Bula do Vascase produzido pelo laboratorio Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Vascase®
(cilazapril)
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Comprimidos revestidos
1 mg, 2,5 mg e 5 mg
1
Vascase
Roche
cilazapril
Anti-hipertensivo, inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA)
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de 1 mg em caixa contendo 28 comprimidos.
Comprimidos revestidos de 2,5 mg em caixa contendo 14 ou 28 comprimidos.
Comprimidos revestidos de 5 mg em caixa contendo 14 ou 28 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de Vascase®
1 mg contém:
Princípio ativo: 1,044 mg de cilazapril na forma monoidratada, correspondente a 1 mg de cilazapril como base
livre.
Excipientes: lactose, amido, hipromelose, talco, estearil fumarato de sódio, dióxido de titânio e óxido de ferro
amarelo.
2,5 mg contém:
Princípio ativo: 2,610 mg de cilazapril na forma monoidratada, correspondente a 2,5 mg de cilazapril como
base livre.
Excipientes: lactose, amido, hipromelose, talco, estearil fumarato de sódio, dióxido de titânio, óxido de ferro
vermelho e óxido de ferro amarelo.
5 mg contém:
Princípio ativo: 5,220 mg de cilazapril na forma monoidratada, correspondente a 5,0 mg de cilazapril como
vermelho.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Vascase®
é indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão arterial essencial e renovascular.
também é indicado para o tratamento de insuficiência cardíaca congestiva, geralmente como terapia
adjunta aos digitálicos e/ou diuréticos.
Hipertensão
Vascase®
promove a redução da pressão diastólica e sistólica, tanto em posição supina como em pé,
geralmente sem provocar hipotensão ortostática. Vascase®
é eficaz em todos os graus de hipertensão essencial
assim como na hipertensão renovascular. Seu efeito anti-hipertensivo manifesta-se, normalmente, uma hora
após sua administração, com efeito máximo observado entre três a sete horas após sua administração. Vascase®
não ocasiona taquicardia reflexa, embora pequenas alterações do ritmo cardíaco clinicamente insignificantes
possam ocorrer. Em geral, o ritmo cardíaco mantém-se estável. Em alguns pacientes, a redução da pressão
arterial pode ser atenuada ao final do período de intervalo entre as dosagens. O efeito anti-hipertensivo de
permance constante, mesmo durante tratamento a longo prazo. Não foi observada elevação rápida da
pressão arterial após interrupção abrupta do medicamento.
Em pacientes hipertensos com disfunção renal moderada a grave, o ritmo de filtração glomerular e o fluxo
sanguíneo renal normalmente permanecem inalterados com Vascase®
, apesar da diminuição clinicamente
significativa da pressão arterial.
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Como ocorre com outros inibidores da ECA, os efeitos redutores da pressão arterial determinados por
podem ser menos acentuados em pacientes negros que em outras etnias. Entretanto, essas diferenças
de respostas em função da etnia não são evidentes quando Vascase®
é administrado em combinação com a
hidroclorotiazida.
Insuficiência cardíaca congestiva
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, os sistemas simpático e renina-angiotensina-aldosterona
geralmente estão ativados, levando ao aumento da vasoconstrição sistêmica e à retenção de sódio e água. Ao
bloquear o sistema renina-angiotensina-aldosterona, Vascase®
melhora a insuficiência cardíaca, reduzindo a
resistência vascular sistêmica (pós-carga) e a pressão do leito capilar pulmonar (pré-carga), em pacientes que
usam diuréticos e/ou digitálicos. Além disso, a tolerância ao exercício desses pacientes aumenta
significativamente, demonstrando melhora na qualidade de vida. Os efeitos hemodinâmicos e clínicos ocorrem
imediatamente e são persistentes.
Referências bibliográficas
1. Natoff IL, Nixon JS, Francis RJ, et al. Biological properties of the angiotensin-converting enzyme inhibitor
cilazapril. J Cardiovasc Pharmacol 1985;7:569-80.
2. Deget F, Brogden RN. Cilazapril: a review of its pharmacodynamic and pharmacokinetic properties, and
therapeutic potential in cardiovascular disease. Drugs 1991;41:799-820.
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4. Bailey J, Kovacs JL, Marcus N, et al. Multicenter study evaluating the short-term and long-term efficacy and
safety of cilazapril (Inhibace®) therapy in patients with severe hypertension Protocol N 3121 D/K 11416
Research Report M-130488, August 1988.
5. Sánchez RA, Traballi CA, Marcó EJ, et al. Long-term evaluation of cilazapril in severe hypertension. Am J
Med 1989;87:56S-60S.
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Cardiovasc Pharmacol 1994;24(3):S38-S41.
Farmacodinâmica
Vascase®
é um inibidor específico da enzima conversora da angiotensina (ECA), de ação prolongada, que
bloqueia a atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona e, portanto, a conversão da angiotensina I em
angiotensina II, um potente vasoconstritor. Nas doses recomendadas, o efeito de Vascase®
em pacientes
hipertensos ou pacientes com insuficiência cardíaca congestiva se mantém por mais de 24 horas.
Em pacientes com função renal normal, o potássio sérico geralmente permanece dentro do limite da
normalidade durante o tratamento com Vascase®
. Nos pacientes em uso concomitante de diuréticos poupadores
de potássio, o potássio sérico pode aumentar.
Farmacocinética
Absorção
O cilazapril, após absorvido, é rapidamente convertido em sua forma ativa, o cilazaprilato. A ingestão de
alimentos imediatamente antes da administração de Vascase®
retarda e reduz ligeiramente sua absorção, porém
isso é clinicamente irrelevante. A biodisponibilidade do cilazaprilato após dose oral de cilazapril, baseada em
dados obtidos em exames de urina, é de, aproximadamente, 60%. Concentrações plasmáticas máximas são
alcançadas dentro de duas horas após administração e estão diretamente relacionadas à dose.
Eliminação
O cilazaprilato é eliminado inalterado pelos rins, sua meia-vida é de nove horas, após dose única diária.
Farmacocinética em populações especiais
Insuficiência renal: em pacientes com disfunção renal, as concentrações plasmáticas de cilazaprilato são mais
elevadas que nos pacientes com função renal normal, já que sua depuração diminui quando o clearance da
creatinina é baixo. Não há eliminação em pacientes com insuficiência renal grave, mas a hemodiálise reduz, até
certo ponto, as concentrações de cilazapril e cilazaprilato.
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Pacientes idosos: em pacientes idosos com função renal normal para a idade, as concentrações de cilazaprilato
no plasma podem ser até 40% mais altas e a depuração até 20% mais baixa em comparação com pacientes mais
jovens.
Insuficiência hepática: em pacientes com cirrose hepática, foram observados efeitos importantes nas
concentrações plasmáticas (aumento) e na depuração renal e plasmática (redução) de cilazapril, mas não de seu
metabólito ativo, cilazaprilato.
Insuficiência cardíaca congestiva: em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, a depuração de
cilazaprilato está correlacionada com o clearance de creatinina. Portanto, os ajustes de dose, além dos
recomendados para pacientes com insuficiência renal, não são necessários.
Vascase®
está contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao cilazapril, a qualquer outro componente do
comprimido revestido ou a outros inibidores da ECA e a pacientes com história prévia de angioedema causado
por inibidores da ECA, assim como angioedema idiopático ou hereditário. Vascase®
, como outros inibidores
da ECA, é contraindicado durante a gravidez e a lactação.
O uso concomitante de alisquireno e Vascase®
em pacientes com diabetes mellitus ou insuficiência renal (TFG
< 60 mL/min/1,73 m2
) é contraindicado (vide INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Gestação e lactação
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
, como outros inibidores da ECA, é contraindicado durante a gravidez e lactação. Pacientes grávidas
devem ser informadas dos riscos potenciais para o feto e não devem tomar Vascase®
durante a gravidez.
Não se sabe se Vascase®
passa para o leite materno, mas tendo em vista que dados em animais mostram a
presença de cilazaprilato no leite de ratas. Vascase®
não deve ser administrado a mulheres no período de
amamentação e deve-se optar por tratamentos alternativos cujo perfil de segurança tenha sido estabelecido para
utilização durante a amamentação.
Estenose aórtica / Cardiomiopatia hipertrófica: inibidores da ECA devem ser usados com precaução por
pacientes com distúrbios cardíacos obstrutivos (estenose mitral, estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica),
pois o débito cardíaco não pode aumentar para compensar a vasodilatação sistêmica e há risco de hipotensão
grave.
Hipotensão: inibidores da ECA podem causar hipotensão grave, sobretudo no início do tratamento. Na
primeira dose, a hipotensão é mais provável de ocorrer em pacientes cujo sistema renina-angiotensina-
aldosterona está ativado, como na hipertensão renovascular ou outras causas de hipoperfusão renal, depleção
de sódio ou de volume ou tratamento prévio com outros vasodilatadores. Essas condições podem coexistir,
particularmente com insuficiência cardíaca grave.
A hipotensão deve ser tratada com repouso na posição supina e com expansão de volume. O tratamento com
Vascase®
pode ser mantido, após restauração do volume, mas deve ser administrado em dose mais baixa ou
interrompido, se a hipotensão persistir. Pacientes com risco de hipotensão devem iniciar o tratamento com
sob supervisão médica, com dose inicial baixa e cuidadoso ajuste posológico. Se possível, a terapia
diurética deve ser descontinuada temporariamente.
Cuidado semelhante deve ser tomado com os pacientes com angina pectoris ou doença cerebrovascular, nos
quais a hipotensão pode causar isquemia miocárdica ou cerebral.
Hipersensibilidade / Angioedema: angioedema (inchaço grave que pode envolver a face, lábios, língua,
laringe ou trato gastrintestinal) tem sido associado a inibidores da ECA, com incidência de 0,1% - 0,5%. O
angioedema por inibidores da ECA pode apresentar-se como episódios recorrentes de edema facial, o que pode
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levar à suspensão do tratamento, ou como edema orofaríngeo agudo e potencial obstrução das vias aéreas, com
risco à vida, o que requer tratamento de emergência. Uma forma variante é o angioedema do intestino, que
tende a ocorrer dentro das primeiras 24 a 48 horas de tratamento. Pacientes com histórico de angioedema não
relacionado a inibidores da ECA podem apresentar maior risco (vide CONTRAINDICAÇÕES).
O uso concomitante de inibidores da ECA com inibidores do alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR) ou
inibidores da enzima dipeptidil-peptidase IV (DPP-IV), pode levar a um aumento do risco de angioedema. O
uso concomitante de inibidores de mTOR ou DPP-IV com inibidores da ECA deve ser cauteloso (vide
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Anafilaxia
Hemodiálise: anafilaxia ocorreu em pacientes hemodialisados com membranas de alto fluxo (por exemplo,
AN69) que recebiam inibidores da ECA. Deve-se considerar a utilização de um tipo diferente de membrana de
diálise ou uma classe diferente de agente anti-hipertensivo nesses pacientes.
Aférese para lipoproteínas de baixa densidade (LDL): pacientes que recebiam inibidores da ECA durante LDL
aférese com sulfato de dextrano apresentaram anafilaxia com risco à vida. Isso pode ser evitado pela suspensão
temporária da terapia com inibidor da ECA antes de cada aférese.
Dessensibilização: reações anafilactoides (alérgicas) podem ocorrer em pacientes que se submetem à
dessensibilização enquanto recebem inibidores da ECA. Vascase®
deve ser suspenso antes do início da
dessensibilização e não deve ser substituído por um betabloqueador.
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA): o uso concomitante de inibidores da
ECA com bloqueadores de receptores da angiotensina II (BRAs) ou alisquireno aumenta o risco de hipotensão,
hipercalemia e diminui a função renal (incluindo insuficiência renal aguda), não sendo, portanto, recomendado
o duplo bloqueio do SRAA (vide CONTRAINDICAÇÕES e INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
A terapia de duplo bloqueio de inibidores da ECA com BRAs, quando necessária, deve ser realizada somente
sob supervisão médica e monitoramento cuidadoso frequente da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
Distúrbios no fígado: casos de distúrbios da função do fígado, tais como elevação nos testes da função
hepática (transaminases, bilirrubina, fosfatase alcalina, gama GT), de inflamação do fígado e eventualmente
morte têm sido relatados. Pacientes sob tratamento com Vascase®
que desenvolvem icterícia ou elevações
acentuadas das enzimas hepáticas devem interromper a medicação e seguir o acompanhamento médico.
Doenças hematológicas: trombocitopenia, agranulocitose e neutropenia foram associadas aos inibidores da
ECA. Agranulocitose tem sido especialmente reportada em pacientes com insuficiência renal ou doenças
autoimunes e aqueles sob tratamento com terapia imunossupressora. O monitoramento periódico da contagem
de leucócitos é recomendado nesses pacientes.
Potássio sérico: inibidores da ECA podem causar aumento dos níveis de potássio no sangue, porque bloqueiam
a liberação de aldosterona. O efeito geralmente não é significativo em pacientes com função renal normal. No
entanto, em pacientes com insuficiência renal e/ou que tomam suplementos de potássio (incluindo substitutos
do sal) ou diuréticos poupadores de potássio e, especialmente, antagonistas da aldosterona, pode ocorrer
hipercalemia. Diuréticos poupadores de potássio devem ser usados com precaução por pacientes que recebem
inibidores da ECA. O potássio sérico e a função renal devem ser monitorados.
Diabetes: a administração de inibidores da ECA a pacientes diabéticos pode potencializar o efeito de agentes
hipoglicemiantes orais ou insulina, especialmente em pacientes com insuficiência renal. Nesses pacientes os
níveis de glicose devem ser cuidadosamente monitorizados durante o início do tratamento com Vascase®
.
Cirurgia / Anestesia: agentes anestésicos com efeitos na redução da pressão arterial podem causar hipotensão
em pacientes que recebem inibidores da ECA. Nesse cenário, a hipotensão pode ser corrigida por meio de
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infusão intravenosa para expansão de volume, e, se essas medidas não forem suficientes, por infusão de
angiotensina II.
Etnia: inibidores da ECA são menos eficazes como anti-hipertensivos em pacientes de etnia negra
(afrodescendentes). Pacientes de etnia negra também têm risco maior de angioedema.
Intolerância à lactose: a formulação contém lactose. Por isso, pacientes com problemas hereditários de
intolerância à galactose, deficiência de lactase Lapp ou má absorção de galactose-glucose não devem tomar
este medicamento.
Insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal, pode ser necessária a redução da posologia em
função do clearance de creatinina. Tratamento com inibidores da ECA pode levar a aumento da ureia e/ou
creatinina sérica. Apesar de essas alterações serem normalmente reversíveis após descontinuação de Vascase®
e/ou diuréticos, casos de disfunção renal grave e, raramente, insuficiência renal aguda têm sido relatados.
Quando tratados com Vascase®
, os pacientes com estenose da artéria renal têm risco aumentado de
insuficiência renal, e isso inclui insuficiência renal aguda. Portanto, recomenda-se precaução com esses
pacientes e a função renal deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento.
Insuficiência hepática: em pacientes com cirrose hepática (mas sem ascite) que necessitam de terapia para a
hipertensão, Vascase®
deve ser iniciado com uma dose mais baixa e com muita cautela, pois pode ocorrer
hipotensão significativa. Em pacientes com ascite, a administração de Vascase®
não é recomendada.
Gestação: pacientes que planejam engravidar devem mudar para tratamentos anti-hipertensivos alternativos
cujos perfis de segurança tenham sido estabelecidos para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é
detectada, o tratamento com inibidores da ECA deve ser interrompido imediatamente e, se conveniente, deve-
se iniciar uma terapia alternativa.
A exposição fetal a inibidores de ECA durante o primeiro trimestre de gravidez tem sido associada a aumento
do risco de malformações do sistema nervoso central (microcefalia e spina bifida), cardiovascular (defeito no
septo ventricular e atrial, estenose pulmonar, persistência do ducto arterioso) e a malformação do rim.
Exposição a inibidores da ECA durante o segundo e terceiro trimestres é conhecida por induzir fetotoxicidade
humana (diminuição da função renal, oligoidrâmnio, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal
(insuficiência renal, hipotensão, hipercalemia). No caso da exposição aos inibidores da ECA a partir do
segundo trimestre de gravidez, é recomendado realizar o exame de ultrassom dos rins e dos ossos do crânio.
Recém-nascidos cujas mães tomaram inibidores da ECA devem ser cuidadosamente observados para
avaliação de hipotensão.
Pacientes grávidas devem ser informadas dos riscos potenciais para o feto e não devem tomar Vascase®
durante a gravidez.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Assim como outros inibidores da ECA, a queda do desempenho em atividades que requerem alerta mental
completo (por exemplo, dirigir um veículo a motor) não é esperada em pacientes em tratamento com Vascase®
No entanto, nota-se que tontura e fadiga podem ocorrer ocasionalmente, especialmente no início do tratamento.
Até o momento, não há informações de que Vascase®
Duplo bloqueio do SRAA: resultados dos estudos clínicos demonstraram que o duplo bloqueio do sistema
renina-angiotensina-aldosterona por meio do uso concomitante de inibidores da ECA com bloqueadores dos
receptores da angiotensina II ou alisquireno, está associado a uma maior frequência de eventos adversos, tais
como hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo insuficiência renal aguda) em
comparação com a utilização de um único agente de ação no SRAA. Portanto, o duplo bloqueio do SRAA não
é recomendado (vide CONTRAINDICAÇÕES e ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
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A terapia de duplo bloqueio, de inibidores da ECA com BRAs, quando necessária, deve ser realizada somente
sob supervisão médica e monitoramento cuidadoso frequente da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
A combinação de inibidores da ECA com alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes mellitus ou
insuficiência renal (TFG < 60 mL/min/1.73 m2
) e não é recomendada a outros pacientes (vide
CONTRAINDICAÇÕES e ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Lítio: aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio têm sido relatados durante a administração
concomitante de lítio com inibidores da ECA. O uso concomitante de diuréticos tiazídicos pode aumentar o
risco de toxicidade por lítio e potencializar o risco já aumentado de toxicidade do lítio com inibidores da ECA.
Uso de Vascase®
com lítio não é recomendado, mas se a associação for necessária, deve-se realizar o
monitoramento cuidadoso da concentração sérica de lítio.
Outros agentes anti-hipertensivos: efeito aditivo pode ser observado quando Vascase®
é administrado em
combinação com outros agentes que diminuem a pressão arterial.
Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal que contêm potássio:
embora o potássio sérico geralmente permaneça dentro dos limites de normalidade, hipercalemia pode ocorrer
em alguns pacientes tratados com Vascase®
. Diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona,
triantereno ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal que contêm potássio podem levar a
aumentos significativos na concentração de potássio sérico. Portanto, a combinação de Vascase®
com os
fármacos mencionados não é recomendada. Se o uso concomitante for indicado por causa de hipocalemia
demonstrada, devem ser usados com precaução e monitoramento frequente do potássio sérico.
Diuréticos (tiazídicos ou de alça): o tratamento prévio com doses elevadas de diurético pode resultar em
depleção de volume e risco de hipotensão quando se inicia o tratamento com Vascase®
. Os efeitos hipotensores
podem ser reduzidos pela suspensão do diurético, pelo aumento do volume ou ingestão de sal ou por iniciar a
terapêutica com uma dose baixa de Vascase®
.
Antidepressivos tricíclicos / Antipsicóticos / Anestésicos / Narcóticos: o uso concomitante de medicamentos
anestésicos aplicados durante a anestesia geral, bem como os antidepressivos tricíclicos e antipsicóticos com
inibidores da ECA, pode resultar em redução adicional da pressão arterial.
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo a aspirina ≥≥≥≥ 3 g / dia: quando os
inibidores da ECA são administrados simultaneamente com anti-inflamatórios não esteroides (ácido
acetilsalicílico em regimes posológicos anti-inflamatórios, inibidores da COX-2 e AINEs não seletivos), pode
ocorrer a atenuação do efeito anti-hipertensivo. O uso concomitante de inibidores da ECA e AINEs pode
aumentar o risco de deterioração da função renal, o que inclui possível insuficiência renal aguda, e aumento do
potássio sérico, especialmente em pacientes com comprometimento preexistente da função renal. A
combinação deve ser administrada com precaução, especialmente em idosos. Os pacientes devem ser
adequadamente hidratados e deve-se considerar o monitoramento da função renal após o início da terapêutica
concomitante e, depois, periodicamente.
Simpatomiméticos: simpatomiméticos podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos inibidores da ECA.
Inibidores de mTOR: o uso concomitante de inibidores da ECA com inibidores de mTOR pode levar a um
aumento do risco de angioedema (vide ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Antidiabéticos: estudos epidemiológicos têm sugerido que a administração concomitante de inibidores da
ECA e medicamentos antidiabéticos (insulinas, hipoglicemiantes orais) pode potencializar a redução da
glicemia com risco de hipoglicemia. Esse fenômeno parece ser mais provável de ocorrer durante as primeiras
semanas de tratamento combinado e em pacientes com insuficiência renal.
O uso concomitante de inibidores da ECA com inibidores da DPP-IV pode levar a um aumento do risco de
angioedema (vide ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
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Ouro: foram raramente relatadas reações nitritoides (cujos sintomas incluem vermelhidão facial, náusea,
vômitos e hipotensão) em pacientes em terapia concomitante com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e
inibidores da ECA.
Outras drogas: não houve aumento das concentrações plasmáticas de digoxina quando Vascase®
foi
administrado concomitantemente com digoxina. Não foram observadas interações clinicamente significantes
quando Vascase®
foi administrado concomitantemente a nitratos, bloqueadores de receptores H2 e
anticoagulantes cumarínicos. Nenhuma alteração farmcocinética significante foi relatada entre Vascase®
e
diuréticos tiazídicos, furosemida.
Vascase®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Características físicas do medicamento:
1 mg é um comprimido oval, ranhurado, biconvexo, de cor amarelo-claro.
2,5 mg é um comprimido oval, ranhurado, biconvexo, de cor vermelho fosco.
5 mg é um comprimido oval, ranhurado, biconvexo, de cor marrom.
Prazo de validade
1 mg possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
2,5 mg e 5 mg possuem prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser
descartados no esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local
estabelecido, se disponível.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Vascase®
deve ser administrado por via oral, uma vez ao dia. Como a ingestão de alimentos não exerce
influência clinicamente significativa em sua absorção, Vascase®
pode ser administrado em jejum ou com
alimentos. A dose deve ser sempre administrada no mesmo horário.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Posologia:
Hipertensão essencial: a dose inicial recomendada é de 1 a 1,25 mg ao dia. A posologia deverá ser ajustada
individualmente de acordo com a resposta da pressão arterial. A dose geralmente varia de 2,5 a 5,0 mg ao dia.
Se a pressão arterial não for adequadamente controlada com 5 mg de Vascase®
, um diurético não poupador de
potássio poderá ser administrado concomitantemente, em dose baixa, para potencializar o efeito anti-
hipertensivo.
Hipertensão renovascular: o tratamento com Vascase®
deve ser iniciado com dose de 0,5 mg, uma vez que os
inibidores da ECA podem determinar, nesses pacientes, maior diminuição da pressão arterial que nos pacientes
com hipertensão essencial. A dose de manutenção deve ser ajustada individualmente.
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Pacientes hipertensos em uso de diuréticos: o diurético deve ser suspenso de dois a três dias antes do início
do tratamento com Vascase®
, para reduzir a possibilidade de hipotensão sintomática, podendo ser reiniciado
posteriormente caso seja necessário. A dose inicial diária recomendada de Vascase®
é de 0,5 mg.
Insuficiência cardíaca congestiva: Vascase®
pode ser usado como tratamento adjunto aos digitálicos e/ou
diuréticos, em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. A dose inicial recomendada é de 0,5 mg ao dia,
sob supervisão médica. A dose deverá ser aumentada para a menor dose de manutenção, 1 mg ao dia,
dependendo da tolerabilidade e estado clínico do paciente. Ajustes de dose adicionais devem ser realizados de
acordo com a tolerabilidade e a resposta clínica do paciente. A dose máxima, em geral, é de 5 mg ao dia.
Estudos clínicos mostraram que a depuração de cilaziprilato estava correlacionada com o clearance de
creatinina em pacientes com insuficiência cardíaca crônica. A recomendação de dose especial deve ser seguida,
em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e com insuficiência renal
Instruções posológicas especiais
Insuficiência renal: doses reduzidas podem ser necessárias em pacientes com insuficiência renal, dependendo
do clearance de creatinina.
Tabela 1: Recomendação de dosagem a pacientes com insuficiência renal
Clearance de creatinina
Dose inicial de Vascase®
(cilazapril)
Dose máxima de Vascase®
> 40 mL/min 1 mg, uma vez ao dia 5 mg, uma vez ao dia
10 – 40 mL/min 0,5 mg, uma vez ao dia 2,5 mg, uma vez ao dia
< 10 mL/min
0,5 mg, uma ou duas vezes por
semana, de acordo com a pressão
arterial
—
Cirrose hepática: em casos incomuns de pacientes com cirrose hepática que necessitem de tratamento com
, iniciar com cautela, na dose de 0,5 mg ao dia, pelo risco de hipotensão.
Pacientes idosos com hipertensão: o tratamento com Vascase®
deve ser iniciado com 0,5 a 1,25 mg ao dia.
Em seguida, a dose de manutenção deve ser ajustada de acordo com a tolerância individual, estado e resposta
clínicos.
Pacientes idosos com insuficiência cardíaca congestiva: a dose inicial recomendada de 0,5 mg deve ser
acompanhada com cautela em pacientes idosos com insuficiência cardíaca congestiva que recebem altas doses
de diuréticos.
Crianças: a segurança e a eficácia deste medicamento em crianças não foram estabelecidas. Portanto, a
administração de Vascase®
não é recomendada em crianças. Há poucos estudos na literatura ainda sobre o uso
de Vascase®
na infância, mas os estudos disponíveis demonstraram eficácia na insuficiência cardíaca
congestiva.
Caso uma dose seja esquecida, nunca se deve dobrar a dose na próxima administração. Em vez disso, deve-se
apenas continuar com a próxima dose no tempo determinado.
Vascase®
é, em geral, bem tolerado. Na maioria dos casos, os efeitos colaterais são transitórios, de grau leve a
moderado, e não requerem descontinuação da terapia. Os eventos adversos mais comuns incluem tosse seca,
vermelhidão da pele, hipotensão, vertigem, fadiga, dor de cabeça, náusea, dispepsia e outros distúrbios
gastrintestinais.
Experiência pós-comercialização
As seguintes reações adversas foram observadas em associação com cilazapril e/ou outros inibidores da ECA.
As categorias de frequência são as seguintes:
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Reação muito comum: ≥ 1 / 10
Reação comum: ≥ 1 / 100 e <1 / 10
Reação incomum: ≥ 1 / 1. 000 e <1 / 100
Reação rara: <1 / 1.000
Desordens do sistema linfático e sangue:
Reação rara: neutropenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia
Desordens do sistema imune:
Reação incomum: angioedema (pode envolver a face, lábios, língua, laringe ou trato gastrintestinal).
Reação rara: anafilaxia, síndrome semelhante ao lúpus (os sintomas podem incluir vasculite, mialgia, artralgia /
artrite, anticorpos antinucleares positivos, velocidade de hemossedimentação aumentada, eosinofilia e
leucocitose)
Desordens do sistema nervoso:
Reação comum: dor de cabeça
Reação incomum: disgeusia
Reação rara: ataque isquêmico transitório, acidente vascular cerebral isquêmico
Desordens cardíacas:
Reação incomum: angina de peito, taquicardia, palpitações.
Reação rara: Infarto do miocárdio
Desordens vasculares:
Reação comum: tontura
Reação incomum: hipotensão
Desordens respiratórias, torácicas e do mediastino:
Reação comum: tosse
Desordens gastrintestinais:
Reação comum: náusea, dispepsia e outros distúrbios gastrintestinais
Reação rara: pancreatite
Desordens hepatobiliares:
Reação rara: Resultados anormais nos testes da função hepática (transaminases, bilirrubina, fosfatase alcalina e
GT gama) e hepatite colestática, com ou sem necrose.
Desordens dos tecidos subcutâneos e pele:
Reação incomum: vermelhidão
Reação rara: necrólise epidérmica tóxica, síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, pênfigo bolhoso,
dermatite esfoliativa, dermatite psoriasiforme, psoríase (exacerbação), líquen plano, urticária, vasculite /
púrpura, reações de fotossensibilidade, alopecia, onicólise.
Desordens urinárias e renais:
Reação rara: Insuficiência renal, insuficiência renal aguda, aumento da ureia e creatinina séricas, hipercalemia,
hiponatremia (vide Advertências em Pacientes com Insuficiência Renal).
Achados laboratoriais
Alterações clinicamente relevantes nos valores dos testes laboratoriais possíveis ou provavelmente
relacionados ao tratamento com Vascase®
têm sido raramente observadas. Aumentos insignificantes e na
maioria dos casos reversíveis da ureia e creatinina têm sido observados nos pacientes em uo de Vascase®
. Tais
alterações são mais prováveis de ocorrer em pacientes com estenose da artéria renal ou insuficiência renal, mas
também foram ocasionalmente observadas em pacientes com função renal normal, particularmente naqueles
que fazem uso concomitante de diuréticos.
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Desordens gerais e alterações no local de administração
Reação comum: fadiga
Pode ocorrer hipotensão no início do tratamento ou após aumento da dose, especialmente em pacientes de
risco. Sintomas de hipotensão podem incluir síncope, fraqueza, tontura e comprometimento visual.
Insuficiência renal e insuficiência renal aguda são mais prováveis em pacientes com insuficiência cardíaca
grave, estenose da artéria renal, doenças renais preexistentes ou depleção de volume (vide ADVERTÊNCIAS).
É mais provável que ocorra hipercalemia naqueles pacientes com insuficiência renal que tomam diuréticos
poupadores de potássio ou suplementos de potássio.
O ataque isquêmico transitório e o acidente vascular cerebral isquêmico, reportados raramente em associação
com inibidores da ECA, podem estar relacionados à hipotensão, em pacientes com doença cerebrovascular
subjacente. Da mesma forma, isquemia do miocárdio pode estar relacionada com hipotensão em pacientes com
doença isquêmica cardíaca subjacente.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.