente de tumor e na dor pós-operatória grave, podem ser

necessárias doses mais elevadas, sempre a critério médico.

Para o tratamento da dor aguda pós-operatória doses ainda maiores podem ser necessárias para a analgesia

pretendida no período imediatamente pós-operatório. Geralmente, as necessidades após 24 horas não são maiores

que a administração normal.

Após a abertura da ampola de Tramal® 50 ou Tramal® 100 solução injetável, qualquer solução não utilizada

deve ser devidamente descartada.

Cálculo do volume de injeção

1) Calcular a dose total de cloridrato de tramadol (mg) requerida: peso corporal (kg) x dose (mg/kg)

2) Calcular o volume (ml) da solução diluída a ser injetada: dividir a dose total (mg) por uma concentração

apropriada da solução diluída (mg/ml; ver tabela abaixo).

Tabela: Diluição de Tramal® solução para injeção

Tramal 50 mg solução para

injeção + diluente adicionado

Tramal 100 mg solução para

injeção + diluente

adicionado

Concentração da solução diluída

para injeção (mg de cloridrato de

tramadol/ml)

1 ml + 1 ml 2 ml + 2 ml 25,0 mg/ml

1 ml + 2 ml 2 ml + 4 ml 16,7 mg/ml

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1 ml + 3 ml 2 ml + 6 ml 12,5 mg/ml

1 ml + 4 ml 2 ml + 8 ml 10,0 mg/ml

1 ml + 5 ml 2 ml + 10 ml 8,3 mg/ml

1 ml + 6 ml 2 ml + 12 ml 7,1 mg/ml

1 ml + 7 ml 2 ml + 14 ml 6,3 mg/ml

1 ml + 8 ml 2 ml + 16 ml 5,6 mg/ml

1 ml + 9 ml 2 ml + 18 ml 5,0 mg/ml

De acordo com os seus cálculos, diluir os conteúdos da ampola de Tramal® adicionando um diluente adequado,

misturar e administrar o volume calculado da solução diluída. Descartar o excesso de solução para injeção.

Incompatibilidades

Tramal® solução injetável demonstrou ser incompatível (imiscível) com soluções injetáveis de diclofenaco,

indometacina, fenilbutazona, diazepam, flunitrazepam, midazolam e trinitrato de glicerol.

Uso em Pacientes com Insuficiência Renal e/ou Hepática

A eliminação de tramadol é retardada em pacientes com insuficiência renal e/ou hepática. Nesses pacientes, o

prolongamento dos intervalos entre as doses deve ser considerado de acordo com a necessidade do paciente.

Uso em Idosos

Não é necessário ajuste de dose em pacientes idosos (até 75 anos) sem manifestação clínica hepática ou

insuficiência renal. Em pacientes idosos (acima de 75 anos) a eliminação pode ser prolongada. Portanto, se

necessário, o intervalo da dose deve ser aumentado de acordo com as necessidades do paciente.

Duração do Tratamento

O tratamento com Tramal® deve ser efetuado apenas pelo período de tempo necessário. Se for necessário

tratamento prolongado da dor devido à natureza e gravidade da doença, deve-se estabelecer sua duração e

dosagem, exercendo monitoramento regular e cuidadoso, e fazer algumas interrupções (pausas) na administração

do fármaco se necessário.

Dose Omitida

Caso o paciente esqueça-se de utilizar Tramal® no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.

Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e

utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O

esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas mais comumente relatadas são náusea e tontura, ambas ocorrendo em mais que 10% dos

pacientes.

As frequências são definidas a seguir:

Muito comum: ≥1/10

Comum: ≥1/100, <1/10

Incomum: ≥1/1000, <1/100

Raro: ≥1/10.000, <1/1000

Muito raro: <1/10.000

Não conhecido: não pode ser estimado dos dados disponíveis

Transtornos cardíacos

Incomum: regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia). Estas reações adversas podem ocorrer

especialmente no caso de administração intravenosa e em pacientes que estão fisicamente estressados.

Rara: bradicardia.

Investigações

Rara: aumento na pressão sanguínea

Transtornos vasculares

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Incomum: regulação cardiovascular (hipotensão postural ou colapso cardiovascular). Estas reações adversas

podem ocorrer especialmente no caso de administração intravenosa e em pacientes que estão fisicamente

estressados.

Transtornos de metabolismo e nutrição:

Rara: alterações no apetite.

Transtornos respiratórios, torácicos e do mediastino

Rara: depressão respiratória, dispneia.

Se as doses recomendadas forem excedidas consideravelmente e outras substâncias depressoras centrais forem

administradas concomitantemente, depressão respiratória pode ocorrer.

Foi relatada piora de asma, embora não tenha sido estabelecida uma relação causal.

Transtornos do sistema nervoso

Muito comum: tontura.

Comum: dor de cabeça, sonolência.

Rara: transtornos da fala, parestesia, tremor, convulsão epileptiforme, contrações musculares involuntárias,

coordenação anormal, síncope.

Convulsão ocorreu principalmente após a administração de altas doses de tramadol ou após o tratamento

concomitante com fármacos que podem diminuir o limiar para crise convulsiva.

Transtornos psiquiátricos

Rara: alucinação, confusão, distúrbios do sono, delírios, ansiedade e pesadelos.

As reações adversas psíquicas podem ocorrer após administração de tramadol que varia individualmente em

intensidade e natureza (dependendo da personalidade do paciente e duração do tratamento). Esses efeitos

incluem alteração no humor (geralmente euforia, ocasionalmente disforia), alterações em atividade (geralmente

supressão, ocasionalmente elevação) e alterações na capacidade cognitiva e sensorial (por ex.: comportamento de

decisão, problemas de percepção). Pode ocorrer dependência da droga.

Os sintomas das reações de abstinência, similares àquelas ocorrendo durante a retirada de opiáceos, podem

ocorrer como segue: agitação, ansiedade, nervosismo, insônia, hipercinesia, tremor e sintomas gastrointestinais.

Outros sintomas que foram vistos muito raramente com a descontinuação de tramadol incluem: ataques de

pânico, ansiedade grave, alucinações, parestesia, zumbido e sintomas não usuais do SNC (como confusão,

ilusões, despersonalização, desrealização, paranoia).

Transtornos do olho

Rara: miose, midríase, visão turva.

Transtornos gastrintestinais

Muito comum: náusea.

Comum: constipação, boca seca, vômito.

Incomum: ânsia de vômito, desconforto gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago, distensão

abdominal), diarreia.

Transtornos da pele e tecidos subcutâneos

Comum: hiperidrose.

Incomum: reações dérmicas (por ex.: prurido, rash, urticária).

Transtornos músculo-esqueléticos e tecidos conectivos

Rara: fraqueza motora.

Transtornos hepatobiliares

Em poucos casos isolados foi relatado aumento nos valores das enzimas hepáticas em associação temporal com

uso terapêutico de tramadol.

Transtornos do trato urinário e renal

Rara: distúrbios de micção (disúria e retenção urinária).

Transtornos do sistema imune

Rara: reações alérgicas (como dispneia, broncoespasmo, tosse, edema angioneurótico) e anafilaxia.

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Transtornos gerais e condições do local de administração

Comum: fadiga

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas

Em princípio, no caso de intoxicação com tramadol, são esperados sintomas similares aos outros analgésicos de

ação central (opioides). Estes incluem em particular miose, vômito, colapso cardiovascular, distúrbios de

consciência podendo levar ao coma, convulsões e depressão respiratória até parada respiratória.

Tratamento

Aplicar medidas de emergência gerais. Manter a via respiratória pérvia (aspiração), manutenção da respiração e

circulação dependendo dos sintomas. O antídoto no caso de depressão respiratória é a naloxona. Em

experimentos animais a naloxona não apresentou efeito no caso de convulsões. Em tais casos, deve-se

administrar diazepam intravenosamente.

Em caso de intoxicação com formulações orais, é recomendada descontaminação gastrintestinal com carvão

ativado ou por lavagem gástrica dentro de 2 horas após a ingestão de tramadol. Descontaminação gastrintestinal

tardia pode ser útil no caso de intoxicação com grandes quantidades ou com formulações de liberação

prolongada.

O tramadol é pouco eliminado do soro por hemodiálise ou hemofiltração. Portanto, o tratamento de intoxicação

aguda com Tramal® apenas com hemodiálise ou hemofiltração não é apropriado.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

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III - DIZERES LEGAIS

MS – 1.0216.0160

Farmacêutico Responsável: José Cláudio Bumerad – CRF-SP n° 43746

Fabricado por: Grünenthal GmbH, Stolberg – Alemanha

Embalado por: (embalagem secundária) Grünenthal GmbH, Aachen – Alemanha

Registrado, Importado e Distribuído por:

LABORATÓRIOS PFIZER LTDA.

Av. Presidente Tancredo de Almeida Neves, 1555

CEP 07112-070 – Guarulhos – SP

CNPJ n° 46.070.868/0001-69

Marca e produto sob licença de Grünenthal GmbH

Fale Pfizer 0800-7701575

www.pfizer.com.br

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.