Bula do Tranquinal Slg produzido pelo laboratorio Laboratórios Bagó do Brasil S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
TRANQUINAL®
SLG
Laboratórios Bagó do Brasil S.A.
Comprimido Sublingual
Alprazolam 0,5 mg
alprazolam
APRESENTAÇÕES
SLG - Comprimido sublingual de 0,5 mg - Embalagens contendo 15 e 30 comprimidos.
USO SUBLINGUAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de TRANQUINAL®
SLG contém:
Alprazolam............................................................................................................0,50 mg.
(Excipientes: carmelose, essência de pomelo, debitter, aspartamo, lactose, povidona, estearilfumarato de
sódio e celulose microcristalina).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento de ataques de pânico com ou sem agorafobia. A presença de um
transtorno de pânico é freqüente no curso de episódios atuais ou anteriores de agorafobia. Entre as
características associadas, acham-se frequentemente sintomas depressivos ou obsessivos, assim como fobias
sociais. As condutas de evitação comumente são proeminentes na sintomatologia e certos agorafóbicos
manifestam pouca ansiedade dado que chegam a evitar as situações geradoras de fobia.
Em um ensaio clínico realizado no ano de 2003 (aprovado pelo Comitê de Docência e Investigação, Comitê
de Ética e ANMAT) se comparou a eficácia e tolerabilidade a curto prazo do alprazolam versus placebo,
administrados em comprimidos sublinguais de 0,5 mg, como favorecedor do sono a curto prazo e insônia
primária ou associado a estados de ansiedade. Foi um ensaio comparativo, multicentrico, cruzado com
concessão aleatória, controle com placebo e duplo cego. Os pacientes efetuaram tratamento com alprazolam
sublingual (ALP-SL) durante 8 dias ou com placebo, intermediando 4 dias de lavado entre ambos. A ordem
dos tratamentos foi aleatória. Foi avaliada eficácia com: Impressão Geral do Paciente (PGI), Escala Visual
Análoga (EVA) e Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI).
Foram avaliados 61 pacientes com idade entre 13 e 48anos, sendo 17 homens e 44 mulheres.
Segundo PGI houve uma melhora de 91,9% com ALP-SL e 36,1% com placebo (p < 0,01).
EVA (Basal: 2,72 ± 1,44 – ALP-SL: 7,82 ± 2,0 – Placebo: 3,86 ± 2,09) p < 0,01.
PSQI Basal: 13,80 ± 3,02 – ALP-SL: 4,26 ± 2,84 – Placebo: 11,41 ± 4,37) p < 0,01.
Não houve diferença estatisticamente significativa entre ambos os tratamentos com relação a tolerabilidade.
Como favorecedor do sono ou ansiolítico a curto prazo o alprazolam administrado em comprimidos
sublinguais demonstrou ser mais eficaz que o placebo com diferenças estatisticamente significativas.
Em um outro estudo realizado em 2001, foram avaliados 248 pacientes com transtornos de ansiedade, dos
quais 65,3% eram do sexo feminino e 34,7% do sexo masculino. Destes 248 pacientes, 78 ingressaram com o
diagnóstico de transtorno do pânico com e sem agorafobia. A idade média foi de 37 anos.
A quantidade utilizada de comprimidos sublinguais contendo 0,5 mg de alprazolam foi de 2,93 ± 0,14 (1,5
mg ± 0,05) por dia por paciente. O tratamento completo foi realizado durante 30 dias.
Foi avaliada a eficácia com: Impressão Clínica Global (CGI), Impressão Geral do Paciente (PGI) e Evolução
da escala de Hamilton para ansiedade.
A conclusão do estudo foi que o alprazolam administrado por via sublingual mostrou ser eficaz no controle a
curto prazo dos sintomas de ansiedade. A evolução global de tolerabilidade evidenciou que se trata de uma
nova forma farmacêutica segura.
Em um outro estudo realizado em 2001 com 12 voluntários sadios, foi administrado 1 mg de alprazolam ou
placebo em três ocasiões: (a) alprazolam por via oral e placebo por via sublingual; (b) placebo por via oral e
alprazolam por via sublingual; (c) placebo por ambas as vias.
Como conclusão, as medidas da farmacodinâmica demonstraram que alprazolam sublingual e oral produzem
sedação, fadiga e redução da velocidade do tempo de reação. Estas modificações foram inicialmente
observadas em 30 minutos após a dosagem e duraram até 8 horas.
Em geral as duas vias (sublingual e oral) foram significativamente diferentes do placebo, mas não entre
ambas.
A eficácia de alprazolam, para uso prolongado excedendo há seis meses não foi estabelecida por ensaios
clínicos sistemáticos. O médico deve periodicamente reavaliar a utilidade do medicamento para o paciente
individual.
Propriedades farmacodinâmicas
Os agentes da classe 1,4-benzodiazepinas exercem, presumivelmente, seus efeitos se unindo a receptores
estereoespecíficos em locais distintos no SNC. O mecanismo exato de ação ainda é desconhecido. Todos os
benzodiazepínicos provocam clinicamente diversos graus de inibição dose-dependente das atividades do
SNC, variando de uma leve diminuição da performance até a hipnose.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração oral, o alprazolam é facilmente absorvido e as concentrações plasmáticas de pico são
obtidas em 1 a 2 horas. Os níveis plasmáticos são proporcionais à dose administrada; com doses de 0,5 a 3
mg, obtiveram-se picos de 8 a 37 mg/ ml. Quando administrada por via sublingual, uma dose de 0,5 mg de
alprazolam atinge níveis plasmáticos mais precoces que por via oral. Os metabólitos predominantes são o α-
hidroxi-alprazolam e uma benzofenona derivada do alprazolam. A atividade biológica do α-hidroxi-
alprazolam é, aproximadamente, a metade do Alprazolam. O metabólito benzofenona é, essencialmente,
inativo. Os níveis plasmáticos destes metabólitos são extremamente baixos; contudo, suas vidas médias
parecem ser da mesma magnitude que a do alprazolam. O alprazolam e seus metabólitos são eliminados,
predominantemente, na urina. Ainda não foi determinada a capacidade do alprazolam para induzir os
sistemas enzimáticos hepáticos humanos. Entretanto, isto não é uma propriedade dos benzodiazepínicos em
geral. Além disso, o alprazolam não afetou os níveis plasmáticos de varfarina ou protrombina em voluntários
do sexo masculino, aos quais foi administrado varfarina sódica por via oral. In vitro, o alprazolam se une em
80% às proteínas plasmáticas, principalmente às albuminas. O álcool, a insuficiência hepática e a
insuficiência renal modificam a farmacocinética do alprazolam. Foram também registradas mudanças em
pacientes idosos, obesos, alcoólicos, com insuficiência hepática e renal, nas mulheres sadias tratadas com
contraceptivos orais e naqueles tratados com cimetidina, nos quais se registrou um aumento da vida média do
alprazolam. Foi observada uma vida média de 16,3 horas em idosos sadios (9 -26,9 horas, n = 16). Em
pacientes com distúrbios hepáticos por alcoolismo, a vida média do alprazolam oscilou entre 5,8 e 65,3 horas
(média: 19,7 horas, n = 17). Em um grupo de indivíduos obesos, a vida média do medicamento oscilou entre
9,9 e 40,4 horas (média = 21,8 horas, n = 12).
Da mesma forma que com outros benzodiazepínicos, o alprazolam atravessa a barreira placentária, sendo
excretado no leite materno.
O produto é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade ao alprazolam ou outros
benzodiazepínicos. TRANQUINAL®
SLG pode ser utilizado em pacientes com glaucoma de ângulo aberto
que recebem tratamento adequado, porém está contraindicado no glaucoma de ângulo fechado, na miastenia
gravis, em pacientes com insuficiência respiratória descompensada e síndrome de apneia do sono. É
contraindicada a administração conjunta de TRANQUINAL®
SLG com cetoconazol ou itraconazol, visto que
estes fármacos afetam significativamente o metabolismo mediado pelo citocromo P450 3A (CYP 3A).
Da mesma forma que com outros benzodiazepínicos, o alprazolam atravessa a barreira placentária, sendo
excretado no leite materno, portanto TRANQUINAL®
SLG é contraindicado na gravidez e lactação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
TRANQUINAL®
SLG é um medicamento classificado na categoria de risco D na gravidez.
Precauções gerais: se TRANQUINAL®
SLG for administrado com outros psicotrópicos ou
anticonvulsivantes, deverá ser considerada cuidadosamente a farmacologia dos agentes a serem utilizados,
particularmente com aqueles compostos que possam potencializar a ação dos benzodiazepínicos. Como
ocorre com outros medicamentos psicotrópicos, as precauções comuns com relação à administração do
medicamento e a magnitude da prescrição serão indicadas para pacientes extremamente deprimidos ou
naqueles com planos ou idéias suicidas. Recomenda-se que a dose seja limitada à mínima efetiva para evitar
o desenvolvimento de ataxia ou sedação que pode constituir problema significativo em pacientes idosos ou
debilitados. Devem ser tomadas as precauções habituais em pacientes com dano severo da função renal,
hepática ou pulmonar. O índice de depuração do alprazolam é diminuído nos pacientes com doença hepática
alcoólica e nos obesos. Foram relatados episódios de hipomania e mania associada à administração de
alprazolam em pacientes com depressão. O alprazolam tem um fraco efeito uricosúrico. Apesar de existirem
relatos que outros fármacos com efeitos uricosúricos fracos possam provocar insuficiência renal aguda, não
foram observados casos atribuíveis ao tratamento com TRANQUINAL®
SLG. A administração de
benzodiazepínicos agrava os sintomas da miastenia. Recomenda-se sua administração excepcionalmente e
sob estrita vigilância.
Não foram estabelecidas a segurança e eficácia em crianças e nem em menores de 18 anos.
Carcinogênese, mutagênese e alteração da fertilidade: não foi observada evidência de potencial
carcinogênico em ratos durante um estudo de 24 meses com alprazolam em doses 375 vezes superiores à
dose humana. O alprazolam não produziu deterioração da fertilidade em ratos com doses de até 62,5 vezes a
dose humana. O alprazolam não se mostrou mutagênico no teste de micronúcleo em ratos, em doses de até
1.200 vezes a dose humana.
Gravidez e lactação: os benzodiazepínicos podem causar dano potencial ao feto; assim, deve-se advertir à
paciente deste possível risco. As pacientes devem ser informadas de que, em caso de gravidez ou de intenção
de engravidar durante o tratamento, o médico deve ser comunicado para suspender o tratamento.
Efeitos teratogênicos: evidência positiva de risco - estudos em humanos, informação investigativa ou pós-
marketing demonstraram risco fetal. Ainda assim, os benefícios potenciais do uso do medicamento podem
superar o risco potencial. Por exemplo, o uso do medicamento pode ser aceitável em uma situação com risco
de vida ou em uma doença grave, para as quais não possam ser usados ou que sejam ineficazes
medicamentos mais seguros.
Efeitos não teratogênicos: deve ser considerado que um recém-nascido de mãe recebendo benzodiazepínicos
pode ter risco de apresentar sintomas de supressão do medicamento durante o período pós-natal. Também
foram relatados problemas respiratórios em crianças nascidas de mães que receberam benzodiazepínicos. Os
benzodiazepínicos são excretados no leite materno. Foi relatado que a administração crônica de diazepam
(benzodiazepínico) em mães em período de lactação provoca apatia e perda de peso do bebê. Via de regra,
mulheres amamentando não devem ser tratadas com TRANQUINAL®
SLG. Não foi estabelecida a utilidade
de TRANQUINAL®
SLG no trabalho de parto ou no parto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
TRANQUINAL®
SLG é um medicamento classificado na categoria de risco D na gravidez.
Dependência e reações decorrentes da interrupção do medicamento: existe certo risco de dependência
após a administração, a curto prazo, da dose recomendada para o tratamento da ansiedade transitória e dos
distúrbios de ansiedade (por exemplo, 0,75 a 4 mg por dia). Certos eventos adversos, alguns dos quais
podendo ocasionar risco a vida, são uma conseqüência direta da dependência física ao alprazolam. Tais
eventos incluem um espectro de sintomas de suspensão do medicamento; sendo o mais importante à crise
convulsiva. O risco de dependência ao alprazolam, incluindo o complexo de sintomas de abstinência, é mais
severo em pacientes tratados com doses altas (mais de 4 mg diários) e por períodos prolongados (8 a 12
semanas) do que após tratamentos de curta duração.
Importância da dose e os riscos no tratamento dos ataques de pânico: uma vez que o tratamento de
ataques de pânico geralmente requer o uso de uma dose diária média superior a 4 mg, o risco de dependência
nestes pacientes pode ser maior do que naqueles tratados para ansiedade menos grave. O ataque de pânico foi
relacionado com as síndromes depressivas maiores primária e secundária e com uma proporção crescente de
suicídios entre pacientes não tratados. Quando se tratar de pacientes deprimidos ou quando existir motivo
para suspeita de idéias ou planos suicidas encobertos, deverão ser tomadas as mesmas precauções inerentes
ao uso de qualquer outro agente psicotrópico.
Estado epiléptico e seu tratamento: foram observadas crises convulsivas associadas com a interrupção do
alprazolam. Na maioria dos casos relatou-se uma crise única; contudo, também foram observadas crises
múltiplas e estado epiléptico. Em geral, o tratamento do estado epiléptico de qualquer etiologia envolve a
administração de benzodiazepínicos, geralmente por via endovenosa, mais fenitoína ou barbitúricos,
manutenção das vias aéreas livres e uma hidratação adequada.
Sintomas entre administrações: nos pacientes com ataques de pânico que recebem doses de manutenção
pode surgir ansiedade entre as administrações e ansiedade matutina, circunstância que indica o
desenvolvimento de tolerância ou a existência de um intervalo prolongado entre as tomadas. Em ambos os
casos acredita-se que a dose prescrita não seja suficiente para manter concentrações plasmáticas acima do
nível necessário para prevenir sintomas de abstinência, recaídas ou rebote. Nestas situações recomenda-se
encurtar o intervalo entre as administrações.
Riscos por redução de dose: os sintomas provocados pela interrupção do medicamento podem ocorrer
quando se reduz a dose por qualquer motivo. Isto inclui tanto uma redução planejada, como também a
inadvertida (por exemplo, por esquecimento do paciente, quando se é admitido em um hospital, etc.).
Portanto, a dose de TRANQUINAL®
SLG deve ser reduzida ou interrompida gradativamente.
SLG não é eficaz no tratamento de pacientes psicóticos e não deve ser utilizado como
substituto do tratamento adequado. Devido a seus efeitos depressores sobre o SNC, pacientes tratados com
alprazolam devem ser alertados para evitar tarefas de risco ou atividades que requeiram um grau especial de
atenção, como operar máquinas ou dirigir veículos. Pela mesma razão, os pacientes devem ser advertidos
sobre a ingestão simultânea de álcool e outros medicamentos depressores do SNC durante o tratamento com
SLG. Podem ocorrer, rara e inesperadamente, certas reações paradoxais como
Interações medicamento-medicamento
Psicotrópicos, anticonvulsivantes, anti-histamínicos, analgésicos opióides ou outros medicamentos
depressores do SNC: os efeitos depressores se potencializam. Imipramina e desipramina: foram relatados
aumentos das concentrações plasmáticas destes medicamentos de 31 e 20%, respectivamente, quando
administrados com alprazolam em doses de até 4 mg diários. Fluoxetina: aumenta a concentração plasmática
máxima do alprazolam em 46%, diminui a depuração em 21% e aumenta a vida média em 17%.
Propoxifeno: diminui a concentração plasmática máxima do alprazolam em 6% e a depuração em 38%,
aumentando a vida média em 58%.
Contraceptivos orais: aumentam a concentração plasmática máxima do alprazolam em 18%, diminuem a
depuração em 22% e aumentam a vida média em 29%. Medicamentos que podem influir sobre o
metabolismo hepático dos benzodiazepínicos, incrementando seus níveis plasmáticos (vide
contraindicações): a inibição do metabolismo oxidante mediado pelo citocromo P450 pode associar-se a um
aumento ou prolongação do efeito sedativo. Dados obtidos de estudos clínicos com benzodiazepínicos
sugerem uma possível interação do alprazolam com: diltiazem, isoniazida, antibióticos macrolídeos (como a
eritromicina e a claritromicina), disulfiram, cimetidina e o suco de toranja. Dados de estudos in vitro com
alprazolam sugerem uma possível interação com sertralina e paroxetina. Dados de estudos in vitro com
outros benzodiazepínicos sugerem uma possível interação com os seguintes medicamentos: ergotamina,
ciclosporina, amiodarona, nicardipina e nifedipina.
Carbamazepina e rifampicina: benzodiazepínicos metabolizados pelo citocromo P450 (como o alprazolam)
podem ter a concentração plasmática e a vida média de eliminação diminuidas devido à indução do
metabolismo hepático provocada por estes fármacos. Zidovudina (AZT): benzodiazepínicos podem, em
teoria, competir com a com a zidovudina na glicoronidação hepática, diminuindo assim a depuração desta
última, com conseqüente aumento de sua toxicidade.
Interações medicamento-álcool
Os efeitos depressores se potencializam. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas durante o tratamento com o
produto.
Interações medicamento-exame laboratorial
Apesar das interações entre os benzodiazepínicos nos testes laboratoriais clínicos terem sido relatadas
ocasionalmente, não existe um padrão consistente para um fármaco ou um teste específico. As
benzodiazepinas podem interferir com as provas de captação tireoideana, diminuindo a recaptação de I131-123.
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15ºC e 30ºC). Proteger da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características organolépticas
TRANQUINAL®
SLG é um comprimido redondo, biconvexo e de cor branca, com sabor e odor
característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Para obter de forma ótima as vantagens da rapidez de ação da via sublingual recomenda-se:
Colocar o comprimido de TRANQUINAL®
SLG dentro da cavidade bucal, debaixo da língua.
Mantê-lo durante pelo menos 5 (cinco) minutos.
Evitar a ingestão antes de transcorrer o tempo especificado.
Não há estudos de TRANQUINAL®
SLG (alprazolam) administrado por vias não recomendadas.
Portanto, por segurança e eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via
sublingual.
Posologia
A dose deve ser adaptada, a critério médico, ao quadro clínico do paciente. Como posologia média,
recomenda-se iniciar o tratamento com um comprimido de TRANQUINAL®
SLG 2 ou 3 vezes ao dia,
posologia que poderá ser ajustada conforme a evolução do paciente, sem ultrapassar a dosagem de 4 mg
diários, em administrações separadas. Caso ocorram efeitos secundários com a dose inicial, esta pode ser
diminuída. Em pacientes debilitados ou idosos, sugere-se iniciar o tratamento com um comprimido de
TRANQUINAL®
SLG 2 vezes ao dia, aumentando-se a posologia quando o quadro clínico necessitar e a
tolerância do paciente permitir. Apesar das doses diárias usuais serem adequadas para a maioria dos
pacientes, alguns podem necessitar doses superiores. Nestes casos, as doses devem ser aumentadas
cuidadosamente para evitar efeitos adversos. Tanto a diminuição da dose quanto a supressão do tratamento
devem ser feitas gradativamente. Sugere-se não diminuir a dose diária em mais de 0,5 mg a cada três dias.
Como ansiolítico, a dose recomendada é de 0,5 mg a 1 mg antes de dormir.
A via sublingual pode ser complementar à via oral, ou seja, um paciente pode fazer um tratamento de base
com TRANQUINAL®
comprimidos simples e simultaneamente usar comprimidos de TRANQUINAL®
SLG
se desejar um rápido alívio de sua ansiedade ou sofrer de ataque do pânico.
Informações de pacientes com insuficiência renal e hepática:
O álcool, a insuficiência hepática e a insuficiência renal modificam a farmacocinética do alprazolam.
Em pacientes com transtornos hepáticos por alcoolismo, a vida média do alprazolam variou entre 5,8 e 65,3
horas (média: 19,7 horas, n=17). Em um grupo de sujeitos obesos, a vida média do fármaco variou entre 9,9
e 40,4 horas (média: 21,8 horas, n=12).
Em pacientes com insuficiência hepática avançada, insuficiência renal, debilitados ou idosos, se sugere
iniciar o tratamento com 0,25 mg de TRANQUINAL®
(comprimidos simples), 2 ou 3 vezes ao dia. Uma vez
que o paciente demonstrou tolerância, pode-se começar a administrar o comprimido de TRANQUINAL®
SLG (0,5mg).
Insuficiência renal: considerando que o produto é eliminado em sua maior parte por via renal, a dose deve ser
ajustada ao grau de incapacidade funcional renal.
Os efeitos colaterais de TRANQUINAL®
SLG são normalmente observados no início do tratamento e, em
geral, desaparecem durante seu transcurso. No paciente tratado habitualmente, os efeitos secundários mais
comuns devem-se a uma extensão da atividade farmacológica do alprazolam, tais como sonolência e
sensação de “cabeça vazia”.
Reações adversas de alprazolam segundo a incidência estimada, com base em estudos clínicos empregando
doses de até 4 mg por dia em distúrbios de ansiedade:
Reações muito comuns (> 1/10):
SNC: sonolência, depressão, cefaleia.
Gastrointestinais: boca seca, constipação e diarréia.
Reações comuns (> 1/100 e £ 1/10):
SNC: confusão, insônia, nervosismo, síncope, vertigem, acatisia, sensação de “cabeça vazia”.
Gastrointestinais: náuseas, vômitos, aumento da salivação.
Cardiovasculares: taquicardia, palpitações, hipotensão.
Órgãos dos sentidos: visão turva.
Musculoesqueléticas: Rigidez, tremores.
Cutâneas: dermatite, alergia.
Outras: congestão nasal, aumento ou diminuição do peso.
Reações observadas no tratamento de ataques de pânico com doses de até 10 mg diários de alprazolam:
Reações muito comuns (> 10%): fadiga ou cansaço, coordenação alterada, irritabilidade, alteração da
memória, insônia, alterações cognitivas, disartria, ansiedade, movimentos involuntários anormais,
diminuição da libido, estados confusionais, diminuição da salivação, constipação, náuseas/vômitos, diarréia,
dor abdominal; congestão nasal, taquicardia, dor torácica; visão turva; sudorese, erupção cutânea (rash);
tanto aumento quanto diminuição do apetite e do peso corporal, disúria, distúrbios menstruais.
Reações comuns (> 1% e £ 10%): contrações musculares, aumento da libido e outras alterações não
especificadas, fraqueza, alteração do tônus muscular, síncope, acatisia, agitação, desinibição, parestesias,
loquacidade, distúrbios vasomotores, perda da sensação de realidade, anormalidades do sono, medo,
sensação de calor; aumento da salivação; hiperventilação, infecção das vias aéreas superiores; acúfenos,
cãibras ou rigidez muscular; disfunção sexual, edema, incontinência, infecções não especificadas.
Reações incomuns (< 1%): descritas com o uso de benzodiazepínicos em geral: distonia, irritabilidade,
dificuldade na concentração, anorexia, amnésia transitória ou alterações da memória, perda da coordenação,
fadiga, convulsões, sedação, linguagem confusa, icterícia, debilidade muscular, prurido, diplopia, disartria,
mudanças na libido, irregularidades menstruais, incontinência e retenção urinária. Associadas ao uso de
alprazolam: convulsões, alucinações, despersonalização, alteração do paladar, diplopia, aumento de
bilirrubina e enzimas hepáticas, icterícia.
Durante o tratamento com alprazolam podem ocorrer reações paradoxais como irritabilidade, espasticidade
muscular, distúrbios do sono, alucinações e outros efeitos adversos da conduta; nestes casos, o uso do
produto deve ser interrompido. Algumas pessoas com distúrbios limítrofes da personalidade e com
antecedentes pessoais de conduta agressiva, abuso de álcool ou de outras substâncias, registram maior risco
de apresentar estes eventos. A incidência de anormalidades hematológicas, bioquímicas e urinárias não
aparenta ser de importância fisiológica (hemograma, hematócrito, albumina, creatinina, bilirrubina, fosfatase
alcalina, etc.). Em tratamentos prolongados, recomenda-se realizar controles sanguíneos e urinários
periodicamente. Em alguns pacientes tratados com alprazolam foram observadas mudanças menores no
eletroencefalograma, comumente atividade rápida de baixa voltagem de significado desconhecido.
Dependência: têm sido observados sintomas de abstinência (similares àqueles manifestados com barbitúricos
e/ou álcool) após a interrupção abrupta dos benzodiazepínicos. Estes sintomas podem variar desde uma leve
disforia e insônia até uma síndrome maior, que pode incluir cólicas abdominais e musculares, vômitos, suor,
tremores e convulsões. Além disso, foram observadas crises diante da diminuição rápida ou abandono
abrupto do tratamento com TRANQUINAL®
SLG. Recomenda-se uma cuidadosa supervisão da dose.
Pacientes com antecedentes de crise convulsivas ou epilepsia, apesar de seus tratamentos contra estes
episódios, não devem abandonar abruptamente nenhum agente depressor do SNC, incluindo o
TRANQUINAL®
SLG. Se os benzodiazepínicos são utilizados em doses elevadas e/ou por períodos
prolongados, podem produzir dependência física e psíquica. Indivíduos dependentes (a medicamentos e/ou
álcool) devem estar sob cuidadosa vigilância quando receberem alprazolam ou outros agentes psicotrópicos,
devido à predisposição desses pacientes ao hábito e à dependência.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as
pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique
os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
As manifestações da superdosagem com alprazolam incluem sonolência, confusão, distúrbios da
coordenação, hiporreflexia e coma. Da mesma forma que outros benzodiazepínicos, foram informados óbitos
por superdosagens, associados ou não com outros depressores do sistema nervoso central, como o álcool. A
DL50 oral aguda em ratos é de 331 - 2.171 mg/kg. Outras experiências em animais mostraram que pode
haver colapso cardiopulmonar depois da administração de doses intravenosas maciças de alprazolam
(superiores a 195 mg/kg; 2.000 vezes o máximo habitual da dose humana diária). Os animais puderam ser
ressuscitados com ventilação mecânica positiva e administração intravenosa de solução de levarterenol. A
informação disponível acerca da superdosagem com alprazolam é escassa. As experiências em animais
sugeriram que a diurese forçada ou a hemodiálise são provavelmente de pouco valor no tratamento da
superdosagem.
Tratamento direcionado inicial da superdosagem: os relatos de superdosagens com alprazolam são
limitados. Em todos os casos de superdosagem medicamentosa, deve-se controlar a respiração, o pulso, e a
pressão arterial. Depois da cuidadosa avaliação clínica do paciente, da avaliação do tempo transcorrido desde
a ingestão ou administração, da quantidade de tóxicos ingeridos ou descartando a contraindicação de certos
procedimentos, o profissional decidirá a realização ou não do tratamento geral de resgate: vômito provocado
ou lavagem gástrica, carvão ativado, purgante salino (45 a 60 min. depois do carvão ativado). Se ocorrer
hipotensão, está indicado o uso de vasopressores. A diálise tem valor limitado no tratamento da
superdosagem. O flumazenil é um antagonista específico dos receptores dos benzodiazepínicos, que está
indicado para reverter completa ou parcialmente os efeitos sedativos dos benzodiazepínicos, podendo ser
utilizado nos casos conhecidos ou suspeitos de superdosagem com benzodiazepínicos. Previamente à
administração do flumazenil devem ser garantidas a via intravenosa e a ventilação pulmonar. Os pacientes
tratados com flumazenil devem ser monitorados por um tempo mais prolongado, devido ao risco do retorno
da sedação ou da depressão respiratória ou outros efeitos residuais, uma vez que a vida média de eliminação
do flumazenil (41 a 79 minutos) é relativamente mais curta que a do alprazolam (11,2 horas). O médico deve
considerar que este tratamento também aumenta o risco de desencadear crises convulsivas, especialmente,
nos usuários de benzodiazepínicos. Devem ser empregadas medidas gerais de suporte. Devem ser
administrados fluidos intravenosos e mantida uma ventilação adequada. Com relação ao controle e
tratamento da superdosagem intencional com qualquer medicamento, deve ser considerada a possibilidade de
ingestão de múltiplos agentes.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como
proceder.